Prévia do material em texto
Prof. Humberto Martins 1 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Aula 09 Curso: Direito Tributário Professor: Humberto Martins C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 2 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1- Administração Tributária .................................................................... 3 2- Dívida Ativa e Certidão Negativa ......................................................... 6 3- Questões Comentadas ..................................................................... 11 4- Lista de Exercícios ........................................................................... 66 5- Gabaritos ....................................................................................... 90 Olá, queridos alunos. A aula de hoje é bem tranquila. Mantenha-se firme, pois falta pouco: essa é nossa penúltima aula teórica! Vamos juntos! Forte abraço, Humberto Martins “Quando faltar sorte, faça sobrar atitude. O azar morre de medo das pessoas determinadas.” (autoria desconhecida) Aula 09 – Administração tributária - fiscalização, regulamentação, competência, limites, procedimentos. Dívida ativa - certidão negativa. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 3 de 90 www.exponencialconcursos.com.br As Administrações Tributárias da União, Estados, DF e Municípios são consideradas pela Constituição Federal, no art. 37, XXII, atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, com recursos prioritários para a realização de suas atividades e devem atuar de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. A fiscalização consiste na atividade estatal de identificação e punição dos sujeitos passivos que não cumprem suas obrigações tributárias, visando estimular o cumprimento espontâneo das obrigações tributárias. Reunimos no esquema abaixo as importantes informações dispostas nos art. 194 e 195 do CTN: Nos termos do art. 196 do CTN, a autoridade competente deve lavrar um termo que documente o início da fiscalização, na forma da legislação aplicável, fixando um prazo máximo para sua conclusão. O parágrafo único desse artigo determina que, SEMPRE QUE POSSÍVEL, o termo será lavrado EM UM DOS LIVROS FISCAIS EXIBIDOS pelo contribuinte. Se lavrado em separado, deverá ser entregue à pessoa sujeita à fiscalização cópia autenticada pela autoridade. Atente que a lavratura de Termo de Início de Fiscalização pode produzir dois outros efeitos: antecipar a contagem do prazo decadencial e afastar a espontaneidade do sujeito passivo (art. 138, parágrafo único, CTN). O CTN determina, em seu art. 195, parágrafo único, que os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos nele efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes. Legislação Tributária em matéria de fiscalização regulará competência e poderes das autoridades fiscais aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, CONTRIBUINTES OU NÃO, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal Para seus efeitos, NÃO têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los 1- Administração Tributária C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 4 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Atenção à pegadinha! O CTN não fala para manter os livros por 5 anos ou outro prazo específico, mas até a prescrição dos créditos tributários relacionados – até porque os prazos prescricionais podem sofrer interrupção ou suspensão. Conforme destacamos no esquema, não se aplicam quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito da autoridade fiscal de examinar os livros de escrituração comercial e fiscal. Desse modo, o caráter sigiloso da escrituração comercial e fiscal e dos documentos a ela relacionados não pode ser oposto ao Fisco, devendo os documentos ser mantidos até que ocorra a prescrição dos créditos a que se refiram. No entanto, a Súmula nº 439 do STF estabelece que o exame dos livros é limitado aos pontos objeto da investigação. Veja sua literalidade: “Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação”. O art. 197 prevê que a autoridade administrativa, mediante intimação escrita, pode exigir que determinadas pessoas prestem todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: Contudo, de acordo com o parágrafo único deste artigo, essa obrigação não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Perceba que a lista das pessoas obrigadas a atender as requisições fiscais não é exaustiva, em virtude de a última hipótese ser considerada aberta “quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão”. As informações obtidas pelas autoridades fiscais no exercício de suas atividades sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades não podem ser divulgadas por força do art. 198 do CTN, sem prejuízo do disposto Obrigados a prestar informações sobre BENS, NEGÓCIOS OU ATIVIDADES DE TERCEIROS * Tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; * Bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais instituições financeiras; *Empresas de Administração de Bens; *Os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; *Os inventariantes; *Os síndicos, comissários e liquidatários; *Quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 5 de 90 www.exponencialconcursos.com.br na legislação criminal. É o quese chama de sigilo fiscal, garantia de segurança dos fiscalizados. Há, contudo, importantes exceções! No interesse da Justiça, a autoridade judiciária poderá requisitar informações protegidas por sigilo fiscal. O interesse da Administração Pública também pode justificar um caso de exceção ao sigilo fiscal, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo no órgão ou entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo ao qual se refere a informação, por prática de infração administrativa. Representação fiscal para fins penais é a comunicação ao Ministério Público da possível prática de crime contra a ordem tributária. Nos termos do art. 200, as autoridades administrativas poderão requisitar (sinônimo de ordenar) auxílio da força pública quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. Memorize agora uma informação que também se encontra dentro do Título IV do CTN (Administração Tributária) e que por vezes é objeto de cobrança das bancas: “Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão contínuos, EXCLUINDO-SE na sua contagem o dia de início e INCLUINDO-SE o de vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.” Exceções ao sigilo fiscal Requisição da autoridade judiciária Solicitação de outro órgão da Administração Pública para apuração de infração administrativa Permuta de informações sigilosas entre União, Estados, DF e Municípios, nos termos de lei ou convênio; e, entre a União e Estados estrangeiros, conforme tratados, acordos e convênios Divulgação de informações relativas a Representações fiscais para fins penais Inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública Parcelamento ou moratória C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 6 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Quando uma pessoa está devendo ao Estado, o débito é inscrito em dívida ativa, sendo esta dividida em dívida ativa tributária e não tributária (art. 39, Lei 4.320/1964). Conforme o art. 201 do CTN, a Dívida ativa tributária é aquela proveniente do crédito tributário de igual natureza não pago no prazo fixado pela lei ou por decisão final proferida em processo regular, em razão disso, submetido à respectiva inscrição na repartição administrativa competente. Trata-se de uma espécie de cadastro em que a Fazenda Pública registra os valores que poderá exigir judicialmente, ou seja, são registrados todos sujeitos passivos que não cumpriram suas obrigações no prazo. A inscrição é realizada por intermédio da lavratura de um termo no livro da dívida ativa. Atualmente, o livro é eletrônico, mas o termo continua existindo. O art. 202 do CTN determina os elementos que devem constar no termo de inscrição da dívida ativa: (FGV/ICMS RJ/2008) No termo da inscrição da dívida ativa, não é necessário indicar: a) o valor dos juros moratórios devidos. b) a data da inscrição. c) a quantia devida. d) o nome do devedor e seu domicílio. Termo de inscrição em dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará: o nome do devedor a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado a data em que foi inscrita sendo o caso o número do processo administrativo de que se originar o crédito nome dos co-responsáveis do devedor sempre que possível o domicílio ou a residência do devedor e corresponsável 2- Dívida Ativa e Certidão Negativa C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 7 de 90 www.exponencialconcursos.com.br e) a origem e a natureza do débito. Comentários: De acordo com art. 202 do CTN, o termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; a data em que foi inscrita; sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito. Logo, não é necessário indicar o valor dos juros moratórios, até porque tal valor dependerá do momento em que será realizado o pagamento da dívida. Gabarito: A Preste muita atenção aos detalhes, pois eles são cobrados em prova! Por exemplo, analise a seguinte assertiva: “O termo de inscrição em Dívida Ativa deve sempre apresentar o domicílio do devedor”. Ela está ERRADA, pois não se trata de requisito essencial – o domicílio ou a residência só constarão quando possível. Veja no esquema que os itens opcionais estão em verde! Perceba que do mesmo modo que o lançamento materializa o crédito tributário, tornando-o exigível, o termo de inscrição da dívida ativa formaliza o inadimplemento do sujeito passivo, possibilitando a ação de execução fiscal. Com a inscrição, extrai-se uma certidão de dívida ativa, que é um título executivo extrajudicial capaz de subsidiar a ação de execução fiscal. Conforme a doutrina majoritária, o único objetivo da inscrição em dívida ativa é possibilitar a futura execução fiscal. A palavra certidão significa cópia fiel. Assim, deve conter todos os requisitos do termo de inscrição, mais a indicação do livro e folha de inscrição (parágrafo único do art. 202 do CTN). Conforme o art. 203 do CTN, a omissão de quaisquer dos requisitos do termo, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente. Contudo a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. De acordo com a jurisprudência do STJ, a retificação da certidão e da inscrição somente é possível quando não constitua subversão ao lançamento efetuado anteriormente. Nos termos da Súmula 392 STJ: “A Fazenda Pública pode substituir a Certidão de Dívida Ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução”. