Buscar

QUESTÕES UNIOSTE II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

QUESTÕES UNIOESTE II
01. (Unespar 2016) Sobre “O Rei da vela”
de Oswald de Andrade, assinale A ÚNICA
ALTERNATIVA CORRETA
A) A família de Oswald de Andrade,
tradicional em São Paulo, sofreu com a
crise de 29, por isso a peça fala sobre a
exploração do proletariado pelo
capitalista;
B) O espetáculo feito por Totó
Fruta-do-Conde tem por finalidade atrair
os falidos, para emprestar-lhes dinheiro a
juros altíssimos;
C) As rubricas da peça são curtas,
principalmente as que iniciam os atos, nas
quais se encontram apenas os nomes das
personagens que aparecerão naquele
momento;
D) Na cena da morte de Abelardo II
encontra-se a justificativa para o título da
peça;
E) “Heloísa será sempre de Abelardo. É
clássico.” A fala é de Abelardo II e remete
o leitor à história do filósofo francês do
século XII, Pedro Abelardo, e sua amada
Heloísa.
02. (Unespar 2015) Leia atentamente o
trecho de O Rei da Vela, de Oswald de
Andrade, para marcar a única alternativa
verdadeira, em relação ao trecho, ao autor
e à peça como um todo.
Abelardo I- Crápulas! Sujos! Um é o Totó
Fruta-do-conde! O outro, este bêbado
perigoso. Virou fascista agora. Minha cunhada
veio sentar-se de maillot no meu colo para eu
coçar-lhe as nádegas... com cheques,
naturalmente. A sogra caída... A outra velha...
E eu é que devo me sentir honradíssimo... por
entrar numa família digna, uma família única.
MAIS HELOÍSA
Heloísa (Entra de maiô)- Você não vai ao
banho? Estão todos prontos.
Abelardo – Não vou! Estou com um pouco de
dor de cabeça. Prefiro repousar. Leve esse
Americano duma figa... Minha cara, eu estou
vendo que peguei no duro, no batente,
durante dez anos, para fazer uma porção de
piratas jogarem ioiô!
Heloísa- Estás arrependido? Não te trago
vantagens sociais? Políticas... bancárias...
(p.74)
ANDRADE, O Rei da Vela.Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1973.
A) Os personagens, em O Rei da Vela,
têm caráter simbólico. Por exemplo,
Abelardo I e II representam o capital
nacional como preposto do capital
estrangeiro, denunciando as relações de
exploração que existiam na sociedade da
década de 30, em São Paulo;
B) O trecho selecionado revela a síntese
do casamento de Abelardo com Heloísa,
que assim como os personagens da
história medieval se casam e vivem
juntos, enfrentando os preconceitos que
existiam contra essa união;
C) O Rei da Vela é uma peça em que se
pode constatar a presença de algumas
das propostas do Manifesto da Poesia
Pau-Brasil, como a assimilação de outras
culturas para o engrandecimento da
literatura brasileira;
D) A linguagem utilizada na peça, como
se percebe no trecho selecionado, remete
o leitor à proposta feita por Oswald de
Andrade em seu Manifesto Antropófago,
caracterizando-se pelo uso constante de
conjunções aditivas, que dão ao texto o
ritmo da poesia;
E) Ao apresentar a união entre Heloísa,
sua família e Abelardo, Oswald de
Andrade denuncia a união entre a
burguesia, representada por Heloísa, e a
nobreza, representada por Abelardo, que
se submete a um casamento sem amor,
para salvar as aparências e seu
patrimônio.
03. (Unespar 2015) Sobre O Rei da Vela,
de Oswald de Andrade, marque a única
alternativa verdadeira.
A) O Rei da Vela é uma peça marcada
pela tradição, dividida em três atos, com
personagens convencionais, discute
questões relativas aos problemas
populares, como se pode constatar no
trecho selecionado;
B) O Rei da Vela é o marco do teatro
moderno no Brasil. Sua encenação, em
1933, antecipa elementos que seriam
comuns nas obras consagradas na década
de 40, fazendo de Oswald de Andrade o
principal nome do teatro moderno
brasileiro;
C) Os nomes Abelardo e Heloísa remetem
à história de amor que aconteceu na
Europa, no século XII. Em sua obra,
Oswald de Andrade, apesar de manter os
nomes, cria personagens que se unem por
interesse, o que os distancia dos
protagonistas da história original;
D) Abelardo I e Abelardo II representam a
classe em ascensão em São Paulo do
início do século, proveniente da nobreza e
que detém o poder financeiro do estado;
E) As referências ao teatro brasileiro são
uma crítica à forma como ele se constrói e
dão ao texto o caráter metafísico que se
encontra nas reflexões do teatro sobre o
teatro, em peças como esta e em outras,
que tematizam o teatro.
