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TÍTULOS DE CRÉDITO (LC e NP)

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TÍTULOS DE CRÉDITO
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
Direito literal: o que vale é o que está escrito.
Autônomo: cada um que participa do título de crédito, o faz de forma autônoma, sendo independe as suas relações.
Conceito doutrinário: É um documento formal, com força executiva, representativo de dívida líquida e certa (certeza do valor e da liquidez consta no próprio documento), de circulação desvinculada (pode ser utilizado em qualquer negócio com qualquer pessoa, tendo o mesmo valor e mesmo data de vencimento) do negócio que o originou.
É um documento que contém um crédito, servindo para o pagamento de uma dívida ou a garantia desse pagamento.
Possui a característica de poder circular entre várias pessoas diferentes.
Título ao portador: aquele que porta o título é o beneficiário. 
Título nominal: aquele que consta o nome do beneficiário. Via de regra os títulos de crédito são nominais. Esse beneficiário pode transferir o título mesmo que no título tenha seu nome.
Executiva: não precisa do judiciário, pois possui poder de executar e é extrajudicial.
São títulos executivos extrajudiciais.
Exemplos:
R$ 200,00
 
O credor poderá cobrar de 1 endossante, de alguns ou de todos os endossantes;
Na relação cambial, não existe ordem de preferência;
Na relação cambial a obrigação é queráble.
Obrigação é queráble – o credor cobrar o devedor nos títulos de crédito
Obrigação é portáble - o devedor procura o credor para efetuar o pagamento.
Endossantes: assinam o título de crédito assumindo o compromisso em pagar. Se quem fez originalmente (devedor principal) o título de crédito não pagar, os que assinaram o título será devedor solidário, e o credor, o único que existe nessa relação, poderá cobrar todo eles.
Somente o devedor principal pode ser cobrado quando o título vencer (data estipulada no título), só depois poderá ser cobrado os devedores solidários.
MURILO (4 cheques de R$ 1.000,00 à vista/30/60/90 dias) – MARCINEIRO - FORNECEDOR DE MATÉRIA-PRIMA - FABRICANTE
PRINCÍPIOS
· Literalidade – vale o que nele estiver contido, interpretação literal;
· Cartularidade (próprio título de crédito em mãos) – é imprescindível o documento para o exercício do direito da pessoa. É o que consta da carta encerrada no documento;
· Autonomia – é a desvinculação da causa do título quantos aos coobrigados. Subprincípios 
*Abstração - não há necessidade da identificação da causa. Na duplicata é obrigatório na primeira relação justificar.
*Inoponibilidade – não pode alegar o devedor principal que não irá pagar a dívida ao credor portador de boa-fé, alegando que não foi com ele que ele efetuou a relação.
· Solidariedade – as obrigações constantes dos títulos são solidárias, pois todos os envolvidos podem ser chamados para solver o débito;
· Força executiva – tem força idêntica a uma sentença transitada em julgado, dando direito diretamente ao processo de execução;
· Circulação – tem por fim facilitar as operações de crédito e a transmissão dos direitos neles incorporados (tradição – quando não há a assinatura, ele não terá a obrigação solidária - e endosso - coobrigado, corresponsável, ou obrigação solidária)
Endossante – é denominado de devedor solidário/coobrigado/corresponsável
Quem transfere por tradição não se torna devedor solidário
A primeira relação é sempre por tradição, pois o emitente não tem crédito para endossar.
Art. 888 – A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem. (observância das formalidades legais para validade do título de crédito).
Está querendo dizer que se não cumpridas os requisitos para ser considerados título de crédito, não valerá como título de crédito, mas continuará valendo o negócio a quem ele foi usado como pagamente, sendo que terá que ocorrer como um processo comum.
Valerá o que deixou de ser título de crédito, como uma forma de provar que houve uma relação.
· Identificação do título de crédito (Letra de Câmbio, cheque);
· O valor expresso (valor por extenso) e em algarismo;
· Indicação da época do pagamento;
· Lugar em que é passado (emitido);
· Assinaturas (compromisso de pagar o título de crédito)
Ação cambial – para portador de título de crédito vencido e não pago;
Ação monitória ou ação de cobrança – quando faltar os requisitos dos títulos de crédito. Quando o título de crédito está prescrito para uma ação cambial, o credor terá como entrar com uma ação monitória ou de cobrança.
Art. 889 – Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere (valor), e a assinatura do emitente. 
§ 1º É à vista o título de crédito que não contenha indicação do vencimento. (requisito não essencial)
Quando falta a data de vencimento, aquele título será à vista, ou seja, pode ser cobrado quando o credor quiser.
 § 2º Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente. (requisito não essencial)
Será considerado o domicílio do devedor.
§ 3º O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.
Só tem duplicata virtual. 
Tem doutrinadores que não concordam com a duplicada virtual, porque aí não ia haver o princípio da cartularidade.
Os que concordam, afirmam que não precisam ser físicos para estar podendo visualizar as informações contidas no título de crédito.
 Art. 890 - Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.
