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APOSTILA-DEFICIÊNCIAS-MULTIPLAS.docx

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1 
 
 
DEFICIÊNCIAS MULTIPLAS 
1 
 
 
 
Sumário 
 
FACULESTE ............................................................................................ 2 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3 
Conceitos sobre deficiência múltipla: consensos possíveis ..................... 4 
Deficiência Múltipla ................................................................................ 11 
A criança com deficiência múltipla e a escola ........................................ 17 
Necessidades da pessoa com múltiplas deficiências ............................ 24 
Tecnologias assistivas – trabalhando com necessidades múltiplas ...... 27 
Os tipos de deficiência ........................................................................... 28 
O papel da escola e do professor na inclusão ....................................... 36 
CONCLUSÃO ........................................................................................ 42 
REFERENCIA ........................................................................................ 43 
 
 
 
2 
 
 
 FACULESTE 
 
 
 
A história do Instituto FACULESTE, inicia com a realização do sonho de 
um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para 
cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACULESTE, 
como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A FACULESTE tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas 
de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A deficiência múltipla é a ocorrência de duas ou mais deficiências 
simultaneamente, sejam intelectuais, físicas, distúrbios neurológicos, 
emocionais, linguagem e desenvolvimento educacional, vocacional, social e 
emocional, dificultando sua autossuficiência. 
As deficiências múltiplas atrasam o desenvolvimento global da criança, 
dificultando sua aprendizagem e autonomia. 
Diante desse quadro, a pessoa pode já nascer ou adquirir baixa visão e 
deficiência física ou intelectual, cegueira e distúrbios neurológicos, surdez e 
mobilidade física, entre outros, de níveis que vão de leve a severo. 
De acordo com a Secretaria de Educação Especial do Ministério da 
Educação (MEC), o que define deficiência múltipla é o nível de desenvolvimento, 
as possibilidades funcionais, de comunicação, interação social e de 
aprendizagem que determinam as necessidades educacionais dessas pessoas. 
 A maneira como cada deficiência afeta o aprendizado de tarefas simples 
e o desenvolvimento da comunicação da pessoa varia de acordo com o grau de 
comprometimento propiciado pelas deficiências, associado aos estímulos que a 
pessoa recebeu ao longo da vida. Para que haja avanço no processo de 
desenvolvimento em crianças com múltiplas deficiências é necessário o 
compartilhamento de atendimento multidisciplinar, em que estão incluídas ações 
integradas entre educação, saúde e família. O professor deve estar atento às 
limitações do aluno e, dentro das propostas de educação inclusiva, deve 
preparar um conteúdo adaptado às necessidades de cada criança para garantir 
sua participação em todas as atividades desenvolvidas, assim o ensino 
aprendizado acontece de forma justa e igualitária. 
4 
 
 
 
Conceitos sobre deficiência múltipla: consensos 
possíveis 
 
 
A necessidade de entendimento e a busca por uma definição para melhor 
compreensão do que seja a deficiência múltipla se confronta com a 
complexidade que a própria nomenclatura representa e a escassez de estudos 
na área, pois: “a deficiência múltipla é um termo muito controverso e 
aparentemente pouco discutido no cenário nacional e internacional” (TEIXEIRA 
& NAGLIATE, 2009, p. 13). 
Dugnani e Bravo (2009), ao realizarem um levantamento bibliográfico no 
Brasil, verificaram que as pessoas com deficiência múltipla não tem sido alvo 
das preocupações da comunidade científica. Em suas palavras: 
 
5 
 
 
 
A falta de pesquisas científicas nesta área, não é uma especificidade do 
Brasil. Machado, Oliveira e Bello (2009) realizaram uma pesquisa em bases de 
dados americanas e os resultados mostraram um número ínfimo de estudos 
publicados, principalmente quando relacionados à educação dos sujeitos alvo 
desse artigo. Esta situação também se repete na Europa. Em 2009, Teixeira, 
Nagliate e Reis publicaram resultados de levantamentos bibliográficos a respeito 
do tema deficiência múltipla em periódicos europeus de Educação e Psicologia. 
Foram identificados artigos sobre o uso de tecnologias para a melhoria da 
comunicação; a importância de se tratar o tema no âmbito político; estratégias 
de alfabetização e práticas educacionais, dentre outras questões. Ainda assim, 
a pesquisa apontou a necessidade da ampliação dos estudos e publicações 
também na realidade europeia. Sobre tal questão, o que se nota é que apesar 
da escassez de estudos – ou até mesmo por conta desta escassez – há 
inúmeras interpretações sobre o que seja deficiência múltipla. Tal aspecto pode 
ser identificado na literatura internacional, pois além de haver diversas definições 
sobre a deficiência múltipla, também constatamos que não há consenso entre 
os estudiosos em determinar as características desta deficiência (TEIXEIRA & 
NAGLIATE, 2009). Segundo nosso levantamento realizado nos bancos de dados 
Redalic (Rede de Revistas Científicas da América Latina e do Caribe) e no Scielo 
(Biblioteca Eletrônica Científica online), ainda hoje, essas informações são 
pertinentes. Vale mencionar, para ilustrar, que no conjunto das revistas 
científicas brasileiras disponíveis no Scielo, incluindo a Revista Brasileira de 
6 
 
 
Educação Especial, apenas identificamos um artigo que trata sobre o tema da 
deficiência múltipla. 
Quanto ao não consenso entre os pesquisadores em relação à 
conceituação de deficiência múltipla, verificamos que alguns a consideram como 
uma deficiência inicial que foi geradora de outras . Outros a entendem como a 
associação entre duas ou mais deficiências, sem necessariamente uma ter sido 
causa do desenvolvimento da outra. De acordo com esta última forma de 
entendimento, Carvalho (2000) compreende que deficiência múltipla é uma: 
Tal definição está em consonância como o que temos disposto em 
diferentes documentos federais como a Política Nacional de Educação Especial 
(BRASIL, 1994)5 e o documento Subsídios para Organização e Funcionamento 
de Serviços de Educação Especial – área de Deficiência Múltipla (BRASIL, 
1995). De acordo com estes dois documentos, a deficiência múltipla é uma: 
“associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias 
(mental/visual/auditivo/física), com comprometimentos que acarretam atrasos no 
desenvolvimento global e na capacidade adaptativa” (BRASIL, 1995, p.17). 
Estas duas definições mostram que a deficiência múltipla pode implicar extensa 
possibilidade de associação de deficiências, variando conforme o número, a 
natureza, o grau e a abrangência das deficiências em questão; 
consequentemente, variam os efeitos dos comprometimentos na vida cotidiana 
das pessoas que a apresentam. 
Em 2004, a deficiênciamúltipla também foi caracterizada pelo Ministério 
da Educação no documento “Saberes e práticas da inclusão: dificuldades 
acentuadas de aprendizagem – deficiência múltipla” (BRASIL, 2004) como 
sendo a associação de duas ou mais deficiências podendo ser estas de ordem 
física, mental, sensorial, comportamental e /ou emocional. No ano de 2007, o 
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) 
apresentou um conceito para deficiência múltipla, seguindo na mesma direção. 
Em nível internacional, podemos citar o conceito apresentado pelo 
National Information Center for Children and Youth with Disabilities (NICHCY) 
que nos Estados Unidos (2007) define deficiência múltipla como sendo a 
condição em que pessoas apresentam deficiência intelectual profunda e que 
7 
 
