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SEGURIDADE SOCIAL

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WBA0136_v2.0
SEGURIDADE SOCIAL: 
A POLÍTICA DE SAÚDE E O SUS
APRENDIZAGEM EM FOCO
2
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Autoria: Wéllia Pimentel Santos
Leitura crítica: Flaviana Aparecida de Mello 
Caro aluno:
Para compreender as inúmeras possibilidades que a temática 
Seguridade social: a política de saúde e o SUS nos permite pensar, 
é necessário, primeiro, que compreendamos bem o conceito de 
saúde. Toda vez que falamos em saúde é recorrente pensarmos 
o tema como ausência de doença, todavia, ter saúde não é estar 
livre de alguma doença, infecção ou alguma dor, mas desfrutar de 
um bem-estar físico e psicológico. Portanto, podemos considerá-
la não como doença, mas como gozo das plenas atividades 
humanas. Neste sentido, as políticas de saúde estão diretamente 
relacionadas à questão do planejamento do setor público, e a 
qualidade deste planejamento e sua efetivação estão diretamente 
relacionadas com a qualidade das nossas vidas.
De tal modo, no primeiro capítulo deste Caderno, apresentaremos 
os aspectos conceituais e históricos da política de saúde no Brasil 
e o Sistema Único de Saúde (SUS). 
Em seguida, trataremos das questões mais específicas dos 
princípios e diretrizes do SUS, norteadores de todas as ações dos 
serviços de saúde, discutiremos sobre a gestão deste sistema, as 
garantias constitucionais estabelecidas pelas legislações vigentes, 
além dos níveis de atenção à saúde: primário, secundário e 
terciário, compreendendo seus limites de resolubilidade. 
Já no terceiro capítulo, veremos a importância do planejamento 
e orçamento para a organização dos serviços de saúde, 
3
conheceremos as fontes que financiam as ações do SUS, a gestão 
de seus recursos, além da importância da participação popular 
e do controle social no SUS, diferenciando os conceitos de 
conferências e conselhos de saúde.
Para finalizar o Caderno, propomos a compreensão da 
importância da descentralização e municipalização do SUS, de 
modo a entender o diálogo existente entre descentralizar e 
regionalizar as ações em saúde, refletiremos sobre o Pacto pela 
Saúde enquanto um compromisso pela saúde da população 
brasileira, sua trajetória histórica, além de evidenciarmos as 
principais prioridades do Pacto pela Vida, Pacto em defesa do 
SUS e Pacto de gestão do SUS e os compromissos que eles 
representam.
INTRODUÇÃO
Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira 
direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática 
abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar 
reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática 
profissional. Vem conosco!
TEMA 1
Os aspectos conceituais e 
históricos da política de saúde no 
Brasil e o Sistema Único de Saúde 
(SUS)
______________________________________________________________
Autoria: Wéllia Pimentel Santos
Leitura crítica: Flaviana Aparecida de Mello
5
DIRETO AO PONTO
Desde o período do Brasil Colônia enfrentamos vários problemas 
de saúde coletiva, como as epidemias ou os surtos de varíola, 
tendo sido erradicadas, conforme Baptista (2007), somente na 
década de 1980; a peste bubônica, a febre amarela etc. Muitos 
desses problemas ocasionados pela nossa constituição geográfica. 
As formações médicas no período colonial ocorriam na Europa 
e quando estes profissionais regressavam ao Brasil, o foco 
do atendimento era destinado às elites da época que podiam 
custeá-los. Já as classes empobrecidas lidavam com a doença 
como podiam, recorrendo assim aos barbeiros, curandeiros, 
benzedeiros, pajés, boticários etc.
A família real portuguesa, ao chegar ao Rio de Janeiro, em 1808, 
encontra uma cidade em precárias condições de saneamento, 
sem cultura de higiene, suja, comprimida, cujas construções 
eram incapazes de refletir o que muitos dos países ocidentais já 
vivenciavam no que tange ao enfrentamento das epidemias, em 
especial aquelas que já estavam sendo estudadas há séculos, e 
tudo isso era ainda ignorado pelo Brasil. Dom João VI cria então 
a primeira faculdade de medicina na cidade de Salvador, sendo 
posteriormente criado um centro de estudos na cidade do Rio 
de Janeiro. Neste sentido, passa a haver um combate ainda que 
muito ínfimo a esse quadro de saúde coletiva. 
Com a passagem do Império para a República, as ações de saúde 
pública ainda não terão grandes revoluções. Por sua vez, neste 
começo do século XX, as epidemias ainda estavam em alta no 
Brasil, em especial nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. 
Doenças como febre amarela, peste negra, varíola, dentre outras, 
desenvolvem-se no Brasil, ocasionando graves problemas sociais. 
6
Oswaldo Cruz foi um importante cientista brasileiro, dentre 
tantos outros, dedicado ao enfrentamento das questões de saúde 
pública, trazendo propostas de melhorias para que lidar com essas 
epidemias. As ações eram focadas nas condições de moradia 
da população, na intervenção do governo junto à liberação das 
construções, ainda no estudo sobre vacinas e práticas de higiene. 
Com o decorrer do tempo, o investimento em ações destinadas à 
saúde pública começa a se fazer mais urgente, e neste espectro, 
tais ações ainda são muito pequenas, ínfimas. Chegando ao 
período de Getúlio Vargas, vamos perceber que ainda haverá 
pouco investimento em saúde pública, pautado pela intensificação 
das lutas dos trabalhadores pelo seu direito à assistência médica. 
O regime militar também é caracterizado pelo baixo investimento 
nas questões de saúde, pela terceirização do cuidado da saúde.
Inclusive, ao observar o período de 1980, mais próximo à 
instauração do SUS, é possível perceber que o indivíduo só tinha 
acesso ao sistema público de saúde se você fosse empregado 
com carteira de trabalho. Pessoas autônomas, por exemplo, 
não dispunham de acesso ao sistema público de saúde, sendo 
disponibilizado a estes as clínicas privadas existentes no Brasil 
desde aproximadamente 1820, e que, no entanto, eram muito 
onerosas. 
Neste sentido, para entender a questão de saúde pública antes da 
Constituição de 1988, ou antes da criação do SUS, é imprescindível 
a contextualização do cenário político-econômico de cada período 
histórico, o perfil epidemiológico, ou seja, as doenças mais 
prevalentes, as causas das mortes das pessoas, o surgimento de 
novas doenças, pois todos esses fatores irão corroborar para uma 
proposta do setor saúde.
7
Figura 1 – Organização do setor saúde antes da Constituição 
de 1988
Fonte: elaborada pela autora.
A Figura 1 evidencia que para se entender a organização da saúde 
brasileira, antes da CF de 1988, é preciso considerar os aspectos 
relacionados ao perfil epidemiológico da população e seu o 
cenário político e econômico.
