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EM_V02_LITERAUTURA_LIVRO DE ATIVIDADES_PROFESSOR

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Livro do Professor
Volume 2
Livro de 
atividades
Literatura
Homero Gomes de Faria Junior
©Editora Positivo Ltda., 2017 
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio, sem autorização da Editora.
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP) 
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
F224 Faria Jr., Homero Gomes de.
 Literatura : livro de atividades : Homero Gomes de Faria Jr. – 
Curitiba : Positivo, 2017.
 v. 2 : il.
 ISBN 978-85-467-1668-5 (Livro do aluno)
 ISBN 978-85-467-1479-7 (Livro do professor)
 1. Ensino médio. 2. Literatura – Estudo e ensino. I. Título. 
CDD 373.33
©
Sh
u
tt
er
st
oc
k/
Ra
q
u
el
 P
ed
ro
sa
03
Estrutura do 
texto poético 
estrofe: 
conjunto de 
versos 
Estrutura do 
texto poético 
verso: cada linha 
do poema, 
de extensão variada
Escansão: processo de dividir os versos em sílabas poéticas.
Contam-se as sílabas do verso apenas até a última sílaba tônica da última palavra desse verso. 
Duas ou mais vogais, posicionadas no fim de uma palavra e no início da palavra seguinte, 
unem-se em uma só sílaba métrica.
Estrutura do texto poético 
rima: semelhança 
de sons em versos 
diferentes e/ou entre 
palavras nos versos
ritmo: alternância entre 
sílabas fortes 
e fracas e a sua 
repetição periódica
versos livres: não 
apresentam rimas
 versos brancos: o 
número de sílabas 
poéticas não é regular, 
cada verso da estrofe tem 
um número de sílabas 
poéticas diferente
di idi
metrificação: contagem 
do número de sílabas 
existentes em cada 
verso
2 Volume 2
Elementos da narrativa
personagens: protagonista, antagonista
narrador: onisciente, observador
tempo: cronológico, psicológico, histórico
espaço: onde ocorre a ação
ponto de vista: foco narrativo de 3ª . ou de 1ª . pessoa 
Estrutura da narrativa
tempo
cronológico: sucessão temporal dos 
acontecimentos narrados
histórico: época ou período em 
que a história se desenrola
psicológico: subjetividade do 
personagem ou narrador
ponto de vista
Narrador-observador: 3.ª pessoa, 
sem onisciência (observa e narra os 
fatos “de fora”)
Narrador-personagem:1.ª pessoa, 
participa da história, narra o que observa e 
o que sabe a partir de seu ponto de vista
Narrador onisciente: explora pensamentos 
e sentimentos dos personagens, mas não 
participa da história
Figura de linguagem
Figuras de linguagem
reprodução de 
sons parecidos 
em palavras com 
significados 
diferentes
palavras que 
imitam sons 
de animais, de 
objetos
exagero 
proposital de 
fatos, ideias 
para dar mais 
ênfase
mistura de 
impressões 
sensoriais
aproximação 
entre palavras 
com sentido 
contrário
palavras que 
estabelecem 
uma contradição 
entre si
expressa o 
contrário ou algo 
bem diferente 
daquilo que se 
quer comunicar
Paronomásia ironiaonomatopeia hipérbole sinestesia antítese paradoxo
Literatura 3
figuras de linguagem 
metáfora metonímia
uso de uma 
expressão em 
lugar de outra 
havendo uma 
relação entre os 
sentidos dessas 
expressões
corresponde a 
uma comparação 
não explícita nem 
marcada no texto
substituição de 
uma palavra ou 
expressão por 
outra com a qual 
há relação de 
proximidade de 
significados
pode ser de 
vários tipos: parte 
pelo todo; autor 
pela obra; marca 
pelo produto; 
continente pelo 
conteúdo; etc.
Intertextualidade
Referência direta ou indireta a outro texto, com intenções distintas: homenageá-lo, criticá-lo, ironizá-lo, relê-lo.
Períodos literários
4 Volume 2
Atividades
1. Leia o poema a seguir de Manoel de Barros e responda às questões de 1 a 5 a respeito do texto e das estruturas do 
gênero poético.
Matéria de poesia
I
Todas as coisas cujos valores podem ser
disputados no cuspe à distância
servem para poesia
O homem que possui um pente
e uma árvore
serve para poesia
[...]
As coisas que não levam a nada
têm grande importância
Cada coisa ordinária é um elemento de estima
[...]