04. (UNICENTRO)
MAIS O INTELECTUAL PINOTE.
PINOTE (Entra de chapéu de poeta na mão.
Uma gravata lírica. Sorrindo. Mesuras. Traz
uma faca enorme de madeira como bengala.)
— Bom dia, mestre.
HELOÍSA (Dá um grito lancinante) — Aí! A
faca!
ABELARDO I — Desarme esse homem! Ora
essa! (Abelardo II atira-se sobre o Intelectual
e arranca-lhe a faca simbólica) Deixar entrar
gente com armas aqui!
PINOTE (Escusando-se humildemente.) — É
inofensiva... de pau!
ABELARDO I — Confesse que o senhor
planejou um atentado! Confesse!
PINOTE – Absolutamente! Por quem o senhor
está tomando? É uma faca profissional,
inofensiva, não mata...
ABELARDO II (Examinando) — Está cheia de
sangue... sangue coagulado...
PINOTE — Umas facadinhas... para comer... (A
um gesto de Abelardo I, senta-se. Abelardo II
permanece ao fundo, segurando com as duas
mãos a faca em horizontal, como um servo
antigo.) A crise é que obriga... Mas não sou
nenhum gangster, não. Eu sou biógrafo. Vivo
de minha pena. Não tenho mais idade para
cultivar o romance, a poesia... O teatro
nacional virou teatro de tese. E eu confesso a
minha ignorância, não entendo de política.
Nem quero entender...
ABELARDO I — É um revoltado?
PINOTE — Absolutamente não! Fui no colégio.
Hoje sou quase um conservador! O que me
falta é convicção.
ABELARDO I — Tem veleidades sociais...
quero dizer, bolchevistas?...
PINOTE — Não senhor! Olhe, tenho até nojo
de gente baixa... gente de trabalho... não vai
comigo!
ABELARDO I — Muito bem!
PINOTE — Gente que cheira mal...
HELOÍSA — Ninguém dá sabão a eles para se
lavarem.
ABELARDO II — Nem pão, quanto mais
sabonete...
ABELARDO I (Tranquilizando Pinote que se
voltou.) — Não se incomode. Ele é socialista.
Mas moderado, de faca também. (Sorriso dos
dois.) Mas afinal, qual é o gênero literário que
cultiva, meu amigo?
PINOTE — Os grandes homens! Pretendo
fazer como Ludwig. Escrever as grandes vidas!
Não há mais nobre missão sobre o planeta! Os
heróis da época.
ABELARDO I — Pode ser também
extremamente perigoso. Se nas suas
biografias exaltar heróis populares e inimigos
da sociedade. Imagine se o senhor escrever
sobre a revolta dos marinheiros pondo em
relevo o João Cândido... ou algum comunista
morto num comício!
PINOTE – Não há perigo. A polícia me
perseguiria.
ABELARDO I — É então um intelectual
policiado...
PINOTE — Faço questão de manter uma
atitude moderada e distinta!
ANDRADE, Oswald de. O Rei da Vela. São
Paulo: Globo, 2003. p. 55-56.
Contextualizada na obra “O Rei da Vela”,
a análise das personagens em destaque
no fragmento permite afirmar:
a) Tanto Abelardo I quanto Abelardo II,
com exceção de Pinote e de Heloisa, são
inconformados com o sistema político e
social da época.
b) Todas as personagens presentes no
fragmento compartilham de ideologias
materialistas e são indiferentes aos
problemas de ordem socioeconômica.
c) Pinote vai ao encontro de Abelardo I
com o objetivo de questionar sua atitude
usurária diante dos mais humildes.
d) Heloísa, filha de um fazendeiro
arruinado pela crise, representa a classe
dos oprimidos, que é excluída do processo
social.
e) Abelardo II, embora se espelhe nos
valores de seu chefe, apresenta uma
postura diferente e mais humilde em
relação aos que o procuram para pedir
empréstimos.
05. O trecho, extraído da obra Missal,
revela características de repúdio a toda
representação do seu contexto
sócio-histórico. Esse contexto histórico é
identificado pela
A) caracterização da morte a partir de
uma concepção empírica e subconsciente
da vida.
B) concepção mística da vida percebida
pelo enfoque subconsciente e
espiritualista.
C) ênfase nas ideias materialistas,
valorizando o pessimismo e o rigor
científico em todas as ações.
D) exaltação do individualismo, que se
estenderá como característica humana até
o século XXI.
