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B io ta N eo tro p ica, B io ta/Fap esp – O In stitu to V irtu al d a B io d iversid ad e Biota Neotrop. vol. 9, no. 1, jan./mar. 2009 ISSN 1678-6424 vo l. 9, n o . 1, jan ./m ar. 2009 Sumário ISSN 1678-6424 vol. 9, no. 1, jan./mar. 2009 Artigos Uma revisão da distribuição de Ocotea curucutuensis J.B. Baitello na região sudeste do Brasil Frederico Alexandre Roccia Dal Pozzo Arzolla, João Batista Baitello, George John Shepherd, Gláucia Cortez Ramos de Paula & Ricardo Bertoncello ...............................................21 Novos registros, sinonímia e descrição do macho de Culicoides horticola Lutz (Diptera: Ceratopogonidae) Maria Luiza Felippe-Bauer & Gustavo Ricardo Spinelli .....................................................................................................................................................................................................27 Os pequenos mamíferos da altamente impactada Floresta Atlântica do Nordeste do Brasil, Centro de Endemismo Pernambuco Paulo Henrique Asfora & Antonio Rossano Mendes Pontes ..............................................................................................................................................................................................31 Ácaros associados ao cafeeiro (Coffea spp.) no estado de São Paulo, Brasil. Parte I. Mesostigmata Jeferson Luiz de Carvalho Mineiro, Adalton Raga, Mario Eidi Sato & Antonio Carlos Lofego ...........................................................................................................................................37 Relações entre diversidade íctia e fatores hidrodinâmicos de um riacho na bacia do rio Uruguai Vander Kaufmann & Adilson Pinheiro ................................................................................................................................................................................................................................47 Biologia reprodutiva de Tyrannus savana (Aves, Tyrannidae) em cerrado do Brasil Central Miguel Ângelo Marini, Yonara Lobo, Leonardo Esteves Lopes, Leonardo Fernandes França & Luciana Vieira de Paiva .................................................................................................55 Dendrometria e produção de serapilheira de espécies arbóreas neotropicais pioneiras e secundárias iniciais Glaci Benvenuti-Ferreira, Geraldo Ceni Coelho, Jorge Schirmer & Osório Antônio Lucchese ..........................................................................................................................................65 Diversidade de bromélias epífitas na Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra do Teimoso – Jussari, BA Joice Rodrigues de Mendonça Reis & Talita Fontoura ......................................................................................................................................................................................................73 Estrutura populacional de Macrobrachium potiuna (Crustacea, Palaemonidae) no Rio do Moinho, Mangaratiba, Rio de Janeiro, Brasil Luciana Antunes de Mattos & Lídia Miyako Yoshii Oshiro ..................................................................................................................................................................................................81 Zonación vertical del macrobentos de sustratos sólidos del estuariodel río Massangana, Bahía de Suape, Pernambuco, Brasil Cristiane Maria Rocha Farrapeira, Carla Alecrim Colaço Ramos, Débora Ferreira Barbosa, Arthur Vinícius de Olveira Marrocos de Melo, Stefane de Lyra Pinto, Mônica Marinho Verçosa, Daniel Apolônio Silva de Oliveira & Jonata Arruda Francisco ..................................................................................................................................................87 Variação espacial e temporal nas assembléias de peixes de riachos na bacia do rio Guiraí, Alto Rio Paraná Yzel Rondon Súarez & Sidnei Eduardo Lima-Junior........................................................................................................................................................................................................101 Dieta do cascudo Aspidoras fuscoguttatus (Ostariophysi, Callichthyidae) em riachos com diferentes características limnológicas e estruturais Lilian Casatti, José Luis Veronezi Júnior & Cristiane de Paula Ferreira ...........................................................................................................................................................................113 Rhodnius zeledoni sp. nov. afim de Rhodnius paraensis Sherlock, Guitton & Miles, 1977 (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae) José Jurberg, Dayse da Silva Rocha & Cleber Galvão ....................................................................................................................................................................................................123 História natural e dados populacionais de peixes em cavernas da área cárstica da Serra do Ramalho, sul da Bahia Eleonora Trajano, Sandro Secutti & Maria Elina Bichuette ..............................................................................................................................................................................................129 Hábitos alimentares de Bryconamericus stramineus Eigenmann, 1908 (Characidae), em diferentes riachos da sub-bacia do Rio Guiraí, Mato Grosso do Sul, Brasil Lucas Brandão-Gonçalves, Sidnei Eduardo Lima-Junior & Yzel Rondon Suarez ............................................................................................................................................................135 Inventários Herpetofauna da Estação Ambiental de Peti, um fragmento de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil Jaime Bertoluci, Marco Antonio Schettino Canelas, Carla Camilo Eisemberg, Cesar Felipe de Souza Palmuti & Giovanna Gondim Montingelli .........................................................147 Herpetofauna dos remanescentes de Mata Atlântica da região de Tapiraí e Piedade, SP, sudeste do Brasil Thais Helena Condez, Ricardo Jannini Sawaya & Marianna Dixo ...................................................................................................................................................................................157 Distribuição e conservação das aves na região do Cantão, Tocantins: ecótono Amazônia/Cerrado Renato Torres Pinheiro & Túlio Dornas ............................................................................................................................................................................................................................187 Anuros do cerrado da Estação Ecológica e da Floresta Estadual de Assis, sudeste do Brasil José Wagner Ribeiro-Júnior & Jaime Bertoluci ................................................................................................................................................................................................................207 Ictiofauna dos córregos do Parque Nacional de Brasília, bacia do Alto Rio Paraná, Distrito Federal, Brasil Central Pedro De Podestà Uchôa de Aquino, Mariana Schneider, Maria Júlia Martins Silva, Claudia Padovesi Fonseca, Henrique Breda Arakawa & Douglas Rodrigues Cavalcanti ...........217 Chaves de Identificação Microestruturas de pêlos de pequenos mamíferos não-voadores: chave para identificação de espécies de agroecossistemas do estado de São Paulo, Brasil Paula Sanches Martin, Carla Gheler-Costa & Luciano Martins Verdade .........................................................................................................................................................................233 Short Communications Primeiro registro de Simuliidae e Chironomidae (Diptera) vivendo sobre ninfas de Lachlania Hagen (Ephemeroptera: Oligoneuriidae) na América do Sul Mateus Pepinelli, Tadeu Siqueira, Frederico Falcão Salles& Eduardo Mitio Shimbori ....................................................................................................................................................245 Comportamento de formicar-se com milípedes pela ave dendrocolaptídea Xiphocolaptes albicollis no sudeste do Brasil Ivan Sazima .....................................................................................................................................................................................................................................................................249 Ocorrência do morcego Lionycteris spurrelli Thomas, 1913 (Chiroptera, Phyllostomidae) na Floresta Atlântica do nordeste do Brasil Thais de Castro Lira, Antonio Rossano Mendes Pontes & Katharine Raquel Pereira dos Santos ..................................................................................................................................253 Perissophlebiodes flinti Savage (Ephemeroptera; Leptophlebiidae: Atalophlebiinae): novo registro, distribuição e comentários sobre sua identificação Cleber Macedo Polegatto & Claudio Gilberto Froehlich ...................................................................................................................................................................................................257 Cornucópia de insetos: diversos tipos de aves apresam as primeiras cigarras gigantes da temporada em parque urbano no sudeste do Brasil Ivan Sazima .....................................................................................................................................................................................................................................................................259 Hábito alimentar de serpentes da RPPN Feliciano Miguel Abdala, um fragmento de Mata Atlântica do sudeste do Brasil Cesar