Art. 891 - O título de crédito, incompleto ao tempo da emissão, deve ser preenchido de conformidade com os ajustes realizados.
Parágrafo único. O descumprimento dos ajustes previstos neste artigo pelos que deles participaram, não constitui motivo de oposição ao terceiro portador, salvo se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé.
Se o terceiro portador não tiver adquirido o título de má-fé, não poderá os devedores alegar que não vão pagar para ele.
TJ-SC
22/08/2019
AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DO LUGAR DO PAGAMENTO E DA DATA DE SUBSCRIÇÃO. CIRCUNSTÂNCIA QUE NÃO ANULA O TÍTULO. SUMULA DO STF. A nota promissória pode ser criada em branco, salvo, à toda evidência, a assinatura do devedor, razão pela qual os seus demais elementos podem ser preenchidos posteriormente. Nos termos da Súmula nº 387 do Supremo Tribunal Federal: "a cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de boa-fé antes da cobrança ou do protesto". (TJSC, Apelação Cível n. 0300421-74.2015.8.24.0218, de Catanduvas, rel. Des. Gilberto Gomes de Oliveira, Terceira Câmara de Direito Comercial, j. 22-08-2019)
TJ-MG
01/10/2019
AGRAVO DE INSTRUMENTO - EXCEÇÃO DE PRE EXECUTIVIDADE - EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL - NOTA PROMISSÓRIA - EMISSÃO EM BRANCO - PREENCHIMENTO POSTERIOR - ILEGALIDADE - INEXISTÊNCIA - MÁ-FÉ DO PORTADOR - COMPROVAÇÃO - INOCORRÊNCIA - REQUISITOS ATENDIDOS - LIQUIDEZ E EXIGIBILIDADE CONFIRMADAS - RECURSO NÃO PROVIDO. - "Indubitável é que a letra de câmbio e a nota promissória podem girar incompletas, contanto que, uma vez terminada a circulação, fixando-se definitivamente, estejam revestidas de todos os requisitos legais" (Rev. dos Tribs., 276/427). - A nota promissória assinada em branco pode ser preenchida pelo portador, que se presume credor de boa-fé. Inexistente prova em contrário é válida e eficaz em razão desse autêntico mandato tácito. - Considera-se valida a nota promissória que preenche todos os requisitos intrínsecos à sua validade, munida de certeza, liquidez e exigibilidade. (TJ-MG - Agravo de Instrumento-Cv1.0540.16.001797-1/002, Relator(a): Des.(a) Oliveira Firmo, julgamento em 24/09/2019, publicação da súmula em 01/10/2019)
ENDOSSO
É uma das formas de transmissão da propriedade dos títulos de crédito. O proprietário pode fazer o endosso com o lançamento de sua assinatura no verso ou no anverso (frente) do próprio título (art. 910).
ENDOSSO – VERSO (com a simples assinatura)
Caso queira assinar no anverso, terá que identificar que é o endossante. Endosso a .../Endossante e Endossatário.
AVAL – ANVERSO (com a simples assinatura)
Endossante/endossador – pessoa que transfere por endosso/endossador. Aquele que assina o título.
Endossatário – é a pessoa que recebe o título por endosso. O Credor.
O endosso não tem por objetivo reforçar a garantia do título, mas a possibilidade da transferência do título.
CARACTERÍSTICAS
Duplo efeito: 
· transmite a propriedade do título;
· gera nova garantia para o endossatário, pois o endossante é corresponsável pela solvabilidade (pagamento) do devedor do título.	
Endosso Próprio: objetiva transferir a propriedade do título de crédito em favor do endossatário. A doutrina divide em endosso em branco e em preto.
A primeira transferência do título de crédito ocorre por meio da tradição, que é a mera entrega do título ao credor, mas ele pode ocorrer em outras relações também. 
· Endosso em branco (EB) – quando o endossante lança sua assinatura e não identifica o destinatário/beneficiário.
· Endosso em preto (EP) – quando o endossante lança sua assinatura e identifica o destinatário/beneficiário.
EXEMPLO DE ENDOSSO
 
Nesse exemplo, José é obrigado a endossar o título, pois o seu nome está escrito no título como o legítimo possuidor do crédito, assim para transferir legitimamente esse título, ele deve endossar.
FORMAS DE TRANSMISSÃO DO CRÉDITO
	QUEM RECEBE POR 
	TRANSFERE POR
	Endosso em preto – EP
	EP; EB
	Endosso em branco – EB
	EP;EB;T
	Tradição
	EP;EB;T
Endosso Impróprio: legitima a posse de certa pessoa sobre um título de crédito, sem lhe transferir o direito creditício.
· Endosso-mandato – transfere ao mandatário ou procurador o exercício e a conservação do direito.
Transferência do poder para que o outro possa receber o crédito para o credor (espécie de procuradora, que não tem a propriedade do título de crédito).
É extrajudicialmente que essa procuradora irá cobrar o devedor principal.
ENDOSSO MANDATO À...; POR PROCURAÇÃO OU P/P – expressões usadas para identificar esse tipo de endosso.