06.Sobre a poesia de Cruz e Sousa é
correto afirmar apenas:
a) Sua poesia, dentro do movimento
parnasiano, representa um momento de
descontração e investigação. Nela,
verificam-se três fases: a fase romântica;
a fase parnasiana e a fase pré-simbolista.
b) O poeta equilibrou a dimensão social
com a dimensão coletiva, ilustrando, por
meio desse procedimento, o
comportamento característico da segunda
geração romântica.
c) O desejo de fugir da realidade, de
transcender a matéria e integrar-se
espiritualmente no cosmo, posturas
verificadas em sua poesia, originam-se do
sentimento de opressão produzido pelo
capitalismo e também do drama racial e
pessoal que o autor vivia.
d) Formalmente, o poeta revela
influências árcades e renascentistas, sem,
contudo, cair no formalismo parnasiano.
Embora preferisse o verso decassílabo,
Cruz e Sousa explorou outras métricas,
particularmente a redondilha maior.
E) valorização da ciência como
responsável por explicar racionalmente os
fenômenos da vida.
07. O texto “Gaetaninho”, de Alcântara
Machado, parte da obra Brás, Bexiga e
Barra Funda é uma expressão
contundente da poética Modernista de
primeira geração. Alfredo Bosi, ao
conceituar o Modernismo brasileiro,
afirma que “Quanto ao termo
“modernista”, veio a caracterizar, cada vez
mais intensamente, um código novo [...].
“Moderno” inclui também fatores de
mensagem: motivos, temas e mitos
modernos.”
O Modernismo: um clima estético e
psicológico. In: História concisa da literatura
brasileira. São Paulo: Cultrix, 1997. p. 375.
Acerca das características do Movimento
Modernista de primeira fase é certo que:
1. teve como marco inicial a Semana de
arte moderna de 1922 e um de seus
principais objetivos foi o de colocar a
cultura brasileira a par das Vanguardas
Europeias e pregar a tomada de
consciência da realidade brasileira.
2. efetivou-se somente no âmbito
artístico, ou seja, desvinculado dos
aspectos políticos e sociais.
3. uma de suas prerrogativas consistia na
revitalização de moldes arcaicos.
4. foi caracterizado pela liberdade formal
e a tentativa de constituição de uma
identidade nacional.
5. neste Movimento, os gêneros literários
que encamparam suas ideais foram o
lírico e o narrativo, no entanto, o teatro
rechaçou as novas diretrizes artísticas.
6. a poesia tratou de modo menos
sistemático os temas considerados eleitos
pela poética passadista, voltando-se para
temas do cotidiano.
7. a aproximação da oralidade e da escrita
foi largamente combatida pelos escritores
da época.
8. a reflexão, a criticidade, a ironia e o
bom humor foram características
recorrentes das produções literárias dessa
época.
9. a literatura apropriou-se da cultura
popular e da cultura e língua dos
imigrantes que vieram para o Brasil.
10. o projeto ideológico, em consonância
com o projeto estético, visava atingir o
homem comum e levar a literatura às
classes menos abastadas.
A alternativa que contempla a soma das
sentenças corretas é:
a) 22.
b) 28.
c) 34.
d) 38.
e) 44.
08. Que valor social está presente no
desejo de Gaetaninho de andar de
automóvel e de ser admirado pelas
pessoas?
09. O final do conto é surpreendente,
tanto pela rapidez com que se dá a morte
de Gaetaninho quanto pela ambiguidade
causada pela frase “amassou o bonde!”.
Considerando o sentido do verbo amassar
em português e sabendo que ammazzare,
do italiano, significa “matar”, explique a
ambiguidade contida nessa frase.
10. Dentre os escritores do movimento
modernista, Alcântara Machado foi o que
mais conseguiu integrar à literatura a
figura do imigrante. De que imigrante o
autor mais se ocupou em sua obra?
a) Japoneses.
b) Italianos.
c) Alemães.
d) Portugueses.
e) Colombianos.
11. (ENEM) Gaetaninho
Ali na Rua do Oriente a ralé quando muito
andava de bonde. De automóvel ou de carro
só mesmo em dia de enterro. De enterro ou de
casamento. Por isso mesmo o sonho de
Gaetaninho era de realização muito difícil. Um
sonho. [...]
— Traga a bola! Gaetaninho saiu correndo.
Antes de alcançar a bola um bonde o pegou.
Pegou e matou.
No bonde vinha o pai do Gaetaninho.
A gurizada assustada espalhou a notícia na
noite
— Sabe o Gaetaninho?
— Que é que tem?
— Amassou o bonde!
A vizinhança limpou com benzina suas roupas
domingueiras. Às dezesseis horas do dia
seguinte saiu um enterro da Rua do Oriente e
Gaetaninho não ia na boleia de nenhum dos
carros do acompanhamento. Ia no da frente
dentro de um caixão fechado com flores
pobres por cima. Vestia a roupa marinheira,
tinha as ligas, mas não levava a
palhetinha.Quem na boleia de um dos carros
do cortejo mirim exibia soberbo terno
vermelho que feria a vista da gente era o
Beppino.
