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CONCEITOS DE FORMA DE DOSAGEM Droga: Substância sintética ou natural que é capaz de induzir um efeito farmacológico ou tóxico. Fármaco: Medicamento de estrutura química bem definida. Um medicamento pode conter um ou vários fármacos. Medicamento: Toda substância química que tem ação profilática, terapêutica ou que atua como auxiliar de diagnóstico. Remédio: Todo processo utilizado para promover a cura. Princípio Ativo: Substância que é responsável pelo efeito terapêutico, é o principal agente da fórmula (Sinônimos: Fármaco, Droga, Base Medicamentosa) Fórmula Farmacêutica: Descrição dos componentes ativos e não ativos de um produto farmacêutico e suas respectivas dosagens. Associação Medicamentosa: Quando uma Forma Farmacêutica possui dois ou mais Princípios Ativos. Excipiente: Termo utilizado para designar a parte sólida e semi-sólida, não medicamentosa de uma formulação. Veículo: Termo utilizado para designar a parte líquida não medicamentosa de uma formulação. Ex: água. Forma Farmacêutica: É a forma como o medicamento se apresenta, sólida, líquida, pastosa ou gasosa, ainda na forma de adesivos, chicletes, feitas para facilitar a administração, obter o maior efeito possível, favorecer a estabilidade do P.A e mascarar odor e sabor. Formas Farmacêuticas sólidas Pó: medicamento que se apresenta na forma de pó, deve ser diluído em líquido. Comprimido: é o pó comprimido. Pode trazer uma marca que auxilia sua divisão em partes, o que garante metade do P.A para cada lado Drágea: contém um núcleo com o medicamento que é revestido. As drágeas são liberadas no intestino. São usadas para: ● Evitar sabor e odor desagradáveis ● Mascarar substâncias que atacam as mucosas ● Facilitar a deglutição Cápsula: medicamento está envolvido em um invólucro de gelatina, também mascaram sabor desagradável. Supositório: Destina-se à aplicação retal. São apresentados na forma “cônica” (absorção mais rápida do P.A) ou de "torpedo" (absorção mais lenta do P.A) Sua ação pode ser local ou sistêmica. Óvulo: Tem a forma ovóide e é de aplicação vaginal Formas Farmacêuticas líquidas Solução: mistura homogênea de líquidos ou de líquidos e sólidos. Xarope: solução que contém água e açúcar Elixir: solução que além do soluto, contém 20% de álcool e 20% de açúcar. Suspensão: mistura não homogênea de uma substância sólida e um líquido, ficando a parte sólida suspensa no líquido (Agitar antes de usar). Emulsão: formada de dois líquidos que não se misturam. É composta de água e óleo. Formas Farmacêuticas pastosas Pomada: semi-sólida de consistência macia e oleosa de pouca penetração. Creme: semi-sólida de consistência macia e mais aquosa, maior penetração que a pomada. Gel: semi-sólida de pouca penetração. Pasta: semi-sólida de consistência macia, contendo 20% de pó. Atua na superfície da pele sem penetrá-la. Formas Gasosas: usadas para a administração de substâncias voláteis. TIPOS DE MEDICAMENTOS 1. De referência ou ético É aquele medicamento que tem patente e que uma empresa possui seu monopólio por um tempo determinado. 2. Genérico Medicamento similar a um produto de referência. Geralmente produzido após a expiração da patente. Geralmente apresenta a mesma eficácia que o medicamento de referência. 3. Similar Apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica, preventiva ou diagnóstica, do medicamento de referência registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativa ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca. CONCEITOS GERAIS Biodisponibilidade: Maior quantidade do fármaco que de receptores. Indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir da concentração, tempo de circulação e sua excreção. Bioequivalência: Agonista: Substâncias que causam alteração na função celular produzindo vários tipos de efeitos. Essa alteração vem devido a alteração do receptor que está localizado na célula. Antagonista: Um fármaco que impede a ativação do receptor pelo agonista é designado como antagonista. Podendo ser o mesmo local ou local diferentes. Especificidade: Se ligam ao receptor sem causar alteração, impedindo assim a ativação do agonista. Afinidade: Capacidade do fármaco em se ligar ao receptor Eficácia: Capacidade do fármaco em ativar o receptor gerando uma resposta biológica. Obs: os fármacos agonistas possuem especificidade, afinidade, eficácia e as moléculas apresentam forma complementar à do receptor, se ligando e reproduzindo uma resposta. Os