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pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 • Cada um dos itens da prova objetiva está vinculado ao comando que imediatamente o antecede. De acordo com o comando a que cada um deles esteja vinculado, marque, na Folha de Respostas, para cada item: o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. A ausência de marcação ou a marcação de ambos os campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa. Para as devidas marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção da sua prova objetiva. • No(s) item(ns) constituído(s) pela estrutura Situação hipotética: ... seguida de Assertiva: ..., os dados apresentados como situação hipotética deverão ser considerados premissa(s) para o julgamento da assertiva proposta. • Eventuais espaços livres — identificados ou não pela expressão “Espaço livre” — que constarem deste caderno de prova poderão ser utilizados para rascunhos. PROVA OBJETIVA Nunca os litígios estruturais estiveram tão em voga no1 Brasil. Uma confluência de fatores contribui para tanto. Entre eles, é possível mencionar o avanço na conscientização da luta pela implementação de direitos — decorrente tanto da4 amplitude do texto constitucional de 1988 quanto das inovações tecnológicas de comunicação que estendem sua divulgação —, o crescimento expressivo do número de7 profissionais do direito dispostos a litigar essa espécie de causas e o deslocamento do eixo de poder em favor do Poder Judiciário. Garantida sua autonomia, era previsível que o Poder10 Judiciário, elevado ao papel de guardião do texto constitucional, expandisse sua atuação para searas antes inauditas. Curiosamente, essa é uma revolução silenciosa, pelo13 menos do ponto de vista prático: ressalvados casos específicos, boa parte dos operadores envolvidos em um processo relativo a um litígio estrutural sequer percebe, conscientemente, sua16 posição. A teoria brasileira sobre o assunto, desenvolvida pelos estudiosos, apesar de existente, ainda não se pode dizer disseminada.19 E. V. D. Lima. Litígios estruturais: decisão e implementação de mudanças socialmente relevantes pela via processual. In: Marco Félix Jobim e Sérgio Cruz Arenhart (Org.). Processos estruturais. 1.ª ed. Salvador: Editora Juspodivm, v. 1, 2017, p. 369-422 (com adaptações). Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens a seguir. 1 Depreende-se do texto que os litígios estruturais resultam, entre outros fatores, da luta pela implementação de direitos. 2 O texto trata de aspectos associados a litígios estruturais sem, contudo, apresentar explicitamente uma definição para esse conceito. 3 A supressão do termo “tanto” (R.4) concomitantemente com a substituição do termo “quanto” (R.5) por e manteria a correção gramatical e a coerência do texto. 4 Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, o trecho “Garantida (...) inauditas” (R. 10 a 12) poderia ser reescrito da seguinte maneira: A expansão da atuação do Poder Judiciário para novas searas não ocorreu fortuitamente, tendo em vista a garantia da autonomia do Poder Judiciário e sua elevação ao papel de guardião do texto constitucional. 5 Os dois-pontos empregados na linha 14 poderiam ser substituídos pelo termo porquanto entre vírgulas, sem alteração da correção gramatical e dos sentidos do texto. 6 Na linha 18, o deslocamento do termo “se” para imediatamente após a forma verbal “pode” — pode-se — comprometeria a correção gramatical do texto. 7 A palavra “disseminada” (R.19) tem o mesmo sentido de aceita. A jurisdição constitucional na contemporaneidade1 apresenta-se como uma consequência praticamente natural do Estado de direito. É ela que garante que a Constituição ganhará efetividade e que seu projeto não será cotidianamente rasurado4 por medidas de exceção desenhadas atabalhoadamente. Mais do que isso, a jurisdição é a garantia do projeto constitucional, quando os outros poderes buscam redefinir os rumos durante7 a caminhada. Nesses termos, a jurisdição constitucional também se apresenta como medida democrática. Por meio dela, as bases10 que estruturaram democraticamente o Estado são conservadas, impedindo que o calor dos fatos mude a interpretação constitucional ou procure fugir de sua incidência sempre que13 os acontecimentos alegarem certa urgência. Ademais, é a garantia hodierna de que os ventos da mudança não farão despencar os edifícios que sustentam as16 bases constitucionais, independentemente das maiorias momentâneas e dos clamores populares. Emerson Ademir Borges de Oliveira. Jurisdição constitucional: entre a guarda da Constituição e o ativismo judicial. In: Revista Jurídica da Presidência. Brasília, v. 20, n.º 121, jun.-set./2018, p. 468-94 (com adaptações). A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os itens que se seguem. 8 A jurisdição constitucional está relacionada à conservação das bases estruturantes do Estado democrático. 9 Os sentidos e a correção gramatical do texto seriam mantidos caso se substituísse a forma verbal “garante” (R.3) por assegura. 10 A supressão da vírgula empregada logo após a palavra “constitucional” (R.6) prejudicaria a correção gramatical do texto. 11 Seria incorreto o emprego da forma quotidianamente em lugar de “cotidianamente” (R.4), pois aquela forma foi abolida do vocabulário oficial da língua portuguesa. 12 A supressão do vocábulo “do”, em “Mais do que isso” (R. 5 e 6), comprometeria a coesão e a correção gramatical do texto. Acerca de atos administrativos, julgue os itens que se seguem. 13 Ato administrativo vinculado que tenha vício de competência poderá ser convalidado por meio de ratificação, desde que não seja de competência exclusiva. 14 A administração pública poderá revogar atos administrativos que possuam vício que os torne ilegais, ainda que o ato revogatório não tenha sido determinado pelo Poder Judiciário. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 À luz das disposições da Lei n.º 11.079/2004 acerca das normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública, julgue os itens a seguir. 15 A contratação de parceria público-privada deve ser precedida de licitação na modalidade de tomada de preço, estando a abertura do processo licitatório condicionada a autorização da autoridade competente, fundamentada em estudo técnico. 16 É dispensável a realização de licitação para celebração de contratos de parceria público-privada. A respeito do regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos, julgue os itens subsecutivos. 17 A transferência de concessão ou de controle societário da concessionária sem a prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da concessão. 18 A concorrência é a modalidade de licitação a ser adotada para concessão de serviços públicos que não sejam precedidos de execução de obra pública. Após processo licitatório na modalidade de concorrência, determinada empresa foi contratada para reformar imóvel pertencente à administração pública; por enfrentar, no entanto, graves problemas financeiros, essa empresa deixou de realizar 30% da obra licitada, o que equivale a uma monta de R$ 250.000. Por isso, a administração pública pretende contratar outra empresa para finalizar a obra remanescente. Considerando essa situação hipotética, julgue os próximos itens. 19 A situação narrada caracteriza hipótese legal de dispensa de licitação para a contratação de remanescente de obra, caso em que deve ser atendida a ordem de classificação da licitação anterior e devem ser aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor. 20 Para a conclusão da obra, pode ser realizada nova licitação na modalidade de tomada de preços. 21O princípio do julgamento objetivo visa afastar o caráter discricionário quando da escolha de propostas em processo licitatório, obrigando os julgadores a se ater aos critérios prefixados pela administração pública, o que reduz e delimita a margem de valoração subjetiva no certame. Considerando as disposições da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429/1992) e o processo administrativo disciplinar, julgue os itens seguintes. 22 Servidor público que receber quantia em dinheiro para deixar de tomar providência a que seria obrigado em razão do cargo que ocupa estará sujeito, entre outras sanções, à suspensão dos seus direitos políticos por um período de oito anos a dez anos. 23 A ação principal relativa a procedimento administrativo que apure a prática de ato de improbidade terá o rito ordinário e será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro do prazo de sessenta dias no caso de efetivação de medida cautelar. 24 Nos processos administrativos disciplinares, o uso de prova emprestada, ainda que haja autorização do juízo competente, é vedado em razão do direito de proteção à intimidade previsto na Constituição Federal de 1988. Considerando os aspectos constitucionais relacionados ao direito ambiental, a Lei n.º 6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, a Lei n.º 12.651/2012, que estabelece prescrições acerca do Código Florestal e as resoluções do CONAMA, julgue os itens a seguir. 25 À União compete legislar privativamente sobre águas, jazidas e outros recursos minerais; porém, é competência concorrente da União, dos estados e do Distrito Federal legislar acerca de florestas, caça, conservação da natureza e defesa dos recursos naturais. 26 A função social da propriedade rural pode ser verificada pela existência de área de reserva legal em seu interior. 27 A proteção da integridade do patrimônio genético do país é uma incumbência do poder público e da coletividade. 28 São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente o licenciamento, o zoneamento, a instituição de relatório de qualidade do meio ambiente e a concessão florestal. 29 O estudo de impacto ambiental e o relatório de impacto ambiental são documentos ambientais obrigatórios para a realização do procedimento administrativo de licenciamento ambiental. 30 Poluição é a alteração adversa das características do meio ambiente mediante o lançamento de matérias ou energia em desacordo com padrões ambientais estabelecidos. Acerca de tutela processual do meio ambiente, de crimes ambientais e de espaços territoriais especialmente protegidos, julgue os itens que se seguem. 31 Nas ações civis públicas ajuizadas que visem à tutela do meio ambiente, são vedados o pedido de condenação da parte requerida em prestações pecuniárias e a concessão de medida liminar sem a oitiva prévia da parte ré. 32 Os crimes ambientais não podem ser caracterizados por atos omissivos. 33 Situação hipotética: Portando uma arma de fogo, mas sem licença de autoridade ambiental competente, João penetrou em uma unidade de conservação. Assertiva: Ainda que não abata nenhum animal nem mesmo tente fazê-lo na referida unidade de conservação, João cometeu um crime ambiental. 34 As populações tradicionais residentes em unidades de conservação deverão ser, obrigatoriamente, realocadas pelo poder público e, por conseguinte, indenizadas ou compensadas pelas benfeitorias existentes no local onde habitavam. 35 O ato de grafitar é considerado um crime ambiental e pode ser punido com multa e detenção de três meses a um ano. Considerando as disposições da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, julgue os itens a seguir. 36 Diante de omissão legal, o juiz decidirá de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito, visando atender aos fins sociais da lei e às exigências do bem comum. 37 Salvo expressa disposição em contrário, a lei entrará em vigor no primeiro dia útil após a sua publicação no Diário Oficial da União. 38 Autoridade judiciária brasileira tem competência concorrente para julgar ações relativas a imóveis que, situados no Brasil, sejam de propriedade de estrangeiros. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 Julgue os itens seguintes, com base no Código de Defesa do Consumidor. 39 Produtos remetidos ao consumidor sem sua prévia solicitação equiparam-se a amostras grátis, de modo que o consumidor não tem obrigação de pagar por eles. 40 As sociedades integrantes de grupos societários e as sociedades controladas são solidariamente responsáveis pelas obrigações estipuladas no Código de Defesa do Consumidor. 41 Caracteriza-se como abusiva a publicidade que induz a erro o consumidor a respeito da natureza, das características, da qualidade, da quantidade, das propriedades, da origem, do preço e de quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. 