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COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA OU AUMENTATIVA 2 FACULESTE A história do Instituto Faculeste, inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender a crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação.Com isso foi criado a Faculeste, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A Faculeste tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 3 SUMÁRIO 1- COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AUMENTATIVA ............................ 4 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 5 2- A CAA E O AUTISMO ................................................................................ 5 3- OUVIR COM OS OLHOS. FALAR COM AS MÃOS! ................................. 9 4- PECS (SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE IMAGENS).... 11 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 15 5- ALGUNS EXEMPLOS DE TRABALHOS EM ESCOLAS ESPECIAIS .... 15 6- AUTISMO – DIFÍCIL INSERÇÃO NUM MUNDO PECULIAR ............... 17 7- CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES ........................................................ 21 8- Referências .................................................................................................. 23 4 1- COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AUMENTATIVA De forma a compreender melhor a Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), faremos uma pequena introdução sobre este conceito e qual a sua importância nos problemas de comunicação. A linguagem oral é o meio mais usado para as pessoas falarem entre si, no entanto, quando há dificuldades em oralizar é necessário criar alternativas o mais cedo possível para não pôr em causa o desenvolvimento da criança (Ponte, 2009). Assim, surge a CAA, como um complemento e/ou substituição da fala , que pretende compensar a dificuldade de expressão (ASHA – American Speech-Language- Hearing Association in Browning, 2008 ). Este meio de comunicação é usado quando há dificuldades motoras que impedem a aprendizagem ou se verifica dificuldades em falar e escrever (Browning, 2008), pois, e embora muitas crianças aprendem a falar por imitação, quando o desenvolvimento não ocorre dentro da norma, é necessário ensiná-las (Kumin, 2008). Em casos de défices graves de comunicação, utilizam-se palavras, símbolos e recorre-se ao uso do computador (Ponte, 2009), como por exemplo, nas crianças com Síndrome de Down (Kumin, 2008), com Autismo ou Paralisia Cerebral. Este tipo de estratégias deve ser usado o mais cedo possível, para permitir o desenvolvimento da autonomia e a participação nas atividades da escola (Ponte, 2009). A maioria das aprendizagens acontecem no período pré-escolar, por isso é vantajoso intervir nesta fase, para evitar dificuldades na aprendizagem no futuro (CERCIFAF, 2009). Neste sentido, a Intervenção Precoce aparece como uma medida de apoio à criança, em risco de atraso de desenvolvimento ou com necessidades educativas especiais (dos 0 aos 6 anos) e sua família, e tem como objetivo minimizar os efeitos negativos no desenvolvimento da criança (CERCIFAF, 2009). O envolvimento dos pais na intervenção é muito importante, pois a família necessita de apoio e de aprender a lidar com o problema da criança (CERCIFAF, 2009), sendo necessário haver trabalho de equipe entre a família e médicos (Kumin, 2008). É preciso ter atenção que a linguagem é parte do dia-a-dia da criança e que deve ser praticada em situações de vida real (Kumin, 2008). Além disso, as atividades 5 realizadas com as crianças devem ser significativas para elas, de forma a participarem de forma ativa no cotidiano. A utilização de materiais adequados é um ponto fundamental para lidar no dia-a-dia com estas crianças (Ponte, 2009). Conclui-se que a capacidade de comunicar interfere na aprendizagem escolar e social, por isso, é urgente melhorar os meios de comunicação para que as crianças possam se expressar e brincar, como crianças que são. REFERÊNCIAS Browning, N. (2008). Curso sobre a comunicação alternativa – falada e escrita. In http://www.assistiva.com.br/. Acedido em 28 de Dezembro de 2009 Kumin, Libby (2008). Helping Children with Down Syndrome Communicate Better: Speech and Language Skills for Ages 6-14. CCC-SLP. In http://www.woodbinehouse.com/. Acedido em 28 Dezembro de 2009. Ponte, Margarida (2009). Comunicação Aumentativa: Mitos e Preconceitos. In http://www.fappc.pt/. Acedido em 28 Dezembro de 2009. CERCIFAF – Cooperativa de Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas de Fafe (2009). O que é a Intervenção Precoce?. In http://cercifaf.org.pt/web. Acedido em 28 Dezembro de 2009. 