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 8 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita,a dívida goza de presunção de certeza E liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. Ainda sobre presunção de certeza e liquidez, você precisa conhecer a regra do parágrafo único do art. 201 do CTN, segundo o qual “a fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito”. Em outras palavras, com a inscrição de um crédito em dívida ativa não cessa a fluência dos juros de mora e essa fluência não retira a liquidez do crédito tributário inscrito em dívida ativa. 2.1. Certidão Negativa de Débitos (CND) Prevista no art. 205 do CTN, a CND trata-se do documento expedido por requerimento do interessado para prova de quitação de determinado tributo. Esse documento deve conter todas as informações necessárias à identificação do requerente, seu domicílio fiscal, ramo de negócio ou atividade e indicar o período a que se refere. As certidões negativas são exigidas principalmente para que o sujeito passivo possa participar de licitações perante a Administração Pública. Além disso, pode também ser solicitada para obtenção de financiamentos em instituições financeiras e participação em programas governamentais. Embora possua presunção de legitimidade, a certidão negativa não extingue as dívidas tributárias existentes que não tenham constado nela por erro. A certidão será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de dez dias da data de entrada do requerimento na repartição. Atenção: esse prazo é de 10 dias corridos, e não úteis. (FCC/Procurador - PGE AM/2010) Quanto ao prazo legal para fornecimento de certidão negativa de débitos tributários, é correto afirmar que a) a repartição possui o prazo de 30 dias para sua emissão, se não for constatado nenhum débito tributário. b) a repartição possui o prazo de 10 dias para sua emissão, contados da data da entrada do requerimento na repartição. c) não existe prazo legal para o fornecimento, devendo, contudo, ser observada a ordem de chegada dos pedidos formulados. d) o prazo de 30 dias para emissão é contado a partir da quitação do último débito tributário inscrito na dívida ativa. e) o prazo é de até 90 dias, de acordo com o Código Tributário Nacional. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 9 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Comentários: Conforme art. 205, parágrafo único do CTN, a certidão negativa será expedida dentro de 10 dias da data da entrada do requerimento na repartição. Gabarito: B No art. 207, o CTN estabeleceu a norma de que independentemente de lei autorizativa, a CND não será exigida nos casos em que se tratar da prática de ato indispensável para evitar a caducidade (perda) de direito do interessado. Contudo, todos os participantes do ato responderão pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator. Cuidado! Conforme a doutrina, são considerados participantes do ato somente os interessados na sua prática, ou seja, aqueles que fizerem uso desta regra para serem dispensados da apresentação da certidão. Logo, incluem-se os sujeitos passivos e também as pessoas físicas que, em nome daqueles, tenham invocado a aplicação do dispositivo. Mas, indiscutivelmente, não estão incluídos os membros da comissão de licitação. Há situações em que, embora possua débitos, o sujeito passivo está em situação regular com Fisco. Nestes casos, no lugar da CND é expedida a Certidão Positiva com Efeitos de Negativa. É positiva por existirem débitos, mas tem efeitos de negativa, pois o requerente está em situação regular. Conforme o art. 206, do CTN, há três situações em que será expedida Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: Conforme a jurisprudência do STJ, além das situações previstas no art. 206 do CTN, também o depósito em garantia autoriza a expedição de Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: “É lícito ao contribuinte, antes do ajuizamento da execução fiscal, oferecer caução no valor do débito inscrito em dívida ativa com o objetivo de, antecipando a penhora que garantiria o processo de execução, obter certidão positiva com efeitos de negativa”. (REsp 942.027/2007). Outra importante jurisprudência do STJ que você precisa conhecer é a que fala sobre a legitimidade da recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa: Súmula 446 do STJ: “Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.” Tem o mesmo efeito da certidão negativa aquela na qual conste a existência de créditos não vencidos em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora ou cuja exigibilidade esteja suspensa C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 10 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Por fim, determina o art. 208, CTN que a certidão negativa expedida com DOLO ou FRAUDE, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos, sem prejuízo da responsabilidade criminal e funcional que no caso couber. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 11 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 1. (FCC/ICMS RJ/2014) Com base em convênio específico para esse fim, firmado entre a União Federal e o Estado do Rio de Janeiro, o Ministério da Fazenda passou a comunicar a esta unidade federada, anualmente, a partir de 2013, inclusive, os valores que os contribuintes do Imposto de Renda, domiciliados no Estado do Rio de Janeiro, informaram, no campo denominado “TRANSFERÊNCIAS PATRIMONIAIS − DOAÇÕES E HERANÇAS”, e que pudessem ser de interesse ao Estado fluminense, na identificação de potenciais doações sujeitas à incidência do ITD a favor desse Estado. Com base nesse convênio, o Governador do Estado editou decreto criando as principais regras reguladoras da fiscalização desse imposto, as quais deveriam ser observadas nesse tipo de fiscalização. Além disso, o setor específico da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, vinculado à fiscalização de contribuintes estaduais fluminenses, criou novas regras, complementares e específicas, para regular esse tipo de fiscalização, envolvendo um grande contingente de pessoas naturais. Considerando o disposto no CTN e a situação hipotética apresentada, o fornecimento dessasinformações pelo Ministério da Fazenda à Secretaria da Fazenda do Rio de Janeiro a) é permitido, com base em convênio firmado entre os dois órgãos, podendo, ainda, o Governador e as autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda do referido Estado, criar normas específicas para a fiscalização do ITD, pois essas regras reguladoras da fiscalização podem ser criadas por qualquer norma da administração tributária. b) só poderia ser promovido com base em norma expressa de lei complementar federal, mas tanto o Governador, como as autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda desse Estado podem criar normas específicas para a fiscalização do ITD. c) só seria permitido com base em norma expressa de lei complementar federal, sendo, ainda, que, nem o Governador, nem as autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda desse Estado poderiam criar normas específicas para a fiscalização do ITD, pois essas normas reguladoras da fiscalização devem ser criadas por lei ordinária. d) é permitido, com base no convênio firmado, podendo o Governador do Estado do Rio de Janeiro criar essas regras reguladoras da fiscalização, por decreto, sendo vedada, porém, sua criação por normas de hierarquia inferior à de decreto, editadas por autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda daquele Estado. e) não é permitido, em hipótese alguma, pois as informações prestadas pelo contribuinte do Imposto de Renda estão protegidas pelo sigilo fiscal, não podendo ser utilizadas nem mesmo por outras pessoas jurídicas de direito 3- Questões Comentadas C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 12 de 90 www.exponencialconcursos.com.br público, em decorrência de convênios, excetuados os casos em que houver ordem judicial expressa e específica para que elas sejam fornecidas. Comentários: De acordo com art. 199 do CTN, “A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio”. Com isso, eliminamos as alternativas B, C e E. Agora a questão é saber se as normas reguladoras da fiscalização podem ter hierarquia inferior a de decreto. Segundo o art. 194 do CTN, a competência e poderes das autoridades administrativas em matéria de fiscalização serão regulados pela legislação tributária. E, como já devemos saber, a “expressão legislação tributária compreende leis, tratados e