42 A contagem do prazo decadencial é, em regra, iniciada a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços, mas, se houver vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito. À luz do Estatuto do Idoso, julgue os itens que se seguem. 43 É legalmente assegurada a prioridade especial aos maiores de oitenta anos de idade, atendendo-se a suas necessidades sempre preferencialmente em relação aos demais idosos. 44 A prioridade de tramitação de processos nos quais a parte ou interveniente tenha idade igual ou superior a sessenta anos restringe-se à primeira instância. 45 A pessoa idosa tem direito a desconto de, pelo menos, 50% no valor de ingressos para eventos artísticos, culturais, esportivos e de lazer, bem como a acesso preferencial aos locais de realização desses eventos. Com base no Estatuto da Criança e do Adolescente, julgue os itens subsequentes. 46 Pessoa solteira e maior de dezoito anos de idade pode adotar, desde que a diferença de idade entre ela e o adotando seja de, pelo menos, dezesseis anos. 47 Mediante expressa autorização dos pais ou responsáveis legais, qualquer criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair do país na companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior. 48 É permitido que menor de quatorze anos de idade trabalhe, na condição de aprendiz, em atividade compatível com o seu desenvolvimento, devendo-lhe ser garantidos o acesso e a frequência obrigatória ao ensino regular e horário especial para o exercício das atividades. 49 O instituto da guarda confere à criança ou ao adolescente a condição de dependente para todos os fins de direito. Em 29 de março de 2019, uma sexta-feira, iniciou-se o prazo para que uma autarquia apresentasse contestação a uma petição inicial de natureza cível, em procedimento ordinário, distribuída em uma das varas federais de uma comarca do estado do Mato Grosso do Sul, não tendo ocorrido nenhum feriado até a data final para protocolo da contestação. Considerando essa situação hipotética, julgue os próximos itens, relativos a comunicação e prazos processuais, contestação e reconvenção. 50 O último dia para o protocolo tempestivo da contestação era 10 de maio de 2019, uma sexta-feira. 51 A citação da autarquia foi realizada no órgão da advocacia pública responsável pela representação judicial dessa autarquia. 52 Na hipótese de a autarquia desejar exercer seu direito de ação e expor sua pretensão em desfavor do autor da demanda, ela deverá propor reconvenção a ser apresentada junto da contestação, sob pena de sofrer os efeitos da preclusão lógica em caso de protocolo posterior como peça autônoma. 53 É correto afirmar que, após a citação válida da autarquia, o objeto da demanda se tornou oficialmente litigioso, mas não é acertado dizer que o demandado foi constituído em mora, uma vez que ainda inexiste certeza acerca da veracidade dos fatos narrados pelo autor na inicial. Em ação de natureza civil, o autor requereuque determinado estado da Federação fosse condenado ao fornecimento de medicamento de alto custo. O demandante, de forma incidental, fez pedido de tutela provisória antecipada, alegando que o seu direito é certo e que corre risco de morte caso não receba o medicamento com brevidade. Todos os fatos alegados pela parte autora foram exaustivamente comprovados por documentos idôneos, razão pela qual o juízo concedeu a referida tutela antecipada e determinou a intimação do requerido para que cumprisse a decisão. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens que se seguem, concernentes à tutela provisória. 54 Caso o estado da Federação não interponha recurso contra a concessão da tutela antecipada, essa decisão se tornará estável, não podendo ser modificada ou revogada pelo Poder Judiciário. 55 O pedido de tutela provisória de urgência de caráter incidental exige que a parte que a requer realize o pagamento de custas processuais. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 Maria comprou um imóvel de Joana e, imediatamente após a entrega das chaves, a nova proprietária passou a residir no bem adquirido. Alguns meses depois, Maria foi citada por um oficial de justiça, que a informou de que Joaquim estava promovendo uma ação reivindicatória em desfavor dela sob a alegação de ser ele o real proprietário do bem imóvel. Acerca de intervenção de terceiros, julgue os itens seguintes. 56 Maria poderá denunciar a lide à Joana — considerada alienante imediata — para que esta possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam. 57 É admissível que Joana solicite o seu ingresso no processo como assistente, independentemente do procedimento ou do grau de jurisdição no qual esteja tramitando o processo, desde que demonstre seu interesse jurídico em que a sentença seja favorável à Maria. Dionísio ajuizou ação possessória em desfavor de Paulo sob o fundamento de que, durante os últimos seis meses, o demandado estaria lhe prejudicando a entrada em seu próprio terreno, visto que Paulo havia descarregado um caminhão de areia no portão de entrada da propriedade de Dionísio. Ao redigir a exordial, o advogado do autor narrou nos fatos a ocorrência de esbulho, o que justificaria o ajuizamento da referida ação como de reintegração de posse. Julgue os itens subsecutivos, no que se refere a procedimentos especiais, contestação, reconvenção e petição inicial. 58 No caso, como ocorreu somente o embaraço da plena posse de Dionísio, deveria ter sido ajuizada ação de manutenção de posse. Assim, o juiz, ao receber a inicial, deverá determinar a emenda da exordial para adequação do pedido, nos termos do Código de Processo Civil. 59 Nas ações possessórias, é admissível que o autor faça pedido liminar em relação ao restabelecimento pleno de sua posse, bastando para tanto que comprove a existência dos mesmos requisitos básicos das tutelas provisórias de urgência, quais sejam, o periculum in mora e o fumus boni iuris. 60 Se Dionísio não fosse o proprietário do bem imóvel objeto de ação possessória, mas tão somente o inquilino, ele teria legitimidade para promover a referida demanda. 61 O único meio processual cabível para que Paulo pudesse expor suas pretensões na demanda possessória seria a reconvenção, na qual ele poderia pleitear proteção possessória e indenização por prejuízos. Jorge foi devidamente citado em ação movida por Márcio e pretende alegar incompetência territorial, impugnar o valor da causa e apresentar reconvenção. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subsequentes, a respeito do valor da causa, jurisdição e improcedência liminar do pedido. 62 Tanto a incompetência territorial quanto o valor da causa deverão ser alegados como preliminares da contestação. 63 A incompetência territorial é uma questão relativa, que deve ser alegada na primeira oportunidade em que a parte for se manifestar em juízo, salvo no caso de o objeto litigioso ser um bem imóvel, o que torna a competência territorial absoluta e passível de ser decretada de ofício pelo julgador. 64 Caso Jorge, em reconvenção, resolva fazer pedidos cumulativos simples, o valor da causa será o referente à soma de todos os pedidos. Se ele for pleitear prestações periódicas vencidas e vincendas que ultrapassem um ano, o valor da causa deverá ser reduzido ao quantitativo equivalente a doze parcelas de prestações pretendidas. 65 Se o pedido feito na inicial por Márcio contrariar qualquer acórdão proferido por tribunal superior, o juiz deverá julgar liminarmente improcedente o pedido. Acerca dos direitos e das garantias fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988, julgue os itens a seguir. 66 Entidade sindical constituída há menos de um ano e sediada em município da Federação tem legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo a fim de garantir direito líquido e certo de seus filiados que tenha sido lesado por ato de autoridade da administração fazendária federal. 67 A supremacia material da norma constitucional decorre da rigidez constitucional, isto é, da existência de um processo legislativo distinto, mais laborioso. 68 Os direitos individuais, por estarem ligados ao conceito de pessoa humana e de sua própria personalidade, correspondem às chamadas liberdades negativas; os direitos sociais, por sua vez, constituem as chamadas liberdades positivas, de observância obrigatória em um estado social de direito para a concretização de um ideal de vida digna na sociedade. 69 Situação hipotética: Carlos requereu o registro de sua candidatura para concorrer ao cargo de prefeito de município criado por desmembramento territorial de município cujo Poder Executivo é chefiado pelo seu irmão. Assertiva: Nesse caso, Carlos, por ser irmão do prefeito do município-mãe, é inelegível. Com relação à organização do Estado e às funções essenciais à justiça, julgue os itens subsecutivos. 70 Por ser competência privativa da União legislar sobre telecomunicações, é inconstitucional lei municipal que discipline o uso e a ocupação do solo urbano para instalação de torres de telefonia celular no respectivo município. 71 Em observância ao princípio da simetria, a nomeação do procurador-geral de justiça de estado está condicionada à prévia aprovação pela assembleia legislativa estadual. 72 A forma federativa de Estado é cláusula pétrea, porque a Constituição Federal de 1988 veda a possibilidade de emenda constitucional tendente a aboli-la, não fazendo o mesmo em relação à forma de governo, que constitui princípio sensível da ordem federativa, podendo ser autorizada intervenção federal no ente federado que a desrespeitar. 73 Situação hipotética: Maria, proprietária de um apartamento em Natal – RN e de um automóvel emplacado em Porto Alegre – RS, faleceu em Belo Horizonte – MG, e seu inventário foi feito no estado de Goiás. Assertiva: O imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos (ITCMD) referente ao apartamento e o ITCMD referente ao automóvel serão recolhidos, respectivamente, pelo estado de Goiás e pelo estado do Rio Grande do Sul. 74 Situação hipotética: Determinado estado da Federação violou autonomia municipal por ter repassado a seus municípios, em valor menor do que o devido e com atraso, receitas tributárias obrigatórias determinadas pela Constituição Federal de 1988. Assertiva: Nessa situação, o presidente da República não pode decretar de ofício intervenção federal no referido estado. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 Acerca do disposto pelo Sistema Tributário Nacional, julgue os itens seguintes, considerando o entendimento doutrinário e jurisprudencial. 75 É inconstitucional a fixação de alíquota progressiva tanto para o ITCMD quanto para o imposto sobre transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por naturezaou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição (ITBI), os quais devem guardar relação com a capacidade contributiva proporcional ao preço de venda dos bens. 76 As imunidades recíprocas são limitações constitucionais ao poder de tributar e têm status de cláusulas pétreas. 77 Empréstimos compulsórios no caso de investimentos públicos de caráter urgente e de relevante interesse nacional — como a reconstrução de escolas e hospitais atingidos por enchentes — dada a urgência do investimento público, não se sujeitam à anterioridade do exercício financeiro e à anterioridade nonagesimal. A respeito de jornada de trabalho e de convenções coletivas de trabalho, julgue os próximos itens, considerando a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST). 78 Em algumas situações específicas, norma coletiva de trabalho pode autorizar o registro de ponto por exceção: nesse sistema, em vez do controle formal de entrada e saída do empregado, computam-se somente as exceções às jornadas diárias. 79 É válida cláusula de convenção coletiva de trabalho que faça previsão expressa de preferência à contratação de empregados sindicalizados. 80 É nula cláusula de convenção coletiva do trabalho que exija do empregado a apresentação de comprovantes de quitação das obrigações sindicais para a homologação da rescisão do contrato de trabalho. No que se refere a rescisão de contrato de trabalho e a atividades insalubres e perigosas, julgue os itens a seguir, considerando a jurisprudência do TST. 81 A determinação pela justiça do trabalho de reversão de demissão por justa causa gera, automaticamente, a reparação por danos morais ao empregado demitido. 82 A demissão sem justa causa de empregado portador de doença grave presume-se discriminatória e gera o direito à reintegração. 