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Etica das religiões - Aula 6

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ÉTICA DAS RELIGIÕES
AULA 6
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Antonio Carlos Da Silva
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CONVERSA INICIAL
A sociedade pós-moderna tem passado por transformações que se dão de modo frenético. As
tradições religiosas têm sido submetidas a questionamentos contínuos em relação a alguns temas
controversos. Há disposição para se discutir sobre a diversidade de pensamentos, e sobre
religiosidade, mas há dificuldades quando se tenta estabelecer um senso comum sobre alguns temas.
Dentre os temas debatidos pela sociedade na presente época, relacionamos cinco deles para
que possamos analisá-los e verificar a relevância e o alcance de princípios ético-religiosos que
permitam um convívio pacífico entre pessoas de credos e convicções religiosas diferentes. O aborto,
a eutanásia, o suicídio, a homo e transfobia e racismo.
Para Pesut B. Strengthening, as crenças religiosas e espirituais proporcionam possibilidades de
significação e respostas às perguntas existenciais que se colocam diante das doenças e da
possibilidade de elas levarem à morte .
O intuito ao estudar estes temas se dará na esperança de promover no ambiente acadêmico o
desenvolvimento de abordagens investigativas, incorporando informações capazes de inspirar o
respeito e o diálogo entre crenças diferentes. A realidade cultural em que vivemos atualmente tem
aspectos peculiares e pontuais e ainda outros com conotação global que permeiam o campo do
conhecimento religioso. Esse cenário pode nos permitir acessar a compreensões religiosas e
científicas ao mesmo tempo.
Essa forma de atuação pretende sinalizar que a ética na abordagem pode cooperar para que
sejam adotados procedimentos éticos em futuros debates e fóruns. Eventos que tenham o objetivo
de colaborar para um amadurecimento da sociedade e de entidades religiosas quando se depararem
com pessoas que estiverem envolvidas com estes temas.
TEMA 1 – ABORTO
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Maria José F. Rosado Nunes, estudando o tema aborto, comenta que há um relativo silêncio da
reflexão acadêmica sobre ele. Para ela, essa peculiaridade pode apontar para um tipo de silêncio
social imposto às mulheres quanto à sua experiência. Nessa perspectiva, o aborto pode ser tomado
como um indicador das relações de poder que atravessam os processos de elaboração do saber .
No âmbito religioso também parece haver um silêncio por lideranças religiosas em virtude de nas
ocasiões de debates surgirem conflitos e consequentes desconfortos.
Quando pensamos sobre o ser humano, uma das questões mais antigas a despertar interesse é
pensar sobre a origem da vida. A concepção tradicional defende que o início da gestação é a
indicação que se iniciou uma nova vida com direito a identificação por meio de um nome e que,
normalmente após o terceiro mês, já se pode ratificar o gênero definindo o nome da pessoa. Algo
que se confirmará na ocasião do nascimento.
Edilaine Gomes e Rachel Menezes, estudando a respeito de vida e morte, comentam que há
diferentes modos de administrar o início e o fim de uma vida e eles são influenciados por crenças
elaboradas e compartilhadas por cada grupo social .
Na questão específica do assunto aborto, há uma diversidade de perspectivas. Quanto ao
posicionamento das religiões, o aborto denota a forma como é entendida a vida e em que casos ele
pode ocorrer.
A origem da palavra aborto em sua etimologia, deriva do latim abortus. Ab’que significa
“privação” e ortus com o significado de “nascimento”. Literalmente se trataria de privar alguém de
seu nascimento. Alguns sinônimos são encontrados para o termo aborto, alguns deles seriam:
amblose, móvito, efluxão e desmancho .
Pensar sobre o ato de abortar é desafiador. Em termos religiosos, não há consenso. A maioria
das religiões condena moralmente essa ação de intervenção. Há poucos casos em que, havendo risco
de vida da mãe, ele acaba ocorrendo, tratando-se de uma decisão particular, individual ou familiar,
juntamente com a equipe médica envolvida.