Tudo aquilo que nos leva a coisa nenhuma
e que você não pode vender no mercado
como, por exemplo, o coração verde
dos pássaros,
serve para poesia
[...]
Tudo aquilo que a nossa
civilização rejeita, pisa e mija em cima,
serve para poesia
Os loucos de água e estandarte
servem demais
O traste é ótimo
O pobre-diabo é colosso
Tudo que explique
o alicate cremoso
e o lodo das estrelas
serve demais da conta
Pessoas desimportantes
dão pra poesia
qualquer pessoa e escada
Tudo que explique
a lagartixa da esteira
e a laminação de sabiás
é muito importante para a poesia
O que é bom para o lixo é bom para a poesia
BARROS, Manoel de. Matéria de poesia. São Paulo: LeYa, 2013. p. 9-12. (Biblioteca de Manoel de Barros)
a) Esse poema é metalinguístico. Para explicar esse conceito, basta perceber a constante repetição de um único verso 
no poema e sua relação com o que está sendo dito pelo eu lírico. Informe, a seguir, que verso é esse e explique o 
assunto de que trata o texto.
O verso que foi repetido durante todo o poema é “serve para poesia” e mostra, desde a primeira estrofe, que o assunto do poema 
é o próprio poema, ou melhor, o fazer poético para o eu lírico. Metalinguístico, nesse contexto, pode ser explicado como um texto 
poético que delimita as maneiras de se fazer poesia, ou o que “serve para poesia”.
b) Para o eu lírico, o que “serve para poesia”? Assinale (V) para as respostas verdadeiras e (F) para as falsas.
 I. ( F ) Acontecimentos heroicos.
 II. ( V ) Coisas de pouco valor.
 III. ( V ) Uma planta.
 IV. ( F ) Figuras políticas importantes.
 V. ( F ) Sentimentos nobres.
 VI. ( V ) Tudo o que for inútil.
 VII. ( F ) Histórias de uma nação.
 VIII. ( F ) Civilizações antigas e impérios.
 IX. ( V ) O que é renegado pela sociedade.
 X. ( V ) Toda sujeira descartável.
Literatura 5
c) Comente o título do poema tendo em vista o assunto tratado no texto.
O título Matéria de poesia faz referência ao material, conteúdo de que é feito ou do que poderia ser feito um poema, de acordo com 
o eu lírico. O poema, portanto, é uma enumeração em verso desses possíveis materiais a serem utilizados.
d) Informe as estruturas (estrofe, verso, metrificação, rima e ritmo) utilizadas no texto Matéria de poesia, de Manoel 
de Barros.
São 11 estrofes (do trecho transcrito) não regulares, ou seja, cada uma possuindo uma quantidade variável de versos. A metrificação
 não é padrão. Cada verso, portanto, tem uma quantidade específica de sílabas melódicas. Rimas não foram utilizadas neste 
poema. Embora não haja um padrão de versos nem de sílabas melódicas, há um ritmo próprio no poema, principalmente pela
 repetição do verso “serve para poesia”.
e) Manoel de Barros faz uso da figura de linguagem chamada anáfora, que é a repetição de uma palavra, ou de frases 
ou versos, de modo parcial ou total em um texto. Explique como esse recurso aparece e como é utilizado.
A anáfora, no poema, está mais presente na repetição do verso “serve para poesia”, mas também na repetição, no início de duas 
estrofes, do verso “tudo que explique”.
 (UFPB) Leia a crônica a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, e responda às questões 2, 3 e 4.
Calça literária
É assíduo leitor de blusas, camisas, saias, calças estampadas. Não lhe escapa um exemplar novo. Parece 
desligado, e observa tudo. Segundo ele, as peças de indumentária, masculina e feminina, ostentando 
símbolos e nomes de universidades americanas, manchetes, páginas de jornal, retratos de Pelé e Jimi 
Hendrix, apelos ao amor que não à guerra, etc., há muito deixaram de ser originais. [...] Hoje, lê-se mais 
nos tecidos do que nos livros, e não é ler apenas, é ver cinema e televisão, pois os corpos, ao se moverem, 
dinamizam as figuras estampadas.
[...]
− Ontem eu li uma calça comprida, de mulher, que à primeira vista não tinha nada de especial. Estava 
escrita como tantas outras. Mas o texto (não confundir com textura) me chamou a atenção. Geralmente, 
calças e blusas não são literárias. Trazem notícias,anúncios, slogans, mas versos, ainda não tinha visto. 