 
frequentemente apresentam dificuldades adicionais nos movimentos, perdas 
sensoriais e problemas de comportamento. Neste caso, podemos perceber uma 
concepção que define deficiência múltipla, partindo especificamente da 
deficiência intelectual. 
Já, mais próximo com as posições adotadas pelos documentos oficiais 
brasileiros, temos o conceito do Individuals with Disabilities Education Act 
(IDEA), órgão americano que define a deficiência múltipla como sendo 
deficiências concomitantes ou simultâneas, apontando a associação entre 
deficiências intelectuais, sensoriais ou físicas. Este órgão não considera a 
surdocegueira6 como deficiência múltipla, colocando-a como outra modalidade 
de deficiência, uma vez que se trata de um caso estritamente sensorial 
(TEIXEIRA & NAGLIATE, 2009). Esta consideração sobre a surdocegueira 
também é adotada oficialmente em nosso país. Ainda em termos internacionais, 
cabe mencionar que em Portugal, a definição adotada pelo Ministério da 
Educação daquele país é proveniente do conceito apresentado por Nunes 
(2001): 
 
Como podemos depreender a definição portuguesa concebe a deficiência 
múltipla partindo da deficiência cognitiva; podendo estar associada a outras 
formas de deficiência, sensoriais ou físicas. Ou seja, esta concepção, assim 
como da definição da NICHCY defende que a deficiência múltipla ocorre 
somente quando há a deficiência intelectual. 
8 
 
 
Voltando ao cenário nacional, vale mencionar o documento “Educação 
Infantil - saberes e práticas da inclusão: dificuldades acentuadas de 
aprendizagem - deficiência múltipla” (BRASIL, 2006), que define essa deficiência 
“para caracterizar o conjunto de duas ou mais deficiências associadas, de ordem 
física, sensorial, mental, emocional ou de comportamento social” (p.11). No 
mesmo texto, há uma consideração que nos chama atenção para a 
complexidade da questão, alertando-nos sobre o que verdadeiramente 
caracteriza um determinado caso de deficiência múltipla: 
 
 
Neste sentido, a atenção às especificidades e necessidades de cada 
pessoa é fundamental não podendo se restringir apenas aos laudos médicos. 
Mensurar o desenvolvimento contando apenas com as características que 
costumam se apresentar na ocorrência de determinadas deficiências não é o 
suficiente para o efetivo conhecimento do sujeito e, consequentemente, das suas 
necessidades. O mesmo pode-se considerar com relação às potencialidades 
que podem apresentar, pois o desempenho e as competências dessas crianças 
são heterogêneos e variáveis (BRASIL, 2006; ROCHA, 2014). 
Além das características apresentadas de acordo com as deficiências que 
o sujeito pode ter associadas, o grau de comprometimento também depende de 
aspectos influenciados pelo ambiente, bem como pelas oportunidades, 
9 
 
 
estímulos, relações vivenciadas por ele, dentre tantos outros aspectos. A este 
respeito Silva (2011) descreve que: 
 
 
Ao exemplificar ações, considerando a importância delas para o 
desenvolvimento das pessoas que apresentam deficiência múltipla, a autora 
explicita que as possibilidades não ficam engessadas às deficiências 
apresentadas. Com relação à questão biológica, as experiências vivenciadas 
podem ter grande influência. Por isso, a ação educacional é imprescindível: 
 
 
Sobre esta questão Machado, Oliveira e Bello (2009) postulam que: 
 
10 
 
 
 
A respeito das peculiaridades nos processos de aprendizagem de alunos 
com deficiências múltiplas Cormedi (2009) aponta a necessidade de se 
considerar o impacto das limitações cognitivas, motoras, sensoriais e também 
de comunicação. Vejamos em suas palavras: 
 
 
Mediante tais questões, faz-se necessário ter clareza de que as pessoas 
com deficiência múltipla apresentam necessidades que não podem ser 
ignoradas, uma vez que se tenha a real intenção de oportunizar o seu 
desenvolvimento. Os documentos oficiais reconhecem tal aspecto ao 
sinalizarem que: 
 
11 
 
 
 
 
Deficiência Múltipla 
 
A deficiência múltipla é uma associação de duas ou mais deficiências 
primárias como física, mental, visual ou auditiva, no mesmo indivíduo. As 
pessoas com deficiência múltipla apresentam comprometimento que causam 
atrasos no desenvolvimento, na aprendizagem e na capacidade administrativa. 
De acordo com Política Nacional de Educação Especial (PNEE) a 
deficiência múltipla é uma “associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais 
deficiência primárias (mental/ visual/auditiva/física) com comprometimento que 
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/deficiencia-multipla/57024
12 
 
 
acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa 
(MEC,1994). 
O programa TECNEP (2008) afirma que deficiência múltipla: É a 
deficiência auditiva ou a deficiência visual associada a outras deficiências 
(mental e/ou física), como também a distúrbios neurológicos, emocionais, 
linguagem e desenvolvimento educacional, vocacional, social e emocional, 
dificultando a sua autossuficiência. 
Ainda no campo da definição da deficiência múltipla, o decreto federal nº 
5.296 explica que é uma “ associação de duas ou mais deficiências” podendo 
ser de ordem física, sensorial, mental, emocional ou de comportamento social, 
podendo ser agravada por alguns aspectos, tais como a idade de aquisição, o 
grau das deficiências e a quantidade de associações que o indivíduo apresenta. 
No entanto, não é a soma da associação de deficiências que irá 
caracterizar a deficiência múltipla, mas sim o “nível de desenvolvimento, as 
possibilidades funcionais, de comunicação, interação social e de aprendizagem 
que determinam as necessidades educacionais dessas pessoas” (GODÓI, 2006, 
p. 11). 
 