No exemplo acima, caso Raquel tenha recebido o endosso-mandato para cobrar a dívida de João, na data de vencimento do título, quando ela for cobrá-lo, ele não poderá alegar que não irá pagar por ela estar cobrando ele, ou caso ela (Raquel) tiver um dívida com ele, ele não poderá pedir para descontar do título, a não ser que a dívida fosse da Tereza.
Art. 892 - Aquele que, sem ter poderes, ou excedendo os que tem, lança a sua assinatura em título de crédito, como mandatário ou representante de outrem, fica pessoalmente obrigado, e, pagando o título, tem ele os mesmos direitos que teria o suposto mandante ou representado.
A cláusula constitutiva de mandato, lançado no endosso, confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título, salvo restrição expressamente estatuída.
O endossatário de endosso-mandato só pode novamente endossar o título na qualidade de procurador, com os mesmos poderes que recebeu.
Transfere apenas alguns direitos ao portador do título, ou seja, somente a posse do título. 
Com a morte ou a superveniente incapacidade do endossante, não perde eficácia o endosso-mandato.
Pode o devedor opor ao endossatário de endosso-mandato somente as exceções que tiver contra o endossante. 
Glauber – devedor principal.
Silvana – endossatário por mandato
· Endosso-caução ou pignoratício – usado para instituir uma garantia dada em um negócio realizado pelo endossante e que não se transfere permanentemente para aquele que esteja recebendo a garantia, mas provisoriamente, até que satisfeita a obrigação garantida. O crédito não se transfere para o endossatário, que é investido na qualidade de credor pignoratício do endossante. É operado por um penhor.
O credor aqui não terá a propriedade do título, apenas a posse temporária como garantia do pagamento do negócio firmado. Na data de vencimento do título, poderá ser cobrado (executado) o endossante que usou o título como caução, assim como o devedor principal, e só após a data de vencimento, em que a dívida não tenha sido paga, que poderá executar o demais devedores e avalistas.
O endossante é fiador da solvabilidade (pagamento) do devedor do título, assim como dos endossos anteriores.
Não pode o devedor opor ao endossatário de endosso penhor, as exceções que tinha contra o endossante, salvo se aquele tiver agido de má-fé.
Serve de garantia para outro negócio. Geralmente é feito em transações bancárias.
ENDOSSO CAUÇÃO À ... VALOR EM GARANTIA ... VALOR EM PENHOR – expressões usadas para identificar esse tipo de endosso.
· Endosso sem garantia ou proibitivo – não vincula o endossante na qualidade de coobrigado. Esta cláusula necessita de ser expressa. Assim, o endossante só irá pagar ao seu endossatário, ou seja, não garante o pagamento a terceiros.
ENDOSSO SEM GARANTIA À ... – expressão usada para identificar esse tipo de endosso.
· Endosso Póstumo, Tardio ou Posterior – é aquele realizado após o vencimento do título, do protesto com efeito de cessão civil de crédito. 
Será considerado válido.
· Endosso sem Protesto ou sem Despesas – o sujeito garante o pagamento do título (na condição de devedor solidário), mas não se responsabiliza por qualquer despesa de protestos feitos. 
ENDOSSO SEM PROTESTO – expressão usada para identificar esse tipo de endosso.
· Endosso Parcial – é nulo, pois se transfere na íntegra o valor do título. Inválido, só pode endossar o valor total e não pode nem estipular um valor fixo.
ENDOSSO APENAS 30% DO VALOR DO TÍTULO – expressão usada para identificar esse tipo de endosso nulo.
· Endosso Condicional – é aquele vinculado a uma determinada condição. Não é nulo, mas ineficaz, porque a lei considera como não escrito, ou seja, valerá o endosso (em sua totalidade, sem nenhuma condicionante). 
CLÁUSULA NÃO À ORDEM – valerá como cessão (cedendo o crédito) civil de crédito. O cedente não se responsabilizará pela solvência do cessionário, apenas pela existência do crédito. Não será transferido por endosso, pois para ser transferido por endosso precisa ser à ordem. Mesmo com essa cláusula que pede para que o título não seja transferido, ele poderá sim ser, mas por cessão civil, não por endosso.
Cedente: quem transfere.
Cessionário: quem recebe.
Endosso ≠ Cessão Civil
Endosso: o endossante responde pela solvência (pagamento) do título.
Cessão Civil: a regra é que o cedente não responderá pelo pagamento. Salvo, haja uma cláusula expressa.
Ariel passa a ser credora.
De Lol para Ariel é uma relação regida pelo direito civil. De Cinderela para Branca de Neve é regida pelo direito cambial. A cedente não se responsabiliza pela solvência do crédito, ficando Ariel limitada a cobrar Cinderela.
DISTINÇÃO
	ENDOSSO
	CESSÃO CIVIL DE CRÉDITO
	Direito autônomo
	Deriva dos direitos do primeiro beneficiário
	É unilateral (depende de uma única assinatura do endossante)
	É bilateral (há assinatura do cedente e do cessionário).