Pois essa tinha poemas em português, de Camões ao Vinicius.
[...]
− Foi a primeira calça literária, totalmente poética, do meu conhecimento. Feita em São Paulo? Talvez. 
Caracteres pretos sobre fundo branco. Versos em todas as direções. De Bilac, de Cecília, de Bandeira, de 
Castro Alves, de Fernando Pessoa. Uma antologia, bicho. Sem ordem, naturalmente. Escuta aí: Onde vais 
à tardezinha, morena flor do sertão? O que eu adoro em ti é a vida. Aqui outrora retumbaram hinos. Oh 
abelha imaginativa! O que o desejo inventa... Vou-me embora pra Pasárgada. Amor é fogo que arde sem 
se ver. Ninguém sonha duas vezes o mesmo sonho. No monte de amor andei, por ter de monteiro fama, 
sem tomar gamo nem gama. Clorindas e Belindas brincam no tempo das berlindas. Eu tenho amado 
tanto e não conheço o amor. Estrela Vésper do pastor errante. ’Tamos em pleno mar: dois infinitos ali se 
alteiam...
6 Volume 2
textura: tecido.
monteiro: aquele que caça nos montes.
tomar: capturar.
gamo: veado.
[...] Mas que seja infinito enquanto dure. Cantando espalharei por toda parte. Tudo não escondido 
perde a graça. O cinamomo floresce em frente do teu postigo. Crisântemo divino aberto em meio da 
solidão... Tinha uma pedra no meio do caminho.
[...] Os poetas que tratem de defender seus direitos autorais. A menos que considerem uma honra 
vestir de versos as mulheres.
ANDRADE, Carlos Drummond de et al. Para gostar de ler: crônicas. São Paulo: Ática, 1979. p. 62-64.
2. No trecho “Hoje, lê-se mais nos tecidos do que nos livros...”, o autor
a) afirma que calças e blusas não têm que ser literárias.
X b) amplia o conceito de leitura.
c) considera uma honra vestir de versos as mulheres.
d) entende que as peças de indumentária masculina e feminina devem informar mais que os livros.
e) vê que a leitura só se dinamiza com as figuras estampadas.
3. Em “Calça Literária”, o verso citado de Vinicius de Moraes, “mas que seja infinito enquanto dure.”, extraído do famoso 
“Soneto da fidelidade”, expressa as ideias de temporalidade do amor e desejo de aproveitar a vida, enquanto é pos-
sível. Essas ideias também se encontram em alguns dos versos de “Marília de Dirceu”.
I. O tirano Amor risonho
Me aparece e me convida
Para que seu jugo aceite;
E quer que eu passe em deleite
O resto da triste vida
II. O tempo não respeita a formosura;
E da pálida morte a mão tirana
Arrasa os edifícios dos Augustos,
E arrasa a vil choupana.
III. Que belezas, Marília, floresceram,
De quem nem sequer temos a memória!
Só podem conservar um nome eterno
Os versos, ou a história.
IV. Ah! enquanto os Destinos impiedosos
Não voltam contra nós a face irada,
Façamos, sim façamos, doce amada,
Os nossos breves dias mais ditosos.
Um coração, que frouxo
A grata posse de seu bem difere,
A si, Marília, a si próprio rouba,
E a si próprio fere.
(Trechos extraídos de GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. 31. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.)
 As duas ideias referidas ocorrem ao mesmo tempo na(s) estrofe(s):
a) I e II.
b) II e IV.
X c) IV
d) I e III
e) II e III
4. O significado do verso – “O tempo não respeita a formosura” – é mantido na estrutura:
a) O tempo enaltece a formosura.
b) O tempo cura a formosura.
c) O tempo enfatiza a formosura.
d) O tempo revigora a formosura.
X e) O tempo desgasta a formosura.
Literatura 7
cinamomo: arbusto.
postigo: pequena janela.
 (FGV – SP) Texto para a questão 5.
Pastora de nuvens, fui posta a serviço
por uma campina tão desamparada
que não principia nem também termina,
e onde nunca é noite e nunca madrugada.
(Pastores da terra, vós tendes sossego,
que olhais para o sol e encontrais direção.
Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo.
Eu, não.)
(Cecília Meireles)
 Esse trecho faz parte de um poema de Cecília Meireles, intitulado “Destino”, uma espécie de profissão de fé da autora.