2- A CAA E O AUTISMO De forma a conhecer exemplos práticos de como a Comunicação Alternativa Aumentativa pode ser utilizada, fomos visitar a Associação Portuguesa para os transtornos do Desenvolvimento e Autismo (APPDA) de São Miguel e Santa Maria(Caro aluno, escolhemos essa instituição para ilustrar o trabalho a ser realizado em relação à Comunicação Alternativa tanto nessa instituição, como em outras por todo o mundo, inclusive no Brasil) A APPDA de São Miguel e Santa Maria é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, com sede em Ponta Delgada, fundada por um grupo de pais com filhos com complicações do desenvolvimento e que pretende desenvolver as competências cognitivas, sociais e motoras intencionais coordenadas das crianças atendidas , a criatividade e a expressão através da manipulação de materiais. http://www.assistiva.com.br/ http://www.amazon.com/s/ref=ntt_athr_dp_sr_3?_encoding=UTF8&sort=relevancerank&search-alias=books&field-author=CCC-SLP http://www.woodbinehouse.com/ http://www.fappc.pt/ http://cercifaf.org.pt/web 6 Encontramos vários exemplos do uso da CAA, usada principalmente para identificar diferentes locais e para facilitar as ações que fazem parte das rotinas das crianças que frequentam esta instituição. Na entrada, os cabides encontram-se identificados com a foto de cada elemento, permitindo uma melhor organização. https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2010/02/2.jpg https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2010/02/12.jpg https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2010/02/31.jpg 7 É no banheiro que encontramos maisindicações. Estas permitem desenvolver a autonomia, ensinando através de imagens movimentos simples e rotineiro, como lavar as mãos e ir ao banheiro. Este é o site onde as atividades de grupo são desenvolvidas. Estas são fundamentais para que a criança com autismo desenvolva competências sociais e estabeleça o contato com o mundo que a rodeia. https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2010/02/4.jpg https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2010/02/5.jpg 8 As atividades de recreação também são prioridade nesta instituição. Ambos os locais encontram-se identificados por um símbolo de SPC.https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2010/02/61.jpg https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2010/02/7.jpg https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2010/02/112.jpg https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2010/02/101.jpg https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2010/02/9.jpg https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2010/02/8.jpg 9 Durante a visita, foi evidenciado pela Psicóloga Carolina Benjamin a falta de recursos humanos e logísticos, tendo em conta as necessidades destas crianças/jovens. A ausência de uma Terapeuta da Fala a tempo inteiro condicionada a intervenção ao nível da comunicação e da linguagem, verificando a falta de dispositivos adequados. Apesar desta situação, todos os esforços são feitos pela equipe. Descobrimos que uma criança usa o caderno de comunicação, onde coloca o símbolo correspondente às atividades que quer realizar. Este é apenas um exemplo de como a comunicação pode ser desenvolvida e adaptada de acordo com as necessidades, e mesmo quando os recursos são limitados, há sempre formas de estimular o desenvolvimento de cada pessoa com NEE. Para mais informações, poderão consultar o folheto da APPDA de São Miguel e Santa Maria. Bibliografia: http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/acores.php 3- OUVIR COM OS OLHOS. FALAR COM AS MÃOS! Comunicar em Língua Gestual pode parecer um privilégio de alguns, pois quando vemos duas ou mais pessoas falarem com as mãos, os ouvintes poderão sentir- se à parte. Assim é como o surdo se sente quando está rodeado de pessoas ouvintes e, quando toda a informação é transmitida de forma que ele não entende. O mundo ideal seria onde não existisse qualquer barreira comunicacional entre surdos e ouvintes, pois vivemos numa sociedade egoísta, onde olhamos apenas para o nosso umbigo. Seria interessante se todos aprendêssemos a falar Língua gestual, nem http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/acores.php https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2010/02/121.jpg 10 que fosse