Felipe de Souza Palmuti, José Cassimiro & Jaime Bertoluci ................................................................................................................................................................................263 Primeiro registro de Pontomyia Edwards, 1926 (Diptera: Chironomidae: Tanytarsini) no Brasil Ana Lucia Henriques-Oliveira, Rodrigo Adelson Silva & Jorge Luiz Nessimian ..............................................................................................................................................................271 Ampliação do limite norte de distribuição geográfica de Catathyridium garmani (Jordan & Goss 1889) (Actinopterygii: Achiridae) Alexandre Clistenes de Alcântara Santos, Jailza Tavares Oliveira Silva, Perimar Espírito Santo de Moura & Marconi Porto Sena ...............................................................................275 Distribuição e diversidade de espécies do gênero Biomphalaria em microrregiões localizadas no Médio Paranapanema, São Paulo, SP, Brasil Roseli Tuan .......................................................................................................................................................................................................................................................................279 O sistema carótico do encéfalo do Cebus apella sp., Linnaeus, 1766 Jussara Rocha Ferreira & Irvênia Luiza de Santis Prada ................................................................................................................................................................................................285 Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, jan./mar. 2009, p. 1-292 ISSN 1678-6424 Esta publicação foi financiada com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo/FAPESP (Processo 07/50856-8). Biota Neotropica é uma revista do Programa BIOTA/FAPESP - O Instituto Virtual da Biodiversidade, que publica resultados de pesquisa original, vinculada ou não ao programa, que abordem a temática caracterização, conservação e uso sustentável da biodiversidade na região Neotropical. Web Manager Sidnei de Souza Centro de Referência em Informação Ambiental, CRIA sidnei@cria.org.br Editor Responsável Dr. Carlos Alfredo Joly IB/UNICAMP cjoly@unicamp.br Editores Assistentes Maria Lucia Mendonça F. Pinto IB/Unicamp marialucia@cria.org.br Luiz Barione Centro de Referência em Informação Ambiental, CRIA luiz@cria.org.br Editores de Área Dra. Andréa Cardoso de Araújo Depto de Biologia - Laboratório de Ecologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul andreaa@nin.ufms.br Dra. Denise de Cerqueira Rossa-Feres UNESP/S.J. Rio Preto - Rio Preto/SP denise@ibilce.unesp.br Dr. José Maria C. da Silva Conservation International - Belém/PA j.silva@conservation.org.br Dr. Adriano S. Melo Depto. Ecologia - Instituto de Biociências/UFRGS adrimelo@ufrgs.br Dra. Eneida Maria Eskinazi Sant’Anna Departamento de Oceanografia e Limnologia - Universidade Federal do Rio Grande do Norte eskinazi@ufrnet.br Dra. Maria Alice S. Alves Departamento de Ecologia - Universidade do Estado do Rio de Janeiro masa@uerj.br Dr. Alexandre Reis Percequillo Departamento de Ciências Biológicas ESALQ/USP percequi@esalq.usp.br Dr. Enrico Bernard enricob2@gmail.com Dra. Marion G. Nipper Center for Coastal Studies Texas A & M University/USA mnipper@falcon.tamucc.edu Dr. André Victor L. Freitas IB/UNICAMP baku@unicamp.br Dra. Flávia Regina Capellotto Costa INPA - Coordenação de Pesquisas em Ecologia anfe@inpa.gov.br Dr. Peter Edward Gibbs School of Biology University of St. Andrews/UK peg@st-andrews.ac.uk Dra. Carla M. Penz University of New Orleans cpenz@uno.edu Dr. Jean Paul W. Metzger IB/USP jpm@ib.usp.br Dra. Rosana Mazzoni UERJ mazzoni@uerj.br Dra. Cátia A. de Mello-Patiu Depto. de Entomologia/ Museu Nacional/UFRJ camello@acd.ufrj.br Dr. Jorge Soberón Maine CONABIO/México jsoberon@xolo.conabio.gob.mx Dra. Rosana Moreira da Rocha Departamento de Zoologia Universidade Federal do Paraná rmrocha@ufpr.br Dr. Cristiano de Campos Nogueira Programa Cerrado/Conservação Internacional c.nogueira@conservacao.org Dr. José Marcelo Rocha Aranha Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná jmaranha@ufpr.br Dra. Thelma Lúcia Pereira Dias Depto. Sistemática e Ecologia/UFPB thelmadias_cb@yahoo.com.br A Biota Neotropica é uma revista eletrônica e está integral e gratuitamente disponível no endereço http://www.biotaneotropica.org.br Esta versão impressa da Biota Neotropica será depositada em bibliotecas de referência para atender às exigências dos Códigos Nomenclaturais de Botânica e Zoologia. Biota Neotropica é uma revista do Programa BIOTA/FAPESP - O Instituto Virtual da Biodiversidade, que publica resultados de pesquisa original, vinculada ou não ao programa, que abordem a temática caracterização, conservação e uso sustentável da biodiversidade na região Neotropical. biota neotropica ISSN 1678-6424 português vol 9 n 1 http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 Biota Neotropica, Biota/Fapesp – O Instituto Virtual da Biodiversidade vol. 9, n. 1 (2009) Campinas, Centro de Referência em Informação Ambiental, 2009. Trimestral Publicação em português e inglês ISSN: 1678-6424 (Versão em português-impresso) Biodiversidade – Periódicos CDD-639-9 editora editora editora editora editora editora www.cubomultimidia.com.br Diagramação e Normalização http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 Editorial Synergies between the Convention on Biological Diversity (CBD) and the United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC). As a decision of the 9th Conference of Parties of CBD an Ad Hoc Technical Expert Group (AHTEG) was established to provide biodiversity related information to (UNFCCC), through the provision of scientific and technical advice and assessment on the integration of the conservation and sustainable use of biodiversity into climate change mitigation and adaptation activities.Listed below are some of the major points raised by the first report of this AHTEG, and the full document is available at http://www.cbd.int/doc/meetings/cc/ahteg-bdcc-01/other/ahteg-bdcc-01-findings-en.pdf. Maintaining natural and restoring degraded ecosystems, and limiting human-induced climate change, represent multiple benefits for both the (UNFCCC) and CBD if mechanisms to do so are designed and managed appropriately. Well-functioning ecosystems are necessary to meet the objective of the (UNFCCC) owing to their role in the global carbon cycle, their significant carbon stocks and their contribution to adaptation. Carbon is stored and sequestered by biological and biophysical processes in ecosystems, which are underpinned by biodiversity. An estimated 2,400 Gt C is stored in terrestrial ecosystems, compared to approximately 750 Gt in the atmosphere. Carbon stored in soil accounts for a high percentage of the carbon stored in terrestrial ecosystems. Furthermore, well-functioning ecosystems have greater resilience to climate change which will aid in their natural adaptation, and contribute to the assurance of long-term sustainable development under changing climatic conditions. Maintaining and restoring ecosystems represents an opportunity for win-win benefits for carbon sequestration and storage, and biodiversity conservation and sustainable use. Co-benefits are most likely to be achieved in situations where integrated and holistic approaches to biodiversity loss and climate change are implemented. Many activities that are undertaken with the primary aim of meeting the objectives of the CBD have significant potential to contribute to the mitigation of climate change. Likewise, many activities that are undertaken or being considered with the primary purpose of mitigating climate change could have significant impacts on biodiversity. In some cases these impacts are negative, and there are trade-offs to be considered. While protected areas are primarily designated for the purpose of biodiversity conservation, they have significant additional value in storing and sequestering carbon. There are now more than 100,000 protected sites worldwide covering about 12 per cent of the Earth’s land surface. A total of 312 Gt carbon or 15.2% of the global carbon stock is currently under some degree of protection. The designation and effective management of new protected areas, and strengthening the management of the current protected area network, could contribute significantly to climate change mitigation efforts. Given that forests contain almost half of all terrestrial carbon, preliminary studies show that continued deforestation at current rates would hamper significantly mitigation efforts. In fact, if all tropical forests were completely deforested over the next 100 years, it would add about 400 GtC to the atmosphere, and increase the atmospheric concentration of carbon dioxide by about 100 ppm, contributing to an increase in global mean surface temperatures of about 0.6 °C. Emission reductions will not be implemented within a time-frame sufficient to allow ecosystems to adapt naturally. Land use, land-use change and forestry activities, including reduced deforestation and degradation can, in concert with stringent reductions in fossil fuel emissions of greenhouse gases, limit climate change. Reducing emissions from deforestation and forest degradation in developing countries (REDD) in areas of high carbon stocks and high biodiversity values can promote co-benefits for climate change mitigation and biodiversity conservation and sustainable use. The national gap analyses carried out by Parties under the Program of Work on Protected Areas of the CBD can be a valuable tool for identifying areas for the implementation of (REDD) schemes. In order to avoid conflict between the implementation of the CBD and the (UNFCCC), biodiversity considerations could be taken into account in the