	Direito Cambiário/D. Emp.
	Direito obrigacional/D. Civil
	Feito no próprio título
	Feito em um contrato
O endossatário de endosso em branco pode mudá-lo para endosso em preto, completando-o com o seu nome ou de terceiros. Pode endossar novamente o título em branco ou em preto, ou pode transferi-lo sem novo endosso.
					
AVAL
É uma garantia cambial através da qual uma pessoa física ou jurídica (avalista), se torna responsável pelo pagamento de um título de crédito nas mesmas condições de seu avalizado, portanto uma obrigação objetiva, pois o avalista não garante a pessoa do avalizado e sim a liquidação do título.
Ele passa a ser devedor solidário também. Aqui ele estaráavalizando o Título, tendo as mesmas obrigações à pessoa da relação cambial a qual ele deu o aval.
“Bom para Aval”; Por garantia – expressões usadas para identificar esse tipo de endosso.
Não há de se falar em aval em outras obrigações, pois é peculiar aos títulos de crédito.
O que leva em consideração é o título de crédito, não a pessoa.
O avalista tem a mesma características que o endossante, ambos são devedores solidários.
CONSEQUÊNCIA: o avalista se torna devedor solidário do título de crédito, sendo obrigado a pagar a integralidade da obrigação, mesmo que o avalizado possua bens.
No dia do vencimento, só se pode cobrar o devedor principal (Wanda), após esse dia, se não pago pelo principal, poderá cobrar a todos.
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval.
Parágrafo único. É vedado o aval parcial.
O aval parcial é quando o avalista garante apenas uma parte da dívida. Já o aval total é quando a garantia corresponde ao valor do documento.
Só pode avalizar o valor total, segundo o Código Civil, mas o que prevalece é o que está previsto na lei específica.
Exceção: o aval pode ser parcial se for previsto na legislação especial, como ocorre com o cheque, a nota promissória e a letra de câmbio
É o que prevalece.
Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do próprio título.
 § 1º Para a validade do aval, dado no anverso do título, é suficiente a simples assinatura do avalista.
Já no verso, há a necessidade de especificar que ele é o avalista.
Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final.
Caso não identifique aquele que ele irá avalizar, ele se equiparará ao devedor principal ou o final.
AVAL EM PRETO E EM BRANCO
O avalista lança sua assinatura e identifica o nome do avalizado a quem irá se equipara.
Não coloca o nome da pessoa em que está se equiparando (o avalizado). Consequentemente, ele será equiparado ao devedor principal ou emitente.
§ 1º Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o seu avalizado e demais coobrigados anteriores.
§ 2º Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a nulidade decorra de vício de forma.
Aval parcial pode ocorrer, que é a garantia de uma parte do valor contido no crédito.
Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos efeitos do anteriormente dado
Aval póstumo – é aquele dado após o vencimento do título de crédito e após o transcurso do prazo para o protesto ou após o protesto.
Depois de vencido e protestado. Venceu e passou o prazo de protesto.
Todo aval póstumo é posterior ao vencimento, mas nem todo aval após o vencimento é aval póstumo, pois pode acontecer do aval ser efetuado após o vencimento e dentro do prazo para o protesto e nesse caso não haverá o aval póstumo.
DIFERENÇAS
	 FIANÇA
	 AVAL
	No contrato e por escrito
	No título de crédito e a simples assinatura
	Responsabilidade subsidiária
	Responsabilidade solidária
	Garantia pessoal in personam
	Garantia do título in rem
	Só pode ser dado no contrato
	Somente no título
Apesar da obrigação do avalista ser pessoal, não é personalíssima, sendo transferida para os herdeiros.
Se o avalista morrer, passa a obrigar os herdeiros a pagarem o título.
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval; OUTORGA CONJUGAL – AVAL UXÓRIO
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações núpcias feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia separada.
Aval uxório: assinatura do cônjuge.
O STF entendeu que os títulos típicos (títulos que possuem leis especiais) não há a necessidade de outorga conjugal, mas para os atípicos (do código civil) precisa.
Art. 1.649. A falta de autorização, não suprida pelo juiz, quando necessária (art. 1.647), tornará anulável o ato praticado, podendo o outro cônjuge pleitear-lhe a anulação, até dois anos depois de terminada a sociedade conjugal.
Parágrafo único. A aprovação torna válido o ato, desde que feita por instrumento público, ou particular, autenticado.
Art. 828. Não aproveita este benefício ao fiador:
I - se ele o renunciou expressamente;
Renunciar expressamente no contrato.
MODALIDADES: 
Aval simultâneo – “ao mesmo tempo”. Quando o credor não se satisfizer com apenas 1 avalista, pode pedir que outra pessoa também avalize. Serão simultâneos os avais quando dois avalistas estiverem garantindo uma mesma obrigação. Não há direito de regresso entre os avalistas.
Maria não pode cobrar de Pedro, e vice versa, pois nenhum deles tem vínculo entre si.
