Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Naturalia, São Pau lo OPERA OPILIOLOGICA VARIA. XXII. (OPILIONES: GONYLEPTIDAE) Helia E. M . SOARES * Benedicto A. M . SOARES " RESUMO: Parampheres Roewer, 1913, originalmenle descrito em Caelopyginae, éposto em Gony- leptinae, e são considerados seus sinônimos Cezarella Mello-Leitão, 1932 (reiirado da sinonimia de Ilhaia Roewer, 1913) e Pertyana Mello-Leilão, 1927. Passam para aquele gênero de Roewer a.s seguintes espécies: Pertyana roriae Mello-Leilão, 1927 = Parampheres ronae (Mello-Leitão, 1927), comb. n.; Cezarella bimaculata Mello-Leilão, 1932 = Parampheres bimaculatus (Mello-Leicão, 1932), comb. n.; e Penygorna lucida Mello-Leilão, 1940 = Parampheres lucidus (Mello-Leilão, 19401, comb. n. Parampheres nigrimanus Mello-Leilão, 1933, Penygorna bimaculata Mello-Leilão, 1937, Parampheres birnaculatus Roewer, 1933 e Ilhaia ringueleti Capocasale, 1973, s ã o considerados sinônimos de Parampheres ronae (Mello-Leilão, 1927). São discuridos vurios caracleres usados na raxionoinia dor Gonylep~idae, de que resultaram novos conceitos das subfarnílias Gonylep~inae e Caelopyginae e a pro- posição de duas novas subfarnílias de Gonyleptidae, Sodreanrnae e Progonylep~oidellrnae. Sodreoni- nae, subfam. n., éproposta para os gêne rossodreana Mello-Leitão, 1922, tipo, Zortalia Mello-Ler~üo, 1936, Gertia Soares & Soares, 1946 e Sphaerobunus Roewer, 1916. São estabelecidas as seguintes si- nonimias: Theliospelta granulata Mello-Leilão, 1937 = Sodreana sodreana Mello-Leitão, 1922; Anampheres thimoteocostae H. Soares, 1979 = Zortalia bicalcarata Mello-Leilão, 1936; Theliospelta Mello-Leilão, 1937 = Sodreana Mello-Leilão, 1922; Anampheres H . Soares, 1979 = Zortalia Mello- Leitão, 1936. Progonyleptoidellinae, subfain. n. , é criada para os géneros Progonyleptoidellur Piza, 1940, lipo, Iguapeia Mello-Leilão, 1935, Laneius Soares, 1942 (revalidado), Heliella Soares,, 1945, Cadeadoius Mello-Leitão, 1936, Moreiranula Roewer, 1930 (revalidado), Gonyleptoides Roewer, 1913, Opisthoplites Soerensen, 1884 e Stylopisthos Roewer, 1930. São feilas as seguintes srnonimrar: Angistripygus unicus (Soares, 1945) = Angistripygus patellaris Koewer, 1943 = Iguapeia rnelanoce- phala Mello-Leitão, 1935; Piraquara schubarti Piza, 1943 = Progonyleptoidellus androgynus Piza, 1940; Angistripygus Roewer, 1943 = Iguapeia Mello:~e,~lão, 1935. Removidaspara oulrosgéneros, fo- ram feitas novas combinações para as seguintes espécies: :Metagony leptes mamillatus Soares, 1944 = Moreiranula mamillata (Soares, 1944), comb. n. e Metagonyleptes pictus H . Soares & B. Soares, 1982 = Moreiranula picta (H. Soares & B. Soares, 19821, coinb. n. Foram coinpleiaclas as descricões de 'Progonyleptoidellus Piza, 1940, Laneius Soares, 1942, Gonyleptoides Roewer, 1913 e Moreiranula Roewer, 1930, bem como das espécies Progonyleptoidellus androgynus Piza, 1940, Gonyleptoides acanthoscelis (Berlkau, 1880), Gonyleptoides ciirvifemur Soares, 1944, Gonyleptoidei marumbiensis Soares, 1945 e Moreiranula moreirae (Mello-Leilão, 1922). Feilos comentários sobre a subfai~iilra Slygnicranainae. ai foram rnantidas duas espécies d o Brasil, Stygnobates barbiellinii Mello-Leilão, 1927, cuja descrição é completada com rnedidas e carac1ere.s arnda nüo referidos, e Si ygnobatei iiiscrip- tus (Mello-Leilão, 1936), con7b. n., originalmenle chainada Zortalia inscripta, Mello-Leilão, 1936. Zortalia Mello-Leilão, 1936, se acha agora na subfamilia Sodreaninae. Zortalia leprevosti Soares & Soares, 1946, é considerada sinônimo de Stygnobates inscriptus (Mello-Leilão, 1936). UNITERMOS: Gonyleptidae (Arachnrda, Opiliones, Gonyleptoinorphr, Gonylep~oidea), conceitos novos de subfamílias, novas subfarnílias. sinonirnias de géneros e espécies, ~ransferéncia de gêi7ero~ pa- ra oulros grupos, novas combinações, compleinentacão de descricões e novos registros para a fauiia brasileira. * Departamento de Zoologia - I i i \ t i t u io Uaaico de Biologia Médica e Agrícola - UNESP - 18.600 - I3oiiicatii - SI'. SOARES, H . E M & SOARES, B A M - Opera oprlrologrca varra XX11. (Opiliones. Gonyleptidae) Naturalia, São Paulo, 10:157- 200,1985. INTRODUÇÃO Mello-Leitão, 1936, na sinonímia de Ilhaia ~n te rmed~a Mello-Leitão, 1935. Tratamos, nesta nota, mediante revi- RINGUELET (1955:288), a o estudar são de tipos, d o estudo de material perten- uma série de exemplares que determinou cente a o Museu de Zoologia da Universi- a c e r t a d a m e n t e c o m o C e z a r e l l a dade de São Paulo (MZUSP), a o Museu bimaculata Mello-Leitão, 1932; de que só Nacional, Rio de Janeiro (MNRJ) , a o Ins- se conhecia o tipo, 1 fêmea, julgou tituto Butantã, São Paulo (IB), a o Institu- Cezarella e Cearinus Roewer, 1929, índis- to Agronômico d o Paraná (IAPAR), a o tinguíveis, argumentando que os machos Departamento de Zoologia da Escola Su- da espécie por ele examinados correspon- perior de Agricultura "Luiz de Queiroz" diam a o gênero de Roewer e as fêmeas, a o (ESALQ), e a coleção H. Soares, Botuca- de Mello-Leitão. Assim, face a nova com- tu, SP (HS). binação, admitiu em Cearinus uma espé- A bibliografia se refere a trabalhos in- cie com duas subespécies: Cearinus corni- dispensáveis para levar o leitor a todas as ger corniger ,Roewer, 1929 e Cearinus citações que dizem respeito aos grupos es- corniger bimaculatus (Mello-Leitão, tudados. 1932). No comprimento d o corpo de cada es- CAPOCASALE ( 1 973) reestudou o pécie estudada são dadas duas medidas, assunto, trazendo novos conceitos. Reti- ambas a partir da borda anterior d o cefa- rou Cezarella da sinonímia de Cearinus, lotórax, a primeira até o limbo posterior e fundamentado em que seria necessário o a segunda até a borda posterior d o opér- conhecimento da espécie-tipo deste último culo anal. gênero através de fêmea e macho, para poder considerar Cearrnus igual a GONY LEPTIDAE Sundevall, 1833 Cezarella. Admitiu Cezarella como sino- G O N Y L E P T I N A E Sundeval, 1833 nimo de Ilhaia, com nova combinação pa- Purampheres Roewer ra a sua espécie-tipo: I lhaia bimaculata Parampheres Roewer, 191 3:307, 345; (Mello-Leitão, 1932). Para evitar ho- Soares Soares, 1948:577; Ringuelet, monímia, deu a Penygorna brmaculata 1959:395. Mello-Leitão, 1937, ou seja Ilhaia Perfyuna Mel10-Leitão, 1927: 18; Soares & bimacu/ata (Mello-Leitão, 1937) Soares & Soares, 1949b:208. Syn. n. Soares, 1946, o nome novo de Ilhuia Cezurella Mello-Leitão, 1932: 136, 214, rtngueleti Capocasale, 1973. Juntou exce- 476; Soares & Soares, 1954:242. Syn. f l . lente descrição desta espécie, com ótimas Espécie-tipo: P ~ r ~ m ~ h e r e ~ pectiflutus figuras, e fez ponderações que vêm muito Roewer, 191 3, por monotipia. a propósito sobre a sua colocação em sub- CAPOCASALE (1973:437-442, Fig. família. / 1 , 3, 5) estudou duas espécies original- Cezarella bimaculata Mello-Leiião, mente denominadas Cezurella blmaculata 1932, descrita de uma fêmea do Rio Gran- M e l l o - L e i t ã o , 1932 e PeflJ'gorfla de d o Sul, Pedras Altas, foi designada, brmuculatu Mello-Leitão, 1937. por seu autor, espécie-tipo de Cezarella SOARES & SOARES (1946a:76) con- Mello-Leitão, 1932, na subfamília Pachy- rideraram Penygornu bimaculu~u como linae. Ao examinar o tipo, observamos d o gênero Ilhuia Roewer, 1923, e assim que não há 5 áreas bem diferenciadas no mantiveram e\se critério (1949b: 186). escudo dorsal; para ver vestígio de sulco Aliás, Penygornu se tornou sinônimo de qué separaria as áreas IV e V foi necessa- Ilhuia quando SOARES ( 1 9 4 4 ~ : 175) pôs a rio exame de material seco (esboço de sul- sua espécie-tipo, Penygornu infuscufa co no meio) e levemente umedecido (esbo- 158 SOARES, H E .M. & SOARES, B .A .M. - Opera Naiuralia, São Paulo, 10:157-200, 1985. ço de sulco de um lado e de outro). Tanto quanto podemos julgar, o escudo dorsal tem 4 áreas; a área I11 é longa e apresenta 2 pares de grânulos medianos maiores, um adiantee outro atrás, o que provavel- mente levou o seu autor a admitir 5 áreas. Escudados em Soerensen, SOARES & SOARES (1 984:303) já fizeram restrições sobre o valor d o número de sulcos d o es- cudo dorsal, 4 ou 5, para separar sub- famílias de Gonyleptidae. Ainda na espé- cie em apreço, as garras dos tarsos 111 e IV são lisas, mas as suas superfícies são on- duladas, o que dificulta o reconhecimento do caráter (garras lisas ou garras pectíneas) com precisão e segurança. RINGUELET (1955:288, Fig. 1) descre- veu o macho e tornou a espécie bem co- nhecida, com o nome de Cearinus corni- ger birnaculatus (Mello-Leitão, 1932). CAPOCASALE (1973:439) confir- mou que Ringuelet teve em mãos fêmeas e machos da espécie originalmente chama- da Cezarella birnaculata, mas a situou em Ilhaia, Gonyleptinae, com 4 áreas no es- cudo dorsal, denominando-a Ilhara birnaculata (Mello-Leitão, 1932). Admitimos, com Capocasale, que não há elementos para considerar Cezarella si- nônimo de Cearinus (Pachylinae), como estabeleceu RINGUELET (1955:288). As- sim, aceitamos em parte o que aquele au- tor propõe, isto é, retirar Cezarella da si- nonímia de Cearinus, mas Cezarella e Ilhaia são gêneros diferentes. As contribuições de Ringuelet e de Ca- pocasale, excelentes, permitem-nos reco- nhecer duas espécies, sem dúvida-alguma do mesmo gênero, e, além disso, bastante afins. Capocasale deixa aberta a questão atinente a subfamília, embora tenha in- cluído as espécies em Ilhaia, cuja espécie- tipo, Ilhaia cusprdata- Roewer, 1913, é uma típica Gonyleptinae (4 áreas no escu- do dorsal, área 111 curta, sem nenhum vestígio de um quinto sulco, garras dos tarsos 111 e IV absolutamente lisas). Por outro lado, notamos, face a o exa- oprlrologrca varia YXII (Opiliones Gonyleptidae) me