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EPIDERME Epitélio estratificado pavimentoso, com 4 camadas: • Estrato basal/germinativo: células cuboides, mitoticamente ativas, as células-tronco (única fileira) da epiderme - originam células queratinócitos. Repousa sob a derme. • Estrato espinhoso: Células cuboides, prolongamentos citoplasmáticos curtos que se estendem de uma célula para outra. Queratinócitos maiores com prolongamentos citoplasmático/espinho, que estão unidos por desmossomos aos prolongamentos semelhantes das células adjacentes (importantes para manter uma célulapróxima da outra = resistência ao atrito) • Estrato granuloso: Células poligonais achatadas grânulos de coloração intensa. Queratinócitos contêm numerosos grânulos de querato-hialina. Esses grânulos contêm proteínas ricas em cistina e em histidina, que são precursoras da proteína filagrina (proteína agregadora de filamentos de queratina), a qual agrega os filamentos de queratina presentes nas células cornificadas do estrato córneo. Grânulos lamelares responsáveis pela exocitose de material lipídico que fica na superfície da pele, o que a torna impermeável a agua (impede que soframos desidratação). • Estrato lúcido: células achatadas, citoplasma com filamentos de queratina, se limita à pele espessa e é considerado uma subdivisão do estrato córneo. Mais espesso na pele grossa. • Estrato córneo: composto de células queratinizadas. células pavimentosas anucleadas, em grande parte preenchidas com filamentos de queratina. Contem membrana plasmática espessa com uma camada extracelular de lipídios (principal componente da barreira hídrica) descamação continua (não tem desmossomos) **pele grossa são 5 camadas – estrato córneo Células da Epiderme: • Queratinócitos: altamente especializadas, desenvolvidas para desempenhar uma função muito específica: a separação do organismo de seu meio externo. Representam 85% **Produzem queratina (proteção) e participam da formação da barreira hídrica epidérmica • Melanócitos: são as células produtoras de pigmento da epiderme (melanina). Representam aproximadamente 5% ** melanina faz a proteção do material genético da radiação ultravioleta • Células de Langerhans: são células apresentadoras de antígeno envolvidas na sinalização do sistema imune. Representam aproximadamente 2 a 5% (estrato espinhoso) • Células de Merkel: são células mecanorreceptoras associadas às terminações nervosas sensitivas. Representam aproximadamente 6 a 10% (camada basal). Vesículas neuroendócrinas (pontas dos dedos e folículospilosos). DERME Tecido conjuntivo forte e flexível (fibroblastos, macrófagos, mastócitos e leucócitos dispersos e fibras colágenas, elástica e reticular) • Derme Papilar/superficial 20% superficiais da derme, consiste em tecido conjuntivo frouxo, contendo fibras de colágeno e fibras elásticas muito finas e pequenos vasos sanguineospapilas dérmicas: projeções digitiformes que se estendem até a epiderme sobrejacente (aumentam a área de superfície para a troca de gases, nutrientes e produtos residuais entre essas camadas) cristas dérmicas: onde as papilas dérmicas assentam-se (presentes nas palmas das mãos e plantas dos pés), elevam a epiderme sobrejacente em cristas epidérmicas/cristas de atrito que criam as impressões digitais, impressões palmares e pegada, aumentam o atrito e melhoram a capacidade de apoio das mãos e dos pés (padrões determinados geneticamente) **contem vasos sanguíneos, mas não supre a epiderme **fibras colágenas se prendem com a epiderme (não tem a separação) • Derme Reticular/profunda 80% da espessura da derme, constituída por tecido conjuntivo denso não modelado. Matriz extracelular contém feixes espessos de fibras colágenas e elásticas(maioria paralelo a superficie) Linhas de clivagem/linhas de tensão: regiões menos densas entre os feixes de colágeno Fibras de colágeno conferem resistência e resiliência à pele Fibras elásticas: conferem à pele propriedades de estiramento-recuo. Linhas de flexão: porção mais profunda, surgem marcas na superfície da pele (rugas) Fibras nervosas Vasos sanguíneos (Plexo dérmico: entre a hipoderme e derme- nutrem e regulam temperatura corporal ) e (plexo papilar: abaixo das papilas dérmicas) e