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Ferramentas da Qualidade na Construção Civil

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA A GESTÃO DA 
PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOÃO VICTOR DE MELLO FONTAINHA ALVES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA A GESTÃO DA 
PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
JOÃO VICTOR DE MELLO FONTAINHA ALVES 
 
 
 
 
Projeto de Graduação apresentado ao curso 
de Engenharia Civil da Escola Politécnica, 
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 
como parte dos requisitos necessários à 
obtenção do título de Engenheiro. 
 
Orientador: Prof. Jorge dos Santos 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
Julho de 2018 
 
 
APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA A GESTÃO DA 
PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
João Victor de Mello Fontainha Alves 
 
PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE 
ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO 
RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A 
OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL. 
 
Examinado por: 
 
 
 
 
 
 
________________________________________________ 
 Prof. Jorge dos Santos, D.Sc., Orientador 
 
 
______________________________________________ 
 Profa. Carla de Araújo Mota, M.Sc. 
 
 
________________________________________________ 
 Profa. Isabeth Mello, M.Sc. 
 
 
________________________________________________ 
Prof. Wilson Wanderley da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO, RJ - BRASIL 
SETEMBRO de 2018 
 
 
 
 
 
Alves, João Victor de Mello Fontainha 
 Aplicação de ferramentas da qualidade para a gestão da 
produtividade na construção civil/ João Victor de Mello 
Fontainha Alves – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica, 
2018. 
 xii, 73 p.:il.; 29,7 cm. 
 Orientador: Jorge dos Santos 
 Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de 
Engenharia Civil, 2018. 
 Referências Bibliográficas: p. 
 1. Introdução 2. Produtividade : Contextualização 3. A 
Construção Civil e a Produtividade 4. Metas e Indicaodres de 
Produtividade da Construção Civil 5. Ferramentas da 
Qualidade Aplicáveis na Gestão da Produtividade 6. 
Considerações Finais 
 I. dos Santos, Jorge; II. Universidade Federal do Rio de 
Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III. 
Engenheiro Civil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus, por estar comigo em toda e qualquer hora. 
Aos meus pais, André Luiz Fontainha e Roberta Fontainha, pelo apoio 
incodicional. 
Ao meu orientador Jorge dos Santos, por toda a ajuda didática e de conhecimento 
na construção desse trabalho. 
A todos os meus amigos e professores da graduação que contribuíram de alguma 
maneira com a minha formação acadêmica na UFRJ. 
 
 
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos 
requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil. 
 
 
APLICAÇÃO DE FERRAMENTAS DA QUALIDADE PARA A GESTÃO DA 
PRODUTIVDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
João Victor de Mello Fontainha Alves 
 
 
Setembro de 2018 
 
Orientador: Jorge dos Santos 
 
A produtividade tem sido um assunto cada vez mais abordado no âmbito do 
mercado econômico, devido à grande concorrência encontrada hoje por parte das 
empresas. Na construção civil, a produtividade ainda está evoluindo em taxas de 
crescimento muito lentas, se comparada a outros setores da economia como o 
manufatureiro, devido a ser um setor arcaico e atrasado em relação à tecnologia e mão-
de-obra. Por outro lado, as normas da ABNT ISO 9000 e ISO 9001 propõem algumas 
ferramentas da qualidade para o aumento não só da qualidade de um empreendimento, 
como de sua produtividade. O objetivo deste trabalho é descobrir quais dessas ferramentas 
são usadas na gestão da produtividade nas construções da engenharia civil, descrevendo 
seu passo a passo de aplicação, vantagens e desvantagens. Logo, este trabalho busca 
apresentar essas ferramentas relacionando-as com a produtividade envolvida para 
executar as mesmas no setor da construção civil, através da verificação e análise de 
documentos, relatos e registros oficiais, nos quais serão verificados casos de aplicação da 
ferramenta em empresas ou organizações ligadas à construção civil e como sua 
produtividade foi afetada pelo uso e aplicação de cada uma das ferramentas da qualidade 
estudada. 
 
 
 
 
 
Palavras-chave: gestão, qualidade, produtividade, NBR ISO 9000, NBR ISO 9001 
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment 
of the requirements for the degree of Engineer. 
 
 
 
 
João Victor de Mello Fontainha Alves 
 
September 2018 
 
 
Adviser: Jorge dos Santos 
 
 
Productivity has been a subject increasingly addressed in the scope of the economic 
market, due to the great competition found today by the companies. In civil construction, 
productivity is still growing at very slow growth rates, compared to other sectors of the 
economy as the manufacturing one, because it is an archaic and backward sector in 
relation to technology and labor. On the other hand, ABNT ISO 9000 and ISO 9001 
standards propose some quality tools to increase not only the quality of an enterprise, but 
also its productivity. The purpose of this paper is to find out which of these tools are used 
in productivity management in civil engineering constructions, describing their 
application step-by-step, advantages and disadvantages. Therefore, this work seeks to 
present these tools relating to the productivity involved to execute them in the civil 
construction sector, through the verification and analysis of documents, reports and 
official records, in which cases will be verified the application of the tool in companies 
or organizations related to construction and how their productivity was affected by the 
use and application of each of the quality tools studied. 
 
 
 
 
Keywords: management, quality, productivity, NBR ISO 9000, NBR ISO 9001 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
FIGURA 2.1 – EVOLUÇÃO DO PIB ANUAL BRASILEIRO ............................................................... 24 
FIGURA 2.2 - VARIAÇÃO ACUMULADA DE PIB, DEMANDA E INVESTIMENTOS........................... 25 
FIGURA 3.1 - COMPARATIVO DO NÚMERO DE TRABALHADORES FORMAIS/INFORMAIS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................................................................ 29 
FIGURA 3.2 - TIPOS DE PRODUTIVIDADE E SETORES DA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................ 31 
FIGURA 3.3 - DIFERENCIAL DA PRODUTIVIDADE TOTAL EM 2015 .............................................. 37 
FIGURA 3.4 - LUCRATIVIDADE (EBITDA) X PRODUTIVIDADE ................................................... 38 
FIGURA 3.5 - CUSTO DO PROJETO X ÍNDICE DE PREÇO DO CONSUMIDOR ................................... 40 
FIGURA 3.6 - PESQUISA REFERENTE À QUALIFICAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA .................................. 41 
FIGURA 3.7 – PESQUISA REFERENTE AO INVESTIMENTO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS ........ 42 
FIGURA 3.8 - PESQUISA DE SATISFAÇÃO DA PRODUTIVIDADE .................................................... 43 
FIGURA 3.9 – MARGEM DE LUCRO DOS SETORES DA ECONOMIA ............................................... 44 
FIGURA 3.10 – NÍVEIS DE CAPITALIZAÇÃO DE VÁRIAS INDÚSTRIAS ........................................... 46 
FIGURA 3.11 – CRESCIMENTO DA PRODUTIVIDADE GLOBAL DOS SETORES ............................... 46 
FIGURA 3.12 – PRODUTIVIDADE DO TRABALHO : CONSTRUÇÃO CIVIL X DIVERSOS SETORES .. 47 
FIGURA 3.13 – PRODUTIVIDADE TTAL DOS SUBGRUPOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ..................... 50 
FIGURA 3.14 – PRODUTIVIDADE NA PRÁTICA ............................................................................. 54 
FIGURA 3.15 – PESQUISA SOBRE DIFICULDADES DE INVESTIMENTOS......................................... 57 
FIGURA 3.16 – GASTOS COM MEGAPROJETOS NA CONSTRUÇÃO MUNDIAL ............................... 59 
FIGURA 3.17 – ASSOCIAÇÃO DO TIPO DE CONSTRUÇÃO À PRODUTIVIDADE NOS EUA ............. 60 
FIGURA 3.18 – REGULAMENTAÇÕES QUE AFETAM DIRETAMENTE A INDÚSTRIA NOS EUA ....... 62 
FIGURA 3.19 – PRODUTIVIDADE DOS SUBGRUPOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................... 65 
FIGURA 3.20 – PRODUTIVIDADE DO TRABALHO POR TIPO DE CONSTRUÇÃO RESIDENCIAL ........ 67 
FIGURA 3.21 – CRESCIMENTO DE PRODUTIVIDADE X ÍNDICE DE DIGITALIZAÇÃO ..................... 70 
FIGURA 4.1 – CÁLCULO DA RUP ................................................................................................. 86 
FIGURA 4.2 – GRÁFICO MODELO PARA ANÁLISE DE DADOS ........................................................ 88 
FIGURA 4.3 - TAREFAS E SUBTAREFAS DO PROCESSO DE ARMAÇÃO .......................................... 89 
FIGURA 4.4 - : RUP GLOBAL (PILAR + VIGA + LAJE) PARA CARPINTEIROS ................................. 90 
FIGURA 4.5 - TAREFAS E SUBTAREFAS DO PROCESSO DE ARMAÇÃO .......................................... 92 
FIGURA 4.6 - RUP GLOBAL (PILAR + VIGA + LAJE) PARA ARMADORES ...................................... 93 
FIGURA 4.7 - RUP GERAL DE CONCRETAGEM PARA SERVENTE E PEDREIRO (PILAR + VIGA + 
LAJE) ................................................................................................................................... 96 
FIGURA 4.8 - RUP CONCRETAGEM DE PILAR PARA SERVENTE E PEDREIRO ............................... 97 
FIGURA 4.9 - RUP CONCRETAGEM DE VIGA E LAJE PARA SERVENTE E PEDREIRO ..................... 97 
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682167
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682168
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682171
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682172
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682173
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682177
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682178
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file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682183
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FIGURA 4.10 – CÁLCULO DO CUM ........................................................................................... 100 
FIGURA 4.11 – CUM TEÓRICO EM SERVIÇO DE FÔRMAS .......................................................... 100 
FIGURA 4.12 - CÁLCULO DO CUM USANDO O CONCEITO DE CUM TEÓRICO E PERDAS ........... 101 
FIGURA 4.13 - INFLUÊNCIA DO PLANO DE ATAQUE NA DEMANDA POR FÔRMAS ....................... 102 
FIGURA 5.1 – FOLHA DE VERIFICAÇÃO DE PROCESSOS PRODUTIVOS ....................................... 107 
FIGURA 5.2 – FLUXOGRAMA DA CENTRAL DE PROCESSAMENTO DE ARARAQUARA ............... 111 
FIGURA 5.3 – HISTOGRAMA DE PRODUTIVIDADE DE BLOCOS DE CONCRETO .......................... 114 
FIGURA 5.4 – HISTOGRAMA DE CAUSAS DE ATRASOS EM PRAZOS .......................................... 115 
FIGURA 5.5 – DIAGRAMA DE PARETO PARA PROBLEMAS ENCONTRADOS ................................ 120 
FIGURA 5.6 – DIAGRAMA DE DISPERSÃO PARA CUSTOS DE EMPRESA ...................................... 123 
FIGURA 5.7 – DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO DA EMPRESA INOVA CASAS ............................. 127 
FIGURA 5.8 – GRÁFICO DE CONTROLE PARA AMOSTRAS DE PROCESSO ................................... 131 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682203
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682205
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682206
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682207
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682208
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682209
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682210
 