 
 
 
 
 As causas da deficiência múltipla 
13 
 
 
 
 
As causas que envolvem a deficiência múltipla podem ser várias. Elas 
podem ser de ordem sensorial, motora e linguística e originada de “ fatores pré-
natais, perinatais ou natais e pós-natais, além de situações ambientais tais como: 
acidentes e traumatismos cranianos, intoxicação química, irradiações, tumores 
e outras” (SILVA, 2011). 
As causas também podem ser por má-formação congênita, 
Hipotireoidismo, Síndrome de Rett , e por infecções virais como Síndrome da 
rubéola congênita, ou por doenças sexualmente transmissíveis. 
De acordo com Campos (2003) as causas da deficiência múltipla ainda 
podem ser por Icterícia, infecção do ouvido, falta de oxigênio no cérebro, 
sarampo, glaucoma, traumatismos, tumor cerebral, toxoplasmose, catarata e 
casamentos consanguíneos. 
 
 
O programa TECNEP (2008), também menciona algumas causas como 
prematuridade, a sífilis congênita e a meningite. Outros fatores também podem 
ser atribuídos às causas para a deficiência múltipla como doenças venéreas, 
gravidez de risco, falta de saneamento básico e infecções hospitalares (idem). 
14 
 
 
De acordo com a Associação Brasileira de Pais e Amigos dos Surdo-
cegos e dos Múltiplos Deficientes Sensoriais (Abrapacem), a forma como a 
deficiência afetará a vida, o aprendizado de atividades simples e o 
desenvolvimento da comunicaçãodo indivíduo, varia de acordo com o grau de 
comprometimento proporcionado pelas deficiências, associado aos estímulos 
que essa pessoa irá receber ao longo da vida. 
 
 Caracterização da deficiência múltipla 
 
 
 
 De acordo com a Fenapaes (2007, p.23 apud SILVA, 2011) a 
caracterização da deficiência múltipla deve ser levado em consideração que ela 
pode apresentar-se mediante a associação das seguintes categorias, dentre 
outras: 
 
- FÍSICA E PSÍQUICA – são exemplos dessa condição: (a) deficiência física 
associada à deficiência intelectual; (b) deficiência física associada a transtorno 
mental. 
 
- SENSORIAL E PSÍQUICA – exemplificam essa condição: (a) Deficiência 
15 
 
 
auditiva ou surdez associada à deficiência intelectual; (b) Deficiência visual ou 
cegueira associada à deficiência intelectual; (c) Deficiência auditiva ou surdez 
associada a transtorno mental. 
 
- SENSORIAL E FÍSICA – são exemplos dessa condição: (a) Deficiência auditiva 
ou surdez associada à deficiência física; (b) Deficiência visual ou cegueira 
associada à deficiência física. 
 
- FÍSICA, PSÍQUICA E SENSORIAL – são ilustrativas dessa condição: (a) 
Deficiência física associada à deficiência visual ou cegueira e à deficiência 
intelectual; (b) Deficiência física associada à deficiência auditiva ou surdez e à 
deficiência intelectual; (c) Deficiência física associada à deficiência visual ou 
cegueira e à deficiência auditiva ou surdez. 
 
 Características Gerais da Criança com Deficiência Múltipla. 
 
 
Crianças com deficiência múltipla apresentam algumas características 
distintas que as diferem das outras. De acordo com Nascimento (2006,p.11) 
essas características são: 
16 
 
 
 
 
-Dificuldade na abstração das rotinas diárias, nos gestos ou na comunicação; 
 
-Dificuldades no reconhecimento de pessoas do seu cotidiano; 
 
-Movimentos corporais involuntários; 
 
-Respostas mínimas a estímulos causados por barulhos, toques, entre outros. 
 
-Aprendem mais lentamente; 
 
- Tendem a esquecer o que não praticam; 
 
-Tem dificuldade em generalizar habilidades aprendidas separadamente; 
 
- Necessitam de instruções organizadas e sistematizadas; 
 
- Necessita de ter alguém que possa mediar seu contato com o meio que o 
rodeia. 
 
Percebe-se assim, que as crianças com deficiência múltipla podem 
apresentar movimentos estereotipados e repetitivos, não demonstrar conhecer 
as funções dos objetos, não se comunicar da forma convencional, apresentar 
resistência ao contato físico, não reter informações entre outros. Portanto, 
trabalhar com pessoas com deficiências múltiplas requer um compromisso no 
que se refere à autonomia da criança ou adolescente, seja na escola, na vida 
diária ou para a inserção no mundo do trabalho. 
17 
 
 
 
A criança com deficiência múltipla e a escola 
 
 
 
Ao longo da história, é possível perceber como é difícil a convivência em 
sociedade, principalmente para as pessoas que não se enquadram nas 
expectativas de normalidade estabelecidas como padrões sociais, como por 
exemplo, ser capaz de andar, falar ou desenvolver algum tipo de trabalho. A 
sociedade valoriza o que culturalmente se convencionou como belo, sadio, forte, 
eficiente e produtivo. Dentro desta perspectiva, quem possui estas 
características é um ser normal. 
Todavia, os indivíduos que não se enquadram nesses padrões e que 
apresentam algum tipo de anomalia, seja ela congênita ou adquirida, são 
pessoas que trazem consigo o estigma da diferença, maior ainda se essa 
diferença for expressa na forma de uma deficiência. 
Na história da deficiência, as pessoas que não apresentavam os padrões 
de comportamento ou de desenvolvimento, ou seja, os padrões da normalidade, 
eram totalmente excluídas do contexto social e da convivência com os demais, 
inclusive da família. As pessoas com deficiência não tinham direito a participarem 
do mercado de trabalho e dos processos educacionais. Portanto, não eram 
considerados cidadãos. Dessa forma, as pessoas com deficiência carregam 
consigo a marca do defeito, da degeneração humana devendo ser isolados e 
castrados para que não procriassem, gerando assim mais pessoas defeituosas. 
18 
 
 
No século XIX que surgem as instituições especializadas em pessoas 
com deficiência. Essas instituições, de acordo com Sassaki (apud SASSAKI, 
2003, p. 31) “eram em geral muito grandes e serviam basicamente para dar 
abrigo, alimento, medicamento e alguma atividade para ocupar o tempo ocioso”. 
Paralelo a isso, observa-se também no século XIX o surgimento da Educação 
Especial. 
 