dos tipos, que Pertyana ronae Mello- Leitão, 1927, espécie-tipo de Perfyana Mello-Leitão, 1927 (Gonyleptinae) possui 4 áreas no escudo dorsal, como consta de sua descrição, e, além disso, esboço de um quinto sulco, muito bem percebido por Ringuelet e Capocasale nas espécies que estudaram (acima referidas) e garras dos tarsos I11 e IV pectíneas. Comparando os tipos de Pertyana ronae com os de Penygorna bimaculata, convencemo-nos de que se trata de única espécie, as garras dos tarsos antes pectíneas que lisas. Por confronto de tipos, não temos mais dúvida de que Parampheres nigrinarnus Mello-Leitão, 1933, descrita em Caelopyginae, é também sinônima de Pertyana ronae. Como vimos, Pertyana ronae havia si- do descrita originalmente em Gonylepti- nae e, após, duas vezes em Caelopyginae, c o m o s n o m e s d e Parampheres n igr imanus Mel lo -Le i t ão , 1933 e Pararnpheres bimaculatus Roewer, 1943. Ainda foi descrita em Pachylinae uma es- pécie, Cezarella bimaculara Mello-Leitão, 1932, tão afim que não poderá deixar de pertencer ao mesmo gênero. Assim, são sinônimos Cezarella, Pertyana e Parampheres, prevalecendo este último, removido agora para Gony- leptinae. Eis a sua descrição em novo con- ceito: Escudo dorsal com 4 sulcos c o m ~ l e - tos e 1 quinto sulco incompleto, área I 1 1 muito longa, garras dos tarsos 111 e IV pectíneas, rudimentarmente pectíneas ou lisas, artículos tarsais 6(3), 10(3), 7, 8, os basitarsos I d o macho com artículos pou- co mais espessos que os seguintes. Cômo- ro ocular dorsal, com 2 elevações rombas ou pontiagudas. Areas I e I 1 d o escudo dorsal com 2 pequeninas elevações media- nas ou inermes, 111 com 2 elevayòes me- dianas, IV e tergitos livies com pequena elevação mediana ou inermes. Opérculo anal inerme. Palpos pouco mais longos que o corpo, de fêmures inermes. Pernas SOARES, H . E . M . & SOARES, B . A . M . - Opera opiliologica varra. XXII . (Opiliones: Conyleptidae). Naluralia, São Paulo, 10:157-200, 1985. longas e esbeltas, as posteriores no macho com dentes e espinhos. Espécies geral- mente um tanto claras e com duas man- chas claras no cefalotórax, semelhantes no colorido as Caelopyginae. O mais sério problema na Sistemática dos Gonyleptidae S o que diz respeito a questão genérica. Ainda não temos ele- mentos para dar solução definitiva ao as- sunto, a não ser procurar, através de revi- sões das espécies (pela comparação e estu- do de tipos) e d o exame de séries de exem- plares da mesma espécie, eliminar aos poucos e cautelosamente, o que há de er- rado no conceito roeweriano de gêneros. Para Roewer, gêneros seriam grupos dis- tintos formados por toda combinação possivel entre o tipo de armadura do cô- moro ocular, das áreas d o escudo dorsal, dos tergitos livres e d o opérculo anal, o número de artículos tarsais e a presença ou ausência de espinho apical interno nos fêmures dos palpos. As combinações de tais caracteres nem sempre existem na na- tureza e o seu uso tem levado a número excessivo de gêneros com a agravante de que as armaduras d o cômoro ocular, e particularmente d o limbo posterior e dos tergitos livres, são milito variáveis dentro da própria espécie. A remoção de Parampheres para Gonyleptinae torna difícil separá-lo de Metagonyleptes Roewer, 19 13, cuja espécie-tipo, por designação original d o s e u a u t o r ( 1 9 1 3 : 2 0 7 , 2 0 8 ) , é Mefagonylepfes carinatus (Soerensen, 1884), que o próprio Roewer não conhe- cia e por isto se baseou na descriqão, mi- nuciosa, mas sem ilustrações, de Soeren- sen. Parece-nos, no entanto, que as espé cies de Parampheres constituem um agru- pamento natural, diferente dos verdadei- ros Metagonyleptes face a o seguinte:'a - presença de vestígio de um quinto sulco no escudo dorsal, o que torna a área I11 mais longa; b - as garras dos tarsos I11 e IV são inermes em alguns exemplares e com pequeninos dentes em outros, todos coespecíficos; c - o colorido geral é mais claro, tendente a o tipo das Caelopyginae, quase sempre com mancha clara de um la- d o e de out ro d o cefalotórax; d - as per- nas posteriores são longas e esbeltas. Parampheres ronae (Mello-Leitão, 1927), comb. n. (Figs. 1, 2,) Pertyana ronae Mello-Leitão, 1927: 18; Soares & Soares, 1949b:208. Pa rampheres n igr imacula tus Mello- Leitão, 1933:147, Fig. 17; Soares & Soa- res, 1948: 578. Syn. n. P a r a m p h e r e s b imacu la tus Roewer , 1943:56, pl. 7 (Fig. 67). Svn. n. Arleius bimaculatus; Soares, 1945b:232. Ilhaia bimacu1ata;Soares & Soares, 1949b: 186. Ilhaia ringueleti Capocasale, 1973: 441, Figs. 1,5. Syn. n. Material. BRASIL. Rio Grande d o Sul: 1 fêmea, n.' 28.144, holótipo de Parampheres nigrrmanus (MNRJ) ; Ca- ' xias, 3 machos e 4 fêmeas, n." 1.385, tipos de Pertyana ronae, 1 macho, ora designa- d o lectótipo, os demais exemplares, para lectótipos (MNRJ); Colônia, 1 fêmea, n." 7 1, holótipo de Penygorna brmaculata (IB); Jaguarão, 1 macho e I fêmea (MNRJ); Pelotas, 1 macho e 1 fêmea, n.' 726 (HS); Por to Alegre, Vila Oliva, 1 ma- cho (MNRJ); São Francisco de Paula, 1 macho e 2 fêmeas, n." 58.059, Penygorna guasca, in schedula (MNRJ) ; Sobradinho, 4 machos e 5 fêmeas, Eopachylus brmacu- latus, in schedula (MNRJ) . Santa Catarina: Nova Teutônia, 300-500 m, 13 machos e 11 fêmeas (HS). O holótipo de P. nlgrrmanus corres- ponde a descrição e figura originais, mas é fêmea e não macho, como consta. Os fê- mures dos palpos são antes inermes que armados, existe apenas rudimento de espi- nho apical interno. Artículos tarsais: 6, -, 7, 8. Cômoro ocular alto, com 2 altas elevações pontiagudas. Areas I a 111 com SOARES, H .E .M. & SOARES, B . A . M . - Opera opiliologica varia. X X I I . (Opiliones: Gonyleptidae) Naturalia, São Paulo, 10:157-200, 1985. 2 baixas elevações arredondadas, IV e ter- gitos livres com forte elevações pontiagu- da, a da área IV maior. baixas elevações arredondadas, IV e tergi- tos livres com forte elevação pontiaguda, a da área IV maior. Os tipos de Pertyana ronnae. Lectóti-po macho: artículos tarsais 6, 10, 7, 8, garras dos tarsos 111 e IV rudimentarmen- te pectíneas, fêmures dos palpos inermes, cômoro ocular alto, com 2 elevações pon- tiagudas, apenas pouco maiores que os demais grânulos, área IV com grossa ele- vação arredondada, tergitos livres I a I11 com pequenina elevação mediana. 4 fê- meas: 2 altas elevações pontiagudas no cômoro ocular, 1 elevação mediana pon- tiaguda nos tergitos livres, garras dos tar- maior, igual a dos tergitos. Apófise apical externa das ancas IV sem ramo inferior, caráter este que poderia, sem melhor co- nhecimento, levar o observador a engano; a partir d o exame dos tipos de Pertyana ronnae, acima citados, notamos que os machos, de acordo com o tamanho, apre- sentavam variações nessa apófise, o ramo inferior maior nos exemplares menores e progressivamente menor nos indivíduos progressivamente maiores, de modo que a ausência de ramo inferior em espécirne bastante grande poderia ser esperada. Exemplares de São Francisco de Pau- Ia. l macho e 2 fêmeas: garras dos tarsos 111 e 1V rudimentarmente pectíneas, fê- mures dos palpos inermes, tarsos de 6, 10, 8, 9 artículos. 1 macho: cômoro oculai al- sos 111 e IV com finos dentes, artículos to, com 2 altas elevações pontiagudas, tarsais 6, 9/10, 7, 8. 1 macho: pequena área IV e tergitos livres com baixo tubér- elevação mediana nos tergitos livres e na culo mediano arredondado. 2 fêmeas: cô- área IV, garras dos tarsos I11 e IV moro ocular com 2 baixas elevações arre- pectíneas. 1 macho: área IV e tergitos li- dondadas, área 1-111 e 1V (adiante) com 2 vres 1 e I1 com pequena elevação mediana, baixas elevações arredondadas, tergitos li- tergito livre 111 com 1 grânulo mediano. I vres com elevação mediana pontiaguda. macho: tergitos livres com I grânulo me- Exemplares de Sobradinho. Machos e diano muito pouco maior que os demais, fêmeas: artículos tarsais 6, 9/1 1, 7, 8, tar- de modo que, se o espécime fosse tomado isoladamente, poderiam os tergitos ter si- do considerados inermes. A genitália de um dos machos deste lote foi retirada pa- ra preparação. O holótipo de Penygorna brmaculata é uma fêmea. Artículos tarsais 6, - , 7, 8. Cômoro ocular com 2 elevações pontiagu- das. Garras dos tarsos 111 e IV rudimen- tarmente pectíneas. O macho e a fêmea de Jaguarão têm as garras dos tarsos I11 e IV lisas. Um macho coligido em Porto Alegre, Vila Oliva, é exemplar muito grande. Artículos tarsais 6, 11, 8, 9. Cômoro ocu- lar com 2 elevações arredondadas no ápi- ce. Garras dos tarsos 111 e IV lisas. Fêmu- res dos palpos inermes. Areas I e I11 com 2 baixas elevações, as da área 111 maiores, área IV adiante com 2 elevações muito baixas e pequenas, atrás com 1 elevação sos 111 e IV de garras pectíneas, fêniures dos palpos inermes, cômoro ocular alto, com 2 elevações pontiagudas, áreas 1-111 com 2 baixas elevações arredondadas. Machos: área 1V adiante com 1 par de baixas elevações arredondadas e atrás com nítida elevação mediana pontiaguda, tergitos livres com pequena elevação me- diana pontiaguda. Fêmeas: área IV adian- te com I par de baixas elevações arredon- dadas, atrás com elevação mediana pon- tiaguda, tergitos livres com elevação me- diana pontiaguda. Em ambos os sexos há indivíduos totgilmente enegrecidos e ou- tros mais claros, mas todos com inancha clara de iim lado e de outro d o cefalotórax e com as ancas dos palpos amarelo-claras. Parampheres birriacula/us (Mello- Leitão, 1932), comb. n. (Figs. 3-6) Cezarella bimaculata Mello-Leitão, 1932: 214, 376; Soares & Soares, 1954: 243. SOARES, H.E.M. & SOARES, B .A .M. - Opera opiliologica varia. XXII . (Opiliones: Gonyleptidae). " Naturalia, São Paulo , 10:157-200, 1985. Parampheres ronae (Mello-Leitão, 1927), comb. n . , macho, paralectótipo, I , pênis, vista dorsal; 2, pênis, vista lateral. Parampheres bimaculatus(Me1lo-Leitão, 1932), comb. n . : 3 , macho, vista dorsal; 4, macho, palpo direito; 5, macho, anca, trocânter e fêmur I V direitos, vista dorsal; 6, fêmea, vista dorsal. Parampheres lucidus(Mel10-Leitão, 1940), comb . n.: 7, pênis, vista dorsal; 8 , pênis, vista lateral. ' SOARES, H .E .M. & SOARES, B.A.M. - Opera opilrologica varia. XXII . (Opilioiies: Gonyleptidae). Naturalia, São Paulo , 10:157-200, 1985. Sodreana sodreana Mello-Leilão, 1922: 9, macho, holótipo, pênis, vi,la dorsal; 10. pênis, glantle aumeiita- da , vista dorsal; I I , pênis, vista lateral; 12, pênis, glande aumentada. vista lateral. Gerria hulschbachiSoares & Soarer, 1946: 13, macho, holbtipo, pênis, vista d o r ~ a l ; 14, pênis, glaiidc auilien- tada, vista dorsal; 15, pêiiis, vista lateral; 16, pênis, glande aumentada. vista lateral. SOARES, H . E . M . & SOARES. B . A . M . - Opera opilioíogrca varia. XXII . (Opiliones: Gonyleptidae). Natiiralia, São Paulo , 10:157-200, 1985. Progonylep~c~rdellur androgynur P u a , 1940 17, macho, vista dorra l , 18, macho, cômoro ocular, vi5ia fron tal, 19, macho, apofiscs dorrais, rub basai\. d o fêmur IV, vista lateral intcrria, 20, fêniea, virta do r sal, 21. fêniea, cômoro ocular, vi\ta frontal, 22. fêmea, e \pinho\ d a area IV, vista lateral, 23, fêmea, holotipo, fêmur IV esquerdo, vi\la dorsal, 24, macho, tdrso I esquerdo, 25. macho, quelicera erquer d a , 26, maclio, palpo e \querdo, 27, macho, pêiiir, vista dorra l , 28, niacho, pênis, viqia lateral .i SOARES, H .E .M. & SOARES, B.A.M. - Opera opiliologica varra. XXII . (Opilioiies: Coiiyleptidae). Naturalia, São Paulo , 10:157- 200, 1985. Laneius/uscopiclusSoares, 1942: 29, pará t ipo maclio, vista dorsal; 30, riiacho, palpo direito; 31, iiiaclio, i'?- rnur IV esquerdo; 32, fêmea, holótipo, victa dorsal; 3 3 , fêmea, fêniiir IV esquerdo; 34. pêiiib. vi\iii dorsal; 35, pênis, vista lateral. D SOARES, H . E . M . & SOARES, B .A .M. - Opera oprliologica varia. XXII . (Opiliones: Gonyleptidae). Naturalia, São Paulo , 10:157-200, 1985. Gonyleptoides acan(hosce1is (Bertkau, 1880): 36, macho, vista dorsal; 37, macho, cômoro ocular, vista pos- terior; 38, macho, espinhos d a área IV, vista lateral externa; 39, macho, apófise apical externa d a an - ca IV, vista lateral externa; 40, pênis, vista dorsal; 41, pênis, vista lateral. Gonyleproides curvrfemur Soares, 1944: 42, macho, holótipo, vista dorsal; 43, macho, fêmur 1V esquerdo; victa dorsal; 44 e 45, apófises dorsais d o fèmur IV esquerdo, vista lateral externa; 46, macho, cômoro ocular, vista frontal; 47, macho, tubérculos d a área 111, vista f ronta l ; 48, macho, apófise apical exter- na d a anca IV esquerda, vista lateral externa; 49, macho, palpo; 50, fêmea, perna IV (anca, trocânter e fêmur esquerdos), vista dorsal; 51, fêmea, tubérculos da área 111, vista frontal; 52, pênis, vista dor- sal; 53, pênis, vista lateral. SOARES, H.E.M. & SOARES, B.A.M. - Opera opiliologica varia. XXII . (Opiliones: Gonyleplidae). Naturalia, São Paulo, 10: 157-200, 1985. Gonyleploides marumbiensisSoares, 1945: 54, macho, pênis, vista dorsal; 55, pênis, glande aumenlada, vis- ta dorsal; 56, pênis, visla lateral. Moreiranula moreirae(Mel10-Leitão, 1922): 57, macho, vista dorsal; 58, macho, cômoro ocular, vitla porle- rior; 59, macho, tubérculos das áreas I 1 e 111, vista posterior; 60, macho, palpo esquerdo, vista retro- lateral; 61, fêmea, perna 1V esquerda (anca, trocânter e fêmur), visia dorsal; 62, fêmca, còmoro o c ~ i - lar; 63, pênis, vista dorsal; 64, pênis, vista latcral; SOARES, H.E.M. & SOARES, B.A.M. - Opera oprltolog~ca varra XXII. (Opiliones: Gonyleptidae). Naturalia, São Paulo, 10:157-200, 1985. 65, pênis, glande aumentada, vista dorso-lateral. Moreiranulu mamilla/a(Soares, 1944). comb. n.: 66, macho, pênis, vista dorsal; 67, pênis, vista lateral; 68, pênis, glande aumentada, vista lateral. Heliella singularisSoares,1945: 69, macho, holótipo, pênis, vista dorsal; 70, pênis, glande aumentpda, vista dorsal: 7 1 , pênis, vista lateral; 72, pênis, glande aumentada, vista lateral. SOARES, H . E . M . & SOARES, B .A .M. - Opera opiliologica varia. XXII . (Opiliones: Gonyleptidae). Naturalia, São Paulo , 10:157-200, 1985. I Cadeadoius niger(Mello-Leitão, 1935): 7 3 , pênis, vista dorsal; 7 4 . pênis. glande auiiientada, vista dorsal; 7 5 , pênis, vista lateral; 7 6 , pênis, glande aumentada, vista lateral. Iguapeia melnnocephala Mello-Leitão, 1935: 7 7 , pênis, vista dorsal; 78, pênis, glaiide aiiiiieiitada, vista dor- I sal; 49, pênis, vista lateral; 80, pênis, glande aumeiitada. vista lateral. SOARES, H . E . M . 81 SOARES, B .A .M. - Opera opiliologrca varra. X X I I . (Opiliones: Gonyleptidae) Naiuralia, São Paulo , lO:157-200, 1985. Srygnobates barbiellinii Mello-Leitão, 1927: 81, macho, vista dorsal; 82, macho, palpo; 83, pênis, vista do r - sal; 84, pênis, glande aumentada, vista dorsal; 85, pênis, vista lateral; 86, pênis, glande aunieiitada, vista lateral. Siygnobaies inscriptu.r(Mello-Leitão, 1939), cornb. n . : 87, pênis, vista dorsal; 88, pênis, vista lateral. C e a r i n u ~ corniger bimaculafus; Ringue- let, 1955: 288, Fig. 1; Ringuelet, 1963: 42. Ilhaia bimaculata; Capocasale , 1973: 439. Material. BR-ASIL. Rio G r a n d e d o Sul: Pedras Altas, 1 fêmea, holót ipo d e Cezarella bimaculata ( M N R J ) ; Pelotas, norte d o km 167, BR--116, en t rada para Jaguarão , I m a c h o e 1 fêmea, n." 726 (HS) . O t ipo d e Cezarella birnaculata, 1 fê- mea, tem c ô m o r o ocular a l to , c o m 2 pe- quenas elevações. A s garras d o s tarsos 111 e IV, embora lisas, exibem aspecto o n d u - lado. Área IV com baixa elevação media- na pont iaguda. Tergitos livres inermes. Escudo dorsal pouco granuloso. P. r o n n a e e P. bitrzaculafus são espé- cies afins. SOARES, H.E.M. & SOARES, B.A.M. - Opera opiliologica varia. X X I I . (Opiliones: Gonyleptidae). Nuli iral ia, São Paulo. 10:175-200, 1985. Parampheres lucidus (Mello-Leitão, 1940), comb. n. (Figs. 7 e 8) Penygorna lucida Mello-Leitão, 1940: 22. Fig. 24. Arlerus lucidus; Soares, 1944c: 177. Ilhara lucida; Soares & Soares, 1949b; 187. Material. BRASIL. Rio Grande do Sul: Sao Francisco de Paula, 960 m, 21 machos e41 fêmeas (MNRJ) . , Não encontramos os tipos, que, se- gundo o autor, teriam como holótipo um macho, n." 56.301, d o Rio Grande d o Sul, Porto Alegre (MNRJ) . Na descrição original há referência a fêmea apenas em termos de comparação. Conseguimos determinar a espécie face a figura que acompanha a descri- ção, que, embora realce alguns caracteres distintivos, é omissa ou não corresponde a realidade em certos aspectos. As tíbias das pernas 111 d o macho são inconfundíveis, de forma bizarra, espessas e muito curvas, lembrando um arco de flecha, possuem forte espinho no ápice. As patelas IV têm I par de espinhos inferiores e as tíbias que se Ihes seguem são armadas de forte apó- fise espiniforme na porção mais basilar e de 2 fortes espinhos apicais. Note-se que na descrição original esse espinho basilar foi considerado como fazendo parte da patela. Outra minúcia interessante é o fa- to de a apófise basilar das tíbias 1V poder ser simples ou longa, com ou sem 2 grânu- los apicais, ou mais curta e bífida. Pararnpheres pect~nafus Roewer Parampheres pectinafus Roewer, 1913:345, Fig. 136; Roewer, 1923:534, Fig. 667; Mello-Leitão, 1923: 177, 194; Mello-Leitão, 1932:336, Fig. 248; Soares, 1945d:349; Soares & Soares, 1948:578; Ringuelet, 1953:162; Ringuelet, 1957:8, 17; Ringuelet, 1959:396, pl. 5 (Figs. 1, 2). Roewer, ao descrever, assinalou a es- pécie no Brasil: Santa Cruz; Rio de Janei- ro, Serra dos Orgãos; São Paulo. Poste- riormente registrou-a no Rio Grande do Sul (Taquara d o Novo Mundo), em Minas Gerais (São João d'El Rey) e na Bahia. Ringuelet a encontrou em várias localida- des d a Argentina. Pelos dados colhidos Darece muito co- mum no Brasil e na Argentina. Parampheres tibialis Roewer P a r a m p h e r e s t i b i a l i s R o e w e r , 1916:144, Fig. 37; Roewer, 1923:534, Fig. 668; Roewer, 193 1 : 136; Mello-Leitão, 1932:386, 387, Fig. 249; Soares & Soares, 1948:578. Roewer a assinala em São Paulo (San- tos), no Rio de Janeiro (Nova Friburgo) e no Rio Grande d o Sul. Parampheres parece gênero predomi- 'nante no Sul d o Brasil e países limítrofes, se bem que, entre estes últimos, só na Ar- gentina foi registrado. As sinonímias de gêneros e espécies que acabamos de estabelecer, envolvendo subfamílias de Gonyleptidae, levaram-nos a pesquisar caracteres que pudessem me- Ihor definir esses grupos, motivo por que dedicamos especial atenção a o número de artículos dos tarsos das pernas, a forma dos palpos, as garras dos tarsos 111 e 1V (lisas e pectineas), a presença ou ausência de escópula nos tarsos 111 e IV, as ancas IV com relação a o escudo dorsal e a geni- tália d o macho. Ao cogitar da caracterização das Gonyleptinae e das Caelopyginae, tome- mos as espécies arroladas por ROEWER (1923:463-508, 5 18-536; 1930:342-452; 193 1 : 126-146). Em Gonyleptinae assina- lou, retirando-se as que foram posterior- mente incluídas por MELLO-LEITÃO ( 1 935b: 109) em Goniosominae, 79 espé- cies, e, em Caelopyginae, 31. Daremos nos quadros seguintes as percentagens de espécies com determinados números de artículos tarsais de interesse no assunto a que nos propomos discutir. Ao cotejar as duas subfamílias, nota- mos, de início, que o número de artículos dos tarsos das pernas é, comparativamen- te, pequeno nas Gonyleptinae e grande nas Caelopyginae. SOARES, H E M & SOARES, B A M - Opera oprlrologrca varra XXII (Opiliones