Aval sucessivo – quando um avalista estiver garantindo outro avalista de uma obrigação cambiária. Há direito de regresso entre os avalistas.
Haverá dois avalistas, um garantindo a obrigação de solvencia do outro.
Alice é avalista do avalista de Thiago (Elinaldo), não de Thiago. Caso Alice pagar a dívida, ela poderá cobrar de todos, inclusive de Elinaldo.
Na hipótese de não se identificar se os avais são sucessivos ou simultâneos, entendo o STF (Súmula 189), que estes se presumem simultâneos.
DISTINÇÃO ENTRE ENDOSSO E AVAL
Endosso – visa transmitir a propriedade e decorre de lei (a lei traz como deve ser e que deve ocorrer).
Aval – visa garantir o pagamento do título e é um ato de vontade.
PROTESTO
· É a apresentação pública do título ao devedor; é um ato formal e solene que se destina a comprovar a inadimplência de uma determinada pessoa, física ou jurídica, quando esta for devedora de um título de crédito ou de um outro documento de dívida sujeito ao protesto.
Ato formal que o credor apresenta no cartório, mostrando que a pessoa não pagou o título de crédito.
É extrajudicial. Torna público a dívida.
· Se destina a duas finalidades: a primeira é de provar publicamente o atraso do devedor; a segunda função do protesto é resguardar o direito de crédito.
se o credor não protestar, não poderá cobrar os coobrigados.
Necessário – coobrigado
Será necessário o protesto, quando o credor quiser garantir que haja o pagamento, podendo com isso protestar os devedores solidários. Significa que necessariamente, para que o credor permaneça com o direito de regressar com a ação contra os devedores solidários ele precisa protestar.
Cláusula “sem despesas” no título de crédito – dispensa o protesto, não precisa protestar os devedores solidários, pois eles já estarão incluídos, entrando direto com a ação cambial. 
Obs.: O avalista equiparado ao devedor principal, será facultativo o seu protesto.
Facultativo – devedor principal e seu avalista (pois fica equiparado a ele).
Não é necessário protestar o devedor principal, sendo facultativo seu protesto.
REQUISITOS PARA O PROTESTO DE NOTA PROMISSÓRIA.
1 – Requerimento de protesto, em duas vias, assinado por responsável pela empresa ou por procurador – em caso de pessoa jurídica, ou pelo portador do cheque em caso de pessoa física. – Dados do credor – Nome ou Razão Social, CNPJ ou CPF e endereço.
· O requerimento deverá conter: (pode ser usado modelo próprio da Serventia, disponibilizado no site)
· Dados do credor – Nome ou Razão Social, CNPJ ou CPF e endereço.
· Dados do devedor – Nome ou Razão Social, CNPJ ou CPF e endereço.
· Relação de todos os títulos enviados a protesto, indicando data de vencimento, número da nota promissória e valor de cada um.
· Número de conta bancária para repasse de valores no caso de pagamento em Cartório.
2 – A nota promissória original, devidamente preenchida.
5 – Cópia do documento de identificação do signatário do requerimento.
5- Cópia da procuração, se for o caso.
6- Cópia do Contrato Social da empresa, se for o caso.
Em Minas Gerais, as custas são pagas previamentepelo credor, sendo ressarcidas quando do pagamento em cartório pelo devedor, ou se protestado o título, quando do pagamento diretamente ao credor pelo devedor.
Caso seja de interesse o envio dos títulos protestados pelos Correios, favor informar no requerimento o endereço para remessa. Nesse caso há o pagamento da taxa de Correios – que pode ser paga juntamente com o valor total das custas.
O QUE É CANCELAMENTO DE PROTESTO
Depois de protestado o título em cartório, o devedor deverá pagar diretamente ao credor.
O valor a ser pago será o valor do título, sendo facultado ao credor acrescer juros e multa (para títulos protestados após 28/01/2019). Para títulos protestados antes de 28/01/2019 o devedor deverá pagar ao credor o valor do título acrescido do valor das custas de cartório, sendo facultado ao credor.
Feito o pagamento ao credor, este fornecerá ao devedor documento hábil – Instrumento de Protesto ou Carta de Anuência – para o cancelamento do protesto junto ao Cartório.
O cancelamento também pode ser feito online através do site: http://cenprotmg.com.br, desde que o credor possua certificado digital.
Com a carta de anuência em mãos, ou após a solicitação de cancelamento online, o devedor deverá entrar em contato com Cartório para efetuar o pagamento das custas.
É importante que o devedor faça o cancelamento, pois do contrário, mesmo que ele já tenha quitado a dívida, seu nome continuará com restrição.
Cancelado o protesto, o próprio Cartório se incumbe de retirar a restrição dos órgãos de proteção ao crédito.
MOTIVOS DE CANCELAMENTO DO PROTESTO:
1. Pagamento do título;
2. Carta de anuência do credor;
3. Decisão judicial, o devedor não está devendo, entra com ação judicial e a decisão cancelará o protesto.
LETRA DE CÂMBIO
Surgiu na idade média.