83 Funcionário público que exerça a função de varredor de rua faz jus ao recebimento de adicional de insalubridade em grau máximo. 84 Tratorista que, no seu exercício profissional, permanece no interior do trator enquanto este é abastecido tem direito ao recebimento de adicional de periculosidade, em razão do risco a que fica exposto. No que diz respeito ao intervalo para repouso e alimentação, a grupo econômico e à proteção ao trabalho da mulher, julgue os itens subsequentes, considerando a jurisprudência do TST. 85 Em casos específicos de empregados contratados para jornada de trabalho de seis horas diárias e trinta horas semanais, mas que habitualmente prorrogam essa jornada, a jurisprudência tem-se posicionado no sentido de reconhecer, no mínimo, uma hora de intervalo para repouso e alimentação. 86 Para a justiça do trabalho, a existência de sócios em comum entre duas empresas basta para a configuração de grupo econômico e, consequentemente, para responsabilização solidária entre elas. 87 Se uma adolescente contratada por prazo determinado por intermédio de contrato de aprendizagem engravidar antes do término desse contrato, ela não terá direito à estabilidade de gestante. Com relação à estabilidade e à garantia provisória de emprego, ao direito de greve e a serviços essenciais, julgue os itens seguintes, considerando a jurisprudência do TST. 88 Delegado sindical não é beneficiário da estabilidade provisória, porque a estabilidade apenas é aplicada aos que exercem cargo de direção nos sindicatos e que tenham sido submetidos a processo eletivo. 89 Situação hipotética: Um empregado estava no período correspondente ao aviso prévio indenizado quando foi eleito presidente do sindicato de sua categoria. Assertiva: Esse empregado adquiriu o direito à estabilidade desde a data de sua eleição. 90 Empregado dispensado durante movimento grevista possui o direito de ser reintegrado ao emprego. Em 2017, João foi contratado, em Campo Grande – MS, como auxiliar administrativo da empresa X, sediada no mesmo município. Em 2018, depois de um ano de serviços prestados a essa empresa, João foi dispensado sem justa causa. Em 2019, ele mudou seu domicílio para Corumbá – MS e lá ajuizou reclamação trabalhista contra a empresa X em determinada vara do trabalho de Corumbá. Na petição inicial, João afirmou ter trabalhado apenas em Campo Grande, mas sustentou a competência da vara do trabalho de Corumbá, por ser o foro de seu atual domicílio. Três dias depois de ter sido notificada e antes da data marcada para a audiência, a empresa X apresentou peça sinalizada como exceção de incompetência territorial, alegando a competência de vara do trabalho de Campo Grande. A partir dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir à luz da legislação processual trabalhista. 91 A audiência de conciliação, instrução e julgamento do processo poderá ser realizada, perante o juízo considerado competente, somente depois de decidida a exceção de incompetência. 92 A competência territorial é de vara do trabalho de Campo Grande, pois este foi o local da prestação dos serviços. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 De acordo com a legislação processual trabalhista, julgue os seguintes itens, relativos ao jus postulandi, à reclamação e às provas no processo do trabalho. 93 A possibilidade de empregado e empregador reclamarem pessoalmente na justiça do trabalho, conhecida como jus postulandi, foi extinta pela reforma trabalhista. 94 Na reclamação trabalhista feita por escrito, o pedido deverá ser certo, determinado e com indicação do valor, sob pena de ser julgado extinto sem resolução do mérito. 95 No processo trabalhista, para comparecer à audiência, as testemunhas serão previamente intimadas. À luz da jurisprudência consolidada do Tribunal Superior do Trabalho, julgue os próximos itens, a respeito de mandado de segurança e dissídio coletivo. 96 Situação hipotética: Pedro ajuizou reclamação trabalhista pedindo que a empresa da qual fora empregado fosse condenada a pagar-lhe adicional de insalubridade. Diante da necessidade de perícia para caracterizar e classificar a insalubridade, o juiz determinou que a empresa fizesse um depósito prévio para garantir o pagamento dos honorários periciais. Assertiva: Nessa situação, admite-se mandado de segurança contra o ato judicial de exigência do depósito. 97 Situação hipotética: Objetivando a apreciação de cláusula de natureza social, o sindicato representante dos empregados de determinada pessoa jurídica de direito público ajuizou dissídio coletivo em desfavor dessa pessoa jurídica. Assertiva: Nessa situação, o dissídio é incabível: as pessoas jurídicas de direito público que mantenham empregados não estão sujeitas a dissídio coletivo. Julgue os itens que se seguem, acerca de recursos no processo do trabalho. 98 Das decisões definitivas ou terminativas de vara do trabalho cabe recurso ordinário para o respectivo tribunal regional do trabalho, com efeito exclusivamente devolutivo, não se admitindo a obtenção de efeito suspensivo. 99 Em geral, não se admite recurso de revista em execução fiscal: o cabimento de recurso de revista na execução é restrito à hipótese de ofensa direta e literal à Constituição Federal de 1988. 100 O seguimento de recurso de revista que não demonstre transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica poderá ser denegado monocraticamente pelo relator, não cabendo recurso dessa decisão. De acordo com a jurisprudência consolidada do Tribunal Superior do Trabalho, julgue os itens subsequentes. 101 Na execução trabalhista por carta precatória, se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecante. 102 O tomador de serviços somente poderá ser responsabilizado subsidiariamente pelo não cumprimento de obrigações trabalhistas por parte do empregador quando tiver participado da relação processual e constar também do título executivo judicial. A respeito de prescriçãono processo do trabalho, julgue os seguintes itens, de acordo com a legislação processual trabalhista. 103 As ações que tenham por objeto anotações na carteira de trabalho para fins de prova junto à previdência social não estão sujeitas a prazo prescricional. 104 No processo trabalhista, não ocorre a prescrição intercorrente. A respeito do plano plurianual (PPA), da lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e da lei orçamentária anual (LOA), julgue os itens a seguir. 105 A iniciativa para os três planejamentos orçamentários — PPA, LDO e LOA — é concorrente: tanto o Poder Executivo como o Poder Legislativo podem atuar na propositura dessas leis. 106 O PPA traça o planejamento de longo prazo, estabelece diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas correntes e para as despesas relativas aos programas de duração continuada. 107 A LDO orienta a elaboração da LOA, devendo a lei de diretrizes orçamentárias ser sancionada no primeiro semestre. 108 Constitui crime de responsabilidade fiscal o início de investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, sem prévia inclusão no PPA ou sem autorização de sua inclusão mediante lei. 109 Vige no ordenamento jurídico brasileiro o princípio da anualidade orçamentária: nenhum tributo será cobrado no exercício financeiro sem prévia autorização orçamentária. Tendo como referência a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), julgue os itens seguintes. 110 A LRF, ao transformar a LDO em instrumento de planejamento trienal, incluiu o anexo de metas fiscais, no qual se estabelecem as metas anuais a serem implementadas no exercício financeiro a que se refere a LDO e nos dois exercícios seguintes. 111 Segundo a LRF, em todo município brasileiro, tomando-se como referência o total da receita corrente líquida em cada período de apuração, deverá ser observado o limite de 60% para gastos com pessoal. 112 É nulo de pleno direito o ato de prefeito de município brasileiro que resulte em aumento de despesa em geral nos cento e oitenta dias anteriores ao final do seu mandato. 113 Conforme a LRF, não se admite utilizar recursos públicos, incluídos os de operações de crédito, para socorrer instituição do Sistema Financeiro Nacional, salvo mediante lei específica. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 Acerca das despesas e receitas públicas, julgue os itens que se seguem. 114 A realização de despesa é composta por quatro fases: licitação, empenho, liquidação e pagamento. 115 Empenho é o ato pelo qual se reserva, na globalidade do orçamento, importância necessária ao pagamento de determinada despesa, sendo vedada a realização de despesa sem o respectivo empenho. Para toda despesa a ser realizada, é obrigatória a expedição de uma nota de empenho. 116 Receita tributária municipal é classificada como receita corrente, consoante estabelecido na Lei n.º 4.320/1964. Determinado estado da Federação pretende editar lei para disciplinar o regime próprio de previdência de seus servidores, mas não há nenhuma previsão a respeito na Constituição estadual. A partir dessa situação hipotética, julgue os itens a seguir. 117 Em obediência à Constituição Federal de 1988, para que o estado possa editar a referida lei, é imprescindível que a Constituição estadual discipline o mesmo tema. 118 Se editada, essa lei estadual não poderá isentar servidores públicos aposentados e pensionistas portadores de doenças incapacitantes de pagar contribuição previdenciária sobre qualquer valor recebido a título de pensão ou aposentadoria. Os irmãos Fátima e Ronaldo, plenamente capazes e sem nenhuma deficiência física, intelectual ou mental, possuem as seguintes características: ambos se enquadram em famílias de baixa renda; Fátima tem trinta anos de idade e Ronaldo, trinta e cinco anos de idade; Fátima não tem renda própria, dedica-se exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência e contribui para a previdência social na qualidade de segurada facultativa; Ronaldo contribui como segurado trabalhador avulso. A partir dessa situação hipotética, julgue os itens seguintes. 119 O valor da contribuição de Fátima para a previdência social deve corresponder a 5% do limite mínimo mensal do salário de contribuição. 120 Ronaldo poderá contribuir para a previdência social com a alíquota de 5% sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição. 121 Nem Fátima nem Ronaldo fazem jus à aposentadoria especial. 122 Fátima e Ronaldo não preenchem os requisitos para serem dependentes previdenciários um do outro. Jorge, na qualidade de contribuinte individual, vinha contribuindo até o início do cumprimento de pena de reclusão pela prática do crime de homicídio qualificado, não tendo feito mais contribuições. Com referência a essa situação hipotética, julgue os seguintes itens. 123 Jorge manterá a qualidade de segurado, independentemente de contribuições, até doze meses após o livramento. 124 O reconhecimento da perda da qualidade de segurado de Jorge ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da contribuição de contribuinte individual relativa ao mês imediatamente posterior ao término do prazo de doze meses após o livramento. Acerca dos benefícios previdenciários, julgue os itens subsequentes. 125 Será automaticamente cessada, a partir da data do retorno, a aposentadoria do aposentado por invalidez que retornar voluntariamente à atividade. 126 O salário-família será pago mensalmente ao segurado empregado, ao empregado doméstico e ao trabalhador avulso, por filho ou equiparado de qualquer condição até catorze anos de idade, ou inválido de qualquer idade. O segurado só fará jus ao benefício se tiver como salário de contribuição valor até certo teto, definido em portaria, periodicamente. 127 Ao segurado ou à segurada da previdência social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de cento e vinte dias. 128 Perde o direito à pensão por morte o pretenso beneficiário que, após o trânsito em julgado, tenha sido condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente ou mesmo culposamente resultado a morte do segurado. Com referência às normas constitucionais relativas a tributos e contribuições, julgue os itens que se seguem. 129 É constitucional lei complementar que institua regime tributário especial ou simplificado para microempresas e empresas de pequeno porte relativamente ao pagamento do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e serviços (ICMS), à contribuição do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada para a seguridade social e às contribuições para o Programa de Integração Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP). 