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QUESTÕES UNIOESTE I Leia atentamente o poema que se segue para responder às questões de 01 a 09. BUSCANDO A CRISTO A vós correndo vou, braços sagrados, Nessa cruz sacrossanta descobertos Que, para receber-me, estais abertos, E, por não castigar-me, estais cravados. A vós, divinos olhos, eclipsados De tanto sangue e lágrimas abertos, Pois, para perdoar-me, estais despertos, E, por não condenar-me, estais fechados. A vós, pregados pés, por não deixar-me, A vós, sangue vertido, para ungir-me, A vós, cabeça baixa, p'ra chamar-me. A vós, lado patente, quero unir-me, A vós, cravos preciosos, quero atar-me, Para ficar unido, atado e firme. MATOS, Gregório de. 01. Marque a alternativa CORRETA que melhor expressa o desejo do eu lírico no último terceto. A) A consciência de que Deus está à sua espera para que haja remissão dos pecados. B) A união espiritual com Cristo representado pelo desejo de união física. C) A proximidade de se estar perto de uma cruz quando acometido por problemas. D) A necessidade do castigo para que os pecados sejam perdoados. E) A busca do perdão enquanto se está no plano terreno para a salvação da alma. 02. Assinale a alternativa INCORRETA: A) O último verso exemplifica o desejo de união espiritual com Cristo, ou seja, da manifestação do desejo humano de ligar-se a Deus. B) O poema apresenta, de acordo com o estilo barroco, situações ambivalentes, o que se observa em relação aos braços e aos pés de Cristo. C) O sangue vertido adquire sentido simbólico, pois é através dele que o pecador será salvo. D) O texto é feito basicamente de metonímias, o que permite ao eu lírico não mencionar o nome de Cristo, deixando implícita, no entanto, a sua presença. E) O soneto é feito em versos decassílabos heróicos, com o seguinte esquema de rimas: ABBA / ABBA / CDC / DCD. 03. De acordo com a leitura do poema, o eu lírico a) reclama da situação em que vive. b) Tem consciência dos seus pecados. c) não mostra arrependimento por seus erros. d) não é um homem de muita fé. 04. A voz que interpela Cristo no primeiro verso é de alguém que a) implora perdão por seus erros. b) Pede para confiarem nele. c) corre em busca de seus objetivos na vida. d) precisa de uma palavra amiga. 05. No verso “A vós, divinos olhos, eclipsados”, a palavra destacada significa a) fechados. b)escuros. c) encobertos. d) abertos. 06. A voz poética revela nos últimos versos do soneto o desejo de a) está sempre junto de Cristo. b) tornar-se um religioso. c) não ser condenado. d) conseguir manter-se firme em suas decisões. 07. A zeugma é uma figura de linguagem que se caracteriza pela omissão de um ou mais elementos de uma oração, já expressos anteriormente. Temos zeugma em: a) “Nessa cruz sacrossanta descobertos”. b) “A vós, pregados pés, por não deixar-me”. c) “De tanto sangue e lágrimas abertos”. d) “A vós, correndo vou, braços sagrados”. 08. O texto acima se enquadra em que vertente poética do autor? a) Poesia lírica. b) Poesia sacra. c) Poesia satírica. d) Poesia pornográfica. 09. Marque a alternativa em que as palavras não têm semelhança com o sentido apresentado no poema. a) Verter – Derramar. b) Ungir – Abençoar c) Sacrossanto – Sagrado e Santo d) Cravos – Flor do Craveiro Leia atentamente o poema que se segue para responder às questões de 10 a 18. DESCREVE O QUE ERA NAQUELE TEMPO A CIDADE DA BAHIA A cada canto um grande conselheiro, Que nos quer governar cabana e vinha; Não sabem governar sua cozinha, E podem governar o mundo inteiro. Em cada porta um bem frequente olheiro, Que a vida do vizinho e da vizinha Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha, Para levar à praça e ao terreiro. Muitos mulatos desavergonhados, Trazidos pelos pés os homens nobres, Posta nas palmas toda a picardia, Estupendas usuras nos mercados, Todos os que não furtam muito pobres, E eis aqui a cidade da Bahia. 10. De acordo com os versos da primeira estrofe, o seu lírico considera os governantes da Bahia a) bons administradores. b) corruptos. c) incompetentes. d) capacitados. 