Embora a vida seja defendida a partir do momento da concepção, algumas religiões têm dado
atenção a argumentações sobre o fato de que a simples sacralização da vida não apresenta
resultados práticos para aquelas mulheres que simplesmente não têm condições socioeconômicas de
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gerar uma nova vida. A questão socioeconômica vem sendo destacada por segmentos da sociedade
que preliminarmente se preocupam sobre as condições em que a vida gerada será criada.
Entre as religiões que conferem caráter sagrado à vida, a partir da concepção, estão o judaísmo,
o cristianismo e o budismo. No segmento protestante há uma divisão: uma corrente defende a
doutrina do caráter sagrado, outra aceita as determinações do legislador civil . Quanto ao
islamismo, o aborto é permitido até o quarto mês de gravidez .
Atualmente o tema aborto também tem sido regularmente analisado pela bioética e pelo
biodireito. O debate é frequente em diversos níveis do conhecimento. As tentativas são voltadas para
contribuir com decisões que assegurem às pessoas que o abortamento é algo complexo e o indicado
seria estudar individualmente cada gravidez explanando à gestante e família variadas opiniões e
também o que há em termos jurídicos a ser considerado.
Segundo Patrícia Franco, Daniela Lopes, Bruno Reis e Rita Vilela, com o evoluir dos tempos e das
culturas, a percepção sobre o aborto tem passado por mudanças, ora para a tolerância, ora para a
total proibição . Há que se comentar que os números oficiais de pesquisas estariam abaixo do que
realmente acontece na sociedade, pois por ser um tema controverso e que por vezes geram algum
tipo de vergonha e preconceito muitas mulheres o fazem de modo clandestino, pondo em risco à
própria vida e da vida (s) que está (ão) sendo gerada (s) nela. Os líderes religiosos podem ajudar de
modo ético todas essas mulheres, inclusive após realizarem o procedimento, pois em muitos casos se
estabelecem traumas difíceis de serem superados.
TEMA 2 – EUTANÁSIA
Ao estudarmos o tema eutanásia, averiguamos à sua origem etimológica. A palavra deriva do
grego, eu” - bom e - thánatos – ou seja, boa morte, morte serena, sem sofrimento, morte gloriosa etc.
(Melo, 2009, Casabona, 1994, p. 420; Sá, 2001, p.66; Alves, 2001, p. 27; Oliveira,1997, p. 22). Thiago
Louzada escreve que a eutanásia é a promoção do óbito, uma conduta médica que emprega meio
eficiente para produzir a morte em um paciente incurável e em estado de grave sofrimento, diferente
do curso natural, abreviando-lhe a vida. Rogério Greco aborda o tema eutanásia como sendo a
prática de um homicídio piedoso .
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Pensando sobre como ela ocorre, há a eutanásia ativa, que seria provocar uma morte rápida, por
meio de uma ação definida; ou passiva, na qual o indivíduo morre através de suspensão de uma
medida vital, e que o leva ao óbito em um espaço de tempo variável. Ambas as medidas,
filosoficamente, têm o mesmo significado (Piva et al., 1993) . Sob a perspectiva estritamente
religiosa, o que se pode pensar sobre a eutanásia? Vejamos dois exemplos, um em meio ao povo
celta e outro na Índia.
Silvani Mancilha escreve que os filhos celtas executavam os pais que estivessem com idade
avançada ou sofrendo com alguma enfermidade grave. Na Índia, os portadores de doenças não
curáveis eram arrastados até a margem do rio Ganges, onde recebiam uma porção de barro que era
colocada em suas narinas e boca a fim de impedir a passagem do ar. Uma vez que isto era feito, os
doentes eram jogados dentro do rio para que morressem .
Quando estudamos sobre as chamadas grandes religiões, encontramos as seguintesposturas
frente à possibilidade de alguém tirar a vida desta forma. Rafael Gonçalves escreve que no
Cristianismo a eutanásia é abominada. O direito de tirar a vida de alguém é exclusivo de Deus .