linfático A incidência de infecções bacterianas de pele e tecidos moles é de cerca de 24,6 por 1000 pessoas-ano, mas como a maioria dura entre sete e dez dias, a prevalência estimada das mesmas é bastante variável; entre pacientes hospitalizados, essa taxa de prevalência varia entre 7% e 10% Aproximadamente 20% das consultas dermatológicas, em ambulatório, são referentes a infecções cutâneas bacterianas Os estafilococos e estreptococos causam a maioria das condições cutâneas bacterianas, que variam das infecções comuns (p. ex., impetigo) a distúrbios multissistêmicos raros (p. ex., síndrome de choque tóxico) Um aumento na prevalência de Staphylococcus aureus resistente à meticilina e associado à comunidade (CA- MRSA) é uma preocupação crescente Várias doenças sistêmicas e estados de imunodeficiência predispõem os pacientes a infecções cutâneas bacterianas, que podem ser graves e refratárias ao tratamento Qualquer lesão da pele pode se tornar infectada por bactérias: áreas de traumatismos, feridas operatórias, doenças inflamatórias como as dermatites e a psoríase, tumores ulcerados, e mesmo outras doenças infecciosas como herpes e “sarna”. Entretanto as infecções bacterianas podem surgir também em áreas de pele aparentemente normal. Qualquer local do corpo pode ser afetado. Fatores de Risco ➢ Pessoas com diabetes, que têm maior probabilidade de má circulação sanguínea (sobretudo nas mãos e nos pés), têm concentrações elevadas de açúcar (glicose) no sangue, o que diminui sua capacidade de combater infecções ➢ Pessoas que estão internadas ou morando em uma casa de repouso ➢ Pessoas de mais idade ➢ Pessoas portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV), que têm AIDS ou outras doenças imunológicas, ou hepatite ➢ Pessoas que estão em quimioterapia ou tratamento com outros medicamentos supressores do sistema imunológico A pele inflamada ou lesionada é mais sensível a infecções. De forma geral, qualquer lesão na pele expõe uma pessoa ao risco de contrair uma infecção. Erisipela é uma variante superficial da celulite, causada principalmente por estreptococos do grupo A que afetam a derme, com um envolvimento linfático proeminente; por outro lado, a celulite clássica é centralizada na derme profunda e nos tecidos subcutâneo, causada principalmente por S. pyogenes, por estreptococos do grupo A; estreptococos dos grupos G, B, C e D são ocasionalmente implicados. S. aureus, Pneumococcus spp., Klebsiella pneumoniae, Yersinia enterocolitica e Haemophilus influenzae do tipo B também podem causar uma infecção semelhante à erisipela. Erisipela é uma doença das crianças, idosos, debilitados e portadores de linfedema ou úlceras cutâneas crônicas. Existe uma frequência elevada durante os meses do verão.. Caracterizada por placas edematosas vermelho-escuras, bem delimitadas, discretamente elevadas, sensíveis ou dolorosas, quentes, às vezes com vesículas e bolhas, de preferência nas pernas, na face e nas mãos. A lesão associa-se a febre e tremores. Linfangite e linfadenite são comuns. A lesão pode progredir para pústula, ulceração e necrose; se envolve a fáscia subjacente e músculo, pode resultar em fasciite necrosante. PATOGÊNESE É causada pelas exotoxinas provenientes da infecção superficial com S. pyogenes. • FATORES DE VIRULÊNCIA E ADERÊNCIA À PELE O primeiro passo para estabelecimento da infecção é a aderência a células epiteliais graças a união com fibronectinas, através de proteínas de união de fribronectina. Além disso, as proteínas M são um grupo de proteínas adesinas que conseguem se ancorar a uma amplagama de células. • MECANISMOS DE EVASÃO DA RESPOSTA IMUNE Diversos estudos demonstram que, ao invadir uma célula, a bactéria pode inativar o sistema complemento. De forma geral, a proteína M funciona como um fator antifagocítico ao impedir a maturação do fagossoma e inibir a deposição de C3b. O patógeno possui proteases extracelulares como a exotoxina pirógena estreptocócica tipo B, a qual se comporta como um superantígeno capaz de degradar o C3b, além de imunoglobulinas (IgG) e citosinas. Outro fator de virulência é a C5 peptidase, que inativa a fração C5a do sistema complemento, a qual é responsável pela quimiotaxia e recrutamento de neutrófilos