De tal modo, o objeto de aprendizagem destina-se a esclarecer 
aspectos importantes sobre a cronologia das políticas de 
saúde a partir do Brasil Colônia, perpassando pela chegada 
da corte portuguesa ao Brasil, fase chamada Brasil República, 
até o processo de transição democrática, com a importância 
da VIII Conferência Nacional de Saúde, e instauração da nova 
Constituição Federal de 1988, fruto do debate de muitas pessoas 
8
pela garantia de direitos sociais. Vale destacar o art. 197 da CF 
(1988), que prevê que a saúde seja universal e pública ao povo 
brasileiro. Deste modo o SUS, apesar de suas diversas fragilidades, 
foi criado para atender as demandas de saúde de toda a 
população brasileira.
Referências bibliográficas
BAPTISTA, T. W.s de F. História das Políticas de Saúde no Brasil: 
a trajetória do direito à saúde. Fiocruz e Escola Politécnica de 
Saúde Joaquim Venâncio, 2007. 
PARA SABER MAIS
Prezado discente, você sabia como se dava o trato com doenças 
transmissíveis como a lepra (ou hanseníase) na fase do Brasil 
colonial? É sabido que o Brasil, no início do século XIX, lidou com 
um cenário no qual muitas pessoas sofriam com as doenças 
trazidas pelos europeus. As patologias eram das mais variadas 
e o sistema imunológico destas pessoas não estava preparado 
para lidar com a diversidadede vírus e bactérias que por aqui 
circulavam. Isso fazia com que pessoas com doenças como 
leishmaniose, esquistossomose, bócio endêmico, febre amarela 
procurassem pela ajuda de pajés, curandeiros e boticários. 
Quando a família real portuguesa chegou ao Brasil, encontrou 
uma prática bem comum, conhecida como ‘artes de curar’, ou seja, 
saberes populares advindos dos escravos dos indígenas. Importa 
salientar que no século XIX havia uma representação de que o 
homem que vivia por estas terras era protegido pelas matas, 
pelas águas dos rios, pelas florestas, o que fazia com que fossem 
9
imunes às doenças. No entanto, a partir do momento em que 
passou a ocorrer a destruição das matas, para abertura de novas 
estradas de ferro, as doenças começaram a se alastrar pelo país. 
No caso da lepra, um estudo realizado por Santos e Menezes 
(2008) descreve o cenário de estigma e preconceito ao sofrimento 
humano ocorrido neste período com os portadores da doença. 
Nas palavras dos autores “o estigma era inevitável, pois às 
deformações “medonhas” acrescia a marca infamante da origem 
escrava” (SANTOS; MENEZES, 2008, p. 168).
Quando alguém era contaminado pela doença, era retirado do 
convívio social e mantido isolado em instituições de lazareto 
ou em colônias agrícolas. No entanto, esse isolamento não 
necessariamente se dava para que a pessoa fosse curada da 
doença, mas apenas para que ela não contaminasse os outros.
Referências bibliográficas
SANTOS, L. A. C.; MENEZES, R. F. Contrapontos da história da 
hanseníase no Brasil: cenários de estigma e confinamento. Rev. 
Bras. Est. Pop., São Paulo, v. 25, n. 1, p. 167-190, jan./jun. 2008. 
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rbepop/v25n1/v25n1a10.
pdf. Acesso em: 27 jul. 202.
TEORIA EM PRÁTICA
A assistente social Luciana trabalha na secretaria de saúde de um 
município de pequeno porte no interior do estado de São Paulo. 
Num dia usual de atendimento, Luciana recebeu a queixa de um 
usuário relatando ter sido cobrado de um médico oncologista 
para realização de um procedimento pós-operatório pelo SUS. 
10
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Autoria: Nome do autor da disciplina
Leitura crítica: Nome do autor da disciplina
O usuário alega que pelo fato de possuir um plano de saúde foi 
tratado com descaso pelos profissionais da unidade básica pelo 
fato de ser conhecido na região. Como sabemos, a universalização 
do atendimento pelo Sistema Único de Saúde é uma garantia 
constitucional, debatida antes mesmo da sua concretização pela 
legislação, desde o processo de transição democrática, a partir dos 
anos de 1980 com o enfraquecimento do regime militar e após 
ter sido uma demanda ratificada pela VIII Conferência Nacional de 
Saúde de 1986, porém a atuação do médico vai de encontro com 
os princípios das políticas de saúde. 
Como você, na situação desta assistente social, atuaria mediante 
este caso?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este livro se propõe a discutir sobre os saberes dos nativos dos 
séculos XVI e XVII. Sugere-se assim a leitura dos capítulos 2 e 3 do 
livro, que tratam das práticas médicas utilizadas recorrentemente 
pelos pajés e curandeiros da época, além das medicinas dos 
colonizadores e seus descendentes.
Para realizar a leitura, acesse a plataforma EBSCOhost na 
Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. 
Indicações de leitura
11
GURGEL, C. Doenças e curas: o Brasil nos primeiros séculos. São 
Paulo: Contexto, 2010.
Indicação 2
Este livro apresenta um panorama geral das políticas de saúde no 
Brasil, desde as primeiras práticas voltadas à saúde da população 
no Brasil até o cenário contextual do Sistema de Único de Saúde, 
os determinantes e condicionantes da saúde. Sugere-se a leitura 
dos capítulos 1 e 2, que tratam das práticas de saúde no Brasil 
Colônia, perpassando pela República Velha, Era Vargas, Golpe 
Militar, até o período de transição democrática e instauração do 
Sistema Único de Saúde. 
Para realizar a leitura, acesse a plataforma EBSCOhost na 
Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. 
BASSINELLO, G. (org). Saúde coletiva. São Paulo: Biblioteca 
Universitária Pearson, 2014. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
12
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Durante a colonização brasileira tivemos um período de 
exploração, com a vinda de europeus que entraram em 
contato com a população nativa. Consequentemente, entre o 
período de 1500 até a República Velha (1889) tivemos no Brasil 
o predomínio de ______________. 
a. Doenças pestilenciais. 
b. Doenças sexualmente transmissíveis. 
c. Doenças pulmonares.
d. Doenças crônicas.
e. Doenças hipertensivas. 
2. O Brasil no período de colonização se pautava pelo 
modelo de exportação, com a predominância de uma 
economia agrário-extrativista. Isso fazia com que as 
doenças se instalassem nas cidades, sendo alastradas 
também para outros países. 
 
Nesse sentido, a respeito das ofertas de serviço de saúde 
neste período, assinale a alternativa correta:
a. Modelo de atenção básica à saúde. 
b. Práticas integrativas e complementares.
c. Vigilância epidemiológica à comunidade.
d. Boticários, curandeiros e medicina liberal.
e. Atendimento público de baixa complexidade. 