Edilaine Gomes e Rachel Menezes, pensando sobre a eutanásia, apresentam uma declaração feita
pela Igreja Católica e outras entidades cristãs:
A vida humana é o fundamento de todos os bens, a fonte e a condição necessária de toda a
atividade humana e de toda a convivência social. Se a maior parte dos homens considera que a vida
tem um caráter sagrado e admite que ninguém pode dispor dela a seu bel-prazer, os crentes vêem
nela também um dom do amor de Deus, que eles têm a responsabilidade de conservar e fazer
frutificar (Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé: Declaração sobre a Eutanásia) .
Para o Islamismo, que é dividido em quatro grupos diferentes, a eutanásia é ilícita. Mas há a
possibilidade se algum fiel estiver doente no chamado estado vegetativo de não se insistir pela
manutenção da vida .
No budismo, a compreensão é um pouco diferente. A vida é preciosa, mas não divina. Para os
seguidores do budismo ensina-se que a morte de um ser humano ocorre quando ele não mais puder
exercer a vontade consciente, quando seu encéfalo perdeu definitivamente sua capacidade de viver,
quando o ultimo traço de atividade elétrica o abandonou. A partir desta concepção, a eutanásia pode
ser aplicada sob a forma ativa ou passiva . Na concepção hinduísta, a alma é imortal e sustenta
todos os prazeres e as dores do corpo, portanto, não é lícito abreviar a vida .
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Trata-se de um tema complexo e polêmico no ambiente acadêmico e que em alguns segmentos
científicos, como na Bioética, tem encontrado maior liberdade para o compartilhamento de ideias e
argumentos, favoráveis ou não, ao exercício da liberdade de escolha de um paciente diante de
diagnósticos e quadros irreversíveis que preveem o final de sua vida. Por vezes, o desejo em optar
pela eutanásia se esbarra nas legislações jurídicas dos países e das doutrinas religiosas que em sua
maioria condenam a prática.
Para Gomes, Sá, Sutana e Vasconcellos, o direito à vida diz respeito a um modo de viver digno,
podendo exercer cidadania, desfrutando de qualidade de vida, livre, satisfazendo prazeres e
experimentando alegrias, entre outras coisas . Por essa perspectiva, se não for possível viver essa
realidade, a pessoa teria o direito de recorrer à eutanásia. De acordo com Léo Pessini, existe um sim
fundamental pela preservação da vida, mas dever-se-ia evitar o prolongamento artificial e penoso do
processo do morrer .
TEMA 3 – SUICÍDIO
Um dos temas mais complexos envolvendo o ser humano é o suicídio. Há ciências, como a
psicologia e sociologia, que tem estudado este tema e há diversos autores que têm se dedicado a
tentar entender as razões que podem levar uma pessoa a por fim, na própria vida. Uma perspectiva
que pode ser adotada para identificarmos as causas e o perfil das vítimas seria analisar fazer um
mapeamento histórico-cronológico para avaliar se há algum tipo de ligação com a situação
socioeconômica da pessoa e se há ausência de valores e princípios religiosos no estilo de vida
adotado pela mesma .
Carlos Lucena escreve que a vítima realiza o ato sabendo o resultado que deve ser provocado.
Segundo ele, o conceito de suicídio engloba não só casos comumente reconhecidos, mas também os
casos de morte voluntária com suposta aparência angelical que identifique o ato como heroico e
glorioso . Ele ainda comenta que os suicídios são fenômenos individuais que teriam como causas
problemas sociais. As circunstâncias sociais é que dariam base ao ato suicida. Seriam criadas
predisposições psicológicas que levariam o indivíduo a executar o ato. Para ele, as causas sociais dos
suicídios são as forças sociais que variam de sociedade para sociedade, de grupo para grupo e de
religião para religião .