apenas um simples cumprimento (Ex: Bom dia), para cultivar cultura (todos sabermos pelo menos outra língua oral…) e para incluirmos as pessoas surdas. Claro que, para aprender Língua Gestual é necessário frequentar formações, que nem sempre estão disponíveis para o público geral. No entanto, se houver essa preocupação em cada comunidade, poderão encontrar alguma associação que forneça informações e formações, como a Associação Portuguesa de Surdos http://www.apsurdos.pt/; a Associação de Surdos do Porto http://d91601.tinf28.tuganet.info/. No site da Federação Portuguesa das Associações de Surdos http://www.fpas.org.pt/ poderão encontrar outras associações filiadas da FPAS. Na World Federation of the Deaf http://www.wfdeaf.org/ encontra-se informação sobre outros países. Neste site http://dovenwereld.boogolinks.nl/ descobrirá uma série de sites/blogs estrangeiros relacionados com a Surdez, como por exemplo: Miss Deaf World; no Brazil, a Central de Recursos para Surdos; em Espanha, o Centro Altatorre de Personas Sordas de Madrid; entre outros. Além disso, poderão adquirir um Gestuário de Língua Gestual Portuguesa digital no site http://www.inr.pt/ ou, simplesmente, consultar o site http://www.spreadthesign.com/country/pt/. É de referir que os gestos também têm regionalismos, assim como nós ouvintes temos o sotaque e as expressões típicas de cada lugar. Assim, estes poderão não estar adequados à comunidade surda do seu local de residência. Além disso, também poderão encomendar no site http://www.linguagestual.com/ dois DVD com um curso de Língua Gestual Portuguesa de nível 1 e 2. Este poderá ser usado em qualquer leitor de DVD. Para os Surdos terem acesso a alguma informação em Língua Gestual podem acessar ao http://surdotv.com/wordpress/ e ver os seguintes vídeos de extrema importância: http://surdotv.com/tv/index.php?option=com_content&view=article&id=304:entrevista- apoio-do-governo-para-os-computadores-acores&catid=10:video&Itemid=41 – apoio do Governo Açoriano; http://www.apsurdos.pt/ http://d91601.tinf28.tuganet.info/ http://www.fpas.org.pt/ http://www.wfdeaf.org/ http://dovenwereld.boogolinks.nl/ http://www.inr.pt/ http://www.spreadthesign.com/country/pt/ http://www.linguagestual.com/ http://surdotv.com/wordpress/ http://surdotv.com/tv/index.php?option=com_content&view=article&id=304:entrevista-apoio-do-governo-para-os-computadores-acores&catid=10:video&Itemid=41 http://surdotv.com/tv/index.php?option=com_content&view=article&id=304:entrevista-apoio-do-governo-para-os-computadores-acores&catid=10:video&Itemid=41 11 http://surdotv.com/tv/index.php?option=com_content&view=article&id=289:entrevista -presidente-asism-acores&catid=10:video&Itemid=41. – entrevista ao Presidente da Associação de Surdos da Ilha de São Miguel No site Surd´univers podem aceder uma vasta gama de livros com temáticas ligadas à Surdez, bem como livros infantis direccionados aos mais novos e traduzidos em Língua Gestual Portuguesa: http://shop.surduniverso.pt/. De destacar alguns blogs de pessoas surdas, que procuram mostrar o orgulho que têm no uso da Língua Gestual e querem partilhar as suas experiências e vivências no mundo da Surdez como por exemplo: página do Professor Francisco Goulão, onde publica histórias com ilustrações em Língua Gestual http://profsurdogoulao.blogspot.com/ ; o blog da Professora brasileira Marinélia Soares, cujo objetivo do seu blog é trocar experiências com profissionais que trabalham com alunos surdos http://trabalhandocomsurdos.blogspot.com/ ; o blog brasileiro Vendo Vozes http://blogvendovozes.blogspot.com/; no site da Associação de Surdos do Porto encontrará uma lista de blogs de várias personalidades conhecidas da comunidade surda http://d91601.tinf28.tuganet.info/default.asp?idseccao=37 bem como o Centro de Tradutores e Intérpretes de Língua Gestual http://d91601.tinf28.tuganet.info/default.asp?idseccao=36; o blog da AFOMOS (Associação de Formadores e Monitores Surdos) http://afomos.blogspot.com/; e a AILG (Associação de Intérpretes de Língua Gestual) http://members.fortunecity.com/ailgp/quem.htm. 4- PECS (SISTEMA DE COMUNICAÇÃO POR TROCA DE IMAGENS) Sendo o tema desde espaço de partilha a Comunicação Alternativa e Aumentativa, achamos importante divulgar informação sobre os PECS, para que você possa se inteirar de algum trabalho que será desenvolvido neste portfólio digital. O que é o PECS? Qual a sua importância? Quem pode beneficiar desde sistema? Para compreender melhor esta temática, irá ser feita uma breve abordagem, de