5. Considerando-se as figuras de linguagem utilizadas no texto, pode-se dizer que
a) as duas estrofes são uma metáfora de um pleno sentimento de paz.
X b) o texto revela a antítese entre dois universos de atuação, com diferentes implicações.
c) há, nos versos, comparação entre atividades agrícolas e outras, voltadas à pecuária.
d) o verso “Sabeis quando é tarde, sabeis quando é cedo.” contém uma hipérbole.
e) as estrofes apresentam, em sentido figurado, a defesa da preservação das ocupações voltadas ao campo.
6. (UFAM) Para responder à questão 6, leia antes o poema “Tecendo a manhã”, de João Cabral de Melo Neto, abaixo 
transcrito:
Um galo sozinho não tece uma manhã: 
ele precisará sempre de outros galos. 
De um que apanhe esse grito que ele 
e o lance a outro; de um outro galo 
que apanhe o grito que um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem 
os fios de sol de seus gritos de galo, 
para que a manhã, desde uma teia tênue, 
se vá tecendo, entre todos os galos. 
2 
E se encorpando em tela, entre todos, 
se erguendo tenda, onde entrem todos, 
se entretendendo para todos, no toldo 
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
 que, tecido, se eleva por si: luz balão.
 Outras afirmativas se fazem a respeito do poema: 
 1. Na primeira estrofe, não há rimas, pois não se pode caracterizar como tal a repetição de palavras. 
 2. Na segunda estrofe, observa-se que a palavra “toldos” faz parte de uma rima toante, enquanto “armação” e “balão” 
constituem a rima perfeita do poema e, por isso mesmo, classificam-se como rima consoante. 
 3. A supressão de palavras na estrofe inicial justifica-se como uma forma de reprodução do canto dos galos: antes de 
cessar o canto de um, já o canto de outro dá prosseguimento ao som. 
 4. Uma aliteração, formada pela constância de duas consoantes sonoras (“t” e “d”), é a base rítmica da segunda 
estrofe. 
8 Volume 2
 Estão corretas: 
a) apenas 2 e 4 
X b) 1, 2 e 4 
c) apenas 2 e 3 
d) apenas 1 e 3 
e) 1, 3 e 4 
7. (UFRS – RS) Leia os versos abaixo, do poema “Chama e Fumo” de Manuel Bandeira.
 Assinale a alternativa correta sobre os versos citados. 
X a) Através de uma linguagem concisa e metafórica, os versos abordam o tema do amor – em sua intensidade e efe-
meridade.
b) Os versos se apresentam numa linguagem elaborada e explícita, contrariando a tendência à síntese inerente ao 
gênero lírico.
c) As quadras que compõem as estrofes do poema são irregulares quanto à métrica e às rimas.
d) Os versos 07 e 08 contêm imagens visuais em que o poeta descreve um par amoroso, alternadamente, ao ama-
nhecer e ao crepúsculo.
e) O poeta expressa, em versos decassílabos, o desejo de que o amor permaneça eternamente vivo.
8. (UnB – DF)
Chama e fumo
Amor – chama, e, depois, 
fumaça... 
Medita no que vais fazer: 
O fumo vem, a chama passa... 
Gozo cruel, ventura escassa, 
Dono do meu e do teu ser, 
Amor - chama, e, depois, 
fumaça... [...] 
A cada par que a aurora enlaça, 
Como é pungente o entardecer! 
O fumo vem, a chama passa... 
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Mãos dadas 
1 Não serei o poeta de um mundo caduco. 
 Também não cantarei o mundo futuro. 
 Estou preso à vida e olho meus companheiros. 
4 Estão taciturnos, mas nutrem grandes esperanças. 
 Entre eles, considero a enorme realidade. 
 O presente é tão grande, não nos afastemos.
7 Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. 
 Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
 Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, 
10 Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, 
 O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente
 A obra literária em versos tem ritmo e metro distintos do texto em prosa. Com relação às características do texto 
literário e tendo por base o poema MÃOS DADAS, julgue os itens a seguir:
 0) O poema é composto por duas estrofes assimétricas.
 1) Os versos não obedecem a um esquema métrico constante nem a um ritmo regular.
 2) As estrofes são constituídas por versos brancos.
 3) Há um paralelismo rítmico,com uma gradação semântica, em “o tempo presente os homens presentes, a vida 
presente”.