antagonistas possuem especificidade e afinidade, mas não ativam o receptor. São usados para impedir ou bloquear alguma ação, ocupando o receptor e modificando os efeitos fisiológicos. Dessensibilização: Diminuição do efeito do fármaco que ocorre gradualmente quando administrado de modo contínuo ou repetidamente. Pode ser reversível. Ex: resposta atenuada de um fármaco. Obs: a dessensibilização pode ser feita tanto por agonistas quanto de antagonistas. Quando há uma grande demanda de fármacos, a célula retira os receptores e ocorre a dessensibilização. Mecanismo de dessensibilização Perda de receptor: Pode aumentar a disponibilidade do agonista o quanto for, se não houver receptores na célula não há ação. Aumento do metabolismo do fármaco: Se aplica no paciente algum fármaco e se esse paciente metaboliza rapidamente ele também vai excretar rapidamente. Obs: os fármacos são chamados de xenobióticos (xeno= diferentes) e tudo que é diferente no organismo vai passar pelo processo de excreção para ser eliminado. Exaustão de mediadores: Quando há uma alta biodisponibilidade ocorrendo a ocupação dos receptores, fazendo com que as células endocitam esses receptores, ocorrendo uma exaustão dos receptores. Adaptação fisiológica: Pode mudar a conformação dos receptores. Reação adversa ≠ Efeito colateral Reações adversas: náuseas, tonturas, cefaléia, hipertermia, hipotensão Efeito colateral: fluoxetina → antidepressivo que inibe a recaptação de serotonina. Seu efeito colateral é INIBIR A FOME. Obs: Toda reação adversa é maléfica, mas nem todo efeito colateral é. FARMACOCINÉTICA Estuda o movimento que o fármaco realiza no organismo vivo Inclui o estudo da: Absorção: Transporte de um fármaco para do local de sua administração no organismo para a circulação sistêmica. Exceção: via intravenosa, pois já está na circulação e a via tópica pois não cai na corrente sanguínea. Distribuição: O fármaco pode sair da circulação sanguínea e distribuir-se nos líquidos intersticial e intracelular. Locais de ação terapêutico, reservatórios (adiposo e ósseo). Obs: algumas barreiras fisiológicas impedem a distribuição do fármaco, a principal é a hematoencefálica. Biotransformação: O fármaco pode ser biotransformado no fígado ou em outros tecidos. Obs: Os fármacos podem ser polares ou hidrossolúveis e apolares ou lipossolúveis. Nenhum fármaco é 100% lipo ou hidrossolúvel, existindo assim aqueles que são mais um ou o outro. Eliminação: O fármaco e seus metabólitos são eliminados do organismo na urina, na bile ou nas fezes. Obs: a velocidade e eficiência dos fármacos vai depender da via de administração. Características em relação aos fármacos ● Os fármacos podem ser polares ou hidrossolúveis e apolares ou lipossolúveis, mas não 100%. ● Polaridade: Fármacos lipossolúveis são mais facilmente absorvidos do que os hidrossolúveis, pois a membrana celular possui camada bilipídica. ● Peso molecular e conformação estrutural: moléculas menores são mais facilmente transportadas do que moléculas maiores. ● Fármacos na forma ionizada e protonada não são absorvidos, apenas na forma molecular. ● Os fármacos são ácidos ou bases. ● Fármacos ácidos se ionizam em meio ácido sendo absorvidos e o básico se protoniza em meio básico sendo absorvidos. 1. Absorção Passagem do fármaco do seu local de administração até a circulação sistêmica.Obs: Na via intravenosa não há absorção, já que é administrada direto na circulação. O fármaco é administrado, liberado, absorvido, caindo na circulação sanguínea. Depois da absorção o fármaco é distribuído para os locais de formação terapêutica, gerando o efeito, pode ser distribuído para reservatórios teciduais (tecido adiposo e ósseo) e pode também ir para um local de ação inesperada, que vai gerar um efeito adverso. Depois de distribuído e metabolizado, ele vai ser excretado. Características em relação à célula Bicamada lipídica: é uma barreira semi-permeável, controlando o que sai e o que entra. Possui lado hidrofóbico (dissolve fármacos hidrossolúveis) e hidrofílica (dissolve fármacos lipossolúveis). Fluidez: moléculas individuais se movem lateralmente. Nessa membrana que há proteínas e canais proteicos, podem ser receptores farmacológicos. Essas proteínas são compostas de aminoácidos que podem ser primários, secundários, terciários e quaternários, possuindo assim a ligação dos fármacos nesses aminoácidos, sendo atraídos. Mecanismos para atravessar as barreiras celulares Transporte passivo: do meio que