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Prof. Humberto Martins 1 de 90 
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Aula 09 
Curso: Direito Tributário 
Professor: Humberto Martins 
 
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Curso: Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Humberto Martins Aula 09 
Prof. Humberto Martins 2 de 90 
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Sumário 
1- Administração Tributária .................................................................... 3 
2- Dívida Ativa e Certidão Negativa ......................................................... 6 
3- Questões Comentadas ..................................................................... 11 
4- Lista de Exercícios ........................................................................... 66 
5- Gabaritos ....................................................................................... 90 
 
 
 Olá, queridos alunos. 
 
 A aula de hoje é bem tranquila. Mantenha-se firme, pois falta pouco: essa 
é nossa penúltima aula teórica! Vamos juntos!  
 
 Forte abraço, 
Humberto Martins 
 
 
 
“Quando faltar sorte, faça sobrar atitude. O azar morre de medo das 
pessoas determinadas.” 
(autoria desconhecida) 
 
Aula 09 – Administração tributária - fiscalização, regulamentação, 
competência, limites, procedimentos. Dívida ativa - certidão 
negativa. 
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Curso: Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Humberto Martins Aula 09 
Prof. Humberto Martins 3 de 90 
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As Administrações Tributárias da União, Estados, DF e Municípios são 
consideradas pela Constituição Federal, no art. 37, XXII, atividades 
essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras 
específicas, com recursos prioritários para a realização de suas atividades 
e devem atuar de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de 
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
 A fiscalização consiste na atividade estatal de identificação e punição 
dos sujeitos passivos que não cumprem suas obrigações tributárias, visando 
estimular o cumprimento espontâneo das obrigações tributárias. 
 Reunimos no esquema abaixo as importantes informações dispostas nos 
art. 194 e 195 do CTN: 
 
 Nos termos do art. 196 do CTN, a autoridade competente deve lavrar um 
termo que documente o início da fiscalização, na forma da legislação 
aplicável, fixando um prazo máximo para sua conclusão. O parágrafo único 
desse artigo determina que, SEMPRE QUE POSSÍVEL, o termo será lavrado EM 
UM DOS LIVROS FISCAIS EXIBIDOS pelo contribuinte. Se lavrado em separado, 
deverá ser entregue à pessoa sujeita à fiscalização cópia autenticada pela 
autoridade. 
 Atente que a lavratura de Termo de Início de Fiscalização pode produzir 
dois outros efeitos: antecipar a contagem do prazo decadencial e afastar 
a espontaneidade do sujeito passivo (art. 138, parágrafo único, CTN). 
O CTN determina, em seu art. 195, parágrafo único, que os livros 
obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos 
lançamentos nele efetuados serão conservados até que ocorra a 
prescrição dos créditos tributários decorrentes. 
 
 
Legislação Tributária 
em matéria de 
fiscalização
regulará competência e poderes das 
autoridades fiscais
aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas,
CONTRIBUINTES OU NÃO, inclusive às 
que gozem de imunidade tributária ou
de isenção de caráter pessoal
Para seus efeitos, NÃO têm aplicação 
quaisquer disposições legais excludentes 
ou limitativas do direito de examinar 
mercadorias, livros, arquivos, documentos, 
papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos 
comerciantes industriais ou produtores, ou da 
obrigação destes de exibi-los
1- Administração Tributária 
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Curso: Direito Tributário 
Teoria e Questões comentadas 
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 Atenção à pegadinha! O CTN não fala para manter os livros 
por 5 anos ou outro prazo específico, mas até a prescrição dos créditos 
tributários relacionados – até porque os prazos prescricionais podem sofrer 
interrupção ou suspensão. 
 Conforme destacamos no esquema, não se aplicam quaisquer disposições 
legais excludentes ou limitativas do direito da autoridade fiscal de examinar os 
livros de escrituração comercial e fiscal. Desse modo, o caráter sigiloso da 
escrituração comercial e fiscal e dos documentos a ela relacionados não pode 
ser oposto ao Fisco, devendo os documentos ser mantidos até que ocorra a 
prescrição dos créditos a que se refiram. No entanto, a Súmula nº 439 do STF 
estabelece que o exame dos livros é limitado aos pontos objeto da 
investigação. Veja sua literalidade: “Estão sujeitos à fiscalização tributária ou 
previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto 
da investigação”. 
 O art. 197 prevê que a autoridade administrativa, mediante intimação 
escrita, pode exigir que determinadas pessoas prestem todas as informações de 
que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: 
 
 Contudo, de acordo com o parágrafo único deste artigo, essa obrigação 
não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o 
informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de 
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 
 Perceba que a lista das pessoas obrigadas a atender as requisições fiscais 
não é exaustiva, em virtude de a última hipótese ser considerada aberta 
“quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu 
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão”. 
As informações obtidas pelas autoridades fiscais no exercício de suas 
atividades sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou 
de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades não 
podem ser divulgadas por força do art. 198 do CTN, sem prejuízo do disposto 
Obrigados a prestar informações sobre
BENS, NEGÓCIOS OU ATIVIDADES DE TERCEIROS
* Tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
* Bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais 
instituições financeiras;
*Empresas de Administração de Bens;
*Os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
*Os inventariantes;
*Os síndicos, comissários e liquidatários;
*Quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei
designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, 
atividade ou profissão.
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na legislação criminal. É o quese chama de sigilo fiscal, garantia de segurança 
dos fiscalizados. Há, contudo, importantes exceções! 
 
 No interesse da Justiça, a autoridade judiciária poderá requisitar 
informações protegidas por sigilo fiscal. O interesse da Administração Pública 
também pode justificar um caso de exceção ao sigilo fiscal, desde que seja 
comprovada a instauração regular de processo administrativo no órgão ou 
entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo ao qual se 
refere a informação, por prática de infração administrativa. Representação fiscal 
para fins penais é a comunicação ao Ministério Público da possível prática de 
crime contra a ordem tributária. 
 Nos termos do art. 200, as autoridades administrativas poderão 
requisitar (sinônimo de ordenar) auxílio da força pública quando vítimas de 
embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à 
efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se 
configure fato definido em lei como crime ou contravenção. 
 Memorize agora uma informação que também se encontra dentro do 
Título IV do CTN (Administração Tributária) e que por vezes é objeto de 
cobrança das bancas: “Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação 
tributária serão contínuos, EXCLUINDO-SE na sua contagem o dia de início e 
INCLUINDO-SE o de vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam 
ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo 
ou deva ser praticado o ato.” 
 
 
 
Exceções ao 
sigilo fiscal
Requisição da autoridade judiciária
Solicitação de outro órgão da Administração Pública para
apuração de infração administrativa
Permuta de informações sigilosas entre União, Estados, DF e 
Municípios, nos termos de lei ou convênio;
e, entre a União e Estados estrangeiros, conforme tratados, 
acordos e convênios
Divulgação de 
informações 
relativas a
Representações fiscais para
fins penais
Inscrições na Dívida Ativa da 
Fazenda Pública
Parcelamento ou moratória
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Quando uma pessoa está devendo ao Estado, o débito é inscrito em dívida 
ativa, sendo esta dividida em dívida ativa tributária e não tributária (art. 39, Lei 
4.320/1964). 
Conforme o art. 201 do CTN, a Dívida ativa tributária é aquela 
proveniente do crédito tributário de igual natureza não pago no prazo 
fixado pela lei ou por decisão final proferida em processo regular, em razão 
disso, submetido à respectiva inscrição na repartição administrativa 
competente. Trata-se de uma espécie de cadastro em que a Fazenda Pública 
registra os valores que poderá exigir judicialmente, ou seja, são registrados 
todos sujeitos passivos que não cumpriram suas obrigações no prazo. 
A inscrição é realizada por intermédio da lavratura de um termo no livro 
da dívida ativa. Atualmente, o livro é eletrônico, mas o termo continua existindo. 
O art. 202 do CTN determina os elementos que devem constar no termo de 
inscrição da dívida ativa: 
 
 (FGV/ICMS RJ/2008) No termo da inscrição da dívida ativa, 
não é necessário indicar: 
a) o valor dos juros moratórios devidos. 
b) a data da inscrição. 
c) a quantia devida. 
d) o nome do devedor e seu domicílio. 
Termo de 
inscrição em 
dívida ativa, 
autenticado pela 
autoridade 
competente,
indicará:
o nome do devedor
a quantia devida e a maneira de calcular os juros de 
mora acrescidos
a origem e natureza do crédito, mencionada 
especificamente a disposição da lei em que seja fundado
a data em que foi inscrita
sendo o caso
o número do processo 
administrativo de que se originar o 
crédito
nome dos co-responsáveis do 
devedor
sempre que 
possível
o domicílio ou a residência do 
devedor e corresponsável
2- Dívida Ativa e Certidão Negativa 
 
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e) a origem e a natureza do débito. 
Comentários: 
De acordo com art. 202 do CTN, o termo de inscrição da dívida ativa, 
autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente o nome do 
devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, 
o domicílio ou a residência de um e de outros; a quantia devida e a maneira 
de calcular os juros de mora acrescidos; a origem e natureza do crédito, 
mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; a data 
em que foi inscrita; sendo caso, o número do processo administrativo de que se 
originar o crédito. Logo, não é necessário indicar o valor dos juros 
moratórios, até porque tal valor dependerá do momento em que será realizado 
o pagamento da dívida. Gabarito: A 
 
 Preste muita atenção aos detalhes, pois eles são cobrados em prova! Por 
exemplo, analise a seguinte assertiva: “O termo de inscrição em Dívida Ativa 
deve sempre apresentar o domicílio do devedor”. Ela está ERRADA, pois não se 
trata de requisito essencial – o domicílio ou a residência só constarão quando 
possível. Veja no esquema que os itens opcionais estão em verde! 
Perceba que do mesmo modo que o lançamento materializa o crédito 
tributário, tornando-o exigível, o termo de inscrição da dívida ativa 
formaliza o inadimplemento do sujeito passivo, possibilitando a ação de 
execução fiscal. 
Com a inscrição, extrai-se uma certidão de dívida ativa, que é um 
título executivo extrajudicial capaz de subsidiar a ação de execução fiscal. 
Conforme a doutrina majoritária, o único objetivo da inscrição em dívida 
ativa é possibilitar a futura execução fiscal. 
A palavra certidão significa cópia fiel. Assim, deve conter todos os 
requisitos do termo de inscrição, mais a indicação do livro e folha de 
inscrição (parágrafo único do art. 202 do CTN). 
 Conforme o art. 203 do CTN, a omissão de quaisquer dos requisitos do 
termo, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do 
processo de cobrança dela decorrente. Contudo a nulidade poderá ser sanada 
até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, 
devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que 
somente poderá versar sobre a parte modificada. 
 De acordo com a jurisprudência do STJ, a retificação da certidão e da 
inscrição somente é possível quando não constitua subversão ao 
lançamento efetuado anteriormente. Nos termos da Súmula 392 STJ: “A 
Fazenda Pública pode substituir a Certidão de Dívida Ativa (CDA) até a 
prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro 
material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da 
execução”. 
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 Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita,a dívida goza de 
presunção de certeza E liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Mas 
CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção não é absoluta 
(juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo ser ilidida por 
prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. 
Ainda sobre presunção de certeza e liquidez, você precisa conhecer a 
regra do parágrafo único do art. 201 do CTN, segundo o qual “a fluência de 
juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito”. 
Em outras palavras, com a inscrição de um crédito em dívida ativa não cessa a 
fluência dos juros de mora e essa fluência não retira a liquidez do crédito 
tributário inscrito em dívida ativa. 
 
2.1. Certidão Negativa de Débitos (CND) 
 Prevista no art. 205 do CTN, a CND trata-se do documento expedido por 
requerimento do interessado para prova de quitação de determinado 
tributo. Esse documento deve conter todas as informações necessárias à 
identificação do requerente, seu domicílio fiscal, ramo de negócio ou atividade 
e indicar o período a que se refere. 
As certidões negativas são exigidas principalmente para que o sujeito 
passivo possa participar de licitações perante a Administração Pública. Além 
disso, pode também ser solicitada para obtenção de financiamentos em 
instituições financeiras e participação em programas governamentais. 
Embora possua presunção de legitimidade, a certidão negativa não 
extingue as dívidas tributárias existentes que não tenham constado nela por 
erro. A certidão será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida 
e será fornecida dentro de dez dias da data de entrada do requerimento na 
repartição. Atenção: esse prazo é de 10 dias corridos, e não úteis. 
 (FCC/Procurador - PGE AM/2010) Quanto ao prazo legal 
para fornecimento de certidão negativa de débitos tributários, é correto afirmar 
que 
a) a repartição possui o prazo de 30 dias para sua emissão, se não for 
constatado nenhum débito tributário. 
b) a repartição possui o prazo de 10 dias para sua emissão, contados da data 
da entrada do requerimento na repartição. 
c) não existe prazo legal para o fornecimento, devendo, contudo, ser observada 
a ordem de chegada dos pedidos formulados. 
d) o prazo de 30 dias para emissão é contado a partir da quitação do último 
débito tributário inscrito na dívida ativa. 
e) o prazo é de até 90 dias, de acordo com o Código Tributário Nacional. 
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Comentários: Conforme art. 205, parágrafo único do CTN, a certidão negativa 
será expedida dentro de 10 dias da data da entrada do requerimento na 
repartição. Gabarito: B 
 
No art. 207, o CTN estabeleceu a norma de que independentemente de 
lei autorizativa, a CND não será exigida nos casos em que se tratar da prática 
de ato indispensável para evitar a caducidade (perda) de direito do 
interessado. Contudo, todos os participantes do ato responderão pelo 
tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as 
relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator. 
Cuidado! Conforme a doutrina, são considerados participantes do ato 
somente os interessados na sua prática, ou seja, aqueles que fizerem uso desta 
regra para serem dispensados da apresentação da certidão. Logo, incluem-se 
os sujeitos passivos e também as pessoas físicas que, em nome daqueles, 
tenham invocado a aplicação do dispositivo. Mas, indiscutivelmente, não estão 
incluídos os membros da comissão de licitação. 
Há situações em que, embora possua débitos, o sujeito passivo está em 
situação regular com Fisco. Nestes casos, no lugar da CND é expedida a 
Certidão Positiva com Efeitos de Negativa. É positiva por existirem débitos, 
mas tem efeitos de negativa, pois o requerente está em situação regular. 
Conforme o art. 206, do CTN, há três situações em que será expedida Certidão 
Positiva com Efeitos de Negativa: 
 
Conforme a jurisprudência do STJ, além das situações previstas no art. 
206 do CTN, também o depósito em garantia autoriza a expedição de 
Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: “É lícito ao contribuinte, antes do 
ajuizamento da execução fiscal, oferecer caução no valor do débito inscrito em 
dívida ativa com o objetivo de, antecipando a penhora que garantiria o processo 
de execução, obter certidão positiva com efeitos de negativa”. (REsp 
942.027/2007). 
Outra importante jurisprudência do STJ que você precisa conhecer é a 
que fala sobre a legitimidade da recusa de expedição de certidão negativa ou 
positiva com efeito de negativa: 
Súmula 446 do STJ: “Declarado e não pago o débito tributário pelo 
contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou 
positiva com efeito de negativa.” 
Tem o mesmo efeito da 
certidão negativa aquela na qual 
conste a existência de créditos 
não vencidos
em curso de cobrança 
executiva em que tenha 
sido efetivada a penhora
ou cuja 
exigibilidade
esteja suspensa
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Por fim, determina o art. 208, CTN que a certidão negativa expedida 
com DOLO ou FRAUDE, que contenha erro contra a Fazenda Pública, 
responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito 
tributário e juros de mora acrescidos, sem prejuízo da responsabilidade criminal 
e funcional que no caso couber. 
 
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1. (FCC/ICMS RJ/2014) Com base em convênio específico para esse fim, 
firmado entre a União Federal e o Estado do Rio de Janeiro, o Ministério da 
Fazenda passou a comunicar a esta unidade federada, anualmente, a partir de 
2013, inclusive, os valores que os contribuintes do Imposto de Renda, 
domiciliados no Estado do Rio de Janeiro, informaram, no campo denominado 
“TRANSFERÊNCIAS PATRIMONIAIS − DOAÇÕES E HERANÇAS”, e que pudessem 
ser de interesse ao Estado fluminense, na identificação de potenciais doações 
sujeitas à incidência do ITD a favor desse Estado. 
Com base nesse convênio, o Governador do Estado editou decreto criando as 
principais regras reguladoras da fiscalização desse imposto, as quais deveriam 
ser observadas nesse tipo de fiscalização. Além disso, o setor específico da 
Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, vinculado à fiscalização de 
contribuintes estaduais fluminenses, criou novas regras, complementares e 
específicas, para regular esse tipo de fiscalização, envolvendo um grande 
contingente de pessoas naturais. 
Considerando o disposto no CTN e a situação hipotética apresentada, o 
fornecimento dessasinformações pelo Ministério da Fazenda à Secretaria da 
Fazenda do Rio de Janeiro 
a) é permitido, com base em convênio firmado entre os dois órgãos, podendo, 
ainda, o Governador e as autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda 
do referido Estado, criar normas específicas para a fiscalização do ITD, pois 
essas regras reguladoras da fiscalização podem ser criadas por qualquer norma 
da administração tributária. 
b) só poderia ser promovido com base em norma expressa de lei complementar 
federal, mas tanto o Governador, como as autoridades administrativas da 
Secretaria de Fazenda desse Estado podem criar normas específicas para a 
fiscalização do ITD. 
c) só seria permitido com base em norma expressa de lei complementar federal, 
sendo, ainda, que, nem o Governador, nem as autoridades administrativas da 
Secretaria de Fazenda desse Estado poderiam criar normas específicas para a 
fiscalização do ITD, pois essas normas reguladoras da fiscalização devem ser 
criadas por lei ordinária. 
d) é permitido, com base no convênio firmado, podendo o Governador do Estado 
do Rio de Janeiro criar essas regras reguladoras da fiscalização, por decreto, 
sendo vedada, porém, sua criação por normas de hierarquia inferior à de 
decreto, editadas por autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda 
daquele Estado. 
e) não é permitido, em hipótese alguma, pois as informações prestadas pelo 
contribuinte do Imposto de Renda estão protegidas pelo sigilo fiscal, não 
podendo ser utilizadas nem mesmo por outras pessoas jurídicas de direito 
3- Questões Comentadas 
 
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público, em decorrência de convênios, excetuados os casos em que houver 
ordem judicial expressa e específica para que elas sejam fornecidas. 
Comentários: 
De acordo com art. 199 do CTN, “A Fazenda Pública da União e as dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente 
assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de 
informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei 
ou convênio”. Com isso, eliminamos as alternativas B, C e E. 
Agora a questão é saber se as normas reguladoras da fiscalização 
podem ter hierarquia inferior a de decreto. Segundo o art. 194 do CTN, a 
competência e poderes das autoridades administrativas em matéria de 
fiscalização serão regulados pela legislação tributária. E, como já devemos 
saber, a “expressão legislação tributária compreende leis, tratados e as 
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que 
versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles 
pertinentes”. 
Tais normas complementares abrangem os atos normativos expedidos 
pelas autoridades administrativas, as decisões dos órgãos singulares ou 
coletivos de jurisdição administrativa a que a lei atribua eficácia normativa, 
práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas e 
convênios celebrados entre os entes (art. 100). 
Logo, as normas reguladoras da fiscalização podem ter hierarquia inferior 
a de decreto. Perceba que essa questão exigiu um conhecimento articulado de 
diversos dispositivos do CTN. Gabarito: A 
 
2. (FCC/ICMS RJ/2014) Oscar, Auditor Fiscal da Receita Estadual, deu 
início aos seus trabalhos de fiscalização, na empresa “Super Atacadão de Roupas 
Finas Ltda.”, e intimou o sócio gerente da empresa, Sr. Cláudio, a lhe exibir 
diversos livros e documentos necessários à realização dessa fiscalização, no que 
foi atendido. 
 O exame dessa documentação, todavia, não revelou a Oscar qualquer 
irregularidade relacionada à legislação do ICMS. 
 Antes de concluir seus trabalhos fiscais, porém, Oscar, suspeitando da 
existência de possíveis irregularidades e sabendo que o Sr. Cláudio era religioso 
e considerava pecado a sonegação de impostos, decidiu intimar, por escrito, o 
sacerdote confessor do Sr. Cláudio, para que ele lhe informasse conteúdos da 
confissão que pudessem eventualmente constituir prova de prática de infração 
à legislação do ICMS do Estado do Rio de Janeiro. 
Essa notificação foi baseada no art. 197 do CTN, cujo caput estabelece a 
obrigatoriedade de determinadas pessoas, mediante intimação escrita, 
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prestarem à autoridade administrativa todas as informações de que disponham 
com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros. 
O referido sacerdote, em resposta fundamentada no acordo que o Brasil e a 
Santa Sé firmaram na cidade do Vaticano, em 13 de novembro de 2008, relativo 
ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, fundamentada, também, no 
Decreto Legislativo no 698, de 7 de outubro de 2009, que aprovou esse acordo 
no Brasil e, ainda, no Decreto Federal no 7.107/2010, que determina o 
cumprimento desse acordo, que tem força de lei no território nacional, negou-
se a prestar a informação solicitada pelo Auditor Oscar, invocando o que 
estabelece o art. 13 do referido acordo, cujo teor é o seguinte: é garantido o 
segredo do ofício sacerdotal, especialmente o da confissão sacramental. 
Nesse caso, com base no que estabelece o CTN, o sacerdote agiu em 
a) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações 
solicitadas pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os 
quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de 
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, desde que essas 
informações sejam utilizadas para fins tributários, mas não penais. 
b) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações 
solicitadas pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os 
quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de 
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, pois o fisco também 
deve observar o sigilo dessas informações. 
c) conformidade com o CTN, pois eles não estão sujeitos à jurisdição tributária 
brasileira, em razão de estarem submetidos diretamente à Santa Sé, que os 
jurisdiciona, em matéria de direito civil, penal e tributário. 
d) conformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas 
pelo fisco não abrange informações quanto a fatos sobre os quais o informante 
esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, 
função, ministério, atividade ou profissão, como é o caso deste sacerdote. 
e) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações 
solicitadas pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os 
quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de 
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, desde que essas 
informações sejam utilizadas exclusivamente para fins civis e tributários, mas 
não penais. 
Comentários: 
Não se assuste com o tamanho da questão, essa você pode (e deve) resolver 
diretamente pelas alternativas! 
Alternativas A, B e E: “(...) a obrigação de prestar informações solicitadaspelo fisco NÃO abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais 
o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, 
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ofício, função, ministério, atividade ou profissão (...)”, de acordo com o 
parágrafo único do art. 197 do CTN. 
Alternativa C: Invencionice! A legislação tributária aplica-se às pessoas 
naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade 
tributária ou de isenção de caráter pessoal, conforme art. 194, parágrafo único 
do CTN. Ou seja, todos estão submetidos à legislação tributária, sem restrição. 
Alternativa D: Perfeito, conforme art. 197 do CTN. Gabarito: D 
 
