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Métodos e Ferramentas para Inovação em Políticas Públicas


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Políticas Públicas ; Inovação.
Métodos e Ferramentas 
para Inovação em 
Políticas Públicas 
Enap, 2022
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
Conteudista/s 
Elisabete Ferrarezi (Conteudista, 2022).
Sumário
Módulo 1: Linguagem Simples Aplicada ao Serviço Público ...............................7
Unidade 1: Introdução à Linguagem Simples ...................................................... 7
1.1. Comunicar-se de forma simples e breve ............................................................... 8
Referências ..................................................................................................................... 10
Unidade 2: Linguagem Simples: etapas e diretrizes .........................................11
Referências ..................................................................................................................... 15
Unidade 3: Linguagem Simples aplicada ao Serviço Público ...........................16
3.1. Escuta Ativa ............................................................................................................. 17
Referências ..................................................................................................................... 20
Unidade 4: Disseminando a pauta da Linguagem Simples ..............................21
Referências ..................................................................................................................... 23
Módulo 2: Ciências Comportamentais ................................................................ 24
Unidade 1:Introdução às Ciências Comportamentais  ......................................24
1.1. A Aplicação das Ciências Comportamentais em Políticas Públicas .................. 27
Referências ..................................................................................................................... 29
Unidade 2: Aplicação das Ciências Comportamentais em Políticas Públicas no 
Brasil e no mundo .................................................................................................. 30
2.1. A Identificação das Oportunidades para Aplicação nas Políticas Públicas .... 30
2.2. Casos e instrumentos utilizados .......................................................................... 31
2.3. Importância dos Contextos e da Cultura ............................................................. 31
Referências ..................................................................................................................... 32
Unidade 3: SIMPLES MENTE: uma Ferramenta para Aplicação das Ciências 
Comportamentais ................................................................................................ 33
Referências ..................................................................................................................... 36
Módulo 3: Ciência de Dados Aplicada às Políticas Públicas ..............................37
Unidade 1 – Noções Básicas da Ciência de Dados ............................................37
Referências ..................................................................................................................... 40
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2: A Aplicação da Ciência de Dados no Setor Público .........................41
Referências ..................................................................................................................... 45
Unidade 3: Desafios do Trabalho com Dados ..................................................... 46
3.1. Invisibilidade de Grupos Sociais ........................................................................... 47
3.2. Abertura e Segurança de Dados ........................................................................... 47
3.3. A Capacitação de Servidores ................................................................................ 48
Referências ..................................................................................................................... 52
Módulo 4: Design de Serviços ............................................................................... 53
Unidade 1: Objetivos e Fases do Design de Serviços .........................................53
1.1. Os Pilares do Design de Serviços .......................................................................... 57
1.2. As fases do Design de Serviços ............................................................................. 59
Referências ..................................................................................................................... 62
Unidade 2: Experiências de Emprego do Design de Serviços no Setor Público ...63
2.1. Os processos e as ferramentas utilizadas nas experiências ............................. 63
Referências ..................................................................................................................... 71
Unidade 3: Como e Por Onde começar a usar o Design de Serviços? .............72
3.1. A Formação da Equipe durante o Processo ....................................................... 72
3.2. As pesquisas ........................................................................................................... 73
Referências ..................................................................................................................... 78
Módulo 5: Etnografias............................................................................................ 79
Unidade 1: Introdução à Etnografia: das Origens Antropológicas ao uso no 
Design .................................................................................................................... 79
1.1. Novas Etnografias e a Aproximação com o Design ............................................ 81
Referências ..................................................................................................................... 85
Unidade 2: Métodos Utilizados em Etnografia e Design ..................................86
2.1. O Processo de Imersão da Etnografia ................................................................ 86
2.2. Design Etnográfico ................................................................................................ 90
2.3. Aplicação do Design Etnográfico em um Desafio de Política Pública .............. 93
Referências ..................................................................................................................... 97
Unidade 3: Materialidade do Design e Possibilidades de Aplicação ................98
3.1. Desafios da Aplicação do Conceito de Materialidade no Setor Público ...... 100
Referências ................................................................................................................... 103
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 5
Apresentação e Boas-vindas
Olá! Seja bem-vindo(a) ao curso Métodos e Ferramentas para Inovação em 
Políticas Públicas. 
O curso Métodos e Ferramentas para Inovação em Políticas Públicas foi desenvolvido 
a partir da necessidade de oferecer, especialmente aos agentes públicos, um conjunto 
de métodos, ferramentas e abordagens práticas para a inovação em políticas públicas. 
O curso teve sua origem a partir do evento GNPapo que ganhou status de série em 
2020, ao adotar novo formato e abordagem para apresentar um encadeamento de 
temas relacionados. Assim nasceu o Inovaflix, um conjunto de eventos interativos 
online com o objetivo de associar teoria à prática, trazendo especialistas e suas 
experiências concretas de aplicação dos métodos e ferramentas no desenvolvimento 
de políticas públicas. 
O que você estudará foi concebido originalmente a partir da websérie dos episódios 
da segunda temporada do Inovaflix, que você poderá acompanhar aqui. Essa 
temporada trouxe debates moderados demaneira a extrair de cada convidado a 
sua especialidade e experiência no tema proposto. 
GNPapo - Bate papo com inovadores é um evento regular no qual o 
GNova - Laboratório de Inovação em Governo da Enap – que recebe 
inovadores de todos os setores da sociedade para compartilharem 
seus conhecimentos, ideias, projetos e iniciativas com a comunidade 
de inovação pública. Antes da pandemia, eram realizados por meio de 
eventos presenciais, com transmissão pela internet. Caso queira, você 
pode conferir aqui a playlist com as edições anteriores. 
Mas, o que é o Laboratório GNova? Bem, ele é um espaço para 
experimentar novas formas de pensar em problemas e desafios 
públicos e agir em governo. Encorajam governos a desenhar e 
implementar políticas públicas a partir das necessidades das pessoas. 
O GNova atua em três eixos. 
https://www.youtube.com/playlist?list=PLCDO8oMmhbxsKTf6rPwNdAfoi6z8g4C3c
https://www.youtube.com/results?search_query=gnpapo
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
O primeiro é a prospecção de novos métodos e tendências aplicáveis 
ao setor público. 
O segundo é a experimentação em políticas públicas, como mecanismo 
de descobrir as possibilidades, testar oportunidades e identificar os 
riscos envolvidos. 
O terceiro eixo consiste na disseminação de conhecimentos 
produzidos e no apoio ao desenvolvimento de competências, por 
meio de eventos, redes, conferências e materiais que possam inspirar 
outros inovadores públicos. 
Voltando a falar do curso, aqui você terá uma visão geral sobre os métodos e 
ferramentas aplicados em diferentes projetos de experimentação em governo. Para 
isso, o curso foi estruturado em cinco módulos, contendo tópicos e subtópicos: 
O Módulo 1, Linguagem Simples Aplicada ao Serviço Público, será apresentado 
a técnica de linguagem simples, suas etapas e diretrizes para uma comunicação 
efetiva, bem como exemplos de sua aplicação para melhoria do serviço público. 
No Módulo 2, Ciências Comportamentais, você verá uma breve introdução às 
Ciências Comportamentais, conhecerá instrumentos e casos de aplicação desta 
ciência no Brasil e no mundo, identificando as oportunidades de aplicação nas 
políticas públicas. 
Já o Módulo 3, Ciência de Dados aplicada às Políticas Públicas, você aprenderá 
noções básicas da Ciência de Dados, e conhecerá também experiências e desafios 
de sua aplicação nas políticas públicas. 
No Módulo 4, Design de Serviços, você será capaz de identificar objetivos e fases 
da aplicação do design de serviços em programas governamentais bem como 
conhecerá relatos de experiências. 
E finalmente, no Módulo 5, Etnografias, você identificará os objetivos e potenciais 
da aplicação de etnografias na realização de pesquisas em serviços e programas 
governamentais, visando compreender os problemas públicos sob a perspectiva 
dos atores envolvidos. 
 Ótimo curso para você! 
77
 Módulo
Linguagem Simples Aplicada ao 
Serviço Público1
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer a linguagem simples como processo 
essencial para facilitar a compreensão dos cidadãos acerca das mensagens oficiais.
Unidade 1: Introdução à Linguagem Simples 
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, espera-se que você seja capaz de identificar as características 
básicas da linguagem simples que possibilitam a comunicação de forma direta e clara 
das informações em textos oficiais, visando facilitar a compreensão dos cidadãos. 
Síntese da videoaula Linguagem Simples.
Fonte: Pommitz (2021).
Textos incompreensíveis fazem mal à cidadania! (Heloisa Fischer) 
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Linguagem simples é uma técnica de comunicação e ao mesmo tempo uma causa 
social. Como técnica de comunicação ela agrupa um conjunto de práticas visando 
a escrita de textos fáceis de ler, acessível não apenas para especialistas. E por que 
causa social? Porque a linguagem simples se baseia na ideia de que todas as pessoas 
têm o mesmo direito à possibilidade de ler, interpretar, compreender e se apropriar 
daquilo que está sendo comunicado pelos governos e que orientam os cidadãos 
sobre os serviços ofertados. 
Os estudos de linguagem simples remontam à década de 1940 e foram se 
popularizando ao longo dos anos, estando hoje presentes em uma infinidade de 
países. Muitos deles atualmente se engajam em comunidades internacionais com 
intuito de fortalecer o desenvolvimento da causa e das práticas de escrita simples. 