 
LISTA DE TABELAS 
TABELA 3.1 – TABELA DE RESULTADOS PARA PRODUTIVIDADE ................................................. 33 
TABELA 3.2 - FAIXAS DE PRODUTIVIDADE (IMPACTOS NA PRÁTICA)......................................... 55 
TABELA 4.1 - CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS SOBRE OS INDICADORES EM RELAÇÃO AOS 
AMBIENTES DE PRODUÇÃO ................................................................................................. 80 
TABELA 4.2 - EXEMPLO DE ESTRUTURA DOS INDICADORES ....................................................... 85 
TABELA 4.3 - CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE FÔRMAS NAS OBRAS ESTUDADAS ............... 90 
TABELA 4.4 - INDICADORES DE PRODUTIVIDADE DE FÔRMA POR ELEMENTO ............................. 91 
TABELA 4.5 - CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE ARMADURA DOS EMPREENDIMENTOS 
ESTUDADOS ......................................................................................................................... 93 
TABELA 4.6 - INDICADORESDE PRODUTIVIDADE DE ARMADURA POR ELEMENTO ..................... 94 
TABELA 4.7 - CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE CONCRETAGEM NOS EMPREENDIMENTOS 
ESTUDADOS ......................................................................................................................... 95 
TABELA 4.8 - VALORES DE REFERÊNCIA DOS INDICADORES DE PRODUTIVIDADE ...................... 99 
TABELA 4.9 - FATORES E COMPOSIÇÕES ADOTADOS ................................................................. 102 
TABELA 4.10 - CUMS ADOTADOS POR PARCELA ...................................................................... 103 
TABELA 5.1 – CAUSAS DO PROBLEMA PREJUIZOS FINANCEIROS .............................................. 119 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682213
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682213
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682214
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682217
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682217
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file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682219
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682219
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682220
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682221
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682222
file:///C:/Users/João/Documents/ufrj/TCC/entrega%20final/versao%20final/TCC%20-%20João%20Victor%20Alves%20-%20Versão%20Final.docx%23_Toc524682223
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção 
CEP - Controle Estatístico de Processos 
CII - Construction Industry Institute 
EBITDA - Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization 
ENPC – École Nationale de Ponts et Chaussées 
EUA – Estados Unidos da América 
FGV - Fundação Getúlio Vargas 
FUNCEX - Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior 
IBRE - Instituto Brasileiro de Economia 
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
ISO - International Organization for Standardization 
MGI – McKinsey Global Institute 
NBR – Normas Brasileiras 
Paic - Pesquisa Anual da Indústria de Construção 
PIB – Produto Interno Bruto 
PTF – Produtividade Total dos Fatores 
S&P - Standard&Poor’s 
SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas 
SGQ – Sistema de Gestão da Qualidade 
SINAPI – Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil 
SindusCon–SP - Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São 
Paulo 
TCPO – Tabela de Composições e Preços para Orçamentos 
TGA - Teoria Geral da Administração 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ....................................................................................................... 8 
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................... 10 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .............................................................................. 11 
SUMÁRIO ................................................................................................................................. 12 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 13 
 IMPORTÂNCIA DO TEMA ................................................................................................. 13 
 OBJETIVO ........................................................................................................................ 13 
 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 14 
 METODOLOGIA ............................................................................................................... 15 
 ESTRUTURAÇÃO DA MONOGRAFIA ................................................................................ 15 
2 PRODUTIVIDADE : CONTEXTUALIZAÇÃO........................................................... 17 
 CONCEITUAÇÃO ............................................................................................................. 17 
 ASPECTOS HISTÓRICOS DA PRODUTIVIDADE .................................................................. 18 
 FATORES QUE AFETAM A PRODUTIVIDADE NO CONTEXTO ECONÔMICO BRASILEIRO ... 21 
2.3.1 Variações econômicas ........................................................................................... 22 
2.3.2 Evolução do produto interno bruto (PIB) brasileiro .............................................. 24 
 PRODUTIDADE E COMPETITIVIDADE .............................................................................. 26 
 FERRAMENTAS DA QUALIDADE APLICADAS À GESTÃO DA PRODUTIVIDADE NA 
INDÚSTRIA EM GERAL ............................................................................................................. 28 
3 A CONSTRUÇÃO CIVIL E A PRODUTIVIDADE ..................................................... 29 
 EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL NO SÉCULO XXI .................. 29 
3.1.1 O pré-crise econômica 2008/2009 (2003-2009) .................................................... 29 
3.1.2 O pós-crise econômica 2008/2009 (2009 - Atualidade) ........................................ 34 
 COMO A PRODUTIVIDADE É ENCARADA NA CONSTRUÇÃO CIVIL ................................... 36 
 COMPARATIVOS DE PRODUTIVIDADE ............................................................................. 44 
3.3.1 Construção civil e outros setores da Indútria ......................................................... 44 
3.3.2 Construção Civil e os subgrupos que a compõe .................................................... 48 
 FATORES QUE AFETAM A PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL .............................. 51 
 ASPECTOS TÉCNICOS, METODOLÓGICOS E PRÁTICOS ..................................................... 52 
 DIFICULDADES DE IMPLEMENTAÇÃO ............................................................................. 56 
 CAUSAS E DESVANTAGENS DA BAIXA PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL .......... 58 
3.7.1 Causa Raíz número 1 : Aumento das complexidades do projeto e do canteiro ..... 58 
3.7.2 Causa Raíz número 2 : A indústria da construção civil é extensivamente 
regulamentada e altamente dependente da demanda do setor público ............................... 60 
 