13
GABARITO
Questão 1 - Resposta A
Resolução: A alternativa correta é “Doenças pestilenciais”, 
tendo em vista que durante o período de 1500 até a 
República (1889) o predomínio foi de doenças pestilenciais 
ou as doenças de fácil transmissão. Isso ocorreu 
devido à falta de saneamento básico e também pelos 
aglomerados urbanos. Naquele momento não havia um 
maior conhecimento sobre a ocorrência das doenças, e 
em consequência disso, na ocorrência das epidemias, a 
população era dizimada. 
Questão 2 - Resposta D
Resolução: A resposta correta é “Boticários, curandeiros 
e medicina liberal”, pois entre o período de 1500 a 1888 
não havia no Brasil um modelo de saúde, mas sim algumas 
ofertas pontuais para a saúde da população, as quais 
ocorriam por meio dos boticários, que preparavam alguns 
medicamentos para comercialização; os saberes curativos 
dos indígenas e dos jesuítas; a medicina liberal, pela qual 
só tinha acesso aqueles que dispunham de condições 
financeiras para arcar. 
TEMA 2
Princípios, diretrizes e a gestão 
do Sistema Único de Saúde 
______________________________________________________________
Autoria: Wéllia Pimentel Santos
Leitura crítica: Flaviana Aparecida Mello
15
DIRETO AO PONTO
O SUS, um dos maiores sistemas de saúde de acesso universal do 
mundo, tendo sido desde a sua implantação defendido e debatido 
entre seus usuários, trabalhadores e gestores. Deste modo, a fim 
de garantir o direito à saúde da população brasileira, o SUS possui 
diversos princípios subdivididos entre princípios doutrinários e 
organizativos. 
Entre os princípios doutrinários temos o princípio da 
universalização, o que implica no acesso universal para todos, 
entendido como um direito de cidadania de todas as pessoas, 
sendo responsabilidade do Estado assegurar esse direito. Temos 
também outro princípio doutrinário do SUS ao qual não está 
disposto na legislação - o princípio da equidade. Deste modo, 
quando falamos em tratar a todos de forma igualitária, a doutrina 
percebe que nem todos são iguais, pois temos necessidades 
diferentes. 
A equidade objetiva diminuir as desigualdades com base no 
caso real, logo, ela tem como propósito tratar desigualmente os 
desiguais. Outro princípio doutrinário do SUS é a integralidade,que nada mais é do que atender a todas as necessidades das 
pessoas. Essa integralidade do SUS inclui a promoção da saúde, 
prevenção de doenças, tratamento e reabilitação (BRASIL, 1990).
Já entre os princípios organizativos temos a regionalização e a 
hierarquização, o que pressupõe que o SUS será organizado por 
níveis crescentes de complexidade. Pressupõe um comando 
único, entretanto essa prestação de saúde será regionalizada. Já 
a hierarquização pressupõe a divisão de níveis de saúde (BRASIL, 
1990).
16
Lembrando que dentro da organização dos serviços de saúde 
nós vamos ter no nível inicial a atenção primária ou atenção 
básica, depois teremos a atenção em média complexidade e a 
alta complexidade. O nível primário é a entrada da população 
junto ao Sistema Único de Saúde, o nível secundário é um nível 
mais avançado de assistência, com maior complexidade dos casos 
atendidos. Este nível de assistência conta com clínicas específicas 
e, por sua vez, quando este nível não for suficiente para o 
atendimento do paciente, este será encaminhado a um nível mais 
complexo - o nível terciário, tais como os hospitais, os serviços 
ambulatoriais ou os serviços de internação.
Figura 1 – Atenção à saúde
Fonte: elaborada pela autora.
A Figura 1 apresenta os níveis de atenção à saúde, sendo 
subdivididos entre nível primário (baixa complexidade, 
nível secundário (média complexidade) e nível terciário (alta 
complexidade). 
17
O princípio da hierarquização deverá ser pensado em níveis 
crescentes, ou seja, a complexidade das ações de saúde vai 
crescendo de nível para nível, da atenção primária para a média 
complexidade e, por sua vez, para alta complexidade. E no que 
tange à regionalização, significa que as ações de saúde serão 
organizadas em regiões de saúde. Já a descentralização em 
saúde diz respeito à redistribuição do poder entre as instâncias 
federativas. E por último, como sistema organizativo, temos 
também a participação popular ou controle social, que implica que 
a sociedade deverá participar do dia a dia do sistema de saúde, é 
por esse motivo que existem alguns conselhos e conferências de 
saúde (BRASIL, 1990).
De tal modo, o objeto de aprendizagem destina-se a esclarecer 
aspectos importantes sobre os princípios e diretrizes do Sistema 
Único de Saúde, compreender os níveis de atenção à saúde, além 
de propor reflexões sobre a gestão do SUS com base nas garantias 
constitucionais estabelecidas pelas legislações vigentes, 
A esse respeito, importa saber que o SUS possui três esferas de 
gestão: nacional, estadual e municipal. Cada uma com funções 
específicas. 
Além disso, como importante parte da gestão do SUS, é possível 
citar o Pacto pela Saúde, ou seja, uma gama de reformas 
institucionais feitas pelo SUS, que foram aprovadas no ano 
de 2006. Assim, o Pacto pela Saúde busca por inovações nos 
processos e instrumentos de gestão do SUS de modo a se 
alcançar uma maior eficiência, uma qualidade das respostas do 
sistema de saúde. O Pacto pela Saúde trouxe a ideia de realização 
de prioridades simultaneamente de forma articulada entre os 
gestores.
18
Referências bibliográficas
BRASIL. ABC do SUS: doutrinas e princípios. Brasília: Ministério 
da Saúde, 1990. Disponível em: http://www.farmacia.alegre.ufes.
br/sites/farmacia.alegre.ufes.br/files/field/anexo/abc_do_sus_-_
doutrinas_e_principios.pdf. Acesso em: 16 out. 2020. 
PARA SABER MAIS
Prezado discente, você sabia que temos por meio da Portaria 
NOB 96/SUS a definição das instâncias de negociação entre os 
gestores? Essas instâncias definem em que espaço ocorrerá essas 
negociações entre os gestores das diferentes esferas de gestão. 
Além disso, define as formas que os gestores municipais 
se comunicam com os gestores a nível estadual ou federal. 
Deste modo, a NOB/96 do SUS define que esses espaços são 
considerados instâncias de negociação entre os gestores da 
saúde, as quais podem ser subdivididas em Comissão Intergestora 
Bipartite (CIB) e Comissão Intergestora Tripartite (CIT). 
Essas instâncias viabilizam a integração e a harmonização entre 
os gestores. Elas são os fóruns de negociação, de integração dos 
gestores municipais, estaduais e federais (DAYRELL, 2015).