11. No verso “Que nos quer governar cabana e vinha”, o sentido dado pelo eu lírico as palavras sublinhadas são respectivamente: a) Esposa e filhos. B) Casa e trabalho. c) Casa e amigos. d) Amigos e trabalho. 12. A expressão “o mundo inteiro” no quarto verso refere-se a) ao Brasil colonial. b) o planeta Terra. c) a Bahia. d) o Nordeste açucareiro. 13. Nos versos “Não sabem governar sua cozinha” e “E podem governar o mundo inteiro”, encontramos três figuras de linguagem que são: a) Paradoxo – metáfora – hipérbole. b) Antítese – metáfora – hipérbato. c) Metáfora – paradoxo – metonimia. d) Paradoxo – metonímia – hipérbole. 14. Nos versos da segunda estrofe, o eu poético destaca a) o desejo exacerbado de poder e riqueza dos governantes da Bahia. b) o controle que o poder exercia sobre a vida particular dos moradores da Bahia. c) a degradação moral da sociedade baiana. d) a desonestidade das autoridades da Bahia. 15. Pela leitura do poema, é falso afirmar que a) o eu lírico sustenta que só quem furta deixa de ser pobre. b) o eu lírico se coloca como conhecedor das pessoas e dos costumes da Bahia. c) o eu lírico enfatiza o desejo exacerbado dos comerciantes locais por poder e riqueza. d) o eu lírico aprecia a esperteza dos mulatos, no trato com os homens nobres. 16. Todas as alternativas abaixo apresentam sinônimos de “picardia”, exceto a) desconsideração. b) Desfeita. c) velhacaria. d) preconceito. 17. O texto acima se enquadra em que vertente poética do autor? a) Poesia lírica. b) Poesia sacra. c) Poesia satírica. d) Poesia pornográfica. 18. A partir do soneto de Gregório de Matos, pode-se compreender que I. o poema se centra em dualidades, traço típico do Barroco. II. na terceira estrofe, a crítica do poeta aos “mulatos” pode ser entendida como preconceituosa, pois os toma como enganadores. III. na última estrofe, o poeta revela a Bahia como um lugar em que são ricos apenas os que roubam. Está correto o que se afirma a) apenas na proposição III. b) apenas na proposição II. c) apenas na proposição I. d) apenas em II e III. e) nas proposições I, II e III. 19. (UFSM) Assinale a alternativa INCORRETA a respeito de Cláudio Manuel da Costa. a) Além da produção lírica, escreveu um poema de caráter épico que se intitula "Vila Rica". b) Sob o pseudônimo árcade de Glauceste Satúrnio, compôs uma poesia em que é marcante a imagem da pedra. c) Compôs poemas marcados pela condição do pastor que procura a natureza como refúgio. d) Cultiva a forma do soneto em que explora temas como a infelicidade amorosa. e) Sua produção poética costuma ser dividida pela crítica em lírica, satírica e religiosa. 20. (Enem 2008) Torno a ver-vos, ó montes; o destino Aqui me torna a pôr nestes outeiros, Onde um tempo os gabões deixei grosseiros Pelo traje da Corte, rico e fino. Aqui estou entre Almendro, entre Corino, Os meus fiéis, meus doces companheiros, Vendo correr os míseros vaqueiros Atrás de seu cansado desatino. Se o bem desta choupana pode tanto, Que chega a ter mais preço, e mais valia Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto, Aqui descanse a louca fantasia, E o que até agora se tornava em pranto Se converta em afetos de alegria. Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção. a) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”. b) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia. c) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional. d) A relação de vantagem da “choupana”sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a Metrópole. e) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria. À respeito do poema “O canto do Piaga” responda às questões de 21 a 28. 21. A temática abordada no poema é a) A guerra entre as nações indígenas b) Os perigos existentes nas matas brasileiras. c) O processo de colonização e a tragédia do povo Tupi. d) A maldição dos deuses que se abaterá sobre os Tupis. 22. O Piaga era o intermediário entre a tribo e o mundo sagrado. O verso que comprova essa função é a) “Frio vento no rosto senti” b) “O meu sangue gelou-se nas veias” c) “Falam deuses nos cantos do Piaga” d) “Abro os olhos inquieto, medroso” 23. O Piaga tinha dificuldades para perceber os sinais, pois a) Anhangá o impedia de percebê-los. b) Ele estava assustado com o fantasma. c) ele estava com sono. d) Anhangá lhe embriagou. 