No caso do ilustrado acima, se flor aceitar a letra de câmbio, ele se tornará devedor principal, denominado de aceitante e Silvana será devedora solidária.
Flor não tem obrigação de aceitar a letra de câmbio.
É uma ordem de pagamento à vista ou a prazo e é criada através de um ato chamado de saque. Para a existência e operacionalização da letra de câmbio são necessárias três situações jurídicas distintas:
1. SACADOR – sendo aquela parte que faz o saque, oportunidade em que fica criada a letra de câmbio como documento. Esta pessoa é quem dá a ordem de pagamento;
1. SACADO – representa a parte a quem a ordem é dada, ou seja, é quem deve efetuar o pagamento;
Sua manifestação deverá ser por escrito (assinatura), quando ele virar aceitando.
1. BENEFICIÁRIO – tomador, é a pessoa que receberá o pagamento, sendo assim o beneficiário da ordem.
Saque: pagamento feito pelo sacador.
No segundo caso, é possível o sacador ser o próprio sacado, pois ele não encontrou alguém para ser.
No terceiro caso, no caso de o sacado não pagar o que deve e não tiver nada que comprove isso, o credor pode fazer o título de crédito sendo o sacador e beneficiário, ao mesmo tempo.
OBS:
· Se o sacado aceitar a ordem passará a ser denominado de ACEITANTE e será o devedor principal e o sacador será devedor solidário.
· Se o sacado não aceitar a ordem, não terá nenhuma obrigação e o sacador será o devedor principal e ocorrerá a antecipação do vencimento (título será à vista).
A letra de câmbio é um título à ordem que se cria mediante o saque, emitido em favor de alguém, sendo transferível por endosso, que se completa pelo aceite e se garante pelo aval.
O primeiro será sempre tradição (Gabriel pra Júlio) e depois, obrigatoriamente por endosso, por causa conter o nome do beneficiário.
REGULAMENTAÇÃO: 
1. Decreto nº 2.044, de 31/12/1908 (LEI SARAIVA);
1. Decreto nº 57.663, de 24/01/1966 (LEI UNIFORME)
Caso haja divergência entre elas, prevalecerá a Lei Uniforme.
REQUISITOS: classificados em essencial e não essencial. Classificação essencial:
1. A expressão LETRA DE CÂMBIO;
1. O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada (o título deve conter expressamente o valor a ser pago);
O que vale é o que está escrito por extenso.
1. O nome de quem deve pagar (sacado);
1. O nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga (beneficiário ou tomador), não se admite ao portador;
1. A assinatura de quem emite a letra de câmbio (sacador).
A Lei Uniforme (art. 2º) e a Lei Saraiva (art. 20, parágrafo 1º) consideram como requisitos não-essenciais:
1. Data e lugar de emissão (ou saque) da letra de câmbio podem ser inseridos pelo beneficiário;
1. Data de vencimento do título (a sua ausência implica no vencimento à vista) e
1. Lugar de pagamento da letra de câmbio (quando o título não especificar o lugar de seu pagamento, deve ser considerado como tal, o domicílio do sacado)/art. 889, parágrafo 2º, CC.
Hipóteses para se tornar o título à vista: o sacado recusar o título e não tiver data de vencimento no título.
Todo aceitando é um sacado, mas nem todo sacado é um aceitante.
ACEITE
A declaração do aceite torna o sacado, devedor principal, passando a ser denominado de ACEITANTE.
O ACEITE deve ser dado na própria letra de câmbio (verso ou anverso – aceito). Art. 25 da LU
Havendo mais de um sacado, a letra deverá ser apresentada ao primeiro nomeado, se este não aceitar, ao segundo, se este não aceitar, ao terceiro, ...
Só será a vista se apresentado a todos e o último sacado se recusarem a ser o aceitante.
O sacador responsabiliza-se pelo aceite do sacado e pelo pagamento dela e na sua circulação, os endossantes responsabilizam-se como devedores solidários.
Se o sacado não aceitar o título, ocorrerá o seu vencimento antecipado. (Art. 43 da LU)
Aceite domiciliado (Art. 27 da LU)
O aceitante exige que o pagamento seja no seu domicílio no momento do aceite.
Apresentada a letra de câmbio para o aceite, o sacado não pode retê-la, tendo de devolvê-la de imediato. A recusa na devolução enseja responsabilização penal para o sacado e protesto por falta de devolução do título, para o sacador.
LETRAS NÃO ACEITÁVEIS OU SEM ACEITE
O aceite da letra será válido (não pode ser protestado por falta de aceite).
Ação de perdas e danos perante o beneficiário.
Caso haja essa expressão, a data de vencimento, mesmo que não haja aceite, será mantida o que foi escrito na letra de câmbio.
DEVEDORES CAMBIÁRIOS
Solidários/coobrigados - sacador, endossantes e avalistas.
Principal – aceitante; sacador
Não tem ordem de preferência.
Devedor cambiário de regresso – sacador, endossantes e avalistas.