Assim, a CIB, por exemplo, será bipartite por possuir duas esferas 
de gestão, ou seja, conta-se como participantes os gestores 
estaduais e municipais. Já na CIT existem três esferas de gestão: 
municipal, estadual e federal. Por meio dessas instâncias e dos 
conselhos de saúde tem-se a viabilização da articulação das 
esferas de gestão. Logo, tem-se na CIB e na CIT a composição dos 
sistemas municipais de saúde, a pactuação das programações 
19
entre os gestores e a integração dessas esferas de governo como 
um todo (DAYRELL, 2015).
Nas reuniões da CIB e da CIT haverá a pactuação, por exemplo, em 
relação a tetos financeiros oriundos dos recursos das diferentes 
esferas de gestão. Portanto, toda a parte de negociação que 
visa prioritariamente viabilizar a atenção à saúde atendendo 
as necessidades assistenciais da coletividade e também das 
exigências ambientais. 
É muito importante que você tenha clara a diferenciação entre a 
CIB e a CIT dos conselhos de saúde. Como visto, elas são instâncias 
de negociação entre os gestores. Já os conselhos de saúde, 
embora também sirvam para que ocorra essa integração entre os 
gestores, eles na realidade são espaços de participação popular e 
de controle social, contando com a participação de outros setores 
como os prestadores de serviços, os profissionais de saúde e a 
população na gestão do SUS.
Referências bibliográficas
DAYRELL, L. S. O. Gestão compartilhada do SUS: a importância da 
pactuação para a efetividade do direito constitucional da saúde. 
In: Conass: para entender a gestão do SUS, 2015. Disponível em: 
https://www.conass.org.br/biblioteca/pdf/colecao2015/CONASS-
DIREITO_A_SAUDE-ART_1B.pdf. Acesso em: 16 out. 2020.
TEORIA EM PRÁTICA
Juliano é um paciente com diagnóstico de HIV, sendo 
acompanhado frequentemente pela equipe do serviço de 
atendimento a pessoas com HIV e ISTs – infecções sexualmente 
20
transmissíveis, e de modo complementar pela ESF de um 
município de médio porte. 
No entanto, em 12 anos de tratamento é a primeira vez que 
Juliano passa por uma situação de falta de kits para realização 
de seu exame. Juliano procura então pela assistente social da 
secretaria de saúde de seu município e relata sua situação. Ele 
descreve que seu exame de carga viral deveria ter sido realizado 
há quatro meses, no entanto, os técnicos que o atenderam no 
posto de saúde que realiza o seu acompanhamento dizem que há 
falta do kit utilizado no processo.
Juliano se mostra extremamente preocupado em não conseguir 
realizar o exame e relata que sem ele sua doença estará sem 
o devido controle. Como lhe foi explicado pelos médicos que 
o acompanham, a doença em si não mata o indivíduo, mas 
oportuniza o contágio de muitas doenças, e o exame de carga 
viral é que indicará se o tratamento funciona ou não, devendo ser 
feito a cada três meses. Assim, todas as pessoas com HIV precisam 
fazer esse controle para garantir sua saúde. 
No entanto, conforme explica Juliano, em maio do corrente ano, os 
técnicos da ESF que acompanham o seu caso lhe explicaram que 
a secretaria municipal iniciou um racionamento nos kits para os 
exames de carga viral, priorizando as gestantes e as crianças, mas 
os técnicos do posto garantiram a ele que em breve sua situação 
seria regularizada. 
Frequentemente o usuário tem retornado ao posto e é atendido 
por técnicos que dizem que os estoques estão reservados apenas 
aos pacientes com quadros de saúde mais instáveis.
Como você, na situação desta assistente social, atuaria mediante 
este caso?
21
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este artigo se propõe a uma reflexão crítica sobre os princípios e 
diretrizes doSistema Único de Saúde, mais especificamente sobre 
o princípio da integralidade relacionado à vigilância sanitária, 
demonstrando a necessidade de que sejam adotadas práticas de 
saúde seguras, éticas, resolutivas com vistas à integralidade da 
atenção à saúde. 
Para realizar a leitura, pesquise pelo artigo na internet. 
O’DWYER, G. et al. Integralidade: uma diretriz do SUS para a 
vigilância sanitária. 2010. Rev. Ciênc. Saúde Coletiva, v. 15, supl. 
3. Rio de Janeiro, nov. 2010.
Indicação 2
Este artigo propõe algumas reflexões sobre a gestão da saúde 
com base na experiência de Sapucaia do Sul (RS). De tal modo, o 
artigo trata da complexidade das práticas voltadas para a gestão 
do SUS dando ênfase para a uma articulação com base em cada 
serviço, numa dimensão micropolítica para então macropolítica a 
partir do dimensionamento territorial a nível estadual e federal. 
Indicações de leitura
22
Tudo isso no sentido de favorecer diálogos que sejam mais 
democráticos na gestão do SUS. 
Para realizar a leitura, pesquise pelo artigo na internet. 
BEDIN, D. M. Reflexões acerca da gestão em saúde em um 
município do Sul do Brasil. 2014. Rev. Saúde e Sociedade, v. 23, n. 
4. São Paulo, oct./dec. 2014. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Trata a saúde como direito de cidadania, direito esse expresso 
na Constituição Federal da República em seu art. 196. Esse 
princípio também será substituído pelo modelo excludente 
previdenciário, é ainda consequência direta da ampla 
discussão do direito à saúde. Estas características referem-se 
ao princípio da _____________. 
a. Equidade.
b. Integralidade.
23
c. Universalidade.
d. Descentralização. 
e. Participação social. 
2. O princípio pode ser considerado algo fundamental, uma 
regra ou lei, pode ser compreendendo como o início de 
todas as outras leis. No caso do SUS, este possui diversos 
princípios. No entanto, por uma questão meramente 
didática costumamos dividir os princípios essenciais do 
SUS em dois grandes blocos: 
 
Deste modo, a respeito da diferenciação destes princípios 
do Sistema Único de Saúde, assinale a alternativa correta:
a. Princípios gerais e princípios organizativos.
b. Princípios doutrinários e princípios de igualdade.
c. Princípios doutrinários e princípios organizativos.
d. Princípios do direito da pessoa humana e princípios gerais.
e. Princípios do respeito à pluralidade e princípios 
organizativos. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: A alternativa correta é a “Princípio da 
universalidade”, tendo em vista que o SUS foi conquistado 
pelas pessoas, sendo então o princípio da universalidade 
fruto da discussão, da luta que as pessoas tiveram por um 
sistema público de saúde que fosse universal. Isso pressupõe 
24
que a saúde deve ser acessível a todos, conforme prevê a 
CF/1988. 
Questão 2 - Resposta C
Resolução: A resposta correta é “Princípios doutrinários e 
princípios organizativos”, pois o Sistema Único de Saúde tem 
vários princípios e diretrizes, porém os principais podem ser 
subdivididos entre princípios doutrinários, ou seja, aqueles 
feitos com base na Constituição Federal de 1988, de modo 
a conduzir as ações dos profissionais de saúde que atuam 
no SUS, e princípios organizativos, aqueles que falam sobre 
como o SUS será organizado. 