Literatura 9
9. (FUVEST – SP)
“[...] Escobar vinha assim surgindo da sepultura, do seminário e do Flamengo para se sentar comigo à 
mesa, receber-me na escada, beijar-me no gabinete de manhã, ou pedir-me à noite a bênção do costume. 
Todas essas ações eram repulsivas; eu tolerava-as e praticava-as, para me não descobrir a mim mesmo e 
ao mundo. Mas o que pudesse dissimular ao mundo, não podia fazê-lo a mim, que vivia mais perto de 
mim que ninguém. Quando nem mãe nem filho estavam comigo o meu desespero era grande, e eu jurava 
matá-los a ambos, ora de golpe, ora devagar, para dividir pelo tempo da morte todos os minutos da vida 
embaçada e agoniada. Quando, porém, tornava a casa e via no alto da escada a criaturinha que me queria 
e esperava, ficava desarmado e diferia o castigo de um dia para outro.
O que se passava entre mim e Capitu naqueles dias sombrios, não se notará aqui, por ser tão miúdo e 
repetido, e já tão tarde que não se poderá dizê-lo sem falha nem canseira. Mas o principal irá. E o prin-
cipal é que os nossos temporais eram agora contínuos e terríveis. Antes de descoberta aquela má terra da 
verdade, tivemos outros de pouca dura; não tardava que o céu se fizesse azul, o sol claro e o mar chão, 
por onde abríamos novamente as velas que nos levavam às ilhas e costas mais belas do universo, até que 
outro pé de vento desbaratava tudo, e nós, postos à capa, esperávamos outra bonança, que não era tardia 
nem dúbia, antes total, próxima e firme [...]”.
(Fragmento do livro Dom Casmurro, de Machado de Assis)
 A narração dos acontecimentos com que o leitor se defronta no romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, se faz 
em primeira pessoa, portanto, do ponto de vista da personagem Bentinho. Seria, pois, correto dizer que ela apresenta-se:
a) fiel aos fatos e perfeitamente adequada à realidade;
X b) viciada pela perspectiva unilateral assumida pelo narrador;
c) perturbada pela interferência de Capitu que acaba por guiar o narrador;
d) isenta de quaisquer formas de interferência, pois visa à verdade;
e) indecisa entre o relato dos fatos e a impossibilidade de ordená-los.
10. (UEL – PR) A questão refere-se a uma estrofe, transcrita abaixo, do poema de Fernando Pessoa. 
MAR PORTUGUÊS
Ó mar salgado, quanto do teu sal 
São lágrimas de Portugal! 
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram! 
Quantas noivas ficaram por casar 
Para que fosses nosso, ó mar! 
Valeu a pena? Tudo vale a pena
 Se a alma não é pequena. 
Quem quer passar além do Bojador 
Tem que passar além da dor. 
Deus ao mar o perigo e o abismo deu, 
Mas nele é que espelhou o céu. 
PESSOA, F. Mensagem. In: Mensagem e outros poemas afins seguidos de Fernando Pessoa e ideia de Portugal. Mem Martins: Europa-América [19-].
 Em relação aos mesmos versos da questão anterior [“Ó mar salgado, quanto do teu sal / São lágrimas de Portugal”], 
ocorrem, respectivamente, duas figuras de linguagem nomeadas:
a) Metáfora e onomatopeia. 
b) Catacrese e ironia. 
c) Anacoluto e antítese.
d) Sinédoque e aliteração. 
X e) Pleonasmo e metáfora.