development of the (REDD) methodology. Standards, indicative guidelines and criteria taking into account biodiversity conservation could be developed to potentially enhance positive benefits on biodiversity. Anthropogenic changes in climate and atmospheric CO 2 are already having observable impacts on ecosystems and species; some species and ecosystems are demonstrating apparent capacity for natural adaptation, but others are showing negative im- pacts. Impacts are widespread even with the modest level of change observed thus far in comparison to some future projections. Observed signs of natural adaptation and negative impacts include: geographic distributions of species; timing of life cycles http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 (phenology); interactions between species due to mismatches between the peak of resource demands by reproducing animals and the peak of resource availability; photosynthetic rates, carbon uptake and productivity in response to CO 2 “fertilization” and nitrogen deposition; community and ecosystem structural and functional changes. The negative impacts of climate change on biodiversity have significant economic and ecological costs, such as: the values and services an ecosystem provides; changes in the distributional pattern of species, including human disease vectors and ex- posure; changes in water flow regulation; change in agricultural productivity; changes and shifts in the distribution of marine biodiversity with serious implications for fisheries; shifts in phenology and geographic ranges of species could impact the cultural and religious lives of some indigenous peoples; novel environments and novel ecosystems are likely to emerge with potentially unexpected behavior. There is considerable confidence that climate models provide credible quantitative estimates of future climate change, parti- cularly at continental scales, and they are unanimous in their prediction of substantial warming under greenhouse gas increases. However, at finer spatial scales projections have a high level of uncertainty, particularly in tropical and subtropical regions, and in relation to projections of rainfall change. Available models contain inadequate representations of the interactive coupling between ecosystems and the climate system and of the multiple interacting drivers of global change. On the other hand, despite efforts like the Global Biodiversity Information Facility/GBIF), there is still a lack of extensive, readily available quantitative information on many species globally, especially at understanding where species are not (a critical factor in performing many bioclimatic models) present. There is uncertainty with respect to the functional role of individual species and the functioning of complex systems. Further uncertainties are drawn from: the assumption of instantaneous (and often perfect) migration, which biases impact estimates; the net result of changing disturbance regimes (especially through fire, insects and land-use change) on biotic feedbacks to the atmosphere, ecosystem structure, function and biodiversity; the magnitude of the CO 2 -fertilisation effect in the terrestrial biosphere and its components over time; the limitations of climate envelope models used to project responses of individual species to climate changes, and for deriving estimations of species extinction risks (see below); the synergistic role of invasive alien species in both biodiversity and ecosystem functioning; the effect of increasing surface ocean CO 2 and declining pH on marine productivity, biodiversity, biogeochemistry and ecosystem functioning; and the impacts of interactions between climate change and changes in human use and management of ecosystems as well as other drivers of global environmental change in ecosystems including more realistic estimates of lagged and threshold responses. Despite their limitations, the use of bioclimatic modeling techniques allows a useful, and often accuratefirst cut assessment of spatial distribution of exposure and vulnerability in relation to conservation efforts. Where expert knowledge on species de- mography is available, techniques can be applied that include consideration of climate variability and require species abundance data, but this places a higher demand on the spatial and temporal resolution of future climate data. While the use of spatially downscaled future scenario data is ideal if achievable, for robust risk and impacts assessments it may be more useful to focus on a range of future climate scenarios even if they are not downscaled, and not only on a mean or median future scenario Although regretting that it took more then 15 years to have the obvious synergies between both conventions being officially recognized and evaluated, let’s hope that until October 2010, when the 10th CBD COP will take place in Nagoya/Japan, a common agenda has been set. Carlos Alfredo Joly Department of Plant Biology, Biology Institute, State University of Campinas, CP 6109, CEP 13083-970, Campinas/SP, Brazil and Chairman of the BIOTA/FAPESP Program. http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 Índice Sobre a BIOTA NEOTROPICA .............................................................................................................................................. 9 Instruções aos autores ............................................................................................................................................................. 11 Bibliotecas de depósito da versão impressa .......................................................................................................................... 17 Artigos Uma revisão da distribuição de Ocotea curucutuensis J.B. Baitello na região sudeste do Brasil Frederico Alexandre Roccia Dal Pozzo Arzolla, João Batista Baitello, George John Shepherd, Gláucia Cortez Ramos de Paula & Ricardo Bertoncello ....................................................................................................21 Novos registros, sinonímia e descrição do macho de Culicoides horticola Lutz, 1913 (Diptera: Ceratopogonidae) Maria Luiza Felippe-Bauer & Gustavo Ricardo Spinelli ...................................................................................................27 Os pequenos mamíferos da altamente impactada Floresta Atlântica do Nordeste do Brasil, Centro de Endemismo Pernambuco Paulo Henrique Asfora & Antonio Rossano Mendes Pontes ...............................................................................................31 Ácaros associados ao cafeeiro (Coffea spp.) no estado de São Paulo, Brasil. Parte I. Mesostigmata Jeferson Luiz de Carvalho Mineiro, Adalton Raga, Mario Eidi Sato & Antonio Carlos Lofego........................................37 Relações entre diversidade íctia e fatores hidrodinâmicos de um riacho na bacia do rio Uruguai Vander Kaufmann & Adilson Pinheiro ................................................................................................................................47 Biologia reprodutiva de Tyrannus savana (Aves, Tyrannidae) em cerrado do Brasil Central Miguel Ângelo Marini, Yonara Lobo, Leonardo Esteves Lopes, Leonardo Fernandes França & Luciana Vieira de Paiva ......................................................................................................................................................55 Dendrometria e produção de serapilheira de espécies arbóreas neotropicais pioneiras e secundárias iniciais Glaci Benvenuti-Ferreira, Geraldo Ceni Coelho, Jorge Schirmer & Osório Antônio Lucchese ........................................65 Diversidade de bromélias epífitas na Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra do Teimoso – Jussari, BA Joice Rodrigues de Mendonça Reis & Talita Fontoura .......................................................................................................73 Estrutura populacional de Macrobrachium potiuna (Crustacea, Palaemonidae) no Rio do Moinho, Mangaratiba, Rio de Janeiro, Brasil Luciana Antunes de Mattos & Lídia Miyako Yoshii Oshiro ................................................................................................81 Zonación vertical del macrobentos de sustratos sólidos del estuariodel río Massangana, Bahía de Suape, Pernambuco, Brasil Cristiane Maria Rocha Farrapeira, Carla Alecrim Colaço Ramos, Débora Ferreira Barbosa, Arthur Vinícius de Olveira Marrocos de Melo, Stefane de Lyra Pinto, Mônica Marinho Verçosa, Daniel Apolônio Silva de Oliveira & Jonata Arruda Francisco .........................................................................................87 Variação espacial e temporal nas assembléias de peixes de riachos na bacia do rio Guiraí, Alto Rio Paraná Yzel Rondon Súarez & Sidnei Eduardo Lima-Junior ........................................................................................................101 Dieta do cascudo Aspidoras fuscoguttatus (Ostariophysi, Callichthyidae) em riachos com diferentes características limnológicas e estruturais Lilian Casatti, José Luis Veronezi Júnior & Cristiane de Paula Ferreira .........................................................................113 http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 Rhodnius zeledoni sp. nov. afim de Rhodnius paraensis Sherlock, Guitton & Miles, 1977 (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae) José Jurberg, Dayse da Silva Rocha & Cleber Galvão ....................................................................................................123 História natural e dados populacionais de peixes em cavernas da área cárstica da Serra do Ramalho, sul da Bahia Eleonora Trajano, Sandro Secutti & Maria Elina Bichuette ............................................................................................129 Hábitos alimentares de Bryconamericus stramineus Eigenmann, 1908 (Characidae), em diferentes riachos