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XABCDE do trauma

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AVALIAÇÃO DO TRAUMA: XABCDE
Autora: Victória Cristina da Silva Oliveira
O XABCDE é um mnemônico que padroniza o atendimento inicial ao paciente politraumatizado. Esse protocolo é pra padronizar e definir as prioridades. 
Antes, a avaliação primária do trauma era apenas ABCDE. Mas agora, entrou o X antes de tudo, que significa hemorragia intensa, exsanguinolenta. Porque o sangramento era visto só no C, na parte de circulação. Mas foi observado que havia essa necessidade de avaliar a hemorragia primeiro, já que o paciente perde volume, pode fazer hipóxia, e morrer rápido.
Pra amenizar, a gente faz o torniquete na parte proximal do membro, independente de onde for a hemorragia, ou compressão direta, e curativos compressivos em sangramento intenso no tronco, onde não dá pra fazer torniquete.
No A a gente avalia a via aérea do paciente e protege a coluna cervical -> restrição do movimento da coluna cervical
Nessa parte a gente abre a via aérea do paciente e verifica se tem obstrução. Tomando cuidado pra não fazer a hiperextensão do pescoço quando tem possível trauma de cervical, então o correto é fazer tração da mandíbula.
Então, a gente precisa desobstruir a via aérea da vítima, usar o aspirador se for preciso, fazer uso da cânula orofaríngea (Guedel), 
Em relação à proteção da coluna, a gente coloca o colar cervical. Lembrando que a abordagem deve ser sempre pela frente da vítima, pra que evite de ela movimentar o pescoço pra te olhar, evitando lesões.
como colocar o colar: medir, se posicionar do lado D da vitima, colocar parte do velcro pra dentro. pode colocar a parte da frente ou posterior primeiro. o posicionamento da mão pode ser por fora do colar apertando ou por dentro da abertura do sorriso do panico caso haja necessidade de arrumar o colar na vitima.
colocando pela parte posterior: velcro para dentro; encaixa na parte posterior da cervical e arrasta até a parte com o velcro chegar do outro lado. na parte frontal, colocar mãos na parte de dentro da abertura do colar para ajeitar no pescoço da vitima. retirar o dedo da abertuda e segurar firme o colar por fora no pescoço. com a outra mão, pegar o velcro, puxar pra frente e vedar o colar. 
obs: mento tem q ficar sobre a base do colar, deve estar firme. 
a abertura do panico serve para verificar pulso ou pra algum outro procedimento. 
obs: A Manobra de Chin-Lift, realizada para o controle de vias aéreas, consiste em posicionar os dedos de uma das mãos do examinador sob o mento, que é suavemente tracionado para cima e para frente, enquanto o polegar da mesma mão deprime o lábio inferior, para abrir a boca; a outra mão do examinador é posicionada na região frontal para fixar a cabeça da vítima.
Manobra de Jaw-Thrust, que é a manobra de elevação da mandíbula, o procedimento consiste na utilização das duas mãos do examinador, posicionando os dedos médios e indicadores no ângulo da mandíbula, projetando-a para frente, enquanto os polegares deprimem o lábio inferior, abrindo a boca e permitindo a pesquisa de corpos estranhos, próteses dentárias, sangramento, enfim, tudo que possa obstruir as vias aéreas superiores
O B é de boa ventilação e respiração. 
A vitima respira e ventila adequadamente? Tem expansão de tórax?
Então Nessa hora, o profissional avalia se a respiração está adequada, a frequência respiratória, o movimento do tórax, avalia se o tórax tá simétrico ou não. Observar se tem cianose, se o paciente usa musculatura acessória pra respirar, se tem esforço respiratório, tudo isso deve ser analisado.
Então é preciso que o tórax do pct seja exposto, pra gente observar. 
Isso tudo pra gente saber se a respiração é eficaz e se o paciente está bem oxigenado e iniciar o tratamento caso ele não esteja, com cateter nasal, por exemplo, ou máscara não reinalante, ambu, ou até mesmo ventilação invasiva, tot e mascara laringea.
pode usar o oximetro de pulso para saver se a respiração está adequada.
O C é boa circulação com controle de hemorragias
 
aí vc vão me perguntar porque o C fala de hemorragia sendo que o X também.
Mas a diferença é que o “X” se refere a hemorragias externas, grandes hemorragias. Já o “C” pode se referir a hemorragias internas. 
No C a gente pode avaliar se tem perda de sangue não visível, avaliar a perfusão do cliente. Isso a gente pode fazer avaliando sinais clínicos de hemorragia, como tempo de enchimento capilar maior que dois segundos, pele fria e pegajosa, sudorese, palidez, pulso filiforme e rápido, além de avaliar o nível e de consciência.
No D a gente avalia o déficit neurológico.
O paciente ta confuso? Ta desorientado? Ele responde?
Nessa etapa nós vamos analisar o nível de consciência do paciente, tamanho e foto reatividade das pupilas... e isso usando a escala de coma de Glasgow, que vai de 1 a 15, sendo que quanto menor o número, pior. Na escala de coma de Glasgow a gente avalia a abertura ocular, resposta verbal, resposta motora e pupilas do paciente.
· – Pontuação < 3: Coma. Significa que a pessoa não abre os olhos, não fala nem se mexe ou reage a estímulos. 
· – Pontuação = ou > 8: Considerado um caso crítico nas alterações dos níveis de consciência. Indicada a intubação orotraqueal para proteção da via aérea.
· – Pontuação = ou > 9: Não há necessidade de proteção da via aérea, porém é necessária avaliação seriada para acompanhamento da evolução do paciente .
· – Pontuação = 15: É o máximo da escala. Significa que a pessoa abre os olhos espontaneamente, fala coerentemente e obedece a comandos para se movimentar.
· Obs: Resposta Pupilar (Atualização 2018):
A pontuação varia de -2 a 0. 
(-2) Inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de luz
(-1) Parcial: apenas uma pupila reage ao estímulo de luz.
(0) Completa: as duas pupilas reagem ao estímulo de luz.
Obs em avaliação motora: 
A rigidez de decorticação corresponde ao padrão flexor; o paciente realiza a flexão das mãos e antebraço, plantar, adução do braço e rotação interna da coxa. A rigidez de descerebração, por sua vez, é o padrão extensor, no qual ocorre uma adução do braço, extensão do cotovelo, pronação do antebraço, flexão da mão e flexão plantar.
Podemos usar também a escala AVDI, onde A é alerta, V é verbal, D é dolorosa e I é irresponsível. Se o paciente saiu do alerta já tem alteração do nível de consciência aí. Então, a vitima ta alerta? Ou ela só responde verbalmente? Ou dolorosamente? Ou está totalmente irresponsivo?
Na letra E nós iremos fazer exposição total do paciente. 
A gente vai analisar o tamanho das lesões, vai prevenir hipotermia, analisar sinais de trauma, sangramento, manchas na pele ...
então, vamos explorar o paciente, sempre tendo o cuidado de manter a privacidade da vítima.

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