130 Pertence ao município o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelo próprio município ou por suas autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. 131 Medida provisória não é instrumento válido para inclusão de fato gerador relacionado ao imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS), de competência municipal, ainda que essa matéria seja urgente e relevante para o equilíbrio de contas públicas municipais. À luz das disposições do Código Tributário Nacional, julgue os itens seguintes. 132 Situação hipotética: Lei publicada em 1.º/9/2017 aumentou a alíquota do ISS sobre determinadas atividades e reduziu a multa de mora em 20%. Assertiva: Essa lei não retroage para alcançar prestações de serviço realizadas e sujeitas à incidência do ISS e infrações tributárias não julgadas e cometidas entre 1.º/1/2017 e 1.º/9/2017. 133 Situação hipotética: Pedro deve R$ 50.000 de imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) à prefeitura de determinado município brasileiro e soube por telejornal quea administração tributária municipal havia determinado a instauração de processo administrativo para o lançamento dos créditos municipais não pagos, o que inclui o débito de Pedro. Assertiva: Até que se inicie o referido procedimento administrativo, com a formalização de notificação, a responsabilidade de Pedro será excluída se houver denúncia espontânea. 134 As garantias do crédito tributário incluem a presunção relativa de fraude à execução e a indisponibilidade judicial de bens do devedor regularmente citado que não paga, não indica bens à penhora tempestivamente e em cujo patrimônio não há bens penhoráveis. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 A respeito de impostos de competência municipal, julgue os seguintes itens, conforme a Constituição Federal de 1988, o Código Tributário Nacional e a legislação de regência. 135 Em se tratando de serviço cuja prestação dependa do fornecimento de mercadorias, incide ICMS sobre o montante tributável, e não o ISS, de acordo com a Lei Complementar n.º 116/2003. 136 O IPTU incide sobre imóveis de zonas urbanas e urbanizáveis onde o poder público mantenha abastecimento de água e sistema de esgoto sanitário, podendo esse imposto ser progressivo a depender da localização e do valor do imóvel. 137 Compete privativamente ao Senado Federal avaliar periodicamente o desempenho das administrações tributárias dos municípios. Com relação a processo judicial tributário, julgue os itens subsequentes. 138 Mandado de segurança constitui veículo adequado para convalidar compensação tributária realizada por contribuinte e ainda não homologada pela administração tributária. 139 Administrador de empresa arrolado como devedor em certidão de dívida ativa dessa pessoa jurídica pode obter a exclusão do seu nome da certidão via exceção ou objeção de pré-executividade. 140 Ação de consignação em pagamento constitui veículo adequado para que contribuinte em dúvida acerca da titularidade da capacidade tributária ativa exonere-se do dever de pagamento. Tendo como referência o Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e o Código de Ética e Disciplina da OAB, julgue os itens a seguir. 141 Se um advogado for preso, até que a sentença transite em julgado, ele será recolhido em sala de Estado Maior, assim reconhecida pela OAB, ou em prisão domiciliar, se não houver disponibilidade desse tipo de sala. 142 Mesmo sem procuração para tal, um advogado poderá examinar autos de processo administrativo que esteja findo ou tramitando em órgão municipal, independentemente de o processo estar ou não sujeito a sigilo ou a segredo de justiça. 143 Caso um advogado seja preso em flagrante delito e outro seja preso por decisão judicial, tendo ambas as prisões ocorrido por motivos ligados ao exercício da advocacia, então será obrigatória a presença de representante da OAB, tanto para lavratura do respectivo auto de prisão em flagrante quanto para o cumprimento da decisão judicial. 144 Ao participar de programa televisivo em que haja debate a respeito de determinada causa, um advogado poderá manifestar-se a respeito dela, bem como do método de trabalho usado, ainda que a causa esteja sob patrocínio de outro advogado. Com relação ao Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB, julgue os itens que se seguem. 145 Para exercer suas atividades, um procurador municipal deve, obrigatoriamente, estar inscrito na OAB, o que também lhe permite ser eleito para qualquer órgão da OAB bem como integrar cada um deles. 146 Caso um advogado responda a processo administrativo na OAB, a notificação inicial para que ele se manifeste ou apresente defesa prévia será feita por correspondência, com aviso de recebimento. 147 Contra decisão proferida pelo presidente de subseção da OAB, em processo administrativo contra determinado advogado, cabe recurso ao conselho seccional, ainda que haja conselho na subseção. No que se refere ao Código de Ética e Disciplina da OAB, julgue os itens seguintes. 148 O cliente que, por interesse pessoal, revogar mandato judicial de seu advogado estará desobrigado do pagamento de verbas honorárias contratadas, mesmo que proporcionais ao serviço já realizado. 149 O sigilo profissional de advogado independe de solicitação de reserva de seu cliente, estando também sujeito às regras de sigilo o profissional da advocacia que atuar como mediador, conciliador ou árbitro. 150 Os honorários da sucumbência que pertencerem ao advogado que atuar na causa poderão ser por ele executados. Espaço livre pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== ||465_PGMMS_DISC_01|| CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 PROVA DISCURSIVA I • Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, os espaços para rascunho indicados no presente caderno. Em seguida, transcreva os textos para o CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS DA PROVA DISCURSIVA I, nos locais apropriados, pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos. • Qualquer fragmento de texto que ultrapassar a extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado. Também será desconsiderado o texto que não for escrito na(s) folha(s) de texto definitivo correspondente(s). • No Caderno de Textos Definitivos, identifique-se apenas no cabeçalho da primeira página, pois não será avaliado texto que tenha qualquer assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado. Caso queira assinar o texto de seu parecer, utilize apenas o nome Procurador do município. Ao texto que contenha outra forma de assinatura será atribuída nota zero, correspondente à identificação do candidato em local indevido. • Na avaliação do parecer, ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 20,00 pontos, dos quais até 1,00 ponto será atribuído ao quesito apresentação (legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado). Em cada questão, esses valores corresponderão a 5,00 pontos e 0,25 ponto, respectivamente. PARECER A prefeitura de um município lançou edital de licitação com vistas a adquirir vinte veículos adaptados e equipados para as necessidades da guarda municipal, optando por exigir garantia contratual. A empresa Alfa Veículos Ltda. venceu a licitação pelo valor de R$ 1.000.000, tendo o contrato sido celebrado em 1.º de abril do mesmo ano, com as cláusulas necessárias previstas em lei. Com vigência determinada de cento e vinte dias, a contar da celebração, o contrato previu a entrega dos bens em até sessenta dias, igualmente após a celebração do contrato. Com quinze dias de atraso, a Alfa Veículos Ltda. entregou os bens, que foram recebidos provisoriamente. Contudo, no prazo de três dias, a administração verificou que os veículos apresentavam quatro discrepâncias de qualidade com relação às especificações previstas no projeto básico e solicitou o devido ajuste. Passados cento e vinte e cinco dias da celebração do contrato, a Alfa Veículos Ltda. entregou o objeto da licitação, que foi recebido provisoriamente pela administração e, três dias depois, definitivamente. Após os trâmites necessários, a autoridade administrativa competente determinou a instauração de processo administrativo sancionatório contra a Alfa Veículos Ltda., para fins de aplicação de multa, haja vista o descumprimento contratual, bem como formulou consulta à assessoria jurídica do município, a fim de se informar sobre a viabilidade de permanecer com os veículos e prosseguir com o pagamento, em face do fim da vigência contratual. Na qualidade de procurador desse município, redija um parecer conclusivo acerca da situação hipotética apresentada. Dispense o relatório e não acrescente fatos novos. Em seu parecer, além de formular a conclusão [valor: 1,00 ponto], aborde, fundamentadamente, os seguintes aspectos: 1 conceito de licitação pública; [valor:2,00 pontos] 2 natureza do contrato e seu conceito; [valor: 3,00 pontos] 3 vigência contratual; [valor: 4,00 pontos] 4 necessidade ou não de celebração de termo aditivo; [valor: 4,00 pontos] 5 aplicação de sanção; [valor: 2,50 pontos] 6 forma de cobrança de eventual multa imposta pela administração. [valor: 2,50 pontos] pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== ||465_PGMMS_DISC_01|| CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 PARECER – RASCUNHO – 1/2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== ||465_PGMMS_DISC_01|| CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 PARECER – RASCUNHO – 2/2 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== ||465_PGMMS_DISC_01|| CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 QUESTÃO 1 Municípios são dotados de competência normativa, cabendo a eles editar leis e atos normativos, que devem estar em conformidade com a Constituição Federal de 1988 (CF) e com a constituição do respectivo estado. A respeito dos meios jurídicos para fiscalizar a constitucionalidade de leis e atos normativos municipais, redija um texto atendendo ao que se pede nos itens 1 e 2 e respondendo ao questionamento do item 3. 1 Apresente o fundamento constitucional para a fiscalização em abstrato da constitucionalidade de leis e atos normativos municipais. [valor: 1,00 ponto] 2 Discorra sobre a legitimidade para a propositura de ações diretas de inconstitucionalidade de leis e atos normativos municipais, [valor: 1,50 ponto] informando se há necessidade de a constituição estadual observar simetria com os legitimados apontados na CF [valor: 0,50 ponto]. 3 O sistema brasileiro admite controle abstrato de constitucionalidade de lei municipal contra disposições da CF? Explique. [valor: 1,75 ponto] QUESTÃO 1 – RASCUNHO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== ||465_PGMMS_DISC_01|| CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 QUESTÃO 2 O Código Tributário Nacional dispõe, em seu art. 201, que constitui “dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular”. Considerando as disposições do Código Tributário Nacional e o entendimento dos tribunais superiores, redija um texto, de forma concisa, a respeito do ato de inscrição em dívida ativa, atendendo ao que se pede no item 1 e respondendo aos questionamentos dos itens 2 e 3. 1 Indique a natureza do ato de inscrição em dívida ativa tributária e aborde os efeitos jurídicos desse ato. [valor: 2,50 pontos] 2 A inscrição de créditos de natureza tributária em dívida ativa provoca a suspensão do prazo prescricional de crédito tributário? [valor: 1,25 ponto] 3 É viável inscrever em dívida ativa os créditos tributários constituídos pelo contribuinte? [valor: 1,00 ponto] QUESTÃO 2 – RASCUNHO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== ||465_PGMMS_DISC_02|| CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 PROVA DISCURSIVA II • Nesta prova, faça o que se pede, usando, caso deseje, os espaços para rascunho indicados no presente caderno. Em seguida, transcreva os textos para o CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS DA PROVA DISCURSIVA II, nos locais apropriados, pois não serão avaliados fragmentos de texto escritos em locais indevidos. • Qualquer fragmento de texto que ultrapassar a extensão máxima de linhas disponibilizadas será desconsiderado. Também será desconsiderado o texto que não for escrito na(s) folha(s) de texto definitivo correspondente(s). • No Caderno de Textos Definitivos, identifique-se apenas no cabeçalho da primeira página, pois não será avaliado texto que tenha qualquer assinatura ou marca identificadora fora do local apropriado. Caso queira assinar o texto de sua peça processual, utilize apenas o nome Procurador do município. Ao texto que contenha outra forma de assinatura será atribuída nota zero, correspondente à identificação do candidato em local indevido. • Na avaliação da peça processual, ao domínio do conteúdo serão atribuídos até 20,00 pontos, dos quais até 1,00 ponto será atribuído ao quesito apresentação (legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado). Em cada questão, esses valores corresponderão a 5,00 pontos e 0,25 ponto, respectivamente. PEÇA PROCESSUAL Em 1.