da sub-bacia do Rio Guiraí, Mato Grosso do Sul, Brasil Lucas Brandão-Gonçalves, Sidnei Eduardo Lima-Junior & Yzel Rondon Suarez ............................................................135 Inventários Herpetofauna da Estação Ambiental de Peti, um fragmento de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais, sudeste do Brasil Jaime Bertoluci, Marco Antonio Schettino Canelas, Carla Camilo Eisemberg, Cesar Felipe de Souza Palmuti & Giovanna Gondim Montingelli ...................................................................................147 Herpetofauna dos remanescentes de Mata Atlântica da região de Tapiraí e Piedade, SP, sudeste do Brasil Thais Helena Condez, Ricardo Jannini Sawaya & Marianna Dixo .................................................................................157 Distribuição e conservação das aves na região do Cantão, Tocantins: ecótono Amazônia/Cerrado Renato Torres Pinheiro & Túlio Dornas ...........................................................................................................................187 Anuros do cerrado da Estação Ecológica e da Floresta Estadual de Assis, sudeste do Brasil José Wagner Ribeiro-Júnior & Jaime Bertoluci ................................................................................................................207 Ictiofauna dos córregos do Parque Nacional de Brasília, bacia do Alto Rio Paraná, Distrito Federal, Brasil Central Pedro De Podestà Uchôa de Aquino, Mariana Schneider, Maria Júlia Martins Silva, Claudia Padovesi Fonseca, Henrique Breda Arakawa & Douglas Rodrigues Cavalcanti ...............................................217 Chaves de Identificação Microestruturas de pêlos de pequenos mamíferos não-voadores: chave para identificação de espécies de agroecossistemas do estado de São Paulo, Brasil Paula Sanches Martin, Carla Gheler-Costa & Luciano Martins Verdade ........................................................................233 Short Communications Primeiro registrode Simuliidae e Chironomidae (Diptera) vivendo sobre ninfas de Lachlania Hagen (Ephemeroptera: Oligoneuriidae) na América do Sul Mateus Pepinelli, Tadeu Siqueira, Frederico Falcão Salles & Eduardo Mitio Shimbori .................................................245 Comportamento de formicar-se com milípedes pela ave dendrocolaptídea Xiphocolaptes albicollis no sudeste do Brasil Ivan Sazima .......................................................................................................................................................................249 Ocorrência do morcego Lionycteris spurrelli Thomas, 1913 (Chiroptera, Phyllostomidae) na Floresta Atlântica do nordeste do Brasil Thais de Castro Lira, Antonio Rossano Mendes Pontes & Katharine Raquel Pereira dos Santos ...................................253 Perissophlebiodes flinti Savage (Ephemeroptera; Leptophlebiidae: Atalophlebiinae): novo registro, distribuição e comentários sobre sua identificação Cleber Macedo Polegatto & Claudio Gilberto Froehlich .................................................................................................257 http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 Cornucópia de insetos: diversos tipos de aves apresam as primeiras cigarras gigantes da temporada em parque urbano no sudeste do Brasil Ivan Sazima .......................................................................................................................................................................259 Hábito alimentar de serpentes da RPPN Feliciano Miguel Abdala, um fragmento de Mata Atlântica do sudeste do Brasil Cesar Felipe de Souza Palmuti, José Cassimiro & Jaime Bertoluci .................................................................................263 Primeiro registro de Pontomyia Edwards, 1926 (Diptera: Chironomidae: Tanytarsini) no Brasil Ana Lucia Henriques-Oliveira, Rodrigo Adelson Silva & Jorge Luiz Nessimian ............................................................271 Ampliação do limite norte de distribuição geográfica de Catathyridium garmani (Jordan & Goss 1889) (Actinopterygii: Achiridae) Alexandre Clistenes de Alcântara Santos, Jailza Tavares Oliveira Silva, Perimar Espírito Santo de Moura & Marconi Porto Sena ...........................................................................................................................................................275 Distribuição e diversidade de espécies do gênero Biomphalaria em microrregiões localizadas no Médio Paranapanema, São Paulo, SP, Brasil Roseli Tuan ........................................................................................................................................................................279 O sistema carótico do encéfalo do Cebus apella sp., Linnaeus, 1766 Jussara Rocha Ferreira & Irvênia Luiza de Santis Prada ................................................................................................285 http://www.biotaneotropica.org.br 9Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 Esta publicação é financiada com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo/FAPESP (Processo 07/50856-8). http://www.biotaneotropica.org.br Sobre a BIOTA NEOTROPICA A revista BIOTA NEOTROPICA é editada pelo Programa BIOTA/FAPESP - O Instituto Virtual da Biodiversidade, e publica resultados de pesquisa original, vinculadas ou não ao programa, que abordem a temática caracterização, conservação e uso sustentável da biodiversidade na região Neotropical. Serão considerados para publicação trabalhos cujo conteúdo, no todo ou em parte, não tenha sido e não venha a ser publicado em outro pe- riódico, pois os direitos autorais dos trabalhos publicados passam a ser da Biota Neotropica conforme Termo de Transferência assinado pelo(s) autores(as). Serão considerados trabalhos nas seguintes categorias: • Artigos; • Inventários; • Short Communications/Notas; • Revisões Temáticas; • Revisões Taxonômicas; • Chaves de Identificação Na versão on line também serão aceitos, para divulgação, resumos de Dissertações e Teses. A instituição responsável por esta publicação eletrônica é o Centro de Referência em Informação Ambiental/CRIA, sediado em Campinas, São Paulo. A revista BIOTA NEOTROPICA é publicada apenas on-line, via internet, usando a rede mundial de computadores como plataforma. Visando cumprir as exigências dos códigos nomenclaturais, 20 exemplares da BIOTA NEOTROPICA são impressos e depositados em bibliotecas de referência no Brasil e no exterior. Serão aceitos para publicação trabalhos em português, espanhol ou inglês. Todos os trabalhos, em qualquer categoria, deverão ter, obri- gatoriamente, um título, resumo e palavras-chave em inglês e os mesmos itens a escolher entre português e espanhol. Para maiores detalhes, consulte o item normas. Excepcionalmente, em 2001 foi publicado apenas um número da Biota Neotropica, por isso todo material disponibilizado eletronicamente até 31 de dezembro de 2001 faz parte do volume 1, número 1/2. De 2002 a 2005 foram publicados dois números por ano, em 2006 e 2007 foram publicados três números por ano, mas em função do crescimento da demanda qualificada de trabalhos submetidos à publicação, a partir de 2008 serão publicados 4 números por ano. Todo material aprovado pela assessoria “ad hoc” e pela Comissão Editorial até 30 de março fará parte do número 1 do ano em curso, todo material aprovado até 30 de junho fará parte do número 2, todo material aprovado até 30 de setembro parte do número 3 e todos trabalhos aprovados até 30 de dezembro farão parte do número 4. Com exceção dos Resumos de Dissertação ou Tese, cuja publicação é uma reprodução exata e fiel do texto impresso na respectiva tese ou dissertação, todos os trabalhos submetidos à publicação na BIOTA NEOTROPICA serão avaliados por pelo menos dois assessores “ad hoc”. A BIOTA NEOTROPICA adota uma rígida política para preservar o sigilo da assessoria, de forma que o(s) autor(es) não sabe(m) quem fez a revisão de seu trabalho. Na fase de implantação da Biota Neotropica, e de desenvolvimento das ferramentas eletrônicas a associadas, o apoio financeiro da FAPESP e do CNPq cobria o custo de produção dos PDF, o custo de impressão das 20 cópias impressas, depositadas em bibliotecas de referência no Brasil e no Exterior para atender as exigências dos Códigos Nomenclaturais, e os custos de postagem destas cópias. Agora que a revista está implantada e, rapidamente se transformou em uma referência nacional para esta grande área que a caracterização e o uso sustentável da biodiversidade da região Neotropical abrange, é necessário desenvolvermos mecanismos de sustentabilidade da Biota Neotropica a médio e longo prazo. Neste sentido a Comissão Editorial da Biota Neotropica instituiu, a partir de 1º de março de 2007, a cobrança de uma taxa por página impressa de cada artigo publicado. A partir de 1º de julho de 2008 esta taxa passa a ser de R$ 30,00 (trinta reais) por página impressa e publicada a partir do volume 8(3). Este valor cobre os custos de produção do PDF, bem como da impressão e envio das cópias impressas às bibliotecas de referência. Os demais custos - de manutenção do site e das ferramentas eletrônicas - continuarão a depender de auxílios das agências de fomento à pesquisa. A taxa por página publicada será paga diretamente a empresa responsável pela produção do PDF. Os detalhes para o pagamento serão comunicados aos autores no estágio final de editoração do trabalho aceito para publicação. Visando atender as exigências dos Códigos Nomenclaturais de Botânica e Zoologia 20 cópias impressas da Biota Neotropica são depositadas em bibliotecas de referência no Brasil e no Exterior. Os autores de novos nomes ou combinações devem verificar se este procedimento atende às normas específicas do seu grupo taxonômico antes da submissão do manuscrito, pois a Comissão Editorial não se responsabiliza por estaverificação. http://www.biotaneotropica.org.br 11Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 Instruções aos Autores Os trabalhos submetidos à revista BIOTA NEOTROPICA devem ser enviados exclusivamente através do site de submissão eletrônica de manuscritos http://biota.submitcentral.com.br/login.php Manuscritos que estejam de acordo com as normas serão enviados a assessores científicos selecionados pela Comissão Editorial. Em cada caso, o parecer será transmitido anonimamente aos autores. A aceitação dos trabalhos depende da decisão da Comissão Editorial. Ao submeter o manuscrito, defina em que categoria (Artigo, Short Communication etc.) deseja publicá- lo e indique uma lista de, no mínimo, quatro possíveis assessores(as), 2 do exterior no caso de trabalhos em inglês, com as respectivas instituições e e-mail.No caso de manuscritos em inglês, indicar pelo menos 2 revisores estrangeiros, de preferência de países de língua inglesa. O trabalho somente receberá data definitiva de aceitação após aprovação pela Comissão Editorial, quanto ao mérito científico e conformidade com as normas aqui estabelecidas. Essas normas valem para trabalhos em todas as categorias. Desde 1º de março de 2007 a Comissão Editorial da Biota Neotropica instituiu a cobrança de uma taxa por página impressa de cada artigo publicado. A partir de 1º de julho de 2008 esta taxa passa a ser de R$ 30,00 (trinta reais) por página impressa e publicada a partir do volume 8(3). Este valor cobre os custos de produção do PDF, bem como da impressão e envio das cópias impressas às bibliotecas de referência. Os demais custos - de manutenção do site e das ferramentas eletrônicas - continuarão a depender de auxílios das agências de fomento à pesquisa. Ao submeter o manuscrito: a) defina em que categoria (Artigo, Short Communication etc.) deseja publicá-lo; b) indique uma lista de, no mínimo, quatro possíveis assessores(as), com as respectivas instituições e e-mail; c) manifeste por escrito a concordância com o pagamento da taxa de R$ 30,00 (trinta reais) por página impressa, caso seu trabalho seja aceito para publicação na Biota Neotropica. No caso de citações de espécies, as mesmas devem obedecer aos respectivos Códigos Nomenclaturais. Na área de Zoologia todas as espécies citadas no trabalho devem estar, obrigatoriamente, seguidas do autor e a data da publicação original da descrição. No caso da área de Botânica devem vir acompanhadas do autor e/ou revisor da espécie. Na área de Microbiologia é necessário consultar fontes específicas como o International Journal of Systematic and Evolutionary Microbiology. Os trabalhos deverão ser enviados em arquivos em formato DOC (MS-Word for Windows versão 6.0 ou superior) ou, preferencialmente, em formato RTF (Rich Text Format). Os trabalhos poderão conter os links eletrônicos que o autor julgar apropriados. A inclusão de links eletrônicos é encorajada pelos editores por tornar o trabalho mais rico. Os links devem ser incluídos usando-se os recursos disponíveis no MS-Word para tal. Antes de serem publicados, todos os trabalhos terão sua for- matação gráfica refeita, de acordo com padrões pré-estabelecidos pela Comissão Editorial. para cada categoria, antes de serem publicados. As imagens e tabelas pertencentes ao trabalho serão inseridas no texto final, a critério dos Editores, de acordo com os padrões previamente estabelecidos. Os editores se reservam o direito de incluir links eletrônicos apenas às referências inter- nas a figuras e tabelas citadas no texto, assim como a inclusão de um índice, quando julgarem apropriado. O PDF do trabalho em sua formatação final será apresentado ao autor para que seja aprovado para publicação. Fica reservado ainda aos editores, o direito de utilização de imagens dos trabalhos publicados para a composição gráfica do site. Pontos de Vista Esta seção servirá de fórum para a discussão acadêmica de um tema relevante para o escopo da revista. A convite do Editor Chefe um(a) pesquisador(a) escreverá um artigo curto, expressando de uma forma provocativa o(s) seu(s) ponto(s) de vista sobre o tema em questão. A critério da Comissão Editorial. a revista poderá publicar respostas ou considerações de outros pesquisadores(as) estimulando a discussão sobre o tema. As opiniões expressas no Ponto de Vista e na(s) respectiva(s) resposta(s) são de inteira responsabilidade do(s) autor(es). Ao serem submetidos, os trabalhos enviados à revista BIOTA NEOTROPICA devem ser divididos em dois arquivos: um primeiro arquivo contendo todo o texto do manuscrito, incluindo o corpo principal do texto (primeira página, resumo, intro- dução, material, métodos, resultados, discussão, agradecimentos e referências) e as tabelas, com os respectivos títulos em por- tuguês e inglês; um segundo arquivo DOC contendo as figuras e as respectivas legendas em português e inglês. Estas deverão ser submetidas em baixa resolução (e.g., 72 dpi para uma figura de 9 x 6 cm), de forma que o arquivo de figuras não exceda 2 MBytes. Em casos excepcionais, poderão ser submetidos mais de um arquivo de figuras, sempre respeitando o limite de 2 MBytes por arquivo. É imprescindível que o autor abra os arquivos que preparou para submissão e verifique, cuidadosamente, se as figuras, gráficos ou tabelas estão, efetivamente, no formato desejado. Após o aceite definitivo do manuscrito o(s) autor(es) http://www.biotaneotropica.org.br 12 Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 deverá(ão) subdividir o trabalho em um conjunto específico de arquivos, com os nomes abaixo especificados, de acordo com seus conteúdos, devem ser escritos em letras minúsculas e não devem apresentar acentos, hífens, espaços ou qualquer caractere extra. Nesta submissão final, as figuras deverão ser apresentadas em alta resolução. Em todos os textos deve ser utilizada, como fonte básica, Times New Roman, tamanho 10. Nos títulos das seções usar tamanho 12. Podem ser utilizados negritos, itálicos, sublinhados, subscritos e superscritos, quando pertinente. Evite, porém, o uso excessivo desses recursos. Em casos especiais (ver fórmulas abaixo), podem ser utilizadas as seguintes fontes: Courier New, Symbol e Wingdings. Resumos de Teses e Dissertações Deverão ser enviados para a Comissão Editorial: • Nomes completos do autor e orientador com filiação, endereço e e-mail; • Cópia do resumo da tese/dissertação em inglês e em português ou espanhol exatamente como aprovado para a versão final da mesma; • Títulos em inglês e em português ou espanhol; • Palavras-chave em inglês e em português ou espanhol, evitando a repetição de palavras já utilizadas no título • cópia da Ficha Catalográfica como publicada na versão final da tese/dissertação. Poderão ser indicadas as referências b ibl iográficas de ar t igos resul tantes da tese /disser tação. Resumos, Abstracts e Fichas Catalográficas publicadas nesta seção da BIOTA NEOTROPICA são cópias fiéis da respectiva Tese/Dissertação de Mestrado/Doutorado. Portanto, não são publicações, não passam pelo crivo da Comissão Editorial., não serão incluídas na versão impressa depositada nas bibliotecas de referência e são de inteira responsabilidade do(a) autor(a). Para a publicação de trabalhos nas demais categorias: Ao serem submetidos, os trabalhos enviados à revista BIOTA NEOTROPICA devem ser divididos em dois arquivos: um primeiro arquivo contendo todo o texto do manuscrito, incluindo o corpo principal do texto (primeira página, resumo, introdu- ção, material, métodos, resultados, discussão, agradecimentos e referências), as tabelas e as legendas das figuras; e um segundo arquivo contendo as figuras. Estas deverão ser submetidas em baixa resolução (e.g., 72 dpi para uma figura de 9 x 6 cm), de forma que o arquivo de figuras não exceda 2 MBytes. Em casos excepcionais, poderão ser submetidos mais de um arquivo de figuras, sempre respeitando o limite de 2 MBytes por arquivo. É encorajada, como forma de reduzir o tamanho do(s) arquivo(s)de figura, a submissão em formatos compactados (e.g., ZIP). É imprescindível que o autor abra os arquivos que preparou para submissão e verifique, cuidadosamente, se as figuras, gráficos ou tabelas estão, efetivamente, no formato desejado. Após o aceite definitivo do manuscrito o(s) autor(es) deverá(ão) subdividir o trabalho em um conjunto específico de arquivos, com os nomes abaixo especificados, de acordo com seus conteúdos. Os nomes dos arquivos deverão ter a extensão apropriada para o tipo de formato utilizado (.rtf, para arquivos em Rich Text Format,.doc para MS-Word,.gif para imagens em GIF,.jpg para imagens em JPEG etc.), devem ser escritos em letras minúsculas e não devem apresentar acentos, hífens, espaços ou qualquer caractere extra. Nesta submissão final, as figuras deverão ser apresentadas em alta resolução. Em todos os textos deve ser utilizada, como fonte básica, Times New Roman, tamanho 10. Nos títulos das seções usar tamanho 12. Podem ser utilizados negritos, itálicos, sublinhados, subscritos e superscritos, quando pertinente. Evite, porém, o uso excessivo desses recursos. Em casos especiais (ver fórmulas abaixo), podem ser utilizadas as seguintes fontes: Courier New, Symbol e Wingdings. Documento Principal Um único arquivo chamado Principal.rtf ou Principal.doc com os títulos, resumos e palavras-chave em português ou espa- nhol e inglês, texto integral do trabalho, referências bibliográficas, tabelas e legendas de figuras. Esse arquivo não deve conter figuras, que deverão estar em arquivos separados, conforme descrito a seguir. O manuscrito deverá seguir o seguinte formato: Título Conciso e Informativo • Títulos em português ou espanhol e em inglês (Usar letra maiúscula apenas no início da primeira palavra e quando for pertinente, do ponto de vista ortográfico ou de regras científicas pré-estabelecidas); • Título resumido Autores • Nome completo dos autores com numerações (sobrescritas) para indicar as respectivas filiações • Filiações e endereços completos, com links eletrônicos para as instituições. Indicar o autor para correspondência e respectivo e-mail http://www.biotaneotropica.org.br 13Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 Resumos/Abstract - com no máximo, 300 palavras • Título em inglês e em português ou espanhol • Resumo em inglês (Abstract) • Palavras-chave em inglês (Key words) evitando a repetição de palavras já utilizadas no título • Resumo em português ou espanhol • Palavras-chave em português ou espanhol evitando a repetição de palavras já utilizadas no título As palavras-chave devem ser separadas por vírgula e não devem repetir palavras do título. Usar letra maiúscula apenas quando for pertinente, do ponto de vista ortográfico ou de regras científicas pré-estabelecidas. Corpo do Trabalho 1. Seções No caso do trabalho estar nas categorias “Artigo Científico”, “Short Communication”, “Inventário” e “Chave de Identifica- ção”, ele deverá ter a seguinte estrutura: • Introdução (Introduction) • Material e Métodos (Material and Methods) • Resultados (Results) • Discussão (Discussion) • Agradecimentos (Acknowledgments) • Referências bibliográficas (References) A critério do autor, os itens Resultados e Discussão podem ser fundidos no caso de Short Communications. Não use notas de rodapé, inclua a informação diretamente no texto, pois torna a leitura mais fácil e reduz o número de links eletrônicos do manuscrito. 