ao sítio de infecção. • MECANISMOS DE LESÃO DA PELE Uma vez dentro da célula e ao ter inibido o sistema imune do hospedeiro, a bactéria continua seu processo de patogênese. A progressão de erisipela para uma lesão por celulite é gerada pela chegada da bactéria ao tecido subcutâneo, onde se encontra o tecido adiposo e os vasos linfáticos. Nesse local, se produz um processo inflamatório muito maior que na erisipela, se perde a limitação e formato circular da lesão eritematosa inicial. Entre os fatores envolvidos, destaca-se a falta de expressão de MHC classe 1 nas células mieloides e a falta de atividade dos linfócitos TCD8. Dessa forma, as células infectadas não são reconhecidas, nem terminam em processo apoptótico. Outros fatores, como a diminuição de frações do sistema complemento e a diminuição da quimiotaxia das células polimorfonucleares geram uma alteração e diminuição na resposta imune, dando maior oportunidade para abactéria seguir seu curso infeccioso. No tecido subcutâneo, o patógeno secreta hialuronidase, permitindo a degradação do tecido conjuntivo. Somado a isso, a estreptolisina S é responsável por provocar a morte de queratinócitos, produzindo o aspecto necrótico da pele na fascite necrosante. Os superantígenos SpeA, SpeB, SpeC são proteínas que possuem sítios de alta afinidade para os receptores MHC de classe 2. Sua importância recai na superexpressão da resposta imune, ao estimularem as células T para que deem uma resposta ótima ao patógeno. Consequentemente, se secretam de forma massiva citocinas inflamatórias, IL2, TNF alfa e INF gama. Isso faz com que o indivíduo sinta uma dor desproporcional a ferida assim como uma grande zona eritemato- edematosa e bolhas. Gera um edema cutâneo eritematoso que se espalha rapidamente, podendo ter início na face ou, menos frequentemente, no corpo ou numa extremidade. O exantema tem um limite serpiginoso, nítido, bem marcado, e pode mostrar na face uma distribuição em “borboleta”. Ao exame histológico, observa-se na epiderme e na derme uma reação inflamatória neutrofílica, difusa, edematosa, estendendo-se para o tecido subcutâneo. Microabscessos podem ser formados, contudo a necrose tecidual é normalmente menor. As biopsias revelam edema difuso e um infiltrado neutrofílico na derme. Dilatação dos vasos linfáticos, focos de necrose supurativa e a separação derme/epiderme são observados com frequência. Não ocorrem vasculite necrosante, trombose ou leucocitoclasia. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Embora a erisipela classicamente afete a face, a extremidade inferior é agora o local mais comum. Depois de um período de incubação de 2 a 5 dias, ocorre um início abrupto de: febre, calafrio, mal-estar e náusea. Algumas horas a um dia depois, uma placa eritematosa nitidamente margeada, com uma borda semelhante a uma crista, se desenvolve e aumenta progressivamente. Ela é claramente demarcada da pele adjacente, quente, tensa e endurecida com edema não depressível. A área afetada é dolorosa à palpação e pode queimar. A linfadenopatia regional está normalmente presente, com ou sem linfangite. Pústulas, vesículas, bolhas e pequenas áreas de necrose hemorrágica também podem se formar. A apresentação bolhosa confere gravidade ao processo, podendo evoluir com necrose e ulceração posterior. A erisipela pode se estender mais profundamente para o tecido subcutâneo e resultar em celulite. Linfedema muitas vezes está associado e ocorre como consequência de surtos recidivantes. As complicações da erisipela são incomuns e normalmente ocorrem nos pacientes com doença subjacente. Quando a infecção se resolve, a descamação e as alterações pigmentares pós-inflamatórias podem ocorrer TRATAMENTO O tratamento dessas patologias cutâneas baseia-se em terapias não medicamentosas e em antibioticoterapia a qual possui esquemas empíricos e esquemas individuais, caso saiba-se o agente infeccioso ou caso exista comorbidades associadas. O tratamento não medicamentoso baseia-se em repouso com elevação da área afetada, a fim de facilitar a drenagem do edema e das substâncias inflamatórias pela gravidade. Além disso, a pele deve manter-se hidratada para evitar que a mesma resseque e forme novas lesões. Pacientes com