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Ricardo R. Teixeira comenta que, para Durkheim, a sociedade é uma realidade distinta das
instituições e dos indivíduos, que não podem existir sem ela. Toda sua sociologia está fundada nas
premissas de que é a forma das coletividades que determina as atitudes individuais e de que existe
uma autêntica consciência coletiva . Teixeira escreve ainda que Durkheim pertencia a uma família
de rabinos e que se interessou pelo estudo das religiões. Mas seu credo não iria além de uma
sociolatria mitigada na teoria, porém suficiente para gerar um campo de transcendência para sua
sociologia .
Maria Júlia Kovacs comenta que o tema morte é um tabu, e o suicídio é o tema mais complexo
nesse espectro de interdição. Para ela, não se pode apresentar explicações simplistas sobre o tema,
pois levariam ao erro e ela entende que intervenções rápidas sem a devida reflexão, podem causar
intenso sofrimento . Anna Bárbara Carneiro, ao estudar sobre suicídio, escreve que ele é um ato
tipicamente humano e aparece em todas as sociedades, deste os seus primórdios .
Ao estudar Freud, Anna Bárbara comenta que para ele os ensinamentos religiosos são como
relíquias neuróticas. E, as verdades contidas nas doutrinas religiosas são deformadas e
sistematicamente disfarçadas . Anna comenta que a vida humana passa por decepções e
sofrimentos, e, para suportá-la, há a necessidade em se adotar medidas paliativas. Ela cita três
medidas indicadas por Freud: derivativos poderosos, que fazem o ser humano extrair luz em meio a
uma desgraça. Além desta, encontrar satisfações substitutivas, que a diminuam o efeito da desgraça,
ou ainda descobrir alguma substância, que possa tornar uma pessoa insensível a ela .
 O ato de suicidar-se é o momento em que o problema ganha dimensão máxima e a pessoa não
encontra alternativa para superá-lo. O fato de uma pessoa contar com uma convicção religiosa em
seu modo de viver pode ajudar a evitar este desfecho. Segundo Freud, a religião é um sistema de
doutrinas e promessas que explicam os mistérios deste mundo e que, por outro lado, garantem ao
adepto que surgirá uma providência e cuidará para que a vida continue . Mesmo que haja uma
perspectiva voltada para uma existência futura isenta de problemas, a vida atual ainda poderá
desfrutar de momentos felizes. Essa possibilidade pode ser transmitida e compartilhada por
lideranças religiosas de credos e convicções diferentes de modo ético.
TEMA 4 – HOMOFOBIA E TRANSFOBIA
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Eni Orlandi, estudando sobre direitos humanos, observa que todos são iguais diante da lei e
todos têm direito à diferença . Estas afirmações podem ser assimiladas não apenas sob o ponto
de vista do discurso, mas também de algo prático que possa ser experimentado pela sociedade como
um todo.
Miriam Grassi e Arianna Sala, estudando este tema, entendem que a construção da diversidade
sempre parte de um “nós” que é percebido como normal, como um ponto de referência a partir do
qual vai se construindo a diferença .
A diferença não se encontra inscrita nas pessoas para ser simplesmente reconhecida; em vez
disso, ela é atribuída a um sujeito quando relacionamos esse sujeito a um outro que é tomado como
referência. Por isso, a diferença que é produzida e naturalizada através de processos discursivos e
culturais, se ensina .
Roger Raupp Rios (2007) tem se dedicado a pesquisar sobre este tema. Ele o conceitua no
campo das ciências humanas, identificando três vertentes distintas. A primeira, ligada à questão
“psicológica”, que abarca a percepção negativa a respeito de indivíduos e grupos de pessoas,
concedendo menor destaque a interações e a laços sociais. A rejeição à homossexualidade seria
oriunda de conflitos internos, podendo materializar-se sob a forma de atos de violência.Há também a percepção sob o prisma sociológico que coloca em foco relações entre grupos,
disputas políticas e processos de categorização dos sujeitos a partir de estereótipos. E estariam
ligados à distribuição de privilégios sociais, a situações de conflito e à discriminação, além da
produção coletiva de “estigmas”. A terceira vertente sob o foco “jurídico”, que toma a exclusão por
orientação sexual como violação dos direitos humanos. Percepção essa que se baseia nas convenções
estabelecidas pela Carta Magna brasileira e por acordos internacionais .