Gonyleptidae) Uaiuralia, São Paulo , 10 157-200, 1985 Gonyleptinae Caelopyginae N.Ode especies 7 9 Os quadros acima indicam que as Gonyleptinae possuem geralmente 6, as vezes 5, articulos nos tarsos I (93,6%), ra- ramente 7 (6,30701, e que os tarsos I11 ge- ralmente exibem 1 artículo a mais que os tarsos I, as vezes o mesmo número, (83,5%), rarissimamente mais de 2 (12,6%), ao passo que nas Caelopyginae, ao contrário, predominam espécies com mais de 6 artículos nos tarsos I (77,4%), as vezes com 6 e, apenas num caso, 5 (22,5%), e o número de articulos dos tar . sos 111 é, pelo menos, de 5 articulos a mais que os tarsos I (83,5070) (geralmente nos tarsos 111 há o dobro ou mais d o dobro de articulos que nos tarsos I), rarissimamen- te menos de 5 artículos de diferença entre esses dois tarsos. N.O d e articulas Tarsoa 111 com o Tarsos 1 1 1 com pelo dos tarsos l mesmo menos mais 2 articuloc n.' ou com 1 que os tarsos I articulo a mais nos tarsos I N O de especies 3 1 To No que tange a segmentação tarsal, a o 6 ou menos 74 93,6% confrontar Pertyana e Parampheres, con- cluímos que ROEWER (1913:345) não si- tuou bem o seu gênero em Caelopyginae, g r u p o c r i a d o p o r S O E R E N S E N (1884:580, 6181, que o chamou de "Coe- lopygoidae" para espécies de Laniatores com 4 sulcos no escudo dorsal e com os fêmures e patelas dos palpos retos, cilíndricos e completamente inermes. Diferenciou-os dos "Gonyleptoidae", atuais Gonyleptinae, por terem estas últi- mas os fêmures e patelas dos palpos com- primidos e levemente curvos. Não atri- buiu as garras dos tarsos I11 e I V , lisas ou pectíneas, nenhum valor para a separação desses dois grupos. Também não mencio- nou, para o mesmo fim, o número de artículos dos tarsos. Mas incluiu em Cae- lopyginae, agrupamento muito natural que acabava de fazer, apenas espécies cu- 7 + 2 5 66 1 O 6,3% 83 ,5% l2 ,6% N de articulas dos tarsos l + de 6 N.' de articules a mais n o i tdrsos l l l que no5 t a r io s l + 4 Pelo menos 2 a +5 a + + 5 24 6 1 77,4% 22,5% 6 1 a + 1 2 3 ,7% 5 26 2 83 ,8% 16,1% SOARES, H . E . M . & SOARES, B . A . M . - Opera Naturalia, São Pau lo , 10:157-200, 1985. opiliologica varia. X X I I . (Opiliones: Gonyleptidae). jos tarsos I11 e 1V possuiam pelo menos o dobro de artículos dos tarsos 1, a saber: Caelopygus laetabundus Soerensen, 1884 (artículos tarsais 8, cerca de 15, 16/18), (18/20) e Ampheres splnipes (Perty, 1833) (artículos tarsais 7, 16, 13/14, 15/16). Do pequeno esboço estatístico do nú- mero de artículos dos tarsos das pernas aas Gonyleptinae e das Caelopynae, po- demos concluir que esse número é aita- mente significativo para separá-las. Mas apenas até certo ponto consegui- mos diferenciar Caelopyginae de Gony- leptinae pela forma dos palpos, válida só nos casos extremos, muito bem descritos por SOERENSEN (1884:600, 618); há vá- rios tipos intermediários, o que torna o uso desse caráter inseguro e pouco preci- so. As referências que passaremos a fazer a maneira de como os especialistas vêm usando os palpos para separar grupos de Gonyleptidae virão esclarecer que, na maioria das vezes, utilizaram-se da forma desses apêndices como subsidiária. É su- mamente importante e válida a informa- ção de HENRIKSEN (1932:279), de que, num manuscrito de Soerensen, um dos motivos que invocou a favor da reunião dos "Coelopygidae" e "Gonyleptidae" foi o seguinte: "The chelate shape of the palps, characterizing the Coelopygids, in other families (Biantidae and Stygnidae) occurs in some genera but not in others, and cannot therefore be considered a fa- mily character". ROEWER (1913:9), em chave dicoto- mica para separar as subfamílias de Gonyleptidae, considera os palpos de Gony!eptinae, Mitobatinae e Caelopygi- nae do mesmo tipo: "Todos os segmentos dos palpos da mesma espessura, palpos tão longos ou apenas pouco mais longos que o corpo, no macho e na fêmea sempre iguais, e os fêmures sem séries látero- externas de denticulos ou grânulos". Di- ferenciou Gonyleptinae e Mitabatinae de Caelopyginae por terem estas últimas "duas garras pectíneas nos tarsos 111 e IV". Ao tratar de Gonyleptinae (p. 167) disse o seguinte: "Palpos robustos, mais curtos ou apenas pouco mais longos que o corpo, todos os artículos da mesma espes- sura e iguais em ambos os sexos". Assim os descreveu para as Caelopyginae (p. 306): "Palpos tão longos ou pouco mais longos que o corpo, fêmures geralmente esbeltos e inermes (raramente armados)". ROEWER (1923:394) repetiu a chave dicotômica de 19 13. Descreveu (p. 5 18) os palpos de Caelopyginae como "tão lon- gos ou pouco mais longos que o corpo; fê- mures muito esbeltos e ventralmente em geral inermes; patelas clavadas e iner- mes", e os de Gonyleptinae (p. 463) como "robustos, iguais no macho e na fêmea, todos os artículos da mesma espessura; fê- mures cilíndricos, sem fila lateral longitu- dinal de pequeninos grânulos, geralmente levemente curvos". MELLO-LEITÃO (1932: 102) apre- sentou chave dicotômica para subfâmílias de Gonyleptidae e, sem falar em palpos, separou assim as duas subfamílias: "u- nhas dos tarsos 111 e IV lisas - Gonylepti- nas; unhas dos tarsos 111 e 1V pectíneas - Caelopyginas". Na mesma monografia (p. 231 e 355) tratou dos palpos desses grupos: Gonyleptinae com "Palpos ro- bustos, menores ou pouco mais longos que o corpo; todos os segmentos de igual espessura" e Caelopyginae com "Palpos iguais ou pouco maiores que o corpo". ROEWER (1943: 15) descreveu os pal- pos de Gonyleptinae e de Caelopyginae como "de comprimento normal e mais es- pessos que os fêmures 1". Distinguiu-as apenas pelas garras dos ta. sos 111 e IV , li- sas em Gonyleptinae e denteadas em Cae- lopyginae. SOARES & SOARES (1948:564) repe- tiram o que disse Mello-Leitão em 1932 sobre os palpos de Caelopyginae e se refe- riram ( 1 949b: 154) as Gonyleptinae como tendo "todos os segmentos dos palpos de igual espessura". SOARES, H .E .M. & SOARES, B.A.M. - Opera opiliologica varia. XXII . (Opiliones: Gonyleptidae). ' Uaiuralia, São Paulo , 10:157-200, 1985. Como vemos, diante d o exposto, os autores associaram dois caracteres para distinguir Caelopyginae de Gonyleptinae, palpos e garras dos tarsos 111 e IV, e as descrições que fizeram dos palpos são de pouca valia para essa distinção, a não ser em casos extremos, como os usou Soeren- sen. MELLO-LEITÃO (1949) assim abor- dou os palpos de Caelopyginae; a p. 4 "Prefiro, por isso, conservar em Caelopy- ginae os gêneros de unhas lisas, mas com palpos, colorido aspecto geral e ecologia de Caelopyginae"; a p. 11 "Os palpos po- dem ter fêmur robusto e curto, muito mais robusto que o fêmur dos três primei- ros pares de patas; ou ser muito delgados, muito mais delgados que a tíbia e o tarso; e a patela, em vez de ser giniculada, apresenta-se direita, dilatando-se para o ápice (como em Stygnidae). A meu ver, é este o melhor caráter para separar Cae- lopyginae e Gonyleptinae" e a p. 13 "Fê- mures dos palpos delgados, semelhantes aos fêmures anteriores e muito mais fra- cos que os dois segmentos distais". O au- tor insistiu, pois, r,a morfologia dos pal- pos como fornecedora de caracteres que bem definem as Caelopyginae, mas não lhe deu esse ênfase em trabalhos anterio- res. Antes de opinarmos sobre este assunto em particular, examinemos um caráter que se lhe acha estreitamente ligado: as garras dos tarsos 111 e IV. Na distinção entre Caelopyginae e Gonyleptinae, MELLO-LEITÃO (1949) assim se pronunciou: a p. 4 "A simples presença ou ausência de unhas denteadas nos tarsos 111 e IV não devem servir para levar um gênero de uma para outra sub- família, se os demais caracteres não justi- ficam essa transferência" e a p. 1 1 "As unhas dos tarsos 111 e IV podem ser lisas ou denteadas. Parece-me, todavia, que se exagerou o valor de tal caráter, conforme ponderei acima". Tanto quanto podemos julgar, das es- pécies que Mello-Leitão se referiu como pertencentes a "gêneros de unhas lisas, mas com palpos, aspecto geral e ecologia de Caelopyginae", nenhuma era conheci- da até 1949 nessas condições, pois não ha- viam sido feitos estudos com tal enfoque. Ao rever espécies descritas em Cae- lopyg inae , e n c o n t r a m o s S o d r e a n a sodreana Mello-Leitão, 1922, tipo de Sodreana Mello-Leitão, 1922, de garras dos tarsos I11 e IV absolutamente lisas, mas com palpos pelo menos duas vezes mais longo que o corpo e de fêmures e pa- telas cilíndricas, muito longos e inermes, e com segmentação tarsal comparitivamen- te pequena, os tarsos I11 com apenas 1 segmento a mais que os tarsos I. Para ela e outras, de outros gêneros, que giram em torno de Sodreana, postas indiscrimina- damente em Caelopyginae, Gonyleptinae e Stygnicranainae, proporemos adiante nova subfamília. Apesar de não haver justiticativa para a permanência de Sodreana em Caelopy- ginae, MELLO-LEITÃO (op. cit.: 4, I 1) abordou com muita propriedade o valor taxionômico das garras dos tarsos I11 e IV (lisas c u denteadas) nos Conyleptidae. RINGUELET (1959:182) chamou a atenção para a debilidade dos caracteres tirados das garras dos tarsos I11 e 1V na sistemática dos Cosmetidae, assim dizen- do: "Las unas tarsales tienen en ocasiones 10s dientes tan minúsculos que se puede dudar entre 'liso' y 'denteado'." Acrescentamos que vimos a mesma coisa em espécies de Parampheres (Gony- leptidae). Chegamos a examinar exempla- res coespecíficos, da mesma procedência, exibindo garras dos tarsos 111 e IV dentea- das, rudimentarmente denteadas e lisas. Não obstante, garras denteadas ocorrem quase sempre em todas as Caelopyginae, e lisas, na grande maioria das Gonylepti- nae. Dos caracteres até aqui analisados pa- ra separar as subfarnílias Gonyleptinae e SOARES, H.E.M. & SOARES, B.A.M. - Opera