as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes”. Tais normas complementares abrangem os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas, as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa a que a lei atribua eficácia normativa, práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas e convênios celebrados entre os entes (art. 100). Logo, as normas reguladoras da fiscalização podem ter hierarquia inferior a de decreto. Perceba que essa questão exigiu um conhecimento articulado de diversos dispositivos do CTN. Gabarito: A 2. (FCC/ICMS RJ/2014) Oscar, Auditor Fiscal da Receita Estadual, deu início aos seus trabalhos de fiscalização, na empresa “Super Atacadão de Roupas Finas Ltda.”, e intimou o sócio gerente da empresa, Sr. Cláudio, a lhe exibir diversos livros e documentos necessários à realização dessa fiscalização, no que foi atendido. O exame dessa documentação, todavia, não revelou a Oscar qualquer irregularidade relacionada à legislação do ICMS. Antes de concluir seus trabalhos fiscais, porém, Oscar, suspeitando da existência de possíveis irregularidades e sabendo que o Sr. Cláudio era religioso e considerava pecado a sonegação de impostos, decidiu intimar, por escrito, o sacerdote confessor do Sr. Cláudio, para que ele lhe informasse conteúdos da confissão que pudessem eventualmente constituir prova de prática de infração à legislação do ICMS do Estado do Rio de Janeiro. Essa notificação foi baseada no art. 197 do CTN, cujo caput estabelece a obrigatoriedade de determinadas pessoas, mediante intimação escrita, C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 13 de 90 www.exponencialconcursos.com.br prestarem à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros. O referido sacerdote, em resposta fundamentada no acordo que o Brasil e a Santa Sé firmaram na cidade do Vaticano, em 13 de novembro de 2008, relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, fundamentada, também, no Decreto Legislativo no 698, de 7 de outubro de 2009, que aprovou esse acordo no Brasil e, ainda, no Decreto Federal no 7.107/2010, que determina o cumprimento desse acordo, que tem força de lei no território nacional, negou- se a prestar a informação solicitada pelo Auditor Oscar, invocando o que estabelece o art. 13 do referido acordo, cujo teor é o seguinte: é garantido o segredo do ofício sacerdotal, especialmente o da confissão sacramental. Nesse caso, com base no que estabelece o CTN, o sacerdote agiu em a) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, desde que essas informações sejam utilizadas para fins tributários, mas não penais. b) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, pois o fisco também deve observar o sigilo dessas informações. c) conformidade com o CTN, pois eles não estão sujeitos à jurisdição tributária brasileira, em razão de estarem submetidos diretamente à Santa Sé, que os jurisdiciona, em matéria de direito civil, penal e tributário. d) conformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo fisco não abrange informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, como é o caso deste sacerdote. e) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, desde que essas informações sejam utilizadas exclusivamente para fins civis e tributários, mas não penais. Comentários: Não se assuste com o tamanho da questão, essa você pode (e deve) resolver diretamente pelas alternativas! Alternativas A, B e E: “(...) a obrigação de prestar informações solicitadaspelo fisco NÃO abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 14 de 90 www.exponencialconcursos.com.br ofício, função, ministério, atividade ou profissão (...)”, de acordo com o parágrafo único do art. 197 do CTN. Alternativa C: Invencionice! A legislação tributária aplica-se às pessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às que gozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal, conforme art. 194, parágrafo único do CTN. Ou seja, todos estão submetidos à legislação tributária, sem restrição. Alternativa D: Perfeito, conforme art. 197 do CTN. Gabarito: D 3. (FCC/ICMS RJ/2014) A empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., grande fabricante de refrigerantes no Estado do Rio de Janeiro, foi fiscalizada entre os meses de março e junho de 2005, pelos auditores fiscais Rodrigus da Silva e Renatus de Oliveira. Para poder realizar seus trabalhos conforme determinado, esses auditores tiveram, além de examinar os dados econômico-financeiros da empresa, de obter informações sigilosas e secretas, tais como a fórmula para a fabricação dos refrigerantes e a relação dos insumos utilizados na sua elaboração. As informações relacionadas com as empresas fornecedoras das matérias- primas e com as próprias matérias-primas sempre foram guardadas sob sigilo extremo. Notificadas a exibir livros e documentos relacionados com essas operações e a prestar as informações solicitadas pelo fisco, inclusive as de caráter sigiloso, a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A. prestou-as conforme solicitado. Em setembro de 2012, ou seja, sete anos depois de concluída essa fiscalização, a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, em periódico informativo oficial, distribuído aos seus funcionários e ao público em geral, publicou reportagem a respeito das mercadorias que constituíam matéria-prima para a elaboração dos refrigerantes fabricados pela empresa em questão, no qual, além de citar nominalmente a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., fez referência expressa aos seus fornecedores, aos seus clientes e a uma série de informações relacionadas com as mercadorias por eles comercializadas, tornando público, inclusive, o conteúdo da fórmula de alguns dos refrigerantes mais vendidos pela empresa, a matéria-prima utilizada, os nomes dos fornecedores, a situação econômica desses fornecedores e muitos outros dados sigilosos dessas empresas. O conteúdo dessa reportagem caiu rapidamente em domínio público e os auditores fiscais que fizeram a fiscalização, na qual essas informações foram obtidas, deram entrevista a uma revista de grande circulação nacional, que elaborou uma reportagem especial sobre a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., suas maiores fornecedoras e suas maiores clientes, abrangendo tanto suas atividades e seus negócios em âmbito nacional, como sua situação financeira e econômica. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 15 de 90 www.exponencialconcursos.com.br A reportagem identificou, no histórico fiscal de uma das fornecedoras da empresa mencionada, a existência de representações fiscais para fins penais que existiam em nome de seus sócios, bem como a relação dos seus créditos tributários, que se encontravam inscritos em dívida ativa do Estado. Depois dessa reportagem, as ações da empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A. e de suas clientes e fornecedoras despencaram nas bolsas de valores nacionais. Com base no CTN, nessa situação hipotética, o dever de sigilo a) foi violado, quando a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, por meio de seu periódico, tornou público o conteúdo da fórmula e da matéria-prima relacionadas com a fabricação de alguns dos refrigerantes mais vendidos pela empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., mesmo que essa publicidade não tenha sido dada pelos auditores fiscais que a fiscalizaram. b) não foi violado, quando os auditores fiscais prestaram informações para que a revista de grande circulação nacional elaborasse a reportagem em que foram publicadas, especificamente, informações sigilosas sobre a situação financeira e econômica das maiores clientes e das maiores fornecedoras da empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., pois essas empresas não foram fiscalizadas por eles. c) não foi violado, quando o periódico informativo da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro publicou reportagem dando a conhecer informação sigilosa, relacionada com as matérias-primas utilizadas pela empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A. para a fabricação de refrigerantes, porque o dever de sigilo não é da pessoa jurídica de direito público, mas de seus servidores. d) foi violado, quando, relativamente a uma das fornecedoras da empresa fiscalizada, os auditores fiscais prestaram informações especificamente relacionadas com as representações fiscais para fins penais que existiam em nome de seus sócios, e com a relação de seus créditos tributários inscritos em dívida ativa do Estado fluminense. e) não foi violado, nem pela Fazenda Pública, nem pelos seus servidores, em nenhuma das situações apresentadas, porque, quando essas informações foram tornadas públicas, já haviam decorrido mais de cinco anos entre a data em que foi realizada a fiscalização e a data de divulgação das informações, lapso de tempo este que é superior ao do quinquênio decadencial. Comentários: Essa questão exige uma leitura dinâmica – passar os olhos pelas palavras principais. Por exemplo, de nada interessa o nome dos auditores fiscais e da empresa, pule essas informações. O CTN estabelece que, sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 16 de 90 www.exponencialconcursos.com.br servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades (art. 198). A divulgação das informações não se referia a uma das exceções permitidas pelo CTN. Gabarito: A 4. (FCC/ICMS RJ/2014) O exame do histórico tributário de uma determinada empresa, fabricante de produtos voltados para a alimentação infantil, revelou a existência das seguintes ocorrências: I. em 