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em 2015, em suas Seções Regionais,
divulgou um documento conjunto no qual é criticada a inclusão de itens que valorizam a diversidade
de gêneros nos planos estaduais e municipais de educação, advertindo sobre os “riscos da
introdução da “ideologia de gênero” como norteadora da educação no país” . A posição da CNBB
tem sido questionada, mas ela tem mantido seu posicionamento como instituição.
Roseana Medeiros, Vicentina Ramires e Lucas Silva comentam que ao menos em um segmento
do espiritismo, o espírito não tem sexo e um mesmo espírito pode, em diferentes encarnações,
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habitar um corpo de um homem ou mulher, porém noutro segmento avalia-se a questão como
imoralidade, e aberração, opinião fortemente contestada por espíritas tidos como progressistas .
Pesquisando sobre os segmentos protestante e evangélico, encontramos posições distintas em
relação a homofobia. Daniele Mesquita e Juliana Perucchi comentam sobre a diferença de
compreensão que há a respeito da homossexualidade. Segundo elas, nas Igrejas Protestantes
tradicionais é feita uma ligação entre homossexualidade e problemas psíquicos relativos a pessoas
que não aceitam sua sexualidade biológica, dada por Deus, e os levaria a muitas angústias e tensões
.
Medeiros, Ramires e Silva ainda relatam que as Igrejas Pentecostais e Neopentecostais
apresentam uma tendência a demonizar a homossexualidade, identificando-a como algo demoníaca,
e que deve ser combatida e eliminada . Neste caso a definição apresentada por este segmento
religioso faz uso do subjetivismo e adota a dimensão da espiritualidade para manterem posições
doutrinárias e fornecerem explicações para não aceitarem os relacionamentos homo afetivos.
TEMA 5 – RACISMO
Claude Geffré, estudando sobre religião, escreve que a história do religioso também pode ser
entendida como a “história da intolerância, do fanatismo, da exclusão, de práticas às vezes
desumanas e do abuso de poder sobre as consciências” . Antonio O. Silva comenta que
intolerância religiosa tem nuances e intensidade diversas, como por meio de manifestações de
desrespeito e do não reconhecimento do direito à liberdade religiosa . Dentre as atuais práticas
de intolerância no convívio sócio religioso está o racismo. Carolina R. Silva, estudando este tema,
relata que se convencionou recentemente chamar de intolerância religiosa no Brasil algo que faz
parte do processo de colonização do país, o que deixou marcas no âmbito cultural e político-estatal
até a atual época .
Quando pensamos em racismo, lembramo-nos de algo que inicialmente pode acontecer
observando a constituição física do ser humano relacionada à cor da pele. Além dessa questão física,
também há outra que vem sendo considerada por estudiosos das ciências sociais. Ela está ligada à
classe social que a pessoa pertence. Algo que pode ser entendido de modo diferente sendo
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nomeada de discriminação. Mas há ainda a questão religiosa que também é evocada para distinguir
e discriminar pessoas.
Ingrid Vieira comenta que o racismo é um problema social no Brasil. Ela observa que as relações
etnorraciais são determinadas pelo preconceito étnico e religioso. Para ela, a sociedade brasileira
ignora o problema em face da crença na democracia racial e no branqueamento da população.
Assim, o racismo no Brasil é real, mas não há quem se declare racista. Algo que, segundo ela, resulta
na ocorrência de um racismo dissimulado cuja característica maior é a ambiguidade, ou até mesmo a
contradição .
Jayme W. Neto e Ingo W. Sarlet, pensando sobre liberdade religiosa e pluralismo religioso,
escrevem o seguinte:
No quadro constitucional brasileiro, o programa normativo ancora-se clara e firmemente no
pluralismo religioso, o que não apaga, evidentemente, a história de um país que se descreve
tradicionalmente como cristão, ainda majoritariamente católico. Se o direito à liberdade religiosa
deve ser vocacionado a ser inclusivo e acolher as confissões religiosas minoritárias, é preciso
verificar como se efetiva nas práticas das comunidades religiosas de matriz africana .