2. Casos especiais No caso da categoria “Inventários” a listagem de espécies, ambientes, descrições, fotos etc., devem ser enviadas separadamente para que possam ser organizadas conforme formatações específicas. Além disso, para viabilizar o uso de ferramentas eletrônicas de busca, como o XML, a Comissão Editorial enviará aos autores dos trabalhos aceitos para publicação instruções específicas para a formatação da lista de espécies citadas no trabalho. Na categoria “Chaves de Identificação” a chave em si deve ser enviada separadamente para que possa ser formatada adequadamente. No caso de referência de material coletado é obrigatória a citação das coordenadas geográficas do local de coleta. Sempre que possível a citação deve ser feita em graus, minutos e segundos (Ex. 24° 32’ 75” S e 53° 06’ 31” W). No caso de referência a espécies ameaçadas especificar apenas graus e minutos. 3. Numeração dos subtítulos O título de cada seção deve ser escrito sem numeração, em negrito, apenas com a inicial maiúscula (Ex. Introdução, Material e Métodos etc.). Apenas dois níveis de subtítulos serão permitidos, abaixo do título de cada seção. Os subtítulos deverão ser numerados em algarismos arábicos seguidos de um ponto para auxiliar na identificação de sua hierarquia quando da formatação final do trabalho. Ex. Material e Métodos; 1. Subtítulo; 1.1. Sub-subtítulo). 4. Citações bibliográficas Colocar as citações bibliográficas de acordo com o seguinte padrão: Silva (1960) ou (Silva 1960) Silva (1960, 1973) Silva (1960a, b) Silva & Pereira (1979) ou (Silva & Pereira 1979) Silva et al. (1990) ou (Silva et al. 1990) (Silva 1989, Pereira & Carvalho 1993, Araújo et al. 1996, Lima 1997) Citar referências a resultados não publicados ou trabalhos submetidos da seguinte forma: (A.E. Silva, dados não publica- dos). Em trabalhos taxonômicos, detalhar as citações do material examinado, conforme as regras específicas para o tipo de organismo estudado. 5. Números e unidades Citar números e unidades da seguinte forma: • Escrever números até nove por extenso, a menos que sejam seguidos de unidades; http://www.biotaneotropica.org.br 14 Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 • Utilizar, para número decimal, vírgula nos artigos em português ou espanhol (10,5 m) ou ponto nos escritos em inglês (10.5 m); • Utilizar o Sistema Internacional de Unidades, separando as unidades dos valores por um espaço (exceto para porcentagens, graus, minutos e segundos); • Utilizar abreviações das unidades sempre que possível. Não inserir espaços para mudar de linha caso a unidade não caiba na mesma linha. 6. Fórmulas Fórmulas que puderem ser escritas em uma única linha, mesmo que exijam a utilização de fontes especiais (Symbol, Courier New e Wingdings), poderão fazer parte do texto. Ex. a = p.r2 ou Na 2 HPO, etc. Qualquer outro tipo de fórmula ou equação deverá ser considerada uma figura e, portanto, seguir as regras estabelecidas para figuras. 7. Citações de figuras e tabelas Escrever as palavras por extenso (Ex. Figura 1, Tabela 1, Figure 1, Table 1) 8. Referências bibliográficas Adotar o formato apresentado nos seguintes exemplos, colocando todos os dados solicitados, na seqüência e com a pontuação indicadas, não acrescentando itens não mencionados: FERGUSON, I.B. & BOLLARD, E.G. 1976. The movement of calcium in woody stems. Ann. Bot. 40(6):1057-1065. SMITH, P.M. 1976. The chemotaxonomy of plants. Edward Arnold, London. SNEDECOR, G.W. & COCHRAN, W.G. 1980. Statistical methods. 7 ed. Iowa State University Press, Ames. SUNDERLAND, N. 1973. Pollen and anther culture. In Plant tissue and cell culture (H.F. Street, ed.). Blackwell Scientific Publications, Oxford, p.205-239. BENTHAM, G. 1862. Leguminosae. Dalbergiae. In Flora Brasiliensis (C.F.P. Martius & A.G. Eichler, eds). F. Fleischer, Lip- siae, v.15, pars 1, p.1-349. MANTOVANI, W., ROSSI, L., ROMANIUC NETO, S., ASSAD-LUDEWIGS, I.Y., WANDERLEY, M.G.L., MELO, M.M.R.F. & TOLEDO, C.B. 1989. Estudo fitossociológico de áreas de mata ciliar em Mogi-Guaçu, SP, Brasil. In Simpósio sobre mata ciliar (L.M. Barbosa, coord.). Fundação Cargil, Campinas, p.235-267. STRUFFALDI-DE VUONO, Y. 1985. Fitossociologia do estrato arbóreo da floresta da Reserva Biológica do Instituto de Botânica de São Paulo, SP. Tese de doutorado, Universidade de São Paulo, São Paulo. FISHBASE. http://www.fishbase.org/home.htm (último acesso em dd/mmm/aaaa) Abreviar títulos dos periódicos de acordo com o “World List of Scientific Periodicals”(http://library.caltech.edu/reference/ abbreviations/) ou conforme o banco de dados do Catálogo Coletivo Nacional (CCN -IBICT) (busca disponível em http://ccn. ibict.br/busca.jsf” ). Para citação dos trabalhos publicados na BIOTA NEOTROPICA seguir o seguinte exemplo: PORTELA, R.C.Q. & SANTOS, F.A.M. 2003. Alometria de plântulas e jovens de espécies arbóreas: copa x altura. Biota Neotrop. 3(2): http://www.biotaneotropica.org.br/v3n2/pt/abstract?article+BN00503022003 (último acesso em dd/mm/aaaa) Todos os trabalhos publicados na BIOTA NEOTROPICA têm um endereço eletrônico individual, que aparece imediatamente abaixo do(s) nome(s) do(s) autor(es) no PDF do trabalho. Este código individual é composto pelo número que o manuscrito recebe quando submetido (005 no exemplo acima), o número do volume (03), o número do fascículo (02) e o ano (2003). 9. Tabelas Nos trabalhos em português ou espanhol os títulos das tabelas devem ser bilíngües, obrigatoriamente em português/espanhol e em inglês, e devem estar na parte superior das respectivas tabelas. O uso de duas línguas facilita a compreensão do conteúdo por leitores do exterior quando o trabalho está em português. As tabelas devem ser numeradas sequencialmente com números arábicos. Caso uma tabela tenha uma legenda, essa deve ser incluída nesse arquivo, contida em um único parágrafo, sendo identificada iniciando-se o parágrafo por Tabela N, onde N é o número da tabela. http://www.biotaneotropica.org.br 15Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 10. Figuras Mapas, fotos, gráficos são considerados figuras. As figuras devem ser numeradas sequencialmente com números arábicos. Na submissão inicial do trabalho, as imagens devem ser enviadas na menor resolução possível, para facilitar o envio eletrô- nico do trabalho para assessoria “ad hoc”. Na submissão inicial, todas as figuras deverão ser inseridas em um arquivo único, tipo ZIP, de no máximo 2 MBytes. Em casos excepcionais, poderão ser submetidos mais de um arquivo de figuras, sempre respeitando o limite de 2 MBytes por ar- quivo. É encorajada, como forma de reduzir o tamanho do(s) arquivo(s) de figura, a submissão em formatos compactados. Para avaliação da editoria e assessores, o tamanho dos arquivos de imagens deve ser de 10 x 15 cm com 72 dpi de definição (isso resulta em arquivos JPG da ordem de 60 a 100 Kbytes). O tamanho da imagem deve, sempre que possível, ter uma proporção de 3 x 2 ou 2 x 3 cm entre a largura e altura. No caso de pranchas os textos inseridos nas figuras devem utilizar fontes sans-serif, como Arial ou Helvética, para maior legibilidade. Figuras compostas por várias outras devem ser identificadas por letras (Ex. Figura 1a, Figura 1b). Utilize escala de barras para indicar tamanho. As figuras não devem conter legendas, estas deverão ser especificadas em arquivo próprio. Quando do aceite final do manuscrito, as figuras deverão ser apresentadas com alta resolução e em arquivos separados. Cada arquivo deve ser denominado como figura N.EXT, onde N é o número da figura e EXT é a extensão, de acordo com o formato da figura, ou seja, jpg para imagens em JPEG, gif para imagens em formato gif, tif para imagens em formato TIFF, bmp para imagens em formato BMP. Assim, o arquivo contendo a figura 1, cujo formato é tif, deve se chamar figura1.tif. Uma prancha composta por várias figuras a, b, c, d é considerada uma figura. Aconselha-se o uso de formatos JPEG e TIFF para fotografias e GIF ou BMP para gráficos. Outros formatos de imagens poderão também ser aceitos, sob consulta prévia. Para desenhos e gráficos os detalhes da resolução serão definidos pela equipe de produção do PDF em contacto com os autores. As legendas das figuras devem fazer parte do arquivo texto Principal.rtf ou Principal.doc. inseridas após as referências bibliográficas. Cada legenda deve estar contida em um único parágrafo e deve ser identificada, iniciando-se o parágrafo por Figura N, onde N é o número da figura. Figuras compostas podem ou não ter legendas independentes. Nos trabalhos em português ou espanhol todas as legendas das figuras devem ser bilíngües, obrigatoriamente, em português/ espanhol e em inglês. O uso de duas línguas facilita a compreensão do conteúdo por leitores do exterior quando o trabalho está em português. 