há mais para onde tem menos. Transporte por difusão facilitada: tem a participação de uma proteína transportadora. Pode ser de um menos para um mais. Transporte paracelular: Transporte em que os fármacos vão driblando as células até serem absorvidos. Os fármacos hidrossolúveis são mais fáceis de atravessar, em que o tamanho da molécula vai influenciar a passagem. Moléculas pequenas passam mais facilmente. Se for um gás é melhor ainda de ser absorvido. Endocitose: quando a membrana envolve a molécula do fármaco. Obs: Lipossoma → fármaco cedido à célula em que vai possuir um envoltório como uma membrana bicamada lipídica que é feita em laboratório. Glicoproteína P: Principal responsável pela proteína transportadora de fármacos. Essa proteína é codificada pelo gene MDR1, em que a presença desse gene codifica essa proteína e expressa na membrana plasmática. Algumas raças caninas possuem a mutação desse gene (pastores, border collie, shitzu…) todas as raças possuem essa mutação e se a gente sabe que esse gene é responsável pelo transporte de fármacos no tecido e essa proteína está presente no Intestino delgado, rins, fígado, barreira hematoencefálica, barreira placentária… fazendo com que ocorra uma impregnação dos fármacos nos tecidos, causando uma reação de toxicidade. Sensíveis a antibióticos, quimioterápicos, ivermectina, e antifúngicos. Os fármacos são ácidos ou básicos. Os ácidos são absorvidos em meios ácidos e os básicos em meios básicos. O que determina o PH dos fármacos é um termo chamado de PKA. Dependendo do local de absorção, o PH do órgão onde ele é administrado, esse fármaco tende a permanecer em sua forma molecular ou ionizada, em que o que é absorvido é a fórmula molecular. Ex: quando se adiciona um fármaco de pka 4,4 em um local com PH 4,4 (iguais), significa dizer que 50% dele vai estar em fórmula molecular e 50% na forma ionizada. Quando o meio é mais ácido do que o pka do fármaco, ele tende a permanecer na forma molecular. Obs: os fármacos tendem a se perder devido a essa diferença de ph com pka. Absorção oral O estômago possui um ph mais ácido, em que os fármacos ácidos são absorvidos. Obs: não é permitido a partição de comprimidos e nem a abertura de cápsula, pois altera os parâmetros do comprimido. A não ser que ele seja sulcado. Fatores que influenciam na absorção Concentração (dosagem): se administra a dose maior que a recomendada, maior é a quantidade que vai ser absorvida, o inverso acontece com doses menores. Forma farmacêutica: a forma líquida são mais absorvidas que as sólidas. Área absortiva: quanto maior a área, melhor a absorção. Quanto menor a área, melhor a absorção. Circulação local: no músculo há mais absorção que no subcutâneo. Condições patológicas: na inflamação há uma melhor absorção, pois na área inflamada tem uma maior absorção local por causa da dilatação dos vasos. Já no inchaço há uma menor absorção devido a presença do edema. Quando men Tempo de esvaziamento gástrico: quanto menor o período de esvaziamento, maior a absorção. Quanto maior o período de esvaziamento, menor a absorção. Isso tem relação com a quantidade de alimento ingerido, já que com o alimento maior é a digestão e gasto de energia. A grande maioria dos fármacos têm dificuldades de serem absorvidos na presença de alimentos. Já outros devem ser administrados com alimentos para que não ocorra algumas reações adversas, como os anti inflamatórios esteroidais que tratam os sinais cardinais da inflamação, mas tem um efeito adverso que é a formação de úlceras gástricas. Então, na ausência de alimento esse efeito é maior. Fatores na formulação: quando tem esses fatores, melhor a absorção. Metabolismo entérico: o animal em jejum possui uma melhor absorção. Obs: quanto maior a quantidade de água ingerida, melhor é a absorção do fármaco. Metabolismo de 1ª passagem hepático O fármaco é ingerido pela via oral, é absorvido no intestino e integra no fígado (órgão de biotransformação). Quando a veia porta leva o fármaco do intestino para o fígado diretamente sem passar pela circulação, o fígado vai metabolizar esse fármaco, perdendo a disponibilidade do fármaco, já que ele é metabolizado antes de ser distribuído para o corpo. O fígado também pode ativar fármacos desativados ou torná-lo mais tóxico. Barreiras epiteliais ● Hemato-encefálica ● Placentária As células endoteliais são mais justapostas que as outras, e isso faz com que alguns vírus não penetre. Dosagens dos fármacos Dosagem terapêutica: A