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CLASSIFICAÇÃO DA PRÓPOLIS BRASILEIRA: CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E BIOLÓGICAS Projeto de Iniciação Científica – Bolsa PIBIC/SAE Unicamp IKUTA, H.O.; TORETI, V.C.; PARK, Y.K. henriqueosamu@gmail.com Departamento Ciência de Alimentos Faculdade de Engenharia de Alimentos Introdução Própolis é uma substância obtida pela coleta de material de plantas feita por abelhas da espécie Apis mellifera com adição de pólen e cera, cuja função é reparar a colmeia. Possui efeitos antioxidantes, antimicrobianos, antiinflamatórios entre outros. Essas propriedades biológicas estão associadas a sua composição química, especialmente, aos compostos fenólicos. O objetivo desse projeto foi classificar as amostra de própolis coletadas conforme suas características físico-químicas. Material e métodos Resultados e discussão Amostras de própolis bruta e Extrato Etanólico da Própolis (EEP) Amostras de própolis bruta coletadas no IAC em outubro e dezembro de 2011 e EEP’s obtidos a partir delas, sendo a de número 1, pertencente ao grupo 12 (G12), segundo classificação de PARK et al., 2000, correspondendo à própolis típica da região sudeste. Cromatografia em Camada Delgada de Alta Eficiência em Fase Reversa (CCDAE-FR) Pode-se observar que as amostras de 2 colmeias (Amostras 2 e 4) apresentaram perfil característico da própolis do G12, podendo, assim, serem consideradas pertencentes a esse grupo. Cromatografia Líquida de Alta Eficiência em Fase Reversa (CLAE-FR) Pela figura abaixo, as amostras de números 2 e 4 apresentaram seus perfis de cromatograma similares entre si e ao da amostra 1 (padrão do G12), levando a concluir que também pertencem ao G12. Determinação de Compostos Fenólicos Totais Flavonóides Totais O maior teor de compostos fenólicos da amostra 1 se deve ao maior comprimento de onda (λ = 312 nm) na análise de seu espectro. As amostras 2 e 4 apresentaram maiores teores dentre as amostras, cujos valores são próximos. Conclusão As análises de espectrofotometria de UV-Visível e CCDAE-FR são utilizadas em conjunto para servir de primeiro indicador para a classificação das própolis. Até o momento apenas a própolis de duas colmeias (2 e 4) podem ser consideradas como sendo típicas do G12. Uma das amostras (Amostra 3) apresentou comportamento diferente quanto à atividade antimicrobiana e sua origem botânica dever ser estudada futuramente. Atividade antimicrobiana A amostra 3 apresentou os maiores halos, portanto possui maior atividade antimicrobiana, a qual se correlaciona com a quantidade de compostos fenólicos e flavonóides. Porém, foi a que teve maior teores de ambos, fato que deve ser estudado mais a fundo. Capacidade antioxidante Verificou-se que uma maior capacidade antioxidante está relacionada com maior teor de compostos fenólicos. Além disso, as amostras que apresentaram altos teores desses compostos também apresentaram maior atividade antimicrobiana. Espectro da região da luz ultravioleta-visível Os 3 EEP’s das amostras das própolis coletadas em outubro e dezembro de 2011 foram submetidas ao espectrofotômetro e o valor máximo de absorção na faixa de comprimento de onda do UV-VIS foi determinado e se encontra no intervalo de 250 a 350 nm. Assim, foi possível concluir que as amostras possuem flavonóides em sua composição. Referências bibliográficas PARK, Y.K.; IKEGAKI, M.; ABREU, J.A.S.; ALCICI, N.M.F. Estudo da preparação dos extratos da própolis e suas aplicações. Ciência e Tecnologia de Alimentos, v. 18, n. 3, 1998. PARK, Y.K.; IKEGAKI, M.; ALENCAR, S.M. Classification of Brazilian propolis by both physicochemical methods and biological activity. Mensagem Doce, 58, 2-7, 2000. PARK, Y.K.; ALENCAR, S.M.; AGUIAR, C.L. Botanical origin and chemical composition of Brazilian propolis. Journal of Agricultural and Food Chemistry, v. 50, p. 2502-2506, 2002. CHANG, C.C.; YANG, M.H.; WEN, H.M.; CHERN, J.C. Estimation of total flavonoid content in propolis by two complementary colorimetric methods. Journal of Food and Drug Analysis, v. 10, n. 3, p. 178-183, 2002. CHEN, C.N.; WU, C.L.; SHY, H.S.; LIN, J.K. Cytotoxic prenylflavanones from Taiwanese propolis. Journal of Natural Products, v. 66, n. 4, p. 503-506, 2003. Colmeia Colmeia Tampa da colmeia Amostra de própolis bruta EEP’s Espectrofotometria HPLC Compostos fenólicos Compostos flavonóides Atividade antimicrobiana Atividade antioxidante
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