 
3.7.3 Causa Raíz número 3 : A informalidade e o potencial para corrupção distorcem o 
mercado da construção civil ............................................................................................... 63 
3.7.4 Causa Raíz número 4 : A construção civil é altamente fragmentada .................... 64 
3.7.5 Causa Raíz número 5 : Os processos de design e investimentos são inadequados66 
3.7.6 Causa Raíz número 6: Gerenciamento de projetos e execução básica 
insatisfatórias ...................................................................................................................... 68 
3.7.7 Causa Raíz número 7 : mão-de-obra desqualificada ............................................. 68 
3.7.8 Causa Raiz numero 8 : Pouco investimento em digitalização, inovação e capital 69 
 MUDANÇAS VISANDO O AUMENTO DA PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL E AS 
VANTAGENS ATRELADAS A ESSE AUMENTO ........................................................................... 71 
3.8.1 Mudança número 1 : Reformulação das regulamentações e aumento de 
transparência ....................................................................................................................... 71 
3.8.2 Mudança número 2 : Ligação da estrutura contratual ........................................... 72 
3.8.3 Mudança número 3 : Repensar o design e os projetos de engenharia ................... 72 
3.8.4 Mudança número 4 : Melhorar a aquisição e gestão da cadeia de abastecimento 
(supply-chain) ..................................................................................................................... 73 
3.8.5 Mudança número 5 : Melhora dos serviços de campo, no canteiro de obras ........ 73 
3.8.6 Mudança número 6 : Inserção de tecnologia digital, novos materiais e automação 
avançada ............................................................................................................................. 74 
3.8.7 Mudança número 7 : qualificação da mão-de-obra ............................................... 75 
4 METAS E INDICADORES DE PRODUTIVIDADE DA CONSTRUÇÃO CIVIL ... 77 
 CONCEITUAÇÕES ............................................................................................................ 77 
4.1.1 Metas ..................................................................................................................... 77 
4.1.2 Indicadores de Produtividade ................................................................................ 79 
 ELABORAÇÃO ................................................................................................................. 82 
4.2.1 Como elaborar metas nas empresas ....................................................................... 82 
4.2.2 Indicadores de Produtividade ................................................................................ 83 
 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE MAIS UTILIZADOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL .............. 86 
4.3.1 Razão Unitária de Produção (RUP) ....................................................................... 86 
4.3.2 Consumo Unitária de Materiais (CUM) .............................................................. 100 
5 FERRAMENTAS DA QUALIDADE APLICÁVEIS NA GESTÃO DA 
PRODUTIVIDADE DA CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................ 104 
 FOLHA DE VERIFICAÇÃO .............................................................................................. 104 
5.1.1 Conceituação ....................................................................................................... 104 
5.1.2 Objetivo da ferramenta ........................................................................................ 104 
 
 
5.1.3 Passo a passo para aplicação da ferramenta ........................................................ 105 
5.1.4 Vantagens da aplicação ....................................................................................... 106 
5.1.5 Desvantagens da aplicação .................................................................................. 106 
5.1.6 Aplicação prática ................................................................................................. 106 
 FLUXOGRAMA .............................................................................................................. 108 
5.2.1 Conceituação ....................................................................................................... 108 
5.2.2 Objetivo da ferramenta ........................................................................................ 108 
5.2.3 Passo a passo para aplicação da ferramenta ........................................................ 108 
5.2.4 Vantagens da aplicação ....................................................................................... 109 
5.2.5 Desvantagens da aplicação .................................................................................. 109 
5.2.6 Aplicação prática ................................................................................................. 110 
 HISTOGRAMA ............................................................................................................... 112 
5.3.1 Conceituação ....................................................................................................... 112 
5.3.2 Objetivo da ferramenta ........................................................................................ 112 
5.3.3 Passo a passo para aplicação da ferramenta ........................................................ 112 
5.3.4 Vantagens da aplicação ....................................................................................... 113 
5.3.5 Desvantagens da aplicação .................................................................................. 113 
5.3.6 Aplicação prática ................................................................................................. 114 
 DIAGRAMA DE PARETO ................................................................................................ 115 
5.4.1 Conceituação ....................................................................................................... 115 
5.4.2 Objetivo da ferramenta ........................................................................................ 116 
5.4.3 Passo a passo para aplicação da ferramenta ........................................................ 117 
5.4.4 Vantagens da aplicação ....................................................................................... 118 
5.4.5 Desvantagens da aplicação .................................................................................. 118 
5.4.6 Aplicação prática ................................................................................................. 119 
 DIAGRAMA DE DISPERSÃO ........................................................................................... 120 
5.5.1 Conceituação ....................................................................................................... 120 
5.5.2 Objetivo da ferramenta ........................................................................................ 121 
5.5.3 Passo a passo para aplicação da ferramenta ........................................................ 121 
5.5.4 Vantagens da aplicação ....................................................................................... 122 
5.5.5 Desvantagens da aplicação .................................................................................. 122 
5.5.6 Aplicação prática ................................................................................................. 123 
 DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO (DIAGRAMA DE ISHIKAWA) ...................................... 124 
5.6.1 Conceituação ....................................................................................................... 124 
5.6.2 Objetivo da ferramenta ........................................................................................ 124 
5.6.3 Passo a passo para aplicação da ferramenta ........................................................ 125 
5.6.4 Vantagens da aplicação ....................................................................................... 126 
 
 
5.6.5 Desvantagens da aplicação .................................................................................. 126 
5.6.6 Aplicação prática .................................................................................................126 
 GRÁFICO DE CONTROLE ............................................................................................... 127 
5.7.1 Conceituação ....................................................................................................... 127 
5.7.2 Objetivos da ferramenta ...................................................................................... 129 
5.7.3 Passo a passo para aplicação da ferramenta ........................................................ 129 
5.7.4 Vantagens da aplicação ....................................................................................... 130 
5.7.5 Desvantagens da aplicação .................................................................................. 130 
5.7.6 Aplicação prática ................................................................................................. 130 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 132 
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 133 
 
13 
 
1 INTRODUÇÃO 
 IMPORTÂNCIA DO TEMA 
A estrutura produtiva internacional tem sofrido cada vez mais mudanças promovidas 
pela globalização, aumentando e acirrando assim sua competitividade. Cada vez se torna maior 
a preocupação de empresas com a produtividade nas diversas cadeias produtivas. Para garantir 
viabilidade e competitividade, estas empresas têm reavaliado suas metas e métodos para 
alcançá-las. Por outro lado, os especialistas e formuladores de política econômica têm 
dispensado considerável atenção ao estudo da produtividade. Na teoria, a importância relativa 
de cada um dos vários componentes que compõe a produtividade é colocada em discussão. Do 
ponto de vista da aplicação, a importância de seu estudo se dá devido ao fato da produtividade 
ser o principal passo de um processo que pode levar à uma considerável economia de recursos, 
sendo importantes para as empresas em ambientes competitivos, os ganhos em eficiência e 
produtividade (FARREL, 1957). 
Na indústria da construção civil, de acordo com a Sienge Plataform, a produtividade 
está relacionada à utilização dos recursos disponíveis em um canteiro de obras. Logo, o aumento 
da produtividade em uma obra passa pela elaboração de estratégias que permitam usufruir da 
melhor maneira possível do espaço físico da construção e canteiro, das ferramentas de trabalho, 
dos insumos necessários, dos processos e equipamentos de transporte, da mão de obra e, ainda, 
das técnicas de gestão e gerenciamento de empreendimento. 
 OBJETIVO 
Este trabalho tem como finalidade o estudo da resolução do problema de baixos índices 
de crescimento da produtividade no setor da construção civil, através da aplicação das 
ferramentas da qualidade mais utilizadas na gestão da produtividade em obras da indústria da 
construção civil, descrevendo e analisando estas ferramentas. 
14 
 
 JUSTIFICATIVA 
A justificativa de escolha do tema abordado neste trabalho se dá devido à importância 
que o próprio autor atribui ao assunto que será aqui abordado. A gestão da produtividade é um 
assunto que muitas empresas dominam nos tempos atuais, principalmente nos países 
considerados desenvolvidos tecnologicamente e economicamente. No Brasil, os conceitos 
teóricos são disseminados pelas empresas, porém ainda falta muito em relação à aplicação 
prática. 
A construção civil, no Brasil, ainda se mostra um setor muito arcaico quanto à alguns 
fatores que implicam diretamente na produtividade de um empreendimento, como o 
treinamento e capacitação da mão de obra e o planejamento e controle de obras. 
A motivação do autor surgiu na época em que fazia intercâmbio acadêmico de 
graduação, na França, na ENPC, École Nationale de Ponts et Chaussées, escola de engenharia 
que apresentou pesquisas e vivências práticas com empresas, sobretudo francesas. No caso do 
autor, essas empresas eram relacionadas ao setor de transportes, porém via-se uma forte 
preocupação nessas empresas com a gestão do tempo e dos recursos utilizados. Conversando 
com amigos que estavam introduzidos em pesquisas em empresas na área de construção civil, 
podia-se notar o mesmo zelo. 
Foi então que se aflorou a curiosidade do autor em entender como se dá a gestão da 
produtividade em empresas de diversos portes ligadas ao setor de construção civil, no Brasil, e 
o porquê dessas empresas não alcançarem certos parâmetros mínimos de qualidade, chegando 
assim à ideia principal do tema : como as ferramentas da qualidade influenciam na gestão da 
produtividade. 
A International Organization for Standardization (ISO) propõe uma gama de normas 
chamadas normas ISO com o objetivo de padronizar e melhorar a qualidade de serviços e 
produtos em geral. No Brasil, essas normas são criadas e gerenciadas pela Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), registrando-as com a sigla de Normas Brasileiras (NBR). 
Mais especificamente, as ABNT NBR ISO 9000 e ABNT NBR ISO 9001 são as normas 
brasileiras que tratam do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ). Dentro das aplicações do 
SGQ, temos as ferramentas da qualidade, técnicas que visam a melhoria de qualidade de 
processos, produtos e serviços, ajudando na implementação e operação do SGQ. Porém, são 
diversas ferramentas, e em muitos casos não se deve ou não há a necessidade de aplicação 
conjunta no mesmo empreendimento. Logo, o autor motivou-se a estudar quais são as 
ferramentas da qualidade que especificamente podem influenciar de alguma maneira o aumento 
15 
 
