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consequência de alteração neurológica e, normalmente, as pessoas portadoras de lesões suficientes para produzir disartria acabam por mostrar outras alterações ao exame clínico. A disartria pode ser encontrada nos traumatismos crânio-encefálicos, nas patologias tumorais do cérebro, cerebelo ou tronco encefálico, nas lesões vasculares encefálicas, na intoxicação alcoólica e na esclerose. Consiste na má pronuncia das palavras, seja omitindo ou acrescentando fonemas, trocando um fonema por outro ou ainda distorcendo-os. A falha na emissão das palavras pode ainda ocorrer a nível de fonemas ou de sílabas. Assim sendo, os sintomas da dislalia consistem em omissão, substituição ou deformação os fonemas. Até quatro anos, os erros na linguagem são normais, mas depois dessa fase a criança pode ter problemas se continuar falando errado. A dislalia, troca de fonemas (sons das letras), pode afetar também a escrita. Na prática o personagem Cebolinha, de Maurício, é um exemplo de criança com dislalia. Ele troca o som da letra R pelo da letra L. Principais doenças do sistema nervoso central: A linguagem é um processo mental de manifestação do pensamento e de natureza essencialmente consciente, significativa e orientada para o contato inter-pessoal. Apesar do processo da linguagem ser essencialmente consciente, entretanto entende-se que o fluxo e a articulação desta provêm de camadas mais profundas e não conscientes, tais como do subconsciente e inconsciente. Alterações Predominantemente Orgânicas: Consiste na dificuldade de articular as palavras, normalmente resultante de paresia, paralisia ou ataxia dos músculos que intervêm nesta articulação. A perturbação é mais acentuada quando se trata de pronunciar as consoantes labiais e linguais, as quais são omitidas ao dizer as palavras, ou a pessoa titubeia ao pronunciá-las. A alteração torna-se mais evidente quando se utilizam as frases de prova, como por exemplo, pedindo ao paciente que pronuncie “sou caricaturista, vou caricaturar-me no caricaturista”, ou “artilheiro”, “ministro plenipotenciário”. Desta feita a disartria acaba sendo sempre consequ Saúde Mental As estereotipias verbais são comuns nos esquizofrênicos e deficientes mentais. Entretanto, certas na demência pré-senil, nas lesões cerebrais, no parkinsonismo, enfermidades nas quais se verificam estereotipias verbais de origem orgânica. São perturbações intermitentes na emissão das palavras, sem que existam alterações dos órgãos da expressão. Neste grupo de transtornos da linguagem o distúrbio mais importante é a gagueira (tartamudez). A disfemia é uma desordem da comunicação humana que vem despertando a curiosidade de fonoaudiólogos, foniatras, psicólogos, psiquiatras e outros profissionais afins, além de leigos que lidam com indivíduos portadores de gagueira. Caracteriza-se por hesitação, silabação, precedida ou intercalada dos fonemas qui, que, ga, gue. A gagueira revela a tendência de aumentar ou diminuir sob a influencia da emoção. Não se trata, propriamente, de alteração da linguagem, mas de defeitos da voz consequentes a perturbações orgânicas ou funcionais das cordas vocais ou, ainda, como consequência de uma respiração defeituosa. Seria então, a disfonia, um distúrbio da voz como rouquidão, soprosidade ou aspereza. Dislexia é um distúrbio específico da linguagem caracterizado pela dificuldade em decodificar (compreender) palavras. Segundo a definição elaborada pela Associação Brasileira de dislexia, trata-se de uma insuficiência do processo fonoaudiólogo e inclui-se frequentemente entre os problemas de leitura e aquisição da capacidade de escrever e soletrar. Resumindo podemos entender a dislexia como uma alteração de leitura. A origem da Dislexia está no eixo corporal, na base psicomotora, cujo desenvolvimento é anterior à escrita. Para aprender a ler, a criança precisa ter consciência de seu eixo corporal, lado direito, lado esquerdo, etc. O disléxico não tem essa noção de lateralidade e vai confundir eternamente direita e esquerda. Afasia pode ser entendida como uma perturbação da linguagem caracterizada pela perda parcial ou total da faculdade de exprimir os pensamentos por sinais e de compreender esses sinais. Alguns autores referem a afasia como a perda da memória dos sinais pelos quais se realiza a troca ideias. De qualquer forma, o fato dominante na afasia é a incompreensão da palavra falada e a impossibilidade, em grau variável, de ler ou de escrever. Estereotipia verbal, que consiste na repetição automática de uma palavra, sílaba ou som, que se intercala entre as frases, sem nenhuma finalidade. Mutismo é a ausência de linguagem oral. O mutismo tem origem e mecanismos os mais variados. Nas doenças mentais, é observado nos estados de estupor da confusão mental, da melancolia e da catatonia, nos estados demenciais avançados, na paralisia geral e na demência senil. Na esquizofrenia, o mutismo