Naturalia, São Paulo, 10:157-200, 1985. Caelopyginae, concluímosque a segmen- tação dos tarsos das pernas é caráter pri- mordial e bastante significativo, mas não há dúvida que existem outros caracteres que devem ser levados em conta, como as garras dos tarsos 111 e IV (lisas ou pectíneas), 2 fisionomia, o colorido e a própria ecologia. Já observapos que a forma dos pal- pos, tão longos quanto ou pouco mais longos que o corpo, é caráter apenas até certo ponto utilizável na distinção entre Gonyleptinae e Caelopyginae. Mas palpos 'pelo menos duas vezes mais longos que o corpo, de fêmures e patelas cilíndricas, muito longos e inermes, encontrados em Sodreana, não correspondem a ne- nhum desses dois grupos, não obstante es- se gênero, descrito em Caelopyginae, esti- vesse em Gonyleptinae (SOARES & SOA- RES, 1949b:212). Apliquemos agora o resultado de nos- sos estudos sobre o número de artículos dos tarsos das pernas ás Caelopyginae ar- r o l a d a s p o r R o e w e r a t é 1 9 3 1 . Parampheres pectinatus Roewer, 191 3 (artículos tarsais 5, 10, 7, 8) e Pararnpheres tibialis Roewer, 19 16 (artículos tarsais 6, 11, 7, 8) são Gonylep- tinae, como já discutimos a t rás . Metampheres albimarginatus Roewer, 1913 (artículos tarsais 6, 14, 8, 9) ficará em Caelopyginae, mesmo com o número de artículos dos tarsos um tanto atenua- do, face as garras dos tarsos 111 e IV pectíneas, a forma dos palpos e a o colori- do claro. Calampheres boliviensis Roe- wer, 1931 (artículos tarsais 6, 11, 8, 9) de- verá passar para Gonyleptinae, não só pe- la segmentação dos tarsos das pernas co- mo pela distribuição geográfica, haja vis- ta que as Caelopyginae até agora conheci- das são d o Brasil, especialmente d o sul e da Argentina; é pouco provável que se es- tendam até a Bolívia. Sphaerobunus rhinoceros Roewer, 1916 (artículos tarsais 5, 11, 7 , 8) não pode ficar em Caelopygi- opiliologica varia. XXII. (Opiliones: Gonyleptidae) nae; dois fortes caracteres dela o afastam: segmentação dos tarsos das pernas e tipo especial de palpos, iguais aos de Sodreana. No que toca aos tarsos 111 e IV, esco- pulados ou não, lembremos que ROE- WER (1913; 1923; 1943) separa sub- famílias de Gonyleptidae pela presença ou ausência de escópulas nesses tarsos, crité- rio aceito com reservas por MELLO- LEITÃO (1949:5, 11) e criticado por HENRIKSEN (1932:280). Tanto quanto podemos julgar, a figura de CAPOCA- SALE (1973, Fig. 5e) é de uma escópula, se bem que não corresponda a o conceito que Roewer tinha dessa estrutura, sempre muito densa e longa, como a que repre- sentou para Manaosbia scopulata Roe- wer, 1943 (pl. 17, Fig. 66b). Além disso, ainda não foram assinaladas no sul d o Brasil espécies providas deste último tipo de escópula. Entretanto, temos observa- do, em subfamílias tidas como destituídas de escópula, espécies que a exibem um tanto desenvolvida, particularmente em Caelopyginae, &mo a que assinalou PI- ZA (1940b) e a que figurou CAPOCASA- LE (1973, Fig. Se). Note-se que Soerensen deixou escrito, em suas notas póstumas, o que HENRIKSEN (1932:279) transcreveu nos seguintes termos: "In his posthmous notes on the group he admits 3 families viz. Hernandariidae, Stygnidae and Gonyleptidae, as he includes the Coelopy- gidae in Gonyleptidae, and now (in con- tradistinction to his former view - 1884 p. 580) considers Stygnidae to be a well outlined family". "The other families are separated according to the presence or ab- sence of a scopula (present in Stygnidae, absent in Gonyleptidae)". No estágio atual de nossos conhecimentos, parece- nos que a escópula apenas quando bem desenvolvida tem sido tomada para sepa- rar subfamílias, mas é assunto ainda em aberto que está a exigir estudo minucioso e preciso. É de notar-se que Soerensen, com a sua incontestável autoridade, não SOARES, H.E .M. & SOARES, B . A . M . - Opera Naturalia, São Paulo, 10:157-200, 1985. opiliologica varia. X X I I . (Opiliones: Gonyleptidae). teve em mãos a representação desejável de todos os grupos. Caráter a que tem sido atribuído valor muito grande para separar grupos de sub- famílias de Gonyleptidae é o fornecido pelas ancas IV com relação a o escudo dor- sal, quando o animal é visto por cima, com dois dilemas: a) ancas IV excedendo o escudo dorsal em toda a sua extensão; b) ancas IV excedendo o escudo dorsal apenas pelo seu bordo apical externo, de modo que o contorno d o corpo é mais ou menos ovalar. Se bèm que os especialistas tenham atribuído grande valor a o caráter que aca- bamos de citar, são um tanto frequentes animais que, vistos pelo dorso, exibem fi- sionomia toda particular, intermediária entre a forma ovalar, em que o abdômen é muito pouco mais longo que o cefalotó- rax, e o aspecto oposto, em que o abdô- men é muito mais largo que o cefalotórax, sendo as ancas IV vistas em toda a sua ex- tensão. É mister que nos reportemos a ROE- WER (1913:3) que, a o propor o caráter para separar subfamílias, julgou necessá- ria, em certos casos, a procura de outros caracteres que justifiquem a colocação num desses grandes grupos, assim se ex- pressando: "naturlich kommen hier auch noch andere Merkmale hinzu". As genitalias dos machos (pênis) for- necem bons caracteres específicos, mas se mostram um tanto uniformes, de modo que nem sempre exibem caracteres que pudessem ser utilizados na separação de gêneros. Estudos mais aprofundados das genitálias das espécies de Gonyleptidae ainda se acham por fazer, conforme suge- riu RINGUELET (1959: 185). Face a o que se expôs, temos elementos para redescrever, com novos conceitos, Gonyleptinae e Caelopyginae, e a descre- ver duas novas subfamílias de Gonylepti- dae. GONY LEPTINAE Sundevall Ancas IV (quando o animal é visto por cima) excedendo o escudo dorsal em toda a sua extensão. Escudo dorsal com 4 sul-- cos transversos, excepcional e raramente com um sulco incompleto ou completo e vestigial (linha) entre as áreas I11 e IV, ca- so em que a área 111 é mais longa. Palpos tão longos quanto o corpo ou pouco mais longos, os fêmures e as patelas em geral comprimidos e levemente curvos, os fê- mures com espinho apical interno ou iner- mes. Tarsos 111 e IV com pseudoníquio, com 2 garras lisas (excepcional e rarissi- mamente um tanto pectíneas), sem esco- pula ou com escópula rudimentar. Porcão terminal dos tarsos I e 11 de 3 artículos. Tarsos das pernas com número pequeno de artículos. se c o m ~ a r a d o s com os das ~ae lopyg ináe , os tarios 1 com 6 segmen- tos (rarissimamente com 7), os tarsos I11 com o mesmo número ou com 1, rarissi- mamente 2, segmentos a mais que os tar- sos I. Espécies em geral de colorido casta- nho, claro 'ou escuro, excepcionalmente com manchas ornamentais claras e bem definidas. CAELOPYGINAE Soerensen Ancas IV (quando o animal é visto por cima) excedendo o escudo abdominal dor- sal em toda a sua extensão. Escudo dorsal com 4 sulcos transversais. Palpos tão lon- gos quanto o corpo ou pouco mais lon- gos, os fêmures e as patelas em geral re- tos, cilíndricos e inermes, por vezes os fê- mures com espinho apical interno. Tarsos 111 e IV com pseudoniquio, com 2 garras pectineas (rarissimamente lisas), sem es- cópula ou com escópula rudimentar (ge- ralmente mais desenvolvida que nas Gonyleptinae). Porção terminal dos tar- sos I de 3 artículos, dos tarsos I 1 de 4 (ex- cepcionalmente de 3). Tarsos das pernas com número grande de artículos, se com- parados com os das Gonyleptinae, os tar- sos 111 com pelo menos 5 artículos a mais que os tarsos I (geralmente com cerca do dobro). Espécies de colorido claro, predo- minando o amarelo, com ou sem manchas ornamentais brancas. SOARES, H .E .M. & SOARES, B.A.M. - Opera opiliologica varia. XXII. (Opiliones: Gonyleptidae) Naturalia, São Paulo, 10: 157-200, 1985. SODREANINAE, subfam. n . Ancas IV (quando o animal é visto por cima) excedendo o escudo dorsal em toda a sua extensão.Escudo dorsal com 4 sul- cos transversais. Queliceras normais nos dois sexos. Palpos pelo menos 2 vezes mais longos que o corpo, de fêmures e pa- telas cilíndricos, muito longos e inermes. Tarsos I11 e IV com pseudoníquio, 2 gar- ras lisas e sem escópula. Tarsos das pernas com pequeno número de artículos, como em Gonyleptinae, os tarsos I com 5 ou 6 artículos, 111 com apenas um artículo a mais que os tarsos I. Distitarsos I e I1 de 3 artículos. Pernas IV d o macho um tanto armadas. Gênero-tipo: Sodreana Mello-Leitão, 1922. Passarão para esta subfamília também os gêneros Zortalia Mello-Leitão, 1936, Gertia Soares & Soares, 1946 e Sphaerobunus Roewer, 191 h . Sodreana Mello-Leitão Sodreana Méllo-Leitão, 1922:347; Mello- Leitão, 1923: 175; Roewer, 1931:136; Mello-Leitão, 1932: 355, 360; Soares, 1943: 12: Soares & Soares. 