MACHADO, A. A. Brás, Bexiga e Barra Funda:
notícias de São Paulo. Belo Horizonte; Rio de
Janeiro: Vila Rica, 1994.
Situada no contexto da modernização da
cidade de São Paulo na década de 1920,
a narrativa utiliza recursos expressivos
inovadores, como
a) o registro informal da linguagem e o
emprego de frases curtas.
b) o apelo ao modelo cinematográfico
com base em imagens desconexas.
c) a representação de elementos urbanos
e a prevalência do discurso direto.
d) a encenação crua da morte em
contraponto ao tom respeitoso do
discurso.
e) a percepção irônica da vida assinalada
pelo uso reiterado de exclamações.
12. Sobre a obra de Lima Barreto,
podemos afirmar:
a) Com enredos ambientados
prioritariamente na região do Vale do
Paraíba, denuncia a prática agrícola da
queimada e a devastação da natureza.
b) Pode ser considerada precursora do
romance regionalista moderno,
representando a sociedade rural do
século XIX.
c) Presa aos cânones estéticos e literários,
é considerada modernista, apesar de fazer
uma retomada aos assuntos abordados
pela escola parnasiana.
d) Não apresenta cunho social e está
voltada para a experimentação e aos
estudos da própria linguagem,
apresentando um novo tipo de relação
narrador-leitor.
e) Reflete forte sentimento nacional e
grande preocupação com questões
históricas, culturais e sociais, denotada a
partir de uma consciência crítica contumaz
dos problemas brasileiros.
13. (UFTM) Considere os dados:
I. Contraste entre um Brasil arcaico –
representado principalmente pelo
tradicionalismo agrário – e outro, com
novos centros urbanos marcados pelo
início da industrialização e pela
emergência de novas classes
socioeconômicas;
II. Problematização da realidade social e
cultural pela revelação das tensões da
vida nacional;
III. Primeira Guerra Mundial e crise da
República Velha;
IV. Modernidade estilística e negação do
estilo da belle époque.
Caracterizam o período histórico e cultural
do Pré-Modernismo, em que se insere
Lima Barreto, os dados contidos em:
a) I, II, III e IV.
b) II e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) II, III e IV, apenas.
e) I e II, apenas.
14, O brasileiro Lima Barreto e a
norte-americana Alice Walker fizeram de
suas narrativas literárias um espaço de
questionamento e de ressignificação dos
estereótipos raciais, atribuídos a brancos
e a negros pela literatura ocidental.
Abaixo, o Excerto 1 é uma fala de Sinhô
a Celie, em A cor púrpura, de Walker; já o
Excerto 2 é o final do conto “Pecado”, de
Lima Barreto, em que São Pedro e seu
guarda-livros discutem sobre o destino de
uma alma recém-chegada à portaria do
céu.
Excerto 1:
Quem você pensa que é? ele falou. Você num
pode amaldiçoar ninguém. Olhe pra você.
Você é preta, é pobre, é feia. Você é mulher.
Vá pro diabo, ele falou, você num é nada.
WALKER, Alice. A cor púrpura. 10 ed. Rio de
Janeiro: José Olympio, p. 230.
Excerto 2:
Acompanhado de dolorosos rangidos da
mesa, o guarda-livros foi folheando o enorme
Registro, até encontrar a página própria, onde
com certo esforço achou a linha adequada e
com o dedo afinal apontou o assentamento e
leu alto:
– P. L. C., filho de..., neto de..., bisneto de... –
Carregador. Quarenta e oito anos. Casado.
Honesto. Caridoso. Leal. Pobre de espírito.
Ignaro. Bom como São Francisco de Assis.
Virtuoso como São Bernardo e meigo como o
próprio Cristo. É um justo. Levando o dedo
pela pauta horizontale nas “Observações”,
deparou qualquer coisa que o fez dizer de
súbito:
– Esquecia-me... Houve engano. É! Foi bom
você falar. Essa alma é a de um negro. Vai
para o purgatório.
BARRETO, Lima. O homem que sabia javanês
e outros contos. Curitiba: Polo Editorial do
Paraná, 1997, p. 45-46. Disponível em:
http://www.dominiopublico.gov.br/downlo
ad/texto/bv000153.pdf. Acesso em: 15
jun. 2021.