ENDOSSO
· O endossante ao transferir o título, garante ao endossatário que o crédito representado no título será pago pontualmente.
· O endossante responde solidariamente pelo aceite da cártula, garantindo seu pagamento.
· A mera tradição do título sem o endosso, não obrigará o devedor a garantir o pagamento do título ou se responsabilizar solidariamente pelo aceite da cártula.
EXEMPLOS:
1. A emite uma Letra de Câmbio contra B (sacado) em favor de C (beneficiário). C endossa em preto para D, este é o legítimo possuidor.
1. A emite uma Letra de Câmbio contra B (sacado) em favor de C (beneficiário). C endossa em branco para D, que por sua vez, entrega o bem a E (sem endossá-lo). Posteriormente, E endossa em branco para F. Este será considerado legítimo possuidor, porque o último endosso foi em branco, pouco importando a tradição feita sem endosso de D para E. D não será devedor solidário.
1. A emite uma LC contra B (sacado) em favor de C (beneficiário). C endossa em preto para D que, sem endossá-la, a entrega para E. Este não é o legítimo possuidor, já que o último endosso foi em preto e em favor de D.
ENDOSSO DE RETORNO E REENDOSSO
D- REENDOSSOU
G – ENDOSSO DE RETORNO
Reendossou: é quando a mesma pessoa aparece duas ou mais vezes na mesma relação, reendossando. Ele endossa novamente.
Endosso de Retorno: quando na mesma relação cambial, a mesma pessoa recebeu por endosso mais de uma vez. O título volta para ele por ensosso, assim como na primeira vez que ele pegou o título.
AVAL
· O avalista pode ser um terceiro estranho ao título ou alguém que já seja obrigado.
· Art. 31 da LU – prevê que o aval deve indicar a quem se dá. Na faltada indicação, entender-se-á pelo sacador, ie, em prol deste. Se o aval for em branco, será considerado avalizado o sacador.
· A obrigação do avalista é autônoma em relação a do avalizado (falência)
· O avalista somente pode se opor àquele que lhe exigir o pagamento do título, suas exceções pessoais (o credor é devedor do devedor que está cobrando) ou as exceções comuns a todos os devedores (como o título prescrito).
· Aval cancelado – é considerado como não escrito. Mesmo que tente cancelar o aval, não valerá.
· Aval antecipado – quando o aval é feito em favor do sacado e este não aceita a letra, permanece íntegra a obrigação do avalista do sacado.
· Art. 30 da LU permite o aval parcial ou limitado.
· Admite-se o aval posterior (art. 900 CC)
· Não gera efeito o aval dado após o protesto.
· O credor pode cobrar primeiro ao avalista, e este terá direito de regresso contra o avalizado e os demais coobrigados anteriores.
APRESENTAÇÃO
· Feita pelo portador do título ao devedor principal para efetuar o pagamento constante da cambial, na data do vencimento.
Há dois tipos de apresentação: no início, no caso abaixo, Júlio procura Bernardo para que haja o aceite, e uma segunda vez para que haja o pagamento.
· Na letra à vista, a apresentação é para pagamento e não propriamente para aceite.
· Recusando o aceite e, por conseqüência, o pagamento da letra, verifica-se necessária duas apresentações (extra-oficial e oficial).
PAGAMENTO
· Corresponde ao resgate cambial.
“resgatar a nota cambial”
· Quem efetuar o pagamento antes do vencimento ficará responsável pela validade de tal ato.
· Antes do vencimento, o credor poderá recusar-se a receber o pagamento do título.
· É possível o pagamento parcial do valor constante do título (art.902 CC).
· Após o pagamento do título, o devedor deverá exigir do credor a entrega da cártula e a quitação regular.
O devedor que pagar pode pedir ao credor para escrever que foi quitado, para que o título não possa mais ser transferido e cobrado.
VENCIMENTO (ORDINÁRIO)
Prazo acordado pelas partes de quando se dará o pagamento do crédito.
 I – À VISTA (no dia que foi visto pelo credor);
II – A DIA CERTO (específica o dia do vencimento);
III – A TEMPO CERTO DA DATA (vai precisar contar, ex. Daqui a 20 dias a partir da data da emissão do, conta em dias corridos);
IV – A TEMPO CERTO DA VISTA (mesma coisa da de cima, porém usa como base a data do aceite).	
VENCIMENTO (EXTRAORDINÁRIO)
Vencimento à vista
I – RECUSA TOTAL OU PARCIAL DO ACEITE;
II – FALÊNCIA DO ACEITANTE;
III – FALÊNCIA DO SACADOR NA L.C NÃO ACEITÁVEL
PROTESTO
Medida extrajudicial para comprovar que o sujeito é um mal pagador, é levado a cartório. O devedor fica com nome sujo.
Protesto necessário: protesto para que o credor pode acionar
Protesto facultativo: o credor escolhe se quer protestar o devedor solidário.