1949b:212. Em Theliospelta as áreas I e I1 d o es- cudo dorsal foram consideradas inermes, e, em Sodreana, armadas de 2 tubérculos, que, em alguns exemplares, são d o tama- nho dos demais grânulos dessas áreas. Theliospelta foi descrito em Gonylep- tinae, Sodreana o foi em Caelopyginae e posteriormente levado por SOARES (1943:12) para Gonyleptinae, onde o mant iveram S O A R E S & S O A R E S (1949b3212). Sodreana sodreana Mello-Leitão (Figs. 9-12) Sodreana sodreana M e l l o - L e i t ã o , 1922:348; Mello-Leitão, 1923.176, Fig. 134; Roewer, 1931:137, Fig. 14; Mello- Leitão, 1932:360, Fig. 225; Soares, 1943:12, Figs. 1, 2; Soares & Soares, 1949b:212. Theliospelta granulata Mello-Leitão, 1937:283, Fig. 5; Soares & Soares, 1949b:214. Syn. n . Por comparação de tipos, concluimos que T. granulata é sinônimo de S. sodreana. Tratando-se de gêneros mo- notipicos, Theliospelta passa a sinônimo Thel~ospelta Mello-Leitão, 1937:282; Soa- de Sodreana. res & Soares, 1949b3214. Syn. n. O calcâneo dos metatarsos de todas as Espécie-tipo: Sodreana sodreana Pernas é curtissimo. Mello-Leitão, 1922, por designação o .igi- Seguem-se as medidas, em mm, do ho- nal. lótipo macho e de uma fêmea. Macho. Comprimento d o corpo 6,75 e 7,50. Cefalotórax: largura 4,OO; compri- mento 3,OO. Largura d o abdomên 7,OO. Perna\ tr te pa t i rnt t total I I 1 ,O0 4,25 1,50 3,OO I 5,OO 2,OO 16,75 I I 1,2O 8,OO I ,80 6,75 I I 8,50 5,OO 3 1,25 I11 1,4O 6,40 2,OO 4,50 6,90 3,50 24,70 IV 1,55 8,OO 2,50 6,OO I v' 1 1 ,O0 4,75 33,80 1 Palpo 1,25 5,00 3,OO 2,40 - 2,50 14,15 Quelicera: segmento 1 1,65; segmento 1 1 2,OO. Artículos tarsais: 6(3), 1 1 (3), 7, 8. SOARES, H E M & SOARES, B A M - Opera op,lrologrca varra XXII (Opiliones Go~ylep t idae ) e Raturalia, São Paulo, 10.157-200, 1985 Fêmea. Comprimento d o corpo 8,00 e 8,50. Cefalotórax: largura 4,95; compri- mento 3,50. Largura d o abdomên 3,OO. Pernas tr f e pa t I rn t t total I 1 ,O0 5,20 1,95 3,50 6.15 2,25 30,05 I1 1,50 11,15 2,35 8,50 11,25 5,OO 39,75 I I I 1,50 8,30 2,50 5,50 9,OO 3,75 30,55 IV 1,60 11,50 2,80 7,50 14,OO 4,40 41,90 Palpo 1,50 7,OO 4,50 ! ,O0 - 3,SO 19,50 Quelícera: segmento I2,25; segmento 11 2,50. Artículos tarsais: 6(3), 10(3), 7, 8. Material. BRASIL. Rio de Janeiro: Petrópolis, 1 macho, n." 482, holótipo de S. sodreana(MZUSP). São Paulo: Ampa- ro, 1 macho, n." DZ 568 (MZUSP), Am- paro, Ibiti, Fazenda Monte Alto, 1 ma- cho, n." 2.868 (MZUSP), Amparo, Monte Alegre, 1 macho, n." 2.786 (MZUSP); Inhaíba, I macho, n." 67, ho- Iótipo de T. granulata (IB); São Paulo, 1 macho, n." DZ 310 (MZUSP); Serra de Paranapiacaba, 1 macho, n." DZ 1.927 (MZUSP); Serra de Paranapiacaba, Alto da Serra, I macho e 1 fêmea, n." DZ 1.925, homeótipo e alótipo de S. sodreana (MZUSP), I macho e 1 fêmea, n." 416 (MZUSP), 1 fêmea, n." DZ 1.926 (MZUSP); Salesópolis, Boracéia, 1 fê- mea, n." DZ 1.928 (MZUSP). Zortalia Mello-Leitão Zo~.talia Mello-Leitão, 1936 : 12; Mello- Leitão, 1939 :350. Anarnpheres H . Soares, 1979 :43. Syn. n. Espécie-tipo: Zortalia bicalcarata Mello-Leitão, 1936, por designação origi- nal. Zortalia foi descrito em Gonyleptinae e posteriormente levado pelo seu autor para Stygnicranainae; Anarnpheres o foi Caelopyginae. Zortalia bicalcurata Mello-Leitão Zortalia bicalcarata Mello-Leitão, 1936: 12, Fig. 9. Anarnpheres thrrnoteocostae H. Soares, 1979 : 43, Fig. 1-12. Syn. n. Artículos tarsais dos tipos de Z. brcalcarata: 6(3), 11(3), 7, 8 (macho); 5(3), 12(3), 7, 8 (fêmea). A sinonímia foi estabelecida por con- fronto de tipos. Material. BRASIL. Paraná: Cachoei- ra, 1 macho e I fêmea, n." 43.273, tipos de Z. brcalcarata (MNRJ) . Rio de Janeiro: Serra da Carioca, 1 macho e 2 fê- meas, tipos de A . thlrnoteocostae (MNRJ). Gertra Soares & Soares Gertra Soares & Soares, 1946b: 108. Espécie-tipo: Gertia hatschbachi Soa- res & Soares, 1946, por designação origi- nal. O gênero foi descrito em Stygnicranai- nae. Gertra hatschbachr Soares & Soares (Fig. 13-16) Gertra hatschbachi Soares & Soares, 1946b: 108, Fig. 4-8. Artículos tarsais: 6(3), 10/1 1 (3), 7, 8. Material. BRASIL. Paraná: Banhado, Piraquara, macho e fêmea, Iiolótipo e pa- rátipo (IAPAR), fêmea, parátipo (IA- PAR), macho e 2 fêmeas, paratipos (MZUSP). Sphaerobunus Roewer Sphaerobunus Roewer, 191 6 : 142, Roe- SOARES, H.E.M. & SOARES, B.A.M. - Opera Naturalia, São Paulo, 10:157-200, 1985. opilrologica varia. XXII. (Opiliones: Conyleptidae). wer, 1923:518, 536; Mello-Leitão, 1926: 35 (Sep.); Rowever, 1931: 122; Mello- Leitão, 1932: 355, 359; Mello-Leitão, 1935b: 107; Soares & Soares, 1948 :580. Espécie-tipo: Sphaerobunus rhino- ceros Roewer, 1916, por monotipia. Até agora só se conhece o tipo, que não examinamos. Completamos a carac- terização d o gênero baseados na descrição e figura originais. Borda anterior d o cefalotórax reta, no meio com forte espinho mediano (forma- d o pela fusão de 2 fortes espinhos) incli- nado para diante e, de um lado e de outro, arredondada e com 3 pequeninos espi- nhos. Cômoro ocular oval-transverso, com 2 pequenas elevações pontiagudas. Área I inerme, I1 com 2 elevações rombas, 111 com larga elevação cônica mediana que, no ápice, t e r m i ~ a em tubérculo esfé- rico, polido. Área IV e tergitos livres iner- mes. Palpos um tanto mais longos que o corpo, os fêmures muito delgados e iner- mes, as patelas muito longas, delgadas na base e clavadas no ápice, inermes. Pernas longas e robustas, os fêmures posteriores mais ou menos em forma de S. Artículos tarsais: 5(3), 11(3), 7, 8. Tarsos das pernas I11 e IV com 2 garras denteadas. Sphaerobunus rhinoceros Roewer Sphaerobunus rhinoceros Rocwer, 1916: 142, Gig. 36; Roewer, 1923: 536, Fig. 669; Mello-Leitão, 1932 :360, Fig. 224; Soares & Soares, 1948 :580. Distribuição. BRASIL. São Paulo: Santos (1 macho, holótipo). PROGONYLEPTOIDELLINAE, sub- fam. n. Ancas IV (quando o animal é visto por cima) excedendo o escudo dorsal apenas pelo ápice, ou , n o caso de excedê-lo em toda a sua extensão, a porção excedente é muito estreita. Escudo dorsal com 4 sul- cos, l e I1 unidos ou não por sulco longi- tudinal mediano. Olhos postos num cô- moro ocular comum. Palpos pouco mais !ongos que o corpo, de fêmures cilíndricos e esbeltos ou um tanto espessos e compri- midos, inermes ou com espinho apical in- terno. Tarsos com grande número de seg- mentos, como em Caelopyginae, os tarsos 111 com pelo menos 3 artículos a mais que os tarsos I (geralmente com cerca d o do- bro de artículos dos tarsos I), rarissima- mente com 1 ou 2 artículos a mais. tarsos I com mais de 6 segmentos, ou , quando ti- ver 6, a diferença entre os tarsos I11 e l é de 3 artículos. Distitarsos I 1 de 4 segmen- tos. Tarsos 111 e 1V com pseudoníquio, com 2 garras lisas, sem escópula ou com escópula rudimentar. Gênero-tipo: Progonyleptoidellus Pi- za, 1940. No decorrer da revisão dos Gonylepti- dae neotropicais temos encontrado algu- mas espécies que não correspondema ne- nhuma das subfamílias existentes e exi- bem caracteres bem definidos a ponto de estarem a exigir a sua inclusão em novo grupo. Tais espécies, muito diferentes entre si, pertencentes a gêneros diversos, apre- sentam em comum alguns caracteres que, por serem de grande valor filogenético, logo'nos chamaram a atenção, muito par- ticularmente os distitarsos I 1 de 4 articu- l o ~ , os tarsos com grande número de seg- mentos, como nas Caelopyginae, e os tar- sos 111 com muito maior número de seg- mentos que os tarsos 1 (comumente mais d o dobro de segmentos). Ao cotejar as descrições das 13 sub- famílias admi t idas po r R O E W E R (1913:10, 140, 155, 162, 168, 281, 306, 350, 417, 423, 444; 1923: 396, 449, 457, 459, 463, 508, 518, 536, 568, 570, 571, 576, 582), encontramos apenas as Cae- lopyginae com os distitarsos I1 e de 4 artículos em 1913 e, em 1923, as Hetero- cranainae, de distitarsos I1 de 3 artículos em 2 gêneros monotípicos e de 4 artículos num gênero de espécie única. Limitando-nos as Caelopyginae, ve- mos que a um grande número de segmen- tos nos tarsos I11 e 1V corresponde um nú- mero ainda maior de segmentos nos tarsos SOARES, H . E . M . & SOARES, B .A .M. - Opera opiliolopica varia. X X I I . (Opiliones: Gonyleptidae) Naturalia, São Paulo , 10:157-200, 1985. de Gonyleptoides, com o que concordou. Mas não foi o que se deu. SOARES & SOARES (1949b: 173) o consideraram igual a Gonazula Roewer, 1930, e esta si- tuação não é mais por nós aceita. Revali- damos agora Laneius, que é muito dife- rente d'aquele gênero de Roewer, como está a indicar a segmentação tarsal das respectivas espécies-tipos. Retornando a o quadro que acima or- ganizamos para estudo da segmentação tarsal em Gonyleptinae, vemos que 93,6% das especies aí arroladas por ROEWER (1913, 1923, 1930) possuem 6 artículos nos tarsos 1 (as vezes 5), e as restantes, 6,3070 mais de 6. São as seguintes as que e x i b e m m a i s d e 6 s e g m e n t o s : Gonyleptoides acanthoscelis (Bertkau, 1880) (articulos tarsais 7, 14, 9, IO), Metagoniosoma calcaripes Roewer, 191 6 (7, 15, 8, IO), Opisthoplites ypsilon Soe- -rensen, 1884 (7, 14-17, 11, 12-13), Sfylopisthos laevrbunus Roewer, 1930 (7, 10, 11, 12) e Adhynastes tenuis Roewer, 1930 (7, 12-15, 7-8, 8-9). As duas percentagens por nós encon- tradas estão a indicar que em Gonylepti- nae predominam quase que exclusivamen- te gêneros com espécies de 6 artículos nos tarsos I. Para as espécies com mais de 6 artículos nesses tarsos, talvez sejam neces- sários outros caracteres que aí justifiquem a sua permanência. O assunto merece ~nu i t a atenção, porque os tarsos I são os que mais tarde se plurissegmentam; sabe- mos também que o número de artículos dos tarsos I1 é mais estável nos diçtarsos que nos basitarsos. Em P. androgynus (artículos tarsais: macho, 8(3), 16-17(4), 16-17, 21; fêmea 7(3), 16(4), 17, 21; o número de artículos dos tarsos é muito grande, os tarsos I têm 7 a 8 articulos, a razão dos tarsos 111: 1 é de 18:8 ou 17:8 no macho e de 17:7 na fê- mea, havendo nos tarsos 1 1 1 pelo menos o dobro de articulos dos tarsos I. Os disti- tarsos 11 têm'4 artículos. As ancas IV, quando o animal é visto por cima, exce- dem, se bem que, sob a forma de estreita borda, o escudo dorsal em toda a sua ex- tensão. As garras dos tarsos 111 e 1V são lisas. A vista pelo dorso mostra fisiono- mia toda especial, intermediária entre a forma um tanto ovalar, em que o abdô- men é muito pouco mais largo que o cefa- lotórax e apenas se vê a borda apical ex- terna das ancas IV, e o aspecto oposto, em que o abdômen é muito mais largo que o cefalotórax e as ancas IV se mostram largamente em toda a sua extensão. P. androgynus, bem diferenciada, possui 4 articulos nos distitarsos I1 e gran- de