Sobre a representação do racismo
presente nos excertos, assinale a
alternativa que estabelece uma
comparação.
a) Alice Walker busca compreender o
autodesprezo racial dos negros, presente
na fala de Sinhô; já Lima Barreto usa de
ironia para mostrar como a inferiorização
dos negros é estabelecida pelo
catolicismo tradicional, ao fazer do branco
a cor da pureza.
b) Alice Walker foca sua crítica mais no
preconceito de gênero do que no de raça,
pois o negro Sinhô inferioriza Celie por ela
ser mulher; já Lima Barreto subverte a
lenda cristã popular ao sugerir que São
Pedro, por trabalhar como porteiro do céu,
deveria ser um negro.
c) Alice Walker e Lima Barreto indicam
como o racismo se espraia pela cultura,
marcando desde o imaginário identitário
até o imaginário do sagrado,
convertendo-se em uma forma de
maldição estruturada socialmente, que
incide sobre os indivíduos e sobre a
coletividade.
d) Alice Walker e Lima Barreto expõem
como o racismo derivou-se da estrutura
escravocrata, promovida durante a
colonização das Américas, o que levou
sociedades pós-coloniais, como Estados
Unidos e Brasil, a terem como maldição
histórica a desigualdade sociorracial.
15. Sobre os principais aspectos da obra
de Caio Fernando Abreu, é INCORRETO
afirmar:
a) Sua linguagem é considerada híbrida,
pois estabelece uma relação dialógica
com os diversos gêneros textuais.
b) Há pontos de intersecção com a
linguagem desenvolvida por Clarice
Lispector, como técnicas narrativas pouco
convencionais, que enfatizam o prisma
intimista com que os eventos externos
são percebidos.
c) A literatura do autor gaúcho traz ecos
de diversas manifestações artísticas,
compondo um interessante mosaico de
influências.
d) A linguagem do escritor é permeada
por elementos da cultura gaúcha, como
regionalismos e temas relacionados com a
vida nos pampas.
16.
“Não chegaram a usar palavras como
‘especial’, ‘diferente’ ou qualquer coisa assim.
Apesar de, sem efusões, terem se reconhecido
no primeiro segundo do primeiro minuto.
Acontece porém que não tinham preparo
algum para dar nome às emoções, nem
mesmo para tentar entendê-las. Não que
fossem muito jovens, incultos demais ou
mesmo um pouco burros. Raul tinha um ano
mais que trinta; Saul, um menos.” (ABREU,
Caio Fernando. Morangos Mofados. São Paulo:
Brasiliense, 1982.)
Através do fragmento do conto Aqueles
dois, de Caio Fernando Abreu, podemos
verificar que:
A) Através de uma linguagem “neutra”, o
narrador faz julgamentos de valor e usa
as palavras como “diferente” e “especial”
para definir os personagens
homossexuais.
B) Os dois personagens representam
pessoas conservadoras que não cedem a
seus desejos a fim de “manter as
aparências”.
C) O autor demonstra que sua busca é
pelo “normal”, pelo socialmente aceito,
deixando de lado as personagens
marginalizadas socialmente.
D) Os dois personagens não sabem o que
se passa com eles e, por isso, se
autodenominam “diferentes” e “especiais”.
E) O autor dá voz a dois indivíduos
marginalizados sexualmente, pois são
contrários a uma ideologia
preestabelecida que julga e reprime
aqueles que são “diferentes”.
TEXTO I
Depois, chegou o Natal, o Ano-Novo que
passaram juntos, recusando convites dos
colegas de repartição. Raul deu a Saul uma
reprodução do Nascimento de Vênus, de
Botticelli, que ele colocou na parede
exatamente onde estivera o quadro de Van
Gogh. Saul deu a Raul um disco chamado Os
grandes sucessos de Dalva de Oliveira. A
faixa que mais ouviram foi Nossas Vidas,
prestando atenção naquele trechinho que
dizia “até nossos beijos parecem beijos de
quem nunca amou”. Foi na noite de trinta e
um, aberta a champanhe na quitinete de Raul,
que Saul ergueu a taça e brindou à nossa
amizade que nunca vai terminar. Beberam até
quase cair. Na hora de deitar, trocando a
roupa no banheiro, muito bêbado, Saul falou
que ia dormir nu. Raul olhou para ele e disse
você tem um corpo bonito. Você também,
disse Saul, e baixou os olhos. Deitaram ambos
nus, um na cama atrás do guarda-roupa, outro
no sofá. Quase a noite inteira, um conseguia
ver a brasa acesa do cigarro do outro, furando
o escuro feito um demônio de olhos
incendiados. Pela manhã, Saul foi embora sem
se despedir para que Raul não percebesse
suas fundas olheiras. Quando janeiro
começou, quase na época de tirarem férias —
e tinham planejado, juntos, quem sabe Parati,
Ouro Preto, Porto Seguro — ficaram surpresos
naquela manhã em que o chefe de seção os
chamou, perto do meio-dia. Fazia muito calor.