primeira administração não atinge a faixa terapêutica e a segunda dose é aplicada no tempo de meia vida da primeira, e com a segunda dose se alcança a faixa terapêutica. Dosagem terapêutica com dose de ataque: Nesse caso, a primeira dose já atinge a faixa terapêutica, pois a dose foi o dobro da que o animal tem que tomar. Nem todos os fármacos podem fazer esse tipo de administração, apenas os antibióticos e alguns fármacos não esteroidais. Dosagem tóxica: Administrado acima do que o animal deve receber, causando toxicidade. Dosagem subterapêutica Administrado abaixo do que o animal deve receber, não atingindo a faixa terapêutica. Essa dosagem pode fazer com que as bactérias adquirem resistência aos fármacos. Vias de introdução (administração) Enteral → efeito sistêmico via TGI (ex: oral, retal). ➢ Orais ● Possuem absorção no intestino ou estômago; ● Desvantagem: absorção de primeira passagem no fígado; ● Vantagens: facilidade de administração, menos dispendiosa, toxicidade ou dosagem excessiva podem ser neutralizadas; ● Contraindicação: Náuseas e vômitos; diarreias; Dificuldades para engolir; ● Ex: comprimidos, drágeas, cápsulas. ➢ Absorção sublingual ● Absorção pela vascularização abaixo da língua direto para o sangue; ● Ex:anti-hipertensivos, analgésicos, nitratos. ➢ Retal (supositórios) ● Vantagens: protege os fármacos suscetíveis da inativação GI e hepática, pois somente 50% do fluxo venoso retal tem acesso à circulação porta; ● Desvantagem: a absorção pode ser incompleta, especialmente em pacientes com motilidade intestinal aumentada. Pode irritar a mucosa; ● Indicações: estados de coma, inconsciência, náuseas e vômitos; ● Ex: diazepam, metronidazol e alguns AINEs. Parenteral → efeito sistêmico via injeção, infusão ou nenhuma destas (ex: intramuscular, intradérmica, intravenosa, subcutânea, sublingual, intranasal, etc.) ➢ Via intradérmica ● Via restrita a pequenos volumes (0,1 a 0,5 mL). ● Usadas para reações de hipersensibilidade: provas de ppd (tuberculose), sensibilidade de algumas alergias, realizar dessensibilização e auto vacinas e aplicação de BCG. ➢ Via subcutânea ● Medicação introduzida na tela subcutânea (tecido subcutâneo ou hipoderme); ● Absorção lenta, através dos capilares, de forma contínua e segura; ● Administração de vacinas, anticoagulantes e hipoglicemiantes. ➢ Via intramuscular ● Muito utilizada devido a sua rápida absorção.● A escolha da malha muscular: músculo bem desenvolvido; ter facilidade de acesso; não possuir vasos de grande calibre e não ter nervos superficiais no seu traje. ➢ Via endovenosa ● Introdução diretamente na veia, não havendo absorção; ● Membros superiores e inferiores (veia cefálica e safena) evitar administrar perto de articulações; ● Indicações: necessidade de ação imediata do medicamento, necessidade de injetar grandes volumes e hidratação e introdução de substâncias irritantes aos tecidos. Tópica → aplicação de substâncias ativas diretamente na pele, ou em áreas de superfície de feridas com o efeito local. ● Sem absorção, pois não atinge a circulação (ex: epidérmica, inalável, intranasal, colírios, etc.) Via respiratória, inalatória ou pulmonar → rápida oferta de fármaco através da ampla superfície de membrana mucosa do trato respiratório e epitélio pulmonar. ● Utilizado em caso de nebulização e intubação endotraqueal ● Administração de broncodilatadores, solução fisiológica, anestésicos inalatórios. Via de administração em peixes: na ração, tratamento tópico (na água), veiculação aquática, adm IM no terço cranial. 2. Distribuição O fármaco foi liberado, absorvido e caiu no compartimento central, o sangue. Nessa etapa da distribuição, o fármaco chega em todo o organismo do animal (onde chegar sangue, vai fármaco). A distribuição do sangue vai ser feita pelas proteínas do sangue, precisando estar ligado nelas para ser distribuído. - Albumina - Globulina No processo de distribuição, o fármaco vai atuar no seu receptor específico, ativando-o e gerando o efeito. O fármaco também pode ir para um lugar de ação inesperada (acontece quando muito fármaco é administrado, se ligando a um receptor que não é específico). Também pode ser depositado e armazenado no tecido ósseo (hidrossolúveis) e adiposo (lipossolúveis). Após a administração do fármaco, ele vai ser distribuído para os órgãos de maior perfusão sanguínea/+ irrigados (pulmões, coração, fígado, rins e o cérebro), alcançando todo o corpo depois. Essa velocidade de distribuição vai depender da quantidade de proteínas plasmática e da perfusão sanguínea. 