da produtividade total no setor da construção civil, justificando a escolha do tema deste 
trabalho. 
 METODOLOGIA 
A metodologia utilizada neste trabalho, para que os objetivos propostos sejam 
alcançados, foi baseada na divisão do tema da produtividade em três segmentos : cenário geral, 
contextualização na construção civil e ferramentas da qualidade utilizadas na gestão da 
produtividade. 
Foram estudados os conceitos, aspectos históricos, evolução de ambos ao longo do 
tempo, desenvolvimento em geral no mercado e no setor da construção civil. Já para as 
ferramentas da qualidade, ligadas ao SGQ, foram estabelecidas metas e indicadores através de 
levantamento bibliográfico para descobrir quais são as ferramentas mais eficazes e eficientes 
na medição e melhoria da produtividade. 
Todo esse estudo foi possível através de revisão bibliográfica de livros, artigos, 
monografias, dissertações, teses ou qualquer documento online ou físico que faça menção e seja 
útil para avaliação do tema. 
 ESTRUTURAÇÃO DA MONOGRAFIA 
Neste primeiro capítulo, buscou-se situar o leitor quanto às noções mais básicas e 
primárias do estudo da gestão da produtividade e qualidade, passando pela motivação de 
escolha do tema, objetivo do trabalho e metodologia para que este objetivo seja alcançado. 
No segundo capítulo, foi estudada a contextualização da produtividade como um todo, 
conceituando-a e analisando sua evolução durante a história do mundo moderno em seus 
aspectos principais, fatores que influenciaram a produtividade e noções introdutórias das 
ferramentas do SGQ que impactam na gestão da produtividade. 
No capítulo 3, estudou-se a produtividade, na teoria e prática, no setor da construção 
civil, comparando-o com outros setores da indústria em geral, pertencentes à economia global, 
em diversos aspectos. Comparou-se também a produtividade dos subgrupos que compõem a 
construção civil, explicitando-se as causas principais da baixa produtividade do setor e citando-
se mudanças que podem ser benéficas à produtividade da construção, caso aplicadas. 
 
16 
 
No capítulo 4, foram analisados os conceitos de metas e indicadores de desempenho, e 
para os indicadores, estudou-se aqueles que são mais utilizados na gestão da produtividade da 
construção civil, visando o aumento de produtividade no setor. 
No capítulo 5, foram estudadas as ferramentasda qualidade, antes propostas no capítulo 
1, porém agora analisadas a fundo, conceituando-as, mostrando seus objetivos e passo a passo 
para aplicação, vantagens, desvantagens e exemplos de aplicação na gestão da produtividade 
da construção civil. 
Por fim, no último capítulo, o autor descreve as considerações finais acerca dos itens 
analisados ao longo deste trabalho, expondo sua opinião sobre o tema abordado e propondo 
temas para futuros estudos da relação entre produtividade e ferramentas da qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
2 PRODUTIVIDADE : CONTEXTUALIZAÇÃO 
 CONCEITUAÇÃO 
O conceito de produtividade pode ser definido, de maneira genérica, por uma relação 
entre bens produzidos (produtos) e os recursos utilizados para sua produção (insumos). Esses 
recursos podem ser o tempo, força de trabalho, matéria-prima, levando em consideração a 
quantidade final produzida que é o resultado do processo produtivo. Esse resultado é que se 
obtém por unidade econômica (empresa, região, país) e os recursos consumidos pela própria 
produção (CAPUL e GARNIER, 1996). 
Ainda nesta linha, para Drucker (1992), o conceito de produtividade está atrelado ao 
rendimento dos recursos para obtenção de um produto. Para o autor, a definição de 
produtividade como progresso técnico, econômico e social, no sentido que lhes é atribuído 
atualmente, surge apenas na segunda metade do século XX. Já Deming (1990), sintetiza a 
definição de produtividade em um estado de uma organização, onde seu aumento resulta em 
maior saúde financeira daquela organização, melhor desempenho social e por fim, aumento de 
sua competitividade. 
É importante não confundir produtividade com produção. Segundo Loturco (2017), 
produção é o resultado, produto da atividade, concebida através de melhores índices de 
produtividade. O Japan Productivity Center, centro de produtividade do Japão, conceitua 
produtividade como a minimização científica da utilização dos recursos para produção de um 
produto, sejam eles o tempo, mão-de-obra, equipamentos, processos, entre outros necessários, 
reduzindo assim os custos de produção, expandindo o mercado, contratando mais empregados 
e gerando maior qualidade de vida para aqueles, aumentando seus salários por exemplo, sempre 
visando o interesse comum do capital, do trabalho e dos consumidores. 
Assim como diversos setores da economia, a engenharia civil no Brasil também define 
o conceito de produtividade. Na linha dos autores previamente citados, segundo a Câmara 
Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), produtividade é a eficiência em transformar 
recursos em produtos. Sabemos, segundo o órgão, que aumenta-se a produtividade quando se 
demanda menos esforço para a obtenção de um resultado. 
Ao falar-se de produtividade, acabamos inevitavelmente adicionando ao tema as noções 
de eficiência. Eficiência e produtividade são indicadores de sucesso e medidas de desempenho, 
possibilitando a avaliação de empresas. Somente com a medição desses dois indicadores e 
18 
 
isolando o efeito de cada um daqueles relacionados ao ambiente de produção, pode-se estudar 
hipóteses ligadas a fontes de diferenças entre eficiência e produtividade. Ainda, a identificação 
destas fontes é imprescindível para a aplicação de políticas públicas e privadas (LOVELL, 
1993). 
De acordo com Fried; Lovell e Schmidt (1993), quando altas taxas de crescimento da 
produtividade são colocadas como a finalidade de uma empresa, torna-se importante a definição 
e medição da produtividade segundo à teoria econômica, gerando dados e informações úteis 
para a implementação de políticas empresariais. Para esses autores, o desempenho de uma 
empresa pode ser avaliado em função do nível de tecnologia desta empresa e o grau de 
eficiência em seu uso. O primeiro é uma relação de fronteira entre os insumos e produtos, 
enquanto que o segundo incorpora os desperdícios e má alocação de recursos relacionados à 
esta fronteira. 
Para Tupy e Yamaguchi (1998), a abertura dos mercados e estabilização da economia, 
no Brasil, foram essenciais para que os termos eficiência e produtividade fossem introduzidos 
de vez entre os assuntos mais importantes e discursos de tecnocratas, políticos e empresários. 
Porém, a base deste trabalho se dá apenas no primeiro fator citado, a produtividade. 
 ASPECTOS HISTÓRICOS DA PRODUTIVIDADE 
Atualmente, o conceito de produtividade é disseminado em vários segmentos e setores 
da economia, ultrapassando os limites da antiga definição do ‘custo-benefício’. Classifica-se 
hoje a produtividade global em duas grandes esferas : a produtividade do trabalho e a 
produtividade total dos fatores (PTF), que podem ser medidas, mensuradas; ou seja, têm valor 
numérico-quantitativo. Porém, muito antes desses conceitos e classificações, as noções de 
produtividade já pairavam sobre pensadores na história humanidade. 
As primeiras ideias de produtividade estavam ligadas à contabilização dos custos de 
uma organização. Ou seja, a contabilidade, cujo pai é considerado o matemático italiano frei 
Luca Paccioli, foi a primeira ciência a estudar os aspectos de produtividade (PADOVEZE, 
2006). 
No período histórico denominado feudalismo, a riqueza relacionada ao plano individual 
advinha da propriedade de terras, que estava concentrada na posse da classe dominante da 
nobreza. A nova dinâmica econômica, com a expansão de mercados e ressurgimento das 
cidades, transferiu o poder dos nobres para os considerados detentores do dinheiro, antes 
19 
 