No Brasil, um expoente na área de linguagem simples é a professora e pesquisadora 
Heloisa Fischer. Na videoaula a seguir, a Professora introduz o tema linguagem 
simples e alerta sobre um problema que prejudica a relação entre o governo e os 
cidadãos. Acompanhe! 
As informações de uso coletivo precisam ser comunicadas de forma direta e clara. E se 
a ideia é comunicar de forma simples a todos, tem-se que pensar em acessibilidade. 
Você concorda? A acessibilidade é o que permite que qualquer pessoa possa 
aproveitar conteúdo ou produtos oferecidos a todos. Pensar no receptor (público-
alvo) da sua comunicação é algo fundamental. Quem são? Onde vivem? Quais são 
suas limitações? 
1.1. Comunicar-se de forma simples e breve 
Videoaula: Tendências em Experiência do Usuário
Linguagem de sinais. 
Fonte: Freepik (2022).
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo01_video01/index.html
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 9
A audiodescrição possibilita que uma videoaula seja mais acessível, pois dá às 
pessoas com deficiência visual ou à idosos, elementos para construir uma imagem 
correspondente a cada interlocutor. 
Mas será que é fácil fazer uso de linguagem simples? Você conseguiria transformar 
um texto complexo em um texto de fácil compreensão? Na videoaula a seguir, você 
perceberá que cada interlocutor faz sua audiodescrição comunicando de forma 
simples e breve a sua aparência. 
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o 
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Siga firme nos estudos! 
Videoaula: É Fácil Fazer Uso de Linguagem Simples? 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo01_video02/index.html
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
FISCHER, Heloísa. Tendências em Experiência do Usuário. 5ª Semana de Inovação 
em Gestão Pública: Governo para as pessoas. Brasília, DF: Enap, 2019. 1 vídeo (14 min 
e 24 seg). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=klvHpe5-tp8. Acesso 
em: 30 nov. 2022. 
Referências 
https://www.youtube.com/watch?v=klvHpe5-tp8
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 11
Unidade 2: Linguagem Simples: etapas e diretrizes 
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade espera-se que você identifique experiências em locais das três 
esferas do governo, federal, estadual e municipal, onde o uso da linguagem simples já 
é uma realidade. Você analisará também a experiência de três mulheres que estudam, 
aplicam e vivem na prática o uso da linguagem simples no setor público. 
Conheça na primeira videoaula desta unidade alguns relatos interessantes. O 
primeiro deles é apresentado por Taciana Leme, representante da ANA (Agência 
Nacional de Águas e Saneamento Básico) que é uma agência reguladora, atuante 
no nível federal. Tem também a Isabel Ferreira Lima, que trabalha no IrisLab, 
Laboratório de Inovação e Dados do Estado do Ceará, e a Marianna Alves, que traz 
a experiência do Programa de Linguagem Simples da Prefeitura Municipal de São 
Paulo, um dos vencedores do Concurso de Inovação da Enap. 
Videoaula: Linguagem Simples
Uma das abordagens apresentadas nesta videoaula foi sobre as etapas para 
aplicação da linguagem simples na comunicação. As etapas são: 
• planejar (pensar no objetivo ou propósito do documento e no público-alvo); 
 
• escrever ou reescrever (aplicar diretrizes e ferramentas para que o 
texto atinja seu objetivo); 
• revisar (verificar possibilidades de melhoria); 
• testar. 
Você notou nestavideoaula que foi mencionado também a existência de várias diretrizes 
nacionais e internacionais para uso de linguagem simples? Agora, analise algumas 
diretrizes, sistematizadas pela professora Heloisa Fischer, que são consideradas 
fundamentais para quem está iniciando a prática para escrita de texto simples. 
https://011lab.prefeitura.sp.gov.br/linguagem-simples/inicio
https://011lab.prefeitura.sp.gov.br/linguagem-simples/inicio
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo01_video03/index.html
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Empatia 
É preciso iniciar com o exercício de sair de si 
mesmo, considerar que o texto é sempre 
centrado na pessoa que vai ler. E se vamos 
escrever para cidadãos brasileiros de forma 
geral, é preciso considerar que: a nossa 
população tem muita dificuldade de ler 
e compreender textos. 
Hierarquia 
Trata da estrutura da informação. O texto 
deve seguir uma estrutura lógica que se 
identifica com a pirâmide invertida do 
lead jornalístico, a qual preconiza que se 
vá direto ao ponto, considerando o que é: 
a) essencial; 
b) importante; 
c) complementar; 
d) auxiliar. 
O foco da comunicação é a objetividade. 
Promover a retenção da atenção do 
leitor apresentando de imediato a 
informação mais importante, além de 
agregar as informações de mesmo teor 
em um mesmo bloco, contribui para o 
ordenamento e a hierarquização.
Empatia na escrita.
Fonte: Freepik (2022).
Hierarquia.
Elaboração: CEPED/UFSC (2022). Adaptado de Freepik.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 13
Palavra conhecida 
É a palavra mais comum, mais corriqueira. 
Ao utilizar uma palavra conhecida é 
preciso ter empatia com o leitor. Isto é, 
a palavra conhecida deve ser conhecida 
para quem não conhece o assunto que 
está sendo tratado. É preciso, assim, 
imaginar que as pessoas possam estar 
tendo o contato pela primeira vez com 
aquele tipo de informação. Deve-se evitar 
ou, se for usá-lo, explicar o jargão, a sigla 
ou o termo técnico. O uso da palavra 
conhecida traz ainda o benefício do baixo 
custo de processamento mental para 
todos que irão ler o texto.
Palavra concreta 
A palavra concreta, que se refere a 
objetos, pessoas e lugares, deve ser 
utilizada sempre que possível no 
lugar dos termos abstratos, conceitos, 
estados, sentimentos e nominalizações. 
A dica aqui é trocar os substantivos 
abstratos por verbos. 
Frase curta - A recomendação 
internacional da comunidade de Plain 
Language orienta que a frase deve 
conter entre 20 e 25 palavras. Porém, 
escrever uma frase com 25 palavras 
não garante que ela cumprirá a missão 
de comunicar em linguagem simples. 
A frase curta requer revisão, rascunho 
para escolher o que deve ser eliminado 
como desnecessário e reescrita. 
Palavra conhecida.
Fonte: Freepik (2022).
 Palavra concreta.
Elaboração: CEPED/UFSC (2022).
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Frase na ordem Direta 
A ordem aqui é seguir a estrutura sujeito-
verbo-complemento. Evite as frases em 
ordem indireta, como também as orações 
intercaladas, aquelas que vem encaixadas 
no meio das orações principais entre 
vírgulas ou travessões. 
Diagnóstico 
Trata-se do momento de avaliar o texto à 
luz das diretrizes anteriores. Pergunte-se: 
o texto em algum momento desconsidera 
a pessoa que lê? Está fora da sequência 
lógica de hierarquização? Tem palavras 
incomuns? Tem palavras abstratas? Tem 
frases longas? E frases em ordem indireta? 
Nesse momento, mais uma vez, o texto 
poderá passar por uma reescrita após a 
checagem de todas essas diretrizes1. 
Frase na ordem direta.
Elaboração: CEPED/UFSC (2022).
 Diagnóstico.
Fonte: Freepik (2022).
1_Curso da Heloísa Fischer na EVG - Primeiros passos para uso de Linguagem Simples. https://www.escolavirtual.
gov.br/curso/315 
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o 
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Siga firme nos estudos! 
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/315
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/315
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 15
FISCHER, Heloísa. Primeiros passos para uso de Linguagem Simples. In: Curso Aberto 
ENAP. [EV.G]. Disponível em: https://www.escolavirtual.gov.br/curso/315. Acesso em: 
30 nov. 2022. 
Referências 
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 3: Linguagem Simples aplicada ao Serviço Público 
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade de estudos, espera-se que você compreenda como o serviço público 
pode alcançar as pessoas, por meio de seus documentos, utilizando a linguagem simples. 
Você aprendeu que o conceito de Linguagem Simples é uma técnica de comunicação 
que torna os textos mais fáceis de ler. Por consequência, tornam-se mais inclusivos 
e acessíveis a todos os cidadãos. A clareza de textos e documentos tem se mostrado 
uma preocupação cada vez mais presente no serviço público. 
Quem é afetado por uma determinada regra legal precisa localizar facilmente a 
informação, entendê-la e usá-la. Isso economiza tempo, recursos e fortalece as 
relações de confiança entre as instituições e os cidadãos. 
Atendimento ao cidadão.
Fonte: Freepik (2022).
Na videoaula a seguir, conheça alguns relatos de como a linguagem simples está 
revolucionando o modo de se fazer governo, ao interferir na forma como o poder 
público pode alcançar as pessoas por meio de seus documentos e comunicação. 
Que tal explorar casos reais de uso de linguagem simples? 
Videoaula: Casos Reais de Uso de Linguagem Simples
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo01_video04/index.html
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 17
Realização de entrevistas.
Fonte: Freepik (2022).
Nesta videoaula é mencionada a metodologia de 5 passos adotada pelo Laboratório 
de Inovação em Governo da Prefeitura de São Paulo, o (011).lab. São elas: 
• Pensar o documento; 
• Pensar no público-alvo; 
• Aplicar as orientações/diretrizes de linguagem simples; 
• Testar; e 
• Revisar. 
Que tal conhecer o Guia para revisão de documentos elaborado 
pelo (011).lab? Veja o documento aqui. 