Suarento, o chefe foi direto ao assunto. Tinha
recebido algumas cartas anônimas.
Recusou-se a mostrá-las. Pálidos, os dois
ouviram expressões como "relação anormal e
ostensiva", "desavergonhada aberração",
"comportamento doentio", "psicologia
deformada", sempre assinadas por Um Atento
Guardião da Moral. Saul baixou os olhos
desmaiados, mas Raul colocou-se em pé.
Parecia muito alto quando, com uma das mãos
apoiadas no ombro do amigo e a outra
erguendo-se atrevida no ar, conseguiu ainda
dizer a palavra nunca, antes que o chefe, entre
coisas como a-reputaçãode-nossa-firma ou
tenho-que-zelar-pela-moral-dos-meus
funcionários, declarasse frio: os senhores
estão despedidos. Esvaziaram lentamente
cada um a sua gaveta, a sala deserta na hora
do almoço, sem se olharem nos olhos. O sol
de verão escaldava o tampo de metal das
mesas. Raul guardou no grande envelope
pardo um par de olhos enormes, sem íris nem
pupilas, presente de Saul, que guardou no seu
grande envelope pardo, com algumas
manchas de café, a letra de Tú Me
Acostumbraste, escrita à mão por Raul numa
tarde qualquer de agosto e com algumas
manchas de café. Desceram juntos pelo
elevador, em silêncio. Mas quando saíram pela
porta daquele prédio grande e antigo,
parecido com uma clínica ou uma
penitenciária, vistos de cima pelos colegas
todos postos na janela, a camisa branca de
um, a azul do outro, estavam ainda mais altos
e mais altivos. Demoraram alguns minutos na
frente do edifício. Depois apanharam o mesmo
táxi, Raul abrindo a porta para que Saul
entrasse. Ai-ai! alguém gritou da janela. Mas
eles não ouviram. O táxi já tinha dobrado a
esquina. Pelas tardes poeirentas daquele
resto de janeiro, quando o sol parecia a gema
de um enorme ovo frito no azul sem nuvens
no céu, ninguém mais conseguiu trabalhar em
paz na repartição. Quase todos ali dentro
tinham a nítida sensação de que seriam
infelizes para sempre. E foram. ABREU, Caio
Fernando. Morangos mofados. Rio de Janeiro:
Agir, 2005.
17. O conto “Aqueles dois” narra com
suspense e sutileza a relação entre Saul e
Raul, dois amigos que trabalham na
mesma repartição e cuja amizade supria
suas carências afetivas e suas angústias
diante do mundo. O texto I é a última
parte do conto e também é a mais tensa
porque:
a) Confirma a relação homoafetiva
existente entre Raul e Saul.
b) Revela os valores de uma sociedade
conservadora e preconceituosa que,
mesmo sem provas, julga e condena Raul
e Saul.
c) Deixa clara a ação criminosa realizada
pelas personagens, cuja culpa é
evidenciada no silêncio e no
comportamento cabisbaixo que assumem
diante do chefe.
d) Expõe a amizade como uma forma de
amor capaz de combater a solidão
existencial que assola a sociedade
moderna.
18. A estrutura sintática é uma
importante ferramenta na organização e
na progressão do texto. Considerando a
organização sintática do segundo
parágrafo do Texto I, é INCORRETO o que
se afirma em:
a) “Que ia dormir nu” e “olhos” exercem a
função sintática de objeto direto dos
verbos “falar” e “baixar”, respectivamente.
b) A oração “que nunca vai terminar” é
subordinada adjetiva restritiva.
c) “Para que Raul não percebesse suas
olheiras” funciona como umaoração
subordinada adverbial final.
d) “à nossa amizade” exerce a função de
adjunto adverbial ao expressar a causa do
brinde.
19. Denotação e conotação são duas
estratégias por meio das quais se ativam
o jogo de sentidos proporcionados pelo
uso das palavras no texto. O fragmento
do Texto I em que se faz uso da
linguagem conotativa é:
a) “O sol parecia a gema de um enorme
ovo frito”.
b) “O táxi já tinha dobrado a esquina”.
c) “Sem se olharem nos olhos”.
d) “Quando janeiro começou”.
20. Partindo do Texto I e considerando,
em seu conjunto, a obra Morangos
Mofados de Caio Fernando Abreu, está
INCORRETO o que se afirma em:
a) A busca, a dor, o fracasso, o encontro, o
amor e a esperança vão se delineando ao
longo dos contos que compõem a obra.
b) O conto “Aqueles dois”, cujo excerto
constitui o Texto I, compõe a segunda
parte da obra, intitulada “os morangos”,
cujas narrativas são perpassadas pela dor
e pelo sofrimento.
c) Ora com crueza, ora com ironia, os
contos, que compõem o livro, voltam-se
para análises sociais, com ênfase na
violência urbana, na seca e nas questões
político-ideológicas da década de 1980.
d) A última parte do livro é composta por
um único conto que lhe dá nome:
“morangos mofados” e sinaliza uma
esperança frente ao desencantamento do
mundo. O sonho pode ter acabado, mas
não morreu.
