Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Avaliar a eficácia anestésica da articaína 4% comparada à lidocaína 2% (associadas à epinefrina 1:100.000) administradas na crista óssea alveolar da região de molares inferiores com o dispositivo de injeção controlada Morpheus®. O medo da dor decorrente do tratamento odontológico é uma das prinicpais causas de cancelamento de consultas e recusa ao tratamento odontológico (Meechan, 2002). A anestesia local, necessária para promover bloqueio da condução de estímulos dolorosos, também promove dor, sendo o principal motivo de esquiva ao tratamento odontológico (Milgrom et al., 1997). Técnicas alternativas, que anestesiam uma área menor e que possam ser potencialmente menos dolorosas, como a CaZOE, variação da técnica intra-septal, tem sido estudadas. Além das técnicas alternativas para anestesia tanto na maxila, quanto na mandíbula, vários experimentos têm sido realizados a fim de comparar a eficácia anestésica da articaína, em relação às demais amidas de ação intermediária de ação. Por apresentar anel tiofênico ao invés do anel benzênico, como as demais amidas, têm sido proposto que a articaína apresenta melhor difusão através dos tecidos, devido ao aumento da lipofilicidade (Lipp & daublander, 1999). Apesar das controvérsias sobre sua efetividade, o uso de articaína tem aumentado em vários países, em detrimento de outros sais anestésicos, bem como sua utilização em técnica infiltrativa na mandíbula (Jung et al., 2008). FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA / UNICAMP - Área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica Agência Financiadora: PIBIC / CNPq – Palavras-chave: Articaína, Lidocaína, Anestesia intra-septal FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA / UNICAMP - Área de Farmacologia, Anestesiologia e Terapêutica Agência Financiadora: PIBIC / CNPq – Palavras-chave: Articaína, Lidocaína, Anestesia intra-septal 0 Nenhuma dor 10 Dor de maior intensidade Figura 1: Escala analógica visual (EAV). EFICÁCIA ANESTÉSICA DA ARTICAÍNA E LIDOCAÍNA EM ANESTESIA INTRA-SEPTAL- TÉCNICA CAZOE COM O DISPOSITIVO DE INJEÇÃO CONTROLADA MORPHEUS Tabela 1. Sucesso (%), latência e duração da anestesia [mediana (1o e 3o quartis) em minutos] pulpar e em tecidos moles, obtidas com a injeção de 1,1mL das soluções de lidocaína 2% e articaína 4%, ambas com epinefrina 1:100.000, pela técnica CaZOE, com o dispositivo de injeção Morpheus. Figura 1. Pressões arteriais sistólica e diastólica [mediana (1o e 3o quartis), em mmHg) e freqüência cardíaca [mediana (1o e 3o quartis), em batimentos/min) obtidas com a injeção de 1,1mL das soluções de lidocaína 2% e articaína 4%, ambas com epinefrina 1:100.000, pela técnica CaZOE, com o dispositivo de injeção Morpheus. (PAS E PAD = sem diferença (p>0,05) entre tempos e soluções; FC aumentou (p<0,0001) no tempo logo após a anestesia em comparação com os valores antes da anestesia, voltando aos valores pré-anestesia no tempo 5 minutos após a anestesia). Gráfico 2. Dor durante a injeção e após retorno da anestesia (após injeção), medida por meio da escala analógica visual (em mm) após injeção de 1,1mL das soluções de lidocaína 2% e articaína 4%, ambas com epinefrina 1:100.000, pela técnica CaZOE. Traço horizontal: mediana; Box: 1o e 3o quartis; suíças: valores máximo e mínimo. Sem diferença (p>0,05) entre as