11. Arquivo de conteúdo Todas as submissões deverão conter necessariamente 4 arquivos: carta encaminhamento (doc ou rtf) indicando título do manuscrito, autores e filiação, autor para correspondência (email) e manifestando por escrito a concordância com o pagamento da taxa de R$ 25,00 (vinte e cinco reais) por página impressa, caso o trabalho seja aceito para publicação na Biota Neotropica; principal (doc ou rtf), reunindo todos os arquivos de texto do trabalho; figuras (doc ou zip) - pode haver mais de um arquivo figuras (figuras 1, figuras 2...) se o tamanho ultrapassar 2Mb; assessores (doc ou rtf), com a indicação dos possíveis assessores para o trabalho. Os arquivos podem ser enviados separadamente ou incluídos em um único arquivo zip. Juntamente com os arquivos que compõem o artigo, deve ser enviado um arquivo denominado Índice.doc ou Índice.rtf, que contenha a relação dos nomes de todos os arquivos que fazem parte do documento, especificando um por linha. http://www.biotaneotropica.org.br 17Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 Bibliotecas de depósito da versão impressa FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL Depósito Legal Departamento de Processos Técnicos Av Rio Branco, 219/239 - 3o. andar 20040-008 - RIO DE JANEIRO/RJ BRASIL INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA/INPA Biblioteca - Av. André Araújo, 2936 Caixa Postal 478 69083-000 - MANAUS/AM BRASIL MUSEU PARAENSE EMILIO GOELDI Biblioteca Domingos Soares Ferreira Penna Departamento de Documentação e Informação (DOC) Av. Perimetral 1901, Caixa Postal 399 66077-530 - BELÉM/PA BRASIL BIBLIOTECA DO MUSEU NACIONAL Av. General Herculano Gomes s/n Horto Botânico - Quinta da Boa Vista 20942-360 - RIO DE JANEIRO/RJ BRASIL JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO Biblioteca Barbosa Rodrigues R. Jardim Botânico, 1008 22460-000 - RIO DE JANEIRO/RJ BRASIL BIBLIOTECA DO MUSEU DE ZOOLOGIA/USP Av. Nazaré 481 04263-000 - SÃO PAULO/SP BRASIL BIBLIOTECA DO INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS/ USP Ed. Paulo Sawaya - Centro Didático Rua do Matão, 303 05508-900 - SÃO PAULO/SP BRASIL BIBLIOTECA DO INSTITUTO DE BIOLOGIA/UNICAMP Cidade Universitária “Zeferino Vaz” Caixa Postal 6109 13083-970 - CAMPINAS/SP BRASIL BRITISH LIBRARY Boston Spa Weteherby - West Yorkshire LS23 7BQ UK ROYAL BOTANIC GARDENS KEW Library & Archives Kew Surrey TW9 3AB UK LIBRARY SMITHSONIAN INSTITUTION NMHN Room 51, Stop 154 Washington, DC 20013-7012 MISSOURI BOTANICAL GARDEN LIBRARY P.O. Box 299 Saint Louis, Missouri 63166-0299 USA CSIRO/ BLACK MOUNTAIN LIBRARY GPO Box 109 Canberra ACT 2601 AUSTRALIA BIBLIOTECA DEL INSTITUTO DE BIOLOGIA, UNAM 3er. Circuito Exterior Jardín Botánico Cidade Universitaria Mexico, DF 04510 A.P. 70-233 MEXICO FREIE UNIVERSITÄT BERLIN ZE Botanischer Garten und Botanisches Museum Bibliothek/Library Königin-Luise-Str. 6-8 D-14191 Berlin GERMANY SOUTH AFRICAN NATION AL BIODIVERSITY INSTITUTE (SANBI) Mary Gunn Library Private Bag X101 0001 Pretoria SOUTH AFRICA http://www.biotaneotropica.org.br 19Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 Artigos Uma revisão da distribuição de Ocotea curucutuensis J.B. Baitello na região sudeste do Brasil Frederico Alexandre Roccia Dal Pozzo Arzolla, João Batista Baitello, George John Shepherd, Gláucia Cortez Ramos de Paula & Ricardo Bertoncello ....................................................................................................21 Novos registros, sinonímia e descrição do macho de Culicoides horticola Lutz, 1913 (Diptera: Ceratopogonidae) Maria Luiza Felippe-Bauer & Gustavo Ricardo Spinelli ...................................................................................................27 Os pequenos mamíferos da altamenteimpactada Floresta Atlântica do Nordeste do Brasil, Centro de Endemismo Pernambuco Paulo Henrique Asfora & Antonio Rossano Mendes Pontes ...............................................................................................31 Ácaros associados ao cafeeiro (Coffea spp.) no estado de São Paulo, Brasil. Parte I. Mesostigmata Jeferson Luiz de Carvalho Mineiro, Adalton Raga, Mario Eidi Sato & Antonio Carlos Lofego........................................37 Relações entre diversidade íctia e fatores hidrodinâmicos de um riacho na bacia do rio Uruguai Vander Kaufmann & Adilson Pinheiro ................................................................................................................................47 Biologia reprodutiva de Tyrannus savana (Aves, Tyrannidae) em cerrado do Brasil Central Miguel Ângelo Marini, Yonara Lobo, Leonardo Esteves Lopes, Leonardo Fernandes França & Luciana Vieira de Paiva ......................................................................................................................................................55 Dendrometria e produção de serapilheira de espécies arbóreas neotropicais pioneiras e secundárias iniciais Glaci Benvenuti-Ferreira, Geraldo Ceni Coelho, Jorge Schirmer & Osório Antônio Lucchese ........................................65 Diversidade de bromélias epífitas na Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra do Teimoso – Jussari, BA Joice Rodrigues de Mendonça Reis & Talita Fontoura .......................................................................................................73 Estrutura populacional de Macrobrachium potiuna (Crustacea, Palaemonidae) no Rio do Moinho, Mangaratiba, Rio de Janeiro, Brasil Luciana Antunes de Mattos & Lídia Miyako Yoshii Oshiro ................................................................................................81 Zonación vertical del macrobentos de sustratos sólidos del estuariodel río Massangana, Bahía de Suape, Pernambuco, Brasil Cristiane Maria Rocha Farrapeira, Carla Alecrim Colaço Ramos, Débora Ferreira Barbosa, Arthur Vinícius de Olveira Marrocos de Melo, Stefane de Lyra Pinto, Mônica Marinho Verçosa, Daniel Apolônio Silva de Oliveira & Jonata Arruda Francisco .........................................................................................87 Variação espacial e temporal nas assembléias de peixes de riachos na bacia do rio Guiraí, Alto Rio Paraná Yzel Rondon Súarez & Sidnei Eduardo Lima-Junior ........................................................................................................101 Dieta do cascudo Aspidoras fuscoguttatus (Ostariophysi, Callichthyidae) em riachos com diferentes características limnológicas e estruturais Lilian Casatti, José Luis Veronezi Júnior & Cristiane de Paula Ferreira .........................................................................113 Rhodnius zeledoni sp. nov. afim de Rhodnius paraensis Sherlock, Guitton & Miles, 1977 (Hemiptera, Reduviidae, Triatominae) José Jurberg, Dayse da Silva Rocha & Cleber Galvão ....................................................................................................123 História natural e dados populacionais de peixes em cavernas da área cárstica da Serra do Ramalho, sul da Bahia Eleonora Trajano, Sandro Secutti & Maria Elina Bichuette ............................................................................................129 Hábitos alimentares de Bryconamericus stramineus Eigenmann, 1908 (Characidae), em diferentes riachos da sub-bacia do Rio Guiraí, Mato Grosso do Sul, Brasil Lucas Brandão-Gonçalves, Sidnei Eduardo Lima-Junior & Yzel Rondon Suarez ............................................................135 http://www.biotaneotropica.org.br/v9n1/pt/abstract?article+bn00209012009 http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 Uma revisão da distribuição de Ocotea curucutuensis J.B. Baitello na região sudeste do Brasil Frederico Alexandre Roccia Dal Pozzo Arzolla1,2,4, João Batista Baitello1, George John Shepherd3, Gláucia Cortez Ramos de Paula1 & Ricardo Bertoncello2 1Instituto Florestal, SMA-SP, Rua do Horto 931, CEP 02377-000, São Paulo, SP, Brasil 2Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, CP 6109, CEP 13083-970, Campinas, SP, Brasil 3Departamento de Botânica, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, CP 6109, CEP 13083-970, Campinas, SP, Brasil 4Autor para correspondência: Frederico Alexandre Roccia Dal Pozzo Arzolla, e-mail: fredericoarzolla@uol.com.br ARZOLLA, F.A.R.D.P., BAITELLO, J.B., SHEPHERD, G.J., PAULA, G.C.R. & BERTONCELLO, R. 2009. A revised distribution for Ocotea curucutuensis J.B. Baitello in southeastern Brazil. Biota Neotrop., 9(1): http://www.biotaneotropica.org.br/v9n1/en/abstract?article+bn00209012009. Abstract: This analysis presents a revised distribution for Ocotea curucutuensis J.B. Baitello in southeastern Brazil. Because of its strong similarity with Ocotea spixiana (Nees) Mez this species remained unrecognized for over a hundred years after the first collection by A. F. M. Glaziou in 1888, but it was recently shown to be a distinct species. Although the species was originally described from material from the Serra do Mar in São Paulo, subsequent new collections and a wider investigation of herbarium material have shown that it is, in fact, quite widespread, especially in the Serra do Mar and Serra da Mantiqueira and that it is necessary to revise and enlarge the known distribution. O. curucutuensis has a wide distribution in forests in the higher parts of the Serra do Mar and Serra da Mantiqueira, in the states of Rio de Janeiro and São Paulo, in the southeast of Brazil, while O. spixiana has a more northerly distribution. Keywords: cloud forest, high-altitude forest, Serra do Mar, Serra da Mantiqueira, Ocotea curucutuensis. ARZOLLA, F.A.R.D.P., BAITELLO, J.B., SHEPHERD, G.J., PAULA, G.C.R. & BERTONCELLO, R. 2009. Uma revisão da distribuição de Ocotea curucutuensis J.B. Baitello na região sudeste do Brasil. Biota Neotrop., 9(1): http://www.biotaneotropica.org.br/v9n1/pt/abstract?article+bn00209012009. Resumo: Este trabalho apresenta uma revisão da distribuição de Ocotea curucutuensis J.B. Baitello, na Região Sudeste do Brasil, ampliando substancialmente a extensão conhecida da sua ocorrência. Pela semelhança com Ocotea spixiana (Nees) Mez, essa espécie permaneceu confundida com esta e desconhecida por mais de cem anos, desde a primeira coleta por A. F. M. Glaziou, em 1888. Com base em novos registros para a Serra do Mar e para a Serra da Mantiqueira, sua distribuição foi revisada e ampliada. O. curucutuensis apresenta uma ampla distribuição nas florestas das partes altas da Serra do Mar e da Serra da Mantiqueira, nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, no sudeste do Brasil, enquanto O. spixiana possui uma distribuição mais ao norte do País. Palavras-chave: matas nebulares, florestas de altitude, Serra do Mar, Serra da Mantiqueira, Ocotea curucutuensis. 