24. A segunda parte do poema fala dos sinais de desgraça que o Piaga não havia percebido. Que sinais foram mencionados no poema? _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ _____________________________________ 25. O verso “basta selva, sem folhas” refere-se a) aos lugares onde os Tupis viviam. b) aos navios portugueses. c) aos bosques. d) ao sertão. 26. A visão do processo de colonização transmitida pelo texto é de a) um processo tranqüilo, mas mesmo assim temido pelos nativos. b) um processo de progresso, apesar de pouco compreendido pelos nativos. c) um processo aguardado e bastante harmônico. d) um processo opressivo de destruição da civilização indígena. 27. Leia o poema a seguir, de Gonçalves Dias, e assinale a alternativa INCORRETA: a) O “monstro” dos versos é a nau europeia, do homem branco que vem para terras brasílicas roubar pessoas e riquezas. b) O poema pertence à temática indianista própria do Romantismo brasileiro. c) O poema evidencia o quanto a chegada do homem branco iria profanar toda a cultura dos povos indígenas. d) A linguagem do poema é compatível com a escrita produzida no Realismo brasileiro. e) Conforme canta o poema, a vinda do "homem branco" obrigou os índios do litoral brasileiro a se refugiarem no sertão. 28. “Canto do Piaga” – Gonçalves Dias. Não sabeis o que o monstro procura? Não sabeis a que vem, o que quer? Vem matar vossos bravos guerreiros, Vem roubar-vos a filha, a mulher! Neste fragmento de “Canto do Piaga” todos os versos obedecem ao mesmo esquema rítmico. Neste caso temos versos de: a) dez sílabas. b) nove sílabas. c) oito sílabas. d) sete sílabas. 29. (UFPR) O lirismo amoroso também aparece na obra de Gonçalves Dias, poeta romântico da 1ª geração. A exemplo, o poema Se se morre de amor, que substancialmente configura-se como: a) Uma espécie de profissão de fé a respeito dos limites entre a paixão e o amor, apontando diferenças, estabelecendo parâmetros e, enfim, trazendo à tona a emoção sem se distanciar da razão. b) Uma confissão de amor feita por alguém que não tem seus sentimentos correspondidos e, portanto, despreza o fato de amar. c) Uma canção de amor feita e oferecida a alguém distante, que jamais poderá corresponder a esse sentimento. d) Uma situação de amor correspondido, porém impossível de ser vivido, tendo em vista a correria cotidiana e a falta de tempo para amar. e) Uma declaração que revela o seguinte: amar não faz bem à saúde, por isso muitas pessoas matam e morrem por amor. A partir do texto do poeta romântico Luís Gama, julgue os itens 30 à 32, quanto à representação literária dos tipos sociais e dos costumes da sociedade burguesa no Brasil do século XIX. 30. Ao recorrer a recursos estilísticos antirromânticos, como a referência à mitologia clássica, o poeta assume a postura de observador distanciado da realidade brasileira oitocentista. a) Certo b) Errado 31. A força satírica do poema está concentrada na desmistificação cômica da presença do racismo em uma sociedade tão miscigenada como a brasileira. a) Certo b) Errado 32. O ritmo do poema e a lista de enumerações burlescas dos tipos sociais conferem ao poema o colorido mestiço da realidade nacional da época. a) Certo b) Errado 33. (FUVEST) "Já da morte o palor me cobre o rosto; Nos lábios meus o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto!" No fragmento acima, pertencente a um poema de Álvares de Azevedo, notam-se características de qual tendência romântica? A) Mal-do-século B) Bucolismo C) Poesia Condoreira D) Nacionalismo E) Indianismo 34. (Enem -2010) Soneto Já da morte o palor me cobre o rosto, Nos lábios meus o alento desfalece, Surda agonia o coração fenece, E devora meu ser mortal desgosto! Do leito embalde no macio encosto Tento o sono reter!