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primatas - criaçao, manejo e doenças

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Primatas não-humanos 
Criação 
Manejo 
Doenças 
 
 
 
 
Primatas não-humanos 
• São considerados animais nobres na pesquisa 
• Alojamento apropriado para cada espécie 
• Possuem aproximadamente 50 nutrientes 
essenciais; importante saber disso ao fornecer 
a alimentação adequada 
Pela manhã: fornecer teores mais elevados de 
proteínas, energia, gordura, vitaminas e minerais 
À tarde: verduras, frutas e legumes 
Idosos: administrar rações com baixa densidade 
calórica, pois as necessidades dessa faixa etária são 
reduzidas. 
• Fêmeas de primatas, especialmente 
primíparas, dificilmente conseguem cuidar dos 
filhotes sem ajuda. Normalmente coloca-se 
outra fêmea mais velha e dócil para ajudar. 
• Os animais são registrados e, frequentemente, 
são realizados sistemas de tatuagem (região 
peitoral em animais maiores e, nos menores, 
na face interna da coxa). 
• Velho Mundo: Ásia e África. Infra-ordem 
Catarhini. Exemplos: Macaco rhesus (Macaca 
mulatta) 
• Novo Mundo: América. Infra-ordem 
Platyrrhini. Exemplos: Mico-de-cheiro (Saimiri 
sciureus) 
 
Contenção 
 
Física: através de gaiola de contenção ou utilização de 
puçá (mas que estressa o animal); 
 
Química: cetamina é o anestésico de eleição para a 
maioria dos primatas. 
 
Higienização do recinto 
 
• Hipoclorito de Sódio na diluição de 1:100 
• Após programa de quarentena, é aconselhável 
o fumigamento de paraformaldeído ou 
similares 
 
Exames periódicos 
 
A aplicação de tuberculina é obrigatória e realizada 
anualmente para detecção de tuberculose. 
 
O procedimento de tuberculinização através da 
administração intrapalpebral, e as reações são 
observadas 24, 48 e 72h após a inoculação do produto. 
 
Além disso, a vermifugação profilática pode ser 
realizada e exames hematológicos são feitos quando 
há suspeita de enfermidades diversas. 
 
Sistemas de criação 
 
1. Semi-natural 
2. Criação em grupo 
3. Criação individual 
 
1. Semi-natural: áreas abertas cercadas. 
 
Vantagens: 
• Atende à maioria dos primatas 
• Baixa manutenção 
• Facilita estudos comportamentais 
 
Desvantagens: 
• Custo inicial elevado 
• Longe das áreas urbanas 
• Entrosamento social entre animais demorado 
(1-2 anos) 
• Dificuldade de realizar registros reprodutivos 
da colônia 
• Dificuldade de reintroduzir animais 
 
2. Criação em grupo: animais poligâmicos alojados em 
gaiolas coletivas (harém – 3 machos para 12 fêmeas) 
 
Vantagens: 
• Higienização e alimentação facilitadas 
• Pode ser feito em ambiente interno ou externo 
 
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Desvantagens: 
• Controle de cruzamento dificultado 
• Harmonia social comprometida 
 
3. Criação individual: Fêmeas alojadas em gaiolas 
individuais ou em pequenos grupos separadas dos 
machos, onde o contato entre eles só ocorre no 
período reprodutivo. 
 
Vantagens: 
• Controle de cruzamento preciso 
• Exames clínicos e laboratoriais realizados mais 
facilmente 
 
Desvantagens: 
• Dispendioso 
 
Reprodução 
 
Sex Skin: alteração morfológica externa em machos e 
fêmeas; vermelhidão cutânea ao redor da linha 
pubiana até debaixo da cauda. 
 
Enriquecimento e controle ambiental 
 
Enriquecimento ambiental: Poleiros, balanços, 
tambores, brinquedos, música ambiente, alimentos 
variados, fornecidos de forma não repetitiva. 
 
Controle ambiental: 
Primatas do Velho Mundo: 19ºC 
Primatas do Novo Mundo: 22ºC – 26ºC 
Umidade relativa do ar: 45 – 60% 
 
 
Referências 
Molinaro, E. M., Majerowicz, J., Couto, S. E. R., Borges, C. C. 
A., & Moreira, W. C. (2009). Animais de laboratório. EPSJV. 
 
ANDRADE, Antenor; PINTO, Sergio Correia; OLIVEIRA, 
Rosilene Santos de. Animais de laboratório: criação e 
experimentação. Editora Fiocruz, 2006.

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