“Foi muito bom descobrir a importância da linguagem simples e 
a diferença que ela pode fazer na vida do usuário.” (participante 
da equipe ANA - Frase extraída da videoaula Casos Reais de Uso de 
Linguagem Simples). 
O desenvolvimento do Projeto de Simplificação da Linguagem na ANA passou por 
várias etapas, e uma delas consistiu na escuta ativa. A escuta ativa vai além do ato 
de ouvir o que o outro tem a dizer. Consiste em ouvir com empatia, demonstrando 
real interesse pelo assunto e evitando qualquer tipo de julgamento sobre a pessoa 
que está falando. 
3.1. Escuta Ativa 
https://assets.website-files.com/5e18ca34b827fa4e18593184/6059ec7622620949977dc8d1_Guia%20para%20revisa%CC%83o%20de%20documentos_pdf.pdf
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Durante o projeto, foram entrevistados usuários de recursos hídricos, atores de 
instituições parceiras do sistema de águas, servidores da própria agência que fazem 
atendimento ao público, bem como da área de comunicação e da coordenação de 
outorgas, além de especialistas em simplificação de documentos do Laboratório de 
Inovação em Governo da Prefeitura de São Paulo. Veja que interessante algumas 
impressões coletadas de participantes neste momento do projeto: 
Entrevistas.
Elaboração: CEPED/UFSC (2022).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 19
Agora, observe com atenção quais foram os aprendizados da equipe ANA após a 
escuta ativa: 
Mapa de Insights do Projeto de Simplificação da Linguagem - Hidrologiquês.
Fonte: ANA e GNova (2021). Elaboração: CEPED/UFSC (2022).
Não é nada simples desapegar do formato “burocratês”, você concorda?! Ouça mais 
sobre o assunto, a partir de causos inusitados e até mesmo engraçados que as 
convidadas contarão na videoaula a seguir. 
Videoaula: Causos Inusitados Sobre "Burocratês"
Você chegou ao finaldesta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o 
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Siga firme nos estudos! 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo01_video05/index.html
20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
SÃO PAULO (município). Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia. Laboratório 
de Inovação em Governo da Prefeitura de São Paulo - (011).lab. Guia de Linguagem 
Simples: Como posso revisar meu documento? Deixe a linguagem do seu documento 
mais simples. São Paulo: Prefeitura Municipal, s.d. Disponível em: https://assets.website-
files.com/5e18ca34b827fa4e18593184/6059ec7622620949977dc8d1_Guia%20
para%20revisa%CC%83o%20de%20documentos_pdf.pdf. Acesso em: 30 nov. 2022. 
Referências 
https://assets.website-files.com/5e18ca34b827fa4e18593184/6059ec7622620949977dc8d1_Guia%20para%20revisa%CC%83o%20de%20documentos_pdf.pdf
https://assets.website-files.com/5e18ca34b827fa4e18593184/6059ec7622620949977dc8d1_Guia%20para%20revisa%CC%83o%20de%20documentos_pdf.pdf
https://assets.website-files.com/5e18ca34b827fa4e18593184/6059ec7622620949977dc8d1_Guia%20para%20revisa%CC%83o%20de%20documentos_pdf.pdf
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 21
Unidade 4: Disseminando a pauta da Linguagem Simples 
Objetivo de aprendizagem
Ao final dessa unidade você será capaz de reconhecer como a linguagem simples pode 
apoiar o serviço público a alcançar os cidadãos. 
Como engajar os agentes públicos a renunciar ao formato que estão acostumados, 
a linguagem burocrática, legal e formal? Nesta unidade, você reconhecerá como a 
linguagem interfere na forma em que o poder público tem para alcançar as pessoas 
e contribuir para o sucesso de uma política pública. 
Inicie os estudos deste tema assistindo nesta videoaula a existência de uma rede que 
movimenta essa pauta no Brasil: a Rede Linguagem Simples Brasil. Acompanhe! 
Videoaula: Rede Linguagem Simples Brasil
Você se interessou em participar da Rede? Faça uma hipercuradoria acessando os contatos 
a seguir. Neles, você também encontrará material extra sobre Linguagem Simples. 
Para saber mais sobre a Linguagem Simples: 
• Está começando? Temos um curso rápido aqui com os 
primeiros passos para uso da Linguagem Simples na nossa 
Escola Virtual de Governo!. 
• Precisa convencer o chefe ou seus colegas da importância 
disso? Heloisa Fischer dá a letra. Acesse aqui. 
• Tá na hora de pôr em prática? Veja aqui o guia para revisão 
de documentos do (011).lab, um dos vencedores do Concurso 
Inovação no Setor Público. 
• Quer trocar ideias? Junte-se aqui à rede Linguagem Simples 
Brasil. 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo01_video06/index.html
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/315
https://www.youtube.com/watch?v=klvHpe5-tp8
https://assets.website-files.com/5e18ca34b827fa4e18593184/6059ec7622620949977dc8d1_Guia%20para%20revisa%CC%83o%20de%20documentos_pdf.pdf
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdos2wMeWI8t6rVANREugqOz88JCLDbI6o5Yahk-YpD89Bzkw/viewform?usp=send_form
22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• Lançamento da Rede Linguagem Simples Brasil. Acompanhe aqui. 
• Projetos de Simplificação podem ser vistos aqui por você. 
• Clique aqui e veja o Webinário de Linguagem Simples na Carta 
de Serviços. 
• Ouça o Podcast sobre Rede Linguagem Simples. 
• Que tal conhecer aqui sobre o Comunica Simples? 
• Só é acessível se der para entender. Veja mais sobre isso 
clicando aqui. 
• Saiba mais sobre o papel do texto na compreensibilidade de 
e-serviços aqui.
Você aprendeu até agora que a linguagem simples se relaciona com as ciências 
comportamentais porque tem um papel muito importante para o engajamento das 
pessoas. Para entender melhor como esses temas se relacionam, siga firme até o final! 
Que bom que você chegou até aqui! Agora é hora de você testar seus conhecimentos. 
Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. Bons estudos! 
https://www.youtube.com/watch?v=D7pAbDFtUSM
https://011lab.prefeitura.sp.gov.br/linguagem-simples/projetos-de-simplificacao
https://www.youtube.com/watch?v=WHvbSVDsljU
https://open.spotify.com/episode/1IJ5Ts5C2NnbcNj1IVs79h?si=i-huNt7WQB230aQzbuoquQ&nd=1
https://www.youtube.com/channel/UCd4VAbib68Wx_jHo2B8LNkQ
http://guaiaca.ufpel.edu.br:8080/handle/prefix/6550
http://periodicos.puc-rio.br/index.php/revistaergodesign-hci/article/view/1275
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 23
FISCHER, Heloísa. Primeiros passos para uso de Linguagem Simples. In: Enap. Curso 
Aberto. EV.G, s.d. Disponível em: https://www.escolavirtual.gov.br/curso/315. Acesso 
em: 30 nov. 2022. 
FISCHER, Heloísa. Tendências em Experiência do Usuário. 5ª Semana de Inovação 
em Gestão Pública: Governo para as pessoas. Brasília: Enap, 2019. 1 vídeo (14 min e 24 
seg). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=klvHpe5-tp8. Acesso em: 30 
nov. 2022. 
FISCHER, Heloisa. Só é acessível se der para entender. In: SALASAR, Desirée Nobre; 
MICHELON, Francisca Ferreira (Org.). Acessibilidade cultural: atravessando fronteiras 
[recurso eletrônico]. Pelotas: Ed. da UFPel, 2020. 
FISCHER, Heloisa; MONT’ALVÃO, Claudia; DOS SANTOS, Erica Rodrigues. O papel do texto 
na compreensibilidade de e-serviços. Revista Ergodesign, HCI, [S.l.], v. 7, n. Especial, p. 
207-219, abr. 2020. 
LABORATÓRIO DE EXPERIMENTAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DE PORTUGAL 
(LABX). Oficinas de simplificação: promover o uso de linguagem clara e útil na 
comunicação do Estado. , Portugal: [s. n.], 2020. 
SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia. Laboratório 
de Inovação em Governo da Prefeitura de São Paulo - (011).lab. Guia de 
Linguagem Simples: Como posso revisar meu documento? Deixe a linguagem 
do seu documento mais simples. Disponível em: https://assets.website-files.
com/5e18ca34b827fa4e18593184/6059ec7622620949977dc8d1_Guia%20para%20
revisa%CC%83o%20de%20documentos_pdf.pdf. Acesso em: 30 nov. 2022. 
 SÃO PAULO (Município). Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia. Laboratório 
de Inovação em Governo da Prefeitura de São Paulo - (011).lab. Teste da Linguagem 
de um documento: Como posso revisar meu documento? Deixe a linguagem do seu 
documento mais simples. Disponível em: https://www.linguagemsimples.prefeitura.
sp.gov.br/teste-de-documento/. Acesso em: 30 nov. 2022. 
Referências 
https://assets.website-files.com/5e18ca34b827fa4e18593184/6059ec7622620949977dc8d1_Guia%20para%20revisa%CC%83o%20de%20documentos_pdf.pdf
https://assets.website-files.com/5e18ca34b827fa4e18593184/6059ec7622620949977dc8d1_Guia%20para%20revisa%CC%83o%20de%20documentos_pdf.pdf
https://assets.website-files.com/5e18ca34b827fa4e18593184/6059ec7622620949977dc8d1_Guia%20para%20revisa%CC%83o%20de%20documentos_pdf.pdf
https://www.linguagemsimples.prefeitura.sp.gov.br/teste-de-documento/
https://www.linguagemsimples.prefeitura.sp.gov.br/teste-de-documento/
24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
 Módulo
Ciências Comportamentais2
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os objetivos e as oportunidades da 
aplicação das ciências comportamentais em programas e serviços governamentais. 