º de julho de 2018, ao atravessar, a pé, de forma descuidada, uma avenida em Campo Grande – MS, Fabrício Santos, conhecido empresário local, proprietário de sete revendedoras de carros de luxo no estado, foi atropelado por automóvel da secretaria de segurança do município, dirigido por Raul Vieira. O acidente provocou leves escoriações no braço direito de Fabrício. O fato foi testemunhado por quatro adultos, que prestaram depoimento declarando o descuido de Fabrício na travessia da avenida e a atenção demonstrada por Raul, que seguia todas as regras de trânsito enquanto dirigia. No dia anterior, o veículo havia passado por revisão periódica em oficina da referida secretaria e, no porta-luvas, havia um comprovante de que o automóvel estava em perfeito funcionamento, sem qualquer problema mecânico. A perícia concluiu que a culpa fora exclusiva da vítima, que não havia agido com o devido cuidado ao atravessar uma via com tráfego de veículos. Inconformado com o ocorrido, Fabrício contratou advogado, que, em 19/4/2019, protocolou ação em desfavor do município de Campo Grande, requerendo indenização por: despesas médicas decorrentes do acidente, no valor de R$ 60.000; danos materiais, no valor de R$ 20.000; e danos estéticos, no valor de R$ 20.000. Fabrício pleiteou, ainda, a gratuidade de justiça, alegando ser hipossuficiente e não poder arcar com as custas processuais, senão colocaria em risco sua subsistência e de sua família. A ação foi distribuída à XY.ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública de Campo Grande, e a citação do município ocorreu pela via postal. Em 8/6/2019, a citação foi recebida pela secretaria de segurança municipal e imediatamente encaminhada ao procurador-geral do município de Campo Grande. Considerando a situação hipotética apresentada, elabore, na qualidade de procurador municipal, a peça processual cabível para atendimento dos interesses do município de Campo Grande. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== ||465_PGMMS_DISC_02|| CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 PEÇA PROCESSUAL – RASCUNHO – 1/3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== ||465_PGMMS_DISC_02|| CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 PEÇA PROCESSUAL – RASCUNHO – 2/3 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== ||465_PGMMS_DISC_02|| CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 PEÇA PROCESSUAL – RASCUNHO – 3/3 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== ||465_PGMMS_DISC_02||CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 QUESTÃO 1 Maria, segurada do regime geral da previdência social (RGPS) como empregada doméstica, casada com Roberto, segurado empregado também do RGPS, deu à luz uma filha do casal, Vera. Após um mês do nascimento de Vera, Maria, que já vinha recebendo o salário-maternidade por ter atendido aos requisitos legais necessários à concessão desse benefício, faleceu em decorrência de complicações ocasionadas pela cirurgia cesariana. Tendo como referência a situação hipotética apresentada, redija um texto acerca do salário-maternidade, respondendo aos seguintes questionamentos. 1 Quais são os requisitos legais para a concessão do salário-maternidade? No caso de Maria, há carência? Qual a duração da concessão do benefício e quando ocorre seu início? [valor: 2,25 pontos] 2 Qual é a regra de cálculo do salário-maternidade para o caso de Maria? [valor: 1,25 ponto] 3 Roberto poderá receber o período restante do benefício no lugar de Maria? [valor: 1,25 ponto] QUESTÃO 1 – RASCUNHO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDo0MSAtMDMwMA== ||465_PGMMS_DISC_02|| CEBRASPE – PGM/CG/MS – Aplicação: 2019 QUESTÃO 2 A concessão florestal, instrumento de gestão ambiental regulamentado pela Lei n.º 11.284/2006, é delegação onerosa, feita pelo poder concedente, do direito de praticar manejo florestal sustentável para exploração de produtos e serviços em uma unidade de manejo. Mediante licitação, faz-se essa concessão a determinada pessoa jurídica, em consórcio ou não, que atenda às exigências do respectivo edital de licitação e demonstre capacidade para desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado, das ações que lhe competem. Tendo como referência o texto apresentado e considerando a situação de extinção do contrato de concessão florestal, redija um texto que, com fundamento na Lei n.º 11.284/2006, atenda às determinações e aos questionamentos a seguir. 1 Cite quatro das causas possíveis para a extinção do contrato de concessão florestal. [valor: 1,75 ponto] 2 Explique o que ocorre com os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário. [valor: 1,00 ponto] 3 É possível a ocupação da área pelo poder concedente e a utilização dos bens reversíveis? [valor: 1,00 ponto] 4 Há eventual direito à indenização e(ou) retenção dos bens reversíveis pelo concessionário? [valor: 1,00 ponto] QUESTÃO 2 – RASCUNHO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE CONCURSO PÚBLICO PARA O PROVIMENTO DE VAGAS NO CARGO DE PROCURADOR MUNICIPAL DO QUADRO PERMANENTE DA PREFEITURA DE CAMPO GRANDE Aplicação: 16/06/2019 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 E C C E C C E C C E E E C E E E C C C C 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 C C E E C X E C E C E E C E E C E E C E 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 E C C E C C E C C C C E E E E X C E E C 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 E C X X E C E C C E E C E C E C E C E C 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 E C X E C E E C E E C C E C E C E E E E 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 C C C E E E X C E C C E C E E C E E X E 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 X C C C C C C E C E C E C C E E C E E C 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 E E E E C C C E C C 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Gabarito Cargo: PROCURADOR MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE GABARITOS OFICIAIS DEFINITIVOS Matriz_464_PGMCGMS001_ Pag 8 0 Obs.: ( X ) item anulado. Item 0 Gabarito Gabarito Item Item Item Gabarito Item Gabarito Gabarito Gabarito Item Item Gabarito Item pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE CARGO: PROCURADOR MUNICIPAL PROVA DISCURSIVA I – PARECER Aplicação: 28/7/2019 PADRÃO DE RESPOSTA Inicialmente, insta destacar que, diante das controvérsias doutrinárias e jurisprudências apresentadas a seguir, não será cobrada uma conclusão correta, mas, sim, fundamentações coerentes com a conclusão a ser dada. Em outras palavras, independentemente de concluir pela regularidade ou pela irregularidade do pagamento, espera-se que o candidato aborde os seguintes tópicos. Parecer n.º ........, de 2019. Assunto: consulta sobre a viabilidade de os veículos adquiridos em processo licitatório permanecerem no município apesar do término do contrato e de existirem discrepâncias na qualidade dos produtos adquiridos com as especificações previstas no projeto básico. Ementa: (resumo da consulta, tema proposto, questão controvertida e conclusão) Relatório (dispensado) Fundamentação jurídica Conceito de licitação: a licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos. (art. 3.º da Lei n.º 8.666/1993). Natureza do contrato: contrato de escopo (ou por objeto) é aquele em que há uma previsão de objeto definido a ser entregue. A vigência dos contratos administrativos por escopo é tema adverso na doutrina e na jurisprudência, porquanto, por vezes, a execução não coincide com a vigência do contrato. Então, considerando-se que o importante é a entrega dos bens (execução do contrato), é de se pensar se a vigência contratual está subordinada ao efetivo adimplemento contratual ou ao limite temporal previsto no contrato. Parte da doutrina entende que, nos casos de contrato de escopo, “os pactos negociais se extinguem pela conclusão de seu objeto. Nesse prumo, o prazo de execução previsto no instrumento contratual é apenas moratório, não representando a extinção do pacto negocial, mas tão somente o prazo estipulado para sua execução.” (Ronny Charles Lopes de Torres. Leis de licitações públicas. 8.ª ed. Editora Juspodivm, 2017, p. 637-8). Vigência do contrato de escopo: há divergência doutrinária quanto ao rigor do prazo de vigência nos contratos por escopo, isto é, questiona-se se esses contratos se extinguem pela execução do objeto ou pelo fim do prazo de vigência. A doutrina tem o seguinte entendimento: pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== Nos contratos por escopo, o ajuste será cumprido, independentemente do prazo, com o cumprimento do objeto contratual (ex.: no contrato para construção de determinado prédio público, o ajuste considera-se adimplido com a finalização da construção, independentemente do tempo necessário). Os contratos somente se encerram com a entrega do objeto contratado. Isto não quer dizer que o tempo não é importante nessas espécies de contratos. Em verdade, o prazocontratual será fundamental para constatação de eventual mora no cumprimento da obrigação contratual. Ultrapassado o prazo avençado, o contratado continua obrigado a cumprir suas obrigações contratuais, acrescentadas dos ônus do atraso. Rafael Rezende Oliveira. Licitações e contratos administrativos. 7.ª ed. p. 250. Para o Tribunal de Contas da União (TCU): É possível identificar uma tendência de mudança no entendimento apresentado pelo egrégio TCU, que, anteriormente, externava entendimento contrário ao raciocínio de que os contratos de escopo não se extinguiriam pelo decurso da vigência contratual. Ronny Charles Lopes de Torres. Leis de Licitações Públicas. 8.ª ed. Editora Juspodivm, 2017, p. 637-8. Nesse sentido, veja-se o Acórdão n.º 3.131/2010-Plenário: Ao apreciar pedido de reexame interposto por dirigente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária - Infraero contra o Acórdão n.º 2.538/2007-Plenário, por meio do qual o recorrente fora multado em razão da “celebração de termos aditivos a contratos expirados e com vigência retroativa, sem previsão legal”, a unidade técnica propôs a manutenção da penalidade, sob o argumento de que a prática era generalizada naquela entidade. Para o relator, no entanto, a irregularidade revestia-se de caráter formal e, além disso, a inferência de que a prática era comum na entidade poderia ser questionada, isso porque os dois aditivos assinados após o final do prazo contratual envolveram apenas um contrato, de baixíssimo valor, sem qualquer consequência mais grave para quaisquer das partes. A principal tese da defesa foi no sentido de que o aditamento de prazo não é necessário nos chamados contratos de escopo, em que o objeto é a aquisição de determinado bem ou benfeitoria, a exemplo de uma obra, como no caso concreto. Ainda que “chancelada pela doutrina”, o relator não concordou com a tese, não só por contradizer a jurisprudência do TCU, mas também por ser contrária à Lei n.º 8.666/93, cuja disciplina acerca do assunto, prevista no art. 57, veda a duração indeterminada do contrato administrativo, permitindo prorrogação apenas nos casos ali relacionados. Nesse sentido, “considera-se extinto o contrato que atingiu o termo final do prazo de duração nele fixado. Daí a necessidade de prorrogá-lo, por um dos motivos previstos em lei, ainda durante sua vigência”. No entanto, consoante o relator, não se poderia deixar de admitir que, de fato, “para os contratos visando obra certa, essas exigências legais têm apenas o objetivo de evitar a prorrogação indefinida ou abusiva dos contratos, sem responsabilização de alguma das partes”. Para ele, o episódio poderia ser atribuído à negligência administrativa na gestão de contratos se realmente ocorresse de forma generalizada em todos os ajustes, mas esse “não é o caso em pauta, sem dúvida”. Acolhendo o voto do relator, o Plenário decidiu dar provimento ao recurso. Acórdão n.