Em uma rápida análise da trajetória da Educação especial, é possível 
identificar que o período que antecede o século XX é marcado por atitudes 
sociais de exclusão educacional de pessoas com deficiência, uma vez que eram 
consideradas indignas ou incapazes de receberem educação escolar. 
 
 
 
Na década de 50, de acordo com a SILVA (2006, p.11), “começaram a 
surgir as primeiras escolas especializadas e as classes especiais. A Educação 
Especial se consolidava como um subsistema da Educação comum”. Essa 
época, foi um período no qual predominou a concepção científica da deficiência, 
acompanhada ainda, pela atitude social do assistencialismo, no qual a pessoa 
19 
 
 
com deficiência recebia atendimentos médicos a era preparada de maneira 
resignada, a uma posição social de submissão. 
 
 
Nesta época os deficientes são considerados cidadãos, com direitos e 
deveres, mas de forma assistencialista. Ainda neste mesmo período, as pessoas 
com deficiência, começam a ter acesso às salas regulares de ensino desde que 
se adaptassem e não causassem nenhum transtorno ao contexto escolar. 
No início da década de 80, quando houve um considerável número de 
alunos com deficiência começando a frequentar classes regulares de ensino, 
começou-se a projetar a fase da inclusão. Dessa forma, intensificou-se a atenção 
à necessidade de educar os alunos com deficiência no ensino regular, como 
consequência do aumento de matrículas e insatisfações existentes em relação 
às modalidades de atendimento em Educação Especial, que para muitos não 
atendia as necessidades educacionais e sociais dos alunos. 
Porém, trabalhar com crianças, com deficiência múltipla, que 
apresentam “dificuldades acentuadas no processo de desenvolvimento e 
aprendizagem é um grande desafio, com o qual podemos aprender e crescer 
como pessoas e profissionais, buscando compreender e ajudar o outro” (GODÓI, 
2006, p. 13). 
Ainda de acordo com a autora, os alunos com deficiência múltipla 
possuem várias potencialidades, possibilidades funcionais e necessidades 
concretas que necessitam ser compreendidas e consideradas. Apresentam, 
algumas vezes, interesses inusitados, diferentes níveis de motivação, formas 
incomuns de agir, comunicar e expressar suas necessidades, desejos e 
sentimentos (GODÓI, 2006, p. 13). 
Sendo assim, inclusão de alunos com deficiências múltiplas na escola 
comum requer não apenas a aceitação da diversidade humana, mas implica em 
transformação significativa de atitudes e posturas, principalmente em relação à 
prática pedagógica. Ao trabalhar com pessoas com deficiência múltipla espera-
se que o educador, tenha conhecimentos adequados sobre o que pretende 
20 
 
 
ensinar e que tenha uma metodologia de ensino adequada para que seus alunos 
assimilem os conteúdos ministrados. 
Para que haja um eficaz aprendizado escolar do aluno com 
necessidades educacionais especiais, é necessário ainda, que o projeto político 
pedagógico e o currículo da escola estejam em consonância com as 
necessidades educativas dos alunos, sendo na metodologia de trabalho e 
formas de avaliação. É imprescindível que o currículo seja adaptado às 
necessidades e realidade dos alunos. 
 
 
De acordo com a Associação dos deficientes físicos de Betim (adefib), “as 
adaptações são recursos necessários parafacilitar a integração dos educandos 
com necessidades especiais nas escolas”. As adaptações do currículo são 
“modificações ou provisão de recursos espaciais, temporais, materiais ou de 
comunicação que favorecem o aluno com necessidades educacionais especiais 
no desenvolvimento do currículo regular” (GUIJARRO, 1992, p.134 apud 
GODÓI, 2006, p. 33). 
 
21 
 
 
 Porém, as adaptações de acesso ao currículo são de 
responsabilidade da escola, e envolvem segundo Godói (2006, 
p. 34) 
 
 
• mobiliário adequado (mesas, cadeiras, triângulo para atividades no solo, 
equipamentos para atividades em pé e locomoção independente); 
 
• equipamentos específicos e tecnologia assistida; 
 
• sistemas alternativos e ampliados de comunicação; 
 
• adaptação do espaço e eliminação de barreiras arquitetônicas, ambientais, play 
ground; 
 
• recursos materiais e didáticos adaptados; 
 
• recursos humanos especializados ou de apoio; 
 
• situações diversificadas de aprendizagem e apoio para participação em todas 
as atividades pedagógicas e recreativas; 
 
 
• adaptações de atividades, jogos e brinquedos. 
 
 Necessidades Educacionais da criança com Deficiência 
Múltipla 
 
22 
 
 
 
Para que haja um desenvolvimento e aprendizado significativo das 
crianças com deficiência múltipla, não basta somente as adaptações no 
currículo, é também necessário, de acordo com Sbaraini, observar algumas 
necessidades educacionais dos alunos tais como: 
 
 
- Posicionamento e manejo apropriado: evitará dores e complicações posturais, 
o posicionamento adequado do aluno permitirá que ele veja, ouça, alcance 
objetos e movimente-se nas diversas atividades; 
 
- Oportunidades de escolha: oportunizar o aluno a fazer escolhas, para a sua 
maior e melhor autonomia; 
 
- Métodos apropriados de comunicação; todas as formas de comunicação devem 
ser usadas; 
 
- Estimulação constante, de pessoas que se comuniquem de forma adequada e 
que proporcionem situações de interação; 
23 
 
 
 
- Planejamento de toda a aprendizagem, incluindo aspectos simples e básicos 
de vida diária; 
 
- Interação em ambientes naturais, incluindo pessoas e objetos; 
 
- Oportunidades de aprendizagem centradas em experiências de vida real; 
 
- Organização e estruturação dos ambientes para lhes trazer segurança. 
 