Unidade 1: Introdução às Ciências Comportamentais 
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, espera-se que você identifique os objetivos e as características 
básicas das ciências comportamentais. 
Síntese da videoaula Ciências Comportamentais.
Fonte: Pommitz (2021).
O que faz uma pessoa decidir por tomar uma vacina, pagar seus impostos em dia, 
poupar para a aposentadoria ou não cometer infrações de trânsito? Essas decisões são 
sempre racionais? Será que as pessoas sempre fazem o que é bom para elas? E você? 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 25
Escolhas.
Fonte: Pommitz (2021).
O modelo do agente racional na economia afirma que as pessoas são capazes de 
processar plenamente todas as informações disponíveis e de fazer suas escolhas de 
modo racionale coerente, reunindo e processando toda a informação disponível, 
organizando a ordem de preferência de acordo com critérios de bem-estar individual e, 
então, escolher a melhor opção. 
O modelo racional é centrado na maximização da utilidade, que concebe que as pessoas 
são capazes de processar informações de forma completa e de fazer suas escolhas de 
modo coerente e consistente no tempo. 
O modelo agente racional tem influenciado as políticas públicas com o objetivo de 
mudar o comportamento dos agentes, utilizando instrumentos como os incentivos, 
a regulação e a informação. A lei que pune dirigir após a ingestão de álcool e a que 
aplica impostos sobre o tabaco é um exemplo. 
Mas, desde a década de 70, surgiram novas pesquisas no campo da psicologia e 
economia que trouxeram uma novidade: as evidências mostram que a tomada de 
decisão de forma estritamente racional seria mais a exceção do que a regra. E a partir 
dos questionamentos ao modelo racional, nasceu um novo campo interdisciplinar, 
a Economia Comportamental ou Ciências Comportamentais Aplicadas (THALER, 
2015, apud CAMPOS FILHO, 2020). 
26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Elas propõem uma abordagem empírica dos processos decisórios humanos, 
ajudando a compreender como as pessoas percebem a sua situação, como fazem 
seus julgamentos e tomam suas decisões, trazendo novas perspectivas para 
diagnosticar problemas e desenhar programas públicos de modo a obter melhores 
respostas das pessoas aos incentivos governamentais. 
O campo da Economia Comportamental – ou Ciências 
Comportamentais Aplicadas, como preferem muitos de seus 
principais expoentes – desenvolveu-se de forma acelerada, desde os 
trabalhos pioneiros do economista Richard Thaler e dos psicólogos 
Amos Tversky e Daniel Kahneman a partir dos anos 1970. Daniel 
Kahneman ganhou o Prêmio Nobel de Economia em 2002. 
A emergência das Ciências Comportamentais deriva do questionamento do modelo 
do agente racional e de seus pressupostos de plena racionalidade. No lugar de 
se pautar por um modelo normativo e prescritivo, as Ciências Comportamentais 
utilizam a abordagem empírica dos processos decisórios humanos. Então, a partir de 
evidências empíricas (e, sempre que possível, a partir de experimentos controlados), 
procura-se descrever o modo como os seres humanos agem e efetivamente tomam 
decisões antes de desenhar um programa ou serviço. 
Como a atenção das pessoas é limitada e, em diversas 
ocasiões, é capturada por eventos salientes, que 
desviam o foco de problemas mais urgentes ou 
importantes, as ciências comportamentais adotam a 
estratégia de dar um “empurrão” (nudge) para tomar 
decisões mais alinhadas aos seus próprios interesses 
– alimentar-se melhor, poupar para a aposentadoria, 
economizar energia (THALER; SUNSTEIN, 2019). 
Escolhas.
Fonte: Freepik (2022).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 27
Segundo o quadro de análise desenvolvido no Relatório sobre o 
Desenvolvimento Mundial do Banco Mundial de 2015 – Mente, 
Sociedade e Comportamento – a tomada de decisão humana tem 
como base três princípios: indivíduos que pensam automaticamente, 
socialmente, e com modelos mentais pré-existentes. As influências 
psicológicas, sociais e culturais interferem na tomada de decisão e 
no comportamento humano e possuem impacto significativo nos 
resultados de programas (CAMPOS FILHO; SIGORA; BONDUKI, 2020). 
A forma como as opções de um serviço é apresentada aos cidadãos – sua arquitetura 
de escolha (THALER; SUNSTEIN, 2013) – pode ser determinante para o seu sucesso. Às 
vezes, é possível fazer pequenas mudanças na forma como uma mensagem é escrita, 
como a escolha é enquadrada, ou como um processo é estruturado, evitando-se erros 
nas decisões e aumentando as chances de aceitação ou adesão das pessoas. 
Está curioso? O professor Antonio Claret apresenta na videoaula a seguir o que são 
as ciências comportamentais e como ela pode ser uma ferramenta para diagnosticar 
problemas e aumentar as alternativas de solução. Acompanhe! 
Videoaula: Insights Comportamentais em Projetos de Inovação
Videoaula: A Aplicação das Ciências Comportamentais em Políticas Públicas
Videoaula: Design Comportamental
Em sua opinião, é importante aos gestores públicos conhecerem mais sobre as 
ciências comportamentais? Assista nesta videoaula a conversa entre os convidados 
Guilherme Lichand e Daniel Belmiro e veja o que eles pensam a respeito. 
1.1. A Aplicação das Ciências Comportamentais em Políticas Públicas 
Veja agora a experiência do trabalho apresentado pela designer Jacqueline Oliveira, 
ocorrido na África, por meio da ONG Think Place. A organização trabalha com Design 
centrado no Humano e desenvolveu metodologia própria, o Design Comportamental. 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video07/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video08/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video09/index.html
28Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o 
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Siga firme nos estudos! 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 29
CAMPOS FILHO, Antonio Claret. Aplicando insights comportamentais para o 
aprimoramento de políticas públicas: a ferramenta SIMPLES MENTE. Cadernos Enap, 
68. [S. l.]: Enap, 2020. 
THALER, Richard H.; SUNSTEIN, Cass R.; BALZ, John P. Choice architecture. In: SHAFIR, 
Eldar (ed.). The behavioral foundations of public policy. Princeton: Princeton 
University Press, 2013. 
THALER, Richard H.; SUNSTEIN. Cass R. Nudge: Como tomar melhores decisões sobre 
saúde, dinheiro e felicidade. [S. l.]: Objetiva, 2019. 
Referências 
30Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 2: Aplicação das Ciências Comportamentais 
em Políticas Públicas no Brasil e no mundo
Objetivo de aprendizagem
Nessa unidade, espera-se que você identifique oportunidades de aplicação das ciências 
comportamentais em programas e serviços governamentais. 
2.1. A Identificação das Oportunidades para Aplicação nas 
Políticas Públicas 
Pelo que você aprendeu até agora, em sua opinião, seria adequado utilizar as ciências 
comportamentais para auxiliar no diagnóstico de problemas e desenhar soluções 
em qualquer contexto de políticas públicas? Em que situação seu uso se aplica? 
Identificar oportunidades de aplicação.
Fonte: Freepik (2022).
Depois de refletido um pouco, conheça agora alguns projetos em que foram 
aplicadas ferramentas das ciências comportamentais. Aproveite para avaliar quando 
o emprego delas é mais adequado. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 31
2.2. Casos e instrumentos utilizados 
2.3. Importância dos Contextos e da Cultura 
A videoaula a seguir apresenta como foram os resultados dos testes feitos com um protótipo 
no projeto da Receita Federal. O projeto utilizou a ferramenta SIMPLES MENTE, que será 
mais bem detalhada adiante (CLARET et al, 2020). 
Você verá agora a experiência dos participantes no trabalho de aplicação das ciências 
comportamentais em diferentes países e a importância de se considerar as especificidades 
da cultura local quando da realização dos experimentos. 
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o conteúdo 
e se aprofunde nos temas propostos. Siga firme nos estudos! 
Agora, assista a um exemplo de projeto na Etiópia que envolve normas sociais. 
Veja a experiência de Guilherme Lichand com os projetos de inovação feito com 
parceiros e o GNova. Segundo ele, é preciso um bom diagnóstico do problema para 
saber quais metodologias são mais adequadas para tratar da questão. 
Videoaula: Ciências Comportamentais: Projetos
Videoaula: Ciências Comportamentais: Projeto Etiópia
Videoaula: Ciências Comportamentais: Resultados
Videoaula: Aplicação das Ciências Comportamentais em Diferentes Países
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video10/index.htmlhttps://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video11/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video13/index.html
32Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
CAMPOS FILHO, Antonio Claret;. SIGORA, João; BONDUKI, Manuel. Ciências 
comportamentais e políticas públicas: o uso do SIMPLES MENTE em projetos de 
inovação. Brasília, DF: Enap, 2020. 132 p. [Coleção Inovação na Prática]. Disponível 
em: https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/5219/2/gnova_simplesmente_digital_
duplas.pdf. Acesso em: 30 nov. 2022. 
Referências 
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/5219/2/gnova_simplesmente_digital_duplas.pdf
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/5219/2/gnova_simplesmente_digital_duplas.pdf
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 33
Unidade 3: SIMPLES MENTE: uma Ferramenta para 
Aplicação das Ciências Comportamentais 
Objetivo de aprendizagem
Nesta unidade, espera-se que você identifique, após a realização dos estudos, os 
objetivos da ferramenta SIMPLES MENTE que utiliza as ciências comportamentais para 
fazer intervenções em programas governamentais. 