Ao menos sob a perspectiva geo-religioso, o Brasil é um país formado por pessoas de diferentes
origens e credos. Ao passar dos séculos, essa realidade se asseverou. No século XX, o solo brasileiro
se tornou “mãe gentil” para muitos povos e nações que aqui chegaram e se estabeleceram em
pequenas colônias. Com a chegada do século XXI, por meio da globalização e do avanço tecnológico,
as diversas culturas se mesclaram ainda mais.
Geisa H.F. Lacerda e Antonio M.J. Oliveira entendem que no convívio escolar se propaga uma
cultura racista, a qual move as relações de poder, gerando discriminação e perpetuando que o
caráter físico e/ou moral religioso faz com que uma etnia se posicione como superior a outras, pois
seus valores culturais, morais e até religiosos seriam superiores . Em termos religiosos, também
proliferaram novos grupos e novas teologias. Pois é sob esta perspectiva que alguns segmentos
religiosos têm procurado e até obtido êxito em superar as ações discriminatórias.
Paulo D. Farah escreve que há um tema muito importante a ser debatido que é o aumento na
migração nas últimas décadas. Cada estrangeiro tem uma história e uma forma de compreender e
viver. Para que não haja xenofobia, por exemplo, se faz necessário o Brasil, como país, adotar atitudes
que possam integrar aos estrangeiros, não violando seus direitos como humanos, facilitando o seu o
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acesso a serviços públicos e ajudando-os a regularizarem sua situação migratória . As lideranças
religiosas por serem personagens influentes na sociedade podem ser decisivos nesta recepção a fim
de gerarem perspectiva de um futuro melhor para esses grupos. O desafio contínuo é demonstrar na
prática que todos são iguais e têm os mesmos direitos sob a consciência que os deveres também são
responsabilidade de todos.
NA PRÁTICA
Pelo fato de estarmos inseridos numa época em que o acesso à informação e formação já
evoluiu muito em relação a décadas anteriores, é possível acreditar que por meio da educação,
incluindo aspectos religiosos, a sociedade pode reavaliar conceitos e se posicionar de modo a
atender às necessidades básicas de cada pessoa. A valorização da vida acima de doutrinas e
convicções religiosas. Há que se dedicar a um trabalho contínuo de prevenção, no qual as ciências
possam trabalhar juntas a fim de evitarem que os números de aborto e suicídio, por exemplo,
aumentem.
Esses são temas complexos que precisam ser pesquisados e debatidos frequentemente. Eles
requerem a prática do respeito, do livre exercício da cidadania e da compreensão soberana que
todos são iguais e dotados de liberdade de expressão. É salutar reconhecer que a vida em sociedade
é heterogênea incluindo as convicções religiosas. Elas podem ser mantidas sem que se fira a
liberdade de expressão daqueles que entendem e agem de modo diferente.
FINALIZANDO
Estudamos temas atuais que vem sendo debatidos com vigor no universo acadêmico e na
sociedade como um todo. Aborto, eutanásia e suicídio ligados diretamente à vidahumana em seu
limite extremo. Atitudes éticas de líderes e fiéis religiosos podem ajudar neste processo.
Abordamos questões a partir do contexto social em que vivemos. Em meio a uma realidade local
e nacional, mas que se mundo afora, encontra ambientes sociais, culturais e religiosos semelhantes.
Sob a ótica ético-religiosa dentro de um contexto histórico e social fizemos algumas
ponderações sobre o aborto, a eutanásia, o suicídio, a homo e transfobia e o racismo. A investigação
precisa continuar, os debates e os argumentos podem se tornar ainda mais amplos com a principal
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intenção de permitir tanto no ambiente acadêmico como no sócio-cultural-religioso que haja vitória
da tolerância, da harmonia e da paz.
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