Esses são fatores essenciais e capazes de atender às necessidades 
específicas de aprendizagem dos alunos com deficiência múltipla. Todavia, para 
que a criança com deficiência múltipla participe das atividades pedagógicas 
relevantes para o processo do desenvolvimento e aprendizagem, é necessário 
um professor atento, capacitado, disponível para dialogar e efetuar a mediação, 
tanto em termos de comunicação, quanto de ajuda física, na realização das 
brincadeiras e atividades escolares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
Necessidades da pessoa com múltiplas 
deficiências 
 
 
Podem ser agrupadas em três grupos: 
 
 Necessidades físicas e médicas: 
A causa mais frequente de deficiência múltipla é a paralisia cerebral, que 
compromete a postura e mobilidade, limitando os movimentos. 
 Necessidades emocionais: 
Possuem necessidades de afeto, atenção, de desenvolver relações 
sociais e afetivas, e de estabelecer uma relação de confiança. 
 Necessidades educativas: 
25 
 
 
As necessidades educativas são devido a limitações no acesso ao 
ambiente; a dificuldades em dirigir atenção para estímulos relevantes, a 
dificuldades na interpretação da informação, etc. 
 
DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA E EDUCAÇÃO 
 
• A maneira como cada deficiência afeta o aprendizado de tarefas simples e o 
desenvolvimento da comunicação da pessoa varia de acordo com o grau de 
comprometimento propiciado pelas deficiências, associado aos estímulos que a 
pessoa recebeu ao longo da vida. 
 
• Para que haja avanço no processo de desenvolvimento em crianças com 
múltiplas deficiências é necessário o compartilhamento de atendimento 
multidisciplinar, em que estão incluídas ações integradas entre educação, saúde 
e família. 
 
• O professor deve estar atento às limitações do aluno e, dentro das propostas 
de educação inclusiva, deve preparar um conteúdo adaptado às necessidades 
de cada criança para garantir sua participação em todas as atividades 
desenvolvidas. 
 
• De acordo com o referencial curricular nacional para a educação infantil, 
publicado em 2008 pelo MEC, a educação, nesse contexto, tem as funções de 
cuidar e educar. 
 
• No caso das crianças com deficiência múltipla, que podem apresentar 
diferentes limitações, o desenvolvimento delas deve partir do conjunto de ações 
de reabilitação e inclusivas no âmbito social e educacional. 
 
• As diretrizes nacionais para educação especial na educação básica se baseiam 
26 
 
 
na premissa que todas as crianças são capazes de aprender, não importando o 
grau de severidade da deficiência. 
 
• Quando as crianças com deficiência são incluídas desde cedo em programas 
de creche e pré-escola que tenham por objetivo o desenvolvimento integral, o 
acesso à informação e ao conhecimento historicamente acumulado, dividindo 
essa tarefa com os pais e serviços da comunidade. 
 
• A inclusão requer algumas modificações, tanto de atitude quanto de estrutura 
dos centros de educação infantil, como: flexibilidade, tolerância, compreensão 
do comportamento e das necessidades emocionais, provisão de currículo 
adaptado às necessidades específicas, mobiliário adaptado para execução de 
atividades, adaptação de jogos pedagógicos, materiais específicos e recursos 
tecnológicos que favoreçam a interação, a comunicação e a aprendizagem. 
 
• É preciso um trabalho transdisciplinar entre o professor do ensino regular, o 
professor especializado de apoio, a família e a equipe de suporte (fonoaudiólogo, 
terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, psicólogo, etc.) para avaliar as 
necessidades específicas e sugerir adaptações e recursos que facilitem o 
processo de comunicação e aprendizagem da criança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
Tecnologias assistivas – trabalhando com 
necessidades múltiplas 
 
 
Para trabalhar com pessoas com múltiplas deficiências é preciso buscar 
atividades funcionais que favoreçam o desenvolvimento da comunicação e das 
interações sociais, levando em conta as potencialidades da pessoa. 
As tecnologias assistivas permitem a criação de alternativas que 
possibilitam ao aluno com deficiência fazer parte do processo de ensino-
aprendizagem. 
A Tecnologia Assistiva (TA) é a área do conhecimento (de caráter 
interdisciplinar) que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, 
práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à 
atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidade ou mobilidade 
reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão 
social.A TA está presente em situações quem que há necessidade de 
comunicação alternativa e ampliada; adaptações de acesso ao computador; 
equipamentos de auxílio para visão e audição; controle do meio ambiente (por 
exemplo, 
 adaptações como controles remotos para acender a apagar luzes); 
adaptações de jogos e brincadeiras; adaptações da postura sentada; mobilidade 
alternativa; entre outros. 
28 
 
 
 A tecnologia assistiva pode ir desde uma fita crepe para prender o papel 
à mesa, até um software leitor de tela para acesso ao computador 
 
Os tipos de deficiência 
 
Deficiência é o termo empregado para definir a ausência ou a disfunção 
de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica. As deficiências podem ser 
congênitas (nascem com a pessoa) ou adquiridas. As várias deficiências podem 
agrupar-se em cinco conjuntos distintos, sendo eles: 
 Deficiência Visual 
 Deficiência Auditiva 
 Deficiência Mental 
 Deficiência Física 
 Deficiência Múltipla 
 
Deficiência Visual 
Deficiência visual é a perdaou redução das funções básicas do olho e do 
sistema visual. Existem dois grupos de deficiência: 
 
https://pedagogiaaopedaletra.com/tipos-de-deficiencia/#visual
https://pedagogiaaopedaletra.com/tipos-de-deficiencia/#auditiva
https://pedagogiaaopedaletra.com/tipos-de-deficiencia/#mental
https://pedagogiaaopedaletra.com/tipos-de-deficiencia/#fisica
https://pedagogiaaopedaletra.com/tipos-de-deficiencia/#multipla
29 
 
 
 
Cegueira – há perda total da visão ou pouca capacidade de enxergar. 
Seu processo de aprendizagem será através dos sentidos remanescentes (tato, 
audição, olfato, paladar) utilizando o sistema BRAILE como principal meio de 
comunicação escrita. 
Baixa visão – define-se pelo comprometimento do funcionamento visual 
dos olhos, mesmo depois de tratamento ou correção. O processo educativo do 
aluno com baixa visão se desenvolverá, por meios visuais com emprego de 
recursos específicos como escrita ampliada, lupa, entre outros. 
 