forma a responder às perguntas anteriormente feitas. http://surdotv.com/tv/index.php?option=com_content&view=article&id=289:entrevista-presidente-asism-acores&catid=10:video&Itemid=41 http://surdotv.com/tv/index.php?option=com_content&view=article&id=289:entrevista-presidente-asism-acores&catid=10:video&Itemid=41 http://shop.surduniverso.pt/ http://profsurdogoulao.blogspot.com/ http://trabalhandocomsurdos.blogspot.com/ http://blogvendovozes.blogspot.com/ http://d91601.tinf28.tuganet.info/default.asp?idseccao=37 http://d91601.tinf28.tuganet.info/default.asp?idseccao=36 http://afomos.blogspot.com/ http://members.fortunecity.com/ailgp/quem.htm https://comunicacaoaa.wordpress.com/cominicacao-alternativa-e.-eaumentativa/ https://comunicacaoaa.wordpress.com/cominicacao-alternativa-e.-eaumentativa/ https://comunicacaoaa.wordpress.com/pecs-sistema-de-comunicacao-por-troca-de-imagens/www.autistas.org/pecs.html 12 O PECS, também conhecido por Sistema de Comunicação por Troca de Imagens (Picture Exchange Communication System), é um sistema que permite desenvolver a comunicação interpessoal, principalmente em pessoas com dificuldades severas de comunicação (Almeida, Piza, Lamônica, 2005). Este sistema permite desenvolver a compreensão, reduzir a frustração de quem tem dificuldade em falar e permite um poder demaior escolha de quem não se expressa oralmente (Pedrosa, 2006). Além disso, pelo fato de associar o som à imagem, pode desenvolver a própria comunicação oral (Almeida et al, 2005). O PECS deve ser usado por pessoas com dificuldades na linguagem falada, como por exemplo pessoas com autismo (Pedrosa, 2006), e pretende desenvolver a independência e a espontaneidade da comunicação (Soares, 2006). Existe um conjunto de procedimentos, objetivos específicos, fases de aplicação e respectivas instruções, das quais não iremos falar. No entanto, se tiverem curiosidade poderão consultar os seguintes sites: www.appda-lisboa.org.pt/federacao/files/PECS.ppt http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/files/PECS.ppt https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2009/12/pecs-corpo-humano.jpg 13 http://apacdah.no.sapo.pt/TEACCH/UtilizarMetodosComunicacao.pdf http://www.pecsusa.com/ http://autism.healingthresholds.com/therapy/picture-exchange-communication- system-pecs Este sistema possui símbolos simples, é fácil reconhecer o seu significado, é de baixo custo e relacionam-se com uma grande diversidade de situações de vida diária. Além disso, podem ser utilizado apenas com uma pessoa ou em grupo (Almeida et al, 2005). http://apacdah.no.sapo.pt/TEACCH/UtilizarMetodosComunicacao.pdf http://www.pecsusa.com/ http://autism.healingthresholds.com/therapy/picture-exchange-communication-system-pecs http://autism.healingthresholds.com/therapy/picture-exchange-communication-system-pecs https://comunicacaoaa.files.wordpress.com/2009/12/opostos-i.jpg 14 É necessário salientar que a escolha de símbolos deve ser adaptada aos interesses de cada criança, para garantir a sua motivação e facilitar a compreensão. Deve-se trabalhar imagens que ela conheça e goste, para aumentar a espontaneidade da situação (Soares, 2006). Para mais informação sobre os símbolos poderão consultar alguns sites: http://www.autistas.org/pecs.htm http://www.pecsproducts.com/ http://www.universoautista.com.br/autismo/modules/works/item.php?id=14 Apesar de algumas pessoas criticarem a utilização de gestos, com a justificativa de que estes nem sempre são entendidos por toda as pessoas , é necessário realçar que estes gestos facilitam a compreensão e expressão da criança, nomeadamente no Autismo, pois permite contextualizar a mensagem transmitida (Soares, 2006). Concluímos, afirmando que os PECS, assim como outras técnicas da Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA), permitem uma melhor expressão de quem tem dificuldade em exprimir-se e melhoram as relações com o mundo, pois a criança sente-se mais compreendida e aceita por quem a rodeia. http://www.autistas.org/pecs.htm http://www.pecsproducts.com/ http://www.universoautista.com.br/autismo/modules/works/item.php?id=14 15 REFERÊNCIAS Almeida, M. A., Machado, M. H. P.