TEMA 3
Financiamento e controle 
social da saúde e protagonismo 
mediante as Conferências 
Nacionais de Saúde
______________________________________________________________
Autoria: Wéllia Pimentel Santos
Leitura crítica: Flaviana Aparecida Mello
26
DIRETO AO PONTO
Há todo um arcabouço teórico que envolve o planejamento e 
orçamento no SUS. Temos então a Constituição Federal de 1988 
como lei maior que irá abarcar este conteúdo, a Lei n. 8.080/90, a 
Lei n. 8.142/90, além de leis complementares, decretos, portarias e 
resoluções.
De tal modo, o planejamento é ascendente, ou seja, é o município 
por meiode seus conselhos municipais de saúdeque recolhem 
a opinião da população para então fazer um planejamento e 
implementar as políticas públicas de saúde. Já no âmbito estadual 
serão os conselhos estaduais de saúde e, no âmbito federal, os 
conselhos nacionais. 
Assim, o planejamento irá envolver os planos a nível municipal, 
estadual e federal. O executivo, por sua vez, irá implementar esse 
plano por meiodas políticas públicas contidas nele e vai monitorar 
a sua execução por meiodos indicadores que são criados. 
Além disso, a Lei n. 8.142/90 define como serão realizadas as 
transferências dos recursos recebidos pelos Estados, municípios 
e União na gestão do SUS, portanto, como essa verba será 
transferida entre as diferentes esferas de gestão para que os 
investimentos na saúde sejam realizados de forma adequada. 
Por sua vez, o SUS preconiza, com base na da Lei n. 8.142/90, 
a participação popular e o controle social como uma diretriz 
que irá ocorrer dentro do SUS.A Lei n. 8.142/90 “dispõe sobre a 
participação da comunidade na gestão do SUS”, e“dispõe sobre 
as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na 
área da saúde e dá outras providências”.
27
A participação popular na gestão do SUS ocorrerá nas 
conferências de saúde e nos próprios Conselhos de Saúde. 
Portanto, essas duas instâncias colegiadas constituem-se em 
espaços de controle social, existentes em cada esfera de governo. 
Quando falamos em composição paritária quer dizer que há o 
mesmo número de representantes nas diferentes categorias. 
Então, se há 50% de pessoas que vão participar destes espaços 
que são constituídos pela gestão, prestadores de serviço 
e profissionais da saúde, também deverá ter esse mesmo 
quantitativo dos usuários participando desses espaços.
Figura 1 – Controle social no SUS
Fonte: elaborada pela autora.
A figura acima evidencia a composição dos conselhos e 
conferências de saúde, que deverá ser paritária com 50% de 
usuários, representantes do governo, além de profissionais de 
saúde, que por sua vez, deverão ser subdivididosentre 25% de 
gestores ou prestadores de serviços do SUS e 25% trabalhadores 
da saúde.
28
De tal modo, o objeto de aprendizagem destina-se a esclarecer 
aspectos importantes que convergem tanto para o planejamento 
das ações da saúde pública, perpassando pelas suas fontes de 
financiamento, e ainda a importância da participação popular e 
controle social na execução dessas políticas. 
Vale ressaltar que as conferências de saúde, como instâncias 
desse controle social, são realizadas a cada quatro anos, podendo 
ser organizadas nos estados em parceria com os conselhos 
de saúde, com as secretarias estaduais ou municipais ou pelo 
Ministério da Saúde.Estas conferências sistematizadas no âmbito 
federal, estadual e municipal contam com a representação dos 
vários segmentos sociais, que por sua vez elegem delegados 
e propostas para ir para a conferência estaduale, por fim, a 
conferência nacional (Lei n.8.142/90).As propostas trazidas pelas 
Conferências Nacionais de Saúde são o resultado das discussões 
e propostas ocorridas no âmbito estatalpor meiodas Conferências 
Estaduais, e, por sua vez, estas discussões e propostas resultam 
em propostas no âmbito municipal.
Já os conselhos de saúde são permanentes e deliberativos, 
cuja composição deverá ser paritária e atuarão no sentido de 
formularem estratégias, além de controlar a política de saúde no 
município, bem como nos Estados ou União.
Referências bibliográficas
BRASIL. Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Diário Oficial 
[da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8142.htm.Acesso em: 18 
ago. 2020.
29
BRASIL.Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Diário Oficial 
[da] República Federativa do Brasil], Brasília, DF, p. 18.055, 20 set. 
1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l8080.htm. Acesso em: 16 out. 2020. 
PARA SABER MAIS
Prezado discente, pensando na organização das redes de 
saúde, é preciso que você entenda que o nosso panorama do 
financiamento em saúde, ao tratar dos seus marcos históricos e 
legal faz com que tenhamos clareza de que a saúde pública foi 
negligenciada no Sistema Único de Saúde no que tange a aspectos 
voltados a um financiamento equitativo.
Sobre esses aspectos legislativos, em 2012 foi criada a Lei 
Complementar n. 141/12, resultante da Emenda Constitucional 
n. 29, fruto de grande apelo dos gestores principalmente 
municipais para que houvesse a sua homologação e aplicação. 
Foram então definidas por meio dela os percentuais mínimos de 
investimentos em saúde para cada ente federado, sendo 15% para 
os municípios, 12% para os Estados, e a União seria o montante 
aplicado no ano anterior, mas a variação do PIB, no entanto, não 
permite que isso ocorra na prática (BRASIL, 2015).
Um avanço que a Lei Complementar n. 141/12 nos trouxe foia 
definição de despesas com ações e serviços de saúde. Com isso, 
não mais foram aceitas as prestações de contas dos Estadospor 
meio do lançamento de despesas que não fossem específicas do 
setor saúde (BRASIL, 2015). 
Depois tivemos uma mudança na lógica de transferências 
de recursos pela União, instituída pela Portaria n. 3.992/17 
30
(CONASEMS, 2018). Essa alteração alterou os blocos de 
financiamento da saúde, pois até então eram mantidos os 
blocos de financiamento da atenção primária, da média e alta 
complexidade, da vigilância em saúde, da assistência farmacêutica, 
da gestão e também um bloco de investimentos. Todos esses 
blocos foram condensados em dois blocos, sendo eles um bloco 
de custeios e um bloco de investimento, o que garante maior 
mobilidade dos recursos, porém a prestação de contas se mantém 
com a mesma lógica, já a manutenção das ações é estabelecida 
por blocos para a prestação de contas e para o planejamento. 
Assim, essa portaria instituiu e empoderou o planejamento 
em saúde, principalmente dos municípios e Estados em que se 
deve fazer a execução financeira de acordo com o planejado 
(CONASEMS, 2018).