1. Rins, cérebro, fígado e pulmões; 2. Pele, tecido adiposo, muscular, vísceras e tec. ósseo. Tempo de meia vida: Tempo que leva para metade do fármaco ser excretado. Obs: o fármaco administrado por via oral tem um T1/2 (T meio) menor devido ao metabolismo de primeira passagem. Ligação dos fármacos a proteína Como já havíamos falado antes, somente a fração livre do fármaco se liga ao seu receptor. Mas para ser distribuído, esse fármaco precisa se ligar às proteínas do sangue, principalmente os lipossolúveis já que não se dissolvem no plasma/sangue, acarretando em uma deposição de fármacos no vaso. Mas quando é que o fármaco sabe quando ele tem que se desligar da proteína para ir ao seu receptor? Todo fármaco é uma molécula química bem definida, possuindo uma carga elétrica e uma nuvem eletrostática, possuindo uma variação de carga, a mesma que seu receptor possui, já que é uma proteína. Mas o que determina a força de atração do fármaco para o seu receptor, é o que faz ele se desligar da proteína e ir para o seu receptor. Quanto maior a força de atração, mais o fármaco se desliga e é atraído para o seu receptor - os opostos se atraem. Obs: o aumento da afinidade do fármaco com as proteínas plasmáticas acarreta em uma menor distribuição, uma menor metabolização e um aumento no tempo de ação, já que o fármaco permanece ligado à proteína e não se solta para ser distribuído (fármacos livres são os absorvidos). A quantidade de fármaco que se liga às proteínas vai depender de 3 fatores: 1. A quantidade de fármaco livre → quanto mais fármaco livre, maior a quantidade disponível para se ligar às proteínas 2. Afinidade do fármaco pelos locais de ligação das proteínas 3. concentração de proteínas Obs: esse terceiro ponto é onde as patologias mais alteram o organismo dos animais. A doença parasitária da leishmania altera a quantidade de albumina no organismo do animal, fazendo uma redução. O organismo aumenta a quantidade de globulina circulante e diminui a de albumina (mantém a osmolaridade do vaso das cels. endoteliais para que não ocorra o extravasamento de plasma). O Fármaco livre se liga a proteína e forma esse complexo que é o delivery. Mas somente a porção livre é que fornece os seus efeitos. 97% da varfarina (veneno de rato que causa a formação de trombos - anticoagulante) está ligada nas proteínas plasmáticas e apenas 3% faz a ação. Tipos de fármacos e ligação às proteínas plasmáticas O fármaco pode interagir com o alimento, com o álcool, cigarro e principalmente com outros fármacos. Em todos os processos farmacocinéticos há interação farmacológica (administração, absorção e na distribuição). Na distribuição elas podem competir pela mesma proteína plasmática. Na distribuição a interação farmacológica ocorre quando classifica os fármacos em: - Fármacos de classe 1: há uma maior quantidade de proteínas plasmáticas disponíveis que a quantidade de fármaco, não ocorrendo competição pelo locus das proteínas → menor biodisponibilidade. - Fármacos de classe 2: há uma grande administração da dose do fármaco e pouca quantidade de locus nas proteínas, sobrando mais fármaco que proteína → maior biodisponibilidade. Quando se administra o fármaco de classe II juntamente com o fármaco de classe I, o de classe II, por conter uma maior biodisponibilidade, vai deslocar o de classe I fazendo que ele tenha mais porções livres, aumentando assim sua absorção e potencializando seu efeito e ocorrendo uma interação medicamentosa. ● Fármacos ÁCIDOS se ligam a ALBUMINA ● Fármacos BÁSICOS se ligam a GLOBULINAS Distribuição dos fármacos Levam o fármaco para os órgãos suscetíveis (que sofrem ação farmacológicas): Ativos: metabolizam o fármaco → fígado. Indiferentes: órgãos depositários → tec. ósseo e tec. adiposo Excretórios: órgãos que secretam o fármaco → rins, pele, lágrimas, suor, TGI, leite. Obs: nos órgãos indiferentes, o fármaco é depositado mas consegue ter uma segunda passagem pelo corpo, sendo liberado aos poucos. Volume real É a distribuição por todos os líquidos do organismo (LIC e LEC). O fármaco está dentro do plasma e na circulação onde chega sangue chega o fármaco. Volume aparente É a relação da quantidade de fármaco no organismo e a concentração no plasma. As drogas lipossolúveis aumentam o volume aparente, pois apontam para o volume molecular e possuem mais facilidade de atravessar membranas.
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