… já esmorece O corpo exausto que o repouso esquece… Eis o estado em que a mágoa me tem posto! O adeus, o teu adeus, minha saudade, Fazem que insano do viver me prive E tenha os olhos meus na escuridade. Dá-me a esperança com que o ser mantive! Volve ao amante os olhos por piedade, Olhos por quem viveu quem já não vive! (AZEVEDO, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2000) O núcleo temático do soneto citado é típico da segunda geração romântica, porém configura um lirismo que o projeta para além desse momento específico. O fundamento desse lirismo é a) a angústia alimentada pela constatação da irreversibilidade da morte. b) a melancolia que frustra a possibilidade de reação diante da perda. c) o descontrole das emoções provocado pela autopiedade. d) o desejo de morrer como alívio para a desilusão amorosa. e) o gosto pela escuridão como solução para o sofrimento. Leia os fragmentos do poema “Amor e medo”, do livro As primaveras, de Casimiro de Abreu, e do romance A confissão, de Flávio Carneiro. 35. (UFG) Amor e medo I Quanto eu te fujo e me desvio cauto Da luz de fogo que te cerca, oh! bela, Contigo dizes, suspirando amores: “ - Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!” [...] II […] Vampiro infame, eu sorveria em beijos Toda a inocência que teu lábio encerra, E tu serias no lascivo abraço Anjo enlodado nos pauis da terra. [...] Oh! não me chames coração de gelo! Bem vês: traí-me no fatal segredo. Se de ti fujo é que te adoro e muito, És bela – eu moço; tens amor – eu, medo!... [...] ABREU, Casimiro de. As primaveras. São Paulo: Martin Claret, 2009. p. 119, 121. [...] Uma das garotas queria escrever um musical um dia, quando desse, já tinha a ideia toda do roteiro, uma história de amor e medo, ela disse, alguém lembrou que existia um poema com esse título, amor e medo, de um poeta do romantismo, não se lembrava do nome, tinha o livro em casa, pegaria para ela […] CARNEIRO, Flávio. A confissão. Rio de Janeiro: Rocco, 2006. p. 200. No trecho transcrito do romance A confissão, o protagonista remete a um poema de Casimiro de Abreu, o qual tematiza a relação amor e medo. Diante do desejo pela mulher amada, o que aproxima o eu lírico do poema e o protagonista do romance é a a) vontade mórbida de atrair e subjugar mulheres. b) ânsia de corromper a inocência da amada. c) falta de escrúpulos no jogo da sedução. d) consciência dos efeitos da realização amorosa. e) satisfação momentânea do prazer erótico. 36. Casimiro de Abreu pertence à geração dos poetas que morreram prematuramente, na casa dos vinte anos, como Álvares de Azevedo e outros, acometidos do “mal” byroniano. Sua poesia, reflexo autobiográfico dos transes, imaginários e verídicos, que lhe agitaram a curta existência, centra-se em dois temas fundamentais: a saudade e o lirismo amoroso. Graças a tal fundo de juvenilidade e timidez, sua poesia saudosista guarda um não sei quê de infantil. (Fonte: Massaud Moisés. A literatura brasileira através dos textos, 2004. Adaptado.) Os versos de Casimiro de Abreu que se aproximam da ideia de saudade, tal como descrita por Massaud Moisés,encontram-se em: a) Se eu soubesse que no mundo / Existia um coração, /Que só por mim palpitasse / De amor em terna expansão; / Do peito calara as mágoas, / Bem feliz eu era então! b) Oh! não me chames coração de gelo! / Bem vês: traí-me no fatal segredo. / Se de ti fujo é que te adoro e muito, / És bela – eu moço; tens amor, eu – medo!... c) Naqueles tempos ditosos / Ia colher as pitangas, / Trepava a tirar as mangas, / Brincava à beira do mar;/ Rezava às Ave-Marias, / Achava o céu sempre lindo,/ Adormecia sorrindo / E despertava a cantar! d) Minh’alma é triste como a flor que morre / Pendida à beira do riacho ingrato; / Nem beijos dá-lhe a viração que corre, / Nem doce canto o sabiá do mato! e) Tu, ontem, / Na dança / Que cansa, / Voavas / Co’as faces / Em rosas / Formosas / De vivo, / Lascivo / Carmim; / Na valsa / Tão falsa, / Corrias, / Fugias, / Ardente, / Contente, / Tranquila, / Serena, / Sem pena / De mim! 37. O poema “O adeus de Teresa” de Castro Alves manifesta uma concepção de mulher a) idealizada, fruto do amor platônico do eu lírico. b) real e próxima, objeto de desejo do eu lírico. c) sensual e querida, mas como desejo utópico. d) concreta, tratada sem encantamento e ternura. e) divinizada, levada à condição espiritual e religiosa. 