Depois temos a Emenda Constitucional n. 86/15, que instituiu 
as emendas parlamentares impositivas e garantiu que a União 
deveria investir seus recursos para as ações e serviços em 
saúde de forma progressiva até chegar ao percentual de 15% 
(CONASEMS, 2018).
Após isso, tivemos a publicação da Emenda Constitucional n. 
95/16, a chamada EC do congelamento que revogou a progressão 
de recursos pela União fazendo com que houvesseum retrocesso 
na garantia desses direitos (CONASEMS, 2018).
De tal modo, a Emenda Constitucional n. 95/2016 trata-se de um 
dispositivo agregado à CF de 1988 que prescreve que durante 
o período de 20 anos o poder público só poderá gastar com as 
políticas sociais o percentual gasto no ano anterior, acrescido 
da correção inflacionária. Isso implica que o valor limitado pela 
EC 95 a políticas sociais como educação, saúde, segurança 
pública etc., não será proporcional ao crescimento populacional. 
As consequências dessa emenda são danosas à garantia do 
31
estabelecimento das políticas sociais, da garantia dos direitos 
fundamentais expressos constitucionalmente que podem ficar 
absolutamente desprestigiados no nosso país.
Referências bibliográficas
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Articulação 
Interfederativa. Principais marcos normativos da gestão 
interfederativa do SUS.Secretaria de Gestão Estratégica e 
Participativa, Departamento de Articulação Interfederativa. 3. ed. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2015. Disponível em: http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/publicacoes/principais_marcos_normativos_
gestao_interfederativa_3ed.pdf. Acesso em: 21 ago 2020.
CONASEMS. Confederação Nacional de Municípios – CNM. 
Mudanças no Financiamento da Saúde. Brasília, 2018. 
Disponível em: https://www.conasems.org.br/wp-content/
uploads/2018/08/Mudan%C3%A7as-no-Financiamento-da-
Sa%C3%BAde.pdf. Acesso em: 21 ago. 2020.
TEORIA EM PRÁTICA
A assistente social Vanessa trabalha na secretaria de saúde de 
um município de médio porte no interior do estado de Minas 
Gerais. Em um dia de atendimento, a técnica recebe o Sr. Juarez, 
usuário com 44 anos que apresenta uma doença rara chamada 
acromegalia. O usuário relata que a doença faz com que ele 
continue a crescer como se estivesse na adolescência. Juarez 
relata ainda que a princípio sentia dores de cabeça por enxaqueca 
em excesso e que também estava engordando em demasia, e seus 
membros inferiores e superiores estavam sempre muito inchados. 
32
Juarez relata ter descoberto a acromegalia quando acompanhava 
a mulher numa consulta à endocrinologista. E na consulta com 
o especialista lhe foi explicado que a acromegalia é uma doença 
causada pela produção excessiva do hormônio do crescimento, 
o GH na fase adulta. Assim, nariz, língua, queixo, testa, lábios e 
orelha crescem sem parar. Com o tempo vêm as complicações 
cardiovasculares e respiratórias e a taxa de mortalidade de quem 
tem essa doença é de duas a quatro vezes maior do que de uma 
pessoa normal.No entanto, o grande perigo desta doença está 
no crescimento dos órgãos internos e na associação ao diabetes. 
Na maioria dos casos um tumor benigno na hipófise provoca a 
doença. Logo, em menos de dois meses Juarez já fez a cirurgia 
para retirada do tumor, o que fez com que o nível hormonal 
decrescesse significativamente, no entanto, não nos patamares 
ideais, e a partir daí ele começou a vivenciar um grande problema 
associado ao tratamento com medicamentos de alto custo ao qual 
ele não conseguiria arcar sem prejuízo das suas despesas básicas. 
Além dos medicamentos para impedir que o tumor cresça, 
Juarez precisava de uma medicação para controlar a produção 
do hormônio, que custava R$ 10.000 mensais. O usuário relata 
ter entrado na justiça para conseguir o medicamento pelo SUS, 
conseguiu pelo período de sete meses, no entanto, mesmo com 
a determinação da justiça, as novas doses não chegaram. Assim, 
retornou à secretaria de saúde do município, mas lhe foi alegado 
que houve um corte de verbas para compra de medicamentos de 
alto custo.
Como você, na situação desta assistente social, atuaria mediante 
este caso?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
33
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este artigo se propõe a discutir sobre os problemas inerentes à 
gestão do SUS a partir do seu financiamento, abarcando assim a 
proposta de seguridade social trazida pela Constituição de 1988 
contraposta aos constantes ajustes fiscais,o que acarreta em 
embates substanciais na gestão da saúde pública e evidencia a 
necessidade de ampliação dos recursos públicos no país.
Para realizar a leitura, acesse a plataforma EBSCOhost na 
Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. 
DAIN. S. Os vários mundos do financiamento da Saúde no 
Brasil: uma tentativa de integração. Ciência & Saúde Coletiva, 
12(Sup):1851-1864, 2007.
Indicação 2
Este artigo apresenta uma reflexão sobre a importância dos 
conselhos de saúde na atualidade como espaços de mobilização e 
articulação da sociedade. Eles representam um avanço social e um 
instrumento legítimo de defesa dos princípios constitucionais do 
Sistema Único de Saúde, que precisa ser fortalecido de modo a se 
permitir a sua participação efetiva.
Para realizar a leitura, acesse a plataforma EBSCOhost na 
Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. 
Indicações de leitura
34
OLIVEIRA, F. S. de. Controle social no sistema único de saúde - SUS: 
aspectos constitucionais e legais dos Conselhos de Saúde. Prim 
Facie, v. 6, n. 11, p. 76-90, 11. 
QUIZPrezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Por meio desse fórum de debate foi possívelcontemplar 
a participação popular, ao qual reuniu estudantes, 
trabalhadores, pesquisadores que aclamavam por justiça 
social, por uma medicina curativa gratuita para toda a 
população, uma mudança no modelo social de saúde vigente. 
Foi um momento de extrema importância para a definição do 
SUS. Estascaracterísticasreferem-se à(ao) ______________. 
a. Conferência de Alma-Ata.
b. Reforma Sanitária Brasileira.
c. 8ª Conferência Nacional de Saúde.
d. Conselho Nacional de Saúde.
a. 12ª Conferência Nacional de Saúde. 
35
2. O controle social no SUS nada mais é do que a forma 
como os usuários irão interferir na gestão do Sistema 
Único de Saúde. Isso poderá ocorrer em forma de críticas, 
sugestões, elogios, propostas. Portanto, há várias formas 
de participação social e de controle social na política de 
saúde. 