& Lamônica, D. A. C (2005). Adaptações do sistema de comunicação por troca de figuras no contexto escolar. Pró-Fono R. Atual. cient. vol.17, Nº2, Barueri. In http://www.scielo.br/. Visualizado a 29 de Dezembro de 2009. Soares, R. S. (2006). Usar métodos Alternativos e Aumentativos da comunicação. In http://apacdah.no.sapo.pt/. Visualizado a 29 de Dezembro de 2009. Pedrosa S. (2006). PECS Picture Exchange Communication System (Sistema de Comunicação por Troca de Imagens). In www.appda-lisboa.org.pt/. Visualizado a 29 de Dezembro de 2009. https://comunicacaoaa.wordpress.com/pecs-sistema-de-comunicacao-por-troca-de- imagens/ Click e Assista https://www.youtube.com/watch?v=JmvQ_2XnNMQ 5- ALGUNS EXEMPLOS DE TRABALHOS EM ESCOLAS ESPECIAIS Muitas das escolas especiais têm trabalhado com os símbolos nesse processo de maior comunicação e interação entre os interlocutores. Entendemos por 18 “símbolos as representações visuais, auditivas ou táteis de um conceito. Na CAA ( Comunicação Aumentativa e Alternativa) utilizam-se vários símbolos como: os objetos; a fala; os gestos; a linguagem de sinais; as fotografias; os desenhos e, a escrita” (SEED, DEE, 2007). Ainda, de acordo com a prática de anos na área de Educação Especial, percebemos que nossos alunos utilizam as mais variadas maneiras e objetos para entenderem os professores e as pessoas em geral e se fazerem entender no meio escolar/familiar/social. Às vezes o educando comunica-se utilizando seu próprio corpo - linguagem corporal - (gestos, sinais manuais expressões faciais, vocalizações, mesmo http://www.scielo.br/ http://apacdah.no.sapo.pt/ http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/files/PECS.ppt https://comunicacaoaa.wordpress.com/pecs-sistema-de-comunicacao-por-troca-de-imagens/ https://comunicacaoaa.wordpress.com/pecs-sistema-de-comunicacao-por-troca-de-imagens/ https://www.youtube.com/watch?v=JmvQ_2XnNMQ 16 que de sons não lexicalizados, mas que dentro de um contexto conversacional são perfeitamente entendidos pela equipe que trabalha com o aluno). Há a utilização, muito comum, de objetos reais, de objetos em miniaturas, de objetos parciais, de fotografias e qualquer símbolo gráfico que permita que o aluno, apontando ou mesmo somente dirigindo o olhar atinja sua competência comunicativa dentro da sala de aula. Para que esse processo ocorra com sucesso, há de se buscar muita interação entre equipe escolar, família e aluno, pois as gravuras, por exemplo, devem ser escolhidas pelo aluno com parceria do professor e membros da família para que façam realmente sentido no universo pessoal dos agentes envolvidos. Após a escolha, utilizamos pastas com plásticos transparentes para que o educando possa manipular as figuras à vontade, sem ter medo de rasgá-las, sujá-las ou, porventura, molhá-las com a própria saliva. Quando as pastas tornam-se difíceis de manusear pelos movimentos encurtados dos braços de alguns alunos com PC, optamos por álbuns pequenos de fotografia, onde inserimos as gravuras nos plásticos com o mesmo intuito, mas por serem menores podem ser transportados até em pequenas bolsas (pochetes) que são presas ao corpo do educando. Temos também as pranchas que são colocadas sobre o tablado que se acopla, muitas vezes, à cadeira de rodas dos alunos PCs. Essas pranchas podem ser de madeira (normalmente em sentido horizontal-inclinado) com letras do alfabeto de EVA ou qualquer outro material que o discente consiga manipular. Há também as que são construídas de madeira e revestidas de feltro e as letras, palavras ou frases possuem velcro no verso para que possam ser fixadas facilmente ao tablado. Há, ainda, as letras imantadas que se fixam em placas de metais O material permite com que, muitos de nossos alunos, se comuniquem com destreza e satisfação por estarem inseridos no processo de alfabetização como os demais que podem utilizar cadernos e livros normalmente. O Avental é outra forma prática, barata e usual de referência das escolas especiais no processo de comunicação e alfabetização de crianças paralisadas cerebrais e deficientes mentais. Por ser confeccionado em tecido, assim as letras e ou símbolos também são presos por velcro e a interação se dá pelo apontamento da criança ou direcionamento do olhar. Além de todas essas técnicas e metodologias que descrevemos rapidamente até então, e que são denominados de baixa tecnologia, por não necessitarem de custos 17 maiores ou investimentos na área da informática, logo, não podemos deixar de lembrar que existem as de alta tecnologia, ou seja, computadores, comunicadores de voz, programas elaborados e de grande custo para áreas específicas. Alguns materiais também são adaptados ao corpo dos alunos, facilitando, assim, o manuseio do computador: órteses para mãos ou dedos, pulseiras contendo pesos com intuito inibir movimentos espásticos que impeçam movimentos direcionados, faixas que restringem movimentosde braços, teclados de acrílico (tipo colmeia), mouses adaptáveis e presos com elásticos às mãos dos alunos. Todas as indicações devem, obviamente, ser prescritas por terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e envolvimento de toda equipe de ensino. Queremos com esta sucinta explanação mostrar que há como buscar recursos, já que o que se demonstrou aqui é apenas uma pequena parte do universo de recursos e metodológico que existe atualmente para facilitar a comunicação e, consequentemente, a inclusão das pessoas com necessidades especiais à vida digna que lhe é de direito. 