3. (FCC/ICMS RJ/2014) A empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes 
S.A., grande fabricante de refrigerantes no Estado do Rio de Janeiro, foi 
fiscalizada entre os meses de março e junho de 2005, pelos auditores fiscais 
Rodrigus da Silva e Renatus de Oliveira. 
Para poder realizar seus trabalhos conforme determinado, esses auditores 
tiveram, além de examinar os dados econômico-financeiros da empresa, de 
obter informações sigilosas e secretas, tais como a fórmula para a fabricação 
dos refrigerantes e a relação dos insumos utilizados na sua elaboração. 
As informações relacionadas com as empresas fornecedoras das matérias-
primas e com as próprias matérias-primas sempre foram guardadas sob sigilo 
extremo. 
Notificadas a exibir livros e documentos relacionados com essas operações e a 
prestar as informações solicitadas pelo fisco, inclusive as de caráter sigiloso, a 
empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A. prestou-as conforme 
solicitado. 
Em setembro de 2012, ou seja, sete anos depois de concluída essa fiscalização, 
a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, em periódico informativo 
oficial, distribuído aos seus funcionários e ao público em geral, publicou 
reportagem a respeito das mercadorias que constituíam matéria-prima para a 
elaboração dos refrigerantes fabricados pela empresa em questão, no qual, 
além de citar nominalmente a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes 
S.A., fez referência expressa aos seus fornecedores, aos seus clientes e a uma 
série de informações relacionadas com as mercadorias por eles comercializadas, 
tornando público, inclusive, o conteúdo da fórmula de alguns dos refrigerantes 
mais vendidos pela empresa, a matéria-prima utilizada, os nomes dos 
fornecedores, a situação econômica desses fornecedores e muitos outros dados 
sigilosos dessas empresas. 
O conteúdo dessa reportagem caiu rapidamente em domínio público e os 
auditores fiscais que fizeram a fiscalização, na qual essas informações foram 
obtidas, deram entrevista a uma revista de grande circulação nacional, que 
elaborou uma reportagem especial sobre a empresa Campos dos Goitacazes 
Refrigerantes S.A., suas maiores fornecedoras e suas maiores clientes, 
abrangendo tanto suas atividades e seus negócios em âmbito nacional, como 
sua situação financeira e econômica. 
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A reportagem identificou, no histórico fiscal de uma das fornecedoras da 
empresa mencionada, a existência de representações fiscais para fins penais 
que existiam em nome de seus sócios, bem como a relação dos seus créditos 
tributários, que se encontravam inscritos em dívida ativa do Estado. 
Depois dessa reportagem, as ações da empresa Campos dos Goitacazes 
Refrigerantes S.A. e de suas clientes e fornecedoras despencaram nas bolsas 
de valores nacionais. 
Com base no CTN, nessa situação hipotética, o dever de sigilo 
a) foi violado, quando a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, por 
meio de seu periódico, tornou público o conteúdo da fórmula e da matéria-prima 
relacionadas com a fabricação de alguns dos refrigerantes mais vendidos pela 
empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., mesmo que essa 
publicidade não tenha sido dada pelos auditores fiscais que a fiscalizaram. 
b) não foi violado, quando os auditores fiscais prestaram informações para que 
a revista de grande circulação nacional elaborasse a reportagem em que foram 
publicadas, especificamente, informações sigilosas sobre a situação financeira e 
econômica das maiores clientes e das maiores fornecedoras da empresa 
Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., pois essas empresas não foram 
fiscalizadas por eles. 
c) não foi violado, quando o periódico informativo da Secretaria da Fazenda do 
Estado do Rio de Janeiro publicou reportagem dando a conhecer informação 
sigilosa, relacionada com as matérias-primas utilizadas pela empresa Campos 
dos Goitacazes Refrigerantes S.A. para a fabricação de refrigerantes, porque o 
dever de sigilo não é da pessoa jurídica de direito público, mas de seus 
servidores. 
d) foi violado, quando, relativamente a uma das fornecedoras da empresa 
fiscalizada, os auditores fiscais prestaram informações especificamente 
relacionadas com as representações fiscais para fins penais que existiam em 
nome de seus sócios, e com a relação de seus créditos tributários inscritos em 
dívida ativa do Estado fluminense. 
e) não foi violado, nem pela Fazenda Pública, nem pelos seus servidores, em 
nenhuma das situações apresentadas, porque, quando essas informações foram 
tornadas públicas, já haviam decorrido mais de cinco anos entre a data em que 
foi realizada a fiscalização e a data de divulgação das informações, lapso de 
tempo este que é superior ao do quinquênio decadencial. 
Comentários: 
Essa questão exige uma leitura dinâmica – passar os olhos pelas palavras 
principais. Por exemplo, de nada interessa o nome dos auditores fiscais e da 
empresa, pule essas informações. 
O CTN estabelece que, sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é 
vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus 
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servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação 
econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e 
o estado de seus negócios ou atividades (art. 198). A divulgação das 
informações não se referia a uma das exceções permitidas pelo CTN. Gabarito: 
A 
 
4. (FCC/ICMS RJ/2014) O exame do histórico tributário de uma 
determinada empresa, fabricante de produtos voltados para a alimentação 
infantil, revelou a existência das seguintes ocorrências: 
I. em 2008, fez o parcelamento, em 60 meses, do valor reclamado em auto de 
infração, lavrado pelo fisco fluminense. Até a presente data, as parcelas têm 
sido pagas correta e pontualmente; 
II. em2009, o Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação de execução fiscal 
contra ela, que acabou sendo objeto de embargos, depois de a empresa ter 
efetuado, no prazo legal, o depósito integral da importância reclamada na 
execução. O referido depósito não foi levantado, nem convertido em renda, e 
ainda não há decisão transitada em julgado nesse processo; 
III. em 2010, para poder importar mercadorias do exterior, sem a incidência do 
ICMS, esse contribuinte fluminense impetrou mandado de segurança, no bojo 
do qual foi concedida medida liminar para que o desembaraço aduaneiro fosse 
feito sem a exigência do ICMS. Essa liminar foi revogada em 2010 e, ao final do 
processo, o contribuinte restou vencido. Pagou a totalidade do crédito tributário 
reclamado em 2011; 
IV. em 2011, a autuada deixou de pagar impostos federais, que estão sendo 
objeto de execução fiscal, sem que tenha havido depósito da quantia 
questionada, nem oferecimento de bens à penhora; 
V. em 2012, a fiscalização fluminense lavrou auto de infração contra essa 
empresa, que foi objeto de impugnação no prazo legal. Esse auto de infração 
teve resultado favorável à Fazenda Pública estadual, em seu primeiro 
julgamento, mas ainda pende de julgamento de recurso interposto pelo 
contribuinte. Ainda nesse ano, a Fazenda Pública fluminense ajuizou outro 
executivo fiscal, relativo a crédito tributário decorrente de falta de pagamento 
do ICMS, sendo que, desta vez, a empresa em questão não efetuou o depósito 
integral da quantia pleiteada. Ao invés disso, ofereceu bens à penhora, 
suficientes para cobrir o crédito tributário exigido, motivo pelo qual a penhora 
foi efetivada. 
No início de 2013, essa empresa decidiu participar de concorrência pública para 
fornecer seus produtos a creches e escolas da rede estadual fluminense. Um 
dos requisitos a ser cumprido pelas empresas concorrentes, era a apresentação 
de prova de quitação de todos os tributos estaduais, até a data da abertura da 
inscrição para participação nessa concorrência, que ocorreu no dia 05 de abril 
de 2013. 
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Para tanto, a empresa apresentou, no órgão público fluminense competente, 
requerimento solicitando a expedição de certidão negativa dos tributos 
estaduais. 
Nesse caso hipotético, com base no CTN, o órgão estadual competente para o 
fornecimento dessa certidão 
a) expedirá certidão positiva, com efeito de positiva, pois a penhora não permite 
que a certidão tenha efeito de negativa. 
b) expedirá certidão negativa, com efeito de negativa. 
c) expedirá certidão positiva, com efeito de negativa. 
d) expedirá certidão negativa, com efeito de positiva. 
e) não a expedirá, pois os tributos devidos ainda não estão quitados. 
Comentários: 
Analisemos item a item para verificar que tipo de certidão a Fazenda Estadual 
poderá emitir. 
Item I: Parcelamento é hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito 
tributário (art. 151 do CTN)  certidão positiva, com efeito de negativa. 
Item II: Depósito do montante integral  suspensão da exigibilidade  
certidão positiva, com efeito de negativa. 
Item III: Pagou a totalidade do crédito tributário reclamado em 2011  
extinguiu o crédito tributário. Apenas por esse caso, não haveria impedimento 
de fornecer certidão negativa. 
Item IV: Refere-se a impostos federais, sobre os quais a Fazenda Estadual não 
tem competência. A certidão negativa fornecida pelo Estado não garante a 
inexistência de débitos tributários com outros entes da federação. Assim, 
apenas por esse caso, não haveria impedimento de fornecer certidão negativa. 
Item V: Dois casos. Em relação ao primeiro, há recurso na esfera 
administrativa, suspendendo o crédito tributário. No outro caso, foi efetiva a 
penhora, o que autoriza a emissão de certidão positiva com efeitos de negativa 
(art. 206 do CTN). 
Pelos motivos expostos, o órgão estadual competente expedirá certidão positiva 
com efeitos de negativa. Gabarito: C 
 
5. (FCC/ICMS SP/2013) Com respeito à Dívida Ativa e à Certidão 
Negativa, considere: 
I. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, 
regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de 
esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida 
em processo regular. 
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II. A nulidade da inscrição na Dívida Ativa, causada por omissão ou erro, poderá 
ser sanada até a decisão de segunda instância, mediante substituição da 
certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para 
defesa. 
III. A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta e tem caráter de 
prova pré-constituída. 
IV. Será emitida Certidão Negativa quando conste a existência de créditos não 
vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a 
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. 
V. A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não 
tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais 
encargos previstos em lei ou contrato. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) II e V. 
c) I e V. 
d) III e IV. 
e) II e IV. 
Comentários: 
Item I: Correto, conforme o art. 201 do CTN. 
Item II: “A nulidade da inscrição na Dívida Ativa, causada por omissão ou erro, 
poderá ser sanada até a decisão de segunda primeira instância (...)” 
Item III: “A dívida regularmente inscrita goza da presunção relativa absoluta 
e tem caráter de prova pré-constituída” 
Item IV: “Será emitida Certidão Negativa positiva com efeitos de negativa 
quando conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança 
executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja 
suspensa”. 
Item V: Correto, conforme § 2º do art. 2º da Lei Nº 6.830/80 (essa lei não está 
explícita no edital do ICMS RO 2010). Gabarito: C 
 
6. (FCC/Notário - TJ/PE/2013) Segundo o Código Tributário Nacional, 
tem o mesmo efeito de certidão negativa uma certidão positiva cujo débito 
esteja com a exigibilidade suspensa. Neste caso, haveria suspensão da 
exigibilidade do crédito tributário a admitir uma certidão positiva de efeitos 
negativos a 
a) consignação em pagamento de crédito tributário, diante da exigência de 
crédito tributário por mais de um ente, relativamente ao mesmo fato gerador. 
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b) isenção em caráter específico, uma vez concedida pela autoridade 
administrativa competente. 
c) anistia concedida em caráter específico, relativamenteaos ilícitos 
tributários cometidos antes do lançamento. 
d) citação do executado em sede de execução fiscal. 
e) liminar concedida em mandado de segurança que tenha por objeto 
ilegalidade na constituição do crédito tributário. 
Comentários: 
A certidão positiva com efeitos de negativa está prevista no art. 206 do CTN: 
“Tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão de que conste a 
existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que 
tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.” 
Relembremos também quais os casos de suspensão do crédito tributário: 
“Art. 151 Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
I- moratória; 
II- o depósito do seu montante integral; 
III- as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo 
tributário administrativo; 
IV- a concessão de medida liminar em mandado de segurança; 
V- a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies 
de ação judicial; 
VI- o parcelamento. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das 
obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja 
suspenso, ou dela consequentes”. 
Assim, vejamos os erros de cada alternativa: 
Alternativa A: Incorreta. A consignação em pagamento é forma de extinção 
do crédito tributário (art. 156 do CTN). 
Alternativa B: Incorreta. A isenção é forma de exclusão do crédito tributário 
(art. 175, I, do CTN). 
Alternativa C: Incorreta. A anistia, assim como a isenção, é forma de 
exclusão do crédito tributário (art. 175, II, do CTN). 
Alternativa D: Incorreta. A citação do executado em execução fiscal é 
hipótese de interrupção do prazo prescricional, (art. 174, I, do CTN). 
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Alternativa E: Correta. A liminar concedida em mandado de segurança é 
hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art. 151, IV, do 
CTN). Assim, estamos diante de uma situação em que será expedida uma 
certidão positiva com efeitos de negativa. Gabarito: E 
 
7. (FCC/ISS SP/2012) Auditor fiscal municipal, ao dar início aos seus 
trabalhos de fiscalização, lavrou termo de início desses trabalhos em livro fiscal 
da empresa Venha a mim Ltda., arrecadando, naquela oportunidade, diversos 
documentos e livros fiscais, a fim de realizar seu trabalho na repartição 
municipal de sua sede. João Modesto, dono da empresa fiscalizada, ao ser 
alertado pelo seu contador de que os documentos e livros fiscais apontariam 
infrações relacionadas com o não pagamento de imposto, determinou a 
elaboração das guias de pagamento dos impostos não recolhidos e relativos à 
documentação apreendida, a fim de evitar que fosse lavrado auto de infração 
contra sua empresa. 
Caso a fiscalização descubra as irregularidades fiscais da empresa, 
a) poderá lavrar auto de infração, cobrando multa pelas infrações cometidas, 
mesmo após a tentativa saneadora efetivada pela empresa, devendo ser 
regularizado, todavia, o procedimento de início de fiscalização, com a lavratura 
de "notificação de correção de termo de início de fiscalização", documento oficial 
a ser assinado pelo contribuinte, para evitar que o auto de infração seja 
cancelado por vício formal. 
b) não poderá lavrar auto de infração pelas infrações possivelmente 
identificadas na análise documental, tendo em vista que a empresa saneou as 
irregularidades, ao pagar os impostos devidos, antes da efetiva notificação do 
auto de infração. 
c) não poderá lavrar auto de infração, pois o procedimento de início de 
fiscalização foi irregular, na medida em que o fiscal, ao invés de ter lavrado o 
termo de início da fiscalização no livro do contribuinte, deveria ter-lhe 
entregado, obrigatoriamente, uma notificação apartada. 
d) poderá lavrar auto de infração, cobrando multa, pelas infrações cometidas, 
tendo em vista que a possibilidade de denúncia espontânea estaria excluída, 
pois o termo de início de fiscalização fora lavrado regularmente antes da 
tentativa saneadora da empresa. 
e) poderá lavrar auto de infração, cobrando multa a qualquer momento, mesmo 
que, antes da lavratura do termo de início de fiscalização, aposto em livro fiscal 
pelo auditor municipal, as irregularidades fiscais tivessem sido saneadas. 
Comentários: 
Diz o enunciado que o Auditor fiscal lavrou termo de início da fiscalização em 
livro fiscal da empresa e, após isso, o sujeito passivo tentou se utilizar do 
instituto da denúncia espontânea. 
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Ocorre que, em virtude de já ter sido lavrado o termo, a fiscalização estava 
oficialmente iniciada, produzindo os seguintes efeitos: 
- documentar o início do procedimento; 
- fixar o prazo máximo para a conclusão das diligências; 
- antecipar a contagem do prazo decadencial (prazo para que o fisco lance 
o tributo); 
- afastar a espontaneidade do sujeito passivo. 
É nesse último efeito que se encontra nossa resposta, conforme o parágrafo 
único do art. 138: 
“Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, 
acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de 
mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, 
quando o montante do tributo dependa de apuração. 
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada 
após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de 
fiscalização, relacionados com a infração.” 
Alternativa A: Incorreta. Não há que se falar em correção do termo de início 
de fiscalização, pois o enunciado não apontou nenhum equívoco cometido. 
Alternativa B: Incorreta. Conforme o parágrafo único do art. 138, não se 
considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer 
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a 
infração. 
Alternativa C: Incorreta. Conforme o art. 196 do CTN, SEMPRE QUE POSSÍVEL, 
o termo será lavrado EM UM DOS LIVROS FISCAIS EXIBIDOS pelo contribuinte. 
Se lavrado em separado, deverá ser entregue à pessoa sujeita à fiscalização 
cópia autenticada pela autoridade. 
Alternativa D: Correta. Um dos efeitos do termo de início da fiscalização é 
afastar a espontaneidade do sujeito passivo (impossibilitar a denúncia 
espontânea). 
Alternativa E: Incorreta. Se as irregularidades fiscais tivessem sido saneadas 
antes da lavratura do termo de início de fiscalização, o Auditor Fiscal não poderia 
lavrar o auto de infração, pois a responsabilidade é excluída pela denúncia 
espontânea da infração (art. 138, CTN). Gabarito: D 
 
8. (FCC/ISS SP/2012) Nos casos de impossibilidade de exigência do 
cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem 
solidariamente com esse contribuinte, nos atos em que intervierem ou pelas 
omissões de que forem responsáveis, os tabeliães, escrivães e demais 
serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, 
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ou perante eles, em razão do seu ofício, conforme dispõe o art. 134, caput, 
inciso VI do CTN. 
Quanto aos tabeliães e escrivães, especificamente no que concerne aos tributos 
municipais, é correto afirmar que, 
a) mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade 
administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, 
negócios ou atividades de terceiros, exceto quanto a fatos sobre os quais os 
tabeliães e escrivães estejam legalmente obrigados a observar segredo em 
razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 
b) diferentemente dos contribuintes e dos responsáveis em geral, não estão 
sujeitos à fiscalização municipal, pois já se submetem à fiscalização da 
Corregedoria Geral da Justiça estadual. 
c) como qualquer outro contribuinte ou responsável em geral, estão sujeitos à 
fiscalização municipal, mas só estão obrigados a prestar à autoridade 
administrativa as informações de que disponham com relação aos bens, 
negócios ou atividades de terceiros, quando autorizados pela Corregedoria Geral 
da Justiça estadual. 
d) mediante intimação escrita, ou inclusive verbal, em caso de urgência, são 
obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que 
disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, exceto 
quanto a fatos sobre os quais os tabeliães e escrivães estejam legalmente 
obrigados a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, 
atividade ou profissão. 
e) nas cidades que não forem capitais de Estado, mediante anuência da 
autoridade judicial da comarca, devem prestar à autoridade administrativa 
todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou 
atividades de terceiros, exceto quanto a fatos sobre os quais os tabeliães e 
escrivães estejam legalmente obrigados a observar segredo em razão de cargo, 
ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 
Comentários: 
Essa é uma daquelas questões gigantes que você pode “matar” rapidinho. 
Vamos direto ao último comando do enunciado (“Quanto aos tabeliães e 
escrivães, especificamente no que concerne aos tributos municipais, é correto 
afirmar que”) e só voltamos para ler o restante se for necessário – não será. 
Partimos para a alternativa A e a resposta está logo ali! 
Alternativa A: Está de acordo com o CTN, art. 197, I, e parágrafo único. 
Alternativa B: A fiscalização da Corregedoria Geral da Justiça Estadual em 
nada se confunde com a fiscalização tributária. Esta pode recair sobre qualquer 
pessoa, natural ou jurídica, contribuinte ou não. 
Alternativa C: Não há necessidade de autorização da Corregedoria Geral da 
Justiça Estadual. 
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Alternativa D: Somente por intimação escrita estão os tabeliães obrigados a 
prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham 
com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros. 
Alternativa E: Não há necessidade de anuência da autoridade judicial da 
comarca. Gabarito: A 
 
9. (FCC/ISS SP/2012) Os tributos federais, bem como os estaduais e os 
municipais, estão sujeitos às regras de decadência, referidas no art. 173 do 
CTN. Tratando-se de tributos cujo lançamento seja feito por homologação, 
estes, especificamente, se sujeitarão, também, à regra de homologação tácita, 
por decurso de prazo, prevista no § 4º do art. 150 desse mesmo código. 
Tanto os prazos de decadência como o de homologação tácita do lançamento, 
pelo decurso de prazo, são de cinco anos e estão previstos, respectivamente, 
no caput do art. 173 do CTN e no § 4º do art. 150 do referido código. 
Consequentemente, a contagem desses prazos quinquenais deve ser feita de 
modo 
a) contínuo, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de 
vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente 
normal na repartição à qual o contribuinte está vinculado, em razão do seu 
domicílio. 
b) contínuo ou descontínuo, conforme determinar a lei ordinária, incluindo-se 
na sua contagem o dia de início e excluindo-se o de vencimento, sendo que eles 
só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição à qual o 
contribuinte está vinculado, em razão do seu domicílio. 
c) contínuo ou descontínuo, conforme determinar a lei ordinária, excluindo-se 
na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento, sendo que eles 
só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que 
corra o processo ou deva ser praticado o ato. 
d) contínuo, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de 
vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente 
normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. 
e) contínuo, incluindo-se na sua contagem o dia de início e excluindo-se o de 
vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente 
normal na repartição à qual o contribuinte está vinculado, em razão do seu 
domicílio. 
Comentários: 
Essa questão começa tratando sobre decadência e homologação tácita, contudo 
cobra um conhecimento bem mais simples, o art. 210 do CTN: 
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“Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão contínuos, 
EXCLUINDO-SE na sua contagem o dia de início e INCLUINDO-SE o de 
vencimento. 
Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente 
normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.” 
Alternativa A: Incorreta. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de 
expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado 
o ato. 
Alternativa B e C: Incorreta. Os prazos serão contínuos. 
Alternativa D: Correta, conforme o art. 210 do CTN. 
Alternativa E: Incorreta. exclui-se da contagem o dia do início e inclui-se o de 
vencimento. Gabarito: D 
 