Antes de saber como utilizar a ferramenta SIMPLES MENTE em processos de inovação, 
analise atentamente o acrônimo abaixo. 
Acrônimo SIMPLES MENTE.
Fonte: Campos Filho et al (2020).
34Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Agora, veja na videoaula a seguir o que é a ferramenta SIMPLES MENTE e como 
utilizá-la em processos de inovação. 
Videoaula: Ferramenta SIMPLES MENTE
Videoaula: Aplicativo SIMPLES MENTE
O livro que o GNova publicou, Ciências comportamentais e políticas 
públicas: o uso do SIMPLES MENTE em projetos de inovação, explica o 
que são as ciências comportamentais e como usar a ferramenta. 
Acesse o material aqui. 
Além deste livro, você pode utilizar também o aplicativo SIMPLES 
MENTE que está disponível para celulares que utilizam o sistema 
operacional Android na Google Store. Veja mais sobre isso aqui. 
• Para saber mais sobre Ciências Comportamentais, clique aqui. 
• Acesse aqui para saber sobre a Arquitetura de escolhas, 
direito e liberdade: notas sobre o Paternalismo Libertário. 
• Veja aqui sobre Ciências comportamentais e políticas públicas: 
o uso do SIMPLES MENTE em projetos de inovação. 
• Clique aqui para saber acerca de Mind, Society, and Behavior. 
Veja nesta videoaula o que o aplicativo SIMPLES MENTE possibilita fazer e como 
você deve utilizá-lo. 
Agora é com você! Pesquise mais sobre o que acabou de estudar nas indicações 
sugeridas a seguir. 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video14/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video15/index.html
https://repositorio.enap.gov.br/handle/1/5219
https://play.google.com/store/apps/details?id=lk.argon.simplesmenteapp&hl=pt_BR&gl=US&pli=1
https://repositorio.enap.gov.br/
https://articulateusercontent.com/rise/courses/1oPLcKACit72IliHpL1rMiuQLv5ctkra/bu1EXEvwUBvBWtmJ-Paternalismo%2520Libert%25C3%25A1rio.pdf
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/5219/2/gnova_simplesmente_digital_duplas.pdf
https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/20597/WDR2015Overview-Portuguese.pdf?sequence=6&isAllowed=y
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 35
• Que tal acompanhar mais informações? Veja aqui Inovaflix 
Temporada 1 - Episódio Extra - Insights Comportamentais em 
Projetos de Inovação. 
• Acesse aqui para saber sobre a Arquitetura de escolha e o 
uso de “nudges”. 
• Você quer saber mais, muito mais sobre o assunto? Veja 
nossa hipercuradoria aqui para mergulhar de cabeça! 
Que bom que você chegou até aqui! Agora é hora de você testar seus conhecimentos. 
Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no ambiente virtual. 
Bons estudos! 
https://www.youtube.com/watch?v=QY9SopC0ECI&list=PLCDO8oMmhbxsKTf6rPwNdAfoi6z8g4C3c&index=2
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/3127/8/Aula%204.1%20-%20Arquitetura%20de%20escolha.pdf
https://www.enap.gov.br/pt/acontece/noticias/18-referencias-em-ciencias-comportamentais-para-quem-busca-teoria-e-experimentacao-2
https://www.enap.gov.br/pt/acontece/noticias/18-referencias-em-ciencias-comportamentais-para-quem-busca-teoria-e-experimentacao-2
36Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
CAMPOS FILHO, Antonio Claret;. SIGORA, João;, BONDUKI, Manuel. Ciências 
comportamentais e políticas públicas: o uso do SIMPLES MENTE em projetos de 
inovação. Brasília, DF: Enap, 2020. 132 p. [Coleção Inovação na Prática]. Disponível 
em: https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/5219/2/gnova_simplesmente_digital_
duplas.pdf. Acesso em: 30 nov. 2022. 
ENAP. GNpapo Inovaflix. Uso de Insights Comportamentais em Projetos de Inovação: 
Inovação na Prática sobre Ciências Comportamentais e Políticas Públicas. Brasília, DF: 
Enap, 2020. 1 vídeo (02hs 01min e 15 seg). Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=QY9SopC0ECI&list=PLCDO8oMmhbxsKTf6rPwNdAfoi6z8g4C3c&index=2. 
Acesso em: 6 dez. 2022. 
ENAP. A arquitetura de escolha e o uso de “nudges”. [Programa de Aperfeiçoamento 
para Carreiras Economia Comportamental Aplicada às Políticas Públicas]. Brasília, DF: 
Enap, s.d. Disponível em: https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/3127/8/Aula%20
4.1%20-%20Arquitetura%20de%20escolha.pdf. Acesso em: 30 nov. 2022. 
ENAP. 18 referências em ciências comportamentais para quem busca teoria e 
experimentação. Brasília, DF: Enap, out. 2021. Disponível em: https://www.enap.gov.
br/pt/acontece/noticias/18-referencias-em-ciencias-comportamentais-para-quem-
busca-teoria-e-experimentacao-2. Acesso em: 30 nov. 2022. 
HORTA, Lins. Arquitetura de escolhas, direito e liberdade: notas sobre o Paternalismo 
Libertário. Pensar Revista de Ciências Jurídicas. Fortaleza: v. 22, n. 2, p 651-644, 2017. 
Disponível em: http://dx.doi.org/10.5020/2317-2150.2017.v22n2p651. Acesso em: 6 
dez. 2022. 
KAHNEMAN, Daniel. Rápido e devagar: duas formas de pensar. Rio de Janeiro: Objetiva, 
2012. Disponível em: https://repositorio.enap.gov.br/#. Acesso em: 30 nov. 2022. 
WORLD BANK. Development Report 2015: Mind, Society, and Behavior. Washington, 
DC: World Bank, 2015. Disponível em: https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/
handle/10986/20597/WDR2015Overview-Portuguese.pdf?sequence=6&isAllowed=y. 
Acesso em: 30 nov. 2022. 
Referências 
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/5219/2/gnova_simplesmente_digital_duplas.pdf
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/5219/2/gnova_simplesmente_digital_duplas.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=QY9SopC0ECI&list=PLCDO8oMmhbxsKTf6rPwNdAfoi6z8g4C3c&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=QY9SopC0ECI&list=PLCDO8oMmhbxsKTf6rPwNdAfoi6z8g4C3c&index=2
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/3127/8/Aula%204.1%20-%20Arquitetura%20de%20escolha.pdf
https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/3127/8/Aula%204.1%20-%20Arquitetura%20de%20escolha.pdf
https://www.enap.gov.br/pt/acontece/noticias/18-referencias-em-ciencias-comportamentais-para-quem-busca-teoria-e-experimentacao-2
https://www.enap.gov.br/pt/acontece/noticias/18-referencias-em-ciencias-comportamentais-para-quem-busca-teoria-e-experimentacao-2
https://www.enap.gov.br/pt/acontece/noticias/18-referencias-em-ciencias-comportamentais-para-quem-busca-teoria-e-experimentacao-2
http://dx.doi.org/10.5020/2317-2150.2017.v22n2p651
https://repositorio.enap.gov.br/#
https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/20597/WDR2015Overview-Portuguese.pdf?sequence=6&isAllowed=y
https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/20597/WDR2015Overview-Portuguese.pdf?sequence=6&isAllowed=y
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 37
 Módulo
Ciência de Dados Aplicada àsPolíticas Públicas3
Ao final deste módulo, você será capaz de compreender as noções básicas da Ciência de 
Dados e identificar oportunidades de aplicação desta no setor público. 
Síntese da apresentação Inovaflix sobre Ciência de Dados.
Fonte: Pommitz (2021).
Unidade 1 – Noções Básicas da Ciência de Dados 
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, espera-se que você identifique os objetivos e as características 
básicas da Ciência de Dados. 
Em um contexto em que os governos enfrentam o desafio de lidar com a enorme 
quantidade e fluxo de informações geradas, saber utilizar a Ciência de Dados para 
explorar e processar grandes volumes de dados passou a ser um diferencial na 
gestão pública e privada. 
38Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
O processo de captura de informação, transformação, geração e, posteriormente, 
análise de dados possibilita a detecção de padrões e obtenção de insights para 
possíveis tomadas de decisão. 
O Brasil possui diversas bases de dados qualificadas que possibilitam a realização de 
pesquisas científicas e o desenvolvimento de políticas públicas. Contudo, trabalhar 
grande volume de dados pode ser um desafio. 
É possível afirmar que vivemos na época da revolução dos dados (ONU, 2014). No 
entanto, os mecanismos tradicionais de análise de grandes volumes de dados, em 
variadas fontes, tornaram-se incapazes de prover respostas tempestivas e com 
validade necessária. Desse modo, a emergência do Big Data2 aparece como uma 
solução para essa necessidade. 
Mas, o valor da informação, nos dias atuais, não consiste exatamente nessa enorme 
massa de dados, mas sim no modo como os dados em massa são correlacionados 
para descobrir padrões, tendências e associações ocultas (GRABLE e LYONS, 
2018). Assim, a capacidade de organizar os conhecimentos produzidos é o grande 
diferencial do campo de Ciência de Dados. 
Para estudar as informações, seu processo de extração, transformação, geração e 
análise de dados, a Ciência de Dados trabalha com vários campos do conhecimento. 