22 Arzolla, F.A.R.D.P. et al. http://www.biotaneotropica.org.br http://www.biotaneotropica.org.br/v9n1/pt/abstract?article+bn00209012009 Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 1880, na Serra dos Órgãos, Estado do Rio de Janeiro, que se encontra depositado no Herbário do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB). Ocotea curucutuensis difere de O. spixiana especialmente pela densa pilosidade fortemente ferrugíneo-avermelhada na face abaxial da folha, em geral cobrindo toda a epiderme; estames mais longos e frutos de duas a quatro vezes maior e densamente pilosos em toda a sua extensão (Baitello, 2003) (Figuras 1a e 1b). Somente mais recentemente, após a coleta de materiais na Serra da Mantiqueira, em Pindamonhangaba e Campos do Jordão, e na Serra do Mar, em Ubatuba, pôde ser inferida a nova distribuição da espécie e, a partir daí, foi realizadauma busca de possíveis coletas depositadas em herbários regionais. Materiais e Métodos Para a análise sobre a distribuição e o habitat das espécies, foram levantados os registros de Ocotea curucutuensis e Ocotea spixiana, na base de dados do Species-link do Centro de Referências em Informação Ambiental (CRIA). Com base na lista dos registros para as duas espécies, foram examinadas as exsicatas depositadas em três herbários representativos da Região Sudeste: Instituto Florestal (SPSF), Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB) e Universidade Estadual de Campinas (UEC). Introdução A família Lauraceae é pantropical, com poucos membros nas regiões temperadas. O número exato de espécies é desconheci- do, mas estima-se que está entre 2.500 e 3 mil, distribuídos em 50 gêneros ( Rohwer, 1993). No Brasil são 21 gêneros e cerca de 360 espécies, mas este número pode estar subestimado. No Estado do Rio de Janeiro, Quinet (2005) menciona a ocorrência de 109 espécies e 16 gêneros. No Estado de São Paulo, Baitello (2003) relata 91 espécies e 13 gêneros. Ocotea Aubl. é um dos gêneros de maior riqueza de espécies nas florestas do Estado, com 45 espécies (Baitello, 2003). Ocotea curucutuensis J.B. Baitello foi descrita com base em ma- teriais da Serra do Mar, no extremo sul do município de São Paulo, na divisa com Itanhaém (Baitello, 2001). Essa espécie tem como caracte- rísticas de destaque folhas lanceoladas, coriáceas, com densa pilosidade ferrugínea na face abaxial, especialmente nas folhas jovens. A nervura central da folha apresenta-se proeminente e espessada no terço inferior do limbo. O pecíolo também é espessado e achatado (Figura 1b). Assemelha-se à O. spixiana (Nees) Mez pelas dimensões e es- trutura de suas flores e pela pilosidade ferrugínea da face abaxial de suas folhas (Baitello, 2001). Ambas são unissexuadas. Por essa se- melhança, Ocotea curucutuensis permaneceu confundida com aquela e desconhecida por mais de cem anos, desde que o primeiro material botânico foi coletado pelo naturalista francês A. F. M. Glaziou, em Figura 1. Exsicatas de a) Ocotea spixiana; e b) Ocotea curucutuensis: nota-se a marcante diferença no tamanho dos frutos adultos (Foto: J.B.Baitello). Figure 1. Specimens of a) Ocotea spixiana; and b) Ocotea curucutuensis: note the marked difference in the size of the mature fruit (Photograph: J.B. Baitello). 2 mm ba 23 Uma revisão da distribuição de Ocotea curucutuensis http://www.biotaneotropica.org.br/v9n1/pt/abstract?article+bn00209012009 http://www.biotaneotropica.org.br Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 (SPSF); Campos do Jordão, I.2008, J.B. Baitello no 2.004 (SPSF); Cubatão, V.2001, J.B. Baitello no 989 (SPSF); Cubatão, V.2001, J.B. Baitello no 990; Itanhaém, III.1999, P. Affonso no 366 (PMSP, SPSF); Pindamonhangaba, IX.2005, F.A.R.D.P. Arzolla & J.D. Braz no 1.018 (SPSF); São Paulo, I.1995, M. Alonso et al. no 64 (SPSF); São Paulo, III. 1998, P. Affonso no 168 (PMSP, SPSF); São Paulo, I.2001, J.B. Baitello no 978 (SPSF); São Paulo, IV.2001, J.B. Baitello no 991 (SPSF); São Paulo, I.2003, J.B. Baitello no 1412 (SPSF); São Paulo, XII.2003, J.B. Baitello no 1.641 (SPSF); Ubatuba, IV.2007, R. Bertoncello no 282 (UEC); Ubatuba, V.2007, R. Bertoncello s.no (UEC); Ubatuba, V.2007, R. Bertoncello no 350 (UEC); Ubatuba, VI.2007, R. Bertoncello no 482 (UEC); Ubatuba, IV.2007, R. Bertoncello no 516 (UEC); RIO DE JANEIRO – Serra dos Órgãos, III.1888, A.F.M. Glaziou no 17.740 (RB); Nova Friburgo, XI.1986, G. Martinelli et al. no 11.931 (RB); Paraty, XI.1990, C. Farney et al. no 2.584 (RB); Paraty, IV.1994, R. Marquete no 1.640 (RB); Parque Nacional de Itatiaia, W.D. Barros no 909 (RB). Foram selecionados os seguintes registros de Ocotea spixiana: BAHIA – Caitité, IV.1980, R.M. Harley no 21.337 (SPSF); Rio de Contas, IV.1999, F. Nascimento no 196 (HST); DISTRITO FEDERAL – Brasília, III.1984, B.A.S. Pereira no 941 (RB); Brasília, IV.1962, E.P. Heringer no 8.913 (RB); Brasília, III.1998, A.C. Sevilha no 1.760 Para o georeferenciamento dos registros botânicos de O. curucutuensis, foram levantados pontos em cartas planialtimétri- cas, a partir das localidades mencionadas nas fichas de herbário, ou em campo com um aparelho de GPS (Global Positioning System). Para O. spixiana, foi utilizada a coordenada da sede do município, disponível na base de dados do Species-link do CRIA. Resultados Apresentam-se três novos registros para a espécie em São Paulo: nas partes altas da Serra da Mantiqueira, em Pindamonhangaba e Campos do Jordão, e da Serra do Mar, em Ubatuba (Figuras 2 e 3). A partir desses registros, levantou-se a hipótese de que a distribuição da espécie poderia ser mais ampla, e que os registros de O. spixiana para a Serra do Mar e para a Serra da Mantiqueira, no Estado do Rio de Janeiro, provavelmente fossem de O. curucutuensis. A hipótese aventada foi corroborada após a análise dos materiais provenientes desses registros, especialmente as consultas ao Herbário RB. Depois da revisão dos materiais, constatou-se que Ocotea curucutuensis apresenta distribuição em vários pontos das Serras do Mar e da Mantiqueira, a seguir: SÃO PAULO – Campos do Jordão, III.2007, F.A.R.D.P. Arzolla & G.C.R. Paula no 1.073 (SPSF); Campos do Jordão, I.2008, F.A.R.D.P. Arzolla no 1.248 Figura 2. Detalhe das inflorescências de um indivíduo a) feminino e b) masculino de Ocotea curucutuensis, na região do Pico do Itapeva, Campos do Jordão, SP. (Foto: J.B. Baitello). Figure 2. Detail of the inflorescences of a) female and b) male individuals of Ocotea curucutuensis near the Pico de Itapeva, Campos do Jordão, São Paulo (Photograph: J.B. Baitello). a b 24 Arzolla, F.A.R.D.P. et al. http://www.biotaneotropica.org.br http://www.biotaneotropica.org.br/v9n1/pt/abstract?article+bn00209012009 Biota Neotrop., vol. 9, no. 1, Jan./Mar. 2009 Picinguaba. No Estado do Rio de Janeiro, essa espécie é encontrada nos Parques Nacionais do Itatiaia e Serra dos Órgãos, nas Reservas Ecológicas de Macaé de Cima e da Juatinga e no Parque Estadual dos Três Picos, criado em 2002, em áreas de Floresta Ombrófila Densa Montana a Alto-Montana (Rocha et al., 2003). Tais locais são em geral de difícil acesso, podendo ser alcançados quase que exclusivamente por trilhas. Os registros fora de UC são da região do Pico do Itapeva, em Campos do Jordão, onde se encontrou uma alta abundância de indi- víduos de O. curucutuensis, e na parte alta da Fazenda São Sebastião do Ribeirão Grande, em Pindamonhangaba, que é uma reserva da empresa Votorantim Celulose e Papel – VCP, destinada à conservação. Até o momento não há registros para o Parque Estadual de Campos do Jordão (Figura 5). Dentre as áreas de ocorrência, a região do Pico do Itapeva é aquela que se encontra mais ameaçada. Pelo Código Florestal (Lei Federal no 4.771/1965), essa área situa-se em Área de Preservação Permanente – APP por localizar-se acima de 1.800 m. Esse tipo de APP não tem restringido efetivamente a supressão de florestas e a conversão para outros usos na região do Pico do Itapeva. Tal área é de fácil acesso e está sob forte pressão antrópica, pela substituição de florestas nativas para a instalação de empreendimentos residenciais ou hoteleiros, e atividades agrossilvopastoris, o que indica a necessidade de adoção de medidas efetivas de proteção. O. curucutuensis é considerada uma espécie ameaçada de ex- tinção no Estado de São Paulo, na categoria vulnerável, conforme a Resolução SMA no 48/2004 (São Paulo, 2004), o que deve ser levado em consideração quando da análise de processos de licenciamento ambiental nessa região. A quase totalidade da crista da Serra da Mantiqueira, entre o P.N. do Itatiaia e o P.E. de Campos do Jordão, está inserida na proposta de criação do Parque Nacional Altos da Mantiqueira (Sivelli, 2007). Caso venha a ser criada, essa UC protegerá importantes populações de Ocotea curucutuensis
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