2008, fez o parcelamento, em 60 meses, do valor reclamado em auto de infração, lavrado pelo fisco fluminense. Até a presente data, as parcelas têm sido pagas correta e pontualmente; II. em2009, o Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação de execução fiscal contra ela, que acabou sendo objeto de embargos, depois de a empresa ter efetuado, no prazo legal, o depósito integral da importância reclamada na execução. O referido depósito não foi levantado, nem convertido em renda, e ainda não há decisão transitada em julgado nesse processo; III. em 2010, para poder importar mercadorias do exterior, sem a incidência do ICMS, esse contribuinte fluminense impetrou mandado de segurança, no bojo do qual foi concedida medida liminar para que o desembaraço aduaneiro fosse feito sem a exigência do ICMS. Essa liminar foi revogada em 2010 e, ao final do processo, o contribuinte restou vencido. Pagou a totalidade do crédito tributário reclamado em 2011; IV. em 2011, a autuada deixou de pagar impostos federais, que estão sendo objeto de execução fiscal, sem que tenha havido depósito da quantia questionada, nem oferecimento de bens à penhora; V. em 2012, a fiscalização fluminense lavrou auto de infração contra essa empresa, que foi objeto de impugnação no prazo legal. Esse auto de infração teve resultado favorável à Fazenda Pública estadual, em seu primeiro julgamento, mas ainda pende de julgamento de recurso interposto pelo contribuinte. Ainda nesse ano, a Fazenda Pública fluminense ajuizou outro executivo fiscal, relativo a crédito tributário decorrente de falta de pagamento do ICMS, sendo que, desta vez, a empresa em questão não efetuou o depósito integral da quantia pleiteada. Ao invés disso, ofereceu bens à penhora, suficientes para cobrir o crédito tributário exigido, motivo pelo qual a penhora foi efetivada. No início de 2013, essa empresa decidiu participar de concorrência pública para fornecer seus produtos a creches e escolas da rede estadual fluminense. Um dos requisitos a ser cumprido pelas empresas concorrentes, era a apresentação de prova de quitação de todos os tributos estaduais, até a data da abertura da inscrição para participação nessa concorrência, que ocorreu no dia 05 de abril de 2013. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 17 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Para tanto, a empresa apresentou, no órgão público fluminense competente, requerimento solicitando a expedição de certidão negativa dos tributos estaduais. Nesse caso hipotético, com base no CTN, o órgão estadual competente para o fornecimento dessa certidão a) expedirá certidão positiva, com efeito de positiva, pois a penhora não permite que a certidão tenha efeito de negativa. b) expedirá certidão negativa, com efeito de negativa. c) expedirá certidão positiva, com efeito de negativa. d) expedirá certidão negativa, com efeito de positiva. e) não a expedirá, pois os tributos devidos ainda não estão quitados. Comentários: Analisemos item a item para verificar que tipo de certidão a Fazenda Estadual poderá emitir. Item I: Parcelamento é hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art. 151 do CTN) certidão positiva, com efeito de negativa. Item II: Depósito do montante integral suspensão da exigibilidade certidão positiva, com efeito de negativa. Item III: Pagou a totalidade do crédito tributário reclamado em 2011 extinguiu o crédito tributário. Apenas por esse caso, não haveria impedimento de fornecer certidão negativa. Item IV: Refere-se a impostos federais, sobre os quais a Fazenda Estadual não tem competência. A certidão negativa fornecida pelo Estado não garante a inexistência de débitos tributários com outros entes da federação. Assim, apenas por esse caso, não haveria impedimento de fornecer certidão negativa. Item V: Dois casos. Em relação ao primeiro, há recurso na esfera administrativa, suspendendo o crédito tributário. No outro caso, foi efetiva a penhora, o que autoriza a emissão de certidão positiva com efeitos de negativa (art. 206 do CTN). Pelos motivos expostos, o órgão estadual competente expedirá certidão positiva com efeitos de negativa. Gabarito: C 5. (FCC/ICMS SP/2013) Com respeito à Dívida Ativa e à Certidão Negativa, considere: I. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 18 de 90 www.exponencialconcursos.com.br II. A nulidade da inscrição na Dívida Ativa, causada por omissão ou erro, poderá ser sanada até a decisão de segunda instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa. III. A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta e tem caráter de prova pré-constituída. IV. Será emitida Certidão Negativa quando conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. V. A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e III. b) II e V. c) I e V. d) III e IV. e) II e IV. Comentários: Item I: Correto, conforme o art. 201 do CTN. Item II: “A nulidade da inscrição na Dívida Ativa, causada por omissão ou erro, poderá ser sanada até a decisão de segunda primeira instância (...)” Item III: “A dívida regularmente inscrita goza da presunção relativa absoluta e tem caráter de prova pré-constituída” Item IV: “Será emitida Certidão Negativa positiva com efeitos de negativa quando conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa”. Item V: Correto, conforme § 2º do art. 2º da Lei Nº 6.830/80 (essa lei não está explícita no edital do ICMS RO 2010). Gabarito: C 6. (FCC/Notário - TJ/PE/2013) Segundo o Código Tributário Nacional, tem o mesmo efeito de certidão negativa uma certidão positiva cujo débito esteja com a exigibilidade suspensa. Neste caso, haveria suspensão da exigibilidade do crédito tributário a admitir uma certidão positiva de efeitos negativos a a) consignação em pagamento de crédito tributário, diante da exigência de crédito tributário por mais de um ente, relativamente ao mesmo fato gerador. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 19 de 90 www.exponencialconcursos.com.br b) isenção em caráter específico, uma vez concedida pela autoridade administrativa competente. c) anistia concedida em caráter específico, relativamenteaos ilícitos tributários cometidos antes do lançamento. d) citação do executado em sede de execução fiscal. e) liminar concedida em mandado de segurança que tenha por objeto ilegalidade na constituição do crédito tributário. Comentários: A certidão positiva com efeitos de negativa está prevista no art. 206 do CTN: “Tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.” Relembremos também quais os casos de suspensão do crédito tributário: “Art. 151 Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I- moratória; II- o depósito do seu montante integral; III- as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV- a concessão de medida liminar em mandado de segurança; V- a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; VI- o parcelamento. Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes”. Assim, vejamos os erros de cada alternativa: Alternativa A: Incorreta. A consignação em pagamento é forma de extinção do crédito tributário (art. 156 do CTN). Alternativa B: Incorreta. A isenção é forma de exclusão do crédito tributário (art. 175, I, do CTN). Alternativa C: Incorreta. A anistia, assim como a isenção, é forma de exclusão do crédito tributário (art. 175, II, do CTN). Alternativa D: Incorreta. A citação do executado em execução fiscal é hipótese de interrupção do prazo prescricional, (art. 174, I, do CTN). C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 20 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Alternativa E: Correta. A liminar concedida em mandado de segurança é hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art. 151, IV, do CTN). Assim, estamos diante de uma situação em que será expedida uma certidão positiva com efeitos de negativa. Gabarito: E 7. (FCC/ISS SP/2012) Auditor fiscal municipal, ao dar início aos seus trabalhos de fiscalização, lavrou termo de início desses trabalhos em livro fiscal da empresa Venha a mim Ltda., arrecadando, naquela oportunidade, diversos documentos e livros fiscais, a fim de realizar seu trabalho na repartição municipal de sua sede. João Modesto, dono da empresa fiscalizada, ao ser alertado pelo seu contador de que os documentos e livros fiscais apontariam infrações relacionadas com o não pagamento de imposto, determinou a elaboração das guias de pagamento dos impostos não recolhidos e relativos à documentação apreendida, a fim de evitar que fosse lavrado auto de infração contra sua empresa. Caso a fiscalização descubra as irregularidades fiscais da empresa, a) poderá lavrar auto de infração, cobrando multa pelas infrações cometidas, mesmo após a tentativa saneadora efetivada pela empresa, devendo ser regularizado, todavia, o procedimento de início de fiscalização, com a lavratura de "notificação de correção de termo de início de fiscalização", documento oficial a ser assinado pelo contribuinte, para evitar que o auto de infração seja cancelado por vício formal. b) não poderá lavrar auto de infração pelas infrações possivelmente identificadas na análise documental, tendo em vista que a empresa saneou as irregularidades, ao pagar os impostos devidos, antes da efetiva notificação do auto de infração. c) não poderá lavrar auto de infração, pois o procedimento de início de fiscalização foi irregular, na medida em que o fiscal, ao invés de ter lavrado o termo de início da fiscalização no livro do contribuinte, deveria ter-lhe entregado, obrigatoriamente, uma notificação apartada. d) poderá lavrar auto de infração, cobrando multa, pelas infrações cometidas, tendo em vista que a possibilidade de denúncia espontânea estaria excluída, pois o termo de início de fiscalização fora lavrado regularmente antes da tentativa saneadora da empresa. e) poderá lavrar auto de infração, cobrando multa a qualquer momento, mesmo que, antes da lavratura do termo de início de fiscalização, aposto em livro fiscal pelo auditor municipal, as irregularidades fiscais tivessem sido saneadas. Comentários: Diz o enunciado que o Auditor fiscal lavrou termo de início da fiscalização em livro fiscal da empresa e, após isso, o sujeito passivo tentou se utilizar do instituto da denúncia espontânea. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 21 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Ocorre que, em virtude de já ter sido lavrado o termo, a fiscalização estava oficialmente iniciada, produzindo os seguintes efeitos: - documentar o início do procedimento; - fixar o prazo máximo para a conclusão das diligências; - antecipar a contagem do prazo decadencial (prazo para que o fisco lance o tributo); - afastar a espontaneidade do sujeito passivo. É nesse último efeito que se encontra nossa resposta, conforme o parágrafo único do art. 138: “Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.” Alternativa A: Incorreta. Não há que se falar em correção do termo de início de fiscalização, pois o enunciado não apontou nenhum equívoco cometido. Alternativa B: Incorreta. Conforme o parágrafo único do art. 138, não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração. Alternativa C: Incorreta. Conforme o art. 196 do CTN, SEMPRE QUE POSSÍVEL, o termo será lavrado EM UM DOS LIVROS FISCAIS EXIBIDOS pelo contribuinte. Se lavrado em separado, deverá ser entregue à pessoa sujeita à fiscalização cópia autenticada pela autoridade. Alternativa D: Correta. Um dos efeitos do termo de início da fiscalização é afastar a espontaneidade do sujeito passivo (impossibilitar a denúncia espontânea). Alternativa E: Incorreta. Se as irregularidades fiscais tivessem sido saneadas antes da lavratura do termo de início de fiscalização, o Auditor Fiscal não poderia lavrar o auto de infração, pois a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração (art. 138, CTN). Gabarito: D 8. (FCC/ISS SP/2012) Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com esse contribuinte, nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LIP E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 22 de 90 www.exponencialconcursos.com.br ou perante eles, em razão do seu ofício, conforme dispõe o art. 134, caput, inciso VI do CTN. Quanto aos tabeliães e escrivães, especificamente no que concerne aos tributos municipais, é correto afirmar que, a) mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, exceto quanto a fatos sobre os quais os tabeliães e escrivães estejam legalmente obrigados a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. b) diferentemente dos contribuintes e dos responsáveis em geral, não estão sujeitos à fiscalização municipal, pois já se submetem à fiscalização da Corregedoria Geral da Justiça estadual. c) como qualquer outro contribuinte ou responsável em geral, estão sujeitos à fiscalização municipal, mas só estão obrigados a prestar à autoridade administrativa as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, quando autorizados pela Corregedoria Geral da Justiça estadual. d) mediante intimação escrita, ou inclusive verbal, em caso de urgência, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, exceto quanto a fatos sobre os quais os tabeliães e escrivães estejam legalmente obrigados a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. e) nas cidades que não forem capitais de Estado, mediante anuência da autoridade judicial da comarca, devem prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, exceto quanto a fatos sobre os quais os tabeliães e escrivães estejam legalmente obrigados a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Comentários: Essa é uma daquelas questões gigantes que você pode “matar” rapidinho. Vamos direto ao último comando do enunciado (“Quanto aos tabeliães e escrivães, especificamente no que concerne aos tributos municipais, é correto afirmar que”) e só voltamos para ler o restante se for necessário – não será. Partimos para a alternativa A e a resposta está logo ali! Alternativa A: Está de acordo com o CTN, art. 197, I, e parágrafo único. Alternativa B: A fiscalização da Corregedoria Geral da Justiça Estadual em nada se confunde com a fiscalização tributária. Esta pode recair sobre qualquer pessoa, natural ou jurídica, contribuinte ou não. Alternativa C: Não há necessidade de autorização da Corregedoria Geral da Justiça Estadual. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 23 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Alternativa D: Somente por intimação escrita estão os tabeliães obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros. Alternativa E: Não há necessidade de anuência da autoridade judicial da comarca. Gabarito: A 9. (FCC/ISS SP/2012) Os tributos federais, bem como os estaduais e os municipais, estão sujeitos às regras de decadência, referidas no art. 173 do CTN. Tratando-se de tributos cujo lançamento seja feito por homologação, estes, especificamente, se sujeitarão, também, à regra de homologação tácita, por decurso de prazo, prevista no § 4º do art. 150 desse mesmo código. Tanto os prazos de decadência como o de homologação tácita do lançamento, pelo decurso de prazo, são de cinco anos e estão previstos, respectivamente, no caput do art. 173 do CTN e no § 4º do art. 150 do referido código. Consequentemente, a contagem desses prazos quinquenais deve ser feita de modo a) contínuo, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição à qual o contribuinte está vinculado, em razão do seu domicílio. b) contínuo ou descontínuo, conforme determinar a lei ordinária, incluindo-se na sua contagem o dia de início e excluindo-se o de vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição à qual o contribuinte está vinculado, em razão do seu domicílio. c) contínuo ou descontínuo, conforme determinar a lei ordinária, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. d) contínuo, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. e) contínuo, incluindo-se na sua contagem o dia de início e excluindo-se o de vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição à qual o contribuinte está vinculado, em razão do seu domicílio. Comentários: Essa questão começa tratando sobre decadência e homologação tácita, contudo cobra um conhecimento bem mais simples, o art. 210 do CTN: C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 24 de 90 www.exponencialconcursos.com.br “Art. 210. Os prazos fixados nesta Lei ou legislação tributária serão contínuos, EXCLUINDO-SE na sua contagem o dia de início e INCLUINDO-SE o de vencimento. Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato.” Alternativa A: Incorreta. Os prazos só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. Alternativa B e C: Incorreta. Os prazos serão contínuos. Alternativa D: Correta, conforme o art. 210 do CTN. Alternativa E: Incorreta. exclui-se da contagem o dia do início e inclui-se o de vencimento. Gabarito: D 10. (FCC/Analista-TRF2/2012) No que diz respeito à administração tributária, é certo que a) poderá ser outorgada, a critério da autoridade, a outra pessoa jurídica de Direito Público a realização e a fiscalização do cumprimento das vendas e prestações, desde que por decreto. b) uma das características da dívida ativa é que a Fazenda Pública a constitui unilateralmente, sendo que a presunção de certeza e liquidez é juris tantum, por admitir prova em contrário. c) as entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu ofício, atividade ou profissão, são obrigadas, em qualquer hipótese, a prestar à autoridade administrativa todas as informações que disponham em relação aos bens e negócios de terceiros. d)a certidão expedida com a ressalva da existência de créditos tributários não vencidos ou em curso de cobrança executiva, em que tenha sido efetivada a penhora, não tem os mesmos efeitos da certidão negativa. e) todas as normas pertinentes à fiscalização têm a natureza das regras de Direito Tributário e Direito Penal-Tributário, vedada sua concretização por meio das normas de Direito Administrativo ou de Direito Civil. Comentários: Alternativa A: Incorreta. Perceba que o assunto da alternativa nada tem a ver com as regras de administração tributária, vistas na aula de hoje. Trata-se da transferência da capacidade tributária ativa (atividade de fiscalizar), a qual é realizada por lei e não por Decreto. Alternativa B: Correta. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a dívida goza de presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré- constituída. O parágrafo único, por sua vez, estabelece que essa presunção é C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 25 de 90 www.exponencialconcursos.com.br apenas relativa (juris tantum) e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. Alternativa C: Incorreta. O erro da alternativa é utilizar a expressão "em qualquer hipótese". Conforme com o art. 197, parágrafo único: “a obrigação de prestar informações não abrange informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão”. Alternativa D: Incorreta. Conforme o art. 206 do CTN, tem os mesmos efeitos de Certidão Negativa de Débitos, a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. Alternativa E: Incorreta. As autoridades administrativas que atuem na administração tributária devem observar as regras do Direito Administrativo relativas à Administração Pública. Gabarito: B 11. (FCC/Procurador - PGE SP/2012) NÃO é requisito de validade da certidão da dívida ativa a) a autenticação da autoridade competente. b) a indicação do livro e da folha de inscrição do débito. c) a memória discriminada e atualizada do cálculo, a fim de que o devedor possa exercer, na sua plenitude, o mandamento constitucional da ampla defesa. d) o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. e) a disposição legal em que seja fundado o crédito Comentários: O art. 202 do CTN determina os elementos que devem constar no termo de inscrição da dívida ativa: C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 26 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Com a inscrição, extrai-se uma certidão de dívida ativa, que é um título executivo extrajudicial capaz de subsidiar a ação de execução fiscal. A palavra certidão significa cópia fiel. Assim, deve conter todos os requisitos do termo de inscrição, mais a indicação do livro e folha de inscrição (parágrafo único do art. 202 do CTN). O enunciado questiona qual alternativa apresenta item que NÃO seja requisito de validade da certidão da dívida ativa. Vejamos o erro de cada alternativa: Alternativa A: Incorreta. O termo de inscrição deve sim ser autenticado pela autoridade administrativa (caput do art. 202). Por consequência do parágrafo único do referido artigo, a certidão de dívida ativa também deve ser autenticada. Alternativa B: Incorreta. A indicação do livro e da folha da inscrição são requisitos de validade estabelecidos pelo parágrafo único do art. 202 do CTN. Alternativa C: Correta. A memória discriminada e atualizada do cálculo não é um requisito de validade da certidão de dívida ativa. Alternativa D: Incorreta. A forma de calcular os juros de mora é sim requisito de validade da certidão de dívida ativa. Alternativa E: Incorreta. O fundamento legal da cobrança é sim requisitos de validade da inscrição em certidão de dívida ativa. Gabarito: C 12. (FCC/Analista-TRF4/2010) Em relação à administração tributária, é INCORRETO afirmar: a) Não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Termo de inscrição em dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará: o nome do devedor a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado a data em que foi inscrita sendo o caso o número do processo administrativo de que se originar o crédito nome dos co-responsáveis do devedor sempre que possível o domicílio ou a residência do devedor e corresponsável C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 27 de 90 www.exponencialconcursos.com.br b) A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. c) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. d) É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. e) A dívida inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída, presunção esta absoluta, não podendo ser ilidida por prova ainda que inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. Comentários: Alternativa A: Conforme art. 195 do CTN. Alternativa B: Conforme art. 208 do CTN. Alternativa C: Conforme art. 201 do CTN. Alternativa D: Conforme art. 198 do CTN. Alternativa E: A dívida inscrita goza de presunção relativa de certeza e liquidez, não absoluta, podendo ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. Gabarito: E 13. (FCC/Procurador-PGE AM/2010) Quanto ao prazo legal para fornecimento de certidão negativa de débitos tributários, é correto afirmar que a) a repartição possui o prazo de 30 dias para sua emissão, se não for constatado nenhum débito tributário. b) a repartição possui o prazo de 10 dias para sua emissão,contados da data da entrada do requerimento na repartição. c) não existe prazo legal para o fornecimento, devendo, contudo, ser observada a ordem de chegada dos pedidos formulados. d) o prazo de 30 dias para emissão é contado a partir da quitação do último débito tributário inscrito na dívida ativa. e) o prazo é de até 90 dias, de acordo com o Código Tributário Nacional. Comentários: Conforme art. 205, parágrafo único do CTN, a certidão negativa será expedida dentro de 10 dias da data da entrada do requerimento na repartição. Gabarito: B C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 28 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 14. (FCC/ICMS SP/2009) Na realização de atividade fiscalizatória, os agentes fiscais podem entrar nos estabelecimentos dos contribuintes. Sobre o procedimento de fiscalização é correto afirmar que a) não se aplicam os princípios constitucionais da inviolabilidade do domicílio, do direito à intimidade e do sigilo da correspondência, tendo em vista o poder de polícia conferido à administração tributária. b) existem restrições, pois o contribuinte não está obrigado a exibir livros contábeis ou fiscais obrigatórios, visto que a Constituição Federal lhe garante o direito à intimidade. c) realiza-se informalmente e não precisa ser documentado. d) deverá ser documentado por meio de termos específicos lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos ou, quando lavrados em separado, o sujeito passivo deverá ficar com cópia autenticada. e) é possível ao sujeito passivo até sua conclusão, se valer da denúncia espontânea em relação às infrações praticadas, beneficiando-se do pagamento sem imposição de multas. Comentários: Alternativa A: Incorreta. A inviolabilidade do domicílio é uma proteção constitucional, não podendo ser violada em razão de normas infraconstitucionais. Atente-se que essa regra também se aplica ao direito à intimidade e ao sigilo da correspondência. Alternativa B: Incorreta. O contribuinte está sim obrigado a exibir livros contábeis ou fiscais obrigatórios, pois o direito à intimidade não abrange essa proteção. Conforme o art. 195 do CTN, para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Alternativa C: Incorreta. Conforme o art. 196 do CTN: “A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas”. Alternativa D: Correta. Conforme o parágrafo único do art. 196 do CTN, o termo de início da fiscalização será lavrado, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrado em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade administrativa. Alternativa E: Incorreta. Um dos efeitos do termo de início da fiscalização é afastar a espontaneidade do sujeito passivo (impossibilitar a denúncia espontânea). Isso ocorre devido ao art. 138 do CTN, o qual dispõe que o prazo final para que o sujeito passivo possa se beneficiar com a denúncia espontânea C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 29 de 90 www.exponencialconcursos.com.br é início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração. Gabarito: D 15. (FCC/ICMS SP/2009) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário I. autoriza a emissão de certidão positiva com efeito de negativa. II. autoriza a emissão de certidão negativa de débitos. III. dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. IV. não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) II e IV. Comentários: Item I: Correto. A suspensão do crédito tributário não autoriza a emissão de certidão negativa de débitos, mas autoriza a emissão de Certidão Positiva com Efeitos de Negativa, conforme arts. 205 e 206 do CTN: "Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido. (...) Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa." Item II: Incorreto. Veja explicação do item I. Item III: Incorreto. Conforme o art. 151, parágrafo único, do CTN, a suspensão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias previstas na legislação. Item IV: Correto. "Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: (...) Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes." Gabarito: C C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 30 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 16. (FGV/ISS Niterói/2015) Para a validade da Certidão da Dívida Ativa, NÃO é essencial: a) a data da inscrição; b) a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; c) a autenticação da autoridade competente; d) o domicílio ou residência do devedor; e) a indicação do livro e da folha da inscrição. Comentários: O art. 202 do CTN estabelece os requisitos do Termo de Inscrição de Dívida Ativa: Conforme o parágrafo único do art. 202 do CTN, a certidão conterá, além dos requisitos do termo, também a indicação do livro e da folha da inscrição. Alternativa A: Correta, conforme o art. 202, IV, CTN. Alternativa B: Correta, conforme o art. 202, III, CTN. Alternativa C: Correta, conforme o art. 2º, § 6º da Lei 6.830/80 (não prevista no edital do ICMS RO de 2010). Alternativa D: Incorreta. Pegadinha famosa! O domicílio ou a residência do devedor não é um requisito essencial do termo de inscrição da dívida ativa, pois o domicílio ou a residência só constarão quando possível. Alternativa E: Correta, conforme o art. 202, parágrafo único, CTN. Gabarito: D Termo de inscrição em dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará: o nome do devedor a quantiadevida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado a data em que foi inscrita sendo o caso o número do processo administrativo de que se originar o crédito nome dos co-responsáveis do devedor sempre que possível o domicílio ou a residência do devedor e corresponsável C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 31 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 17. (FGV/OAB/2015) Após ser intimada da lavratura de um auto de infração visando à cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) dos