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MÓDULO:I NOÇÕES BÁSICAS DE MECÂNICA DE ROCHAS AULA#:4 Saurimo, Dezembro de 2022 CENTRO DE FORMAÇÃO TÉCNICO PROFISSIONAL ENDIAMA Formador: Eng0. MSc. Helder Vemba M. Lito heldervemba88@Gmail.com mailto:heldervemba88@Gmail.com CONTEÚDO 1. Noções de comportamento geomecânico das escavações subterrâneas; 3. Ensaios laboratoriais; 4. Instrumentação de campo. AULA ANTERIOR: 1.Distribuições de tensões no entorno das escavações. 2.Concentrações de tensões. DISTRIBUIÇÕES DE TENSÕES NO ENTORNO DAS ESCAVAÇÕES. q O trabalho em subsolo é muitas vezes guiado pela mecânica das rochas. q Situações como abertura de túneis, galerias, realces de lavra, entre outras, são planejadas a partir dos estudos geotécnicos realizados e seus resultados. q No seu estado natural, antes de ser afectado pelos trabalhos, o maciço rochoso encontra-se num estado de tensão de equilíbrio, produzido fundamentalmente pela acção do peso da rocha (força da gravidade). q Ao realizar no maciço, qualquer tipo de trabalho, o equilíbrio que nele existe é afectado; q Sabe-se que, mesmo para um maciço rochoso que não passou por nenhum tipo de perturbação gerada pelo homem, existe um estado de tensão atuante, denominado estado de tensão in situ. q Esse campo de tensões pode ser ocasionado por diferentes situações: q sendo que as mais comuns são o peso próprio das camadas de rocha sobrejacentes; q tensões geradas pelo confinamento ao qual a rocha muitas vezes encontra-se submetida e ao q histórico do maciço, como a ocorrência de sismos em tempos geológicos passados. DISTRIBUIÇÕES DE TENSÕES NO ENTORNO DAS ESCAVAÇÕES. q O trabalho das escavações subterrâneas leva a uma variação do estado de tensional existente no maciço, como resultado da qual a concentração de tensões ocorre no contorno destas escavações. q É prática comum considerar as tensões verticais e horizontais como sendo as tensões principais do maciço rochoso. q A tensão in situ vertical, que atua sobre determinado ponto do maciço rochoso, pode ser aproximada através da equação. Onde: Tensão vertical atuante no ponto analisado; Peso específico médio das camadas de rocha sobrejacentes ao ponto analisado; Z: Profundidade do ponto analisado. Ruptura por clivagem axial, e sua relação com a direção da tensão principal maior que atua no maciço. Ruptura em um quartzito, localizado a 1500 metros de profundidade, na parede de uma mina de urânio Mapa relacionando a ruptura ocorrida por clivagem axial, em um túnel, com a direção das tensões principais presentes antes da escavação. Direção da ruptura por clivagem axial em uma passagem de ventilação, comparada à direção das tensões principais. Estado tensional do maciço Analisis da concentração de tensões em contorno das excavaciones. É bem conhecido que quando uma escavação está a ser trabalhada, ocorre uma redistribuição do tensões à sua volta, produzindo uma concentração de tensões em todos os lados. CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES q Concentração de tensões é um parâmetro que quantifica as tensões que são induzidas pela escavação em cada ponto de sua periferia. qA tensão vertical permanece praticamente constante ao longo da seção das escavações. COMPORTAMENTO DAS ESCAVAÇÕES SUBTERRÂNEAS - ESCAVAÇÕES CIRCULARES” q A execução de uma escavação subterrânea provoca uma redistribuição no campo de tensões preexistente no maciço, q Esta redistribuição se dá principalmente em função de duas variáveis: q Características mecânicas da rocha que constitui o maciço rochoso q Formato da escavação. Ruptura contínua do teto Tratamentos de reforço do suporte do túnel MÓDULO: I NOÇÕES BÁSICAS DE MECÂNICA DE ROCHAS AULA#:4 1. Noções de comportamento geomecânico das escavações subterrâneas; 3. Ensaios laboratoriais; 4. Instrumentação de campo. Saurimo, Dezembro de 2022 CENTRO DE FORMAÇÃO TÉCNICO PROFISSIONAL ENDIAMA NOÇÕES DE COMPORTAMENTO GEOMECÂNICO DAS ESCAVAÇÕES SUBTERRÂNEAS. q A estabilidade das escavações subterrâneas é definida como sua capacidade de manter