comerciantes e depois industriais (a chamada burguesia), criando a necessidade de se 
quantificar o que era gerado, logo dando início à difusão do método de contabilizar 
(HUBERMAN, 1981). A auto-suficiência feudal deu lugar à sociedade de mercado que visa a 
produção de excedentes. É através das atividades comerciais pós-feudais que tinham como meta 
a expansão da produção, que se pode confirmar uma evolução no conceito de produtividade 
(MARCON, 2012). 
A produtividade passa a ser ferramenta de estudo em A Riqueza das Nações, do escocês 
Adam Smith, livro no qual foi introduzida ao mundo a ciência econômica. Neste livro, Smith 
(1776) faz críticas ao antigo sistema mercantilista, que relacionava riqueza com acúmulo de 
metais (metalismo). O autor defendeu que a riqueza está associada a capacidade produtiva de 
uma nação, e a variação desta capacidade ligada ao uso de recursos para produzi-la seria 
justamente a produtividade. Porém, a grande contribuição do autor no livro foi a introdução de 
uma nova doutrina para a economia, filosofia e organização do trabalho globais : o liberalismo 
econômico. 
Alguns fisiocratas franceses, precursores à Smith, já haviam apresentado uma teoria 
sobre produtividade, porém associada fortemente à produção agrícola e às noções de 
propriedade de terra da era feudal. Smith foi inovador ao apresentar sua teoria da produtividade 
atrelada a nova ordem de organização do trabalho, muito mais adequada ao período pelo qual 
o mundo passava e se transformava, a Primeira Revolução Industrial (DIAS & RODRIGUES, 
2004). 
A revolução industrial foi de importância substancial na produtividade, pois modificou 
a atividade industrial e organização do trabalho, quando o principal setor do trabalho, na época 
ainda artesanal, transformou-se em manufatureiro. Segundo Hugon (1980), Smith mostra que 
o princípio que propicia a expansão da produtividade é a organização social do trabalho, 
contradizendo estudiosos precursores que acreditavam que a produtividade dependia 
unicamente de aspectos tecnológicos, ou seja, do fator produtivo em forma de capital. 
Nesta nova sociedade industrial, o acúmulo de riqueza se deu através da atividade 
produtiva industrial, logo os interesses se modificaram. Com a disseminação do liberalismo, a 
concepção de livre concorrência substitui a de intervenção econômica. A vantagem devia ser 
buscada e obtidaatravés da melhor oferta, o que implica a concorrência de preços, seja dos bens 
finais ou dos intermediários, o que por seu lado impulsiona a redução de custo, o que implica 
uma contínua busca de maior produtividade que na prática significa produzir cada vez mais por 
unidade de salário gasto com trabalho humano, confirmando a teoria de Smith de que a 
organização do trabalho é o princípio fundamental da expansão da produtividade. É o momento 
20 
 
onde a produtividade passa a integrar o processo econômico com um crescente papel 
fundamental (MARCON, 2012). 
A segunda grande mudança no conceito de produtividade ocorre na chamada Segunda 
Revolução Industrial. Montella (2006) explica que o período histórico é caracterizado pela 
formação de monopólios e oligopólios comerciais, dando uma nova forma para a economia 
global. 
Nesta época, a revolução dos meios de produção não se apoiava mais no setor têxtil, 
antes pioneiro, e sim na disseminação de novas tecnologias e formas de organização, estimulada 
pela industrialização do setor de bens de capital. Nesta fase histórica, o acirramento da 
competitividade no mercado fez com que novos métodos fossem necessários. Nesse contexto, 
Frederick Winslow Taylor propôs uma nova forma de administração empresarial que busca o 
aumento de produtividade (FERREIRA; REIS; PEREIRA, 2002). 
Segundo Chianevato (2001), na época decorrente, as empresas começaram a substituir 
os métodos empiristas por abordagens técnico-científicas, com o objetivo de reduzir seus 
recursos e utilizar de maneira mais eficaz seus recursos, tornando-se assim mais competitivas 
no mercado. 
Estudando as novas tendências e necessidades do mercado, Taylor, engenheiro norte 
americano, criou a Teoria Geral da Administração (TGA) com o objetivo final de ampliar a 
produtividade de empresas através da administração em eficiência industrial. Taylor foi 
considerado por muitos pensadores da época como o “Pai da Organização Científica do 
Trabalho”, contribuindo de forma eficaz para o desenvolvimento industrial do século XX 
(GERENCER In TAYLOR, 1995). 
 
Resumidamente, Taylor intensificou o processo de divisão do trabalho em busca do 
aumento da produtividade. Sua importância no assunto abordado é tão grande que muitos 
autores utilizam o termo taylorismo ao se referirem ao conjunto de ideias de Taylor. O termo 
taylorismo pode ser definido como o método de racionalizar a produção, aumentando a 
produtividade ao suprimir gestos desnecessários e comportamentos supérfluos no interior do 
processo produtivo; aperfeiçoando por fim a divisão social do trabalho (RAGO & MOREIRA, 
2003). 
Atualmente, a o conceito de produtividade é extremamente disseminada nos universos 
econômico e empresarial. A produtividade se tornou uma grandeza de análise mensurável. De 
acordo com Messa (2014), a produtividade mede o grau de eficiência com que determinada 
economia utiliza seus recursos para produzir bens e serviços de consumo. Diferentes 
21 
 
abordagens quanto ao tipo de recurso, e até mesmo a definição do mesmo, dão origem às 
distintas medidas de produtividade, classificadas em dois grandes grupos. 
A primeira classificação na forma de medida para a produtividade é a mais elementar e 
antiga de todas, a produtividade do trabalho, que expressa o produto gerado por cada hora de 
trabalho (ou por alguma outra medida do insumo trabalho) na economia ou ou setor econômico 
em questão. Dessa forma, trata-se de um indicador apropriado tanto para identificar a evolução 
do padrão de subsistência dos trabalhadores, quanto para comparar tais padrões ao longo de 
diferentes economias. Todavia, por trás da formulação matemática simples, a produtividade 
possui uma grande complexidade : a interpretação de sua dinâmica. Existem vários 
determinantes do comportamento desse indicador, o que dificulta a devida identificação das 
causas por trás de suas variações ao longo do tempo (MESSA, 2014). 
A outra grande classificação é a produtividade total dos fatores (PTF), que tem o 
objetivo de indicar a eficiência com que a economia combina a totalidade de seus recursos para 
gerar o produto final. A partir dessa conceituação, a dinâmica do indicador seria resultado do 
progresso tecnológico da economia. No entanto, de forma exatamente oposta à produtividade 
do trabalho, a simplicidade da interpretação da dinâmica da PTF traz consigo a grande 
dificuldade do indicador, seu cálculo. De fato, a identificação de todos os recursos da economia, 
a mensuração de cada um deles e a determinação da forma com que tais recursos são 
combinados com vistas à atividade produtiva estão longe de ser tarefas triviais. Essa construção 
faz com que o cálculo da PTF seja bastante sensível a diferentes procedimentos visando à 
execução de tais tarefas (MESSA, 2014). 
 
 FATORES QUE AFETAM A PRODUTIVIDADE NO CONTEXTO ECONÔMICO 
BRASILEIRO 
O estudo da produtividade e seu dinamismo passa pela compreensão dos fatores que a 
influenciam como um todo. Podemos separar dois grandes fatores (os quais englobam uma série 
de outros fatores) que afetam diretamente a produtividade : as variações na economia e o 
desenvolvimento do Produto Interno Bruto (PIB) de um país. As variações na economia 
englobam déficit ou superávit comercial na balança econômica, momentos de crise financeira, 
abertura de mercados, conjuntura internacional, etc. O PIB expressa em forma quantitativa o 
valor da economia de um país, ou seja, sua riqueza. Ambos são fatores que impactam a 
22 
 