 
Nesse sentido, a respeito dessas formas de controle social 
e participação popular no SUS, assinale a alternativa 
correta:
a. Conselhos de Saúde e Conferências de Saúde.
b. Instâncias Colegiadasde Saúde e Conselhos de Saúde.
c. Comitê Gestor em Saúde e Oficinas Nacionais de Saúde.
d. Comitê Complementar em Saúde e Conferências de Saúde.
e. Vigilância Epidemiológica em Saúde e Comitê Gestor em 
Saúde. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta C
Resolução: A alternativa correta é “8ª Conferência Nacional 
de Saúde”, que ocorreu no ano de 1986.Neste momento 
reuniram-se estudantes, trabalhadores, pesquisadores 
aclamando por justiça, por uma medicina curativa para eles. 
Foi um marco histórico para o SUS, ao qual a população 
exigiu mudança no modelo social vigente, tendo em vista que 
até o que se tinha era o Inamps financiado pelo Ministério 
da Previdência e o Ministério da Saúde do outro lado, que 
oferecia apenas políticas de prevenção. Assim, o povo queria 
36
a retirada do Inamps do Ministério da Previdência e realocá-
lo, para que o Ministério da Saúde coordenasse o Inamp 
se oferecesse gratuitamente para o povo tanto a medicina 
preventiva quanto a curativa. 
Questão 2 - Resposta A
Resolução: A resposta correta é “Conselhos de Saúde e 
Conferências de Saúde”, pois os Conselhos e Conferências 
de Saúde são mecanismos formais de controle social e 
participação popular no SUS. Essa participação está prevista 
em lei.Os Conselhos de Saúde ocorrem por meio de reuniões 
com periodicidade menor em relação às Conferências 
de Saúde. Eles são permanentes e deliberativos. Já as 
Conferências de Saúde acontecem a cada quatro anos e 
contam também com a representação dos vários segmentos 
sociais. 
TEMA 4
Descentralização e 
municipalização do SUS e os 
Pactos pela Saúde
______________________________________________________________
Autoria: Wéllia Pimentel Santos
Leitura crítica: Flaviana Aparecida de Mello
38
DIRETO AO PONTO
Com a Lei n. 8.080/90, no seu art. 9º, é estabelecido que “a 
direção do Sistema Único de Saúde é única, sendo exercida 
em cada esfera de governo pelos seguintes órgãos: União, 
Estados e Distrito Federal e municípios”. Com base nesse 
pressuposto legislativo temos uma questão importante que é a 
descentralização do SUS. 
A normatização da descentralização do SUS garante uma gestão 
compartilhada entre os diferentes entes federados. Assim, na 
União essa direção do SUS será exercida pelo Ministério da Saúde, 
nos Estados e Distrito Federal a direção do SUS será exercida 
pelas respectivas secretarias de saúde, sejam elas estaduais 
ou do Distrito Federal ou ainda por órgãos equivalentes. Já nos 
municípios, o SUS será dirigido unicamente por meio da Secretaria 
Municipal de Saúde ou por órgão equivalente. Isso pressupõe a 
execução clara da descentralização no SUS.
O art. 10 da Lei Orgânica da Saúde também evidencia a 
descentralização quando garante aos municípios constituírem 
consórcios entre eles no intuito de desenvolverem em conjunto 
as ações e serviços de saúde que lhes correspondam (Lei n. 
8.080/90).
Com isso, se um município não dispuser, por exemplo, de 
uma unidade radiológica para realização de raio-X da sua 
comunidade, dos seus pacientes que necessitam desse tipo 
de procedimento, esse município poderá então estabelecer 
consórcios com municípios vizinhos para que seja possível 
oferecer à sua população esses serviços. Então, os pacientes que 
tiverem a necessidade deste tipo de exame, serão direcionados ao 
39
município vizinho consorciado, conveniado, a fim de receber esse 
serviço. 
Ações deste tipo demonstram a aplicação prática de uma 
direção única a nível municipal, garantindo aos municípios maior 
independência, podendo eles negociarem entre si, realizarem 
pactos de consórcios para conseguirem atender à sua população 
de forma adequada. 
Por sua vez, temos o Pacto pela Saúde, subdividido entre Pacto 
pela Vida; Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS. 
Este pacto é normatizado pela Portaria n. 399/2006 e objetiva 
estabelecer prioridades e metas para o Sistema Único de Saúde.
Figura 1 – Pacto pela Saúde
Fonte: elaborada pela autora.
A figura acima apresenta a subdivisão do Pacto pela Saúde: Pacto 
pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS, 
todos eles normatizados pela Portaria n. 399/2006. 
Nesse sentido, o Pacto pela Saúde evidencia a garantia dos 
princípios constitucionais do SUS, tal qual a descentralização e a 
regionalização de suas ações, o que pressupõe o compromisso de 
cada município, região ou estado brasileiro pela saúde pública por 
40
meio de metas e prioridades que estes deverão cumprir, seja no 
que tange ao financiamento do sistema, a regulação da atenção à 
saúde, o PPI – Programação Pactuada Integrada; o planejamento 
no SUS, a educação na saúde, a gestão do trabalho na saúde e 
participação e controle social (BRASIL, 2006).
De tal modo, o objeto de aprendizagem destina-se a esclarecer 
aspectos importantes que convergem para todas essas questões 
que nos possibilitam lutar por um sistema de saúde que seja 
direito de todos, que seja cada vez mais eficiente e para isso é 
necessário que haja a corresponsabilidade de todos na gestão do 
SUS.
Referências bibliográficas
BRASIL. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Diário Oficial 
[da] República Federativa do Brasil], Brasília, DF, p. 18.055, 20 set. 
1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l8080.htm. Acesso em: 16 out. 2020. 
BRASIL. Portaria n. 399, de 22 de fevereiro de 2006. Diário 
Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF. Disponível 
em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/
prt0399_22_02_2006.html. Acesso em: 23 ago. 2020. 
PARA SABER MAIS
Prezado discente, pensando nos aspectos concernentes à 
descentralização do SUS, é preciso que você compreenda como 
41
era o processo de descentralização pré-SUS, ou seja, como era a 
organização antes da existência do Sistema Único de Saúde.
É possível dizer que a descentralização antes do SUS era 
compreendida correlacionada à regionalização, uma outra diretriz 
do SUS, a qual está presente tanto na Constituição Federal de 1988 
quanto na Lei Orgânica da Saúde. O processo de descentralização 
se reflete, por exemplo, no Sistema Unificado e Descentralizado de 
Saúde (Suds), datado de 1987, antes da implementação do SUS no 
Brasil, quando vivíamos momentos de ditadura no país. 
O Suds constitui-se num aprofundamento das AIS, conforme 
Pimenta (1993, p. 31), ele “representa um avanço em relação 
à descentralização - unificação à medida em que propunha a 
“estadualização” do Inamps”. 
Isso implica dizer que o Sudsobjetivava normatizar que as 
Secretarias Estaduais de Saúde assumissem efetivamente todas 
as funções deste órgão. Conforme Paim (1989, p. 367) “o Suds, na 
realidade, expressou uma relação bilateral do MPAS/Inamps com 
o Estado e, progressivamente, com os municípios”.