Essa área do conhecimento é interdisciplinar combinando matemática, estatística, 
ciência da informação, tecnologia da informação, metodologias científicas, 
inteligência artificial, dentre outras. 
2_É o termo da Tecnologia da Informação que trata sobre grandes conjuntos de dados que precisam ser 
processados e armazenados em bancos de dados (I2AI - Associação Internacional de Inteligência Artificial). 
Resumidamente, a análise de Big Data pode ser 
entendida como a utilização de técnicas cada vez 
mais avançadas para tratamento de grande volume 
de dados (qualquer evento que pode ser armazenado 
em formato digital) como bancos de dados, 
informações de mídias, texto, números, imagens, 
videoaulas ou filmes, áudio, software, algoritmos, 
equações, animações, modelos, simulações etc. 
Um tipo de visualização de Big Data.
Fonte: Freepik (2022).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 39
Com o estudo dos dados, é possível gerar conhecimento sobre uma área e prover 
insumos para criação de soluções, resolver problemas complexos e informar a 
tomada de decisões de gestores, dentre outras aplicações. 
A Ciência de Dados está relacionada a três áreas. A primeira é o Big Data, que é 
usado para processar os dados. A segunda é a mineração de dados, cuja finalidade 
é encontrar padrões. Por último, a visualização dos dados, cujo objetivo é facilitar a 
compreensão da informação de forma clara e favorecer a sua disseminação (LEMUS-
DELGADO e NAVARRO, 2020). 
Assista agora a videoaula que apresenta os principais passos que compõem a Ciência 
de Dados. 
Videoaula: I2AI – Conexões Inteligentes
Videoaula: Ciência de Dados Aplicada às Políticas Públicas
Iniciativas da sociedade civil e pesquisadores desempenham um papel-chave no 
fortalecimento do ecossistema global de dados abertos, contribuindo para tornar 
a relação entre governo e sociedade mais transparente. Nesse sentido, a ciência 
de dados pode ser utilizada para a promoção da transparência, como no caso da 
Organização da Sociedade Civil (OSC), o Open Knowledge, que você verá na videoaula 
com a professora Fernanda. 
Em síntese, a Ciência de Dados envolve um processo de manipulação, processamento 
e análise de dados, que visa a descoberta de novos conhecimentos. Na próxima 
Unidade, você verá como ela pode contribuir com as políticas públicas. 
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o 
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Bons estudos! 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video16/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video17/index.html
40Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
GRABLE, John E.; LYONS, Angela C. An Introduction to Big Data. Journal of Financial 
Service Professionals, v. 72, n. 5,p. 17-20, Sep. 2018. Disponível em: https://www.
researchgate.net/publication/327434353. Acesso em: 30 nov. 2022. 
INTERNATIONAL ASSOCIATION OF ARTIFICIAL INTELLIGENCE (I2AI). Glossário de 
Inteligência Artificial. s.d. Disponível em: https://www.i2ai.org/content/glossary/#cap4. 
Acesso em: 30 nov. 2022. 
LEMUS-DELGADO, Daniel; NAVARRO, Ricardo Pérez. Ciencia de datos y estudios 
globales: aportaciones y desafíos metodológicos. Colombia International Issues. 
Bogotá [Universidad de los Andes]: v. 102, abr. 2020. 
ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). A World that Counts Mobilizing the Data 
Revolution for Sustainable Development. [S. l.]: ONU, 2014. Disponível em: https://
www.undatarevolution.org/wp-content/uploads/2014/12/A-World-That-Counts2.pdf. 
Acesso em: 30 nov. 2022. 
Referências 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 41
Unidade 2: A Aplicação da Ciência de Dados no Setor Público
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta Unidade, espera-se que você identifique as possibilidades de aplicação da 
Ciência de Dados no setor público. 
Saber utilizar a Ciência de Dados para explorar e processar dados é estratégico no setor 
público porque traz várias possibilidades de aplicação, como planejar, analisar padrões, 
tomar decisões e prever tendências. 
As novas tecnologias estão levando a um aumento 
exponencial do volume de dos tipos de dados 
disponíveis, criando possibilidades sem precedentes 
para informar a sociedade, transformá-la e proteger 
o ambiente (DATA REVOLUTION GROUP, 2014). 
Dentre as possibilidades de aplicação da Ciência de Dados no setor público temos: 
• Transparência; 
• Controle social; 
• Avaliação; 
• Detecção de fraudes; 
• Serviços financeiros; 
• Integração de serviços; 
• Logística; 
• Comparação de preços para licitação; 
• Tomada de decisão orientada por dados em programas e serviços públicos, 
dentre outras. 
42Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Observe atentamente, em cada ponto da imagem, alguns exemplos de como a 
Ciência de Dados pode contribuir para o setor público: 
Saber quantas pessoas nasceram 
e com que idade morrem.
Monitorar gastos do governo 
e para quais finalidades.
Analisar as emissões de gases de efeito 
estufa para saber se estão aumentando. 
Analisar o comportamento da 
evolução da imunização. 
Conhecer o perfil de homens, 
mulheres e crianças que 
vivem na pobreza.
Definir tendências de crescimento ou 
decréscimo populacional de uma região para 
planejar o número de escolas e de unidades 
de saúde necessários ao longo do tempo.
Análise de dados. 
Fonte: Freepik (2022).
A organização deve definir claramente o objetivo para o uso da Ciência de Dados e 
sua função deve ser estratégica para a instituição. Nesse sentido, é preciso perguntar: 
Que tipo de dado você precisa e para quê? 
Como serão coletados, onde serão armazenados, como serão 
organizados, descritos, preservados e compartilhados? 
Enap FundaçãoEscola Nacional de Administração Pública 43
Qual tipo de análise de dados é necessária? 
Descritiva (o que está acontecendo, entender as causas e consequências), 
preditiva (o que é mais provável de acontecer), prescritiva (o que e por 
que fazer e recomendações de como fazer melhor) ou prospectiva (quais 
os possíveis cenários para o futuro e como reagir diante deles). 
Qual é a forma que o produto deve ser apresentado? 
Relatórios padronizados ou relatórios customizados por sistemas que 
permitem filtros e combinação de variáveis (Business Intelligence - BI) 
(LEMUS-DELGADO e NAVARRO, 2020 .
Para poder usufruir do conhecimento que pode ser produzido pelos dados que os 
governos detêm, eles devem ser antes preparados, isto é, fazer limpeza, agregação e 
manipulação. Para isso, a organização deve prover recursos e condições de infraestrutura 
que permitam a alta qualidade dos dados (coleta, armazenamento, processamento) e 
equipe multidisciplinar capacitada para a análise e produção de conhecimento útil para 
a tomada de decisões (elaboração das conclusões e recomendações). 
Os benefícios compensam os investimentos nessa área porque as decisões estão 
baseadas em dados, trazendo mais transparência e diminuindo os riscos de decisões 
equivocadas, podendo promover melhorias no desempenho da gestão, evitar 
desperdícios de recursos e melhoria da eficácia e eficiência dos serviços públicos. 
Na próxima videoaula, você verá um exemplo de como tratar um grande volume de 
dados – textos dos Diários Oficiais dos municípios brasileiros – e torná-los acessíveis à 
sociedade. Com o tratamento desses dados, agora é possível utilizar as informações 
para realização de controle social e monitoramento de políticas públicas, como é 
possível perceber, por meio do projeto da organização Open Knowledge chamado 
Querido Diário, que permite um processo de “libertação da informação pública”. 
Videoaula: Ciência de Dados Aplicada às Políticas Públicas: Querido Diário
Videoaula: Guia Brasileiro de Análise de Dados e Outras Iniciativas
Como saber quantos habitantes o Brasil possui? Quantos são analfabetos? Quantas 
pessoas são de baixa renda? Se você precisa fazer um diagnóstico de quantas pessoas 
estão desempregadas e onde moram, quais bases você usaria? O Guia brasileiro de 
análise de dados, que também está disponível aqui, pode te auxiliar nessa busca. 
Na próxima videoaula, conheça mais sobre esse Guia e outras iniciativas da Enap na 
área da Ciência de Dados. 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video18/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video19/index.html
https://repositorio.enap.gov.br/handle/1/6039
44Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Veja mais exemplos do uso da Ciência de Dados no setor público:
Laboratório de Big Data e Análise Preditiva em Saúde (LABDAPS) 
O Laboratório de Big Data e Análise Preditiva em Saúde (LABDAPS), da 
USP, desenvolve algoritmos de inteligência artificial (machine learning) 
para melhorar as decisões em saúde. Um dos projetos utiliza algoritmos 
para conduzir pesquisas de predição de desfechos relacionados à 
Covid-19 e detectar pacientes que têm Covid-19 apenas a partir de 
informações provenientes de seus exames de sangue. Veja aqui. 
InfoGOV 
O InfoGOV reúne dados relativos aos sistemas estruturantes da 
Administração Pública Federal. Ele possui ainda o RegbBr, uma iniciativa 
da Enap que visa quantificar e analisar todo o regramento brasileiro: leis, 
portarias, resoluções, instruções normativas, entre outros. Veja aqui.
Mobilidade em São Paulo 
Com o objetivo de melhorar a eficácia da rede municipal de transporte e 
torná-la mais adequada ao comportamento dos cidadãos, a Prefeitura 
de São Paulo usou dados para ajudar no planejamento de nova rede 
de transporte público por meio de uma plataforma de simulação. Com 
base nos resultados da simulação, a Prefeitura conseguiu fazer uma 
revisão da rede municipal de ônibus com modificações de itinerário e 
unificação com outras. Veja aqui. 