Três possibilidades que gera o protesto
1. Falta (não localização do sacado) ou recusa (o sacado se recusa a dar o aceite) de aceite;
1. Falta ou recusa de pagamento;
1. Falta de devolução do título
· O credor prova aos coobrigados que não recebeu por parte do devedor principal do título, a quantia nele inserido.
· Se não for feito o protesto ou se for efetuado fora do prazo legal, perderá o direito de regresso.
· Protestar o avalista antecipado do sacado.
· Cancelamento do protesto.
Pagamento do crédito;
Negociação entre o credor e o devedor/carta de anuência do credor;
Decisão judicial.
AÇÃO CAMBIAL
· A execução deverá ser proposta no lugar indicado para pagamento do título ou no domicílio do devedor principal (caso não haja indicação do lugar de pagamento).
· É obrigatório o protesto para a execução dirigida contra os coobrigados, podendo ser proposto contra um, alguns ou todos que se obrigaram no título, independente da ordem de endossos. Protesto necessário.
· Execução direta (cobrando o devedor principal) e execução regressiva (cobrando os devedores solidários) instruída com o título original.
· O devedor poderá valer-se de embargos de execução (defeito formal – título rasurado, falsificado) ou de conteúdo do título (sem o nome do emitente), direito pessoal contra o exequente, erro, dolo, falsidade de assinatura ou ausência de requisito necessário para o exercício da ação (ilegitimidade do credor, prescrição).
RESSAQUE
É um novo saque que substitui a ação regressiva.
Emitindo o título de novo, sobre o mesmo objeto.
PRESCRIÇÃO
Não poderá mais exigir o cumprimento com base na ação cambial.
1. Em 03 anos (o credor pra cobrar), a contar de seu vencimento, no caso de execução contra o aceitante e seu avalista;
1. Em 01 ano, a contar da data do protesto ou da data de vencimento, se tiver a cláusula “sem despesas” (dispensa a necessidade de protesto) contra o sacador, endossantes e seus avalistas;
1. Em 06 meses, ações dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador (ação regressiva), a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi acionado.
NOTA PROMISSÓRIA
· É um título executivo extrajudicial (por disposição legal, ele tem força executiva, ou seja, no momento que for ajuizado uma ação, o credor já entrará na faze de execução).
· É uma promessa de pagamento de uma certa quantia em dinheiro em determinado prazo, que é emitida por aquele que se compromete a pagar o valor previsto no título (devedor, sacador, emitente, subscritor, promitente) em favor daquele que faz jus ao recebimento da quantia indicada no documento (tomador, beneficiário – é o credor), mediante o preenchimento dos requisitos legais de validade previstos na Lei Uniforme de Genebra – mesma lei que regula a letra de câmbio (Decreto nº 57.663/66).
Relação Bilateral, ao contrário da Letra de câmbio, que é trilateral, inicialmente.
Não há aval antecipado, pois não há a figura do aceitante, mas as outras formas de aval têm.
Thiago é o emitente
Elson e Leornardo são os endossantes.
Caio é o avalista e Ana Loren é a avalista sucessiva.
Alice e José são avalistas simultâneos.
Yara é a credora, a beneficiária, a tomadora.
REQUISITOS
· A denominação NOTA PROMISSORIA (requisito mais importantes)
· A promessa pura e simples de pagar determinada quantia;
· O nome do beneficiário ou à ordem de quem deve ser paga;
· A data de emissão;
· A assinatura do emitente
REQUISITOS NÃO ESSENCIAIS
· Local de emissão;
· Local de pagamento
· Data de vencimento
PECULIARIDADES QUE DIFERENCIAM DA LETRA DE CÂMBIO
1. Não há aceite;
1. O emitente da nota promissória se equipara ao aceitante;
1. No aval em branco, o avalizado é o emitente;
VENCIMENTO (ORDINÁRIO)
I – À VISTA;
II – A DIA CERTO;
III – A TEMPO CERTO DA DATA;
IV – A TEMPO CERTO DA VISTA (aqui leva em consideração a data do aceite o que não era para existir isso, pois na nota promissória não há o aceite).
Essa ultima possibilidade, em uma questão aberta, pode-se alegar que não poderia existir essa hipótese, pois na nota promissória não tem a figura do sacado.
VENCIMENTO (EXTRAORDINÁRIO)
I – FALÊNCIA DO SACADOR;
PRESCRIÇÃO
Não poderá mais exigir o cumprimento com base na ação cambial.
0. Em 03 anos, a contar de seu vencimento (a partir do vencimento do título que nasce a pretensão de cobrança desse), no caso de execução contra o emitente (devedor principal) e seu avalista (do devedor principal).
Não precisa ter sido protestado o título.
Aqui trata do portador, do credor, quando tempo ele tem para cobrar em juízo (ação cambial) o devedor principal e seu avalista.
0. Em 01 ano, a contar da data do protesto ou da data de vencimento, se tiver a cláusula “sem despesas” contra os endossantes e seus avalistas;
No caso dos coobrigados, a partir da data do protesto.
0. Em 06 meses, ações dos endossantes uns contra os outros (ação regressiva – direito de regresso), a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi acionado.

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