10. (FCC/Analista-TRF2/2012) No que diz respeito à administração 
tributária, é certo que 
a) poderá ser outorgada, a critério da autoridade, a outra pessoa jurídica de 
Direito Público a realização e a fiscalização do cumprimento das vendas e 
prestações, desde que por decreto. 
b) uma das características da dívida ativa é que a Fazenda Pública a constitui 
unilateralmente, sendo que a presunção de certeza e liquidez é juris tantum, 
por admitir prova em contrário. 
c) as entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu ofício, atividade 
ou profissão, são obrigadas, em qualquer hipótese, a prestar à autoridade 
administrativa todas as informações que disponham em relação aos bens e 
negócios de terceiros. 
d)a certidão expedida com a ressalva da existência de créditos tributários não 
vencidos ou em curso de cobrança executiva, em que tenha sido efetivada a 
penhora, não tem os mesmos efeitos da certidão negativa. 
e) todas as normas pertinentes à fiscalização têm a natureza das regras de 
Direito Tributário e Direito Penal-Tributário, vedada sua concretização por meio 
das normas de Direito Administrativo ou de Direito Civil. 
Comentários: 
Alternativa A: Incorreta. Perceba que o assunto da alternativa nada tem a ver 
com as regras de administração tributária, vistas na aula de hoje. Trata-se da 
transferência da capacidade tributária ativa (atividade de fiscalizar), a qual é 
realizada por lei e não por Decreto. 
Alternativa B: Correta. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a 
dívida goza de presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-
constituída. O parágrafo único, por sua vez, estabelece que essa presunção é 
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apenas relativa (juris tantum) e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo 
do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. 
Alternativa C: Incorreta. O erro da alternativa é utilizar a expressão "em 
qualquer hipótese". Conforme com o art. 197, parágrafo único: “a obrigação de 
prestar informações não abrange informações quanto a fatos sobre os quais o 
informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, 
ofício, função, ministério, atividade ou profissão”. 
Alternativa D: Incorreta. Conforme o art. 206 do CTN, tem os mesmos efeitos 
de Certidão Negativa de Débitos, a certidão de que conste a existência de 
créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido 
efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. 
Alternativa E: Incorreta. As autoridades administrativas que atuem na 
administração tributária devem observar as regras do Direito Administrativo 
relativas à Administração Pública. Gabarito: B 
 
11. (FCC/Procurador - PGE SP/2012) NÃO é requisito de validade da 
certidão da dívida ativa 
a) a autenticação da autoridade competente. 
b) a indicação do livro e da folha de inscrição do débito. 
c) a memória discriminada e atualizada do cálculo, a fim de que o devedor possa 
exercer, na sua plenitude, o mandamento constitucional da ampla defesa. 
d) o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular 
os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. 
e) a disposição legal em que seja fundado o crédito 
Comentários: 
O art. 202 do CTN determina os elementos que devem constar no termo de 
inscrição da dívida ativa: 
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Com a inscrição, extrai-se uma certidão de dívida ativa, que é um título 
executivo extrajudicial capaz de subsidiar a ação de execução fiscal. A palavra 
certidão significa cópia fiel. Assim, deve conter todos os requisitos do termo 
de inscrição, mais a indicação do livro e folha de inscrição (parágrafo único 
do art. 202 do CTN). 
O enunciado questiona qual alternativa apresenta item que NÃO seja requisito 
de validade da certidão da dívida ativa. Vejamos o erro de cada alternativa: 
Alternativa A: Incorreta. O termo de inscrição deve sim ser autenticado pela 
autoridade administrativa (caput do art. 202). Por consequência do parágrafo 
único do referido artigo, a certidão de dívida ativa também deve ser autenticada. 
Alternativa B: Incorreta. A indicação do livro e da folha da inscrição são 
requisitos de validade estabelecidos pelo parágrafo único do art. 202 do CTN. 
Alternativa C: Correta. A memória discriminada e atualizada do cálculo não é 
um requisito de validade da certidão de dívida ativa. 
Alternativa D: Incorreta. A forma de calcular os juros de mora é sim requisito 
de validade da certidão de dívida ativa. 
Alternativa E: Incorreta. O fundamento legal da cobrança é sim requisitos de 
validade da inscrição em certidão de dívida ativa. Gabarito: C 
 
12. (FCC/Analista-TRF4/2010) Em relação à administração tributária, é 
INCORRETO afirmar: 
a) Não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do 
direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos 
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da 
obrigação destes de exibi-los. 
Termo de 
inscrição em 
dívida ativa, 
autenticado 
pela 
autoridade 
competente, 
indicará:
o nome do devedor
a quantia devida e a maneira de calcular os juros
de mora acrescidos
a origem e natureza do crédito, mencionada 
especificamente a disposição da lei em que seja 
fundado
a data em que foi inscrita
sendo o caso
o número do processo 
administrativo de que se originar 
o crédito
nome dos co-responsáveis do 
devedor
sempre que 
possível
o domicílio ou a residência do 
devedor e corresponsável
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b) A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra 
a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, 
pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. 
c) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, 
regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de 
esgotado o prazo fixado para pagamento pela lei ou por decisão final proferida 
em processo regular. 
d) É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, 
de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou 
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de 
seus negócios ou atividades. 
e) A dívida inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de 
prova pré-constituída, presunção esta absoluta, não podendo ser ilidida por 
prova ainda que inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que 
aproveite. 
Comentários: 
Alternativa A: Conforme art. 195 do CTN. 
Alternativa B: Conforme art. 208 do CTN. 
Alternativa C: Conforme art. 201 do CTN. 
Alternativa D: Conforme art. 198 do CTN. 
Alternativa E: A dívida inscrita goza de presunção relativa de certeza e 
liquidez, não absoluta, podendo ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do 
sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. Gabarito: E 
 
13. (FCC/Procurador-PGE AM/2010) Quanto ao prazo legal para 
fornecimento de certidão negativa de débitos tributários, é correto afirmar que 
a) a repartição possui o prazo de 30 dias para sua emissão, se não for 
constatado nenhum débito tributário. 
b) a repartição possui o prazo de 10 dias para sua emissão,contados da data 
da entrada do requerimento na repartição. 
c) não existe prazo legal para o fornecimento, devendo, contudo, ser observada 
a ordem de chegada dos pedidos formulados. 
d) o prazo de 30 dias para emissão é contado a partir da quitação do último 
débito tributário inscrito na dívida ativa. 
e) o prazo é de até 90 dias, de acordo com o Código Tributário Nacional. 
Comentários: Conforme art. 205, parágrafo único do CTN, a certidão negativa 
será expedida dentro de 10 dias da data da entrada do requerimento na 
repartição. Gabarito: B 
 
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14. (FCC/ICMS SP/2009) Na realização de atividade fiscalizatória, os 
agentes fiscais podem entrar nos estabelecimentos dos contribuintes. Sobre o 
procedimento de fiscalização é correto afirmar que 
a) não se aplicam os princípios constitucionais da inviolabilidade do domicílio, 
do direito à intimidade e do sigilo da correspondência, tendo em vista o poder 
de polícia conferido à administração tributária. 
b) existem restrições, pois o contribuinte não está obrigado a exibir livros 
contábeis ou fiscais obrigatórios, visto que a Constituição Federal lhe garante o 
direito à intimidade. 
c) realiza-se informalmente e não precisa ser documentado. 
d) deverá ser documentado por meio de termos específicos lavrados, sempre 
que possível, em um dos livros fiscais exibidos ou, quando lavrados em 
separado, o sujeito passivo deverá ficar com cópia autenticada. 
e) é possível ao sujeito passivo até sua conclusão, se valer da denúncia 
espontânea em relação às infrações praticadas, beneficiando-se do pagamento 
sem imposição de multas. 
Comentários: 
Alternativa A: Incorreta. A inviolabilidade do domicílio é uma proteção 
constitucional, não podendo ser violada em razão de normas 
infraconstitucionais. Atente-se que essa regra também se aplica ao direito à 
intimidade e ao sigilo da correspondência. 
Alternativa B: Incorreta. O contribuinte está sim obrigado a exibir livros 
contábeis ou fiscais obrigatórios, pois o direito à intimidade não abrange essa 
proteção. Conforme o art. 195 do CTN, para os efeitos da legislação tributária, 
não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do 
direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos 
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da 
obrigação destes de exibi-los. 
Alternativa C: Incorreta. Conforme o art. 196 do CTN: “A autoridade 
administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização 
lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, 
na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão 
daquelas”. 
Alternativa D: Correta. Conforme o parágrafo único do art. 196 do CTN, o 
termo de início da fiscalização será lavrado, sempre que possível, em um dos 
livros fiscais exibidos; quando lavrado em separado deles se entregará, à pessoa 
sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade administrativa. 
Alternativa E: Incorreta. Um dos efeitos do termo de início da fiscalização é 
afastar a espontaneidade do sujeito passivo (impossibilitar a denúncia 
espontânea). Isso ocorre devido ao art. 138 do CTN, o qual dispõe que o prazo 
final para que o sujeito passivo possa se beneficiar com a denúncia espontânea 
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é início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, 
relacionados com a infração. Gabarito: D 
 
15. (FCC/ICMS SP/2009) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário 
I. autoriza a emissão de certidão positiva com efeito de negativa. 
II. autoriza a emissão de certidão negativa de débitos. 
III. dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. 
IV. não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) II e IV. 
Comentários: 
Item I: Correto. A suspensão do crédito tributário não autoriza a emissão de 
certidão negativa de débitos, mas autoriza a emissão de Certidão Positiva com 
Efeitos de Negativa, conforme arts. 205 e 206 do CTN: 
"Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, 
quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de 
requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à 
identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e 
indique o período a que se refere o pedido. 
(...) 
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão 
de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança 
executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja 
suspensa." 
Item II: Incorreto. Veja explicação do item I. 
Item III: Incorreto. Conforme o art. 151, parágrafo único, do CTN, a suspensão 
do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias 
previstas na legislação. 
Item IV: Correto. "Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
(...) Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das 
obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja 
suspenso, ou dela consequentes." Gabarito: C 
 
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16. (FGV/ISS Niterói/2015) Para a validade da Certidão da Dívida Ativa, 
NÃO é essencial: 
a) a data da inscrição; 
b) a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; 
c) a autenticação da autoridade competente; 
d) o domicílio ou residência do devedor; 
e) a indicação do livro e da folha da inscrição. 
Comentários: 
O art. 202 do CTN estabelece os requisitos do Termo de Inscrição de Dívida 
Ativa: 
 
Conforme o parágrafo único do art. 202 do CTN, a certidão conterá, além dos 
requisitos do termo, também a indicação do livro e da folha da inscrição. 
Alternativa A: Correta, conforme o art. 202, IV, CTN. 
Alternativa B: Correta, conforme o art. 202, III, CTN. 
Alternativa C: Correta, conforme o art. 2º, § 6º da Lei 6.830/80 (não prevista 
no edital do ICMS RO de 2010). 
Alternativa D: Incorreta. Pegadinha famosa! O domicílio ou a residência do 
devedor não é um requisito essencial do termo de inscrição da dívida ativa, pois 
o domicílio ou a residência só constarão quando possível. 
Alternativa E: Correta, conforme o art. 202, parágrafo único, CTN. Gabarito: 
D 
Termo de 
inscrição em 
dívida ativa, 
autenticado 
pela 
autoridade 
competente, 
indicará:
o nome do devedor
a quantiadevida e a maneira de calcular os juros
de mora acrescidos
a origem e natureza do crédito, mencionada 
especificamente a disposição da lei em que seja 
fundado
a data em que foi inscrita
sendo o caso
o número do processo 
administrativo de que se originar 
o crédito
nome dos co-responsáveis do 
devedor
sempre que 
possível
o domicílio ou a residência do 
devedor e corresponsável
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17. (FGV/OAB/2015) Após ser intimada da lavratura de um auto de 
infração visando à cobrança da Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social (COFINS) dos últimos cinco anos, a pessoa jurídica XYZ 
Participações Ltda. verificou que o tributo não era devido e ofereceu impugnação 
ao auto de infração. Como irá participar de uma licitação, a pessoa jurídica em 
questão irá precisar de certidão de regularidade fiscal – no caso, Certidão 
Positiva de Débito com Efeito de Negativa (CPD-EN). 
Na hipótese, considerando que o contribuinte não possui outros débitos, 
assinale a afirmativa correta. 
a) A impugnação ao auto de infração exclui o crédito tributário, sendo possível 
a emissão da CPD-EN. 
b) A impugnação ao auto de infração, sem o pagamento do crédito, impede a 
emissão da CPD-EN. 
c) A pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. somente terá direito à CPD-EN caso 
realize o depósito do montante integral. 
d) A impugnação ao auto de infração suspende a exigibilidade do crédito, sendo 
possível a emissão da CPD-EN. 
Comentários: 
Primeiramente, perceba que “ofereceu impugnação ao auto de infração” 
 Suspensão por reclamação e recurso administrativo (conforme o art. 151, III 
do CTN, visto na aula 08). 
O art. 206, do CTN, estabelece três situações em que será expedida 
Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: 
 
Assim, estamos diante de um caso que autoriza a emissão de Certidão 
Positiva com Efeito de Negativa: ela é positiva por existirem débitos, mas 
tem efeitos de negativa, pois o débito está com a exigibilidade suspensa, 
estando o requerente em situação regular. Gabarito: D 
 
18. (FGV/ISS Recife/2014) Com referência à fiscalização tributária, 
assinale a afirmativa correta. 
Tem o mesmo efeito da certidão 
negativa aquela na qual conste a 
existência de créditos 
não vencidos
em curso de cobrança 
executiva em que tenha 
sido efetivada a penhora
ou cuja 
exigibilidade
esteja suspensa
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a) A autoridade administrativa pode requisitar força pública durante atividade 
fiscalizadora, mesmo que não tenha ocorrido fato definido em lei como crime. 
b) O contribuinte deve conservar os livros e registros obrigatórios e facultativos 
da escrituração comercial e fiscal durante o prazo decadencial, para constituir o 
crédito tributário. 
c) A autoridade administrativa pode examinar integralmente quaisquer livros, 
arquivos e registros dos contribuintes. 
d) O termo de fiscalização integra o lançamento fiscal e constitui a data 
inaugural do prazo decadencial para a constituição do crédito fiscal. 
e) Apenas a lei stricto sensu poderá autorizar permuta de informações e 
assistência recíproca entre as fazendas públicas. 
Comentários: 
Alternativa A: Correta. Conforme o art. 200 do CTN, as autoridades 
administrativas poderão requisitar (sinônimo de ordenar) auxílio da força 
pública quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas 
funções, ou quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação 
tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou 
contravenção. 
Alternativa B: Incorreta. O CTN determina, em seu art. 195, parágrafo único, 
que os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os 
comprovantes dos lançamentos nele efetuados serão conservados até que 
ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes. 
Alternativa C: Incorreta. O art. 195 do CTN estabelece que, para os efeitos da 
legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes 
ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, 
papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou 
produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. 
Contudo a Súmula nº 439 do STF estabelece que o exame dos livros é 
limitado aos pontos objeto da investigação. Veja sua literalidade: “Estão 
sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, 
limitado o exame aos pontos objeto da investigação”. 
Alternativa D: Incorreta. Maldade do examinador. Conforme parágrafo único 
do art. 173 do CTN (visto na aula 08), é a notificação ao sujeito passivo de 
qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento que antecipa a 
contagem do prazo decadencial. Logo, o termo de início de fiscalização, por 
si só, não tem o condão de antecipar a contagem do prazo decadencial. 
Alternativa E: Incorreta. De acordo com art. 199 do CTN, “A Fazenda Pública 
da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão 
mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e 
permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou 
específico, por lei ou convênio”. Gabarito: A 
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19. (FGV/Auditor de Estado - CGE MA/2014) A companhia Delta Ltda. 
prestou declarações ao Fisco, com relação a determinado tributo, sujeito ao 
lançamento por homologação, tal como seria sua obrigação. Emitiu guia de 
recolhimento e pagou o valor que considerou devido. Entretanto, a Fazenda 
indeferiu seu pedido de Certidão Negativa de Débito aduzindo que houve 
pagamento a menor, o que deduziu das declarações prestadas pelo contribuinte 
comparativamente com as guias recolhidas do tributo. 
A companhia afirma e é fato incontroverso, que a Fazenda não procedeu ao 
lançamento de ofício da eventual diferença do tributo a pagar, mas lhe nega o 
direito à obtenção da certidão de regularidade fiscal. 
No caso vertente, a solução da lide deve ser 
a) favorável ao contribuinte, com o lançamento de ofício pela fazenda da 
eventual diferença a pagar, podendo o contribuinte, até que tal ocorra, obter a 
Certidão Negativa de Débitos Fiscais. 
b) favorável ao contribuinte, já que a Fazenda deverá lavrar a competente 
Notificação Fiscal de Lançamento de Débito. 
c) favorável à Fazenda, já que inexiste a necessidade de lançamento de ofício 
supletivo da diferença do tributo a pagar, quando o crédito tributário já foi 
constituído por meio de declaração praticada pelo próprio contribuinte. 
d) favorável à Fazenda, uma vez que asdeclarações prestadas pelo contribuinte 
sobre o valor do tributo devido tornam prescindível a regular constituição do 
crédito fiscal. 
e) favorável ao contribuinte, o qual, até que haja o acertamento do valor devido, 
tem direito à Certidão Positiva com efeitos de Negativa. 
Comentários: 
A questão trata de um tributo sujeito a lançamento por homologação. 
Conforme vimos na aula 07, essa modalidade, o sujeito passivo deve promover 
recolhimento do tributo ANTES do lançamento, sem prévio exame da 
autoridade administrativa, sendo realizado um controle posterior do 
pagamento efetuado. 
Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, deve ser entregue 
uma declaração por parte do sujeito passivo com o valor do tributo devido. 
Entende a Jurisprudência que em relação aos valores dos tributos assim 
declarados, em caso de inadimplemento por parte do contribuinte, não há 
necessidade de lançamento de ofício. Nesse sentido é a Súmula 436 do STJ 
(vista na aula 07): “A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo 
o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer 
providência por parte do fisco”. 
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Além disso, conforme a Súmula 446 do STJ: “Declarado e não pago o 
débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão 
negativa ou positiva com efeito de negativa.” 
Na presente questão o contribuinte realizou o pagamento em valor menor 
do que o valor declarado. Assim, como o crédito tributário não foi 
completamente satisfeito, o sujeito passivo não faz jus à Certidão Negativa de 
Débito (pois ele possui um débito). 
Em virtude do entendimento jurisprudencial acima exposto (Súmula STJ 
436), não há necessidade de o fisco realizar o lançamento de ofício do valor 
pendente de pagamento, pois a declaração entregue pelo contribuinte já 
constituiu o crédito tributário. 
Alternativa A: Incorreta. A lide deve ser desfavorável ao contribuinte. Como o 
crédito tributário não foi completamente satisfeito, o sujeito passivo não faz jus 
à Certidão Negativa de Débito (pois ele possui um débito). 
Em virtude da Súmula STJ 436, não há necessidade de o fisco realizar o 
lançamento de ofício do valor pendente de pagamento, pois a declaração 
entregue pelo contribuinte já constituiu o crédito tributário. 
Alternativa B: Incorreta. A lide deve ser desfavorável ao contribuinte. Em 
virtude da Súmula STJ 436, não há necessidade de o fisco realizar o lançamento 
e respectiva notificação do valor pendente de pagamento, pois a declaração 
entregue pelo contribuinte já constituiu o crédito tributário. 
Alternativa C: Correta. A lide deve ser favorável à Fazenda. Como o crédito 
tributário não foi completamente satisfeito, o sujeito passivo não faz jus à 
Certidão Negativa de Débito (pois ele possui um débito). 
Em virtude da Súmula STJ 436, não há necessidade de o fisco realizar o 
lançamento de ofício do valor pendente de pagamento, pois a declaração 
entregue pelo contribuinte já constituiu o crédito tributário. 
Alternativa D: Incorreta. De fato, a lide deve ser favorável à Fazenda. Contudo 
a constituição do crédito fiscal não é prescindível. Conforme vimos na aula 07, 
no lançamento por homologação o contribuinte NÃO promove o 
lançamento, o qual consiste em ato privativo de autoridade administrativa nos 
termos do art. 142 do CTN. 
Veja o teor do art. 150 do CTN (também estudado na aula 07): 
“Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos 
cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem 
prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a 
referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim 
exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.” 
Alternativa E: Incorreta. A lide deve ser desfavorável ao contribuinte. Como o 
crédito tributário não foi completamente satisfeito, o sujeito passivo não faz jus 
à Certidão Negativa de Débito (pois ele possui um débito). Conforme a Súmula 
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446 do STJ: “Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é 
legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de 
negativa.” Gabarito: C 
 