a forma e as dimensões necessárias de sua seção transversal durante todo o tempo previsto de exploração. A estabilidade do sistema maciço-escavação depende de um grande número de fatores, entre os quais os mais importantes são: q Propriedades físico-mecânicas das rochas; q Grau de fissuração do maciço e junto com isso o número de sistemas de fissuras existentes q sua orientações sobre a direção da escavação, q material com o qual as fissuras são preenchidas, entre outros aspectos. q Tensões atuantes no maciço (antes e depois da escavação). q Forma e dimensões da seção transversal da escavação. q Localização espacial da escavação no maciço. q Método de laboreo utilizado. q Quantidade de água e hidrologia no maciço. FORMAS DE PERDA DE ESTABILIDADE q Existe três maneiras principais pelas quais a perda de estabilidade em maciços rochosos se manifesta: q Deslizamentos de pedaços ou setores de rochas fraturado sob seu próprio peso. q Desplazamento, deformação e destruição da rocha em áreas de concentração de tensão. q Desplazamento significativo da rocha desnudada, sem que preduzca destruição apreciável. Perda de Estabilidade por Deslocamento, Deformação e Destruição da rocha no contorno da escavação q Neste caso, a perda de estabilidade ocorre quando a magnitude das tensões atuantes no contorno das escavações excede o valor da resistência da rocha. (A) representa a perda de estabilidade mediante pedaços aislados. (B) se forma la bóveda, (C) ocorre a destruição do maciço ao redor da Excavação (D) se deforma en función del tiempo. PERDA DE ESTABILIDADE DEVIDO AO DESLOCAMENTO SIGNIFICATIVO DA ROCHA SEM SUA DESTRUIÇÃO. q Neste caso, o macizo é considerado como um meio elasto-plástico homogêneo, no qual ocorrerão deslocamentos e deformações significativas na rocha ao redor da escavação sem sua destruição. CRITÉRIOS PARA A AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DO MACIÇO ROCHOSO Existem vários critérios para avaliar a estabilidade do maciço rochoso. qOs métodos de avaliação de estabilidade mais difundidos, relacionando a sua utilização com o modelo geomecânico mais representativo do maciço e com a forma predominante como ocorre a perda de estabilidade. qSurgem então as chamadas classificações geomecânicas, com elas pretende-se avaliar a competência das rochas a partir da observação das mesmas ou de ensaios simples, de forma que a partir do índice de qualidade e experiência anterior, se possam definir as necessidades de fortifição ou os sistemas de escavação mais adequados para a execução de uma obra mineira ELEIÇÃO DE MATERIAL DE FORTIFICAÇÃO NAS EXCAVAÇÕES MINEIRAS SUBTERRÂNEAS A escolha do material de fortificação é feita com base em uma série de aspectos; entre os quais os se destacam: q Vida de serviço que se projeta a escavação; q Propriedades físico-mecânicas das rochas através das quais a escavação é lavrada; q Presença de água e gases; q Se a escavação estiver fora ou dentro da zona de influência dos trabalhos de arranque. Entre as propriedades físico-mecânicas fundamentais a ter em conta estão: q o peso volumétrico da rocha; q Agretamento; q ângulo de fricção interna; q resistência mecânica (compressão, tração, flexão e cisalhamento) e q fortaleza da rocha. ELEIÇÃO DA FORMA DA SEÇÃO A forma da seção de escavação é estabelecida dependendo de uma série de fatores, tais como: q Propriedades físico-mecânicas das rochas em que a escavação é trabalhada; q Magnitude e direção em que atua a pressão mineira; q Estado em que se encontra a rocha; q Vida de serviço em que se planeja a escavação; q Tipo de fortificação a ser usado. As formas de seção mais utilizadas para escavações horizontais são as seguintes: a) Retangular; b) Trapezoidal; c) Poligonal; d) Com teto abóbadado e paredes verticais; e) Circular; f) Com teto abóbadado e paredes inclinadas.qNo caso de utilizar madeira como material de fortificação, preferencialmente são utilizadas formas retangulares, trapezoidais e poligonais, sendo que a primeira só é utilizada quando não existe a pressão lateral. qQuando