6- AUTISMO – DIFÍCIL INSERÇÃO NUM MUNDO PECULIAR A expressão autismo, de acordo com a literatura, foi utilizada no início do século XX, mais precisamente em 1911 e tal denominação estava diretamente ligada à perda do contato com a realidade. As primeiras crianças observadas com possíveis características autistas apresentavam, principalmente, exacerbada inabilidade para estabelecer contato de afetividade com pessoas que as cercavam. Já em 1944, Asperger (daí a nomenclatura: Síndrome de Asperger) detectou um grupo de crianças que revelavam características bem semelhantes ao grupo descrito anteriormente e, que, evidenciavam dificuldades extremadas na comunicação social. De acordo com Gardia (2006, p.423). Hoje sabe-se que o autismo não é uma doença única, mas sim um distúrbio de desenvolvimento complexo, que é definido de um ponto de vista comportamental, que apresenta etiologias múltiplas e que se caracteriza por graus variados de gravidade. Na manifestação clínica dos diferentes quadros observa-se a influência de fatores associados que não necessariamente fazem parte das características principais do autismo. Entre eles cita-se como de grande importância a habilidade cognitiva. Os diferentes graus de possibilidades na comunicação, nas habilidades sociais e nos padrões de comportamento na criança autista motivaram a expressão transtornos globais de desenvolvimento (TDGs) que constituem o espectro dos transtornos autistas. Os comportamentos que definem o autismo incluem déficits qualitativos na interação social e na comunicação, padrões de comportamento repetitivos e estereotipados e um repertório restrito de interesses e atividades. 18 No que diz respeito à comunicação das pessoas com autismo, existem graus distintos de dificuldades, tanto no aspecto verbal, quanto não verbal. Alguns indivíduos apresentam uma espécie de linguagem imatura que se caracteriza por fenômenos linguísticos como: entonação monótona, prosódia anormal, ecolalia imediata (a criança repete o que ouviu imediatamente) e ecolalia tardia (demora horas ou dias para repetir o que ouviu), jargão, reversão pronominal etc. Muitos desses desvios de linguagem acompanham a criança até a vida adulta. De acordo com a terminologia atual, em espectro autista “o espectro abrange uma série de distúrbios que vão do autismo clássico, com retardo mental, à Síndrome de Asperger, uma forma branda muitas vezes associada a um QI muito acima da média”(Revista Época, Tânia Nogueira, p.81). Há pessoas que dizem que o autista vivem em seu mundo próprio;, já o indivíduo com Síndrome de Asperger vive no mundo “normal” mas não consegue obedecer as regras existentes por aqui. Outro aspecto a ser considerado é que grande parte da população com espectro autista não suporta o fato de sair da rotina, não conseguem muitas vezes olhar nos olhos de outras pessoas. De acordo com a literatura especializada na área, um dos fatores que também enfatizam a dificuldade em relação à linguagem é o caráter abstrato da comunicação, os pressupostos, os subentendidos. As marcas para linguísticas, como linguagem corporal e expressões fisionômicas, são dificilmente compreendidas. Movimentos repetitivos e estereotipados, peças que rodam, brinquedos que rodopiam exercem grande fascínio para os autistas. Existem, portanto, pessoas que apresentam características autistas e são muito diferentes, por exemplo, alguns podem ser superdotados, enquanto outros, deficientes mentais. Quanto à avaliação das pessoas que apresentam características de autismo deve ser realizada por uma equipe multidisciplinar, considerando-se a estrutura comportamental e social do indivíduos, também, sua capacidade de imitação. Não há medicação específica para o autismo, mas no manejo de alguns comportamentos indesejáveis utilizam-se, normalmente drogas como: neurolépticos (haloperidol), risperidona, antidepressivos, neuroestimulantas e drogas antieplépticas. É