20. (FGV/ISS Recife/2014) Sobre crédito tributário, analise as afirmativas 
a seguir. 
I. A inscrição do crédito tributário é decorrente da dívida ativa. 
II. Todo crédito tributário é dívida ativa tributária. 
III. A inscrição gera presunção de certeza e liquidez do crédito tributário. 
IV. A maneira de calcular juros de mora é requisito formal para inscrição na 
dívida ativa. 
Assinale: 
a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
c) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
Comentários: 
Item I: Incorreto. Conforme o art. 201 do CTN, a Dívida ativa tributária é 
aquela proveniente do crédito tributário de igual natureza não pago no 
prazo fixado pela lei ou por decisão final proferida em processo regular, em 
razão disso, submetido à respectiva inscrição na repartição administrativa 
competente. 
Logo, a inscrição do crédito tributário é decorrente do não pagamento do crédito 
tributário no prazo fixado por lei ou por decisão final proferida em processo 
regular. A inscrição origina a divida ativa (não é decorrente dela). 
Item II: Incorreto. O crédito tributário só se torna dívida ativa caso não seja 
pago no prazo legal e seja posteriormente objeto de regular inscrição em dívida 
ativa, por intermédio da lavratura do termo de inscrição da dívida ativa. 
Item III: Correto. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a dívida 
goza de presunção de certeza E liquidez e tem o efeito de prova pré-
constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção 
não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo 
ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que 
aproveite. 
Item IV: Correto, conforme o art. 202, II: “ O termo de inscrição da dívida 
ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: (...) 
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II a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;” 
Gabarito: C 
 
21. (FGV/Consultor Legislativo – AL MA/2013) Com relação à Certidão 
da Dívida Ativa, assinale a afirmativa correta. 
a) A certidão da dívida ativaque contiver erro substancial quanto ao nome do 
devedor é anulável, cabendo ao contribuinte pugnar pela correção do ato. 
b) O termo de inscrição da dívida ativa deve contemplar o demonstrativo de 
cálculo do tributo devido. 
c) A certidão da dívida ativa é título executivo cartular, cuja validade se prende 
à sua literalidade. 
d) A certidão da dívida ativa é prova pré‐constituída do débito tributário, que 
pode ser elidida pelo contribuinte. 
e) A certidão da dívida ativa deve discriminar os juros e demais encargos que 
estejam sendo cobrados do contribuinte. 
Comentários: 
Alternativa A: Incorreta. O nome do devedor é um dos elementos que devem 
constar no termo de inscrição da dívida ativa (art. 202 do CTN). Conforme 
o art. 203 do CTN, a omissão de quaisquer dos requisitos do termo, ou o erro 
a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança 
dela decorrente. Assim perceba que a inscrição é nula é não anulável. 
Contudo a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, 
mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado 
ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte 
modificada. 
Alternativa B: Incorreta. O art. 202 do CTN determina os elementos que 
devem constar no termo de inscrição da dívida ativa: 
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Logo, o demonstrativo de cálculo do tributo devido não é um requisito de 
validade da certidão de dívida ativa. 
Alternativa C: Incorreta. A CDA não é um título executivo cartular, cuja 
validade se prenda à sua literalidade. Ao contrário, a CDA não possui essa 
autonomia, sendo na verdade um título executivo vinculado ao processo 
administrativo de que se originou o crédito (em que foram apuradas a liquidez 
e a certeza da dívida). Por esse motivo, o número do processo é um dos 
requisitos obrigatórios para a validade do termo de inscrição da dívida ativa. 
Veja abaixo como esse assunto foi tratado em um julgado do TRF4: 
“1. A incorreta indicação do dispositivo de lei infringido, no quadro 
demonstrativo da fundamentação legal da certidão da dívida ativa, não gera a 
nulidade do título, se o devedor teve a oportunidade de conhecer corretamente 
a causa e a origem da dívida e defender-se adequadamente no processo 
administrativo subjacente ao título executivo. Assim é, porque a certidão da 
dívida ativa não é um título executivo cartular, cuja validade se prenda à sua 
literalidade, mas um título executivo indissociavelmente vinculado ao processo 
administrativo em que foram apuradas a liquidez e a certeza da dívida. 2. 
Apelação não provida.” (AC 1999.04.01.0894374/2001). 
Alternativa D: Correta. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a 
dívida goza de presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-
constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção 
não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo 
ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que 
aproveite. 
Termo de 
inscrição em 
dívida ativa, 
autenticado pela 
autoridade 
competente,
indicará:
o nome do devedor
a quantia devida e a maneira de calcular os juros de 
mora acrescidos
a origem e natureza do crédito, mencionada 
especificamente a disposição da lei em que seja fundado
a data em que foi inscrita
sendo o caso
o número do processo 
administrativo de que se originar o 
crédito
nome dos co-responsáveis do 
devedor
sempre que 
possível
o domicílio ou a residência do 
devedor e corresponsável
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Alternativa E: Incorreta. Conforme vimos na letra B, discriminar “os juros e 
demais encargos que estejam sendo cobrados do contribuinte“ não é um 
requisito de validade da certidão de dívida ativa. 
O inciso II do art. 202 apenas estabelece a necessidade de informar o método 
de cálculo dos juros de mora. A doutrina entende que a memória discriminada 
e atualizada de cálculo (exigível nos processos de execução de título judicial, 
conforme o art. 604 do CPC) não é aplicável ao processo de execução de dívida 
ativa (execução fiscal), bastando "a referência ao valor originário da dívida e a 
indicação dos elementos necessários para o cálculo de sua evolução no tempo". 
(SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 
2014, p. 986) Gabarito: D 
 
22. (FGV/ICMS RJ/2010) Assinale a afirmativa incorreta. 
a) O Código Tributário Nacional, no artigo 195, nega aplicação às disposições 
legais excludentes ou limitativas do direito de examinar os livros comerciais do 
contribuinte. 
b) A fiscalização tem o seu poder limitado, dentre outras, por força de questões 
funcionais e territoriais. 
c) O sigilo de correspondência não pode ser invocado pelo contribuinte em sua 
defesa, uma vez que este direito poderá ser afastado no exercício da fiscalização 
pelas autoridades administrativas, mesmo sem haver autorização judicial. 
d) O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento no sentido de não 
ser possível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo de cobrança 
de tributo. 
e) Não se admite, segundo entendimento consagrado no Supremo Tribunal 
Federal, a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de 
tributos. 
Comentários: 
Alternativa A: Correta, o art. 195 do CTN estabelece que, para os efeitos da 
legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes 
ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, 
papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou 
produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. 
Alternativa B: Correta. O Auditor Fiscal do Rio de Janeiro não tem poder para 
fiscalizar o ICMS de Minas Gerais, por exemplo. 
Alternativa C: Incorreta. O sigilo da correspondência, garantido pelo art. 5º, 
XII, da CF/88, não pode ser afastado pela autoridade fiscal, somente com 
autorização judicial no caso de investigação de condutas ilícitas. 
Alternativa D: Correta, conforme a Súmula nº 70 STF: “É inadmissível a 
interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo”. 
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Alternativa E: Correta, conforme a Súmula nº 323 STF: “É inadmissível a 
apreensão de mercadorias como meio coercitivo para cobrança de tributo”. 
Gabarito: C 
 
23. (FGV/Advogado-CODEBA/2010) Com relação à dívida ativa 
tributária, é INCORRETO afirmar que 
a) o controle da legalidade da inscrição em dívida ativa é a derradeiraoportunidade que a Administração tem de rever os requisitos dos atos 
praticados no processo administrativo de cobrança, ocasião em que ainda pode 
modificá-los. 
b) somente se admite a inscrição de débito em dívida ativa após o decurso do 
prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo 
administrativo. 
c) provém de crédito de igual natureza. 
d) as informações relativas a inscrições na dívida ativa da fazenda pública 
podem ser divulgadas, sem que isso configure violação ao sigilo fiscal. 
e) uma vez inscrito o débito em dívida ativa, tem-se que o título representativo 
desta goza de presunção de liquidez e certeza. 
Comentários: 
Pessoal, percebam que esta questão da FGV é cópia de uma questão da 
ESAF de 2009 (questão 29 desta aula). Isso ratifica a importância de 
resolvermos também questões de outras bancas para estarmos bem 
preparados, pois volta e meia as bancas “se inspiram” umas nas 
outras... 
Alternativa A Incorreta. De acordo com a Súmula 392 STJ: “A Fazenda Pública 
pode substituir a Certidão de Dívida Ativa (CDA) até a prolação da sentença 
de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, 
vedada a modificação do sujeito passivo da execução”. 
Assim, o STJ entende que, até a sentença de primeira instância, pode haver 
alteração na CDA. Dessa forma, a inscrição em dívida ativa é a primeira 
oportunidade que a Administração tem de rever os requisitos dos atos 
praticados no processo administrativo de cobrança, e não o último, como dito 
na alternativa. 
Alternativa B e C: Corretas. Conforme o art. 201 do CTN, a Dívida ativa 
tributária é aquela proveniente do crédito tributário de igual natureza 
não pago no prazo fixado pela lei ou por decisão final proferida em processo 
regular, em razão disso, submetido à respectiva inscrição na repartição 
administrativa competente. 
Alternativa D: Correta. O parágrafo primeiro do art. 198 do CTN prevê 
importantes exceções à regra do sigilo bancário: 
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Logo, conforme o art. 198, § 3º, II, do CTN, não é vedada a divulgação de 
informações relativas a inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. 
Alternativa E: Correta. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a 
dívida goza de presunção de certeza E liquidez e tem o efeito de prova pré-
constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção 
não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo 
ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que 
aproveite. Gabarito: A 
 
24. (FGV/ICMS AP/2010) Em relação à dívida ativa, assinale a afirmativa 
incorreta. 
a) A ação para cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados 
de sua constituição definitiva, assim entendido como a data de sua inscrição em 
dívida ativa. 
b) Não é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus 
servidores, de informações relativas a inscrições em dívida ativa da Fazenda 
Pública. 
c) O termo de inscrição em dívida ativa, autenticado pela autoridade 
competente, indicará obrigatoriamente a origem e natureza do crédito, 
mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado. 
d) A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem 
o efeito de prova pré-constituída. 
Comentários: 
Alternativa A: Incorreta. De acordo com o art. 174 do CTN (estudado na aula 
08), a ação para cobrança do crédito tributário prescreve em CINCO ANOS, 
Restrições ao 
sigilo fiscal
Requisição da autoridade judiciária
Solicitação de outro órgão da Administração Pública para
apuração de infração administrativa
Permuta de informações sigilosas entre União, Estados, DF e 
Municípios, nos termos de lei ou convênio;
e, entre a União e Estados estrangeiros, conforme tratados, 
acordos e convênios
Divulgação de 
informações 
relativas a
Representações fiscais para
fins penais
Inscrições na Dívida Ativa da 
Fazenda Pública
Parcelamento ou moratória
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contados da data da sua constituição definitiva, isto é, da data da 
notificação regular do lançamento. 
De acordo com art. 142 do CTN (estudado na aula 07), “Compete 
privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo 
lançamento (...)”. 
Alternativa B: Correta, conforme o art. 198, § 3º, II, do CTN. Relembremos 
todas as exceções à regra de sigilo fiscal, previstas nos parágrafos do art. 198 
do CTN: 
 
Alternativa C: Correta. O art. 202 do CTN determina os elementos que devem 
constar no termo de inscrição da dívida ativa: 
Exceções ao 
sigilo fiscal
Requisição da autoridade judiciária
Solicitação de outro órgão da Administração Pública para
apuração de infração administrativa
Permuta de informações sigilosas entre União, Estados, DF e 
Municípios, nos termos de lei ou convênio;
e, entre a União e Estados estrangeiros, conforme tratados, 
acordos e convênios
Divulgação de 
informações 
relativas a
Representações fiscais para
fins penais
Inscrições na Dívida Ativa da 
Fazenda Pública
Parcelamento ou moratória
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Alternativa D: Correta. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a 
dívida goza de presunção de certeza E liquidez e tem o efeito de prova pré-
constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção 
não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo 
ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que 
aproveite. Gabarito: A 
 
25. (FGV/ICMS AP/2010) Assinale a afirmativa incorreta. 
a) a autoridade fiscal não poderá exercer atos de fiscalização em relação aos 
tabeliães, escrivães e demais serventuários, que dispõe de foro próprio para 
atos fiscalizatórios. 
b) o sujeito tem o dever de colaborar com a administração na sua tarefa de 
fiscalização. 
c) a autoridade administrativa tem o dever de investigar. 
d) acordos, contratos e convenções firmados entre particulares não poderão ser 
opostos ao Fisco para eximir-se do cumprimento da obrigação tributária. 
e) os bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais instituições 
financeiras poderão ser obrigadas, mediante intimação escrita, a prestar a 
autoridade administrativa as informações de que disponham em relação a bens, 
negócios ou atividades de terceiros, ressalvados, contudo, os fatos sobre os 
quais o informante esteja legalmente obrigado a preservar o segredo em razão 
de cargo, ofício, função, atividade ou profissão, consoante odisposto no próprio 
Código Tributário Nacional. 
Termo de 
inscrição em 
dívida ativa, 
autenticado pela 
autoridade 
competente,
indicará:
o nome do devedor
a quantia devida e a maneira de calcular os juros de 
mora acrescidos
a origem e natureza do crédito, mencionada 
especificamente a disposição da lei em que seja fundado
a data em que foi inscrita
sendo o caso
o número do processo 
administrativo de que se originar o 
crédito
nome dos co-responsáveis do 
devedor
sempre que 
possível
o domicílio ou a residência do 
devedor e corresponsável
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Comentários: 
Alternativa A: Incorreta. O CTN estabelece justamente o contrário! O art. 197 
prevê que a autoridade administrativa, mediante intimação escrita, pode exigir 
que determinadas pessoas prestem todas as informações de que disponham 
com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: 
 
Além disso, relembre que, conforme o art. 134 do CTN (estudado na aula 06), 
os TABELIÃES, ESCRIVÃES e DEMAIS SERVENTUÁRIOS de ofício 
respondem pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou 
perante eles, em razão do seu ofício. 
Alternativa B: Correta. Alternativa ruim pois não especifica a quais sujeitos 
está se referindo, mas está de acordo com o teor do art. 197 do CTN. 
Alternativa C: Correta. De fato, o Fisco tem a função de arrecadar os tributos 
e de praticar todos os atos necessários para cumprimento da legislação 
tributária. Para isso, a atuação administrativa do Fisco inclui a investigação da 
ocorrência do fato gerador e da observância ou não da legislação tributária. 
Alternativa D: Correta. Determina o art. 123 do CTN (estudado na aula 05), 
que, salvo disposição de lei em contrário, as convenções particulares, 
relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser 
opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito passivo 
das obrigações tributárias correspondentes. 
Alternativa E: Correta. De acordo com a literalidade do art. 197, vista na letra 
A. A ressalva descrita na alternativa encontra-se no parágrafo único deste 
artigo, o qual afirma que essa obrigação não abrange a prestação de 
informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente 
obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, 
atividade ou profissão. Gabarito: A 
 
26. (FGV/ICMS RJ/2009) Em relação à fiscalização tributária, analise as 
afirmativas a seguir: 
Obrigados a prestar informações sobre
BENS, NEGÓCIOS OU ATIVIDADES DE TERCEIROS
* Tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
* Bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais 
instituições financeiras;
*Empresas de Administração de Bens;
*Os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
*Os inventariantes;
*Os síndicos, comissários e liquidatários;
*Quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei
designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, 
atividade ou profissão.
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I. Determina o código tributário nacional que a autoridade administrativa que 
presidir quaisquer diligências de fiscalização deverá, preferencialmente, lavrar 
termo autônomo de início do respectivo procedimento, cuja cópia será entregue 
ao sujeito fiscalizado; caso haja recusa de recebimento do aludido termo pelo 
contribuinte, o início da ação fiscal há de ser certificado em um dos livros fiscais 
a serem exibidos na forma da legislação. 
II. Somente antes do início de qualquer procedimento de fiscalização é possível 
ao contribuinte se socorrer do benefício da denúncia espontânea, afastando-se 
a responsabilidade por infrações à legislação tributária, desde que haja o 
pagamento integral do tributo devido acrescido dos juros de mora. 
III. O artigo 195 do CTN reza que "para os efeitos da legislação tributária, não 
têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito 
de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos 
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da 
obrigação destes de exibi-los". Com base nesse dispositivo, o Supremo Tribunal 
Federal editou súmula de modo a consolidar o entendimento de que se sujeitam 
à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, 
ilimitadamente, independentemente dos pontos objeto da investigação. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentários: 
Item I: Incorreto, pois, de acordo com o parágrafo único do art. 196, o termo 
de início de fiscalização será lavrado, sempre que possível, em um dos livros 
fiscais exibidos. 
Item II: Perfeito, o art. 138 do CTN, parágrafo único, estabelece que não se 
considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer 
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a 
infração. 
Item III: Incorreto, pois de acordo com a Súmula 439 do STF estão sujeitos à 
fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o 
exame aos pontos objeto da investigação. Ou seja, o poder de fiscalizar os 
livros comerciais não é ilimitado. Gabarito: B 
 
27. (ESAF/ISS RJ/2010) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de 
crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa 
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competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou 
decisão proferida em processo regular. 
Sobre a dívida ativa, julgue os itens a seguir: 
I. o termo de inscrição da dívida ativa (CDA) tem função precípua de materializar 
a dívida ativa tributária regularmente inscrita na repartição administrativa, 
instrumentalizando pela Fazenda Pública, ação executória fiscal pertinente; 
II. a inscrição em dívida ativa pressupõe prévio inadimplemento do contribuinte; 
entretanto, é necessária a prévia notificação deste para pagamento antes do 
ajuizamento da ação fiscal; 
III. tendo o contribuinte apurado e declarado o montante do tributo devido e, 
portanto confessado a obrigação correspondente, deveria ter efetuado o 
pagamento no prazo estipulado pela legislação fiscal. Não o realizando, o crédito 
tributário deve ser inscrito na Dívida Ativa da União; 
IV. a inscrição em dívida ativa (art. 201 do CTN), enquanto ato interno da 
Administração (controle de legalidade), não tem influênciano curso do prazo 
prescricional e só se faz necessária em não havendo o adimplemento 
espontâneo da obrigação tributária. 
Estão corretos: 
a) apenas os itens I, II e III. 
b) apenas os itens I, III e IV. 
c) apenas os itens I e II. 
d) apenas os itens II, III e IV. 
e) todos os itens estão corretos. 
Comentários: 
Item I: Correto. Com a inscrição, extrai-se uma certidão de dívida ativa, que 
é um título executivo extrajudicial capaz de subsidiar a ação de execução 
fiscal. Conforme a doutrina majoritária, o único objetivo da inscrição em 
dívida ativa é possibilitar a futura execução fiscal. 
A inscrição é realizada por intermédio da lavratura de um termo no livro 
da dívida ativa. Atualmente, o livro é eletrônico, mas o termo continua existindo, 
devendo conter os elementos previstos no art. 202 do CTN. 
Perceba que do mesmo modo que o lançamento materializa o crédito 
tributário, tornando-o passível de ser exigível, o termo de inscrição da dívida 
ativa formaliza o inadimplemento do sujeito passivo, possibilitando a ação 
de execução fiscal. 
Item II: Incorreto. De fato, a dívida ativa é composta por valores 
provenientes de crédito tributário de igual natureza não pago no prazo 
fixado. Logo, para ser inscrito em dívida ativa, deve ter havido o 
inadimplemento do contribuinte. 
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Contudo, não havendo o cumprimento espontâneo da obrigação por parte do 
sujeito passivo, o fisco não precisa realizar notificação prévia antes do 
ajuizamento da ação fiscal; 
Item III: Correto. Conforme disposição expressa do art. 142 do CTN, compete 
privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito 
tributário pelo lançamento. 
Contudo, o STJ entende que em casos de tributos declarados - exemplo: ICMS, 
que mensalmente tem sua movimentação informada através da Guia de 
Informação e Apuração (GIA) - a declaração configura uma confissão de dívida, 
sendo desse modo constituído o crédito tributário. Logo, havendo essa 
constituição e a posterior inadimplência, o crédito tributário estará apto a ser 
inscrito em dívida ativa. 
Veja o teor da Súmula STJ nº 436 (vista na aula 07): “A entrega de declaração 
pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, 
dispensada qualquer outra providência por parte do fisco”. 
Contudo, esse item é problemático, pois há menção à dívida ativa da União, 
sendo que não é dito que o ente competente para instituição do referido tributo 
é a União. Mas a ESAF não alterou o gabarito da questão... Ocorre que esse 
item foi retirado de um julgado do TRF3, tendo o examinador esquecido de 
retirar a menção à União: 
“Desta forma, tendo o contribuinte apurado e declarado o montante do 
tributo devido e, portanto confessado a obrigação correspondente, 
deveria ter efetuado o pagamento no prazo estipulado pela legislação 
fiscal. Não o realizando, o crédito tributário deve ser inscrito na Dívida 
Ativa da União em conformidade com o art. 201, caput, do Código Tributário 
Nacional.” (proc. 2010.03.00.011193-7 - AI 403390) 
Item IV: Correto. A inscrição da dívida ativa é realizada por intermédio da 
lavratura de um termo no livro da dívida ativa. Os elementos que devem 
constar no termo de inscrição da dívida ativa estão definidos no art. 202 do 
CTN. Logo, de fato a inscrição pode ser considerada um controle de legalidade, 
pois, na elaboração do termo de inscrição, é realizada a revisão de alguns 
requisitos legais do crédito tributário. Além disso, o CTN não possui regra de 
modificação no prazo prescricional em virtude da inscrição em Dívida Ativa. 
Contudo saiba que a banca retirou esse item de um julgado do STJ: 
“A inscrição em dívida ativa (art.201 do CTN), enquanto ato interno da 
Administração (controle de legalidade), não tem influência no curso do prazo 
prescricional e só se faz necessária em não havendo o adimplemento 
espontâneo da obrigação tributária. Consequentemente, não pode servir como 
parâmetro para o cômputo do prazo de decadência (do direito de constituir o 
crédito) ou de prescrição (do direito de ação para a respectiva cobrança).” (AC 
9991 RS/2006) Gabarito: B 
 