21. Os acontecimentos da realidade
sociopolítica brasileira são aludidos
constantemente no conto “Seminário dos
ratos”, de Lygia Fagundes Telles. Pode-se
destacar como uma das críticas existentes
na narrativa:
A) solidariedade dos policiais diante da
invasão dos ratos.
B) crueldade dos ratos que devoram o
casarão, sede do seminário.
C) egoísmo dos políticos que
negligenciam as necessidades populares.
D) fantasia dos ratos personificados como
humanos.
22. Leia o trecho de “Seminário dos ratos”,
de Lygia Fagundes Telles:
“– O povo, o povo – disse o Secretário do
Bem-Estar Público, entrelaçando as mãos. A
voz ficou um brando queixume. – Só se fala
em povo e no entanto o povo não passa de
uma abstração.”
Acerca do excerto extraído de “Seminário
dos ratos”, é CORRETO afirmar que os
burocratas presentes no conto
A) tomam medidas enérgicas para conter
a invasão dos ratos.
B) ignoram as necessidades populares e a
contenção dos ratos.
C) suspeitam que os ratos pretendem
tomar a presidência.
D) ignoram completamente que esteja
havendo uma peste de ratos.
23. São elementos relevantes ao
desfecho do conto “Seminário dos ratos”,
de Lygia Fagundes Telles, EXCETO:
A) fome popular.
B) reunião burocrática de poderosos.
C) atuação da esquerda política.
D) ineficiência da RATESP.
24. De acordo com a proposta temática de
“Seminário dos ratos”, a ambiguidade
existente no título refere-se à
A) inexistência de roedores na narrativa.
B) indeterminação sobre quem são
considerados ratos.
C) ausência de uma reunião
governamental.
D) indefinição sobre a invasão dos
roedores.
25. Sobre a personagem Chefe de
Relações Públicas, de “Seminário dos
ratos”, conto de Lygia Fagundes Telles, é
CORRETO afirmar que ele
A) desrespeita a autoridade dos seus
superiores.
B) despreza a delegação norte-americana
no seminário.
C) critica o autoritarismo governamental.
D) faz piadas cínicas sobre a situação
precária do povo.
26. Em relação à atuação e à visão de
mundo do Secretário do Bem-Estar
Público e Privado, personagem de
“Seminário dos ratos”, de Lygia Fagundes
Telles, é INCORRETO afirmar que ele
A) goza de boa saúde e representa a força
do poder autoritário.
B) sente dores na perna e representa a
decadência do poder autoritário.
C) desrespeita os subordinados e
representa a insensatez do poder
autoritário.
D) desconfia de perseguição e representa
o medo do poder autoritário.
27. Sobre a reunião burocrática que se
desenrola no conto “Seminário dos ratos”,
de Lygia Fagundes Telles, pode-se
afirmar que
A) produz efeitos positivos contra a peste
dos ratos.
B) congrega especialistas com propostas
concretas para exterminar roedores.
C) instaura um estado democrático
contando com a participação popular.
D) representa mais um gasto
governamental desnecessário para
erradicar os ratos.
28. Sobre as ironias presentes no
contexto do conto “Seminário dos ratos”,
conclui-se que se prestam a aludir ao
seguinte momento histórico nacional:
A) ditadura civil-militar dos anos 1970.
B) redemocratização após a Ditadura
Militar.
C) Proclamação da República após o
Período Imperial.
D) Estado Novo da Era Vargas.
29. Sobre a presença do elemento
fantástico em “Seminário dos ratos”, de
Lygia Fagundes Telles, pode-se afirmar
que
A) cria inverossimilhança que impede a
interpretação do desfecho.
B) alegoriza a situação política do
autoritarismo político nacional.
C) impede a criação de vínculos históricos
com a sociedade brasileira.
D) suspende a crença do leitor na
veracidade dos fatos narrados.
30. (ITA) Leia atentamente o trecho
destacado do conto “Seminário dos ratos”,
no qual o Chefe das Relações Públicas
dirige-se ao Secretário do Bem-Estar
Público e Privado. Em seguida, assinale a
alternativa correta.
– Bueno, ontem à noite ele sofreu um pequeno
acidente, Vossa Excelência sabe como anda o
nosso trânsito! Teve que engessar um braço.
Só pode chegar amanhã, já providenciei o
jatinho acrescentou o jovem com energia.