sabido que se pode estimar, pelo menos, dois terços de deficiência mental entre as crianças autistas em níveis variáveis de comprometimento, portanto a 19 capacidade cognitiva direciona a maneira de responder aos testes e, consequentemente, adquirir certo grau de independência social. Citaremos alguns formas e ou métodos de intervenções comportamentais, alguns com respaldo da cientificidade, já outros com caráter mais empírico e que também se tornaram usuais diante das características do espectro de autismo: “A maioria dos métodos de intervenção e tratamento pode ser subdividida em três grandes grupos: aqueles que usam modelos de análise aplicada do comportamento; os que são fundamentados em teoria de desenvolvimento; e aqueles que são fundamentados em teorias de ensino estruturado.” (GADIA, 2006, p.429). Iniciaremos pelo ABA, sigla em inglês, correspondente à Teoria de Análise Aplicada ao Comportamento . Direcionado para pessoas com espectro autista na tentativa de melhorar os comportamentos desses indivíduos sem capacidade socialmente significativa. Resumidamente, a essência dessa prática é a relação entre comportamento e meio ambiente, faz-se necessária observação situacional direta, registro mensurável de respostas e técnica de reforço de comportamentos desejáveis. Conforme Gadia (2006, p.430) “o foco principal é a conduta observada na criança, que nos permite compreender como indivíduo aprender um padrão de comportamento que lhe proporcione reforços e que levem à alguma forma de resposta”. Observa-se, portanto, que muito se pode reforçar para que a criança desempenhe um comportamento adequado ou próximo ao adequado socialmente. O Método de Tentativas Discretas (Discret Trials – DTT) baseia-se em caráter intensivo da aprendizagem de pequenas unidades de conhecimento, cuja metodologia respalda-se na: sistematicidade intensa, repetição constante e programas para manutenção de conceitos generalizados. Faz-se necessário citarmos, mesmo que brevemente, o processo de intervenção denominado como Treinamento de Respostas Cruciais, como o próprio nome diz, seria a indução de alguns comportamentos desejados e predominantes “cruciais” com o objetivo maior no processo de aprendizagem. Devemos explicitar, ainda, que os métodos acima citados têm seu foco nas estruturas comportamentais, a partir de então, abordaremos os métodos cujas estruturas estão centradas no desenvolvimento, tendo como base o aspecto social, emocional e cognitivo. De acordo com Gadia, 2006, Floor Time é caracterizado por se estabelecer uma relação entre a família e os terapeutas da criança que observam o modo de agir da 20 mesma e a partir das observações procura-se otimizar os aspectos relacionados às emoções e a intensidade, comunicação e relações interpessoais. Já o Método de Intervenções de Desenvolvimento de Relações (RDI) baseia-se em crianças normais e seu desenvolvimento socioemocional. Tanto Floor Time como RDI trabalham com a ideia de que há necessidade de demonstrar como se compartilham experiências e se flexibiliza a capacidade de pensamento, atributos tão difíceis em crianças com espectro de autismo. Faz-se necessário lembrar que a presente proposta da pesquisa não é a de estudar exaustivamente as características de cada metodologia existente, mas sim de evidenciaraos profissionais da área de educação especial que existem muitas formas de procurar auxílio no trabalho a ser desenvolvido com pessoas que apresentam necessidade educacionais especiais a qual estamos nos reportando no momento. A partir de então discorreremos, segundo Gadia, sobre o método TEACCH (Treatment e Education of Autistic and Related Comunication-Handicapped Children), em 23 português: Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação: Tal programa é responsável pelo serviço de avaliação, intervenção e coordenação de suporte em nível estadual na Carolina do Norte. Combina estratégias cognitivas e comportamentais, com ênfase em procedimentos com base em reforço para modificação do comportamento e em proporcionar intervenções para déficit de habilidades que possam estar subjacentes a comportamentos inapropriados. Esse programa parte do princípio que crianças com autismo têm uma interação diferente de crianças típicas e que o entendimento dessas diferenças proporciona criação de programas para melhorar o seu potencial de aprendizagem (2006, p.431). É importante que entendamos que a prática do TEACCH é predominantemente psicopedagógica, onde se observa atentamente os comportamentos dos