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28. (ESAF/ATRFB/2009) Sobre a dívida ativa tributária, é incorreto afirmar 
que: 
a) provém de crédito de igual natureza. 
b) somente se admite a inscrição de débito em dívida ativa após o decurso do 
prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo 
administrativo. 
c) o controle da legalidade da inscrição em dívida ativa é a derradeira 
oportunidade que a Administração tem de rever os requisitos dos atos 
praticados no processo administrativo de cobrança, ocasião em que ainda pode 
modificá-los. 
d) as informações relativas a inscrições na dívida ativa da fazenda pública 
podem ser divulgadas, sem que isso configure violação ao sigilo fiscal. 
e) uma vez inscrito o débito em dívida ativa, tem-se que o título representativo 
desta goza de presunção de liquidez e certeza. 
Comentários: 
Alternativa A e B: Corretas. Conforme o art. 201 do CTN, a Dívida ativa 
tributária é aquela proveniente do crédito tributário de igual natureza 
não pago no prazo fixado pela lei ou por decisão final proferida em processo 
regular, em razão disso, submetido à respectiva inscrição na repartição 
administrativa competente. 
Alternativa C: Incorreta. De acordo com a Súmula 392 STJ: “A Fazenda Pública 
pode substituir a Certidão de Dívida Ativa (CDA) até a prolação da sentença 
de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, 
vedada a modificação do sujeito passivo da execução”. 
Assim, o STJ entende que, até a sentença de primeira instância, pode haver 
alteração na CDA. Dessa forma, a inscrição em dívida ativa é a primeira 
oportunidade que a Administração tem de rever os requisitos dos atos 
praticados no processo administrativo de cobrança, e não o último, como dito 
na alternativa. 
Alternativa D: Correta. O parágrafo primeiro do art. 198 do CTN prevê 
importantes exceções à regra do sigilo bancário: 
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Logo, conforme o art. 198, § 3º, II, do CTN, não é vedada a divulgação de 
informações relativas a inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. 
Alternativa E: Correta. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a 
dívida goza de presunção de certeza E liquidez e tem o efeito de prova pré-
constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção 
não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendoser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que 
aproveite. Gabarito: C 
 
29. (ESAF/ATRFB/2009) Sobre o sigilo fiscal, previsto no art. 198 do 
Código Tributário Nacional, analise os itens a seguir, classificando-os como 
verdadeiros ou falsos. Escolha, em consequência, a opção que seja adequada 
às suas respostas: 
I. é vedada a divulgação para qualquer fim, como regra, por parte da Fazenda 
Pública e de seus funcionários, de qualquer informação obtida em razão do 
ofício, sobre a situação econômica ou financeira dos sujeitos passivos ou de 
terceiros; 
II. não é vedado o fornecimento de informações para autoridade judiciária, 
mediante requisição, no interesse da justiça; 
III. é dominante o entendimento de que pode o Juiz, nos autos de uma execução 
fiscal, atender a pedido do exeqüente de oficiar à Secretaria da Receita Federal 
do Brasil solicitando cópia da declaração de bens e renda do executado, de modo 
a permitir a identificação de bens penhoráveis; 
IV. de outra forma, não se admite o disposto no item III no caso de uma 
execução de sentença. 
Restrições ao 
sigilo fiscal
Requisição da autoridade judiciária
Solicitação de outro órgão da Administração Pública para
apuração de infração administrativa
Permuta de informações sigilosas entre União, Estados, DF e 
Municípios, nos termos de lei ou convênio;
e, entre a União e Estados estrangeiros, conforme tratados, 
acordos e convênios
Divulgação de 
informações 
relativas a
Representações fiscais para
fins penais
Inscrições na Dívida Ativa da 
Fazenda Pública
Parcelamento ou moratória
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a) Estão corretos apenas os itens I, II e III. 
b) Estão corretos apenas os itens I e II. 
c) Todos os itens estão corretos. 
d) Estão corretos apenas os itens II, III e IV. 
e) Estão corretos apenas os itens II e III. 
Comentários: 
Item I: Correto. As informações obtidas pelas autoridades fiscais no exercício 
de suas atividades sobre a situação econômica ou financeira do sujeito 
passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou 
atividades não podem ser divulgadas por força do art. 198 do CTN, sem 
prejuízo do disposto na legislação criminal. É o que se chama de sigilo fiscal, 
garantia de segurança dos fiscalizados. Essa é a regra geral, contudo, 
importantes exceções, conforme detalhamos no próximo item abaixo. 
Contudo esse item é problemático, pois contém a expressão “para qualquer 
fim", a qual estava presente apenas na redação anterior do CTN, sendo excluída 
pela LC 104/2001. Mas infelizmente a ESAF manteve como correto este item... 
Item II: Correto, conforme o art. 198, § 1º, I, do CTN. Vejamos todas as 
exceções à regra de sigilo fiscal, previstas nos parágrafos do art. 198 do CTN: 
 
Item III: Correto. Conforme vimos no item II, a requisição de informações por 
parte de autoridade judiciária é uma exceção ao sigilo fiscal. Contudo, 
destacamos que essa requisição somente pode ser realizada quando se 
tornarem frustradas as tentativas para se localizar os bens e/ou rendas por 
meios extrajudiciais (REsp. 256156/2004). 
Exceções ao 
sigilo fiscal
Requisição da autoridade judiciária
Solicitação de outro órgão da Administração Pública para
apuração de infração administrativa
Permuta de informações sigilosas entre União, Estados, DF e 
Municípios, nos termos de lei ou convênio;
e, entre a União e Estados estrangeiros, conforme tratados, 
acordos e convênios
Divulgação de 
informações 
relativas a
Representações fiscais para
fins penais
Inscrições na Dívida Ativa da 
Fazenda Pública
Parcelamento ou moratória
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Item III: Incorreto. Novamente reiteramos o que vimos no item II: a 
requisição de informações por parte de autoridade judiciária é uma exceção ao 
sigilo fiscal. Essa requisição pode ser realizada pela autoridade judiciária em 
qualquer processo e em qualquer fase do processo, tendo em vista que o CTN 
não restringe essa hipótese. Gabarito: A 
 
 
30. (FJG/ISS RJ/2002) É certo afirmar-se que o crédito tributário como 
dívida ativa: 
a) gera a presunção de certeza e liquidez do crédito tributário 
b) estabelece termo para a fluência do juro de mora 
c) constitui em definitivo o crédito tributário 
d) torna imutável o lançamento 
Comentários: 
Alternativa A: Correta. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a 
dívida goza de presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-
constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção 
não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo 
ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que 
aproveite. 
Alternativa B: Incorreta. Conforme o parágrafo único do art. 201 do CTN, “a 
fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do 
crédito”. Em outras palavras, com a inscrição de um crédito em dívida ativa não 
cessa a fluência dos juros de mora e essa fluência não retira a liquidez do crédito 
tributário inscrito em dívida ativa. 
Alternativa C: Incorreta. O crédito tributário é constituído pelo lançamento e 
não pela inscrição em dívida ativa. Conforme o art. 142 do CTN, compete 
privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito 
tributário pelo lançamento. Além disso, a constituição do crédito tributário 
não é definitiva, pois o art. 145 do CTN elenca as hipóteses de alteração do 
lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo. 
Quanto à definitividade de inscrição em dívida ativa, também não há pois a 
presunção é apenas relativa (juris tantum), podendo ser ilidida por prova 
inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite (parágrafo 
único do art. 201, CTN). 
Alternativa D: Incorreta. O parágrafo único do art. 149 prevê que a revisão de 
lançamento pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. 
Em outras palavras, dentro do prazo decadencial, o lançamento pode ser 
revisado de ofício. Gabarito: A 
 
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31. (ESAF/Procurador - PGFN/2012) O Código Tributário Nacional prevê 
a obrigação inequívoca de qualquer pessoa jurídica de dar à fiscalização 
tributária amplo acesso aos seus registros contábeis. Tal norma: 
a) permite ao fisco, no caso de obstaculização por parte da pessoa jurídica 
fiscalizada, buscar em Juízo acesso à exibição de livros e documentos, quando 
houver fundada suspeita de irregularidade. 
b) se desobedecida, implica descumprimento de obrigação acessória,podendo 
ter várias consequências, que vão desde a aplicação de multa ao lançamento 
por arbitramento, sempre na esfera cível. 
c) permite ao fisco, inclusive, proceder à retenção da mercadoria até a 
comprovação da posse legítima daquele que a transporta. 
d) não distingue as microempresas e empresas de pequeno porte de manterem 
escrituração comercial e fiscal, bem como à documentação a que estão 
obrigadas as demais empresas, até que ocorra a prescrição dos créditos 
decorrentes das operações a que se refiram. 
e) permite inferir que estão sujeitos à fiscalização previdenciária ou tributária 
quaisquer livros comerciais, podendo os agentes fiscalizadores, havendo 
indícios, estenderem o exame para além dos pontos que inicialmente eram 
objeto da investigação. 
Comentários: 
Alternativa A: Incorreta. O fisco, independentemente de haver fundada 
suspeita de irregularidade, tem o poder de examinar mercadorias, livros, 
arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes 
industriais ou produtores (art. 195, CTN). Assim, mesmo que não haja fundada 
suspeita de irregularidade, caso a pessoa jurídica fiscalizada obstaculize a 
fiscalização, o fisco pode recorrer ao Judiciário para exercer seu direito. 
Alternativa B: Incorreta. A obrigação de apresentar livros e documentos de 
fato é uma obrigação acessória. Não sendo cumprida, a obrigação acessória 
converte-se em principal em relação à penalidade pecuniária (art. 113, § 3º, 
CTN). Contudo, caso o sujeito passivo descumpra essa obrigação acessória, as 
consequências não se limitarão à esfera cível, uma vez que ele também estará 
sujeito a consequências na esfera penal, por caracterizar crime contra a ordem 
tributária. 
Alternativa C: Correta. Conforme o entendimento do STF, a retenção é 
constitucional: “1. A retenção da mercadoria, até a comprovação da posse 
legítima daquele que a transporta, não constitui coação imposta em desrespeito 
ao princípio do devido processo legal tributário. 2. Ao garantir o livre exercício 
de qualquer trabalho, ofício ou profissão, o art. 5º, inc. XIII, da Constituição da 
República não o faz de forma absoluta, pelo que a observância dos 
recolhimentos tributários no desempenho dessas atividades impõese legal e 
legitimamente. 3. A hipótese de retenção temporária de mercadorias prevista 
no art. 163, § 7º, da Constituição de São Paulo, é providência para a fiscalização 
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do cumprimento da legislação tributária nesse território e consubstancia 
exercício do poder de polícia da Administração Pública Fazendária, estabelecida 
legalmente para os casos de ilícito tributário. Inexiste, por isso mesmo, a 
alegada coação indireta do contribuinte para satisfazer débitos com a Fazenda 
Pública.” (ADI 395/2007). 
Alternativa D: Incorreta. A LC 123/2006 (Simples Nacional) possibilitou uma 
série de vantagens para microempresas e empresas de pequeno porte. Entre 
esses benefícios, tem-se a simplificação das obrigações acessórias. Logo, 
perceba que existe um regramento distinto para microempresas e empresas de 
pequeno porte em relação aos demais sujeitos passivos. 
Alternativa E: Incorreta. A redação dessa alternativa não é das melhores... 
Mas entendemos que o objetivo do examinador foi cobrar seu conhecimento da 
Súmula nº 439 do STF, a qual estabelece que o exame dos livros é limitado 
aos pontos objeto da investigação. Veja sua literalidade: “Estão sujeitos à 
fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o 
exame aos pontos objeto da investigação”. 
Ocorre que, se o auditor descobrir irregularidades ligadas a tributos de 
competência de outros entes, ele não poderá fiscalizá-las. Ele deverá realizar 
uma representação fiscal para fins tributários, levando as irregularidades ao 
conhecimento do Fisco competente, o qual sim deverá realizar a fiscalização. 
Gabarito: C 
 
32. (ESAF/Analista Técnico - SUSEP/2010) Depois de esgotado o prazo 
fixado (em lei ou decisão final proferida em processo administrativo fiscal) para 
o pagamento de determinado tributo, o crédito respectivo é inscrito em dívida 
ativa tributária, por meio de um termo de dívida ativa. 
Assinale, entre os itens a seguir, o único que não é de indicação obrigatória no 
respectivo termo para todos os tributos. 
a) O nome do devedor e a indicação de seu domicílio. 
b) O número do processo administrativo de que se originar o crédito. 
c) A origem e a natureza do crédito, com a menção específica à disposição legal 
em que seja fundado. 
d) A data em que foi inscrita. 
e) A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos. 
Comentários: 
O art. 202 do CTN determina os elementos que devem constar no termo de 
inscrição da dívida ativa: 
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Alternativa A: Correta. Alternativa mal redigida. Conforme o art. 202, I, do 
CTN, o nome do devedor é sempre obrigatório. Contudo a indicação de seu 
domicílio é obrigatória sempre que possível. Infelizmente a banca não anulou 
essa questão. 
Alternativa B: Incorreta. Conforme o art. 202, V, o número do processo de 
que se originar o crédito consta deve constar no termo "sendo o caso". Logo, 
não é um item sempre obrigatório, só é obrigatório nos casos em que o crédito 
tributário se originar de um processo administrativo. 
Alternativa C: Correta, conforme o art. 202, III. 
Alternativa D: Correta, conforme o art. 202, IV. 
Alternativa E: Correta, conforme o art. 202, II. Gabarito: B 
 
 
33. (ESAF/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 
Públicas-SEFAZ SP/2009) Aldemário Araujo Castro ensina que "O crédito 
tributário não pago, na forma prevista na legislação própria, e não sujeito a 
qualquer das causas de suspensão da exigibilidade, é encaminhado para a 
inscrição na chamada Dívida Ativa pela repartição administrativa competente". 
A inscrição em Dívida Ativa: 
a) presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas por sujeito 
passivo com débito tributário regularmente inscrito. 
b) somente incide sobre créditos tributários definitivamente constituídos. 
Termo de 
inscrição em 
dívida ativa, 
autenticado pela 
autoridade 
competente,
indicará:
o nome do devedor
a quantia devida e a maneira de calcular os juros de 
mora acrescidos
a origem e natureza do crédito, mencionada 
especificamente a disposição da lei em que seja fundado
a data em que foi inscrita
sendo o caso
o número do processo 
administrativo de que se originar o 
crédito
nome dos co-responsáveis do 
devedor
sempre que 
possível
o domicílio ou a residência do 
devedor e corresponsável
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c) sujeita-se a sigilo fiscal. 
d) tem natureza constitutiva do crédito e declaratória da obrigação. 
e) possui dupla finalidade: constituir um título executivo extrajudicial e conferir 
presunção de liquidez e certeza ao crédito tributário. 
Comentários: 
Alternativa A: Correta. Conforme o art. 185 do CTN (a ser estudado na 
próxima aula), “presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou 
rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda 
Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa”. 
Alternativa B: Incorreta. Quando uma pessoa está devendo ao Estado, o débito 
é inscrito em dívida ativa, sendo esta composta por débitos de origem tributária 
e não tributária. Assim, a inscrição em Dívida Ativa engloba créditos tributários 
e não tributários. 
Alternativa C: Incorreta. Conforme o art. 198, § 3º, II do CTN, não é vedada 
a divulgação de informações relativas a inscrições na Dívida Ativa da Fazenda 
Pública. 
Alternativa D: Incorreta. Cuidado! Essas características referem-se ao 
lançamento. Conforme o CTN, o lançamento apresenta natureza jurídica 
mista ou dúplice, pois é declaratória da obrigação tributária e constitutiva do 
crédito tributário. 
 
 
Alternativa E: Incorreta. Com a inscrição, extrai-se uma certidão de dívida 
ativa, que é um título executivo extrajudicial capaz de subsidiar a ação de 
execução fiscal. Conforme a doutrina majoritária, o único objetivo da 
inscrição é possibilitar a futura execução fiscal. Gabarito: A 
 
 
34. (ESAF/Analista TI - SEFAZ CE/2007) As certidões negativas podem 
ser exigidas em determinadas situações em que o sujeito passivo tenha de fazer 
prova da quitação de determinado tributo. São expedidas, pois, a requerimento 
de interessado, que deverá conter, entre outras, as informações necessárias à 
identificação do sujeito passivo. Há casos em que se poderão expedir certidões 
positivas com efeitos de negativa. 
OBRIGAÇÃO
TRIBUTÁRIA
LANÇAMENTO
CRÉDITO
TRIBUTÁRIO
DECLARA CONSTITUI 
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Entre os itens abaixo, assinale aquele que não contém uma dessas hipóteses. 
a) Quando houver crédito cuja exigibilidade esteja suspensa. 
b) Quando houver crédito não vencido. 
c) Quando houver crédito em curso de cobrança executiva, e o executado tiver 
oferecido exceção de pré-executividade. 
d) Quando houver ação declaratória pendente de decisão, e liminar favorável 
ao sujeito passivo. 
e) Quando houver parcelamento do débito. 
Comentários: 
Há situações em que, embora possua débitos, o sujeito passivo está em 
situação regular com Fisco. Nestes casos, no lugar da CND é expedida a 
Certidão Positiva com Efeitos de Negativa. É positiva por existirem débitos, 
mas tem efeitos de negativa, pois o requerente está em situação regular. 
Conforme o art. 206, do CTN, há três situações em que será expedida 
Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: 
 
Alternativa A: Correta, conforme o final do art. 206 do CTN. 
Alternativa B: Correta, conforme o início do art. 206 do CTN. 
Alternativa C: Incorreta. “Quando houver crédito em curso de cobrança 
executiva, e o executado tiver oferecido exceção de pré-executividade em que 
tenha sido efetivada a penhora.” (art. 206, CTN) 
Alternativa D e E: Corretas. Conforme o art. 151, são situações em que a 
exigibilidade do crédito tributário ficará suspensa: 
Tem o mesmo efeito da certidão 
negativa aquela na qual conste a 
existência de créditos 
não vencidos
em curso de cobrança 
executiva em que tenha 
sido efetivada a penhora
ou cuja 
exigibilidade
esteja suspensa
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Logo, a concessão de medida liminar e o parcelamento são hipóteses de 
suspensão do crédito tributário. Logo, as alternativas estão corretas, conforme 
o final do art. 206 do CTN. Gabarito: C 
 
35. (ESAF/Procurador - PGFN/2007) A Lei Complementar n. 105, de 10 
de janeiro de 2001, dispôs sobre o sigilo das operações de instituições 
financeiras. De acordo com essa lei complementar, não é responsável (ou não 
se prevê como tal): 
a) o servidor público que utilizar informação obtida em decorrência da quebra 
de sigilo, caso em que responde pessoal e diretamente pelos danos decorrentes. 
b) a entidade pública a que pertencer o servidor que viabilizar a utilização, 
apenas quando comprovado que este agiu de acordo com orientação oficial. 
c) o funcionário que, com a autorização de juiz, mas sem a de seu superior, 
fornecer documentos sigilosos solicitados por comissão de inquérito 
administrativo destinada a apurar responsabilidade de servidor público por 
infração praticada no exercício de suas atribuições. 
d) quem, embora injustificadamente, apenas retardar a prestação de 
informações requeridas nos termos da Lei Complementar, caso em que também 
se sujeita à pena de um a quatro anos de reclusão. 
e) quem, atendendo a requisição do Banco Central, ao proceder a inquérito em 
instituição financeira submetida a regime especial, mas sem ordem judicial, 
prestar informação sobre contas de depósitos, aplicações e investimentos 
mantidos na instituição. 
Suspendem
a exigibilidade do
crédito tributário
A moratória
O parcelamento
As reclamações e os recursos, nos termos 
das leis reguladoras do processo tributário 
administrativo
A concessão de medida liminar em mandado
de segurança
A concessão de medida liminar ou de tutela
antecipada, em outras espécies de ação 
judicial
Depósito do montante integral
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Comentários: 
Alternativa A: Contraria o art. 11 da LC nº 105/2001: “O servidor público que 
utilizar ou viabilizar a utilização de qualquer informação obtida em decorrência 
da quebra de sigilo de que trata esta Lei Complementar responde pessoal e 
diretamente pelos danos decorrentes, sem prejuízo da responsabilidade 
objetiva da entidade pública”. 
Alternativa B: Contraria o mesmo art. 11 da LC nº 105/2001, que não isenta 
de responsabilidade objetiva a entidade pública a que pertença o servidor que 
viabilizar a utilização. 
Alternativa C: Essa alternativa é polêmica, pois atende à exigência de prévia 
autorização do Poder Judiciário prevista no § 1º do art. 3º, então o problema 
seria na falta de autorização do superior. Veremos que há uma alternativa 
melhor, que não nos deixará dúvida. 
Alternativa D: Incorreta, pois é responsável, sim. De acordo com o parágrafo 
único do art. 10 da LC nº 105/2001, quem omitir, retardar injustificadamenteou prestar falsamente as informações requeridas nos termos da referida lei 
incorre nas mesmas penas daqueles que quebram o sigilo fora das hipóteses 
permitidas. 
Alternativa E: Certa! Não é responsável quem, atendendo a requisição do 
Banco Central, ao proceder a inquérito em instituição financeira submetida a 
regime especial, mas sem ordem judicial, prestar informação sobre contas de 
depósitos, aplicações e investimentos mantidos na instituição. Está de acordo 
com o art. 2º, § 1º, II. Veja que não é preciso ordem judicial nesse caso! 
Gabarito: E 
 
36. (ESAF/Analista - SEFAZ CE/2007) Em determinados casos previstos 
em lei, como para participar de concorrência pública, ou para ter deferido seu 
programa de recuperação judicial, poderá ser exigido que o contribuinte faça 
prova da quitação de seus tributos por meio de certidão negativa de tributos. 
Entretanto, tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão positiva em 
que conste: 
I. a existência de crédito não vencido. 
II. a existência de crédito em curso de cobrança judicial, em que esteja 
garantido o juízo, por penhora ou depósito em garantia. 
III. a existência de crédito cuja exigibilidade esteja suspensa. 
IV. a existência de crédito prescrito. 
Estão corretos: 
a) Apenas os itens I, II e III. 
b) Apenas os itens I e II. 
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c) Apenas os itens I, III e IV. 
d) Apenas os itens II, III e IV. 
e) Todos os itens. 
Comentários: 
Há situações em que, embora possua débitos, o sujeito passivo está em 
situação regular com Fisco. Nestes casos, no lugar da CND é expedida a 
Certidão Positiva com Efeitos de Negativa. É positiva por existirem débitos, 
mas tem efeitos de negativa, pois o requerente está em situação regular. 
Conforme o art. 206, do CTN, há três situações em que será expedida 
Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: 
 