10 Volume 2
04
Trovadorismo
11Literatura
Contexto histórico mundial 
perdurou do século XII ao século XIV
sistema político: feudalismo
papel predominante da Igreja Católica
Idade Média
reconquista da Península Ibérica – Cruzadas
teocentrismo e espiritualismo
monopólio das artes e das letras nos mosteiros
formação de novas línguas 
cultura predominantemente oral
primeiros textos em língua portuguesa 
(galego-português)
Poesia medieval portuguesa
Trovadores: poeta medieval – compunha, tocava, cantava
etapas da 
aproximação 
amorosa
amor cortês
coita: dor de 
amor
eu lírico: voz 
masculina 
amor 
inacessível
12 Volume 2
Cantigas
cantigas
líricas
satíricas
de amor
de amigo
de escárnio
de maldizer
origem provençal
eu lírico masculino
objeto de desejo: a dama (“senhor”)
vassalagem amorosa
coita – dor de amor/amor cortês
mulher idealizada
ambiente palaciano
origem lusitana (galego-portuguesa)
eu lírico feminino
objeto desejado: o “amigo”
amor real – concreto
mulher sofre pelo amor ausente
ambiente popular, rural
paralelismo – par de estrofes como 
unidade rítmica
eu lírico masculino
crítica indireta
ironia e ambiguidade
não revela o alvo da crítica
NOVELAS DE CAVALARIA
Características Principais obras
narrativas que abordam aventuras de cavaleiros medievais
contam grandes feitos dos cavaleiros mesclados às 
histórias de amor
histórias de amor idealizadas e realizadas
A demanda do Santo Graal
Tristão e Isolda
 Amadis de Gaula
Novelas de cavalaria
crítica direta
zombaria e difamação
temática e linguagem fescenina (vulgares)
menciona o alvo da crítica
1. Os dois textos a seguir, que servirão de base para responder às questões de 1 a 5, estão separados por seis séculos, 
entretanto, aproximam-se tematicamente. O primeiro é uma letra de música (“Sozinho”, de Peninha). O segundo texto 
é de Nuno Fernandes Torneol, “Cantiga de amor de refrão”.
Sozinho
Às vezes no silêncio da noite
Eu fico imaginando nós dois...
Eu fico ali sonhando acordado,
juntando
o antes, o agora e o depois.
Por que você me deixa tão solto?
Por que você não cola em mim?
Estou me sentindo muito sozinho!
Não sou e nem quero ser o seu dono...
É que um carinho às vezes cai bem!
Eu tenho meus desejos e planos
secretos
Só abro pra você e mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ela de repente me ganha?
Quando a gente gosta
é claro que a gente cuida
Fala que me ama,
só que é da boca pra fora...
Ou você me engana,
ou não está madura!
Onde está você agora?
Peninha. Sozinho. Intérprete: Peninha. In: PENINHA. Sonhos e 
sucessos. [S.l]: Warner Music, 2004. 1 CD. Faixa 2.
Cantiga de amor de refrão
Se em partir, senhora minha,
mágoas haveis de deixar
a quem firme em vos amar
foi desde a primeira hora,
se me abandonais agora,
ó formosa! Que farei?
Que farei se nunca mais
contemplar vossa beleza?
Morto serei de tristeza.
Se Deus me não acudir,
nem de vós conselho ouvir,
ó formosa! Que farei?
A Nosso Senhor eu peço
quando houver de vos perder,
se me quiser comprazer,
que a morte me queira dar.
Mas se a vida me poupar,
ó formosa! Que farei?
Vosso amor me leva a tanto!
Se, partindo, provocais
quebranto que não curais
a quem de amor desespera,
de vós conselho quisera:
ó formosa! Que farei?
TORNEOL, Nuno Fernandes. In: CORREIA, Natália (Adaptação). 
Cantares dos trovadores galego-portugueses. 2. ed. Lisboa: Editorial 
Estampa, 1978. p. 217.
a) Qual é o tema compartilhado pelos dois textos?
A ausência da pessoa amada.
b) Os dois textos se dirigem a um interlocutor. Informe quem é.
O interlocutor, nos dois textos, é a pessoa amada.
c) Na letra da música de Peninha, o eu lírico conjectura sobre o futuro do seu relacionamento, tal como na cantiga de 
Torneol. Como são caracterizados os relacionamentos em cada texto?
Em cada um dos dois textos, o eu lírico está sozinho, sem a pessoa amada, sem entender o abandono (se é que a solidão dele pode
 se configurar assim), desejando o reencontro com ela, e fala sobre o futuro, mostrando desespero e expectativa.
SOZINHO de PENINHA (Aroldo Alves Sobrinho)
Copyright 1996, PEERMUSIC DO BRASIL EDIÇÕES MUSICAIS LTDA 
Literatura 13
contemplar: apreciar, admirar.
comprazer: deleitar, satisfazer.
quebranto: maldição.
d) Nos dois textos, há a utilização de anáfora. Que versos são repetidos em cada um deles e que ideias levantam? 
Avalie as afirmativas a seguir, considerando o tema de cada canção em relação à figura de linguagem utilizada, 
marcando (V) para verdadeiro e (F) para falso.
( F ) No primeiro texto, o verso repetido é “Onde está você agora?”, enquanto no segundo é “ó formosa! Que fa-
rei?”, e as ideias que levantam são, sobretudo, o desejo de solidão e dúvida sobre o que fazer com a liberdade 
conquistada.