produtividade em sua totalidade e foram estudados no presente item 2.3 através de seus 
subitens. 
2.3.1 Variações econômicas 
O crescimento econômico brasileiro desacelerou no pós-crise, porém fez ressurgir um 
debate que estava esquecido, paralisado, ou, no mínimo, relativamente apagado das discussões 
sobre a economia brasileira: a produtividade. Tanto seu desempenho quanto sua influência e 
comportamento sobre esta desaceleração recente do crescimento econômico do país são temas 
cada vez mais presentes (NEGRI e CAVALCANTE, 2014). Porém, para avaliarmos as 
mudanças no cenário da produtividade, devemos fazer uma breve recapitulação histórica. 
Atualmente, há um consenso de que os anos 90 marcaram uma ruptura na constante 
queda da taxa de crescimento de produtividade. Todavia, não se havia chegado à uma resposta 
para o seguinte dilema : a causa destas mudanças está relacionada com as alterações estruturais 
da economia ou a ajustes cíclicos transitórios da economia ? (JÚNIOR e FERREIRA, 1999). 
Os autores da primeira vertente de ideias, afirmam que as características econômicas 
gerais da globalização foram os fatores determinantes para a quebra da evolução negativa da 
produtividade. Essas características envolvem o processo de abertura comercial, a privatização 
de empresas estatais, desregulamentação da economia, adoção do sistema da qualidade e novos 
métodos de gestão de processos. Para Feijó e Carvalho (1994), este processo de abertura 
comercial do Brasil causou grandes mudanças estruturais nas empresas, criando o “novo 
paradigma tecnológico-gerencial”. Os autores afirmam ainda que houve um aumento 
substancial de produtividade, mas generalizado, ou seja, os ganhos de produtividade foram 
encontrados nos setores com maior participação em competitividade externa e também na 
maioria dos setores industriais da economia doméstica. A aquisição de máquinas e 
equipamentos importadas, chegando a taxas de 90% em 1995, seria um dos principais fatores 
que evidencia a modernização da indústria brasileira. 
Em contrapartida, há os autores da segunda vertente. Silva et alii (1993) acreditam que 
a recessão do início da década foi a grande causa do aumento da produtividade, não havendo 
alterações estruturais tecnológicas generalizadas na economia. Por acreditarem em ajustes 
cíclicos e transitórios da economia, os autores afirmam que a volta do crescimento econômico 
resultará em diminuiçãode produtividade. Isso ocorreria porque não houve mudanças 
23 
 
tecnológicas no período, pois estas só são possíveis através de investimentos, portanto não 
alterando assim a estrutura econômica do país. 
Considera (1995) não só concorda com a última visão como vai além. O autor afirma 
que em recessões econômicas, empresas com menor produtividade tendem a falir ou fechar, o 
que acarreta no aumento natural de produtividade do sistema como um todo. Portanto, para o 
autor, na ausência de investimentos e mudanças organizacionais, como no caso de uma 
recessão, esta última por si só é suficiente para explicar o crescimento de produtividade dos 
setores da economia. 
Como é possível se concluir, há grandes disparidades sobre o que realmente ocasionou 
o crescimento de produtividade na economia na década de 1990. Esta divergência pode ser 
explicada pelo fato desse debate ter se iniciado muito perto da liberalização econômica, portanto 
não havia dados ou estatísticas realmente confiáveis, nem exemplos práticos de casos de 
sucesso. Além disso, a produtividade não era o foco principal de muitas empresas, nem, 
prioritariamente, do governo. 
Segundo Negri e Cavalcante (2014), nos anos de 1970 e 1990, o foco do governo estava 
no combate e controle da inflação, enquanto que na década de 2000, a prioridade do Estado era 
a redução das desigualdades sociais através de políticas públicas. Nesta época, o crescimento 
econômico do país baseava-se na expansão da demanda externa, através das commodities, e 
interna, devido ao aumento da renda per capita e da incorporação de mais pessoas ao mercado 
de trabalho e de consumo. Porém, após a crise de 2008, este processo baseado em políticas 
públicas parece ter perdido força e capacidade de, isoladamente, impulsionar o crescimento da 
economia. As variáveis demográficas e de mercado e trabalho durante este período foram 
importantes ferramentas para a impulsão da economia, todavia mesmo aquelas parecem ter 
chegado ao seu limite de potencial, ou próximo dele. Além disso, os níveis de investimento 
também não cresceram acima de seu patamar histórico, patamar este que é considerado pela 
maioria dos economistas, insuficiente para sustentar o crescimento da economia do Brasil a 
longo prazo. 
Aliás, em relação ao investimento do empresariado internacional, não só não houve seu 
crescimento como também sua diminuição. De acordocom as duas principais agências 
internacionais de risco, a Fitch e a Standard&Poor’s (S&P), o Brasil teve recentemente sua 
nota de crédito soberano rebaixada pelas mesmas, deixando de ser um país de bom grau de 
investimento, o que afasta os interesses empresariais em investir seu capital no território 
brasileiro. Este rebaixamento se configura como consequência de um estado de recessão, com 
quedas trimestrais seguidas do PIB e em meio a forte crise política e econômica. 
24 
 
2.3.2 Evolução do produto interno bruto (PIB) brasileiro 
Logo após a recessão dos anos de 1990, o Brasil conseguiu retomar o crescimento de 
seu PIB, numa combinação jamais vista antes no país, o crescimento econômico ligado à 
redução da pobreza e desigualdade. A história tradicional do país mostra que esta dicotomia 
sempre esteve presente, e dificilmente seria superada, até o começo da década de 2000, quando 
exatamente esta combinação ocorreu. Nos anos 2000, PIB teve um crescimento significativo a 
uma velocidade bastante superior à da década anterior, alcançando os índices de 3,2% em média 
ao ano, ao passo que, entre 1990 e 1999, esse crescimento foi de 2,3%. Vale ressaltar o período 
entre 2003 e 2008, quando a taxa de crescimento médio foi mais expressiva, chegando a 4,8% 
ao ano (NEGRI e CAVALCANTE, 2014). 
A figura 2.1 mostra a taxa de crescimento real do PIB, em porcentagem, em cada ano, 
entre 2000 e 2018. Nota-se que entre 2003 e 2008, o crescimento médio anual tem valor 
elevado. Pode-se aferir também que a queda do crescimento do PIB ocorre a partir de 2010, no 
período chamado de pós-crise. 
 
 
Neumann (2015), escreve para o jornal Valor Econômico, breves justificativas que 
explicam a queda do crescimento econômico do país a partir de 2010, refletida nos baixos 
Figure 2-1 - – Crescimento do PIB anual brasileiro de 2000 a 2018 
Fonte : ADVFN (2018) 
Figura 2.1 – Evolução do PIB Anual Brasileiro 
25 
 
índices trimestrais anuais consecutivos do PIB. De acordo com a autora, essa baixa foi 
influenciada pela menor demanda das famílias, devido a diminuição de sua renda e aumento do 
desemprego, e pelo menor investimento em máquinas, equipamentos e novas tecnologias no 
mercado interno, principalmente no setor de construção civil. Investimentos e demanda eram 
antes, fatores que ajudaram o desenvolvimento e crescimento econômico, mesmo com a queda 
na produção da indústria doméstica. O cenário para os próximos anos ainda parece bastante 
nebuloso e pessimista, devido ao aumento do desemprego, queda da renda per capita, retração 
de crédito e menor investimento das empresas por falta de confiança em tempos melhores. 
A figura 2.2 configura exatamente as afirmações de Neumann (2015), nos evidenciando 
como o avanço do PIB no Brasil está diretamente interligado ao desenvolvimento ou retração 
da demanda e do investimento. 
 
Fonte : Valor Econômico (2018) 
 
É neste contexto que a produtividade volta a ganhar grande importância no debate 
econômico brasileiro. Porém, não porque houve um comportamento de índices muito diferentes 
de produtividade dos que haviam sido registrados anteriormente, mas sim porque o crescimento 
da produtividade torna-se agora fator determinante e inclusive uma condição, para crescimento 
 Figure 2-2 - Variação acumulada de PIB, Demanda e Investimentos Figura 2.2 - Variação acumulada de PIB, Demanda e Investimentos 
26 
 