– Na retaguarda fica toda uma equipe armada
para a cobertura. Nosso Assessor vai
pingando o noticiário por telefone, criando
suspense até o encerramento, quando virão
todos num jato especial, fotógrafos, canais de
televisão, correspondentes estrangeiros, uma
apoteose. Finis coronat opus, o fim coroa a
obra!
a) a passagem exprime a moral da
história, qual seja: a política é impossível
sem jatinhos.
b) a preocupação das personagens com
as aparências e a comunicação com o
público representa os seus ideais
republicanos e democráticos.
c) A preocupação principal das
personagens era promover uma
comunicação transparente e honesta com
o público.
d) a linguagem do Chefe das Relações
Públicas evidencia que ele não se
preocupa apenas com os objetivos, mas
também com a dignidade dos meios para
atingi-los.
e) a tradução do adágio latino, na última
frase, indica a mentalidade utilitarista e a
falta de princípios superiores das
personagens em questão.
31. O conto “Seminário dos Ratos”, de
Lygia Fagundes Telles, publicado no livro
homônimo em 1977,
a) vale-se da narração em primeira
pessoa, reveladora de subjetividade, a fim
de denunciar a relação conflituosa entre
governo e governados.
b) constrói-se predominantemente por
monólogo interior, evidenciando, por meio
desse recurso, os interesses ocultos dos
que exercem o poder ditatorial.
c) alude à canção “Gota d’água”, de Chico
Buarque de Holanda, para, num diálogo
intertextual, enaltecer a censura que
incidia sobre os movimentos artísticos dos
anos 70.
d) utiliza elementos insólitos, a fim de
criticar, de forma metafórica, um momento
histórico de repressão política do país,
evidenciando tensão ao estilo e
mentalidade dominantes.
32. No conto “Seminário dos Ratos”, de
Lygia Fagundes Telles, publicado no livro
homônimo em 1977,
a) o local do evento é um casarão do
governo próximo da periferia, perto dos
temidos roedores.
b) os membros do seminário mostram
competência em resolver as crises por
que passava a nação.
c) a frase “a situação está sob controle”,
dita por uma personagem, antecipa o
extermínio final da praga dos ratos.
d) uma personagem argumenta a favor da
manipulação estratégica de informações,
nos âmbitos nacional e internacional.
33. Conforme afirmam os autores do
artigo intitulado “Violência simbólica e
estrutura de dominação em A moça
tecelã, de Marina Colasanti”, “a moça tecelã
é uma mulher jovem, muito dedicada ao seu
ofício de tecer. Humildemente, ela tecia o dia e
a noite e tudo aquilo que precisava, sem
muitos exageros. Tudo para não perder o
encantamento que lhe proporcionava o tear. O
marido, embora tenha surgido do desejo da
moça tecelã, constitui um sujeito por natureza
dominante. Foi tecido conforme a ideia que a
jovempossuía de um companheiro, no
entanto, o aspecto cultural lhe era inato e,
sem muito contato com o mundo, o marido
conheceu os prazeres da riqueza. Então,
exigente e ávido, fazia a esposa trabalhar o
tempo todo em função de seus interesses.”
Considerando a citação e o trecho
apresentados, pode-se concluir que o ato
de tecer é empregado na narrativa através
da seguinte figura de linguagem:
a) Personificação
b) Metonímia
c) Comparação
d) Antítese
e) Metáfora
34. É possível dizer que o trecho que
segue, retirado do conto “A Moça Tecelã”,
de Marina Colasanti, faz intertextualidade
com:
“Assim, jogando a lançadeira de um lado para
outro e batendo os grandes pentes do tear
para frente e para trás, a moça passava os
seus dias.”
A) Ilíada de Homero.
B) Julieta de Shakespeare.
C) Penélope de Homero.
D) Nenhuma das alternativas.
GABARITO
01) E
02) A
03) C
04) B
05) A
06) C
07) D
08) O desejo de ascender socialmente.
Como imigrante italiano marginalizado,
Gaetaninho queria ser aceito, afirmar-se
na sociedade brasileira.
09) Entre outras interpretações, pode-se
considerar Gaetaninho como sujeito da
ação (o menino foi atropelado/amassou o
bonde, precipitando-se sob as rodas do
veículo) e ao mesmo tempo paciente da
ação (o menino foi
atropelado/amassado/morto pelo bonde).
A ambiguidade da expressão “Amassou o
bonde” suaviza a crueza do espetáculo; a
ironia suaviza a piedade.
10) B
11) A
12) E
13) A
14) C
15) D
16) D
17) B
18) D
19) A
20) C
21) C
22) B
23) C
24) B
25) D
26) B
27) B
28) A
29) B
30) E
31) D
32) D
33) E
34) C

Continue navegando