( V ) Na letra da música de Peninha, o verso repetidomostra a aflição da constante ausência da pessoa amada, do 
desejo de tê-la por perto.
( V ) No texto de Torneol, o verso que se repete demonstra que ocorre incerteza sobre o que fazer do futuro diante 
da possibilidade da distância entre os amantes, da partida de sua “senhora”.
( V ) O eu lírico da canção de Peninha questiona onde a amada está e o de Torneol pede conselho sobre o que fazer 
de seu futuro sem a amada.
e) Para ser classificado como “cantiga de amor”, existem alguns elementos estruturais que caracterizam o poema. Ana-
lise-os no texto de Torneol.
F I. O eu lírico desdenha do amor e da presença da amada, mesmo com a possibilidade da perda.
V II. O trovador sempre se dirige à amada de maneira respeitosa, como pode ser observado pela menção à “senhora minha”.
V III. Há o sofrimento amoroso pela perda da amada, sem a qual o eu lírico não saberá o que fazer da vida.
F IV. Os elementos da poesia trovadoresca são o amor e a sátira, tal como acontece no poema de Torneol.
 Assinale, a seguir, as alternativas que julgam adequadamente os itens anteriores.
a) Não são corretos os itens I e III.
X b) São corretos os itens II e III.
c) Não são corretos os itens II e IV.
d) São corretos os itens I e IV.
2. (MACKENZIE – SP)
 Assinale a alternativa incorreta a respeito do Trovadorismo em Portugal.
X a) Durante o Trovadorismo, ocorreu a separação entre poesia e a música.
b) Muitas cantigas trovadorescas foram reunidas em livros ou coletâneas que receberam o nome de cancioneiros.
c) Nas cantigas de amor, há o reflexo do relacionamento entre o senhor e vassalo na sociedade feudal: distância e 
extrema submissão.
d) Nas cantigas de amigo, o trovador escreve o poema do ponto de vista feminino.
e) A influência dos trovadores provençais é nítida nas cantigas de amor galego-portuguesas.
3. (UFPA) Amor, desamor e ciúme; frequente inspiração na vida popular, bem como a exploração de eu feminino indicam 
cantigas de:
X a) amigo.
b) amor e amigo.
c) amor.
d) escárnio.
e) maldizer.
4. (MACKENZIE – SP) Assinale a afirmativa correta em relação ao Trovadorismo.
X a) Um dos temas mais explorados por esse estilo de época é a exaltação do amor sensual entre nobres e mulheres 
camponesas.
b) Desenvolveu-se especialmente no século XV e refletiu a transição da cultura teocêntrica para a cultura antropocêntrica.
c) Devido ao grande prestígio que teve durante toda a Idade Média, foi recuperado pelos poetas da Renascença, 
época em que alcançou níveis estéticos insuperáveis.
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d) Valorizou recursos formais que tiveram não apenas a função de produzir efeito musical, como também a função de 
facilitar a memorização, já que as composições eram transmitidas oralmente.
e) Tanto no plano temático como no plano expressivo, esse estilo de época absorveu a influência dos padrões estéti-
cos greco-romanos.
5. (PUC – RS) O paralelismo, uma técnica de construção literária nas cantigas trovadorescas, consistiu em: 
a) unir duas ou mais cantigas com temas paralelos e recitá-las em simultaneidade. 
X b) um conjunto de estrofes ou um par de dísticos em que sempre se procura dizer a mesma ideia.
c) apresentar as cantigas, nas festas da corte, sempre com o acompanhamento de um coro. 
d) reduzir todo o refrão a um dístico. 
e) pressupor que há sempre dois elementos paralelos que se digladiam verbalmente.
6. (UFMG) Nas mais importantes novelas de cavalaria que circularam na Europa medieval, principalmente como propa-
ganda das Cruzadas, sobressaem-se:
a) as namoradas sofredoras, que fazem bailar para atrair o namorado ausente. 
X b) os cavaleiros medievais, concebidos segundo os padrões da Igreja Católica (por quem lutam).
c) as namorada castas, fiéis, dedicadas, dispostas a qualquer sacrifício para ir ao encontro do amado. 
d) os namorados castos, fiéis, dedicados que, entretanto, são traídos pelas namoradas sedutoras. 
e) os cavaleiros sarracenos, eslavos e infiéis, inimigos da fé cristã.