econômico, envolvendo o governo, e sobrevivência num mercado cada vez mais competitivo, 
envolvendo as empresas (NEGRI e CAVALCANTE, 2014). 
 PRODUTIDADE E COMPETITIVIDADE 
A noção mais simplória do conceito de competitividade nos ambientes empresariais, 
associa competitividade ao desempenho das exportações industriais. Trata-se de um conceito 
que avalia a competitividade através de seus efeitos sobre o comércio externo: as indústrias 
competitivas são aquelas que expandem sua participação na oferta internacional de 
determinados produtos. De acordo com Gonçalves (1987) este conceito é quase intuitivo e sua 
vantagem está na facilidade de construção de indicadores para medir a competitividade no 
mercado. É ainda o conceito mais amplo de competitividade, abrangendo não só as condições 
de produção como todos os fatores que inibem ou ampliam as exportações de produtos em 
países específicos, como as políticas cambial e comercial, a eficiência dos canais de 
comercialização e dos sistemas de financiamento, acordos internacionais (entre países ou 
empresas) e estratégias de firmas transnacionais. 
Outros autores vêem a competitividade como uma característica estrutural, 
conceituando-a como a capacidade de um país de produzir determinados bens igualando ou 
superando os níveis de eficiência observáveis em outras economias. O crescimento das 
exportações seria uma provável consequência da competitividade, e não exatamente sua 
definição (KUPFER, 2002). 
Uma forma de avaliar a competitividade é através de comparações entre diferenciais de 
preços internacionais de determinados países. Um levantamento realizado pela Fundação 
Centro de Estudos do Comércio Exterior (FUNCEX), intitulado “Pesquisa sobre 
competitividade internacional”, faz comparações, para os mesmos produtos, do nível de preços 
das exportações e do mercado doméstico. A hipótese para mensuração desta diferenciação é 
que existe um preço internacional dado, ao qual as exportações se submetem, e que pode ser 
diferente do preço praticado internamente (BRAGA et al., 1988). 
Outra forma de mensuração do desempenho da competitividade emum país ou mercado, 
é através do nível de salário médio dos trabalhadores. Cline (1986) associa a perda de 
competitividade dos EUA, na siderurgia e setor automobilístico, aos aumentos salariais obtidos 
através de sindicatos fortes. A expressão dumping social, explicando a penetração da indústria 
têxtil de países em desenvolvimento no mercado dos desenvolvidos, pressupõe também a 
27 
 
associação de competitividade a baixos salários (OLIVEIRA, 1985). Alguns autores, e 
frequentemente empresários, também utilizam na sua linha de raciocínio, a relação 
câmbio/salários para a avaliação da evolução da competitividade. 
O Banco Mundial não chega a propor redução de salários para aumento de 
competitividade, mas no documento em que advoga a liberalização e ampliação do comércio 
internacional, adverte que salários mínimos altos em países em desenvolvimento ocasionam 
desemprego, aumentam a desigualdade em relação ao mercado informal, incentivam técnicas 
intensivas em capital e reduzem o estímulo à educação, aproximando os salários de pessoas 
qualificadas das não qualificadas (THE WORLD BANK, 1987). 
Além dos salários, que como visto, são tomados como indicadores de competitividade, 
ora em correlação positiva, ora em negativa, e como determinantes ou determinados pela 
competitividade, a produtividade é outra variável específica frequentemente utilizada na 
avaliação da competitividade. Porém, em contrapartida aos salários, há consenso de que o 
aumento de produtividade em determinada indústria de um país em relação à mesma indústria 
nos países concorrentes está positivamente correlacionado com aumento de competitividade. A 
forma de mensuração mais usual da produtividade, se refere à produtividade do trabalho e sua 
expressão mais simples, calculada geralmente para atividades industriais bastante agregadas, e 
é dada pela relação valor adicionado/pessoal ocupado ou valor da transformação industrial 
/pessoal ocupado. Essa medida, embora incorpore de maneira global as condições de eficiência 
na produção, tem grandes limitações – não levando em conta variações na composição da 
produção, o número de horas trabalhadas por cada empregado, problema relativos a preços 
embutidos no valor adicionado, entre outros –, que se tornam mais graves na comparação 
internacional (KUPFER, 2002). 
Devido ao acirramento da concorrência, a produtividade tornou-se estratégia essencial 
para sobrevivência de empresas numa competitividade cada vez mais agressiva, porém a 
produtividade também está atualmente presente nas estratégias do setor público, através de 
políticas públicas, a exemplo da atual política industrial, tecnológica e de comércio do Governo 
Federal, denominada de Plano Brasil Maior (MACEDO, 2012). 
Segundo o próprio Governo Federal, em relação ao Plano Brasil Maior (2011/2014), 
a “dimensão sistêmica desse Plano, de natureza horizontal e transversal, destina-se a orientar 
ações que visem, sobretudo, a redução de custos sistêmicos e o aumento da eficiência e 
produtividade agregada da economia nacional, objetivando promover bases mínimas de 
isonomia das empresas brasileiras em relação a seus principais concorrentes internacionais”. 
28 
 
 FERRAMENTAS DA QUALIDADE APLICADAS À GESTÃO DA 
PRODUTIVIDADE NA INDÚSTRIA EM GERAL 
O conceito de qualidade está diretamente ligado ao conceito de produtividade. O 
aumento na qualidade dos processos de uma empresa, eleva por si só a produtividade dos 
mesmos, evitando, por exemplo, o retrabalho, fator que impacta diretamente a produtividade 
do trabalho. Logo, é de se compreender o estudo simultâneo das duas áreas. 
No SGQ utilizam-se as chamadas ferramentas da qualidade. Essas ferramentas são 
utilizadas para definição, mensuração, análise e proposta de soluções aos problemas que 
interferem no desempenho e no resultado das empresas. Elas ajudam a estabelecer métodos 
mais elaborados de resolução baseados em fatos e dados, o que aumenta a taxa de sucesso dos 
planos de ação (Ramos, 2018). 
Segundo Rocha (2007), utiliza-se na gestão da qualidade, sete ferramentas básicas que 
auxiliam a gestão da produtividade de uma empresa : o Fluxograma, Diagrama de Ishikawa 
(Espinha de Peixe), Folha de Verificação, Diagrama de Pareto, Histograma, Diagrama de 
Dispersão e Controle Estatístico de Processos (CEP). 
Cada uma das ferramentas citadas contribui diretamente para o aumento da 
produtividade geral numa empresa dentro de qualquer setor econômico, não sendo diferente 
para a construção civil. No capítulo 4 deste presente estudo, foram analisadas minuciosamente 
cada uma destas ferramentas. 
 
 
 
 
 
 
29 
 
3 A CONSTRUÇÃO CIVIL E A PRODUTIVIDADE 
 EVOLUÇÃO DA PRODUTIVIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL NO SÉCULO XXI 
3.1.1 O pré-crise econômica 2008/2009 (2003-2009) 
Para entender como a produtividade se relaciona com a construção civil no período 
abordado, é preciso entender o contexto histórico no qual o setor da construção estava exposto. 
A CBIC explica que no período estabelecido, um importante fator influenciou a produtividade 
e crescimento da construção civil no Brasil, a formalização da mão-de-obra, ou seja, o avanço 
no emprego de carteira assinada. O fato anterior explica a maior participação de empresas 
formais no PIB setorial e é considerado um elemento essencial para a oferta de melhores 
produtos, melhores condições de trabalho e maior arrecadação de impostos. A figura 3.1 
evidencia como se deu estatisticamente este crescimento. 
 
 
Figura 3.1 - Comparativo do número de trabalhadores formais/informais na construção civil 
Fonte : CBIC (2017) 
 
30 
 
 
Em 2009, último ano para o qual as bases de dados consideradas nesta pesquisa estão 
disponíveis, o produto das empresas formais de construção (valor adicionado) totalizou R$ 93,2 
bilhões, o que representou 63,5% do produto do setor como um todo (informal e formal). Em 
2003, primeiro ano do estudo, as empresas formais correspondiam a apenas 43,8%. Logo, 
conclui-se que nesse quesito houve um grande avanço. 
Ainda em 2003, somente 19,5% dos trabalhadores da construção civil possuíam vínculo 
formal de emprego, com registro em carteira assinada de trabalho. Em 2009, esse índice se 
elevou para 30,1%. Nesse período, o número total de trabalhadores formais dobrou, passando 
da faixa de 1 milhão de trabalhadores para 2 milhões. 
Em 2009, existiam cerca de 63 mil empresas formais ativas, das quais 42,8% possuíam 
até 4 pessoas ocupadas, 40,6% possuíam de 5 a 29 pessoas ocupadas e 16,6% contavam com 
30 ou mais ocupados. . Essa última faixa foi a preponderante e respondeu por 80% do valor 
adicionado do segmento formal da construção. Quanto aos setores da construção civil, nesse 
mesmo ano de 2009, pouco mais de 50% das empresas formais atuavam na construção de 
edifícios e aproximadamente 36% eram prestadoras de serviços especializados para construção, 
muitas vezes terceirizadas. As empresas do segmento de infraestrutura representaram 43,5% do 
valor adicionado da construção, seguido pelas empresas de edificações, com 39,6%. 
No período de estudo, a taxa média de crescimento das empresas formais de construção 
(com 5 ou mais pessoas ocupadas), foi de 11,2% ao ano, o que é mais do que duas vezes a taxa 
do setor (5,1% ao ano). Por sua vez, o número de trabalhadores ocupados nas empresas formais 
cresceu ao ritmo de 8,6% ao ano no período analisado. 
Tendo como base o aumento dos indicadores de pessoas com carteira assinada na 
construção civil, a Fundação Getúlio Vargas (FGV), realizou um estudo sobre a produtividade 
das empresas formais na construção civil. O período abordado se mantém entre os anos de 2003 
e 2009, dividindo-se em dois subperíodos : 2003-2005, quando uma série de aprimoramentos 
institucionais foram decisivos para setor; e 2006-2009, quando se deu a retomada das 
atividades de construção. O estudo teve como referência duas bases de dados oficiais geradas 
pelo InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) : o Sistema de Contas Nacionais, que 
abrange todo o conjunto das atividades da Construção Civil (formal e informal), assim como os 
demais setores de atividade econômica; e a Pesquisa Anual da Indústria de Construção (Paic), 
que considera apenas as empresas legalmente constituídas. Este estudo segmenta a 
produtividade em três tipos de análise : a produtividade do trabalho, a produtividade do capital 
31 
 
e a produtividade total dos fatores. A figura 3.2 a seguir representa os três tipos citados que 
foram estudados. 
 