indivíduos com espectro de autismo em situações diferenciadas e com estímulos distintos induzindo, portanto, através de reforços, os comportamentos positivos e tentando extinguir as atitudes indesejáveis. É notório que as crianças autistas interagem melhor com estímulos visuais do que com os sonoros, assim a imagem visual pode ser fonte geradora de um princípio de comunicação; os programas individualizados também contribuem para o sucesso no atendimento. Utilizam-se, ainda: fotos, figuras, cartões. No âmbito de estímulos ligados à linguagem corporal, temos o ato de apontar, por exemplo, realizar gestos e movimentos significativos culturalmente. Há também, a 21 associação de todos os estímulos em um fenômeno denominado com estímulos audiocinestesicovisuais (som, palavra, movimento, foto). 7- CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES Em todos os aspectos de necessidades educacionais especiais que abordamos até então: TDAH e TA, Autismo, Síndrome de Asperger, Paralisia Cerebral e Deficiência Mental, temos que ter uma atenção redobrada ao diagnóstico de avaliação preciso de uma equipe técnico-pedagógica, mas acima de tudo, levar em conta as características próprias do aluno. Outro fator de grande ajuda, quando bem administrado, é a recorrência medicamentosa apropriada à situação. Conhecemos casos em que a escola, o professor e toda a equipe está se empenhando ao máximo para que a criança progrida no que diz respeito aos conhecimentos acadêmicos, ao comportamento social, mas algumas famílias se recusam a administrar as drogas necessárias e devidamente prescritas pela equipe médica. Por essa razão, enfatizamos a necessidade da parceria, onde cada um faz a seu papel e confia no trabalho realizado pelo outro e na capacidade de evolução do educando, quando isso faz parte da realidade situacional. Alguns fatores são predominantes para o bom andamento de qualquer projeto envolvendo aprendizagem e necessidades educacionais especiais, como por exemplo, turmas não muito grandes, para que o professor possa dar a atenção necessária aos processos de mudanças, ou mesmo estagnação do aluno, e o discente por sua vez, possa ter modelos, relações e amizades dentro da sala de aula. O professor deve estar ciente do quadro com o qual está trabalhando, ou seja, deve ter possibilidades de se informar acerca das necessidades especiais de seu aluno, de se reciclar, participar de eventos que favoreçam sua atualização sobre o tema, de obter apoio de toda a escola, afinal o aluno não é somente responsabilidade de um professor, mas sim de uma equipe institucional de educação. Para tanto, o mestre tem que se manter criativo, comprometido, porém não muito ansioso para não transmitir esse sentimento à criança, que muitas vezes, com todas as comorbidades, é bastante perspicaz para perceber que não está correspondendo como deveria, ou está num nível intelectual aquém de sua turma. Finalizando, gostaríamos de salientar o quanto já se evoluiu na área de métodos e recursos para se trabalhar com as necessidades especiais de nossos alunos. O importante é buscar novos caminhos sempre, trocar experiências com professores da 22 mesma área, ajudarmo-nos implantando, a cada dia, a semente da solidariedade, mas sem nos esquecermos do comprometimento com o cientificismo, com o estudo, a pesquisa, abandonando de uma vez por todas o improviso, a passividade e a crença hostil do barateamento do ensino de pessoas especiais por descrer em seu potencial. Fica, portanto, a ideia de começarmos pela comunicação; precisamos entender nossos discentes, compreender seus anseios, suas expectativa, seus conhecimentos do mundo e nos fazermos entender; a partir daí vamos inserindo o processo de leitura, escrita e matemática etc, mesmo que de uma forma pouco-convencional, afinal, o que importa realmente é que o aluno se sinta presente e atuante nesse mundo que já fora tão excludente, mas que tem tentado semear pequenas amostras de um fenômeno social conhecido por INCLUSÃO. Leia mais em: http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/Formacao/Educacao_Especial_MIOLO.pdfC http://pacto.mec.gov.br/images/pdf/Formacao/Educacao_Especial_MIOLO.pdfC 23 8- Referências BATISTA, Cristina Abranches Mota; MANTOAN, Maria Teresa Egler. Educação Inclusiva: atendimento educacional especializado para deficiência mental. 3ª. Ed. Brasília: MEC, SEESP, 2007. CIASCA, Maria Sylvia; MOURA-RIBEIRO, Maria Valeriana Leme de; Tabaquim, Maria de Lourdes M. 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