º 3131/2010-Plenário, TC-008.318/2005- 9, rel. min. Augusto Nardes, 24/11/2010 (Informativo de Licitações e Contratos 44/2010). E esse entendimento (vigência do contrato vinculado à entrega efetiva do objeto contratado) parece ganhar força: Nos contratos por escopo, inexistindo motivos para sua rescisão ou anulação, a extinção do ajuste somente se opera com a conclusão do objeto e o seu recebimento pela administração, diferentemente dos ajustes por tempo determinado, nos quais o prazo constitui elemento essencial e imprescindível para a consecução ou a eficácia do objeto avençado. (Acórdão 1674/2014-Plenário | Relator: José Múcio Monteiro) Todavia, a tendência ainda não se consolidou. O TCU externou entendimento posterior no sentido de que a vigência contratual deve coincidir com a entrega do objeto contratado. Caso a vigência descrita no corpo do contrato finalize, somente de maneira excepcional pode-se promover um aditamento retroativo para permitir a entrega do objeto. Confira-se: Em regra a prorrogação do contrato administrativo deve ser efetuada antes do término do prazo de vigência, mediante termo aditivo, para que não se opere a extinção do ajuste. Entretanto, excepcionalmente e para evitar prejuízo ao interesse público, nos contratos de escopo, diante da inércia do agente em formalizar tempestivamente o devido aditamento, é possível considerar os períodos de paralisação das obras por iniciativa da administração contratante como períodos de suspensão da contagem do prazo de vigência do ajuste. Contrato Administrativo. Vigência. Extinção. Contrato de escopo. Prorrogação de contrato. Paralisação. Suspensão. Termo aditivo. Boletim de Jurisprudência 112/2016. É de se ressaltar que se espera do candidato, tanto no subitem 2.1.2 quanto no 2.1.3 o conhecimento doutrinário das questões apresentadas, sendo que as menções aos acórdãos do TCU foram feitas somente com o intuito de demonstrar a relevância do tema cobrado na prova. Tanto é que o candidato é livre para se posicionar, independentemente dos entendimentos citados do TCU, desde que fundamente devidamente e coerentemente. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== Necessidade ou não de termo aditivo: a prorrogação contratual é ato formal que deve ser observado pelo gestor, conforme o art. 60 da Lei n.º 8.666/1993: “Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem”. Na esteira dos entendimentos da doutrina supracitados, se o candidato defender que o contrato chegou ao fim com o termo temporal nele previsto e, por isso, não será viável o pagamento, deverá lembrar que a administração pública deveria ter celebrado, antes do fim da vigência temporal, um termo aditivo, a fim de resguardar a regularidade formal do processo, necessariamente defendendo a inviabilidade de ser celebrado termo aditivo com efeitos pretéritos. Se o candidato defender que o contrato ainda é válido e, por isso, pode-se proceder ao pagamento, então necessariamente deverá defender a possibilidade de celebração de termo aditivo com efeitos pretéritos. Na qualidade de advogado público, espera- se a adoção de posicionamentos que resguardem o administrador público, bem como a regularidade formal dos procedimentos. Nesse sentido, por força do art. 60 supracitado, o termo aditivo com efeitos pretéritos é necessário para manter a regularidade formal do contrato, evitando-se pagamento em favor de contrato formalmente extinto. Regência da aplicação de multa: a regência da aplicação da multa é simples: processo formal com observância do contraditório. Confira-se o art. 86 da Lei n.º 8.666/1993. Aplicação de sanção: considerando que o comando da prova solicitou “5. Aplicação de sanção”, bem como considerando que o texto base expressamente mencionou a intenção do administrador público em aplicar a pena de multa, então aguarda-se do candidato que oriente o gestor no sentido da necessidade de observância do contraditório ou da ampla defesa no processo sancionatório, bem como, e nesse ponto acolhendo recursos interpostos pelos candidatos, a necessidade de previsão editalícia e contratual de imposição de sanção, na forma do art. 40, inc. III e art. 54, inc. VII, ambos da Lei nº 8.666/93. Por fim, destaca-se o não acolhimento dos recursos quanto pedido de pontuação pela menção aos demais tipos de sanção (advertência, suspensão e impedimento de contrato, declaração de inidoneidade), porquanto o texto base foi expresso quanto à intenção de aplicar a multa, sendo silente quanto aos demais tipos de sanções. Por outro lado, conforme a doutrina, “fora dessas hipóteses [art. 57 da Lei n.º 8.666/1993], caso o atraso seja decorrente de culpa exclusiva do contratado,poderá ser prorrogada a vigência, mas aplicar-se-ão as sanções pertinentes, pelo atraso na execução contratual” (Ronny Charles Lopes de Torres. Leis de licitações públicas. 8.ª ed. Editora Juspodivm, 2017, p. 619). Formas de cobrança da multa: desconta-se da garantia contratual ou, se esta for insuficiente, será descontada do pagamento devido pela administração pública, ou, ainda, cobrada judicialmente, conforme o art. 86 da Lei n.º 8.666/1993. Conclusão Como existem controvérsias tanto doutrinárias como jurisprudenciais, serão consideradas para fins de pontuação as fundamentações coerentes com a conclusão dada. Pelo exposto, o parecer é no sentido da regularidade ou da irregularidade do pagamento... É o parecer Local e data. Conceitos de avaliação Quesito 2.1.1 O candidato deverá abordar os seguintes pontos i) isonomia da licitação, ii) proposta mais vantajosa, iii) promoção do desenvolvimento nacional sustentável e dos princípio(s) da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da publicidade e da vinculação ao instrumento convocatório, da probidade administrativa, da publicidade, do julgamento objetivo. No terceiro ponto, será considerada a resposta que indicar, pelo menos, dois dos quesitos citados destacados. 0 – Não abordou nenhum ponto. 1 – Abordou um ponto. 2 – Abordou dois pontos. 3 – Abordou os três pontos. Quesito 2.1.2 O candidato deverá apresentar: i) a nomenclatura utilizada pela doutrina pelo TCU, qual seja: contrato de escopo ou por objeto; ii) o conceito de contrato de escopo (objeto definido). 0 – Não abordou nenhum ponto. 1 – Abordou um ponto. 2 – Abordou os dois pontos. Quesito 2.1.3 O candidato deverá identificar a controvérsia sobre a vigência do contrato, isto é, questionar se este finda somente com a execução do objeto certo ou no prazo previsto no contrato, sendo livre para se posicionar, uma vez que, nesse ponto, a doutrina é controversa. 0 – Não abordou o tema. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== 1 – Abordou o tema, expressando ou pressupondo que o contrato do texto motivador está necessariamente ligado à vigência temporal nele contida. 2 – Além de abordar o item anterior, o candidato apontou a possibilidade de a vigência contratual estar vincula à execução do objeto certo nele previsto. Quesito 2.1.4 Independentemente da posição adotada, o candidato deverá abordar: i) o termo aditivo em face do fim da vigência contratual (temporal ou mediante cumprimento do contrato) e ii) a (im)possibilidade de se realizar termo aditivo com efeitos pretéritos. 0 – Não abordou nenhum ponto. 1 – Abordou um ponto. 2 – Abordou os dois pontos. Quesito 2.1.5 O candidato deverá informar a necessidade do contraditório antes da aplicação da multa abordar, quanto ao processo sancionatório, a necessidade de i) contraditório ou ampla defesa ii) previsão no edital e no contrato da aplicação de multa. 0 – Não informou a necessidade de contraditório. 1 – Consignou a necessidade de contraditório. 0 – Não abordou nenhum ponto. 1 – Abordou um ponto. 2 – Abordou dois pontos. Quesito 2.1.6 O candidato deverá apontar a seguinte sequência de cobrança de multa: i) descontada da garantia contratual; ii) se for insuficiente, será descontada do pagamento devido pela administração pública e iii) cobrada judicialmente. 0 – Não abordou nenhum ponto. 1 – Abordou um ponto. 2 – Abordou dois pontos. 3 – Abordou os três pontos. Quesito 2.2 0 – Incoerência entre a fundamentação e a conclusão. 1 – Coerência entre a fundamentação e a conclusão. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE CARGO: PROCURADOR MUNICIPAL PROVA DISCURSIVA I – QUESTÃO 1 Aplicação: 28/7/2019 PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO 1 O fundamento constitucional para a fiscalização da constitucionalidade de leis e atos normativos municipais é o art. 125, § 2.º, da Constituição Federal de 1988 (CF): Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. (…) § 2.º Cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único órgão. Dessa forma, conforme previsto na CF, são os estados que devem instituir o sistema de controle de constitucionalidade de leis ou atos normativos municipais contra disposições da constituição estadual. 2 Quanto à legitimidade para a propositura de ações diretas de inconstitucionalidade de leis e atos normativos municipais, cada estado pode prever, na constituição estadual, órgãos, entidades, ou autoridades aptos a provocar o controle abstrato (concentrado) de validade constitucional das normas municipais. A única exigência da CF é que a legitimação para agir não pode ser atribuída a um único órgão. Não há necessidade de a constituição estadual observar simetria com os legitimados apontados na CF. Não é inconstitucional norma da Constituição do Estado que atribui ao procurador da Assembleia Legislativa ou, alternativamente, ao procurador-geral do Estado, a incumbência de defender a constitucionalidade de ato normativo estadual questionado em controle abstrato de constitucionalidade na esfera de competência do Tribunal de Justiça. Previsão que não afronta a CF, já que ausente o dever de simetria para com o modelo federal, que impõe apenas a pluralidade de legitimados para a propositura da ação (art. 125, § 2.º, CF/1988). Ausência de ofensa ao art. 132 da Carta Política, que fixa a exclusividade de representação do ente federado pela Procuradoria-Geral do Estado, uma vez que nos feitos de controle abstrato de constitucionalidade nem sequer há partes processuais propriamente ditas, inexistindo litígio na acepção técnica do termo. (ADI 119, rel. min. Dias Toffoli, j. 19/2/2014, P, DJE de 28/3/2014) 3 A teoria constitucional e a jurisprudência do STF e dos tribunais estaduais têm entendido que o silêncio do legislador constituinte federal quanto ao confronto das normas municipais com a CF não implica lacuna ou omissão suprível jurisprudencialmente. Não há, pois, possibilidade de ação direta de inconstitucionalidade de lei municipal que contrarie a CF. Vale dizer, o sistema brasileiro não admite controle de constitucionalidade de lei municipal em face da CF no STF. Também há possibilidade de ajuizamento de ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) perante o STF, em face de leis e atos normativos municipais violadores de preceitos fundamentais, outra forma de fiscalização em abstrato da constitucionalidade de normas municipais. Acrescenta-se ainda a possibilidade de controle abstrato de constitucionalidade de normas municipais utilizando como parâmetro normas da CF, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== Quesito 2.1 0 – Não apresentou corretamente o fundamento constitucional para a referida fiscalização. 1 – Limitou-se a mencionar o teor do § 2.º do art. 125 da CF, SEM detalhar aprofundadamente o fundamento constitucional, mencionando ou não os números do dispositivo. 2 – Apresentou o teor do § 2.º do art. 125 da CF, detalhando o teor desse fundamento constitucional, mencionando ou não os números do dispositivo. Quesito 2.2.1 0 – Não abordou o aspecto OU apresentou apenas informações incorretas. 1 – Somente explicou que os estados podem prever, na constituição estadual, órgãos, entidades ou autoridades aptos a provocar o controle abstrato de validade constitucional das normas municipais OU somente informou que a legitimidade para agir não pode ser atribuídaa um único órgão. 2 – Explicou que os estados podem prever, na constituição estadual, órgãos, entidades, ou autoridades aptos a provocar o controle abstrato de validade constitucional das normas municipais E informou que a legitimidade para agir não pode ser atribuída a um único órgão. Quesito 2.2.2 0 – Não abordou o aspecto OU indicou que existe dever de simetria com os legitimados na CF. 1 – Informou, corretamente, que não há dever de simetria com os legitimados na CF. Quesito 2.3 0 – Não abordou o aspecto OU respondeu que o sistema brasileiro admite o controle abstrato de constitucionalidade de lei municipal contra a CF, por meio de ADI perante o STF. 1 – Apenas indicou que o sistema brasileiro não admite o controle abstrato de constitucionalidade de lei municipal contra a CF, por meio de ADI perante o STF SEM detalhar sua resposta. 