 
Figura 3.2 - Tipos de Produtividade e setores da Construção Civil 
Fonte : CBIC (2017) 
 
A CBIC explica a evolução de cada um dos fatores mostrados na figura 3.2. Porém, é 
importante citar antes, a importância da PTF, pois ela expressa e torna possível a 
comparação de diversas combinações de capital e trabalho, de forma a identificar a mais 
eficiente. Segue abaixo a explicação da evolução dos elementos na figura, no período de 
análise : 
a) PTF : o fator cresceu 3,1% ao ano no segundo subperíodo de análise, ou seja, 
entre os anos de 2006 e 2009, coincidindo assim com o crescimento da 
produtividade do setor da construção. Considerando todo o período de estudo, 
2003-2009, esse aumento foi de apenas 1,2%, porém nos últimos 3 anos da série, 
o crescimento foi mais relevante, de 3,1% ao ano ou 9,7% no período como um 
todo; 
32 
 
b) Produtividade do Trabalho : está relacionada à mão-de-obra. De 2003 a 2009, 
a produtividade da mão-de-obra cresceu 5,8% ao ano. Neste período, as 
empresas de construção investiram altos valores em maquinário, equipamentos 
e terrenos, contribuindo para o aumento da produtividade do trabalho, todavia, 
diminuindo a produtividade do capital. No período de 2006 a 2009, a 
produtividade do trabalho se reduz para 4,4% ao ano, devido ao aumento das 
contratações, da formalização dos trabalhadores e consequentemente, dos 
salários desses empregados que foi aumentado; 
c) Produtividade do Capital : A produtividade do capital (representada 
matematicamente por valor adicionado/unidade de capital) foi negativa no 
período, com queda de 3,5% ao ano. O efeito dos altos investimentos das 
empresas, já explicados para a produtividade do trabalho, permanecem neste 
item. Entre 2006-2009, a produtividade do capital torna-se positiva e registra 
incremento de 1,6% ao ano, porém as quedas entre 2003-2009, de 8,3%, 
contribuam para o resultado negativo; 
d) Obras de Edificações : No período estudado (2003-2009) o valor adicionado 
das empresas subgrupo edificações, dentro do setor da construção, cresceu à 
impressionante taxa de 19,2% ao ano, sendo assim maior que o crescimento do 
emprego (12,8% ao ano) e que o estoque de capital por trabalhador (7,6% ao 
ano). Como consequência, , a PTF se elevou ao ritmo de 1,9% ao ano. Em 2006-
2009, junto ao crescimento da taxa da PTF a 5,0%, o produto cresceu a uma taxa 
maior que a do emprego, sendo que este último teve a mesma taxa de 
crescimento do estoque de capital físico; 
e) Obras de Engenharia Civil : O subgrupo obras de engenharia civil, assim como 
o subproduto edificações, expandiu o produto a uma taxa mais elevada que a do 
emprego e capital por trabalhador, elevando, desta vez, a taxa da PTF ao ritmo 
de 1,1% ao ano de 2003 a 2009. Porém, notaram-se diferenças entre este 
subgrupo e o subgrupo de edificações em relação à expressividade dos 
indicadores no período 2003 a 2006. Os indicadores do subgrupo de obras de 
engenharia civil foram mais expressivos, o valor adicionado cresceu à taxa de 
19,4% ao ano e foi acompanhado por incrementos na PTF de 1,8% ao ano. 
 
33 
 
A tabela 3.1 mostra os resultados da PTF para as empresas de construção com cinco ou 
mais pessoas ocupadas para o período de 2003 a 2009, como um todo, e nos subperíodos de 
2003-2006 e 2006-2009. 
 
Tabela 3.1 – Tabela de resultados para produtividade 
Fonte : FGV (2012) 
 
 
Observa-se a partir da tabela 3.1 que a produtividade total dos fatores da empresas 
registraram um crescimento médio positivo de 1,2% ao ano, dentro de todo o período de estudo. 
Logo, podemos dizer que com a mesma combinação de capital e trabalho, as empresas da 
construção em 2009, último ano do estudo, geraram um valor adicionado 7,2% maior em 
relação a 2003, ano inicial do estudo. 
Através do estudo, decompondo a produtividade, nota-se que, entre 2003 e 2009, a 
produtividade da mão-de-obra (valor adicionado/trabalhador) cresceu a uma taxa média de 
5,8% ao ano. Isso indica que o crescimento da renda gerada pelas empresas foi superior ao 
aumento do emprego. Em contrapartida, a queda anual média de 3,5% da produtividade do 
capital, pode ser explicada pelo crescimento expressivo do estoque de capital, de 9,6% ao ano, 
sendo superior ao crescimento do valor adicionado. Os índices registrados revelam importantes 
tendências, como o crescimento expressivo do investimento em máquinas e equipamentos e a 
substituição de mão de obra de trabalho por capital. O investimento maior realizado pelas 
empresas, em máquinas e equipamentos e terrenos, foi importante para o aumento da 
produtividade do trabalho e diminuição da produtividade do capital. Ainda, no período integral 
de análise, o investimento por trabalhador formal aumentou 61% em termos reais. 
Apesar dos números totais positivos, a PTF passa a ser positiva, somente nos três 
últimos anos do tempo de estudo (2006-2009), crescendo 3,1% ao ano ou 9,7% no período. 
Devido ao processo de intensa contratação e formalização dos trabalhadores no setor, a 
produtividade na mão-de-obras sofreu quedas, continuando com crescimento positivo mas não 
expressivo como os três anos anteriores, refletindo em mudanças importantes na composição 
34 
 
dos resultados da análise. A competitividade e pressão no mercado de trabalho repercutiu nos 
custos setoriais. Nesse período, os salários registram crescimento real de 4,7% ao ano, 
superando o aumento da produtividade do trabalho (4,4%). Isso também representou uma 
mudança de panorama, pois no período anterior (2003-2006), o crescimento da produtividade 
do trabalho foi maior que o aumento real dos salários. Como pode ser observado, no último 
período de três anos, a produtividade do capital passa a ser positiva, em índices de 1,6% ao ano. 
Resumidamente, o crescimento da taxa da PTF de 1,2% ao ano de 2003 a 2009 se dá 
devido ao seu bom desempenho nos três últimos anos daquele período (2006-2009), de 3,1% 
ao ano. O estudo da FGV (2012) mostra também que o aumento da produtividade em geral deve 
ser atribuído exclusivamente ao desempenho das maiores empresas (com 30 ou mais pessoas 
ocupadas), nos três anos mais recentes. Isso significa que nesse período, houve uma expansão 
de produto (valor adicionado) em um ritmo superior ao do aumento do estoque de capital e de 
mão de obra, gerada entre os anos de 2006 e 2009, pelo grupo das maiores empresas. 
3.1.2 O pós-crise econômica 2008/2009 (2009 - Atualidade) 
 O pós crise econômica de 2008/2009 vêm se mostrando nebuloso e de futuro incerto 
para a economia de modo geral no Brasil. Não foi diferente para o setor de construção civil. A 
deterioração progressiva da capacidade produtiva do setor, mais precisamente de 2013 a 2015, 
deixou dúvidas sobre a capacidade de reação positiva do setor de construção e seu futuro, que 
ainda é uma incógnita. Uma sondagem realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção 
Civil do Estado de São Paulo (SindusCon–SP) entre os anos de 1999 e 2015, observou que as 
atividades realizadas pelo setor possuíam grandes sinais de enfraquecimento, além de aumentos 
de custos e consequentemente, dificuldades financeiras, refletidas pelo cenário de altos juros e 
condições mais restritivas de crédito pelo qual passava o país (DIAS e CASTELO, 2015). 
Segundo o IBGE (2013), em pesquisa realizada entre 2012 e 2013, um aumento de 9% 
foi registrado nos

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