soluções quanto à dor durante e após a injeção. Amaral VM, Franz-Montan M, Groppo FC, Volpato MC Solução anestésica 1PMID 2PMID 1MID 2MID Gengiva vestibular Lábio Sucesso (%) lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 8,6% 11,4% 37,1% 74,3% 40% 37,1% articaína 4% com epinefrina 1:100.000 14,3% 22,9% 42,9% 51,4% 54,2% 54,2% Latência (min) lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 2 (2; 4) 4 (2,5; 4) 2 (2; 6) 2 (2; 2) articaína 4% com epinefrina 1:100.000 2 (2; 3,5) 2 (2; 4) 2 (2; 2) 2 (2; 2) Duração (min) lidocaína 2% com epinefrina 1:100.000 30 (15; 25) 20 (20; 20) 20 (20; 30) 20 (10; 30) 20 (15; 27) 27 (22; 30) articaína 4% com epinefrina 1:100.000 30 (30; 30) 20 (10; 22,5) 30 (20; 30) 25 20; 40) 25 (18; 30) 30 (19,5; 35) • idade entre 18-35 anos; • Saudáveis, com experiência prévia de anestesia local, sem intercorrências; • com 1os e 2os molares inferiores e 1os e 2os pré-molares inferiores do lado direito livres de cáries e restaurações extensas, traumas ou tratamento endodôntico e responsíveis a estímulo elétrico (“pulp tester’”). VOLUNTVOLUNTÁÁRIOSRIOS SOLUSOLUÇÇÕES ANESTÕES ANESTÉÉSICAS E DISPOSITIVO DE INJESICAS E DISPOSITIVO DE INJEÇÇÃOÃO Aferição da pressão e freqüência cardíaca em 4 tempos : • 5 min antes da anestesia • Durante anestesia PARÂMETROS CARDIOVASCULARESPARÂMETROS CARDIOVASCULARES PROCEDIMENTOS DA ANESTESIAPROCEDIMENTOS DA ANESTESIA AVALIAAVALIAÇÇÃO DE DOR DO PROCEDIMENTO ANESTÃO DE DOR DO PROCEDIMENTO ANESTÉÉSICO E DOR PSICO E DOR PÓÓSS--INJEINJEÇÇÃOÃO Aprovação CEP/FOP 023 / 2007 Estudo cruzado, duplo-cego e randomizado, em 35 voluntários, com 2 períodos de avaliação Administração de 1,1mL de lidocaína 2% e articaína 4% (com epinefrina 1:100.000) na crista óssea alveolar entre o 1o e o 2o molares inferiores do lado direito (1o MID e 2o MID) • Sucesso da anestesia: dente com latência inferior a 10min e duração mínima de 10min. • Latência pulpar: período entre o final da injeção anestésica até ausência de resposta ao estímulo máximo do pulp tester. • Duração da anestesia pulpar: tempo entre o início da anestesia (ausência de resposta ao estímulo elétrico máximo do pulp tester) e o tempo imediatamente anterior ao de obtenção de duas respostas seguidas de percepção ao estímulo elétrico • Duração da anestesia em tecidos moles (gengiva): período entre o início da ausência de percepção de estímulos até o momento em que o voluntário relatou o término da anestesia em sua gengiva.estímulo físico (pressão pelo voluntário) PARÂMETROS ANESTPARÂMETROS ANESTÉÉSICOSSICOS •Logo após anestesia •5 min após anestesia • Latência e duração da anestesia: Teste de Kruskal Wallis • FC, PAS PAD: Teste de Friedman • Sucesso da anestesia: Teste de Qui-Quadrado • Significância: 5% ANANÁÁLISE ESTATLISE ESTATÍÍSTICASTICA -10 0 10 20 30 40 50 60 70 Articaína Lidocaína Articaína Lidocaína durante a injeção após a injeção EA V (m m ) 0 20 40 60 80 100 120 5min antes da anestesia Durante a anestesia Logo após 5min após a anestesia 5min antes da anestesia Durante a anestesia Logo após 5min após a anestesia Articaína Lidocaína P re ss ão A rt er ia l ( m m H g) 0 20 40 60 80 100 120 Freqüência cardía (bpm ) Sistólica Diastólica Freqüência cardíaca Sem diferença (p>0,05) entre as soluções com relação ao sucesso, latência e duração da anestesia, tanto para os dentes quanto para tecido mole.
Compartilhar