Deficiência auditiva 
A deficiência auditiva é a perda parcial ou total da audição em um ou 
ambos os ouvidos. Pode ser de nascença ou causada por doenças. 
30 
 
 
 
 É definido surdo toda pessoa cuja audição não é funcional no dia-a-dia, 
e considerado parcialmente surdo todo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda 
que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva. Tipos de deficiência 
auditiva: 
Deficiência Auditiva Condutiva 
São geralmente de grau leve ou moderado, variando de 25 a 65 decibel. 
Os casos de deficiência auditiva condutiva podem ser tratados com o uso do 
aparelho auditivo ou com implante de ouvido médio. 
Deficiência Auditiva Sensorioneural 
A perda de audição neurossensorial decorre de danos ocasionados pelas 
células sensoriais auditivas ou no nervo auditivo. Ela pode ser de grau leve, 
moderada, severa ou profunda. 
 
 
 
31 
 
 
Deficiência Auditiva Mista 
A deficiência auditiva mista é uma associação de uma perda auditiva 
Sensorioneural e condutiva. Decorrente de problemas em ambos os ouvidos: 
interno e externo ou médio. 
Deficiência Auditiva Neural 
A deficiência auditiva neural é comumente profunda e permanente. 
Aparelhos auditivos e implantes cocleares não amenizam a deficiência auditiva, 
visto que o nervo não é capaz de transmitir informações sonoras para o cérebro. 
 
Deficiência mental 
Deficiência mental é a designação que caracteriza os problemas que 
acontecem no cérebro e levam a um baixo rendimento, mas que não afetam 
outras regiões ou áreas cerebrais. 
 
Esse tipo de deficiência caracteriza-se por registrar um funcionamento 
intelectual geral, significativamente abaixo da média, oriundo do período de 
desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas 
da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder 
32 
 
 
adequadamente às demandas da sociedade, nos seguintes aspectos: 
comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e 
comunidade, independência na locomoção, saúde e segurança, desempenho 
escolar, lazer e trabalho. ( Adotada pelo Brasil em 1992 – AAMD –Associação 
Americana de Deficiência Mental). 
Segundo Rocha (2016, p. 11), há quatro níveis de retardo mental que é 
dado por variação do quociente de inteligência (ou Q.I.): 
Retardo Mental Leve 
O retardo mental leve pode não ser diagnosticado até que as crianças 
afetadas ingressem na escola, já que suas aptidões sociais e comunicativas 
podem ser adequadas nos anos pré-escolares Este é equivalente ao que foi 
certa vez chamado “educável”. Este grupo constitui o maior segmento de 
pessoas com retardo mental – aproximadamente 85%. À medida que ganham 
idade, entretanto, os déficits cognitivos como fraca capacidade para fazer 
abstrações e pensamento egocêntrico podem diferenciá-las de outras crianças 
de sua idade. 
Embora os indivíduos levemente retardados sejam capazes de funções 
acadêmicas no nível elementar superior e suas aptidões vocacionais sejam 
suficientes, para que se sustentem em alguns casos, a assimilação social pode 
ser difícil. Déficits de comunicação, fraca autoestima e dependência podem 
contribuir para sua relativa falta de espontaneidade social. Alguns indivíduos 
levemente retardados podem Ter relacionamentos com companheiros que 
exploram seus déficits. Na maioria dos casos, as pessoas com retardo mental 
leve podem atingir grau de sucesso social e ocupacional em um ambiente de 
suporte. 
Retardo Mental Moderado 
O retardo mental moderado tende a ser diagnosticado mais precocemente 
que o retardo mental leve, porque as aptidões comunicativas desenvolvem-se 
mais lentamente nas pessoas com retardo mental moderado e seu isolamento 
social pode iniciar nos primeiros anos de educação de primeiro grau. Embora as 
conquistas acadêmicas, geralmente, sejam limitação ao nível elementar 
33 
 
 
mediano, as crianças moderadamente retardadas beneficiam-se de um 
atendimento individual focalizado sobre o desenvolvimento de habilidade de 
autoajuda. As crianças com retardo mental moderado têm consciência de seus 
déficits e, frequentemente, sentem-se afastadas de seus pares e frustradas por 
suas limitações. Elas continuam necessitando de um nível relativamente alto de 
supervisão, mas podem tornar-se competentes em tarefas ocupacionais em 
ambientes de suporte. Elas podem aprender a viajar sozinhos a locais familiares. 
Constitui aproximadamente 10% da população com retardo. 
Retardo Mental Severo 
O retardo mental severo geralmente se evidencia nos anos da pré-escola, 
já que a linguagem da criança afetada é mínima, e seu desenvolvimento motor 
é fraco. Algum desenvolvimento da linguagem pode ocorrer nos anos escolares, 
na adolescência, se a linguagem for fraca, ocorre a evolução de formas não 
verbais de comunicação. Eles se beneficiam de apenas em uma extensão 
limitada de treinamento em coisas como o alfabeto e contas simples. Eles podem 
ser ensinados a identificar palavras como homens, mulheres, ônibus e parada, 
por exemplo. A incapacidade de articularem plenamente suas necessidades 
pode reforçar os meios corporais de comunicação. Os enfoques 
comportamentais podem ajudar a promover algum grau de cuidados pessoais, 
embora os indivíduos com retardo mental severo geralmente necessitem de 
supervisão extensa. Este grupo constitui 3 a 4% da população com retardo. 
Retardo Mental Profundo 
Constitui 1 a 2% da população com retardamento. As crianças com 
retardo mental profundo exigem supervisão constante e têm aptidões 
comunicativas e motoras severamente limitadas. Na idade adulta, algum 
desenvolvimento da linguagem pode estar presente, e habilidades simples de 
autoajuda podem ser adquiridas. Mesmo na idade adulta, necessitam de 
cuidados de enfermagem. 
 
 
 
34 
 
 
 
Deficiência Física 
Podemos definir a deficiência física como “diferentes condições motoras 
que acometem as pessoas comprometendo a mobilidade, a coordenação motora 
geral e da fala, em consequência de lesões neurológicas, neuromusculares, 
ortopédicas, ou más formações congênitas ou adquiridas” (MEC,2004). 
 
