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CUIDADOS DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Uma das atribuições, merecedora de reflexão da prática de enfermagem, é a administração de medicamentos que envolve aspectos legais e éticos de impacto sobre a prática profissional. Uma falha pode ter conseqüências irreparáveis. A administração de medicamentos é uma das mais sérias responsabilidades que pesam sobre o enfermeiro. Todo medicamento a ser administrado ao paciente deve ser prescrito pelo médico Toda prescrição de medicamento deve conter: data, nome do paciente, registro, enfermaria, leito, nome do medicamento, dosagem, via de administração, freqüência, assinatura do médico CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Ao preparar a bandeja de medicamentos, fazê-lo atentamente e não conversar. Ter sempre a frente, enquanto prepara o medicamento, a prescrição médica. Ler o rótulo do medicamento 3 vezes, comparando-o com a prescrição: antes de tirar o recipiente do armário antes de colocar o medicamento no administrar antes de repor o recipiente no armário. recipiente para CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Colocar a prescrição médica próximo ao recipiente de medicamentos sempre juntos na bandeja Nunca administrar medicamento com rótulo ilegível, sem rótulo ou vencido Não tocar com a mão em comprimidos, cápsulas, drágeas, pastilhas Identificar a seringa ou frasco via oral: quarto, leito, via, nome do medicamento CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Identificar o paciente antes de administrar o medicamento, solicitando nome e certificando-se da exatidão do mesmo, pelo prontuário Certificar-se das condições de conservação do medicamento; verificar a data de validade Anotar qualquer alteração após a administração (vômitos, diarréia, erupções, urticária) Quem prepara administra. Não administrar medicamentos preparados por outras pessoas CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Em caso de dúvida, nunca administrar o medicamento, até que a mesma seja esclarecida Os antibióticos devem ser administrados no máximo 15 minutos antes ou depois do horário prescrito Cancelar o horário da medicação somente após administrá-la assinar legivelmente seu nome ao lado Orientar o paciente quanto ao nome do medicamento, á ação da medicação, ao procedimento, ao autocuidado CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Checar o horário do medicamento administrado durante o dia com caneta azul e durante a noite com caneta vermelha Circular o horário em azul e anotar o motivo da não administração da medicação (recusa, vômitos, paciente fora da unidade, medicação suspensa) Circular o horário de vermelho caso o medicamento não tenha dado por esquecimento. CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Nunca anotar ou checar o medicamento antes de ter sido ministrado ao paciente Orientar quanto ao perigo da automedicação Ao colocar o medicamento no recipiente, mantê-lo no nível dos olhos, certificando-se da graduação correta. CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS Pó Grânulos Cápsula Comprimido Drágea Pastilha Supositório Pomada Creme FORMAS FARMACÊUTICAS Emplastro Solução Loção Emulsão Susupensão Extratos Injeções Óvulo linimento VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Via de administração ≠ Local de Absorção Via de administração: maneira pela qual a medicação é introduzida no organismo Relaciona-se com: Forma farmacêutica Objetivos terapêuticos Condições físicas e patológicas do paciente 13 certos: 1. Prescrição correta 2. Paciente certo 3. Medicamento certo 4. Validade certa 5. Forma / apresentação certa 6. Dose certa 7. Compatibilidade certa 8. Orientação ao paciente 9. Via de administração certa 10. Horário certo 11. Tempo de administração certo 12. Ação certa 13. Registro certo 13 CERTOS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Via Oral (VO) Sublingual (SL) Gástrica Tópica Ocular Auricular Retal Genital Nasal Parenteral (IM, ID, SC, EV) É a administração de medicamento pela boca Método mais comum de prescrição de um fármaco VIA ORAL Desvantagens: irritação da mucosa gástrica interferência na digestão dificuldade de deglutir. Vantagens: mais seguro mais conveniente mais econômico Contra-Indicações: Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes Em caso de vômitos Quando está de jejum para cirurgia ou exame Absorção: Boca Estômago Intestino VIA ORAL Medidas equivalentes 1 colher de café- 2ml-2g 1 colher de chá- 5ml- 5g 1 colher de sobremesa- 10ml- 10g 1 colher de sopa- 15ml- 15g 1 copo- 250ml 1ml = 20gts 1gt = 3mgt CORRESPONDÊNCIAS Material: Bandeja Copo ou seringa descartável Prescrição médica Comprimido ou frasco de medicamento. VIA ORAL Procedimento: Lavar as mãos Colocar os medicamentos nos recipientes, diluindo-os se for necessário. Identificar o recipiente com o nome do paciente, número do leito, medicamento e dose. Levar a bandeja para junto do paciente. Identificar o paciente, verificando o nome com a prescrição médica. Explicar o paciente e acompanhante sobre o procedimento a ser realizado VIA ORAL Explicar o propósito de cada medicamento, caso o paciente pergunte Colocar o medicamento na boca do paciente sem contaminar os comprimidos ou xarope. Oferecer água Verificar se o paciente deglutiu o medicamento, nunca deixando-o sobre a mesa de cabeceira. Recolher o material Checar o horário e fazer anotações. VIA ORAL São colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sangüíneos. A via sublingual é especialmente boa para a nitroglicerina, que é utilizada no alívio da angina (dor no peito), porque a absorção é rápida e o medicamento ingressa diretamente na circulação geral. A maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via, porque a absorção é, em geral, incompleta e errática. VIA SUBLINGUAL Procedimento: Lavar as mãos Separar o medicamento conforme prescrita Dar água para o paciente enxaguar a boca Colocar o medicamento sob a língua e pedir para abster-se de engolir a saliva por alguns minutos, a fim de que a droga seja absorvida. Checar o horário e fazer as anotações necessárias VIA SUBLINGUAL É a introdução do da medicamento através sonda nasogástrica/ nasoenteral/ gastrostomia Utilizada para pacientes inconscientes ou impossibilitados de deglutir VIA GÁSTRICA Os medicamentos sólidos são dissolvidos em água e introduzidos na via gástrica com seringa As cápsulas são abertas, dissolvendo-se o pó medicamentoso nelas contido. VIA GÁSTRICA É aplicação de medicamento na pele, sob forma de pomadas, cremes ou adesivos Sua ação pode ser local ou geral VIA TÓPICA Procedimento Explicar o procedimento e realizar a higiene local Organizar o material Lavar as mãos Calçar luvas Expor o local Colocar o medicamento na pele, conforme prescrição Observar qualquer anormalidade na pele: erupções, prurido, edema, eritema etc. Deixar o paciente confortável Providenciar a limpeza e ordem do material Retirar as luvas e lavar as mãos Anotar o cuidado prestado VIA TÓPICA É a aplicação de colírio ou pomada na conjuntiva ocular Material Colírio ou pomada Gaze VIA OCULAR Procedimento Lavar as mãos e levar os materiais ao leito do paciente Explicar o procedimento ao paciente Posicionar o paciente com a cabeça um pouco inclinada para trás Antes da aplicação, realizar higiene ocular Afastar com o polegar a pálpebra inferior, com auxilio do lenço ou gaze,expondo o saco conjutival VIA OCULAR Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota do colírio; Pedir ao paciente que olhe para cima, e instilar o medicamento na porção média da pálpebra inferior; Ao aplicar a pomada, depositá-la ao longo de toda extensão do saco conjuntival inferior; Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentosgiratórios do globo ocular; Retirar o excesso de pomada com gaze; Lavar as mãos e anotar o cuidado prestado