se utiliza fortificação de concreto ou pedra, as formas mais utilizadas são as abóbadas de paredes retas ou curvas, com abóbada invertida no piso e a circular. Por forma da seção transversal das escavações que realiza as combinadas, se classificam em: q escavações combinadas para o trabalho de seções circulares; q Arqueadas; q retangulares e q trapezoidais. Essas formas de fortificações são as mas difundidas em fortificações metálicas. Esquema de fortificação de anclas, quando elas unem rochas fracturadas e rochas fortes Fortificação reforçada de madeira Esquema de fortificação com anclas em rochas agretadas PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA DOS MACIÇOS CONSTITUINTES DOS RESERVATÓRIOS DE PETRÓLEO E GÁS. q Portanto, os reservatórios são meios heterogêneos que apresentam discontinuidades ao longo de sua profundidade. q estado de tensões presente nesses meios pode acarretar diversos fenômenos geológicos, como falhas, fraturas e dobramentos. P q Por essa razão, se torna essencial determinar algumas propriedades das rochas onde se encontram os hidrocarbonetos. PROPRIEDADES DAS ROCHAS Densidade e Porosidade q A compreensão da densidade e porosidade da rocha reservatório é o fator chave para a estimativa do potencial de hidrocarbonetos. q Essas duas propriedades estão diretamente relacionadas. q Deformabilidade, Falhas, Dobramentos e Fraturas. qOs dobramentos ocorrem geralmente em formações sedimentares, que apresentam um comportamento dúctil. q As tensões atuantes geram uma deformação, geralmente um enrugamento, na formação. q Os dobramentos são importantes, pois suas cristas são potenciais trapas de hidrocarbonetos. Reservatório Estrutural Formado por Dobramento INSTABILIDADE DE POÇOS qAs aplicações da geomecânica em diversas operações na indústria de petróleo e destaca como a geomecânica pode otimizar a perfuração de poços. qNa perfuração, a trajetória dos poços está relacionada com a estabilidade mecânica da formação. q Na indústria de petróleo, a Geomecânica é o estudo multidisciplinar da Geologia, Geofísica, Petrofísica e Mecânica das Rochas e se faz necessária desde a prospecção até a produção de hidrocarbonetos. ENSAIOS LABORATORIAIS. q Ensaios dinâmicos das rochas, nomeadamente de resistência ao corte de descontinuidades sujeitas a carregamentos dinâmicos; q ensaios de medição do estado de tensão em maciços rochosos, quer no campo quer em laboratório usando técnicas de emissão acústica; q técnicas de amostragem e ensaios de rochas brandas; q ensaios de rochas designadas, compostas por blocos de rocha inseridos numa matriz de textura mais fina; q ensaios triaxiais verdadeiros para estudo da influência da tensão principal média na resistência e na deformabilidade; q ensaios para determinação de parâmetros de escavabilidade de rochas; q ensaios para avaliação da alterabilidade e de taxas de degradação das rochas. ENSAIOS LABORATORIAIS. q Peso especifico aparente: definido pela razão entre o peso da amostra seca e o seu volume: q Sua determinação é muito simple e seu valor (para o granito é da ordem de 2700 kg/m3 e de emprego frequente no estudo das propiedades das rochas). Porosidade: é a razão entre o volume de vazíos da amostra da rocha e o seu volume total: Para sua determinação, basta dividir o volume de água que enche os vazíos da amostra pelo volume total obtido por medida direta. assim q Resistencia a compressão simple: é determinada medindo-se a carga de ruptura P de uma amostra. Isenta de fendas e defeitos, se A é a área de seção transversal, tem-se para resistencia a compressão q Resistencia a tração indireta: Para uma amostra sujeita a compressão diametral conforme a figura, ensaios proposto pelo Eng. Lobo Carneiro, em 1943’ a tensão de ruptura é calculada: INSTRUMENTAÇÃO DE CAMPO 1. Caderno para apontamento; 2. Lapiseira; 3. Fita métrica; 4. Gps Movel; 5. Mapa atualizada da mina; 6. Martelo de Schmidt; 7. Bússola; 8. Martelo Geólogo; 9. Bidom para água etc. CONCLUSÃO DA CONFERENCIA
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