A deficiência física se refere ao comprometimento do aparelho locomotor 
que compreende o sistema Osteoarticular, o Sistema Muscular e o Sistema 
Nervoso. As doenças ou lesões que afetam quaisquer desses sistemas, 
isoladamente ou em conjunto, podem produzir grandes limitações físicas de grau 
e gravidades variáveis, segundo os segmentos corporais afetados e o tipo de 
lesão ocorrida. (BRASIL, 2006, p. 28) 
 
Deficiência múltipla 
 A deficiência múltipla é a associação de duas ou mais deficiências, sejam 
intelectuais, físicas, distúrbios neurológicos, emocionais, linguagem e 
desenvolvimento educacional, vocacional, social e emocional. 
35 
 
 
De acordo com alguns pesquisadores, a deficiência múltipla pode ser 
separada pelas seguintes dimensões: 
Física e psíquica 
 Associa a deficiência física à deficiência intelectual; Associa a deficiência física à transtornos mentais. 
Sensorial e psíquica 
 Engloba a deficiência auditiva associada à deficiência intelectual; 
 A deficiência visual à deficiência intelectual; 
 A deficiência auditiva à transtornos mentais; 
 Perda visual à transtorno mental. 
Sensorial e física 
 Associa a deficiência auditiva à deficiência física; 
 A deficiência visual à deficiência física. 
Física, psíquica e sensorial: 
 Traz a deficiência física associada à deficiência visual e à deficiência 
intelectual; 
 A deficiência física associada à deficiência auditiva e à deficiência 
intelectual; 
 A deficiência física associada à deficiência auditiva e à deficiência visual. 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
O papel da escola e do professor na inclusão 
 
 
 
O papel da escola e do professor na inclusão 
 A imagem de que existem alunos incapazes de aprender e adquirir 
conhecimentos é muito comum na sociedade brasileira. Difundiu-se o 
estereótipo de que essas pessoas são destituídas de intelecto capaz de lhes 
oferecer as condições para desenvolver suas habilidades cognitivas. Nesse 
sentido, as escolas se inserem com participação decisiva para a sua formação e 
para a condição de cidadãos políticos e sociais. Cabe, portanto, a escola a difícil 
tarefa de prepará-los para inserção nessa sociedade tão complexa e excludente, 
incapaz de lidar com as diferenças, pois segundo Mantoan (2003), a inclusão 
escolar faz repensar o papel da escola e conduz a adoção de posturas mais 
solidárias e para a convivência. 
 
 
 
 
 
37 
 
 
O papel da escola e do professor na inclusão 
 
A educação brasileira tem se demonstrado ineficiente para o atendimento 
da maioria de sua clientela, pois conforme ideia de Gurgel (2007), a educação 
especial foi tradicionalmente concebida como destinada a atender o deficiente 
mental, visual, auditivo, físico e motor, além daqueles que apresentam condutas 
típicas, de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos e psiquiátricos. 
Também estariam inseridos nessa modalidade de ensino os alunos que 
possuem altas habilidades e superdotação. O conceito de inclusão é uma 
dificuldade a ser enfrentada pelos professores das escolas, necessita de tempo 
para ser implementado, da mudança de paradigmas e concepções de 
educadores, de um projeto que seja tomado como de toda a escola e 
concomitante a isso, é necessário a mudança de práticas escolares, permitindo 
o acesso de alunos com necessidades educacionais especiais, mas antes de 
tudo, buscando garantir sua permanência nos espaços regulares de ensino. 
Rosseto nos diz que a inclusão é um programa a ser instalado no 
estabelecimento de ensino a longo prazo. Não corresponde a simples 
transferência de alunos de uma escola especial para uma escola regular, de um 
professor especializado para um professor de ensino regular. O programa de 
inclusão vai impulsionar a escola para uma reorganização. A escola necessitará 
ser diversificada o suficiente para que possa maximizar as oportunidades de 
aprendizagem dos alunos com necessidades educativas especiais (2005, p. 42). 
38 
 
 
As dificuldades no processo de inclusão formam uma rede de situações 
que vão influenciando umas às outras, gerando, novos processos de exclusão 
dos alunos. Mantoan (2003) acredita que recriar um novo modelo educativo com 
ensino de qualidade, que diga não é a exclusão social, implica em condições de 
trabalho pedagógico e uma rede de saberes que entrelaçam e caminham no 
sentido contrário do paradigma tradicional de educação segregadora. É uma 
reviravolta complexa, mas possível, basta que lutemos por ela, que nos 
aperfeiçoemos e estejamos abertos a colaborar na busca dos caminhos 
pedagógicos da inclusão. Pois nem todas as diferenças necessariamente 
inferiorizam as pessoas. Ela tem diferenças e igualdades, mas entre elas nem 
tudo deve ser igual, assim como nem tudo deve ser diferente. Santos apud 
MANTOAN, diz que “é preciso que tenhamos o direito de sermos diferentes 
quando a igualdade nos descaracteriza e o direito de sermos iguais quando a 
diferença nos inferioriza” (2003, p. 79). 
Os alunos com necessidades educacionais especiais requerem um 
trabalho específico, com ferramentas e posturas diferenciadas dos demais 
alunos, para que possam atender e se desenvolver. Nessa perspectiva, a 
dificuldade apresentada pelo aluno não é o parâmetro fundamental, mas as 
potencialidades, as possibilidades de descobrir outras formas de conhecer. 
Incluir requer, portanto, uma postura crítica dos educadores e dos educandos 
em relação aos saberes escolares e à forma como os mesmos podem ser 
trabalhados. Incluir implica considerar que a escola não é uma estrutura pronta, 
acabada, inflexível, mas uma estrutura que deve acompanhar o ritmo dos alunos, 
em um processo que requer diálogo nos grupos de trabalho, na relação com a 
comunidade escolar e com os outros campos do conhecimento. 
Também é importante destacar o papel do professor, diante dos alunos 
com necessidades educacionais especiais, em colaborar com o 
desenvolvimento integral do aluno, respeitando as diferenças e valorizando as 
potencialidades de cada um; oferecer um espaço em que o aluno possa aprender 
e se perceber como sujeito ativo na construção do conhecimento, por meio de 
atividades individualizadas e também em grupo, para que haja uma cooperação 
entre os alunos e para que esse processo se desenvolva de forma conjunta, pois 
é na relação com o outro que o sujeito se constitui e se transforma; trabalhar em 
39 
 