Data Science Campus do governo britânico 
Data Science Campus do governo britânico é um dos exemplos 
avançados no uso de Ciência de Dados no setor público. Um dos 
projetos recentes foi o apoio às respostas ao coronavírus (COVID-19) 
que fornece indicadores para a avaliação do impacto do distanciamento 
social e o impacto nas empresas e no comércio de mercadorias. No site 
do Data Science Campus, você poderá conhecer esse e vários outros 
projetos, inclusive alguns com o código aberto. Veja aqui.
Você chegou ao final desta unidade de estudo. Caso ainda tenha dúvidas, reveja o 
conteúdo e se aprofunde nos temas propostos. Bons estudos! 
https://www.fsp.usp.br/labdaps/
https://infogov.enap.gov.br/
https://publications.iadb.org/publications/portuguese/document/Politicas-publicas-orientadas-por-dados-Os-caminhos-possiveis-para-governos-locais.pdf
https://datasciencecampus.ons.gov.uk/supporting-the-response-to-coronavirus-covid-19/
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 45
ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). A World that Counts Mobilizing the Data 
Revolution for Sustainable Development. [S. l.]: ONU, 2014. Disponível em: https://
www.undatarevolution.org/wp-content/uploads/2014/12/A-World-That-Counts2.pdf. 
Acesso em: 30 nov. 2022. 
FISCHER, Heloísa. Primeiros passos para uso de Linguagem Simples. In: Curso Aberto 
ENAP. [EV.G]. Disponível em: https://www.escolavirtual.gov.br/curso/315. Acesso em: 
30 nov. 2022. 
SHIKIDA, Claudio D; MONASTERIO, Leonardo; NERY, Pedro Fernando (Ed.). Guia 
brasileiro de análise de dados: armadilhas & soluções. Brasília, DF: Enap, 2021. 
Disponível em: http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/6039. Acesso em: 30 nov. 2022. 
Referências 
https://www.undatarevolution.org/wp-content/uploads/2014/12/A-World-That-Counts2.pdf
https://www.undatarevolution.org/wp-content/uploads/2014/12/A-World-That-Counts2.pdf
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/315
http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/6039
46Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Unidade 3: Desafios do Trabalho com Dados
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta Unidade, você terá conhecido alguns dos desafios associados ao uso de 
dados. Essa temática será discutida com convidados que apresentarão suas opiniões a 
respeito desses desafios a partir da experiência que tiverem com o assunto. 
Há pontos críticos e desafios envolvidos na utilização de dados que devem ser 
considerados pelas organizações. Um desses desafios é o controle de qualidade. 
Os dados podem estar errados, podem ser insuficientes ou podem chegar muito 
tarde, podendo induzir ao erro e prejudicar as decisões de políticas públicas e, 
consequentemente, os cidadãos. 
Análise de dados. 
Fonte: Freepik (2022).
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 47
Para serem úteis, todo o processo de concepção, 
captura, análise e divulgação dos dados devem ser de 
alta qualidade e integridade, precisos, com um nível 
adequado de discriminação para o assunto e devem 
ser acessíveis às pessoas que querem ou precisam 
usá-los (ONU, 2014). 
Há um equilíbrio que deve ser buscado para 
salvaguardar os princípios fundamentais dos direitos 
humanos, como a privacidade e os benefícios da 
coletividade nesse processo (ONU, 2014). 
Dito isso, você estudará agora os desafios da invisibilidade de grupos sociais, abertura 
e segurança de dados e capacitação de servidores em dados. Vamos lá? 
3.1. Invisibilidade de Grupos Sociais 
3.2. Abertura e Segurança de Dados 
Um dos desafios para a análise dos dados é a invisibilidade de alguns grupos sociais nos 
dados oficiais. Muitos grupos sociais, ou algumas de suas características importantes, 
como as relativas à diversidade de gênero e racial, podem não aparecer nas estatísticas 
governamentais, tonando-se invisíveis. Isso criauma lacuna de informação sobre a vida 
dessas pessoas que limita a capacidade de agir dos governos. 
Sobre esse tema, você verá na próxima videoaula o relato da professora Nina da Hora 
sobre como o preconceito na coleta de dados pode atrapalhar a realização de pesquisas 
científicas, ao não refletir a diversidade racial e de gênero existente na sociedade. 
O setor público é responsável pela manutenção e gerenciamento de todas as informações 
que detêm sobre os cidadãos e tem o dever de garantir a privacidade e a segurança desses 
dados. No entanto, quanto mais você sabe sobre as pessoas, mais risco há de que os dados 
possam ser utilizados de modo indevido. 
Videoaula: O Preconceito na Coleta de Dados Pode Atrapalhar a 
Realização de Pesquisas Científicas
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video20/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video20/index.html
48Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Na videoaula a seguir você verá a professora Fernanda Campagnucci falar sobre 
as contradições nas interpretações das leis que regulam o setor de informação: a 
abertura de dados versus a proteção da privacidade dos cidadãos. 
Agora, conheça mais sobre o desafio de proporcionar abertura e proteção de dados 
ao mesmo tempo. 
Como o governo brasileiro se posiciona comparativamente a outros países em 
relação à segurança, coleta de dados e confiabilidade? Assista a esta videoaula para 
saber a opinião dos convidados, Leonardo Monasterio, Nina da Hora e Fernanda 
Campagnucci sobre o tema. 
Videoaula: A Abertura de Dados versus a Proteção da 
Privacidade dos Cidadãos
Videoaula: Abertura e Proteção de Dados – Quais os Desafios?
Videoaula: Brasil em Relação à Segurança, Coleta de 
Dados e Confiabilidade
3.3. A Capacitação de Servidores 
Em 2014, a ONU fez um chamamento urgente para uma ação na área de dados que 
estabelecia como uma das recomendações-chave a capacitação de servidores públicos, 
objetivando expandir a alfabetização em dados (data literacy). 
Na publicação da OCDE (2017), Core Skills for Public Sector Innovation , a alfabetização em 
dados aparece como uma das competências essenciais para inovar no setor público, 
ressaltando a importância de tomadas de decisões serem baseadas em dados. 
Outro desafio para o emprego dos dados no setor público é enfrentar a lacuna de capacitação 
dos servidores para trabalhar de modo mais abrangente com Ciência de Dados. Veja nesta 
videoaula as implicações sobre o assunto. 
Videoaula: Os Desafios para o Emprego dos Dados no Setor Público
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video21/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video21/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video22/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video23/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video23/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video24/index.html
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 49
Videoaula: Por Onde e Como Começar a Utilizar Ciência de Dados?
Para quem é novo no tema a pergunta é: por onde e como começar 
a utilizar a Ciência de Dados? O caminho para desenvolver 
competências na Ciência de Dados é múltiplo. Os servidores públicos 
podem se tornar analistas de dados, e até mesmo engenheiros, 
ou podem entender as aplicações e ferramentas, demandar a sua 
execução para terceiros e saber analisar os produtos gerados. A 
escolha do caminho depende de aptidões, condições institucionais 
e disponibilidade para aprender. 
Veja sugestões e dicas dos professores por onde e como começar a utilizar Ciência 
de Dados na videoaula a seguir e escolha o melhor caminho para você. 
Para saber mais sobre Ciência de Dados, veja a sugestão abaixo 
contendo dicas de cursos: 
• Análise de dados como suporte à tomada de decisão – EVG 
Clique aqui; 
• Fundamentos da Lei Geral de Proteção de Dados – EVG Veja aqui; 
• Governança de dados - EVG Veja aqui; 
• Proteção de dados pessoais no setor público – EVG Veja aqui; 
• O curso Jornalismo de dados para coberturas locais mostra como 
explorar bases de dados nacionais, que podem revelar pautas, 
histórias e evidências importantes sobre realidades locais. 
Veja aqui; 
• Jornalismo de dados ambientais: no rastro do desmatamento 
da Amazônia. Trata-se de uma formação introdutória e prática, 
que apresenta recursos, ferramentas e conceitos para a área, 
com foco na cobertura de queimadas e desmatamento na 
Amazônia. Acesse aqui;
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo03_video25/index.html
https://www.escolavirtual.gov.br/login#section-1
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/603
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/270
https://www.escolavirtual.gov.br/curso/290
https://escoladedados.org/courses/jornalismo-de-dados-para-coberturas-locais/
https://escoladedados.org/courses/jornalismo-de-dados-ambientais/
50Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
• Publicadores de Dados: da gestão estratégica à abertura. 
O curso aborda conceitos e ferramentas para planejar e 
promover a gestão estratégica e a abertura de dados em 
organizações, sobretudo públicas. Acesse aqui; 
• Tutorial Gratuito no site da Escola de Dados: busca, raspagem, 
limpeza, análise e visualizações, explicações para todas as 
etapas do trabalho guiado por dados. Disponíveis aqui; 
• Palestra e Workshop Gratuito: O Coda.Br - Conferência 
Nacional de Jornalismo de Dados e Métodos Digitais (2020). 
Todo o conteúdo agora está disponível online aqui;
• Veja uma série de temas importantes da tecnologia com uma 
linguagem mais acessível. Acesse aqui; 
• Podcasts sobre dados abertos - lista colaborativa do fórum 
reúne episódios de podcasts que trataram do assunto dados 
abertos. Ouça aqui.