Item I: Correto, conforme o início do art. 206 do CTN. 
Item II: Correto, conforme o art. 206 do CTN. 
Item III: Correto, conforme o final do art. 206 do CTN. 
Item IV: Incorreto. O CTN não autoriza a emissão de Certidão Positiva com 
Efeitos de Negativa no caso de existência de crédito prescrito. Gabarito: A 
 
37. (FCC/ICMS PE/2014) O Estado de Pernambuco, em fevereiro de 2013, 
instaurou procedimento de fiscalização, em que se constatou que a Tomatinho, 
sociedade empresária que atua no comércio de molho de tomate em conserva, 
nos meses de novembro e dezembro de 2012, não escriturou as notas fiscais 
dos produtos adquiridos pela empresa no seu livro de registro de entrada, o 
que, nos termos da legislação vigente, no período apurado, presumia-se a 
realização de operações, com a saída de mercadoria, sem o recolhimento do 
ICMS. A Lei Estadual no 2.648/2011, que vigorava durante o período fiscalizado, 
estabelecia a alíquota do ICMS sobre operações referentes a molhos de tomates 
em conserva em 17% e imputava uma multa de 100% sobre o valor da 
operação, nos casos de infrações relativas à falta de escrituração no livro fiscal 
dos documentos referentes à entrada de mercadorias. Ocorre que o Estado de 
Pernambuco, em março de 2013, editou a Lei no 7.845/2013, além de ter 
concedido isenção de ICMS para as operações referentes a molho de tomate em 
conserva, reduziu a sanção fiscal para 50% na hipótese da infração verificada 
Tem o mesmo efeito da certidão 
negativa aquela na qual conste a 
existência de créditos 
não vencidos
em curso de cobrança 
executiva em que tenha 
sido efetivada a penhora
ou cuja 
exigibilidade
esteja suspensa
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na ação fiscalizatória. Nessa situação hipotética, quanto ao auto de infração, a 
Administração tributária 
a) não deverá exigir qualquer valor a título de ICMS, pois aplica-se 
retroativamente lei posterior à data da ocorrência dos fatos que estabeleça 
benefício fiscal em favor do contribuinte; e imputar multa no valor 
correspondente a 100% da operação, pois as infrações cometidas devem ser 
reprimidas com base nas penalidades estabelecidas pela legislação vigente ao 
tempo da sua prática. 
b) não deverá lavrar o Auto de Infração, pois como aplica-se retroativamente a 
lei posterior à data da ocorrência dos fatos que desonerou o contribuinte do 
pagamento da obrigação principal, a obrigação acessória também não poderá 
ser exigida. 
c) deverá exigir o ICMS, aplicando-se a alíquota de 17% e imputar multa no 
valor correspondente a 100% da operação, percentual esse que deverá ser 
exigido ao final do contribuinte em eventual execução fiscal do respectivo 
crédito tributário, pois eram, respectivamente, a alíquota e a penalidade 
estabelecidas pela legislação vigente na data da ocorrência do fato gerador. 
d) deverá exigir o ICMS, aplicando-se a alíquota de 17%, pois era a prevista 
pela legislação vigente na data da ocorrência do fato gerador, e imputar multa 
no valor correspondente a 100% da operação. No curso de eventual processo 
administrativo, a multa deverá ser reduzida para 50%. 
e) não deverá exigir qualquer valor a título de ICMS e imputar multa no valor 
correspondente a 50% da operação, pois é aplicável retroativamente lei 
posterior à data da ocorrência dos fatos que estabeleça tratamento tributário 
menos severo que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. 
Comentários: 
Primeiro organizemos as ideias. A questão trata de três períodos distintos: 
1- período fiscalizado: novembro e dezembro de 2012; 
2- início do procedimento fiscalizatório: fevereiro de 2013; 
3- edição de lei que concedeu isenção e reduziu sanção: março de 2013. 
Ou seja, quando foi iniciado o procedimento de fiscalização, a referida lei ainda 
não havia sido editada. Pois bem. De acordo com o art. 106 do CTN, uma das 
poucas situações em que a lei se aplica a ato ou fato pretérito é aquela que trata 
de ato não definitivamente julgado, quando lhe comine penalidade menos 
severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. 
Já a alíquota a ser aplicada será sempre aquela vigente ao tempo do fato 
gerador, não importando se for alterada depois! Logo, em fevereiro de 2013, a 
alíquota a ser aplicada aos fatos geradores de novembro e dezembro de 2012 
devia ser a vigente naquela época, 17%. 
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E mais, a multa a ser aplicada era a de 100%, pois ainda era esta a vigente em 
fevereiro de 2013. Uma penalidade menos severa apenas veio a ser criada no 
mês seguinte e poderia ser aplicada retroativamente, em eventual processo 
administrativo, caso ainda não definitivamente julgado eventualrecurso à 
imposição da multa. 
Já a isenção não se aplica retroativamente e a alíquota a ser cobrada permanece 
sendo a vigente ao tempo do fato gerador. Gabarito: D 
 
 
38. (FCC/ICMS SP/2013) Uma empresa multinacional do ramo ótico tem 
estabelecimento no Estado de São Paulo, sendo contribuinte do ICMS. O Agente 
Fiscal de Rendas do Estado recebeu a incumbência de realizar uma atividade 
fiscalizatória nesta filial e, para tanto, a notificou a apresentar livros e 
documentos fiscais, bem como determinados livros, documentos e arquivos 
comerciais que se relacionavam com os pontos objeto da fiscalização. 
Nesse caso, a empresa tem a obrigação de apresentar os livros e documentos 
fiscais para o agente de Fiscalização do Estado. 
Os demais documentos solicitados 
a) são de apresentação facultativa, haja vista que podem conter segredos 
comerciais das suas atividades, e são protegidos legalmente. 
b) a empresa não apresentou, pois não foi autorizada pela matriz, que se apoia 
na legislação estrangeira. 
c) também devem ser apresentados, pois não tem aplicação qualquer 
disposição, ainda que legal, que seja excludente ou limitativa do direito do Fisco 
de examinar o que foi requisitado. 
d) são protegidos pela legislação comercial; por isso, só poderão ser 
examinados pela fiscalização quando houver processo administrativo 
instaurado, ou procedimento fiscal em curso, e desde que tais exames sejam 
considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente. 
e) só podem ser examinados com autorização judicial, mediante pedido 
fundamentado da Administração Tributária. 
Comentários: 
Questão muito simples, exigindo apenas o conhecimento do art. 195 do CTN: 
“Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer 
disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar 
mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou 
fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de 
exibi-los”. 
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No enunciado ainda é dito que foram exigidos somente livros, documentos e 
arquivos comerciais que se relacionavam com os pontos objeto da fiscalização, 
então a empresa tem o dever de apresenta-los. Gabarito: C 
 
39. (FCC/ICMS SP/2013) A Lei Complementar 104, de 10/01/2001, 
alterou e incluiu alguns dispositivos do CTN relativos à divulgação pela 
Administração Tributária e por seus funcionários de informações obtidas em 
razão de suas atividades. Regra geral, o Código Tributário Nacional veda a 
divulgação destas informações, havendo, no entanto, algumas exceções. De 
acordo com o CTN, é permitida a divulgação de informações, dentre outros, em 
casos de 
a) compensação tributária, representações fiscais para fins penais e requisição 
de autoridade judiciária no interesse da justiça. 
b) requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça, inscrições na 
Dívida Ativa da Fazenda Pública e representações fiscais para fins penais. 
c) parcelamento ou moratória, requisição da mesa diretora do Poder Legislativo 
do ente tributante e solicitações de autoridade administrativa no interesse da 
Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de 
processo administrativo. 
d) inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública, representações fiscais para 
fins penais e petições de reconhecimento de decadência. 
e) transação e remissão, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e 
representações fiscais para fins penais. 
Comentários: 
De acordo com o CTN, art. 198, § 3º, não é vedada a divulgação de informações 
relativas a representações fiscais para fins penais, inscrições na Dívida Ativa da 
Fazenda Pública e parcelamento ou moratória. 
Além disso, de acordo com o § 1º, também são exceções ao sigilo fiscal a 
divulgação de informações por requisição de autoridade judiciária no interesse 
da justiça e por solicitações de autoridade administrativa no interesse da 
Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de 
processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de 
investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração 
administrativa. Gabarito: B 
 
40. (FCC/Defensor - DPE AM/2013) A impugnação ou recurso 
administrativo, a concessão de liminar em mandado de segurança ou de tutela 
antecipada em ação anulatória de débito fiscal têm em comum o fato de 
a) autorizar a modificação do crédito tributário em caso de procedência do 
pedido principal. 
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b) serem causa de extinção do crédito tributário. 
c) serem causa de exclusão do crédito tributário. 
d) terem no depósito do montante integral do débito sua condição de 
admissibilidade. 
e) autorizarem a certidão positiva de efeitos negativos. 
Comentários: 
São todos casos de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art. 151 do 
CTN). Portanto, autorizam a emissão de certidão positiva com efeitos de 
negativa, nos termos do art. 206 do CTN. Gabarito: E 
 
 
41. (FGV/ICMS RJ/2010) Com relação à dívida ativa, analise as afirmativas 
a seguir. 
I. O lançamento regularmente notificado ao contribuinte, porque dotado de 
exigibilidade, constitui dívida ativa tributária. 
II. A certidão de dívida ativa poderá ser emendada ou substituída até a decisão 
de primeira instância judicial, assegurada ao executado a devolução do prazo 
para embargos. 
III. A certidão negativa de débito expedida com dolo ou fraude, que contenha 
erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a 
expedir, pelo crédito tributário e juros de mora. 
Assinale: 
a) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente a afirmativa II estiver correta. 
e) se somente a afirmativa I estiver correta. 
Comentários: 
Item I: “O lançamento regularmente notificado ao contribuinte, porque dotado 
de exigibilidade, constitui dívida ativa tributária o crédito tributário”. A dívida 
ativa tributária somente nasce com a inscrição do débito em dívida ativa após o 
decurso do prazo para pagamento do crédito tributário. 
Item II: Correto, conforme art. 203 do CTN. 
Item III: Correto, conforme art. 208 do CTN. Gabarito: A 
 
 
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42. (FGV/ICMS RJ/2009) A lei poderá exigir que a prova da quitação de 
determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida 
àvista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações 
necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou 
atividade, e que indique o período a que se refere o pedido. 
O contribuinte pode, ainda, obter a chamada certidão positiva com efeito de 
negativa, nas seguintes situações, à exceção de uma. Assinale-a. 
a) Ajuizar ação anulatória acompanhada do depósito do montante integral do 
crédito tributário. 
b) Ser considerado devedor de créditos ainda não vencidos. 
c) Ser credor da Fazenda Pública. 
d) Ter contra si ajuizada execução fiscal na qual tenha sido efetivada penhora. 
e) Celebrar parcelamento da dívida. 
Comentários: 
A certidão positiva com efeito de negativa pode ser obtida nos casos de 
existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que 
tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. As 
alternativas A e E mencionam hipóteses de crédito tributário com exigibilidade 
suspensa (art. 151 do CTN). Não está prevista a hipótese de emissão de 
certidão positiva com efeito de negativa no caso da alternativa C. Gabarito: C 
 
43. (FGV/ICMS RJ/2008) No termo da inscrição da dívida ativa, não é 
necessário indicar: 
a) o valor dos juros moratórios devidos. 
b) a data da inscrição. 
c) a quantia devida. 
d) o nome do devedor e seu domicílio. 
e) a origem e a natureza do débito. 
Comentários: 
De acordo com art. 202 do CTN, o termo de inscrição da dívida ativa, 
autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente o nome do 
devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, 
o domicílio ou a residência de um e de outros; a quantia devida e a maneira 
de calcular os juros de mora acrescidos; a origem e natureza do crédito, 
mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; a data 
em que foi inscrita; sendo caso, o número do processo administrativo de que se 
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originar o crédito. Logo, não é necessário indicar o valor dos juros 
moratórios, até porque tal valor dependerá do momento em que será realizado 
o pagamento da dívida. Gabarito: A 
 
 
44. (FCC/ICMS SP/2006) É INCORRETO afirmar: 
a) Ficam sujeitos à apreensão os bens e as mercadorias que estejam em poder 
de contribuinte que não prove a regularidade de sua inscrição no cadastro de 
contribuintes. 
b) Ficam sujeitos à apreensão os bens e mercadorias que se encontrem em 
residência particular, necessários à comprovação da infração, 
independentemente de buscas e apreensões judiciais. 
c) Da apreensão administrativa de livros, documentos, impressos, papéis, 
programas e arquivos magnéticos deve ser lavrado termo, assinado pelo 
detentor, ou na sua ausência ou recusa, por duas testemunhas, ou ainda, sendo 
o caso, pelo depositário designado pela autoridade que faça a apreensão. 
d) O risco do perecimento natural ou da perda de valor da coisa apreendida é 
do proprietário ou do detentor, no momento da apreensão. 
e) A liberação da mercadoria apreendida pode ser promovida até o momento 
da realização do leilão ou da distribuição, desde que o interessado deposite 
importância equivalente à totalidade do débito. 
Comentários: 
Alternativa A: Correta. As autoridades tributárias possuem poder de polícia, 
podendo apreender bens e mercadorias até o esclarecimento dos fatos 
pertinentes à atividade tributária. 
Alternativa B: Incorreta. Existe a proteção constitucional à casa, como asilo 
inviolável (art. 5º, XI, CF). Assim, se as mercadorias se encontram em 
residência particular, a autoridade tributária deve requerer o competente 
mandado de busca e apreensão. 
Alternativa C: Correta. Conforme o art. 196 do CTN: “A autoridade 
administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização 
lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, 
na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão 
daquelas. 
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre 
que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado 
deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela 
autoridade administrativa que proceder ou presidir a diligência de fiscalização”. 
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Alternativa D: Correta. Não é responsabilidade da autoridade tributária 
providenciar a manutenção de mercadoria apreendida, restando ao proprietário 
ou detentor o risco do perecimento ou perda de valor. 
Alternativa E: Correta. O pagamento extingue o crédito tributário (motivo de 
a apreensão ter sido realizada). Assim, o contribuinte passa a ter direito à 
imediata liberação da mercadoria. Gabarito: B 
 
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1. (FCC/ICMS RJ/2014) Com base em convênio específico para esse fim, 
firmado entre a União Federal e o Estado do Rio de Janeiro, o Ministério 
da Fazenda passou a comunicar a esta unidade federada, anualmente, a 
partir de 2013, inclusive, os valores que os contribuintes do Imposto de 
Renda, domiciliados no Estado do Rio de Janeiro, informaram, no campo 
denominado “TRANSFERÊNCIAS PATRIMONIAIS − DOAÇÕES E 
HERANÇAS”, e que pudessem ser de interesse ao Estado fluminense, na 
identificação de potenciais doações sujeitas à incidência do ITD a favor 
desse Estado. 
Com base nesse convênio, o Governador do Estado editou decreto criando as 
principais regras reguladoras da fiscalização desse imposto, as quais deveriam 
ser observadas nesse tipo de fiscalização. Além disso, o setor específico da 
Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, vinculado à fiscalização de 
contribuintes estaduais fluminenses, criou novas regras, complementares e 
específicas, para regular esse tipo de fiscalização, envolvendo um grande 
contingente de pessoas naturais. 
Considerando o disposto no CTN e a situação hipotética apresentada, o 
fornecimento dessas informações pelo Ministério da Fazenda à Secretaria da 
Fazenda do Rio de Janeiro 
a) é permitido, com base em convênio firmado entre os dois órgãos, podendo, 
ainda, o Governador e as autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda 
do referido Estado, criar normas específicas para a fiscalização do ITD, pois 
essas regras reguladoras da fiscalização podem ser criadas por qualquer norma 
da administração tributária. 
b) só poderia ser promovido com base em norma expressa de lei complementar 
federal, mas tanto o Governador, como as autoridades administrativas da 
Secretaria de Fazendadesse Estado podem criar normas específicas para a 
fiscalização do ITD. 
c) só seria permitido com base em norma expressa de lei complementar federal, 
sendo, ainda, que, nem o Governador, nem as autoridades administrativas da 
Secretaria de Fazenda desse Estado poderiam criar normas específicas para a 
fiscalização do ITD, pois essas normas reguladoras da fiscalização devem ser 
criadas por lei ordinária. 
d) é permitido, com base no convênio firmado, podendo o Governador do Estado 
do Rio de Janeiro criar essas regras reguladoras da fiscalização, por decreto, 
sendo vedada, porém, sua criação por normas de hierarquia inferior à de 
decreto, editadas por autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda 
daquele Estado. 
e) não é permitido, em hipótese alguma, pois as informações prestadas pelo 
contribuinte do Imposto de Renda estão protegidas pelo sigilo fiscal, não 
4- Lista de Exercícios 
 
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podendo ser utilizadas nem mesmo por outras pessoas jurídicas de direito 
público, em decorrência de convênios, excetuados os casos em que houver 
ordem judicial expressa e específica para que elas sejam fornecidas. 
 
2. (FCC/ICMS RJ/2014) Oscar, Auditor Fiscal da Receita Estadual, deu 
início aos seus trabalhos de fiscalização, na empresa “Super Atacadão de Roupas 
Finas Ltda.”, e intimou o sócio gerente da empresa, Sr. Cláudio, a lhe exibir 
diversos livros e documentos necessários à realização dessa fiscalização, no que 
foi atendido. 
 O exame dessa documentação, todavia, não revelou a Oscar qualquer 
irregularidade relacionada à legislação do ICMS. 
 Antes de concluir seus trabalhos fiscais, porém, Oscar, suspeitando da 
existência de possíveis irregularidades e sabendo que o Sr. Cláudio era religioso 
e considerava pecado a sonegação de impostos, decidiu intimar, por escrito, o 
sacerdote confessor do Sr. Cláudio, para que ele lhe informasse conteúdos da 
confissão que pudessem eventualmente constituir prova de prática de infração 
à legislação do ICMS do Estado do Rio de Janeiro. 
Essa notificação foi baseada no art. 197 do CTN, cujo caput estabelece a 
obrigatoriedade de determinadas pessoas, mediante intimação escrita, 
prestarem à autoridade administrativa todas as informações de que disponham 
com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros. 
O referido sacerdote, em resposta fundamentada no acordo que o Brasil e a 
Santa Sé firmaram na cidade do Vaticano, em 13 de novembro de 2008, relativo 
ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, fundamentada, também, no 
Decreto Legislativo no 698, de 7 de outubro de 2009, que aprovou esse acordo 
no Brasil e, ainda, no Decreto Federal no 7.107/2010, que determina o 
cumprimento desse acordo, que tem força de lei no território nacional, negou-
se a prestar a informação solicitada pelo Auditor Oscar, invocando o que 
estabelece o art. 13 do referido acordo, cujo teor é o seguinte: é garantido o 
segredo do ofício sacerdotal, especialmente o da confissão sacramental. 
Nesse caso, com base no que estabelece o CTN, o sacerdote agiu em 
a) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações 
solicitadas pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os 
quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de 
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, desde que essas 
informações sejam utilizadas para fins tributários, mas não penais. 
b) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações 
solicitadas pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os 
quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de 
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, pois o fisco também 
deve observar o sigilo dessas informações. 
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c) conformidade com o CTN, pois eles não estão sujeitos à jurisdição tributária 
brasileira, em razão de estarem submetidos diretamente à Santa Sé, que os 
jurisdiciona, em matéria de direito civil, penal e tributário. 
d) conformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas 
pelo fisco não abrange informações quanto a fatos sobre os quais o informante 
esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, 
função, ministério, atividade ou profissão, como é o caso deste sacerdote. 
e) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações 
solicitadas pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os 
quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de 
cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, desde que essas 
informações sejam utilizadas exclusivamente para fins civis e tributários, mas 
não penais. 
 