A ideia de descentralização aparece muito forte na Constituição de 
1988 pelo fato de historicamente termos vivenciado um contexto 
de Ditadura Militar, ou seja, um processo autoritário cujo sistema 
de governo do Brasil era absolutamente centralizado no Governo 
Federal. E isso não era diferente no campo saúde, especialmente 
no que tange à assistência médica, com o Instituto Nacional de 
Assistência Médica da Previdência Social (Inamps).
Foi o movimento da Reforma Sanitária dentro do bojo da 
redemocratização que contrapôs um governo autoritário e 
centralizador, e propôs ações no campo da saúde democráticas 
e descentralizadas, universais, de modo a aproximar o processo 
42
decisório da população, mas também para garantir maior 
eficiência do sistema. 
O Brasil é um país complexo e com características regionais 
distintas, tornando-se mister que a gestão das políticas abarque 
essas multiplicidades de características. Nesse sentido, tudo 
isso se deve pelo movimento da Reforma Sanitária, pelo seu 
esforço de aproximar o processo de planejamento, decisão e de 
implementação da política de saúde do território e do cidadão 
também, inclusive aumentando a capacidade desse cidadão de 
influenciar nas políticas sociais.
Referências bibliográficas
PAIM, J. S. A gestão do Suds no estado da Bahia. Cadernos de 
Saúde Pública, Rio de Janeiro, 5 (4): 365-375, out./dez. 1989. 
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csp/v5n4/02.pdf. Acesso 
em: 24 ago. 2020.
PIMENTA, A. L. O SUS e a municipalização à luz da experiência 
concreta. Revista Saúde Sociedade, São Paulo: 2(1):25-40, 1993. 
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/sausoc/v2n1/04.pdf. 
Acesso em: 23 ago. 2020.
TEORIA EM PRÁTICA
O assistente social Juliano trabalha na secretaria de saúde de 
um município de pequeno porte no interior do estado de Bahia. 
Num dia de atendimento, o técnico recebe a Sra. Marta, usuária 
com 36 anos que relata ter sido encaminhada pelo médico da 
Unidade Básica de Saúde para realização de um procedimento 
de ultrassonografia total do abdômen por motivo de queixa de 
43
dores abdominais. O médico sugere então à usuária que realize 
o exame numa clínica privada devido à agilidade na execução do 
exame e pela entrega dos resultados. No entanto, a usuária relata 
ao assistente social que está desempregada e sem condições 
para arcar com as despesas para a realização do exame. Assim, a 
usuária procura pela secretaria de saúde do município, pelo fato 
de ter lhe sido alegado pelos técnicos da Unidade Básica de Saúde 
que não é mais realizado o procedimento de ultrassonografia no 
município.
Como você, na situação desta assistente social, atuaria mediante 
este caso?
Para conhecer a resolução comentada proposta pelo 
professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no 
ambiente de aprendizagem.
LEITURA FUNDAMENTAL
Indicação 1
Este ensaio se propõe a discutir sobre a importância da 
descentralização como eixo norteador para a operacionalização 
dos princípios do Sistema Único de Saúde, contribuindo assim 
para a qualidade nas ações do SUS, além de provocar mudanças 
entre as relações dos profissionais da saúde e os atores sociais 
com base no controle social.
Para realizar a leitura, acesse a plataforma EBSCOhost na 
Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. 
Indicações de leitura
44
PALHA, P. F.; VILLA, T. C.a S. A descentralização como eixo 
norteador na reorganização e operacionalização dos princípios do 
Sistema Único de Saúde. RevEsc Enferm USP. 2003; 37(3):19-26.
Indicação 2
Este artigo apresenta uma reflexão sobre a Carta dos Direitos 
dos Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), vista como um 
instrumento importante para que o cidadão reconheça seus 
direitos sociais no que tange à saúde pública junto aos pacientes 
que buscaram atendimento na rede pública hospitalar. A 
pesquisa-ação possibilitou a participação coletiva e planejada nas 
ações executadas pelos pesquisadores.
Para realizar a leitura, acesse a plataforma EBSCOhost na 
Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra. 
KOERICH M. S. et al. Pacto em defesa da saúde: divulgando os 
direitos dos usuários pela pesquisa-ação. Rev Gaúcha Enferm., 
Porto Alegre (RS), 2009 dez.; 30(4):677-84. 
QUIZ
Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a 
verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber 
Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes 
neste Aprendizagem em Foco.
Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão 
elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em 
Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, 
45
além de questões de interpretação com embasamento no 
cabeçalho da questão.
1. Por meio desse princípio, em um país como o Brasil, num 
contexto de grande diversidade política, cultural e social foi 
possível oportunizar à população a produção e participação 
na política de saúde, aumentando a eficiência, a eficácia, 
além da autonomia que as unidades federativas com os 
municípios passaram a ter. Estas características referem-se à 
______________. 
a. Equidade.
b. Integralidade.
c. Universalidade.
d. Descentralização.
e. Divulgação de informações. 
2. A descentralização pode estar associada tanto a processos 
mais democratizantes que aumentam e permitem a 
participação social, como também pode ser usada para 
um ideal de reforma do Estado, de Estado mínimo, cuja 
lógica parte da transferência da responsabilidade estatal 
para outros níveis e esferas ou até o privado no âmbito da 
privatização. 
 
Nesse sentido, assinale a alternativa que considere os 
pressupostos necessários para se fazer um processo de 
descentralização eficiente no SUS:
a. Regionalização e participação social.
b. Igualdade e instâncias colegiadas de Saúde. 
46
c. Universalidade e divulgação das informações.
d. Conferências de Saúde e integralidade da assistência.
e. Vigilância epidemiológica em Saúde e participação da 
comunidade. 
GABARITO
Questão 1 - Resposta D
Resolução: A alternativa correta é “Descentralização”, tendo 
em vista que dentre os princípios do SUS a descentralização 
implica em dar poder à população, aos profissionais de 
saúde, para que todos conjuntamente possam participar 
dessa deliberação democrática, desse planejamento 
participativo do SUS. Tudo isso com vistas a compreender 
a aparente contradição existente entre os municípios 
brasileiros que não possuem condições de assumir de forma 
igualitária suas responsabilidades e de modo a aumentar a 
eficácia dessa política. 
Questão 2 - Resposta A
Resolução: A resposta correta é “Regionalização e 
participação social”, pois a descentralização não é uma 
diretriz isolada do SUS, e sim uma diretriz conjunta com a 
regionalização e com a participação social. De tal modo, para 
se fazer um processo de descentralização eficiente no SUS é 
necessário que o processo de descentralização seja realizado 
de uma maneira atrelada, combinada com a regionalização e 
com a participação social, alcançando-se assim os princípios 
do SUS. 
BONS ESTUDOS!
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	TEMA 1
	Direto ao ponto
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	Teoria em prática
	Leitura fundamental
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	Direto ao ponto
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	Direto ao ponto
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