 
parceria com a equipe especializada que acompanha o aluno, dentro e/ou fora 
da escola, bem como com as respectivas famílias, com o intuito de ampliar as 
possibilidades de inclusão. 
O ofício do professor não pode mais ser visto como vocação, e sim como 
profissão que requer muito estudo, reflexão e uma prática realmente 
transformadora. A capacitação docente é um dos meios de começar a mudança 
na qualidade do ensino para criar contextos educacionais inclusivos, capazes de 
propiciar a aprendizagem de todos os alunos, respeitando ritmos, tempos, 
superando barreiras físicas, psicológicas, espaciais, temporais, culturais, dentre 
outras. A formação de professores para a inclusão escolar de alunos com 
necessidades educacionais especiais não deve se restringir a torná-los 
conscientes das potencialidades dos alunos, mas também de suas próprias 
condições para desenvolver o processo de ensino inclusivo. 
Portanto, a inclusão consiste em adequar os sistemas gerais da 
sociedade, de tal modo, que sejam eliminados os fatores que excluíam certas 
pessoas do seu meio e as mantinham afastadas. A eliminação de tais fatores 
deve ser um processo contínuo e concomitante com o esforço que a sociedade 
deve empreender no sentido de acolher todas as pessoas independentemente 
de suas diferenças individuais e de suas origens na diversidade humana. Para 
que haja a inclusão, a sociedade, deve ser modificada a partir do entendimento 
de que ela é e precisa ser, capaz de atender às necessidades de seus membros. 
A inclusão, social e escolar, exige mudança de mentalidade, mudança nos 
modos de vida, muitas reflexões e, como princípio fundamental, valorizar a 
diversidade humana. Ela é importante para o desenvolvimento social, pois 
iremos trabalhar com os novos indivíduos que irão ditar as regras e padrões da 
nova sociedade que estaria se formando, por meio da nova geração. Através da 
convivência com as diferenças, as crianças vão construindo o processo para 
inclusão social, um mundo melhor, no qual todos saem ganhando. Aceitar e 
valorizar a diversidade das classes sociais, de culturas, de estilos individuais de 
aprender, de habilidades, de línguas, de religiões e etc, é o primeiro passo para 
a criação de uma escola de qualidade para todos. 
40 
 
 
Educando todos os alunos juntos, as pessoas com deficiências têm 
oportunidade de preparar-separa a vida na comunidade, os professores 
melhoram suas habilidades profissionais e a sociedade toma a decisão 
consciente de funcionar de acordo com o valor social da igualdade para todas 
as pessoas, com os consequentes resultados de melhoria da paz social 
(STAINBACK; STAINBACK, 1999, p. 21). 
O sucesso da inclusão de alunos com deficiência na escola regular 
decorre, portanto, das possibilidades de se conseguir progressos significativos 
desses alunos na escolaridade, por meio da adequação das práticas 
pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se consegue atingir esse 
sucesso, quando a escola regular assume que as dificuldades de alguns alunos 
não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o ensino 
é ministrado, a aprendizagem é concebida e avaliada. 
Para que as escolas sejam verdadeiramente inclusivas, ou seja, abertas 
à diversidade, há que se reverter o modo de pensar, e de fazer educação nas 
salas de aula, de planejar e de avaliar o ensino e de formar e aperfeiçoar o 
professor, especialmente os que atuam no ensino fundamental. Entre outras 
inovações, a inclusão implica também em uma outra fusão, a do ensino regular 
com o especial e em opções alternativas/aumentativas da qualidade de ensino 
para os aprendizes em geral (BELISÁRIO, 2005, p. 130). 
A inclusão do aluno com alguma deficiência também requer a inclusão 
dos próprios professores de modo que estes disponham de um ambiente 
favorável à reflexão da prática e os sentimentos que a presença de uma dada 
peculiaridade suscita. É preciso investir na construção de um espaço de escuta 
desses profissionais, para que possam dar vazão aos sentimentos sejam estes 
de amor, de raiva, dor, angústia, frustação ou (in)satisfação, compartilhando e 
re(significando) sua experiência. 
O desafio de ensinar a todos os alunos, na escola que se quer inclusiva, 
exige, portanto, o compromisso com indagações, de modo que consiga subverter 
o ideal de turmas homogêneas à revelia de quadros diagnósticos pré-definidos. 
Incluir significa ver além da deficiência e as diferenças consideradas 
peculariedades que a escola precisa se dispor a acolher. Precisamos rever a nós 
41 
 
 
mesmos, sujeitos da ação, reconhecendo nossas atitudes, valores, limites, 
preconceitos, desejos e possibilidades, enquanto elementos contribuintes na 
efetivação do arquétipo inclusivo. 
Com a inclusão, torna-se grande o comprometimento de todos e a 
preocupação da escola em criar condições para que sejam supridos possíveis 
impasses estruturais, funcionais e formativos de seu corpo docente. 
Uma sociedade inclusiva vai bem além de garantir apenas espaços 
adequados para todos. Ela fortalece as atitudes de aceitação das diferenças 
individuais e de valorização da diversidade humana e enfatiza a importância do 
pertencer, da convivência, da cooperação e da contribuição que todas as 
pessoas podem dar para construírem vidas comunitárias mais justas, mais 
saudáveis e mais satisfatórias (SASSAKI, 2010, p. 172). 
 
 
 
42 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
A deficiência múltipla mais do que a soma de várias deficiências, trás 
diversas consequências no desenvolvimento da criança tanto na sua maneira de 
conhecer o mundo quanto no desenvolvimento das habilidades adaptativas. 
No âmbito escolar, é imprescindível o educador estar atento às 
competências e necessidades do aluno com deficiência múltipla. É necessário 
ainda propiciar um ambiente lúdico, buscar atividades adaptadas e funcionais 
que favoreçam o desenvolvimento da comunicação e das interações sociais dos 
alunos, respeitando os limites é o tempo de cada educando. Esses fatores 
podem determinar o sucesso na aprendizagem dos alunos com deficiência 
múltipla. 
Desejar uma sociedade acessível e se empenhar pela sua construção 
não pode significar o impedimento de acesso das pessoas com deficiência aos 
serviços atualmente oferecidos, pelo contrário, deve-se manter o olhar no ideal, 
mas os pés na realidade. A inclusão envolve mudanças em todas as pessoas e 
é um trabalho longo e desafiador. Igualdade de oportunidades é um desejo de 
muitas pessoas para um futuro, que esperamos, seja breve. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
 
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