adquire uma importante significação. Pode decorrer, nesse caso, de interceptação do pensamento, de perda de contato com a realidade, de alucinações imperativas ou de ideias delirantes de culpabilidade. Com muita frequência, os catatônicos não falam nem respondem ao interrogatório, dando-nos a impressão de que se encerram voluntariamente no mais completo mutismo. É a expressão da linguagem em voz muito baixa, o enfermo movimenta os lábios de maneira automática, produzindo murmúrio ou som confuso. É um sintoma próprio da esquizofrenia. Ecolalia é a repetição, como um eco, das últimas palavras que chegam ao ouvido do paciente. Em condições patológicas, observa-se nos catatônicos. O fenômeno tem muita semelhança com a perseveração do pensamento, observada nos epilépticos. Os enfermos repetem como um eco não só as palavras que lhes são dirigidas, como partes de uma frase que escutam ao acaso. A Logorréia é comum em todos os casos de excitação psicomotora, principalmente nos estados maníacos e hipomaníacos, na embriaguez alcoólica, e em casos de demência senil. A Logorréia é a disposição hipomaníaca pode representar um estado permanente, de forma moderada, compatível com a vida social. Assim, um indivíduo de tipo hipomaníaco pode despertar a atenção sobre sua pessoa pela maneira incessante como fala, não dando oportunidade ao interlocutor para contestá-lo, falando em tom de voz elevado, gesticulando muito e, sobretudo, logorreico. Na excitação maníaca verifica-se o fluxo incessante e incoercível de palavras, emitidas sem coesão logica que se acompanha de aceleração do ritmo psíquico e de elevação do estado de ânimo, tá reduzida, muitas vezes, a um verbigeração incoerente. Consiste numa diminuição da velocidade de expressão, como resultado da lentidão dos processos psíquicos e do curso do pensamento. Observa-se no parkinsonismo pós-encefalítico, em casos de epilepsia pós-traumática. É a repetição incessante durante dias, semanas e até meses, de palavras e frases pronunciadas em tom de voz monótono, declamatório ou patético. É observada nos estados demenciais, em psicoses confusionais e na esquizofrenia, especialmente na forma catatônica. podem ser variadas: desde dificuldades no aprendizado até paralisia cerebral, passando por problemas como surdez. A mielomeningocele, mais conhecida como Spina Bífida, é uma má formação congênita da coluna vertebral da criança, dificultando a função primordial de proteção de medula espinhal, que é o “tronco” de ligação entre o cérebro e os nervos periféricosdo coro humano. Quando a medula espinhal nasce exposta, como na mielomeningocele, muitos dos nervos podem estar traumatizados ou sem função, sendo que o funcionamento dos órgãos inervados pelos mesmos (bexiga, intestinos e músculos) pode estar afetado. O primeiro passo para o tratamento é o fechamento que é realizado pelo neurocirurgião, visando a proteção e evitando traumas e infecções (meningites). Essa intervenção de um modo geral dá-se nas primeiras horas de vida. Mais grave e mais comum do que a meningocele, a mielomeningocele acomete pele, ossos, dura- máter, medula espinhal. E raízes nervosas, que podem se encontrar externa ao canal vertebral. Nesse caso, os arcos vertebrais não se fundiram como esperado, e existe herniação das meninges, que forma uma saliência que contém líquido cefalorraquidiano (LCR). O acometimento está restrito a pele, ossos e dura-máter. Este é um fenômeno considerado raro. Neologismos são palavras criadas ou palavras já existentes empregadas com significado desfigurado. Pode ser um sintoma comum na esquizofrenia. O sistema nervoso é responsável também pelo funcionamento perfeito de nosso corpo. Ele coordena os nossos músculos através das atividades físicas que realizamos diariamente. Estimula também os sentidos, além de ser essencial para iniciação das ações humanas. Os neurônios em conjunto com os nervos geralmente atuam em integração com o sistema. Desempenhando assim, grandes papéis de importância fundamental para a desenvolução de nossa coordenação motora. Os estímulos dependem desse mesmo sistema. A meningite é uma doença que consiste na inflamação das meninges membranas que envolvem o encéfalo e a medula espinhal. Ela pode ser causada, principalmente, por vírus ou bactérias. O quadro das meningites virais é mais leve e seus sintomas se assemelham aos da gripe e resfriado. Entretanto, a bacteriana causada principalmente pelos meningococos, penumococos ou hemófilos é altamente contagiosa e geralmente grave, sendo a doença meningocócica a mais séria. Ela, causada pela neisseria meningitidis, pode causar inflamação nas meninges e, também, infecção generalizada (meningogoccemia). O ser humano é o único hospedeiro natural desta bactéria cujas sequelas pode - Hemorragia intraventricular; - Meningite; - Traumatismos; - Tumores; - Cistos; - Estenose do Aqueduto Sylvius; Classifica-se a hidrocefalia de acordo com sua causa: Obstrutiva ou