fatores de risco para quadros de repetição devem tratar esses fatores juntamente com a antibioticoterapia. Um curso entre 10 e 14 dias de penicilina é o tratamento de escolha para a erisipela causada por estreptococos. A erisipela pode recorrer em pacientes com circulação local anormal (p. ex., linfedema) e a profilaxia com penicilina é ocasionalmente exigida. O futuro desenvolvimento de uma vacina efetiva contra Streptococcus spp. pode alterar drasticamente a epidemiologia das infecções causadas por esse micro- organismo Impetigo é uma infecção cutânea comum, contagiosa e superficial, que pode se apresentar nas formas bolhosas e não bolhosas. Os patógenos mais comuns do impetigo bolhoso e não bolhoso são Staphylococcus aureus; Streptococcus β- hemolítico do grupo A (Streptococcus pyogenes) representa outra causa importante do impetigo não bolhoso. EPIDEMIOLOGIA Frequentemente ocorre em crianças (principalmente < 6 anos de idade) e representa, em nível mundial, a infecção cutânea bacteriana mais comum nesse grupo. Os adultos comumente adquirem o impetigo através do contato com crianças infectadas. É extremamente contagioso, disseminando-se rapidamente por contato direto entre as pessoas ou através dos fômites. Nos climas temperados, o pico da incidência ocorre nos meses do verão. Os fatores de predisposição incluem: temperatura ambiente alta, alta umidade, má higiene, uma diátese atópica, trauma cutâneo e prática de esportes de contato (p. ex., lutas, futebol). PATOGÊNESE Aparece inicialmente como uma pequena vesícula ou pústula, ou como uma grande bolha no rosto ou em qualquer outra parte do corpo. À medida que a lesão primária se rompe, deixa uma área desnudada que libera um líquido seroso cor de mel, que endurece na superfície da pele e seca como uma crosta cor de mel. Novas vesículas se rompem dentro de horas. O prurido muitas vezes acompanha as lesões, e as escoriações de pele que resultam do ato de coçar multiplicam os locais de infecção Impetigo não bolhoso: é normalmente causado por S. aureus ou Streptococcus pyogenes. A infecção tipicamente ocorre nos locais de prurido (p. ex., picadas de insetos, dermatite atópica), traumas menores (p. ex., abrasão, laceração ou queimadura) ou outras infecções cutâneas (p. ex., varicela). A interrupção da barreira de pele permite a aderência, a invasão e o estabelecimento da infecção pelas bactérias. Pequenas vesicopústulas neutrofílicas estão presentes dentro da epiderme. A espongiose frequentemente se desenvolve sob a pústula. A derme superior contém um infiltrado intenso de neutrófilos e linfócitos. Os cocos Gram-positivos estão presentes nas lesões. Impetigo bolhoso: resulta da produção local de toxinas esfoliantes (ETA, ETB) pelo grupo de fago tipo II S. aureus nos locais da infecção cutânea; a elaboração sistêmica das mesmas toxinas é a causa da síndrome da pele escaldada estafilocócica. Existe a clivagemda epiderme superior, normalmente dentro da camada granulosa. É possível observar a acantólise simulando o pênfigo foliáceo. Um número relativamente pequeno de células inflamatórias está presente dentro da cavidade da bolha, e um infiltrado neutrofílico é frequentemente encontrado na derme superior. Cocos Gram-positivos podem ser evidentes. Nas duas doenças, a formação das bolhas é mediada pela ligação da toxina esfoliativa à proteína desmossômica desmogleína 1 e pela clivagem de seu domínio extracelular, levando assim à acantólise dentro da camada granulosa epidérmica. S. aureus pode ser cultivado de fluidos dentro das bolhas do impetigo bolhoso, mas não nas da SSSS. O impetigo bolhoso é mais provável de se desenvolver na pele clinicamente intacta (principalmente em locais intertriginosos) que o impetigo não bolhoso. Ectima é um tipo ulcerativo de impetigo, geralmente secundário a traumatismo leve. É causado por estreptococos do grupo A beta-hemolíticos, S. aureus ou espécies de Pseudomonas. Frequentemente ocorre nas nádegas e coxas das crianças. As lesões são semelhantes às do impetigo. Uma vesícula ou pústula se rompe, deixando uma erosão de pele ou úlcera que goteja e seca constituindo uma mancha com crosta, muitas vezes resultando na formação de cicatrizes. No ectima vasto, há febre baixa e