VIA OCULAR Consiste em introduzir o medicamento no canal auditivo externo MATERIAL: Medicamento Cuba-rim Gaze Saco de resíduo VIA AURICULAR Procedimento: Lavar as mão Levar o material e explicar o procedimento Posicionar o cliente e lateralizar a cabeça Retirar, através do conta-gotas a medicação Entreabrir a orelha e instilar a medicação no conduto auditivo sem contaminar No adulto, puxar com delicadeza o pavilhão auditivo para cima e ara trás, a fim de retificar o canal auditivo Na criança, puxar para baixo e para trás VIA AURICULAR Orientar o paciente quanto á manutenção da posição inicial por alguns minutos Colocar um floco de algodão no orifício externo da orelha Povidenciar a limpeza e lavar as mãos Anotar o cuidado prestado VIA AURICULAR É a introdução de medicamento no reto, em forma de supositórios ou clister medicamentoso Material: Bandeja Supositório Gaze Luvas de procedimento Saco de lixo VIA RETAL Procedimento: Reunir o material Lavar as mãos Explicar o procedimento ao paciente. Calçar luvas. Colocar o paciente em posição de SIMS Com o polegar e indicador da mão não dominante, entreabrir as nádegas. VIA RETAL Introduzir o supositório no reto, delicadamente, e pedir ao paciente que o retenha por alguns minutos. Colocar o material em ordem Tirar as luvas e lavar as mãos Anotar o cuidados prestado no prontuário do paciente. VIA RETAL Observações: O paciente poderá colocar o supositório sem auxílio da enfermagem, desde que seja orientado Em caso de criança ou adulto incapacitado para retê-lo, comprimir levemente as nádegas para evitar o retorno do supositório É necessário colocar a comadre ou encaminhar o paciente ao banheiro VIA RETAL É a introdução de medicamentos no canal vaginal O medicamento pode ser introduzido sob a forma de: creme ou gel, comprimido ou óvulos. Material: Luvas de procedimento Aplicador vaginal (S/N) Medicamento VIA VAGINAL Procedimento: Explicar o procedimento ao cliente Organizar o material e levar ao leito da paciente Lavar as mãos e calçar luvas Cercar o leito com biombo Colocar o paciente em posição ginecológica Colocar o medicamento no aplicador próprio Com auxílio de gaze, afastar os pequenos lábios com os dedos indicador e polegar VIA VAGINAL Introduzir delicadamente o aplicador aproximadamente 5 cm em direção ao sacro, para que haja na parede posterior da vagina; Pressionar o êmbolo; Retirar o aplicador e pedir ao paciente que permaneça em decúbito dorsal por 15 minutos; Colocar um absorvente s/n Providenciar a limpeza e ordem do material; Retirar as luvas e lavar as mãos; Anotar o cuidado prestado. VIA VAGINAL Consiste em administrar na mucosa medicamento líquido ou pomada nasal um Material: Luvas de procedimento Medicação Gaze VIA NASAL Procedimento: Levar o material e explicar o procedimento Lavar as mãos Solicitar que faça higiene nasal; Inclinar a cabeça para trás (hiperextensão); Pingar a medicação na parte superior da cavidade nasal, evitando que o frasco toque a mucosa Solicitar ao paciente que permaneça nesta posição por mais alguns minutos VIA NASAL Providenciar a limpeza e ordem do material; Lavar as mãos; Anotar o cuidado prestado. VIA NASAL Vias: ID SC IM EV Utiliza-se agulhas, seringas e medicamentos esterilizados, seguindo técnicas padronizadas VIA PARENTERAL Vantagens: - a disponibilidade é mais rápida e mais previsível, tratamento de emergências. Desvantagens Pode ocorrer uma injeção intravascular acidental, pode vir acompanhada de forte dor e, às vezes, é difícil para um paciente injetar o fármaco em si mesmo se for necessária a automedicação. Alto custo VIA PARENTERAL VIA INTRADÉRMICA - ID Via restrita Pequenos volumes – de 0,1 a 0,5 mililitros Usadas em reações de hipersensibilidade Provas de PPD Provas alérgicas Aplicação de vacinas: BCG VIA INTRADÉRMICA - ID Local mais apropriado: face anterior do antebraço Pobre em pelos Possui pouca pigmentação Possui pouca vascularização Fácil acesso a