Para saber mais sobre Ciência de Dados, veja a sugestão abaixo 
contendo dicas de cursos: 
• Políticas Públicas orientadas por Dados: os caminhos possíveis 
para governos locais. Outubro de 2020. Acesse aqui; 
• Inteligência artificial: avanços e tendências. Veja aqui;
• Fluxo do trabalho com dados: do zero à prática: é um guia 
prático destinado a profissionais e estudantes interessados em 
trabalhar com dados no campo da comunicação, em especial 
no jornalismo e na produção de conteúdo para organizações 
da sociedade civil. Veja aqui; 
• Publicadores de Dados: da Gestão Estratégica à Abertura. É 
um guia sintético para a abertura de dados no setor público. 
Leia aqui; 
• Leia aqui o Texto - Revista Science Beyond prediction: Using big 
data for policy problems (em inglês). 
https://escoladedados.org/courses/publicadores-2021-1/
https://escoladedados.org/tutoriais/
https://escoladedados.org/coda/coda2020/
https://www.computacaosemcao.com.br/
https://dadosabertos.social/t/podcasts-sobre-dados-abertos/232
https://publications.iadb.org/publications/portuguese/document/Politicas-publicas-orientadas-por-dados-Os-caminhos-possiveis-para-governos-locais.pdf
https://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/view/650/579/2181
https://ok.org.br/publicacoes/
https://www.ok.org.br/wp-content/uploads/2021/05/PublicadoresDeDados2.pdf
https://www.science.org/doi/10.1126/science.aal4321
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 51
Para saber sobre Ciência de Dados, veja a sugestão abaixo contendo 
dicas de Projetos: 
• INFOGOV (enap.gov.br) - É um projeto da Enap que visa dar 
transparência aos dados governamentais de forma fácil e 
intuitiva. Acesse aqui; 
• Portal Brasileiro de DadosAbertos. É o ponto central para a 
busca e o acesso aos dados públicos no Brasil. Veja aqui;
• Projeto - “Querido Diário” da Open Knowledge Brasil. Utilização 
de inteligência artificial para classificar, contextualizar e 
expandir a informação contida nos diários oficiais municipais 
brasileiros. Veja aqui. 
• Projeto que utiliza a ciência de dados para o monitoramento de 
casos de covid no Brasil. Veja aqui. 
• Projeto - “Serenata de Amor” É um projeto aberto e colaborativo 
que usa ciência de dados com a finalidade de fiscalizar gastos 
públicos e compartilhar as informações de forma acessível a 
qualquer pessoa. Conheça aqui. 
Que bom que você encerrou esta etapa de estudos! Chegou a hora de você testar 
seus conhecimentos. Então, acesse o exercício avaliativo que está disponível no 
ambiente virtual. Boa sorte! 
https://infogov.enap.gov.br/
https://www.gov.br/governodigital/pt-br/dados-abertos/portal-brasileiro-de-dados-abertos
https://ok.org.br/projetos/querido-diario/
https://lagomdata.com.br/casos-totais/
https://serenata.ai/
52Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
BRASIL. Portal brasileiro de dados abertos. 193 países, ONU e a revolução dos dados. 
2015. Disponível em: https://dados.gov.br/noticia/193-paises-onu-e-a-revolucao-dos-dados. 
Acesso em: 30 nov. 2022. 
ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (OCDE). Core Skills 
for Public Sector Innovation. [Observatory of Public Sector Innovation]. 2017. Disponível em: 
https://www.oecd.org/media/oecdorg/satellitesites/opsi/contents/files/OECD_OPSI-core_skills_
for_public_sector_innovation-201704.pdf. Acesso em: 30 nov. 2022. 
ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). A World that Counts Mobilizing the Data 
Revolution for Sustainable Development. [S. l.]: ONU, 2014. Disponível em: https://
www.undatarevolution.org/wp-content/uploads/2014/12/A-World-That-Counts2.pdf. 
Acesso em: 30 nov. 2022.
Referências 
https://dados.gov.br/noticia/193-paises-onu-e-a-revolucao-dos-dados
https://www.oecd.org/media/oecdorg/satellitesites/opsi/contents/files/OECD_OPSI-core_skills_for_public_sector_innovation-201704.pdf
https://www.oecd.org/media/oecdorg/satellitesites/opsi/contents/files/OECD_OPSI-core_skills_for_public_sector_innovation-201704.pdf
https://www.undatarevolution.org/wp-content/uploads/2014/12/A-World-That-Counts2.pdf
https://www.undatarevolution.org/wp-content/uploads/2014/12/A-World-That-Counts2.pdf
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 53
 Módulo
Design de Serviços4
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar os principais objetivos da 
aplicação do design de serviços públicos na busca pela melhoria da qualidade da 
entrega aos cidadãos. 
Síntese da videoaula Design de Serviços.
Fonte: Pommitz (2021).
Unidade 1: Objetivos e Fases do Design de Serviços 
Objetivo de aprendizagem
Ao final desta unidade, espera-se que você identifique os objetivos, os pilares e as fases 
do design de serviços. 
As novas abordagens de inovação e de resolução de problemas, principalmente 
orientadas pela disciplina do design, passaram a utilizar nas últimas décadas 
metodologias mais integradas no desenvolvimento de políticas e serviços públicos 
para tentar dar respostas a um contexto cada vez mais complexo em que os cidadãos 
54Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
demandam mais acesso, mais qualidade e agilidade em políticas e serviços, em 
tempo de escassez de recursos. Uma dessas abordagens é o design de serviços. 
O design de serviços é uma abordagem multidisciplinar que, aplicada ao setor 
público, possibilita melhorar a qualidade dos serviços prestados pelo governo ao 
incorporar a experiência dos cidadãos e de outros atores envolvidos. 
Inicialmente o design de serviços era aplicado no setor privado como ferramenta para 
estratégia de negócios. Contudo, disseminou-se para o serviço público em vários países 
que abraçaram o desenvolvimento da inovação como meio de aumentar a efetividade 
e qualidade no setor público, bem como fortalecer ou melhorar a sua legitimidade. 
Design de serviços é a prática de desenhar ou 
redesenhar serviços, projetando o modo como 
ele será entregue ao cidadão visando à qualidade, 
eficiência e eficácia em todo o processo. Ele utiliza 
várias ferramentas com uma abordagem integrada 
e colaborativa para gerar valor tanto para o usuário 
do serviço quanto para o provedor. Ao incluir vários 
atores, agrega diversas perspectivas e interesses 
ao processo, aumentando a legitimidade do 
processo e dos resultados. O design de serviços 
ajuda a desenhar as conexões e interdependências 
entre os componentes, como os processos, as 
tecnologias e os recursos, empregando em geral 
os princípios da abordagem do design centrado no 
humano (REMIS, 2016). 
Todas as áreas do design são direcionadas à experiência da pessoa para quem está 
sendo projetado os serviços ou produtos. Acompanhe com atenção os detalhes 
destas informações nos diálogos a seguir. 
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 55
56Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Quer entender melhor essas duas abordagens? A professora Thais Lorenzini 
apresenta na videoaula seguinte as diferenças e similaridades entre design de 
serviço e design de experiência do usuário. 
Videoaula: Diferenças e Similaridades entre Design de Serviço e 
Design de Experiência do Usuário
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo04_video26/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo04_video26/index.html
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 57
Por que utilizar e quais são os principais desafios do design de serviços? A professora 
Raphaela de Oliveira apresenta sua perspectiva a partir da experiência na Prefeitura 
Municipal de São Paulo. Ela salienta que o processo agrega racionalidade à tomada 
de decisões porque é orientado por dados e evidências no desenho. Um dos motivos 
de utilizá-lo é “não fazer design da esperança”. Preste atenção ao que isso significa! 
Videoaula: Design de Serviços: Experiência na Prefeitura de São Paulo
“O Design de serviço não é o design para as pessoas, 
mas com as pessoas." Raphaela de Oliveira 
Equipe trabalhando em projeto. Foto: Marina Lacerda (GNova/Enap). 
Fonte: Ferrarezi, Lemos e Brandalise (2018).
1.1. Os Pilares do Design de Serviços 
O design de serviços emprega técnicas e ferramentas variadas e é orientado por alguns 
princípios ou pilares, segundo a proposta de Figueiroa et al (2017): 
• Centrado no usuário; 
• Narrativa; 
• Visualização; 
• Interdisciplinar; 
• Participativo. 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo02_video12/index.html
https://cdn.evg.gov.br/cursos/664_EVG/video/modulo04_video27/index.html
58Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Veja a seguir um resumo de cada um desses aspectos. 
Centrado no usuário 
Como em todas as disciplinas de Design, o design de serviços tem o 
usuário como seu principal foco. Logo, é preciso pesquisar quem é 
esse usuário; qual é o contexto cultural e social em que está inserido; 
os seus hábitos; as suas motivações; as suas dores etc. 
A abordagem integra os envolvidos no processo, tanto os usuários-
cidadãos, como os servidores que implementam o serviço e dirigentes. 
Para compreender a experiência de serviço sob a perspectiva do 
usuário, e não apenas sob o ponto de vista dos processos burocráticos 
da organização, são utilizadas pesquisas qualitativas e quantitativas. 
Narrativa 
A visão estratégica da organização que orienta o serviço, bem como 
os conceitos e processos envolvidos, são apresentadas segundo um 
fio lógico, com uma sequência de ações coerentes e inter-relacionadas 
que façam sentido aos participantes. É como contar uma história que 
seja fácil de acompanhar, com início, meio e fim. Em outras palavras, no 
design de serviços essas fases são o pré-serviço, em que se experimenta 
a primeira aproximação