número de artículos tarsais (como as Caelopyginae), garras dos tarsos 111 e 1V lisas (como as Gonyleptinae). Vista de ci- ma, apresenta fisionomia intermediária entre os dois grupos de subfamílias esta- belecidos por Roewer, baseado na compa- ração da largura d o abdômen com a do cefalotórax. Além de Progonyleptoidellus há várias outras espécies, de diversos gêneros, qua- se todas descritas em Gonyleptinae, que deverão ser removidas para Progonylep- toidellinae. Progonyleptordellus Piza Progonyleptoidellus Piza, 1940 a: 63; H . Soares & Bauab-Vianna, 1972: 205 (reva- lidado). Gonyleploides (partim); Soares 1944 a: 257 ( = Progonyleptordellus Piza, 1940 = Pirayuara Piza, 1943). Geraecormobius (partim); Soares & Soa- res, 1949 b: 167 ( = Progonyleptoidellus Piza, 1940). Pirayuara Piza, 1943: 258. Espécie-t ipo: Pt~ogonylep~oidel lus androgynus Piza, 1940 ( = Prraqlrara schubarti Piza, 1943), por designação ori- ginal. Artículos tarsais: fêmea 7(3), 16(4), 17, 21; macho 7(3), 16/17(4), 16/17, 21. No macho os três articulos basilares dos basitarsos I são mais longos e muitíssimo levemente mais espessos que o quarto, na fêmea são nitidamente tão espessos qiian- to o quarto, embora mais longos. Na inas- gem inferior da borda anterior d o cefalo- SOARES, H E M & SOARES, i3 A M - Opera oprlrologrca varra XXII (Opiliones Gonyleptidae) Laiuralia, São Paulo, 10 157-200, 1985 tórax há 4 espinhos no macho e 4 tubércu- los na fêmea, assim distribuídos: 1 - 1 - I - I ; na margem superior há 2 robus- tas apófises pontiagudas sobre larga ele- vacão mediana e 1, menor, de cada lado, nos ângulos. Palpos pouco mais longos que o corpo, de fêmures cilíndricos e es- beltos, inermes. Metatarsos com astrágalo e calcâneo. Tarsos 111 e lV com 2 garras li- sas, com pseudoníquio e com escópula ru- dimentar. Tarsos I de 7 artículos, 111 com mais do dobro de artículos dos tarsos 1. Ancas IV, quando o animal e visto pela face dorsal, excedendo, na fêmea, o escu- do dorsal apenas pelo ápice, e, no macho, embora milito pouco, em toda a sua ex- tensão. Cômoro ocular com 2 elevações pontiagudas. Área I dividida. Areas I e I1 do escudo dorsal inermes ou com 1 par de grânulos medianos maiores, 111 com 1 par de elevações, pontiagudas na fêmea e rombas no macho. Área IV, tergitos livres e opérculo anal inermes. Pernas 11 mais longas que IV em ambos os sexos Pro- gonyleptoidellus androgynus Piza (Fig. 17-28) Progonyleptoidellus androgynus Piza, 1940a: 63, Fig. 11. Gonyleptoides androgynus; Soares, 1944 a: 258. Geraecormoblus androgynus; Soares & Soares, 1949b: 167. Piraquara schubart~ Piza, 1943: 258, Fig. 3. Syn. n . Gonyleptoides schubarti; Soares, 1944 a: 258. Geraecormobius schubarti; Soares & Soa- res, 1949 : 172. Cadeadoius arroluteus Roewer, 1943:45, pl. 6, Fig. 51. Syn. n. Geraecormobius atroluteus; Soares & Soares, 1949 : 168. Medidas em mm. Comprimento d o corpo 6, 49 e 7, 15. Cefalotórax: largura 3,25; comprimento 3,25. Largura d o a b dômen 7,25. Macho. Artículos tarsais: 7(3), 17/18(4), 15, 22. Basitarsos I com os três artículos basilares mais longos e muitíssimo levemente mais espessos que o quarto. Pernas t r fe P a t i m t t total I 1 ,O0 5,50 1,40 3,50 I 5,59 2,50 19,49 Palpo 1 ,O0 3,50 1,50 2,OO - 2,20 10,20 Quel~cera segmento 1 1,25; segmento I 1 1,6G Face dorsal. Borda anterior do cefalo- tórax com elevação mediana armadas de 2 espinhos levemente divergentes, com dentículo entre as quelíceras e com 3 espi- nhos de cada lado junto aos ângulos. Ce- falotórax mais alto que as áreas do escudo dorsal, com poucos grânulos atrás e dos lados d o cômoro ocular. Este, alto, oval- transverso, com 2 altas elevações rombas, granuloso. Área 1 dividida. Áreas I, I 1 e IV do escudo dorsal e tergitos livres 1-111 inermes, com 1 fila de grânulos. Área I11 com 2 elevações medianas muito baixas, redondas, e com uma fila de grânulos. Áreas laterais com uma fila de grânulos, com maior número de grânulos na altura das áreas 111 e IV. Opérculo anal inerme, com grânulos providos de longospêlos. Face ventral. Opérculo anal ventral menos granuloso que o dorsal, os grânu- los igualmente providos de longos pêlos. Esternitos livres com fila de minúsculos grânulos pilíferos. Área estigmática com grânulos obsoletos irregularmente distri- buídos. Opérculo genital arredondado, com grânulos providos de longos pêlos. Ancas 1-111 granulosas, I com fila media- na de tubérculos, I1 unidas as 111 e estas as IV por grossos grânulos. $ ' SOARES, H E M & SOARES, B A M - Opera oprlrologrca varra XXII (Opilionec Gonyleptidac) Naturalia, São Paulo, 10.]57.200, 1985, Quelíceras normais. Palpos esbeltos, mais longos que o corpo; trocânteres piriformes, com 1 ou 2 grânulos pilíferos ventrais; fêmures lon- gos, inermes, com fila dorsal de pequenos grânulos e outra ventral, da base a té o meio d o segmento, de grânulos pilíferos; patelas delgadas, longas, dilatando-se d o meio para o ápice; tíbias com 4-4 e tarsos com 2-2 espinhos inferiores, os tarsos ain- da com dupla fila ventral de pequeninos espinhos formando serrilha de um lado e de outro de forte garra. Pernas. Fêmures 1-111 retos, com grâ nulos pilíferos, os grânulos da fila antero- lateral da porção apical dos fêmures 111 pontiagudos. Pernas IV: ancas com grâ- nulos pilíferos irregularmente distri- buídos, com grande apófise apical externa transversa, recurva, pontiaguda, provida de ramo inferior, e com pequenino espi- nho apical interno; trocânteres mais lon- gos que largos, com espinho lateral exter- no, mediano, em forma de acúleo de ro- seira, com 2 grânulos laterais internos, com grânulos ventrais, lisos na face dor- sal; fêmures retos, com 2 apófises sub- basais no dorso (uma delas mais robusta) e com filas longitudinais de grânulos em toda a superfície; patelas granulosas, com dupla fila longitudinal de espinhos; tíbias granulosas, com filas laterais de grânulos Fêmea. Comprimento d o corpo 6,15 e mento 2,85. Largura d o abdômen 7,OO. Pernd\ t r fe pa I 1 ,O0 5,40 1,40 I I 1,15 12,60 1,80 I11 I ,30 X,40 2,OO I V 1,lO 10,50 2,X5 Pdlpo 1,50 3,50 1,68 Quelíceras: segmento 1 1,50; segme Artículos tarsais: 7(3), 16(4), 15, 20/22. Na fêmea nota-se muito bem que os três primeiros artículo$ dos basitarcos I são tão espessos quanto o quarto, embora mais longos. Conhecendo agora bem a ecpécie, através de abundante material de ambos pontiagudos e com dupla fila ventral de pequenos espinhos. Metatarsos I com as- trágalo muito pouco mais curto que o cal- câneo ou cerca d o mesmo comprimento, 11 com astrágalo pouco mais longo que o calcâneo, I11 e IV com astrágalo mais lon- go que o calcâneo; em todas as pernas o astragalo e o calcâneo possuem longos pê- los e os calcâneos, além disso, duas filas longitudinais de pêlos muito próximos. Tarsos 111 e 1V com 2 garras lisas, com pseudoníquio e medíocre escópula. Colorido geral amarelo. Há , no cefa- lotórax, atrás d o cômoro ocular, que é enegrecido, faixas irregulares negras mui- to bem definidas. Áreas d o escudo dorsal com faixas negras transversas em toda a superfície. Áreas laterais com retículo ne- gro. Ancas IV com pequenas manchas ir- regulares e com longa faixa longitudinal enegrecidas, as apófises apicais externas negras. Fêmures IV amarelos, os espinhos laterais internos e a segunda apófise dor- sal pós-basilar negros. Examinado a seco, exibe o corpo lindo polvilhado branco na borda anterior d o cefalotórax, na área enegrecida pós-ocular e em todos os sul- cos transversos d o escudo dorsal. Palpos amarelos, com nítido retículo enegrecido. Pernas amarelas, os fêmures e as patelas 111 com sombreado escuro. Esternitos l i - vres enegrecidos. 8,OO. Cefalotórax: largura 3,50; compri- t i rnt t total 3,50 5,75 2,50 19,55 10,OO 13.75 6,15 45.45 4,50 9,00 4,50 29.70 6.50 13,00 5,50 39,95 2.20 - 2,OO 10,48 nto 11 1,80 (dedos exclusivc). Os sexos, constatamos que C. alroluleus é sinônimo de androgynus. As figuras e a descrição original de Roewer não deixam dúvida alguma a esse respeito. As femeas de androgynus se enqua- dram exataiiiente nas descrições e figuras de Ampheres sfrialus Roewer ( 1 913: 337, SOARES, H . E . M . & SOARES, B.A.M. - Opera opiliologica varia. XXII . (Opiliones: Gonyleptidae). Naturalia, São Paulo , 10:157-200, 1985. p . l b , Fig. 5) , a n ã o ser em dois pontos fundamentais . Roewer localizou a espécie em A m p h e r e s C . L . Koch, 1839 (Caelopy- ginae), que tem c o m o caracteres genéricos os artículos d o s basitarsos I d o macho "dick angeschwollen" (p . 334, 338), o que significa "espessamente intumesci- dos", e as garras dos tarsos I11 e IV den- teadas; teve em m ã o s dois machos d o Bra- sil, Bahia, sendo a fêmea desconhecida. Nada podemos concluir sem o exame d o s tipos de striufus, a n ã o ser conjecturar q u e Roewer tivesse inadvert idamente cometi- d o troca de material, t r aba lhando na rea- lidade com 2 fêmeas de garras dos tarsos 111 e IV lisas e com o s artículos d o s basi- tarsos I n ã o espessos. Material. B R A S I L . S ã o Paulo: Alto da Serra Paranapiacaba , 1 fêmea, n .* 934, D Z n.O 1579, holót ipo de P . androgynus ( M Z U S P ) , 1 fêmea, DZ n." 705 (MZUSI-'), 1 fêmea, n ." 1579 ( M Z U S P ) , 1 fêmea, D Z n . " 1922 ( M Z U S P ) , 2 fêmeas, n . " 36, D Z n ." 1580 ( M Z U S P ) ; Rio G r a n d e , 1 macho , n ." 