leitura VIA SUBCUTÂNEA - SC A medicação é introduzida na tela subcutânea / hipoderme Absorção lenta, através de capilares, ocorre de forma contínua e segura O volume não deve ultrapassar 03 mililitros Usada para administração Vacinas (rábica e sarampo) Anticoagulante (heparina) Hipoglicemiantes (insulina) VIA SUBCUTÂNEA - SC VIA SUBCUTÂNEA - SC O local de aplicação deve ser revezado, quando utilizado por período indeterminado Ângulo da agulha 90 °C – agulhas hipodérmicas e pacientes gordos 45°C – Agulhas normais e pacientes magros VIA SUBCUTÂNEA - SC Complicações Infecções inespecíficas ou abscessos Formação de tecido fibrótico Embolias – por lesão de vasos e uso de drogas oleosas ou em suspensões Lesão de nervos Úlceras ou necrose de tecidos VIA INTRAMUSCULAR - IM VIA INTRAMUSCULAR - IM Via muito utilizada, devido a absorção rápida Músculo escolhido Deve ser bem desenvolvido Ter fácil acesso Não possuir grande calibre e nem nervos Volume injetado Região deltóide – de 2 a 3 mililitros Região glútea – de 4 a 5 mililitros Músculo da coxa (vasto lateral)– de 3 a 4 mililitros VIA INTRAMUSCULAR - IM Quando não devemos utilizar a região glútea? Crianças < 2 anos Pacientes com atrofia da musculatura Paralisia de membros inferiores Complicações Deve-se evitar o nervo ciático Injeções intravasculares: embolias Infecções e abscessos VIA ENDOVENOSA - EV Via muito utilizada, com introdução de medicação diretamente na veia Local apropriados Melhor local: face anterior do antebraço (lado esquerdo) Membros superiores Evitar articulações Indicações Necessidade imediata de ação Grandes volumes – hidratação Coleta de sangue para exames VIA ENDOVENOSA - EV Tipos de medicamentos injetados na veia Soluções solúveis na veia Líquidos hiper, iso ou hipotônicos Sais orgânicos Eletrólitos Medicamentos Não oleosos Não deve conter cristais visíveis em suspensão CATETERES INTRAVENOSOS PERIFÉRICOS Cateteres Agulhados Indicação: infusões de curta duração, baixo volume, em bolus ou push, pacientes c/ veias muito finas e comprometidas Contra indicação: nunca utilizar com solução vesicante / irritante O USO DEVE SER LIMITADO À ADMINISTRAÇÃO DE DOSE ÚNICA E COLETA DE AMOSTRA DE SANGUE PARA ANÁLISE CLÍNICA CATETERES INTRAVENOSOS PERIFÉRICOS Cânula Intravenosa Indicação: infusões de média duração até 72 ou 96 horas Material: Teflon ou Poliuretano O cateter periférico na suspeita de contaminação, complicações, mau funcionamento ou descontinuidade da terapia deve ser retirado. Recomenda-se a troca do cateter periférico em adultos em 72 horas quando confeccionado com teflon e 96 horas quando confeccionado com poliuretano. Identificação! REMOÇÃO DO CATETER Antes de preparar o medicamento certificar-se da dieta, jejum ou o controle hídrico do paciente Sempre lavar as mãos antes e depois da administração do medicamento. CUIDADOS IMPORTANTES Homogeneizar os medicamentos em suspensão Ter o cuidado de limpar com gaze os vidros de medicamentos, antes de guardá-los Dissolver os medicamentos para pacientes com disfagia Medicamentos nunca devem ser combinados com álcool CUIDADOS IMPORTANTES A fim de evitar desperdícios , acidentes, roubos e uso abusivo, os medicamentos devem ser guardados em lugar apropriados e controlados Não misturar medicamentos a alimentos, exceto se especificamente prescrito Ao administrar mais de um medicamento a um paciente, deve ser usada a seguinte ordem: comprimidos e cápsulas seguidos por água, ou outro líquido;depois administrar líquidos diluídos com água, quando necessário. CUIDADOS IMPORTANTES Xaropes são administrados, não diluídos e não são seguidos por líquidos Comprimidos sublinguais e bucais são administrados por último Permanecer com o paciente até que toda a medicação tenha sido deglutida Não é aconselhável misturar medicamentos líquidos. Poderá ocorrer uma reação química, resultando em precipitado. CUIDADOS IMPORTANTES
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