3. (FCC/ICMS RJ/2014) A empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes 
S.A., grande fabricante de refrigerantes no Estado do Rio de Janeiro, foi 
fiscalizada entre os meses de março e junho de 2005, pelos auditores fiscais 
Rodrigus da Silva e Renatus de Oliveira. 
Para poder realizar seus trabalhos conforme determinado, esses auditores 
tiveram, além de examinar os dados econômico-financeiros da empresa, de 
obter informações sigilosas e secretas, tais como a fórmula para a fabricação 
dos refrigerantes e a relação dos insumos utilizados na sua elaboração. 
As informações relacionadas com as empresas fornecedoras das matérias-
primas e com as próprias matérias-primas sempre foram guardadas sob sigilo 
extremo. 
Notificadas a exibir livros e documentos relacionados com essas operações e a 
prestar as informações solicitadas pelo fisco, inclusive as de caráter sigiloso, a 
empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A. prestou-as conforme 
solicitado. 
Em setembro de 2012, ou seja, sete anos depois de concluída essa fiscalização, 
a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, em periódico informativo 
oficial, distribuído aos seus funcionários e ao público em geral, publicou 
reportagem a respeito das mercadorias que constituíam matéria-prima para a 
elaboração dos refrigerantes fabricados pela empresa em questão, no qual, 
além de citar nominalmente a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes 
S.A., fez referência expressa aos seus fornecedores, aos seus clientes e a uma 
série de informações relacionadas com as mercadorias por eles comercializadas, 
tornando público, inclusive, o conteúdo da fórmula de alguns dos refrigerantes 
mais vendidos pela empresa, a matéria-prima utilizada, os nomes dos 
fornecedores, a situação econômica desses fornecedores e muitos outros dados 
sigilosos dessas empresas. 
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O conteúdo dessa reportagem caiu rapidamente em domínio público e os 
auditores fiscais que fizeram a fiscalização, na qual essas informações foram 
obtidas, deram entrevista a uma revista de grande circulação nacional, que 
elaborou uma reportagem especial sobre a empresa Campos dos Goitacazes 
Refrigerantes S.A., suas maiores fornecedoras e suas maiores clientes, 
abrangendo tanto suas atividades e seus negócios em âmbito nacional, como 
sua situação financeira e econômica. 
A reportagem identificou, no histórico fiscal de uma das fornecedoras da 
empresa mencionada, a existência de representações fiscais para fins penais 
que existiam em nome de seus sócios, bem como a relação dos seus créditos 
tributários, que se encontravam inscritos em dívida ativa do Estado. 
Depois dessa reportagem, as ações da empresa Campos dos Goitacazes 
Refrigerantes S.A. e de suas clientes e fornecedoras despencaram nas bolsas 
de valores nacionais. 
Com base no CTN, nessa situação hipotética, o dever de sigilo 
a) foi violado, quando a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, por 
meio de seu periódico, tornou público o conteúdo da fórmula e da matéria-prima 
relacionadas com a fabricação de alguns dos refrigerantes mais vendidos pela 
empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., mesmo que essa 
publicidade não tenha sido dada pelos auditores fiscais que a fiscalizaram. 
b) não foi violado, quando os auditores fiscais prestaram informações para que 
a revista de grande circulação nacional elaborasse a reportagem em que foram 
publicadas, especificamente, informações sigilosas sobre a situação financeira e 
econômica das maiores clientes e das maiores fornecedoras da empresa 
Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., pois essas empresas não foram 
fiscalizadas por eles. 
c) não foi violado, quando o periódico informativo da Secretaria da Fazenda do 
Estado do Rio de Janeiro publicou reportagem dando a conhecer informação 
sigilosa, relacionada com as matérias-primas utilizadas pela empresa Campos 
dos Goitacazes Refrigerantes S.A. para a fabricação de refrigerantes, porque o 
dever de sigilo não é da pessoa jurídica de direito público, mas de seus 
servidores. 
d) foi violado, quando, relativamente a uma das fornecedoras da empresa 
fiscalizada, os auditores fiscais prestaram informações especificamente 
relacionadas com as representações fiscais para fins penais que existiam em 
nome de seus sócios, e com a relação de seus créditos tributários inscritos em 
dívida ativa do Estado fluminense. 
e) não foi violado, nem pela Fazenda Pública, nem pelos seus servidores, em 
nenhuma das situações apresentadas, porque, quando essas informações foram 
tornadas públicas, já haviam decorrido mais de cinco anos entre a data em que 
foi realizada a fiscalização e a data de divulgação das informações, lapso de 
tempo este que é superior ao do quinquênio decadencial. 
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4. (FCC/ICMS RJ/2014) O exame do histórico tributário de uma 
determinada empresa, fabricante de produtos voltados para a alimentação 
infantil, revelou a existência das seguintes ocorrências: 
I. em 2008, fez o parcelamento, em 60 meses, do valor reclamado em auto de 
infração, lavrado pelo fisco fluminense. Até a presente data, as parcelas têm 
sido pagas correta e pontualmente; 
II. em 2009, o Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação de execução fiscal 
contra ela, que acabou sendo objeto de embargos, depois de a empresa ter 
efetuado, no prazo legal, o depósito integral da importância reclamada na 
execução. O referido depósito não foi levantado, nem convertido em renda, e 
ainda não há decisão transitada em julgado nesse processo; 
III. em 2010, para poder importar mercadorias do exterior, sem a incidência do 
ICMS, esse contribuinte fluminense impetrou mandado de segurança, no bojo 
do qual foi concedida medida liminar para que o desembaraço aduaneiro fosse 
feito sem a exigência do ICMS. Essa liminar foi revogada em 2010 e, ao final do 
processo, o contribuinte restou vencido. Pagou a totalidade do crédito tributário 
reclamado em 2011; 
IV. em 2011, a autuada deixou de pagar impostos federais, que estão sendo 
objeto de execução fiscal, sem que tenha havido depósito da quantia 
questionada, nem oferecimento de bens à penhora; 
V. em 2012, a fiscalização fluminense lavrou auto de infração contra essa 
empresa, que foi objeto de impugnação no prazo legal. Esse auto de infração 
teve resultado favorável à Fazenda Pública estadual, em seu primeiro 
julgamento, mas ainda pende de julgamento de recurso interposto pelo 
contribuinte. Ainda nesse ano, a Fazenda Pública fluminense ajuizou outro 
executivo fiscal, relativo a crédito tributário decorrente de falta de pagamento 
do ICMS, sendo que, desta vez, a empresa em questão não efetuou o depósito 
integral da quantia pleiteada. Ao invés disso, ofereceu bens à penhora, 
suficientes para cobrir o crédito tributário exigido, motivo pelo qual a penhora 
foi efetivada. 
No início de 2013, essa empresa decidiu participar de concorrência pública para 
fornecer seus produtos a creches e escolas da rede estadual fluminense. Um 
dos requisitos a ser cumprido pelas empresas concorrentes, era a apresentação 
de prova de quitação de todos os tributos estaduais, até a data da abertura da 
inscrição para participação nessa concorrência, que ocorreu no dia 05 de abril 
de 2013. 
Para tanto, a empresa apresentou, no órgão público fluminense competente, 
requerimento solicitando a expedição de certidão negativa dos tributos 
estaduais. 
Nesse caso hipotético, com base no CTN, o órgão estadual competente para o 
fornecimento dessa certidão 
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a) expedirá certidão positiva, com efeito de positiva, pois a penhora não permite 
que a certidão tenha efeito de negativa. 
b) expedirá certidão negativa, com efeito de negativa. 
c) expedirá certidão positiva, com efeito de negativa. 
d) expedirá certidão negativa, com efeito de positiva. 
e) não a expedirá, pois os tributos devidos ainda não estão quitados. 
 
5. (FCC/ICMS SP/2013) Com respeito à Dívida Ativa e à Certidão 
Negativa, considere: 
I. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, 
regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de 
esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida 
em processo regular. 
II. A nulidade da inscrição na Dívida Ativa, causada por omissão ou erro, poderá 
ser sanada até a decisão de segunda instância, mediante substituição da 
certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para 
defesa. 
III. A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta e tem caráter de 
prova pré-constituída. 
IV. Será emitida Certidão Negativa quando conste a existência de créditos não 
vencidos, em curso de cobrança executiva em quetenha sido efetivada a 
penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. 
V. A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não 
tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais 
encargos previstos em lei ou contrato. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) II e V. 
c) I e V. 
d) III e IV. 
e) II e IV. 
 
6. (FCC/Notário - TJ/PE/2013) Segundo o Código Tributário Nacional, 
tem o mesmo efeito de certidão negativa uma certidão positiva cujo débito 
esteja com a exigibilidade suspensa. Neste caso, haveria suspensão da 
exigibilidade do crédito tributário a admitir uma certidão positiva de efeitos 
negativos a 
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a) consignação em pagamento de crédito tributário, diante da exigência de 
crédito tributário por mais de um ente, relativamente ao mesmo fato gerador. 
b) isenção em caráter específico, uma vez concedida pela autoridade 
administrativa competente. 
c) anistia concedida em caráter específico, relativamente aos ilícitos 
tributários cometidos antes do lançamento. 
d) citação do executado em sede de execução fiscal. 
e) liminar concedida em mandado de segurança que tenha por objeto 
ilegalidade na constituição do crédito tributário. 
 
7. (FCC/ISS SP/2012) Auditor fiscal municipal, ao dar início aos seus 
trabalhos de fiscalização, lavrou termo de início desses trabalhos em livro fiscal 
da empresa Venha a mim Ltda., arrecadando, naquela oportunidade, diversos 
documentos e livros fiscais, a fim de realizar seu trabalho na repartição 
municipal de sua sede. João Modesto, dono da empresa fiscalizada, ao ser 
alertado pelo seu contador de que os documentos e livros fiscais apontariam 
infrações relacionadas com o não pagamento de imposto, determinou a 
elaboração das guias de pagamento dos impostos não recolhidos e relativos à 
documentação apreendida, a fim de evitar que fosse lavrado auto de infração 
contra sua empresa. 
Caso a fiscalização descubra as irregularidades fiscais da empresa, 
a) poderá lavrar auto de infração, cobrando multa pelas infrações cometidas, 
mesmo após a tentativa saneadora efetivada pela empresa, devendo ser 
regularizado, todavia, o procedimento de início de fiscalização, com a lavratura 
de "notificação de correção de termo de início de fiscalização", documento oficial 
a ser assinado pelo contribuinte, para evitar que o auto de infração seja 
cancelado por vício formal. 
b) não poderá lavrar auto de infração pelas infrações possivelmente 
identificadas na análise documental, tendo em vista que a empresa saneou as 
irregularidades, ao pagar os impostos devidos, antes da efetiva notificação do 
auto de infração. 
c) não poderá lavrar auto de infração, pois o procedimento de início de 
fiscalização foi irregular, na medida em que o fiscal, ao invés de ter lavrado o 
termo de início da fiscalização no livro do contribuinte, deveria ter-lhe 
entregado, obrigatoriamente, uma notificação apartada. 
d) poderá lavrar auto de infração, cobrando multa, pelas infrações cometidas, 
tendo em vista que a possibilidade de denúncia espontânea estaria excluída, 
pois o termo de início de fiscalização fora lavrado regularmente antes da 
tentativa saneadora da empresa. 
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e) poderá lavrar auto de infração, cobrando multa a qualquer momento, mesmo 
que, antes da lavratura do termo de início de fiscalização, aposto em livro fiscal 
pelo auditor municipal, as irregularidades fiscais tivessem sido saneadas. 
 
8. (FCC/ISS SP/2012) Nos casos de impossibilidade de exigência do 
cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem 
solidariamente com esse contribuinte, nos atos em que intervierem ou pelas 
omissões de que forem responsáveis, os tabeliães, escrivães e demais 
serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, 
ou perante eles, em razão do seu ofício, conforme dispõe o art. 134, caput, 
inciso VI do CTN. 
Quanto aos tabeliães e escrivães, especificamente no que concerne aos tributos 
municipais, é correto afirmar que, 
a) mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade 
administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, 
negócios ou atividades de terceiros, exceto quanto a fatos sobre os quais os 
tabeliães e escrivães estejam legalmente obrigados a observar segredo em 
razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 
b) diferentemente dos contribuintes e dos responsáveis em geral, não estão 
sujeitos à fiscalização municipal, pois já se submetem à fiscalização da 
Corregedoria Geral da Justiça estadual. 
c) como qualquer outro contribuinte ou responsável em geral, estão sujeitos à 
fiscalização municipal, mas só estão obrigados a prestar à autoridade 
administrativa as informações de que disponham com relação aos bens, 
negócios ou atividades de terceiros, quando autorizados pela Corregedoria Geral 
da Justiça estadual. 
d) mediante intimação escrita, ou inclusive verbal, em caso de urgência, são 
obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que 
disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, exceto 
quanto a fatos sobre os quais os tabeliães e escrivães estejam legalmente 
obrigados a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, 
atividade ou profissão. 
e) nas cidades que não forem capitais de Estado, mediante anuência da 
autoridade judicial da comarca, devem prestar à autoridade administrativa 
todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou 
atividades de terceiros, exceto quanto a fatos sobre os quais os tabeliães e 
escrivães estejam legalmente obrigados a observar segredo em razão de cargo, 
ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 
 
9. (FCC/ISS SP/2012) Os tributos federais, bem como os estaduais e os 
municipais, estão sujeitos às regras de decadência, referidas no art. 173 do 
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CTN. Tratando-se de tributos cujo lançamento seja feito por homologação, 
estes, especificamente, se sujeitarão, também, à regra de homologação tácita, 
por decurso de prazo, prevista no § 4º do art. 150 desse mesmo código. 
Tanto os prazos de decadência como o de homologação tácita do lançamento, 
pelo decurso de prazo, são de cinco anos e estão previstos, respectivamente, 
no caput do art. 173 do CTN e no § 4º do art. 150 do referido código. 
Consequentemente, a contagem desses prazos quinquenais deve ser feita de 
modo 
a) contínuo, excluindo-sena sua contagem o dia de início e incluindo-se o de 
vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente 
normal na repartição à qual o contribuinte está vinculado, em razão do seu 
domicílio. 
b) contínuo ou descontínuo, conforme determinar a lei ordinária, incluindo-se 
na sua contagem o dia de início e excluindo-se o de vencimento, sendo que eles 
só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição à qual o 
contribuinte está vinculado, em razão do seu domicílio. 
c) contínuo ou descontínuo, conforme determinar a lei ordinária, excluindo-se 
na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento, sendo que eles 
só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que 
corra o processo ou deva ser praticado o ato. 
d) contínuo, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de 
vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente 
normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. 
e) contínuo, incluindo-se na sua contagem o dia de início e excluindo-se o de 
vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente 
normal na repartição à qual o contribuinte está vinculado, em razão do seu 
domicílio. 
 
10. (FCC/Analista-TRF2/2012) No que diz respeito à administração 
tributária, é certo que 
a) poderá ser outorgada, a critério da autoridade, a outra pessoa jurídica de 
Direito Público a realização e a fiscalização do cumprimento das vendas e 
prestações, desde que por decreto. 
b) uma das características da dívida ativa é que a Fazenda Pública a constitui 
unilateralmente, sendo que a presunção de certeza e liquidez é juris tantum, 
por admitir prova em contrário. 
c) as entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu ofício, atividade 
ou profissão, são obrigadas, em qualquer hipótese, a prestar à autoridade 
administrativa todas as informações que disponham em relação aos bens e 
negócios de terceiros. 
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d) a certidão expedida com a ressalva da existência de créditos tributários não 
vencidos ou em curso de cobrança executiva, em que tenha sido efetivada a 
penhora, não tem os mesmos efeitos da certidão negativa. 
e) todas as normas pertinentes à fiscalização têm a natureza das regras de 
Direito Tributário e Direito Penal-Tributário, vedada sua concretização por meio 
das normas de Direito Administrativo ou de Direito Civil. 
 
11. (FCC/Procurador - PGE SP/2012) NÃO é requisito de validade da 
certidão da dívida ativa 
a) a autenticação da autoridade competente. 
b) a indicação do livro e da folha de inscrição do débito. 
c) a memória discriminada e atualizada do cálculo, a fim de que o devedor possa 
exercer, na sua plenitude, o mandamento constitucional da ampla defesa. 
d) o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular 
os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. 
e) a disposição legal em que seja fundado o crédito 
 
12. (FCC/Analista-TRF4/2010) Em relação à administração tributária, é 
INCORRETO afirmar: 
a) Não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do 
direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos 
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da 
obrigação destes de exibi-los. 
b) A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra 
a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, 
pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. 
c) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, 
regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de 
esgotado o prazo fixado para pagamento pela lei ou por decisão final proferida 
em processo regular. 
d) É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, 
de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou 
financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de 
seus negócios ou atividades. 
e) A dívida inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de 
prova pré-constituída, presunção esta absoluta, não podendo ser ilidida por 
prova ainda que inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que 
aproveite. 
 
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13. (FCC/Procurador-PGE AM/2010) Quanto ao prazo legal para 
fornecimento de certidão negativa de débitos tributários, é correto afirmar que 
a) a repartição possui o prazo de 30 dias para sua emissão, se não for 
constatado nenhum débito tributário. 
b) a repartição possui o prazo de 10 dias para sua emissão, contados da data 
da entrada do requerimento na repartição. 
c) não existe prazo legal para o fornecimento, devendo, contudo, ser observada 
a ordem de chegada dos pedidos formulados. 
d) o prazo de 30 dias para emissão é contado a partir da quitação do último 
débito tributário inscrito na dívida ativa. 
e) o prazo é de até 90 dias, de acordo com o Código Tributário Nacional. 
 
14. (FCC/ICMS SP/2009) Na realização de atividade fiscalizatória, os 
agentes fiscais podem entrar nos estabelecimentos dos contribuintes. Sobre o 
procedimento de fiscalização é correto afirmar que 
a) não se aplicam os princípios constitucionais da inviolabilidade do domicílio, 
do direito à intimidade e do sigilo da correspondência, tendo em vista o poder 
de polícia conferido à administração tributária. 
b) existem restrições, pois o contribuinte não está obrigado a exibir livros 
contábeis ou fiscais obrigatórios, visto que a Constituição Federal lhe garante o 
direito à intimidade. 
c) realiza-se informalmente e não precisa ser documentado. 
d) deverá ser documentado por meio de termos específicos lavrados, sempre 
que possível, em um dos livros fiscais exibidos ou, quando lavrados em 
separado, o sujeito passivo deverá ficar com cópia autenticada. 
e) é possível ao sujeito passivo até sua conclusão, se valer da denúncia 
espontânea em relação às infrações praticadas, beneficiando-se do pagamento 
sem imposição de multas. 
 
15. (FCC/ICMS SP/2009) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário 
I. autoriza a emissão de certidão positiva com efeito de negativa. 
II. autoriza a emissão de certidão negativa de débitos. 
III. dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. 
IV. não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
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c) I e IV.d) II e III. 
e) II e IV. 
 
16. (FGV/ISS Niterói/2015) Para a validade da Certidão da Dívida Ativa, 
NÃO é essencial: 
a) a data da inscrição; 
b) a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; 
c) a autenticação da autoridade competente; 
d) o domicílio ou residência do devedor; 
e) a indicação do livro e da folha da inscrição. 
 
17. (FGV/OAB/2015) Após ser intimada da lavratura de um auto de 
infração visando à cobrança da Contribuição para o Financiamento da 
Seguridade Social (COFINS) dos últimos cinco anos, a pessoa jurídica XYZ 
Participações Ltda. verificou que o tributo não era devido e ofereceu impugnação 
ao auto de infração. Como irá participar de uma licitação, a pessoa jurídica em 
questão irá precisar de certidão de regularidade fiscal – no caso, Certidão 
Positiva de Débito com Efeito de Negativa (CPD-EN). 
Na hipótese, considerando que o contribuinte não possui outros débitos, 
assinale a afirmativa correta. 
a) A impugnação ao auto de infração exclui o crédito tributário, sendo possível 
a emissão da CPD-EN. 
b) A impugnação ao auto de infração, sem o pagamento do crédito, impede a 
emissão da CPD-EN. 
c) A pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. somente terá direito à CPD-EN caso 
realize o depósito do montante integral. 
d) A impugnação ao auto de infração suspende a exigibilidade do crédito, sendo 
possível a emissão da CPD-EN. 
 
18. (FGV/ISS Recife/2014) Com referência à fiscalização tributária, 
assinale a afirmativa correta. 
a) A autoridade administrativa pode requisitar força pública durante atividade 
fiscalizadora, mesmo que não tenha ocorrido fato definido em lei como crime. 
b) O contribuinte deve conservar os livros e registros obrigatórios e facultativos 
da escrituração comercial e fiscal durante o prazo decadencial, para constituir o 
crédito tributário. 
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c) A autoridade administrativa pode examinar integralmente quaisquer livros, 
arquivos e registros dos contribuintes. 
d) O termo de fiscalização integra o lançamento fiscal e constitui a data 
inaugural do prazo decadencial para a constituição do crédito fiscal. 
e) Apenas a lei stricto sensu poderá autorizar permuta de informações e 
assistência recíproca entre as fazendas públicas. 
 
19. (FGV/Auditor de Estado - CGE MA/2014) A companhia Delta Ltda. 
prestou declarações ao Fisco, com relação a determinado tributo, sujeito ao 
lançamento por homologação, tal como seria sua obrigação. Emitiu guia de 
recolhimento e pagou o valor que considerou devido. Entretanto, a Fazenda 
indeferiu seu pedido de Certidão Negativa de Débito aduzindo que houve 
pagamento a menor, o que deduziu das declarações prestadas pelo contribuinte 
comparativamente com as guias recolhidas do tributo. 
A companhia afirma e é fato incontroverso, que a Fazenda não procedeu ao 
lançamento de ofício da eventual diferença do tributo a pagar, mas lhe nega o 
direito à obtenção da certidão de regularidade fiscal. 
No caso vertente, a solução da lide deve ser 
a) favorável ao contribuinte, com o lançamento de ofício pela fazenda da 
eventual diferença a pagar, podendo o contribuinte, até que tal ocorra, obter a 
Certidão Negativa de Débitos Fiscais. 
b) favorável ao contribuinte, já que a Fazenda deverá lavrar a competente 
Notificação Fiscal de Lançamento de Débito. 
c) favorável à Fazenda, já que inexiste a necessidade de lançamento de ofício 
supletivo da diferença do tributo a pagar, quando o crédito tributário já foi 
constituído por meio de declaração praticada pelo próprio contribuinte. 
d) favorável à Fazenda, uma vez que as declarações prestadas pelo contribuinte 
sobre o valor do tributo devido tornam prescindível a regular constituição do 
crédito fiscal. 
e) favorável ao contribuinte, o qual, até que haja o acertamento do valor devido, 
tem direito à Certidão Positiva com efeitos de Negativa. 
 
20. (FGV/ISS Recife/2014) Sobre crédito tributário, analise as afirmativas 
a seguir. 
I. A inscrição do crédito tributário é decorrente da dívida ativa. 
II. Todo crédito tributário é dívida ativa tributária. 
III. A inscrição gera presunção de certeza e liquidez do crédito tributário. 
IV. A maneira de calcular juros de mora é requisito formal para inscrição na 
dívida ativa. 
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Assinale: 
a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
c) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
 
21. (FGV/Consultor Legislativo – AL MA/2013) Com relação à Certidão 
da Dívida Ativa, assinale a afirmativa correta. 
a) A certidão da dívida ativa que contiver erro substancial quanto ao nome do 
devedor é anulável, cabendo ao contribuinte pugnar pela correção do ato. 
b) O termo de inscrição da dívida ativa deve contemplar o demonstrativo de 
cálculo do tributo devido. 
c) A certidão da dívida ativa é título executivo cartular, cuja validade se prende 
à sua literalidade. 
d) A certidão da dívida ativa é prova pré‐constituída do débito tributário, que 
pode ser elidida pelo contribuinte. 
e) A certidão da dívida ativa deve discriminar os juros e demais encargos que 
estejam sendo cobrados do contribuinte. 
 