2 – Respondeu que o sistema brasileiro não admite o controle abstrato de constitucionalidade de lei municipal contra a CF, por meio de ADI perante o STF detalhando sua resposta. Quesito 2.3.1 0 – Não abordou o aspecto. 1 – Indicou que há possibilidade de ADPF em face de normas municipais violadoras de preceitos fundamentais referindo TJ ou não referindo STF. 2 – Indicou que há possibilidade de ADPF no STF em face de normas municipais violadoras de preceitos fundamentais. Quesito 2.3.2 0 – Não abordou o aspecto. 1 – Indicou que há possibilidade de ADPF em face de normas municipais violadoras de preceitos fundamentais referindo TJ ou não referindo STF. 2 – Indicou que há possibilidade de controle abstrato de constitucionalidade de normas municipais utilizando como parâmetro normas da CF, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados. Como se trata de prova sem consulta, o fundamento constitucional para a fiscalização da constitucionalidade das leis e dos atos normativos municipais, a menção expressa ao número do artigo (art. 125, § 2º, da CF) é irrelevante para a pontuação. Porém, o candidato deve indicar expressamente que a CF prevê que cabe aos Estados a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual, detalhando a resposta. Os demais recursos que indicam, por exemplo, o teor do artigo 102, § 1º, da CF, que trata da arguição de descumprimento de preceito fundamental, a supremacia, a rigidez, a jurisdição constitucional como fundamento constitucional para a fiscalização da constitucionalidade das leis e dos atos normativos municipais não serão aceitos por não fazerem parte do sistema de controle de constitucionalidade de leis ou atos normativos municipais. Explicita-se no padrão de resposta e na planilha de correção que a inadmissibilidade pelo sistema brasileiro é de ADI no STF em face de norma municipal violadora da CF. Porém, em razão das argumentações dos recursos de que a questão foi formulada genericamente, acrescenta-se no padrão de resposta e na planilha de correção a possibilidade de ajuizamento de ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) perante o STF, em face de leis e atos normativos municipais violadores de preceitos fundamentais, também forma de fiscalização em abstrato da constitucionalidade de normas municipais. Pelas mesmas razões, acrescenta-se no padrão de resposta e na planilha de correção a possibilidade de controle abstrato de constitucionalidade de normas municipais utilizando como parâmetro normas da CF, desde que se trate de normas de reprodução obrigatória pelos estados. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE CARGO: PROCURADOR MUNICIPAL PROVA DISCURSIVA I – QUESTÃO 2 Aplicação: 28/7/2019 PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO 1 Natureza e efeitos jurídicos do ato de inscrição em dívida ativa tributária O ato de inscrição em dívida ativa é um ato administrativo de controle de legalidade, de natureza declaratória e constitutiva, que (a) produz a certidão de dívida ativa, título executivo extrajudicial dotado de presunção de certeza e liquidez, que confere exequibilidade ao crédito tributário, (b) torna a alienação de bens ou oneração de renda, sem reservas por parte do devedor, fraude à execução, (c) atesta a legalidade do procedimento administrativo de cobrança e (d) confere presunção relativa de certeza e liquidez do crédito tributário. 2 Ausência de reflexos da inscrição em dívida ativa de créditos de natureza tributária sobre o prazo prescricional A inscrição em dívida ativa de créditos de natureza tributária não exerce nenhuma influência sobre o prazo prescricional, pois não se encontra arrolada entre as hipóteses do art. 174 do Código Tributário Nacional (CTN). A prescrição é matéria reservada à Lei Complementar (Súmula Vinculante n.º 8 do STF); por isso, somente a inscrição de créditos não tributários provoca a suspensão do prazo prescricional, nos termos do art. 1.º, § 3.º, da Lei n.º 6.830/1980. 3 Possibilidade de inscrever em dívida ativa créditos tributários constituídos pelo contribuinte Caso a dívida tributária tenha sido declarada pelo contribuinte, na forma do art. 150 do CTN, mas não paga, é possível a imediata remessa da dívida para a inscrição em dívida ativa e posterior cobrança via execução fiscal. A declaração do contribuinte constitui, para todos os efeitos, o crédito tributário, e, na hipótese de não ser paga a dívida tributária, ela se torna exigível, nos termos do art. 160, parágrafo único, do CTN. Nesse sentido é a Súmula n.º 436 do STJ: a entrega pelo contribuinte de declaração em que este reconhece débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. Quesito 2.1.1 0 – Não indicou a natureza jurídica do ato de inscrição em dívida ativa. 1 – Indicou ser um ato administrativo de natureza declaratória. 2 – Indicou ser um ato administrativo de natureza constitutiva. 3 – Indicou ser um ato administrativo de natureza declaratória e constitutiva. Quesito 2.1.2 0 – Não abordou nenhum dos efeitos do ato de inscrição. 1 – Abordou apenas UM dos efeitos do ato de inscrição. 2 – Abordou apenas DOIS dos efeitos do ato de inscrição. 3 – Abordou os TRÊS efeitos do ato de inscrição. 4 – Abordou os QUATRO efeitos do ato de inscrição. Quesito 2.2 0 – Não abordou o aspecto OU respondeu que o referido ato suspende o curso da prescrição. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== 1 – Indicou que o referido ato não suspende o prazo prescricional, MAS não citou o art. 174 do CTN, NEM indicou que a prescrição é matéria reservada a Lei Complementar. 2 – Indicou que o referido ato não suspende o prazo prescricional, citou não se encontrar dentre as hipóteses do art. 174 do CTN, MAS não indicou que a prescrição é matéria reservada a Lei Complementar. 3 – Indicou que o referido ato não suspende o prazo prescricional, citou não se encontrar dentre as hipóteses do art. 174 do CTN E indicou que a prescrição é matéria reservada à Lei Complementar, MAS não mencionou a tese contida na Súmula Vinculante n.º 8 do STF ou a existência de precedente vinculante do STF. 4 – Indicou que o referido ato não suspende o prazo prescricional, citou não se encontrar dentre as hipóteses do art. 174 do CTN, indicou que a prescrição é matéria reservada a Lei Complementar E mencionou a tese contida na Súmula Vinculante n.º 8 do STF ou a existência de precedente vinculante do STF. Quesito 2.3 0 – Não abordou o aspecto OU afirmou que não é possível inscrever em dívida ativa créditos tributários constituídos pelo contribuinte. 1 – Indicou que é possível a inscrição, MAS não discorreu sobre a suficiência da declaração para constituição do crédito tributário, NEM fez referência ao entendimento da Súmula n.º436 do STJ. 2 – Indicou que é possível a inscrição E discorreu sobre a suficiência da declaração para constituição do crédito tributário, MAS não fez referência ao entendimento da Súmula n.º 436 do STJ. 3 – Indicou que é possível a inscrição, discorreu sobre a suficiência da declaração para constituição do crédito tributário E fez referência ao entendimento da Súmula n.º 436 do STJ. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE CARGO: PROCURADOR MUNICIPAL PROVA DISCURSIVA II – PEÇA PROCESSUAL Aplicação: 28/7/2019 PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO AO JUÍZO DE DIREITO DA XY.ª VARA DOS FEITOS DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE CAMPO GRANDE – MS PROCESSO N.º MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE, pessoa jurídica de direito público interno, inscrita no CNPJ, endereço completo, representada por seu procurador subscrito, vem, respeitosamente, à presença deste juízo apresentar CONTESTAÇÃO, em desfavor da ação ordinária movida por Fabrício Santos, já qualificado nos autos em epígrafe. DA PRELIMINAR DE NULIDADE DE CITAÇÃO A citação do município de Campo Grande ocorreu pela via postal. Contudo, nos termos do art. 242, § 3.º, do CPC, as pessoas jurídicas de direito público devem ser citadas de forma pessoal, por meio de seu procurador. Dessa forma, pugna-se pela nulidade da citação, com a renovação do prazo da contestação para o município, nos termos do art. 337, inciso I, do CPC. Além disso, a citação também deve ser considerada como nula pelo fato de o município foi citado em uma de suas secretarias e não no órgão de advocacia pública, conforme prevê o art. 242, § 3°, do Código de Processo Civil. Dessa forma, nula está a citação, devendo o processo ser extinto resolução de mérito por ausência de pressuposto para o regular desenvolvimento processual, conforme o constante no art. 485, IV, do CPC. DA IMPUGNAÇÃO DO PEDIDO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA Segundo o disposto no art. 98 do CPC, será agraciada pelas benesses da gratuidade de justiça a pessoa natural, jurídica, brasileira ou estrangeira, que comprovar a insuficiência de recursos para pagar as custas processuais sem colocar em risco sua subsistência e(ou) de sua família. Ocorre que, no caso, o autor da demanda, Fabrício Santos, é proprietário de uma rede de revendedoras de carros importados de luxo. Ora, seria contrassenso o judiciário conceder à parte as benesses da gratuidade ao demandante, uma vez que a ele não se aplica o conceito de hipossuficiente. Por essa razão, pugna-se pelo indeferimento do pleito da parte demandante em respeito aos arts. 98 e seguintes do CPC, solicitando-se, no caso de dúvida, que o autor comprove sua renda com o protocolo de seu imposto de renda, certidão de ônus dos cartórios de registro de imóveis do município de Campo Grande e com demais documentos que o juízo entender necessários. DA IMPUGNAÇÃO DO MÉRITO INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Cabe salientar que a responsabilidade civil do município pauta-se pela teoria do risco administrativo. Importante frisar que, segundo o art. 37, § 6.º, da Constituição Federal de 1988, o ente público responde de forma objetiva pelos atos de seus agentes que causarem danos a terceiros. Porém, no caso em análise, o que ocorreu foi uma consequência da culpa exclusiva da vítima, conforme pode ser comprovado pelo laudo pericial anexo, pelos registros dos depoimentos das testemunhas no local do pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== acidente e pelos comprovantes de revisão periódica do automóvel, os quais asseguram as boas condições mecânicas desse veículo à época do atropelamento. Tudo isso exclui por completo a responsabilização do ente público. Logo, o que se percebe é a ausência de um dos elementos constitutivos da responsabilidade civil, qual seja: o nexo causal. Assim, ante a culpa exclusiva da vítima, requer-se, desde logo, que seja a presente demanda julgada totalmente improcedente, com relação tanto aos danos materiais quanto aos danos morais. DOS DANOS ESTÉTICOS Na absurda hipótese desse juízo não considerar a inexistência de responsabilidade do ente público e em atendimento ao princípio da eventualidade, passa-se à impugnação específica dos pedidos realizados pelo autor. No tocante ao pedido relacionado a danos estéticos, fica claro na narrativa fática do demandante que o que ele sofreu foram apenas leves escoriações no braço direito, sendo incabível o pleito referente a danos estéticos. Embora seja lícita a cumulação das indenizações de dano estético e moral, segundo a Súmula n.