496, DZ n.O 1584 ( M Z U S P ) ; Santos, Praia Grande , 1 fêmea, D Z n . " 1581 ( M Z U S P ) , Santos, Praia d a s Vacas, P a r a n a p u ã , 3 machos e 5 fêmeas, n.O 130 (IB), I macho , n . " 130 ( IB) , 1 macho e 1 fêmea, n . " 772 ( H S ) ; Serra P i raquara , I tanhaém, 1 m a - cho, holót ipo de P . s c h u b a r t i ( E S A L Q ) . Alem de Progonyleptoidellus,, revi- mos as espécies-tipos d e gêneros que de- vem passar para Progonyleptoidellinae, acrescentando a alguns, em novas combi- nações, espécies q u e se achavam indevida- mente s i tuadas. Referimo-nos a o s seguin- tes gêneros: Laneius Soares , 1942 (revali- dado) , Gonyleptoides Roewer, 191 3, Moreiranulu Roewer, 1930 (reval idado), Iguapeia Mello-Leitão, 1935, C a d e a d o i u ~ Mello-Leitão, 1936 e Heliella Soares, 1945. Luneiu.5 Soare \ , 1942 (reval idado) Lane iur S o a r e i , 1942: 6 , S o a r e s , 1944a:258. Espécie-tipo: Laneius fu.scopictu.sSoa- res, 1942, por designação original. Cabe-nos revalidar Laneius, impro- pr iamente colocado p o r S O A R E S & S O A R E S (1 949b: 173) na sinonímia d e Gonazula Roewer, 1930 (6(3), 10(3), 7 , 8). O simples conf ron to d o número d e artícu- los tarsais d e Lane ius (7(3), 13(4), 14,15) e de Gonazula estão a atestar essa impro- priedade. Aliás, Laneius, com o grande número d e artículos tarsais nem sequer dever-se-ia incluir entre a s Gonyleptinae, c o m o a tua lmente as concei tuamos. SOA- RES (1944a:258), a o comparar o holót ipo de Progonyleptoidel lus androgynus Piza, 1940, u m a fêmea, com os tipos d e Laneius fuscopicfusSoares , 1942, I fêmea e 1 ma- cho, chegou a supor q u e pudesse tratar-se d a mesma espécie, se isto fosse revelado pelo exame d e grande n ú m e r o d e exem- plares d e a m b o s o s sexos. Sabemos agora q u e temos em m ã o s duas espécies e dois gêneros q u e ocorrem na mesma região. Progonyleptoidellus tem o l imbo posterior e o s tergitos livres sempre inermes; em Laneius esses seg- mentos são a r m a d o s . Descrição d o gênero. Artículos tarsais dos tipos: fêmea 7(3), 14(4), 12/14, 15; macho 7(3), 13/14(4), 11/12, 15. Basitar- sos I d o macho com os três artículos basi- lares mais longos e mui to levemente mais espessos q u e os articulos seguintes. Borda anterior d o cefalotórax mais al ta n o meio, onde é a r m a d a d e 2 elevações. Cô m o r o ocular com 2 elevações r o m b a s e m a m b o s os sexoç. Áreas I, I 1 e IV d o escudo dorsal inermes o u com 2 grânulos medianos, 111 com 2 altas elevações rombas . Tergitos li- vres d o macho: I com 2 pequeninas eleva- ~ õ r s , I 1 com 2 elevações, 111 com 2 eleva- ções pont iagudas. Tergitos livres d a fê- mea: 1 com 2 pequenas elevações, 11 e I11 com 1 elevação pont iaguda . Laneius fuscopictus Soares (Fig. 29-35) L u n ~ i u s fuscopictus Soares , 1942: 2, 6, Fig. 3; Soares , 1944a:258; Soares, 1946:503. Gonazula fuscopicta; Soares & Soa- res, 1949b: 173. SOARES, H E M & SOARES, B A M - Opera oprlrologr~a varra XXII (Opiliones Conylepridae) \aturalia, São Paulo, 10:157-200, 1985 Macho. Medidas em mm. Comprimento d o corpo 5,30 e 7,OO.Cefalotórax: lar gura 3,00; comprimento 2,60. Largura d o abdômen 6,20. Pernas tr fe t i rn t t total 1 0,8O 4,OO 1,25 3,25 4,50 2,OO 15,8O I I 1 ,O0 1 1,5O 1,95 9,OO 1 1 , O O 6,OO 40,45 I11 1,30 7,75 2,OO 4,5O 8,25 3,jO 27 30 I V 1,50 10,OO 2,OO 6,00 12,5O 5,OO 37,OO Palpo 1,OO 3,15 1,75 1,75 - 2,25 9,90 Quelícera: segmento 1 1,70; segmento 11 1,75 (dedos exclusive). Fêmea. Comprimento d o coípo 5,30 e 13,50. Cefalotórax: largura 3,00; compri- mento 2,65. Largura d o abdômen 5,75. Pernas tr fe pa L I m t t rotal I 0,8O 4,2O I ,25 3,OO 4,5O 2,OO l5,75 I I 1,49 12,OO 1,60 8,5O 1 1 , O O 6,OO 40.59 111 1,49 8,25 1,75 4,50 8,5O 3,50 27,99 I V 1,49 1 1 , O O 2,25 6,25 3,30 5,OO 39.29 Palpo 0,90 3,50 1 ,80 2,OO - 2,25 10,45 Quelícera: segmento 1 1,50; segmento I1 I ,50 (dedos exclusive). Material. BRASIL. São Paulo: Alto da Serra de Paranapiacaba, I fêmea, ho- lótipo, 1 macho, parátipo, n.' E.190 C . 96 (MZUSP), 1 fêmea, DZ n." 1922 (MZUSP); Salesópolis, Boracéia, 1 ma- cho (MZUSP), l macho (HS). Gonyleptoides Roewer Gonyleptoides Roewer, 1913; 170, 253;. Mello-Leitão, 1922; 349; Roewer, 1923: 464, 496; Mello-Leitão, 1923: 153, 191; Mello-L,eitão, 1926: 3 1 (Sep.); Roe- wer, 1930: 348, 382; Mello-Leitão, 1932: 234, 303; Mello-Leitão, 1935b: 104; Soa- res, 1944a: 257 ( = Moreiranula Roewer, 1930 = Progonyleptoidellus Piza, 1940 = Piraquara Piza, 1943); H . Soares & Bauab Vianna, 1970: 135 (revalidado). Geraecormobius; Soares & Soares, 1949: 166 (partim). Espécie-tipo: Ancistrotus acanthos- celis Bertkau, 1880, por monotipia. ROEWER (1913:253, Fig. 103) exami- nou o holótipo de A. acanthoscelis, redescreveu-o e desenhou-o, referindo-se a seguinte segmentação dos tarsos das pernas: 7(3), 14(3), 9/ 10, 11. O material de Bertkau foi colhido no Rio de Janeiro: Pedra Açu. Examinamos da mesma re- gião (Rio de Janeiro, Teresópolis, Parque Nacional da Serra dos Órgãos) um segun- do macho, sem dúvida da mesma espécie, com 7(3), 16(4), 10, 1 1 artículos tarsais, segmentos dos basitarsos 1 aproximada- mente da mesma espessura, tarsos I I I e IV com 2 garras lisas, e ancas IV em vista dorsal excedendo o escudo apenas pelo ápice, caráter que, acrescido de outros, como mais de 6 segmentos nos tarsos I , is- to é, 7, tarsos I 1 1 com 2 ou 3 articulos a mais que os tarsos 1, e distitarsos 1 1 de 4 segmentos, a leva para Progonyleptoidel- linae. O desenho e a descrição origirial de Roewer foram suficientes para identificar o exemplar, mas estão a indicar que 1120 houve preocupação de eliminar a distor- ção ocasionada pela inicroscopia estereos- cópica. Descrição d o gênero. Artic~ilos tar- sais: 7(3), 16(4), !O, 1 1 ou 7(3), 14(3), SOARES, H E M & SOARES, B A M - Opera oprlrologrca varra XXII (Opilioner Gonyleptidae) Puatiiralia, São Paulo, 10 157-200, 1985 9/10, 11. Tarsos 111 com 2 e 3 segmentos a mais que 1, distitarsos 11 e 4 segmentos (3 no exemplar examinado por Roewer), ba- sitarsos 1 d o macho com artículos aproxi- madamente da mesma espessura ou o pri- meiro levemente mais espesso. Tarsos 111 e IV com 2 garras lisas. Ancas 1V exceden- do o escudo dorsal apenas pelo ápice. Borda anterior d o cefalotórax com eleva- cão mediana armada de 2 espinhos próxi- mos e com I pequeno espinho acima de cada palpo. Cômoro ocular com 2 eleva- ções pontiagudas. Area IV, tergitos livres e opérculo anal inermes. Area I dividida. Áreas I , I1 e 111 com 1 par de elevações, as da área 111 pontiagudas. Palpos como os das Gonyleptinae mais típicas, os fêmures mais espessos que os fêmures I e inermes. Gonyleptoides acanthoscelis (Bertkau) (Fig. 36-41) Anc i s t ro tus acan thosce l i s Be r tkau , 1880:103, pl. 2, Fig. 27. Gonyleptoides acanthoscelis; Roewer, 1913:253, Fig. 103; Roewer, 1923: 496, Fig. 623; Mello- Leitão, 1923: 153, 191; Mello-Leitão, 1932:308, Fig. 179; Soares, 1944a:258. Geraecormobius acanthoscelis; Soares & Soares, 1949: 167. Macho. Comprimento d o corpo 6,00 (da borda anterior d o cefalotórax a borda posterior da área IV) e 7,75 (da borda anterior d o cefalotórax a borda posterior d o opérculo anal) . Cefalotórax: largura 3,OO; comprimento 2,50. Largura d o abdômen 6,75. Pernas t r f e pa ti m t t total I 0,65 3,25 1,lO 2,50 3,90 2,75 14,15 I I 1 ,O0 7,25 I ,75 5,OO 7,OO - 22,OO I11 1 ,O0 5,70 1,50 3,50 6,40 1,OO 21,lO I V 1,25 8,25 2,OO 6,OO 10,OO 3,50 31 ,O0 Palpo 0,25 1,25 1 ,O0 1,20 - I ,50 4,45 Quelicera: segmento I 0,60; segmento I1 1,50 (dedos exclusive). Basitarsos I com o primeiro articulo Gonylepto~des curvlfemur Soares levemente mais espesso e mais longo que (Fig. 42-53) os articulas seguintes. G o n y l e p t o ~ d e s c u r v ~ f e m u r S o a r e s , 1944b:282, 291, Fig. 3 ,4 ; Soares, Material. BRASIL. RIO d e Janeiro: 1946:502. Teresópolis, Parque Nacional da Serra Geraecormob~us curvrfemur, Soares & dos Orgãos, 1 macho (MNRJ) . Soares, 1949b: 170. Macho. Artículos tarsais 7(3), 13/14(4), 7, 8 . Basitarsos 1: articulos I e I 1 levemente mais espessos que os seguintes, 1 pouco mais longo que 11 e estes pouco mais longo que 111. Comprimento d o corpo 6, 5 e 7,90. Cefalotórax: largura 3,25; comprimento 2,50. Largura d o abdômen 6,50. Pernas tr fe P a ti mt t total 1 1 ,O0 3,50 1,90 2,80 4,OO 2,30 15,50 I I 1,OO 7,50 1.75 5,50 7,OO 4,90 27,65 11 1 1,30 6,OO 2,OO 3,75 6,25 3,50 22,80 I V 1,50 7,50 2,50 5,10 9,OO 3,75 29.35 Palpo 1,00 3,25 2,OO 2,OO - 2,25 10,50 Quelícera: segmento 1 1,75; segmento 11 1,75 (dedos exclusive). SOARES, H.E.M. & SOARES, B.A.M. - Opera oprliologica varia. XXII. (Opiliones: Conyleptidae). Naturalia, São Paulo, 10:157-200, 1985. Fêmea. Artículos tarsais 7(3), 13(4), 7, 8. Comprimento d o corpo 6,50 e 8,50. Ce- falotorax: largura 3,50; comprimento 2,65. Largura d o abdômen 6,50. Pernas tr fe P a ti mt t total I 0,90 3,50 1,40 2,75 4,OO 2,OO 14,55 I1 1,00 7,50 1,20 5,50 7,OO 5,OO 27,20 111 1,25 6,50 2,oo 4,OO 6,OO 3,OO 22,75 IV 1,60 7,50 2,25 5,OO 9,40 3,lO 28,85 Palpo 1,00 3,50 2,00 2,40 - 2,25 11,15 Quelícera: segmento 1 I ,50; segmento I1 1,50 (dedos exclusive). Cômoro ocular com 2 pequenas eleva- 11/12; fêmea 7(3), 15 (4), 9, 12; macho ções. Áreas I e 11 com 2 pequenas eleva- 6(3), 13(4), 9, 1 0 / l l ; macho 6(3), 14(4), 9, ções arredondadas, 111 com 1 par de ele- 12; fêmea 7(3), 14/15(4), 9 , 12; macho vações maiores, arredondadas, polidas, 6(3), 13(4), 9, 12. 0 s distitarsos I1 têm um pouco mais altas na fêmea, em ambos sempre 4 artículos em todos os exempla- os sexos colocadas sobre pequena eleva- res, os tarsos 111 possuem 3 artículos a ção basilar comum. Área IV, tergitos li- mais que os tarsos I e, nas fêmeas, 2 a vres e opérculo anal inermes. Garras dos mais. Basitarsos I d o macho com os dois tarsos I11 e IV lisas. Palpos como os das primeiros artículos mais espessos e mais Caelopyginae mais típicas, de fêmures e longos que o seguinte. As ancas IV exce- patelas longas, os fêmures cilíndricos, dem o escudo dorsal em ambos os sexos estreitando-se progressivamente para o apenas pelo ápice. Tarsos 111
Compartilhar