22. (FGV/ICMS RJ/2010) Assinale a afirmativa incorreta. 
a) O Código Tributário Nacional, no artigo 195, nega aplicação às disposições 
legais excludentes ou limitativas do direito de examinar os livros comerciais do 
contribuinte. 
b) A fiscalização tem o seu poder limitado, dentre outras, por força de questões 
funcionais e territoriais. 
c) O sigilo de correspondência não pode ser invocado pelo contribuinte em sua 
defesa, uma vez que este direito poderá ser afastado no exercício da fiscalização 
pelas autoridades administrativas, mesmo sem haver autorização judicial. 
d) O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento no sentido de não 
ser possível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo de cobrança 
de tributo. 
e) Não se admite, segundo entendimento consagrado no Supremo Tribunal 
Federal, a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de 
tributos. 
 
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23. (FGV/Advogado-CODEBA/2010) Com relação à dívida ativa 
tributária, é INCORRETO afirmar que 
a) o controle da legalidade da inscrição em dívida ativa é a derradeira 
oportunidade que a Administração tem de rever os requisitos dos atos 
praticados noprocesso administrativo de cobrança, ocasião em que ainda pode 
modificá-los. 
b) somente se admite a inscrição de débito em dívida ativa após o decurso do 
prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo 
administrativo. 
c) provém de crédito de igual natureza. 
d) as informações relativas a inscrições na dívida ativa da fazenda pública 
podem ser divulgadas, sem que isso configure violação ao sigilo fiscal. 
e) uma vez inscrito o débito em dívida ativa, tem-se que o título representativo 
desta goza de presunção de liquidez e certeza. 
 
24. (FGV/ICMS AP/2010) Em relação à dívida ativa, assinale a afirmativa 
incorreta. 
a) A ação para cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados 
de sua constituição definitiva, assim entendido como a data de sua inscrição em 
dívida ativa. 
b) Não é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus 
servidores, de informações relativas a inscrições em dívida ativa da Fazenda 
Pública. 
c) O termo de inscrição em dívida ativa, autenticado pela autoridade 
competente, indicará obrigatoriamente a origem e natureza do crédito, 
mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado. 
d) A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem 
o efeito de prova pré-constituída. 
 
25. (FGV/ICMS AP/2010) Assinale a afirmativa incorreta. 
a) a autoridade fiscal não poderá exercer atos de fiscalização em relação aos 
tabeliães, escrivães e demais serventuários, que dispõe de foro próprio para 
atos fiscalizatórios. 
b) o sujeito tem o dever de colaborar com a administração na sua tarefa de 
fiscalização. 
c) a autoridade administrativa tem o dever de investigar. 
d) acordos, contratos e convenções firmados entre particulares não poderão ser 
opostos ao Fisco para eximir-se do cumprimento da obrigação tributária. 
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e) os bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais instituições 
financeiras poderão ser obrigadas, mediante intimação escrita, a prestar a 
autoridade administrativa as informações de que disponham em relação a bens, 
negócios ou atividades de terceiros, ressalvados, contudo, os fatos sobre os 
quais o informante esteja legalmente obrigado a preservar o segredo em razão 
de cargo, ofício, função, atividade ou profissão, consoante o disposto no próprio 
Código Tributário Nacional. 
 
26. (FGV/ICMS RJ/2009) Em relação à fiscalização tributária, analise as 
afirmativas a seguir: 
I. Determina o código tributário nacional que a autoridade administrativa que 
presidir quaisquer diligências de fiscalização deverá, preferencialmente, lavrar 
termo autônomo de início do respectivo procedimento, cuja cópia será entregue 
ao sujeito fiscalizado; caso haja recusa de recebimento do aludido termo pelo 
contribuinte, o início da ação fiscal há de ser certificado em um dos livros fiscais 
a serem exibidos na forma da legislação. 
II. Somente antes do início de qualquer procedimento de fiscalização é possível 
ao contribuinte se socorrer do benefício da denúncia espontânea, afastando-se 
a responsabilidade por infrações à legislação tributária, desde que haja o 
pagamento integral do tributo devido acrescido dos juros de mora. 
III. O artigo 195 do CTN reza que "para os efeitos da legislação tributária, não 
têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito 
de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos 
comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da 
obrigação destes de exibi-los". Com base nesse dispositivo, o Supremo Tribunal 
Federal editou súmula de modo a consolidar o entendimento de que se sujeitam 
à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, 
ilimitadamente, independentemente dos pontos objeto da investigação. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
 
27. (ESAF/ISS RJ/2010) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de 
crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa 
competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou 
decisão proferida em processo regular. 
Sobre a dívida ativa, julgue os itens a seguir: 
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I. o termo de inscrição da dívida ativa (CDA) tem função precípua de materializar 
a dívida ativa tributária regularmente inscrita na repartição administrativa, 
instrumentalizando pela Fazenda Pública, ação executória fiscal pertinente; 
II. a inscrição em dívida ativa pressupõe prévio inadimplemento do contribuinte; 
entretanto, é necessária a prévia notificação deste para pagamento antes do 
ajuizamento da ação fiscal; 
III. tendo o contribuinte apurado e declarado o montante do tributo devido e, 
portanto confessado a obrigação correspondente, deveria ter efetuado o 
pagamento no prazo estipulado pela legislação fiscal. Não o realizando, o crédito 
tributário deve ser inscrito na Dívida Ativa da União; 
IV. a inscrição em dívida ativa (art. 201 do CTN), enquanto ato interno da 
Administração (controle de legalidade), não tem influência no curso do prazo 
prescricional e só se faz necessária em não havendo o adimplemento 
espontâneo da obrigação tributária. 
Estão corretos: 
a) apenas os itens I, II e III. 
b) apenas os itens I, III e IV. 
c) apenas os itens I e II. 
d) apenas os itens II, III e IV. 
e) todos os itens estão corretos. 
 
28. (ESAF/ATRFB/2009) Sobre a dívida ativa tributária, é incorreto afirmar 
que: 
a) provém de crédito de igual natureza. 
b) somente se admite a inscrição de débito em dívida ativa após o decurso do 
prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo 
administrativo. 
c) o controle da legalidade da inscrição em dívida ativa é a derradeira 
oportunidade que a Administração tem de rever os requisitos dos atos 
praticados no processo administrativo de cobrança, ocasião em que ainda pode 
modificá-los. 
d) as informações relativas a inscrições na dívida ativa da fazenda pública 
podem ser divulgadas, sem que isso configure violação ao sigilo fiscal. 
e) uma vez inscrito o débito em dívida ativa, tem-se que o título representativo 
desta goza de presunção de liquidez e certeza. 
 
29. (ESAF/ATRFB/2009) Sobre o sigilo fiscal, previsto no art. 198 do 
Código Tributário Nacional, analise os itens a seguir, classificando-os como 
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verdadeiros ou falsos. Escolha, em consequência, a opção que seja adequada 
às suas respostas: 
I. é vedada a divulgação para qualquer fim, como regra, por parte da Fazenda 
Pública e de seus funcionários, de qualquer informação obtida em razão do 
ofício, sobre a situação econômica ou financeira dos sujeitos passivos ou de 
terceiros; 
II. não é vedado o fornecimento de informações para autoridade judiciária, 
mediante requisição, no interesse da justiça; 
III. é dominante o entendimento de que pode o Juiz, nos autos de uma execução 
fiscal, atender a pedido do exeqüente de oficiar à Secretaria da Receita Federal 
do Brasil solicitando cópia da declaração de bens e renda do executado, de modo 
a permitir a identificação de bens penhoráveis; 
IV. de outra forma, não se admite o disposto no item III no caso de uma 
execução de sentença. 
a) Estão corretos apenas os itens I, II e III. 
b) Estão corretos apenas os itens I e II. 
c) Todos os itens estão corretos. 
d) Estão corretos apenas os itens II, III e IV. 
e) Estão corretos apenas os itens II e III. 
 
30. (FJG/ISS RJ/2002) É certo afirmar-se que o crédito tributário como 
dívida ativa: 
a) gera a presunção de certeza e liquidez do crédito tributário 
b) estabelece termo para a fluência do juro de mora 
c) constitui em definitivo o crédito tributário 
d) torna imutável o lançamento 
 
31. (ESAF/Procurador - PGFN/2012) O Código Tributário Nacional prevê 
a obrigação inequívoca de qualquer pessoa jurídica de dar à fiscalização 
tributária amplo acesso aos seus registros contábeis. Tal norma: 
a) permite ao fisco, no caso de obstaculização por parte da pessoa jurídica 
fiscalizada, buscar em Juízo acesso à exibição de livros e documentos, quando 
houver fundada suspeita de irregularidade. 
b) se desobedecida, implica descumprimento de obrigação acessória, podendo 
ter várias consequências, que vão desde a aplicação de multa ao lançamento 
por arbitramento, sempre na esfera cível. 
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c) permite ao fisco, inclusive, proceder à retenção da mercadoria até a 
comprovação da posse legítima daquele que a transporta. 
d) não distingue as microempresas e empresas de pequeno porte de manterem 
escrituração comercial e fiscal, bem como à documentação a que estão 
obrigadas as demais empresas, até que ocorra a prescrição dos créditos 
decorrentes das operações a que se refiram. 
e) permite inferir que estão sujeitos à fiscalização previdenciária ou tributária 
quaisquer livros comerciais, podendo os agentes fiscalizadores, havendo 
indícios, estenderem o exame para além dos pontos que inicialmente eram 
objeto da investigação. 
 
32. (ESAF/Analista Técnico - SUSEP/2010) Depois de esgotado o prazo 
fixado (em lei ou decisão final proferida em processo administrativo fiscal) para 
o pagamento de determinado tributo, o crédito respectivo é inscrito em dívida 
ativa tributária, por meio de um termo de dívida ativa. 
Assinale, entre os itens a seguir, o único que não é de indicação obrigatória no 
respectivo termo para todos os tributos. 
a) O nome do devedor e a indicação de seu domicílio. 
b) O número do processo administrativo de que se originar o crédito. 
c) A origem e a natureza do crédito, com a menção específica à disposição legal 
em que seja fundado. 
d) A data em que foi inscrita. 
e) A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos. 
 
33. (ESAF/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 
Públicas-SEFAZ SP/2009) Aldemário Araujo Castro ensina que "O crédito 
tributário não pago, na forma prevista na legislação própria, e não sujeito a 
qualquer das causas de suspensão da exigibilidade, é encaminhado para a 
inscrição na chamada Dívida Ativa pela repartição administrativa competente". 
A inscrição em Dívida Ativa: 
a) presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas por sujeito 
passivo com débito tributário regularmente inscrito. 
b) somente incide sobre créditos tributários definitivamente constituídos. 
c) sujeita-se a sigilo fiscal. 
d) tem natureza constitutiva do crédito e declaratória da obrigação. 
e) possui dupla finalidade: constituir um título executivo extrajudicial e conferir 
presunção de liquidez e certeza ao crédito tributário. 
 
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34. (ESAF/Analista TI - SEFAZ CE/2007) As certidões negativas podem 
ser exigidas em determinadas situações em que o sujeito passivo tenha de fazer 
prova da quitação de determinado tributo. São expedidas, pois, a requerimento 
de interessado, que deverá conter, entre outras, as informações necessárias à 
identificação do sujeito passivo. Há casos em que se poderão expedir certidões 
positivas com efeitos de negativa. 
Entre os itens abaixo, assinale aquele que não contém uma dessas hipóteses. 
a) Quando houver crédito cuja exigibilidade esteja suspensa. 
b) Quando houver crédito não vencido. 
c) Quando houver crédito em curso de cobrança executiva, e o executado tiver 
oferecido exceção de pré-executividade. 
d) Quando houver ação declaratória pendente de decisão, e liminar favorável 
ao sujeito passivo. 
e) Quando houver parcelamento do débito. 
 
35. (ESAF/Procurador - PGFN/2007) A Lei Complementar n. 105, de 10 
de janeiro de 2001, dispôs sobre o sigilo das operações de instituições 
financeiras. De acordo com essa lei complementar, não é responsável (ou não 
se prevê como tal): 
a) o servidor público que utilizar informação obtida em decorrência da quebra 
de sigilo, caso em que responde pessoal e diretamente pelos danos decorrentes. 
b) a entidade pública a que pertencer o servidor que viabilizar a utilização, 
apenas quando comprovado que este agiu de acordo com orientação oficial. 
c) o funcionário que, com a autorização de juiz, mas sem a de seu superior, 
fornecer documentos sigilosos solicitados por comissão de inquérito 
administrativo destinada a apurar responsabilidade de servidor público por 
infração praticada no exercício de suas atribuições. 
d) quem, embora injustificadamente, apenas retardar a prestação de 
informações requeridas nos termos da Lei Complementar, caso em que também 
se sujeita à pena de um a quatro anos de reclusão. 
e) quem, atendendo a requisição do Banco Central, ao proceder a inquérito em 
instituição financeira submetida a regime especial, mas sem ordem judicial, 
prestar informação sobre contas de depósitos, aplicações e investimentos 
mantidos na instituição. 
 
36. (ESAF/Analista - SEFAZ CE/2007) Em determinados casos previstos 
em lei, como para participar de concorrência pública, ou para ter deferido seu 
programa de recuperação judicial, poderá ser exigido que o contribuinte faça 
prova da quitação de seus tributos por meio de certidão negativa de tributos. 
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Entretanto, tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão positiva em 
que conste: 
I. a existência de crédito não vencido. 
II. a existência de crédito em curso de cobrança judicial, em que esteja 
garantido o juízo, por penhora ou depósito em garantia. 
III. a existência de crédito cuja exigibilidade esteja suspensa. 
IV. a existência de crédito prescrito. 
Estão corretos: 
a) Apenas os itens I, II e III. 
b) Apenas os itens I e II. 
c) Apenas os itens I, III e IV. 
d) Apenas os itens II, III e IV. 
e) Todos os itens. 
 
37. (FCC/ICMS PE/2014) O Estado de Pernambuco, em fevereiro de 2013, 
instaurou procedimento de fiscalização, em que se constatou que a Tomatinho, 
sociedade empresária que atua no comércio de molho de tomate em conserva, 
nos meses de novembro e dezembro de 2012, não escriturou as notas fiscais 
dos produtos adquiridos pela empresa no seu livro de registro de entrada, o 
que, nos termos da legislação vigente, no período apurado, presumia-se a 
realização de operações, com a saída de mercadoria, sem o recolhimento do 
ICMS. A Lei Estadual no 2.648/2011, que vigorava durante o período fiscalizado, 
estabelecia a alíquota do ICMS sobre operações referentes a molhos de tomates 
em conserva em 17% e imputava uma multa de 100% sobre o valor da 
operação, nos casos de infrações relativas à falta de escrituração no livro fiscal 
dos documentos referentes à entrada de mercadorias. Ocorre que o Estado de 
Pernambuco, em março de 2013, editou a Lei no 7.845/2013, além de ter 
concedido isenção de ICMS para as operações referentes a molho de tomate em 
conserva, reduziu a sanção fiscal para 50% na hipótese da infração verificada 
na ação fiscalizatória. Nessa situação hipotética, quanto ao auto de infração, a 
Administração tributária 
a) não deverá exigir qualquer valor a título de ICMS, pois aplica-se 
retroativamente lei posterior à data da ocorrência dos fatos que estabeleça 
benefício fiscal em favor do contribuinte; e imputar multa no valor 
correspondente a 100% da operação, pois as infrações cometidas devem ser 
reprimidas com base nas penalidades estabelecidas pela legislação vigente ao 
tempo da sua prática. 
b) não deverá lavrar o Auto de Infração, pois como aplica-se retroativamente a 
lei posterior à data da ocorrência dos fatos que desonerou o contribuinte do 
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pagamento da obrigação principal, a obrigação acessória também não poderá 
ser exigida. 
c) deverá exigir o ICMS, aplicando-se a alíquota de 17% e imputar multa no 
valor correspondente a 100% da operação, percentual esse que deverá ser 
exigido ao final do contribuinte em eventual execução fiscal do respectivo 
crédito tributário, pois eram, respectivamente, a alíquota e a penalidade 
estabelecidas pela legislação vigente na data da ocorrência do fato gerador. 
d) deverá exigir o ICMS, aplicando-se a alíquota de 17%, pois era a prevista 
pela legislação vigente na data da ocorrência do fato gerador, e imputar multa 
no valor correspondente a 100% da operação. No curso de eventual processo 
administrativo, a multa deverá ser reduzida para 50%. 
e) não deverá exigir qualquer valor a título de ICMS e imputar multa no valor 
correspondente a 50% da operação, pois é aplicável retroativamente lei 
posterior à data da ocorrência dos fatos que estabeleça tratamento tributário 
menos severo que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. 
 
38. (FCC/ICMS SP/2013) Uma empresa multinacional do ramo ótico tem 
estabelecimento no Estado de São Paulo, sendo contribuinte do ICMS. O Agente 
Fiscal de Rendas do Estado recebeu a incumbência de realizar uma atividade 
fiscalizatória nesta filial e, para tanto, a notificou a apresentar livros e 
documentos fiscais, bem como determinados livros, documentos e arquivos 
comerciais que se relacionavam com os pontos objeto da fiscalização. 
Nesse caso, a empresa tem a obrigação de apresentar os livros e documentos 
fiscais para o agente de Fiscalização do Estado. 
Os demais documentos solicitados 
a) são de apresentação facultativa, haja vista que podem conter segredos 
comerciais das suas atividades, e são protegidos legalmente. 
b) a empresa não apresentou, pois não foi autorizada pela matriz, que se apoia 
na legislação estrangeira. 
c) também devem ser apresentados, pois não tem aplicação qualquer 
disposição, ainda que legal, que seja excludente ou limitativa do direito do Fisco 
de examinar o que foi requisitado. 
d) são protegidos pela legislação comercial; por isso, só poderão ser 
examinados pela fiscalização quando houver processo administrativo 
instaurado, ou procedimento fiscal em curso, e desde que tais exames sejam 
considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente. 
e) só podem ser examinados com autorização judicial, mediante pedido 
fundamentado da Administração Tributária. 
 
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39. (FCC/ICMS SP/2013) A Lei Complementar 104, de 10/01/2001, 
alterou e incluiu alguns dispositivos do CTN relativos à divulgação pela 
Administração Tributária e por seus funcionários de informações obtidas em 
razão de suas atividades. Regra geral, o Código Tributário Nacional veda a 
divulgação destas informações, havendo, no entanto, algumas exceções. De 
acordo com o CTN, é permitida a divulgação de informações, dentre outros, em 
casos de 
a) compensação tributária, representações fiscais para fins penais e requisição 
de autoridade judiciária no interesse da justiça. 
b) requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça, inscrições na 
Dívida Ativa da Fazenda Pública e representações fiscais para fins penais. 
c) parcelamento ou moratória, requisição da mesa diretora do Poder Legislativo 
do ente tributante e solicitações de autoridade administrativa no interesse da 
Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de 
processo administrativo. 
d) inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública, representações fiscais para 
fins penais e petições de reconhecimento de decadência. 
e) transação e remissão, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e 
representações fiscais para fins penais. 
 
40. (FCC/Defensor - DPE AM/2013) A impugnação ou recurso 
administrativo, a concessão de liminar em mandado de segurança ou de tutela 
antecipada em ação anulatória de débito fiscal têm em comum o fato de 
a) autorizar a modificação do crédito tributário em caso de procedência do 
pedido principal. 
b) serem causa de extinção do crédito tributário. 
c) serem causa de exclusão do crédito tributário. 
d) terem no depósito do montante integral do débito sua condição de 
admissibilidade. 
e) autorizarem a certidão positiva deefeitos negativos. 
 
41. (FGV/ICMS RJ/2010) Com relação à dívida ativa, analise as afirmativas 
a seguir. 
I. O lançamento regularmente notificado ao contribuinte, porque dotado de 
exigibilidade, constitui dívida ativa tributária. 
II. A certidão de dívida ativa poderá ser emendada ou substituída até a decisão 
de primeira instância judicial, assegurada ao executado a devolução do prazo 
para embargos. 
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III. A certidão negativa de débito expedida com dolo ou fraude, que contenha 
erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a 
expedir, pelo crédito tributário e juros de mora. 
Assinale: 
a) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente a afirmativa II estiver correta. 
e) se somente a afirmativa I estiver correta. 
 
42. (FGV/ICMS RJ/2009) A lei poderá exigir que a prova da quitação de 
determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida 
à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações 
necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou 
atividade, e que indique o período a que se refere o pedido. 
O contribuinte pode, ainda, obter a chamada certidão positiva com efeito de 
negativa, nas seguintes situações, à exceção de uma. Assinale-a. 
a) Ajuizar ação anulatória acompanhada do depósito do montante integral do 
crédito tributário. 
b) Ser considerado devedor de créditos ainda não vencidos. 
c) Ser credor da Fazenda Pública. 
d) Ter contra si ajuizada execução fiscal na qual tenha sido efetivada penhora. 
e) Celebrar parcelamento da dívida. 
 
43. (FGV/ICMS RJ/2008) No termo da inscrição da dívida ativa, não é 
necessário indicar: 
a) o valor dos juros moratórios devidos. 
b) a data da inscrição. 
c) a quantia devida. 
d) o nome do devedor e seu domicílio. 
e) a origem e a natureza do débito. 
 
44. (FCC/ICMS SP/2006) É INCORRETO afirmar: 
a) Ficam sujeitos à apreensão os bens e as mercadorias que estejam em poder 
de contribuinte que não prove a regularidade de sua inscrição no cadastro de 
contribuintes. 
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b) Ficam sujeitos à apreensão os bens e mercadorias que se encontrem em 
residência particular, necessários à comprovação da infração, 
independentemente de buscas e apreensões judiciais. 
c) Da apreensão administrativa de livros, documentos, impressos, papéis, 
programas e arquivos magnéticos deve ser lavrado termo, assinado pelo 
detentor, ou na sua ausência ou recusa, por duas testemunhas, ou ainda, sendo 
o caso, pelo depositário designado pela autoridade que faça a apreensão. 
d) O risco do perecimento natural ou da perda de valor da coisa apreendida é 
do proprietário ou do detentor, no momento da apreensão. 
e) A liberação da mercadoria apreendida pode ser promovida até o momento 
da realização do leilão ou da distribuição, desde que o interessado deposite 
importância equivalente à totalidade do débito. 
 
 
 
 
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D B C E B D C D 
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5- Gabaritos 
 
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