º 387 do STJ, no caso exposto, o pedido é inteiramente incabível, por não haver evidência nenhuma que remeta a prejuízos estéticos da parte autora. Tal pedido banaliza totalmente o sofrimento real de vítimas que buscam o Poder Judiciário para, de alguma forma, tentar punir o agressor do direito pelo ilícito cometido. Assim, percebe-se a impossibilidade da aplicação das regras concernentes à aplicabilidade do instituto em questão, qual seja, danos estéticos. Quanto a danos morais, cabe esclarecer que não houve nenhum tipo de constrangimento ou situação que pudesse levar o autor à exposição ao ridículo ou ao sofrimento. Tal pedido banaliza totalmente o sofrimento real de vítimas que buscam o Poder Judiciário para, de alguma forma, tentar punir o agressor do direito pelo ilícito cometido. Assim, percebe-se a impossibilidade da aplicação das regras contidas nos arts. 186 e 927 do Código Civil ao caso ora exposto. DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer-se: a) preliminarmente, que seja reconhecida a nulidade de citação, com a renovação do prazo de contestação para o município, conforme o previsto no art. 337, inciso I, do CPC; b) que não sejam concedidos à parte autora os benefícios da justiça gratuita, por aquela não se enquadrar no conceito de hipossuficiente; c) que seja acolhida a impugnação ao valor da causa, por ser este exorbitante e descabido; c) quanto ao mérito, que seja julgada totalmente improcedente a demanda autoral, por estar configurada no caso concreto a culpa exclusiva da vítima, fato que leva à exclusão da responsabilidade do ente público, não devendo esse arcar com qualquer quantum indenizatório; d) subsidiariamente solicita-se que, caso os pedidos acima sejam indeferidos, que esse juízo considere como desproporcional os danos materiais, estéticos e oriundos de despesas médicas, pois não guardam similitude com os fatos trazidos; e) por fim, que seja o autor condenado ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios. Protesta e requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos. Termos em que pede deferimento. Local e data. Procurador do município. Quesito 2.1 0 – Não apresenta endereçamento ou apresenta endereçamento incorreto. 1 – Apresenta o correto endereçamento. Quesito 2.2 0 – Não faz a indicação da peça processual cabível, nem de seu fundamento legal. 1 – Fez a correta indicação da peça processual cabível. 1 – Limita-se a indicar a peça processual cabível, sem apresentar a fundamentação legal. 2 – Indica a peça processual cabível, com a devida fundamentação legal. Quesito 2.3 0 – Não apresenta preliminar de nulidade da citação. 1 – Limita-se apenas a pugnar pela nulidade da citação em razão desta ter sido feita pela via postal OU limita-se apenas ao fato de ter sido a citação endereçada a uma das secretarias do município e não no órgão da advocacia pública. 2 – Apresenta preliminar pugnando a nulidade da citação em razão desta ter sido feita pela via postal e endereçada a uma das secretarias do município e não no órgão da advocacia pública. 1 – Limita-se a pugnar pela nulidade da citação, sem requerer renovação do prazo de contestação parao município. 2 – Apresenta preliminar pugnando a nulidade da citação e requerendo renovação do prazo de contestação para o município. Quesito 2.4 pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== 0 – Não apresenta impugnação ao pedido de gratuidade de justiça. 1 – Limita-se a apresentar os requisitos necessários à gratuidade de justiça, sem levantar dados do caso em apreço que justifiquem a impugnação ao pedido de gratuidade de justiça. 2 – Apresenta impugnação ao pedido de gratuidade de justiça, com a devida fundamentação na lei e nos fatos da situação hipotética. Quesito 2.5.1 0 – Não apresenta impugnação do mérito quanto à inexistência de responsabilidade civil do estado. 1 – Limita-se a explicar em que consiste a responsabilidade civil do estado, sem levantar os fatos da situação hipotética para justificar a impugnação do mérito em razão de culpa exclusiva da vítima e inexistência de nexo causal. 2 – Explica em que consiste a responsabilidade civil do estado, mas levanta os fatos da situação hipotética para justificar a impugnação do mérito apenas em razão de culpa exclusiva da vítima ou da inexistência de nexo causal. 3 – Explica em que consiste a responsabilidade civil do estado, levantando os fatos da situação hipotética para justificar a impugnação do mérito em razão de culpa exclusiva da vítima e da inexistência de nexo causal. Quesito 2.5.2 0 – Não apresenta impugnação do mérito quanto aos pedidos de indenização por danos estéticos. 1 – Apresenta impugnação do mérito quanto ao pedido de indenização por danos estéticos. Quesito 2.6 0 – Não apresenta os pedidos. 1 – Apresenta somente um dos pedidos cabíveis. 2 – Apresenta somente dois dos pedidos cabíveis. 3 – Apresenta somente três dos pedidos cabíveis. 4 – Apresenta somente quatro dos pedidos cabíveis. 5 – Apresenta os cinco pedidos cabíveis. Quesito 2.7 0 – Não apresenta fechamento. 1 – Apresenta fechamento incompleto (falta algum dos elementos essenciais ao fechamento). 2 – Apresenta fechamento correto e completo. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE CARGO: PROCURADOR MUNICIPAL PROVA DISCURSIVA II – QUESTÃO 1 Aplicação: 28/7/2019 PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO 1 Requisitos legais para a concessão do salário-maternidade. Carência no caso de Maria. Duração e início da concessão do benefício O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante que tenha cumprido a carência exigida, tanto em razão de nascimento de filho biológico da segurada, como em caso de adoção, obtenção de guarda judicial para fins de adoção e aborto não criminoso. No caso, não há carência já que Maria era segurada empregada doméstica. Tem como duração prevista 120 dias, com início no período entre 28 dias antes do parto e a data de ocorrência deste. 2 Regras de cálculo do salário-maternidade para o caso de Maria Assegurado o valor de um salário mínimo, o salário-maternidade consistirá em um valor correspondente ao do seu último salário de contribuição, para a segurada empregada doméstica, no caso, Maria. 3 Direitos de Roberto em relação ao benefício Tendo falecido Maria, que tinha direito ao recebimento de salário-maternidade, o pagamento do benefício a Roberto é devido, pois este também possui as condições necessárias à concessão do benefício em razão de suas próprias contribuições ele também ser segurado do RGPS, devendo Roberto requerer o benefício e se afastar do trabalho, sob pena de suspensão do benefício. Fundamentação: Lei n.º 8.213/1991: Art. 71. O salário-maternidade é devido à segurada da Previdência Social, durante 120 (cento e vinte) dias, com início no período entre 28 (vinte e oito) dias antes do parto e a data de ocorrência deste, observadas as situações e condições previstas na legislação no que concerne à proteção à maternidade. Art. 71-B. No caso de falecimento da segurada ou segurado que fizer jus ao recebimento do salário-maternidade, o benefício será pago, por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de seu abandono, observadas as normas aplicáveis ao salário-maternidade. § 1º. O pagamento do benefício de que trata o caput deverá ser requerido até o último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário. § 2º. O benefício de que trata o caput será pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do término do salário-maternidade originário e será calculado sobre: II – o último salário de contribuição, para o empregado doméstico. Art. 73. Assegurado o valor de um salário mínimo, o salário-maternidade para as demais seguradas, pago diretamente pela Previdência Social, consistirá: pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== I – em um valor correspondente ao do seu último salário de contribuição, para a segurada empregada doméstica. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== Quesito 2.1 0 – Não mencionou o aspecto. 1 – Mencionou apenas os requisitos legais OU disse que não há carência OU mencionou a duração e início da concessão do benefício. 2 – Mencionou os requisitos legais E/OU disse que não há carência E/OU informou a duração e início da concessão do benefício. 3 – Mencionou os requisitos legais, disse que não há carência E informou a duração e o início da concessão do benefício. Quesito 2.2 0 – Não mencionou o aspecto. 1 – Explicou a regra de cálculo do salário-maternidade para o caso de Maria. Quesito 2.3 0 – Não mencionou o aspecto. 1 – Mencionou que Roberto tem direito, MAS não desenvolveu o tópico. 2 – Mencionou que Roberto tem direito E desenvolveu o tópico. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== CONCURSO PÚBLICO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE CARGO: PROCURADOR MUNICIPAL PROVA DISCURSIVA II – QUESTÃO 2 Aplicação: 28/7/2019 PADRÃO DE RESPOSTA DEFINITIVO 1 Quatro possíveis causas para a extinção do contrato de concessão florestal São causas de extinção da concessão florestal: o esgotamento do prazo contratual; a rescisão; a anulação; a falência ou a extinção do concessionário; e o falecimento ou a incapacidade do titular, no caso de empresa individual, ou a desistência e a devolução, por opção do concessionário, do objeto da concessão. 2 Situação dos bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário Os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário, uma vez extinta a concessão, retornam ao titular da floresta pública, conforme previsto no edital e estabelecido em contrato. 3 Possibilidade de ocupação de área pelo poder concedente e utilização dos bens reversíveis A extinção da concessão autoriza o concedente a, independentemente de notificação prévia, ocupar as instalações e utilizar todos os bens reversíveis. 4 Eventual direito à indenização ou retenção dos bens reversíveis pelo concessionário A devolução da área não implicará ônus ao poder concedente, nem conferirá ao concessionário nenhum direito de indenização pelos bens reversíveis, que passarão à propriedade do poder concedente. Para a situação de rescisão do contrato, caso existam parcelas de investimento ainda não amortizadas, vinculadas aos bens reversíveis, estas deverão ser indenizadas. Fundamentação: Art. 44 da Lei n.º 11.284/2006 especifica as causas de extinção da concessão florestal, a situaçãodos bens reversíveis, a possibilidade de ocupação e a possibilidade ou não de indenização. Art. 44. Extingue-se a concessão florestal por qualquer das seguintes causas: I - esgotamento do prazo contratual; II - rescisão; III - anulação; IV - falência ou extinção do concessionário e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual; V - desistência e devolução, por opção do concessionário, do objeto da concessão. § 1.º Extinta a concessão, retornam ao titular da floresta pública todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário, conforme previsto no edital e estabelecido em contrato. § 2.º A extinção da concessão autoriza, independentemente de notificação prévia, a ocupação das instalações e a utilização, pelo titular da floresta pública, de todos os bens reversíveis. § 3.º A extinção da concessão pelas causas previstas nos incisos II, IV e V do caput deste artigo autoriza o poder concedente a executar as garantias contratuais, sem prejuízo da responsabilidade civil por danos ambientais prevista na Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981. pcimarkpci MDAwMDowMDAwOjAwMDA6MDAwMDowMDAwOmZmZmY6MzZlOTpjMjU5:U3VuLCAxMiBTZXAgMjAyMSAwODowMDozNiAtMDMwMA== § 4.º A devolução de áreas não implicará ônus para o poder concedente, nem conferirá ao concessionário qualquer direito de indenização pelos bens reversíveis, os quais passarão à propriedade do poder concedente. § 5.º Em qualquer caso de extinção da concessão, o concessionário fará, por sua conta exclusiva, a remoção dos equipamentos e bens que não sejam objetos de reversão, ficando obrigado a reparar ou indenizar os danos decorrentes de suas atividades e praticar os atos de recuperação ambiental determinados pelos órgãos competentes. Art. 45. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a rescisão da concessão, a aplicação das sanções contratuais e a execução das garantias, sem prejuízo da responsabilidade civil por danos ambientais prevista na Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, e das devidas sanções nas esferas administrativa e penal. § 1º A rescisão da concessão poderá ser efetuada unilateralmente pelo poder concedente, quando: IX - ocorrer fato superveniente de relevante interesse público que justifique a rescisão, mediante lei autorizativa específica, com indenização das parcelas de investimento ainda não amortizadas vinculadas aos bens reversíveis que tenham sido realizados; Quesito 2.1 0 – Não abordou o aspecto. 1 – Indicou apenas uma causa de extinção do contrato de concessão florestal. 2 – Indicou duas causas de extinção do contrato de concessão florestal. 3 – Indicou três causas de extinção do contrato de concessão florestal. 4 – Indicou quatro causas de extinção do contrato de concessão florestal. Quesito 2.2 0 – Não abordou o aspecto. 1 – Mencionou o aspecto, mas não o desenvolveu. 2 – Mencionou e desenvolveu o aspecto. Quesito 2.3 0 – Não abordou o aspecto. 1 – Mencionou o aspecto, mas não o desenvolveu. 2 – Mencionou e desenvolveu o aspecto. Quesito 2.4 0 – Não abordou o aspecto. 1 – Mencionou o aspecto, mas não o desenvolveu a hipótese da possibilidade de indenização. 2 – Mencionou e desenvolveu o aspecto.