não-comunicante: é quando há um bloqueio no sistema ventricular do cérebro, impedindo que o líquido cefalorraquidiano flua normalmente pelo cérebro e medula espinhal. Esta obstrução pode surgir no nascimento ou até mesmo após. Não-obstrutiva ou comunicante: é resultante da baixa produção do fluído ou de sua absorção. É mais comum de ocorrer quando há sangramento no espaço subaracnóide, sendo que pode estar presente ao nascimento ou surgir depois. É uma dilatação anormal de uma artéria cerebral que pode levar à ruptura mesma no local enfraquecido e dilatado. A pressão normal do sangue dentro da artéria força essa região menos resistente e dá origem a uma espécie de bexiga que pode ir crescendo lenta e progressivamente. Os maiores riscos desse afrouxamento do tecido vascular são rupturas da artéria e hemorragia ou compressão de outras áreas do cérebro. São raros os aneurismas congênitos, as a pessoa pode nascer com tendêncca A hidrocefalia (palavra derivada do grego hidro= água; céfalo= cabeça) é um acúmulo excessivo de fluído (líquido cefalorraquidiano) dentro dos ventrículos (espaços no cérebro) ou do espaço subaracnóide. Este fluído é formado nos ventrículos, circula através do sistema ventricular e é absorvido para a corrente sanguínea. Possui diversas funções e, dentre elas, protege o encéfalo e a medula espinhal contra choques, agindo como uma almofada. A afecção em questão surge quando há um desequilíbrio entre a quantidade produzida desse líquido e a quantidade que é absorvida. Esse desequilíbrio pode ocorrer devido a uma obstrução na drenagem do liquido para o sistema sanguíneo, ou também, ocorrer por outras razões, como excesso de produção do liquido cefalorraquidiano. Consequentemente ao aumento de liquido cefalorraquidiano, ocorre uma dilatação dos ventrículos, levando ao aumento da pressão dentro do crânio. Está doença pode ter causa congênita, sendo elas relacionadas principalmente a três causas: - Genética (hereditário); - Espinha bífida; - Recém nascidos prematuros Já nos casos de hidrocefalia adquirida, as causas podem ser: - Infecções (caxumba, hepatite, poliomielite, etc...) vômitos, perda da consciência. Sangramentos abundantes podem ser fatais. A angio-ressonância magnética é um exame fundamental para o diagnostico dos aneurismas. O ideal seria que fossem detectados precocemente, antes de sangrarem, mas isso raramente acontece, porque essa avaliação não está incluída na rotina dos Check-up. Diagnosticado o aneurisma, a indicação cirúrgica precisa levar em conta seu tamanho e as condições do paciente, uma vez que o risco da cirurgia deve ser menor do que o oferecido pela história da evolução da doença. Caso se opte pela cirurgia, o objetivo é fechar o aneurisma para excluí-lo, preservando a artéria que o nutre, porque todas as áreas do cérebro são nobres e morrem se não forem irrigadas. O procedimento pode ser realizado a céu aberto (por uma janelinha aberta no crânio, a porção mais estreita do aneurisma é fechada por um clipe metálico) ou por via endovascular, introduzindo molas delicadas através de um cateter, que se enrolam no interior do aneurisma e formam um coágulo que impede o sangramento. Pessoa que não deve, não pode ou não quer ser operada, precisa manter controle rigoroso da pressão arterial, não fumar e evitar esforços físicos. No tratamento dos aneurismas cerebrais a embolização por via endovascular é hoje uma importante forma terapêutica. Em geral as equipes com tendência à fragilidade dos vasos e à formação de aneurismas. Em geral, os episódios de ruptura e sangramento ocorrem a partir da 5º década de vida, afetam mais as mulheres e tornam-se mais comuns à medida que a pessoa envelhece. Aneurisma cerebral é uma doença grave. Apenas 2/3 dos pacientes sobrevivem, mas cerca da metade permanece com sequelas importantes que comprometem a qualidade de vida. - Predisposição familiar (15% dos portadores de aneurisma pertencem a uma família em que a incidência de enfermidade é maior); - Hipertensão arterial (pressão alta facilita o desenvolvimento e a ruptura dos aneurismas); - Dislipidemia (aumento dos níveis de colesterol e triglicérides); - Diabetes; - Cigarro; - Álcool. Aneurismas pequenos costumam ser assintomáticos. Quando crescem, podem comprimir uma estrutura cerebral e provocar sintomas que variam conforme a área do cérebro afetada. A manifestação mais evidente dos aneurismas é a ruptura seguida de hemorragia. A intensidade dos sintomas está diretamente relacionada com o tamanho e a extensão do sangramento. Os mais comuns são dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos atuam de forma multidisciplinar na decisão de qual metodologia, ou seja, microcirurgia ou embolização, será a melhor e mais confortável abordagem para cada tipo de aneurisma e cada condição física do paciente. A opinião do paciente também é importante na decisão da metodologia a ser adotada.
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