7. (PUC – RS) As narrativas que descrevem as lutas dos cruzados envolvem sempre um herói muito engajado na luta 
pela cristandade, podendo ser a um só tempo frágil e forte, decidido e terno, furioso e cortês. No entanto, com relação 
à mulher amada, esse herói é sempre: 
a) pouco dedicado. 
b) infiel. 
X c) devotado.
d) indelicado. 
e) n.d.a. 
 (UEMS) Observe com atenção os poemas que seguem e responda à questão.
Noutro Dia, quando m’ eu espedi* *despedi-me
De mia senhor, e quando mi’ houv’ a ir* *tive de ir
E me non falou, nem me quis oir*, *ouvir
Tan sem ventura foi que non morri,
Que, se mil vezes podesse morrer,
Meor* coita me fora de sofrer” *menor
U lh´eu dixi: “com graça*, mia senhor! *com licença
Catou-m’* un pouco e tece-mi en desden *olhou-me
E, por que mi non disse mal nen bem,
Fiquei coitad’ e com tan gran pavor
Que, se mil vezes me fora de sofrer!
E sei mui bem, u* m’ eu dela quitei *quando
E m’ end* eu fui, e non mi quis falar, *dali
Ca, pois * ali non morri com pesar *desde que
Nunca jamais com pesar morrerei,
Que, se mil vezes podesse morrer,
Meor coita me fora de sofrer.
COELHO, D. João Soares. In.: SPINA, Segismundo. (Org.). Presença da literatura portuguesa: 
era medieval. 7. ed. São Paulo: Difel, 1981. p. 44.
Literatura 15
Cantar de Amor
Quer’eu en maneyra de proençal
Fazer agora hum cantar d’amor ...
D. Dinis
Mha senhor, com’oje dia son,
Atan cuitad’ e sem cor assi!
E par Deus non sei que farei i,
Ca non dormhoá mui gran sazon.
Mha senhor, ai meu lum’ e meu bem,
Meu coraçon non sei o que tem.
Noit’e dia no meu coraçon
Nulha ren se non a morte vi,
E pois tal coita non mereci,
Moir’eu logo, se deus mi perdon.
Mha senhor, ai meu lum’e meu bem
Meu coraçon non sei o que tem.
Des oimais o viver m’e prison:
Grave diáquel en que naci!
Mha senhor, ai rezade por mi,
Ca per’ço sem e per’ça razon.
Mha senhor, ai meu lum’e meu bem
Meu coraçon non sei o que tem.
BANDEIRA, Manuel. Lira dos cinquenta anos. Rio de Janeiro: 
José Olímpio, 1960. p. 56.
 Levando em conta a leitura dos textos elencados e mobilizando seus conhecimentos no que se refere à Evolução dos 
Movimentos Literários, é correto afirmar:
a) Os Movimentos literários permanecem estanques dentro de um limite temporal definido, fato importante para a de-
limitação das principais características de cada movimento e, principalmente, para a constatação da imutabilidade 
das tendências literárias.
b) Os Movimentos literários são definidos pelo cotejo das manifestações artísticas de um determinado período his-
tórico, sendo, portanto, natural que não existam possibilidades de movimentos complexos ou de uma gradativa 
retomada de tendências anteriores em novos movimentos.
c) O poema “Cantar de amor” de Manuel Bandeira comprova que não existe evolução entre os Movimentos literários. 
Estes se sobrepõem uns aos outros sem, contudo, estabelecerem uma mútua influência. Dessa forma, as ten-
dências permanecem confinadas a um dado período histórico, fato, inclusive, comprovado pela distância entre o 
poema de João Soares Coelho e a obra de Manuel Bandeira.
X d) Os Movimentos literários, embora circunscritos a um determinado período histórico, apresentam um complexo jogo 
de influências e interdependências, fato que possibilita pensar em um constante diálogo entre tendências e, con-
sequentemente, compreender que uma nova corrente se forma por meio da interação com uma ou mais correntes 
anteriores, formando os elementos constitutivos da tradição literária.
e) O Trovadorismo perde sua importância na medida em que está restrito aos limites históricos do início do milênio. A 
emotividade, o saudosismo, a busca pela religiosidade, entre outros comportamentos refletem uma tendência vista 
somente nesse movimento literário. Essa ideia comprova a ingenuidade de Manuel Bandeira ao retomar, no século 
XX, uma forma de composição usada no século XI.
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