38. (UFRGS) Leia as afirmações abaixo sobre Sousândrade. I. Trata-se de um autor maranhense do século XIX, cujo nome verdadeiro é Joaquim de Sousa Andrade, quase desconhecido dos contemporâneos românticos; II. “O Guesa“ é um longo poema narrativo, composto sobre uma lenda quíchua que narra o sacrifício de um jovem imolado por sacerdotes; III. O poema “O Guesa“ traz para a literatura brasileira temas do capitalismo mundial, entre os quais, o da Bolsa de Nova Iorque. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) I, II e III. 39. (UFAM 2009) Leia os versos abaixo: As balseiras na luz resplandeciam — oh! que formoso dia de verão! Dragão dos mares, — na asa lhe rugiam Vagas, no bojo indômito vulcão! Sombrio, no convés, o Guesa errante De um para outro lado passeava Mudo, inquieto, rápido, inconstante, E em desalinho o manto que trajava. O nome do personagem e as imagens arrojadas para a época indicam que o seu autor é: a) Gonçalves Dias b) Gonçalves de Magalhães c) Castro Alves d) Bento Teixeira e) Sousândrade 40. A relação de sentido estabelecida entre o título e as ideias do poema “O poeta hediondo” de Augusto dos Anjos se evidencia no a) último terceto, que revela “o poeta do hediondo” como aquele que canta “a poesia de tudo quanto é morto”. b) primeiro terceto, que traduz “o poeta do hediondo” como aquele que é incapaz de compreender as dores do mundo. c) segundo quarteto, que descreve o poeta como um portador da palavra sagrada. d) primeiro quarteto, que constitui uma metáfora do poeta como um ser iluminado. Leia atentamente o poema que se segue para responder às questões 41 e 42. POEMINHO DO CONTRA Todos estes que aí estão Atravancando o meu caminho, Eles passarão. Eu passarinho! Fonte: QUINTANA, Mário. Caderno H. 9 ed. São Paulo: Globo, 2003, p. 28. 41. Em relação ao texto, assinale a alternativa INCORRETA: a) O eu-lírico, por meio da aproximação das palavras “passarão” e “passarinho”, estabelece uma relação de oposição entre si e os outros. b) A metáfora do passarinho, no poema, representa não só a leveza, mas também a capacidade de superar os obstáculos. c) O eu-lírico se expressa por meio da exploração do sentido literal das palavras, criando uma relação de oposição entre o aumentativo “passarão” e o diminutivo “passarinho”. d) O poema explora o duplo sentido criado pela palavra “passarão”, que pode se referir ao verbo passar (3ª pessoa do plural no futuro do presente) ou ao aumentativo de “pássaro”. 42. Sobre o terceiro verso do Poema acima, podemos afirmar que: A) o autor utilizou uma metáfora para se referir àqueles que sairão de seu caminho. B) a ambiguidade é intencional, utilizada de forma brilhante pelo autor. C) há uma hipérbole, dado o exagero da palavra “passarão” e das reticências. D) há o uso da antítese para se opor ao “passarinho” do verso seguinte. E) a metáfora, mãe de todas as figuras de linguagem, predomina nesse verso. 43. (ENEM - 1999) Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos: "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; Falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; Falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário, a) A linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato social para determinados leitores. b) A linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja lido. c) O escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor. d) A linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores. e) A linguagem está além do tema, e o fato social deve ser a proposta do escritor para convencer o leitor. 44. (EPCAR) Sobre o texto “Vozes-Mulheres”, só NÃO se pode inferir que a) à medida que as mulheres da família vão sendo apresentadas, o contexto vivido por elas vai sofrendo alterações históricas. b) as estrofes revelam cinco gerações de mulheres que, literalmente, viveram a escravidão. c) na “voz da filha”, vê-se o reflexo de vozes ancestrais. d) o eu-lírico é uma voz ressentida com a violência que a escravidão representou. 