extensão da infecção a outros órgãos. O tratamento geralmente envolve a utilização de antibióticos sistêmicos. MANIFESTAÇÕS CLÍNICAS • Impetigo não bolhoso Inicial: uma única mácula eritematosa de 2– 4 mm que evolui rapidamente para uma vesícula ou pústula de vida curta Tardio: erosão superficial com uma crosta amarela “cor de mel” e extensão rápida e direta da infecção para a pele adjacente Distribui-se na face (ao redor do nariz e boca) e extremidades Linfadenopatia leve pode estar presente Geralmente um processo benigno e autolimitado e se resolve dentro de 2 semanas sem formação de cicatriz, se não for tratado • Impetigo bolhoso Menos comum e requentemente ocorre no período neonatal, mas as crianças também são afetadas Inicial: pequenas vesículas que aumentam e se transformam em bolhas superficiais de 1–2 cm Tardio: bolhas flácidas e transparentes que medem até 5 cm de diâmetro; depois do rompimento existe um colarete de escamas, mas não uma crosta grossa; normalmente, há um pouco de eritema ao redor Distribui-se na face, tronco, nádegas, períneo, axilas e extremidades Normalmente não há sintomas sistêmicos, mas pode ser associado à fraqueza, febre e diarreia Geralmente se resolve em 3–6 semanas sem formação de cicatriz, se não for tratado TRATAMENTO Para pacientes saudáveis com poucas lesões superficiais e nenhum sintoma sistêmico, a pomada de mupirocina a 2% ou retapamulina a 1% pode ser prescrita. Com frequência, esses medicamentos tópicos são igualmente (quando não mais) efetivos que os antibióticos orais para a doença limitada. O tratamento também deve incluir a limpeza da área afetada e a remoção de crostas (que pode ser facilitada por curativos úmidos). A extensão do envolvimento da pele, a presença de complicações (p. ex., celulite, linfangite), comorbidades (p. ex., dermatite atópica, varicela), status imune do paciente e padrões locais de resistência ao fármaco devem ser levados em consideração ao decidir se a terapia tópica, oral ou intravenosa é mais adequada. A celulite é a infecção mais profunda a afetar a derme e o tecido subcutâneo. Geralmente é causada por estreptococos do grupo A beta-hemolíticos ou S. aureus, mas pode ser causada por uma bactéria específica a algumas atividades, como manipular peixes, nadar em água doce ou salgada ou sofrer picadas de animais ou arranhões. Ferimentos preexistentes (p. ex., úlceras, erosões) e tinha dos pés muitas vezes são portas de entrada. As pernas são os locais mais comuns, seguidos pelas mãos e pelo pavilhão auricular, embora a celulite possa ser vista em muitas partes do corpo. A lesão consiste em uma placa expandida edemaciada, vermelha e sensível, com uma borda não definida, que abrange uma área pequena a ampla. A celulite frequentemente é acompanhada por febre, eritema, calor, edema e dor. Muitas vezes, envolve o sistema linfático e, uma vez comprometido, infecções repetidas podem prejudicar a drenagem linfática, resultando em pernas cronicamente edemaciadas e, eventualmente, fibrose dérmica e linfedema. Celulite é similar à erisipela, mas tende a envolver os tecidos profundos. É mais frequente nas pernas, como complicação de tinea pedis ou linfedema crônico; Histologicamente, tanto a erisipela como a celulite mostram edema e vasos linfáticos dilatados na derme. Há infiltração neutrofílica difusa, geralmente perivascular. Na fase tardia, surgem linfócitos, macrófagos e tecido de granulação na derme profunda e edema na região subepidérmica. Vesículas e bolhas são subepidérmicas. A eripsela afeta a derme, com um envolvimento linfático proeminente; por outro lado, a celulite clássica é centralizada na derme profunda e nos tecidos subcutâneos KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul; ASTER, Jon. Robbins & Cotran Patologia - Bases Patológicas das Doenças. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2016. BOLOGIA, Jean. Dermatologia . [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2015. NORRIS, Tommie L. Porth. Fisiopatologia. Editora Guanabara Koogan, 10ª Ed. 2021. ROSS, M. H.; PAWLINA, W. Histologia: texto e atlas, correlações com Biologia celular e molecular. 7.ed. Riode Janeiro: Guanabara Koogan, 2016
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