45. Sobre o poema Vozes-Mulheres, assinale a alternativa INCORRETA: a) reflete sobre a história das mulheres negras numa sociedade que as silencia. b) apresenta uma gradação de falas que ecoam de diferentes modos ao longo do tempo. c) fala de gerações de mulheres negras que resistiram para mudar o destino de suas descendentes. d) mostra que as vozes das mulheres negras não conseguem ultrapassar as barreiras sociais para as gerações futuras. 46. Podemos afirmar, com relação ao poema Dor elegante, de Paulo Leminski: I – o eu-lírico apresenta-se como alguém que cultiva uma dor, com o intuito de se diferenciar dos demais indivíduos; II – a grande preocupação do eu-lírico refere-se ao fato de que ele precisa de um antídoto para sua dor; III – a dor, para o eu-lírico do poema, é uma espécie de deferência, algo que lhe confere dignidade e experiência; IV – o objetivo do eu-lírico é falar aos demais sobre sua dor, a fim de que eles não a repitam. Sobre as proposições acima, pode-se afirmar que a) apenas I está correta. b) apenas I e II estão corretas. c) apenas I e III estão corretas. d) apenas II e IV estão corretas. e) I, II, III e IV estão corretas. 47. O poema “Um homem com uma Dor”, trata a dor individual como a) Um trabalho forçado. b) Um produto do mercado. c) Uma obra de arte. d) Uma obra de engenharia. 48. A obra de Paulo Leminski costuma ser associada ao seguinte movimento literário: a) Poesia Marginal. b) Tropicalismo. c) Modernismo. d) Tendências contemporâneas. e) Neoconcretismo. 49. Paulo Leminski foi um dos poetas mais expressivos de sua geração. Sua obra é marcada pela irreverência e pela descontração poética, elementos que fizeram dele um dos escritores mais populares do Brasil. Sobre Leminski, estão corretas as seguintes proposições, exceto: a) Subverteu a forma, brincou com a poesia visual, resgatou o haikai (poemas pequenos, com métrica e moldes orientais) e incorporou elementos da publicidade, da música, do cartum e do humor na construção de uma prosa e poesia marcadas por seu incontestável poder de síntese. b) Embora a linguagem enxuta, cada palavra na obra de Leminski é repleta de significação e capaz de provocar reflexão e conquistar o leitor. c) A gíria, o palavrão e a dicção urbana também são frequentes em sua obra. d) Sua poesiaé antilírica, presa ao real e direcionada ao intelecto, não às emoções. e) A prosa de ficção de Leminski inclui os romances Catatau (1976), Agora É que São Elas (1984), Metaformose (1994) e o livro de contos O Gozo Fabuloso (2004). 50. Sobre a letra da canção “A Carta”, famosa na interpretação de Erasmo Carlos e Renato Russo no disco Homem de Rua, de Erasmo, de 1992, assinale a alternativa CORRETA a respeito do texto. a) A letra da canção usa, tal como na estrutura comum do gênero carta, a 3ª pessoa. b) O texto enfatiza o caráter genérico do discurso amoroso e a subjetividade é logo abandonada ao longo da letra; o que importa, portanto, é a mensagem em si, objetiva e direta, caracterizando o uso da função referencial. c) A letra da canção é um longo pedido de desculpas pelas possíveis falhas no relacionamento do eu-lírico com seu(sua) interlocutor(a). d) Por abordar um gênero textual da prosa, a carta, a letra da canção acaba por abandonar a estrutura do gênero lírico. e) No texto, o protagonismo da mensagem é dado ao emissor, que expõe seus sentimentos e seu subjetivismo, como uma carta costuma ser apresentada; sendo assim, pode-se dizer que a função da linguagem que melhor cabe ao texto é a função emotiva. GABARITO 01) B 02) B 03) B 04) A 05) C 06) A 07) B 08) B 09) D 10) C 11) B 12) C 13) D 14) B 15) D 16) D 17) c 18) E 19) E 20) B 21) C 22) C 23) A 24) O sacro instrumento já começara a vibrar, um negrume aparece no céu, a coruja pia durante o dia, as copas das árvores curvam-se sem vento e a lua nasceu vermelha. 25) B 26) D 27) D 28) B 29) A 30) B 31) A 32) A 33) A 34) B 35) D 36) C 37) B 38) E 39) E 40) A 41) C 42) B 43) A 44) B 45) D 46) C 47) C 48) A 49) D 50) E