últimos cinco anos, a pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. verificou que o tributo não era devido e ofereceu impugnação ao auto de infração. Como irá participar de uma licitação, a pessoa jurídica em questão irá precisar de certidão de regularidade fiscal – no caso, Certidão Positiva de Débito com Efeito de Negativa (CPD-EN). Na hipótese, considerando que o contribuinte não possui outros débitos, assinale a afirmativa correta. a) A impugnação ao auto de infração exclui o crédito tributário, sendo possível a emissão da CPD-EN. b) A impugnação ao auto de infração, sem o pagamento do crédito, impede a emissão da CPD-EN. c) A pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. somente terá direito à CPD-EN caso realize o depósito do montante integral. d) A impugnação ao auto de infração suspende a exigibilidade do crédito, sendo possível a emissão da CPD-EN. Comentários: Primeiramente, perceba que “ofereceu impugnação ao auto de infração” Suspensão por reclamação e recurso administrativo (conforme o art. 151, III do CTN, visto na aula 08). O art. 206, do CTN, estabelece três situações em que será expedida Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: Assim, estamos diante de um caso que autoriza a emissão de Certidão Positiva com Efeito de Negativa: ela é positiva por existirem débitos, mas tem efeitos de negativa, pois o débito está com a exigibilidade suspensa, estando o requerente em situação regular. Gabarito: D 18. (FGV/ISS Recife/2014) Com referência à fiscalização tributária, assinale a afirmativa correta. Tem o mesmo efeito da certidão negativa aquela na qual conste a existência de créditos não vencidos em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora ou cuja exigibilidade esteja suspensa C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 32 de 90 www.exponencialconcursos.com.br a) A autoridade administrativa pode requisitar força pública durante atividade fiscalizadora, mesmo que não tenha ocorrido fato definido em lei como crime. b) O contribuinte deve conservar os livros e registros obrigatórios e facultativos da escrituração comercial e fiscal durante o prazo decadencial, para constituir o crédito tributário. c) A autoridade administrativa pode examinar integralmente quaisquer livros, arquivos e registros dos contribuintes. d) O termo de fiscalização integra o lançamento fiscal e constitui a data inaugural do prazo decadencial para a constituição do crédito fiscal. e) Apenas a lei stricto sensu poderá autorizar permuta de informações e assistência recíproca entre as fazendas públicas. Comentários: Alternativa A: Correta. Conforme o art. 200 do CTN, as autoridades administrativas poderão requisitar (sinônimo de ordenar) auxílio da força pública quando vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se configure fato definido em lei como crime ou contravenção. Alternativa B: Incorreta. O CTN determina, em seu art. 195, parágrafo único, que os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes dos lançamentos nele efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes. Alternativa C: Incorreta. O art. 195 do CTN estabelece que, para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Contudo a Súmula nº 439 do STF estabelece que o exame dos livros é limitado aos pontos objeto da investigação. Veja sua literalidade: “Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação”. Alternativa D: Incorreta. Maldade do examinador. Conforme parágrafo único do art. 173 do CTN (visto na aula 08), é a notificação ao sujeito passivo de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento que antecipa a contagem do prazo decadencial. Logo, o termo de início de fiscalização, por si só, não tem o condão de antecipar a contagem do prazo decadencial. Alternativa E: Incorreta. De acordo com art. 199 do CTN, “A Fazenda Pública da União e as dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios prestar-se-ão mutuamente assistência para a fiscalização dos tributos respectivos e permuta de informações, na forma estabelecida, em caráter geral ou específico, por lei ou convênio”. Gabarito: A C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 33 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 19. (FGV/Auditor de Estado - CGE MA/2014) A companhia Delta Ltda. prestou declarações ao Fisco, com relação a determinado tributo, sujeito ao lançamento por homologação, tal como seria sua obrigação. Emitiu guia de recolhimento e pagou o valor que considerou devido. Entretanto, a Fazenda indeferiu seu pedido de Certidão Negativa de Débito aduzindo que houve pagamento a menor, o que deduziu das declarações prestadas pelo contribuinte comparativamente com as guias recolhidas do tributo. A companhia afirma e é fato incontroverso, que a Fazenda não procedeu ao lançamento de ofício da eventual diferença do tributo a pagar, mas lhe nega o direito à obtenção da certidão de regularidade fiscal. No caso vertente, a solução da lide deve ser a) favorável ao contribuinte, com o lançamento de ofício pela fazenda da eventual diferença a pagar, podendo o contribuinte, até que tal ocorra, obter a Certidão Negativa de Débitos Fiscais. b) favorável ao contribuinte, já que a Fazenda deverá lavrar a competente Notificação Fiscal de Lançamento de Débito. c) favorável à Fazenda, já que inexiste a necessidade de lançamento de ofício supletivo da diferença do tributo a pagar, quando o crédito tributário já foi constituído por meio de declaração praticada pelo próprio contribuinte. d) favorável à Fazenda, uma vez que asdeclarações prestadas pelo contribuinte sobre o valor do tributo devido tornam prescindível a regular constituição do crédito fiscal. e) favorável ao contribuinte, o qual, até que haja o acertamento do valor devido, tem direito à Certidão Positiva com efeitos de Negativa. Comentários: A questão trata de um tributo sujeito a lançamento por homologação. Conforme vimos na aula 07, essa modalidade, o sujeito passivo deve promover recolhimento do tributo ANTES do lançamento, sem prévio exame da autoridade administrativa, sendo realizado um controle posterior do pagamento efetuado. Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, deve ser entregue uma declaração por parte do sujeito passivo com o valor do tributo devido. Entende a Jurisprudência que em relação aos valores dos tributos assim declarados, em caso de inadimplemento por parte do contribuinte, não há necessidade de lançamento de ofício. Nesse sentido é a Súmula 436 do STJ (vista na aula 07): “A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer providência por parte do fisco”. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 34 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Além disso, conforme a Súmula 446 do STJ: “Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.” Na presente questão o contribuinte realizou o pagamento em valor menor do que o valor declarado. Assim, como o crédito tributário não foi completamente satisfeito, o sujeito passivo não faz jus à Certidão Negativa de Débito (pois ele possui um débito). Em virtude do entendimento jurisprudencial acima exposto (Súmula STJ 436), não há necessidade de o fisco realizar o lançamento de ofício do valor pendente de pagamento, pois a declaração entregue pelo contribuinte já constituiu o crédito tributário. Alternativa A: Incorreta. A lide deve ser desfavorável ao contribuinte. Como o crédito tributário não foi completamente satisfeito, o sujeito passivo não faz jus à Certidão Negativa de Débito (pois ele possui um débito). Em virtude da Súmula STJ 436, não há necessidade de o fisco realizar o lançamento de ofício do valor pendente de pagamento, pois a declaração entregue pelo contribuinte já constituiu o crédito tributário. Alternativa B: Incorreta. A lide deve ser desfavorável ao contribuinte. Em virtude da Súmula STJ 436, não há necessidade de o fisco realizar o lançamento e respectiva notificação do valor pendente de pagamento, pois a declaração entregue pelo contribuinte já constituiu o crédito tributário. Alternativa C: Correta. A lide deve ser favorável à Fazenda. Como o crédito tributário não foi completamente satisfeito, o sujeito passivo não faz jus à Certidão Negativa de Débito (pois ele possui um débito). Em virtude da Súmula STJ 436, não há necessidade de o fisco realizar o lançamento de ofício do valor pendente de pagamento, pois a declaração entregue pelo contribuinte já constituiu o crédito tributário. Alternativa D: Incorreta. De fato, a lide deve ser favorável à Fazenda. Contudo a constituição do crédito fiscal não é prescindível. Conforme vimos na aula 07, no lançamento por homologação o contribuinte NÃO promove o lançamento, o qual consiste em ato privativo de autoridade administrativa nos termos do art. 142 do CTN. Veja o teor do art. 150 do CTN (também estudado na aula 07): “Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.” Alternativa E: Incorreta. A lide deve ser desfavorável ao contribuinte. Como o crédito tributário não foi completamente satisfeito, o sujeito passivo não faz jus à Certidão Negativa de Débito (pois ele possui um débito). Conforme a Súmula C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 35 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 446 do STJ: “Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.” Gabarito: C 20. (FGV/ISS Recife/2014) Sobre crédito tributário, analise as afirmativas a seguir. I. A inscrição do crédito tributário é decorrente da dívida ativa. II. Todo crédito tributário é dívida ativa tributária. III. A inscrição gera presunção de certeza e liquidez do crédito tributário. IV. A maneira de calcular juros de mora é requisito formal para inscrição na dívida ativa. Assinale: a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. c) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. e) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. Comentários: Item I: Incorreto. Conforme o art. 201 do CTN, a Dívida ativa tributária é aquela proveniente do crédito tributário de igual natureza não pago no prazo fixado pela lei ou por decisão final proferida em processo regular, em razão disso, submetido à respectiva inscrição na repartição administrativa competente. Logo, a inscrição do crédito tributário é decorrente do não pagamento do crédito tributário no prazo fixado por lei ou por decisão final proferida em processo regular. A inscrição origina a divida ativa (não é decorrente dela). Item II: Incorreto. O crédito tributário só se torna dívida ativa caso não seja pago no prazo legal e seja posteriormente objeto de regular inscrição em dívida ativa, por intermédio da lavratura do termo de inscrição da dívida ativa. Item III: Correto. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a dívida goza de presunção de certeza E liquidez e tem o efeito de prova pré- constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. Item IV: Correto, conforme o art. 202, II: “ O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: (...) C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 36 de 90 www.exponencialconcursos.com.br II a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;” Gabarito: C 21. (FGV/Consultor Legislativo – AL MA/2013) Com relação à Certidão da Dívida Ativa, assinale a afirmativa correta. a) A certidão da dívida ativaque contiver erro substancial quanto ao nome do devedor é anulável, cabendo ao contribuinte pugnar pela correção do ato. b) O termo de inscrição da dívida ativa deve contemplar o demonstrativo de cálculo do tributo devido. c) A certidão da dívida ativa é título executivo cartular, cuja validade se prende à sua literalidade. d) A certidão da dívida ativa é prova pré‐constituída do débito tributário, que pode ser elidida pelo contribuinte. e) A certidão da dívida ativa deve discriminar os juros e demais encargos que estejam sendo cobrados do contribuinte. Comentários: Alternativa A: Incorreta. O nome do devedor é um dos elementos que devem constar no termo de inscrição da dívida ativa (art. 202 do CTN). Conforme o art. 203 do CTN, a omissão de quaisquer dos requisitos do termo, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente. Assim perceba que a inscrição é nula é não anulável. Contudo a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada. Alternativa B: Incorreta. O art. 202 do CTN determina os elementos que devem constar no termo de inscrição da dívida ativa: C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 37 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Logo, o demonstrativo de cálculo do tributo devido não é um requisito de validade da certidão de dívida ativa. Alternativa C: Incorreta. A CDA não é um título executivo cartular, cuja validade se prenda à sua literalidade. Ao contrário, a CDA não possui essa autonomia, sendo na verdade um título executivo vinculado ao processo administrativo de que se originou o crédito (em que foram apuradas a liquidez e a certeza da dívida). Por esse motivo, o número do processo é um dos requisitos obrigatórios para a validade do termo de inscrição da dívida ativa. Veja abaixo como esse assunto foi tratado em um julgado do TRF4: “1. A incorreta indicação do dispositivo de lei infringido, no quadro demonstrativo da fundamentação legal da certidão da dívida ativa, não gera a nulidade do título, se o devedor teve a oportunidade de conhecer corretamente a causa e a origem da dívida e defender-se adequadamente no processo administrativo subjacente ao título executivo. Assim é, porque a certidão da dívida ativa não é um título executivo cartular, cuja validade se prenda à sua literalidade, mas um título executivo indissociavelmente vinculado ao processo administrativo em que foram apuradas a liquidez e a certeza da dívida. 2. Apelação não provida.” (AC 1999.04.01.0894374/2001). Alternativa D: Correta. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a dívida goza de presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré- constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. Termo de inscrição em dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará: o nome do devedor a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado a data em que foi inscrita sendo o caso o número do processo administrativo de que se originar o crédito nome dos co-responsáveis do devedor sempre que possível o domicílio ou a residência do devedor e corresponsável C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 38 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Alternativa E: Incorreta. Conforme vimos na letra B, discriminar “os juros e demais encargos que estejam sendo cobrados do contribuinte“ não é um requisito de validade da certidão de dívida ativa. O inciso II do art. 202 apenas estabelece a necessidade de informar o método de cálculo dos juros de mora. A doutrina entende que a memória discriminada e atualizada de cálculo (exigível nos processos de execução de título judicial, conforme o art. 604 do CPC) não é aplicável ao processo de execução de dívida ativa (execução fiscal), bastando "a referência ao valor originário da dívida e a indicação dos elementos necessários para o cálculo de sua evolução no tempo". (SABBAG, Eduardo. Manual de Direito Tributário. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 2014, p. 986) Gabarito: D 22. (FGV/ICMS RJ/2010) Assinale a afirmativa incorreta. a) O Código Tributário Nacional, no artigo 195, nega aplicação às disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar os livros comerciais do contribuinte. b) A fiscalização tem o seu poder limitado, dentre outras, por força de questões funcionais e territoriais. c) O sigilo de correspondência não pode ser invocado pelo contribuinte em sua defesa, uma vez que este direito poderá ser afastado no exercício da fiscalização pelas autoridades administrativas, mesmo sem haver autorização judicial. d) O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento no sentido de não ser possível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo de cobrança de tributo. e) Não se admite, segundo entendimento consagrado no Supremo Tribunal Federal, a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos. Comentários: Alternativa A: Correta, o art. 195 do CTN estabelece que, para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Alternativa B: Correta. O Auditor Fiscal do Rio de Janeiro não tem poder para fiscalizar o ICMS de Minas Gerais, por exemplo. Alternativa C: Incorreta. O sigilo da correspondência, garantido pelo art. 5º, XII, da CF/88, não pode ser afastado pela autoridade fiscal, somente com autorização judicial no caso de investigação de condutas ilícitas. Alternativa D: Correta, conforme a Súmula nº 70 STF: “É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo”. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 39 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Alternativa E: Correta, conforme a Súmula nº 323 STF: “É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para cobrança de tributo”. Gabarito: C 23. (FGV/Advogado-CODEBA/2010) Com relação à dívida ativa tributária, é INCORRETO afirmar que a) o controle da legalidade da inscrição em dívida ativa é a derradeiraoportunidade que a Administração tem de rever os requisitos dos atos praticados no processo administrativo de cobrança, ocasião em que ainda pode modificá-los. b) somente se admite a inscrição de débito em dívida ativa após o decurso do prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo administrativo. c) provém de crédito de igual natureza. d) as informações relativas a inscrições na dívida ativa da fazenda pública podem ser divulgadas, sem que isso configure violação ao sigilo fiscal. e) uma vez inscrito o débito em dívida ativa, tem-se que o título representativo desta goza de presunção de liquidez e certeza. Comentários: Pessoal, percebam que esta questão da FGV é cópia de uma questão da ESAF de 2009 (questão 29 desta aula). Isso ratifica a importância de resolvermos também questões de outras bancas para estarmos bem preparados, pois volta e meia as bancas “se inspiram” umas nas outras... Alternativa A Incorreta. De acordo com a Súmula 392 STJ: “A Fazenda Pública pode substituir a Certidão de Dívida Ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução”. Assim, o STJ entende que, até a sentença de primeira instância, pode haver alteração na CDA. Dessa forma, a inscrição em dívida ativa é a primeira oportunidade que a Administração tem de rever os requisitos dos atos praticados no processo administrativo de cobrança, e não o último, como dito na alternativa. Alternativa B e C: Corretas. Conforme o art. 201 do CTN, a Dívida ativa tributária é aquela proveniente do crédito tributário de igual natureza não pago no prazo fixado pela lei ou por decisão final proferida em processo regular, em razão disso, submetido à respectiva inscrição na repartição administrativa competente. Alternativa D: Correta. O parágrafo primeiro do art. 198 do CTN prevê importantes exceções à regra do sigilo bancário: C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 40 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Logo, conforme o art. 198, § 3º, II, do CTN, não é vedada a divulgação de informações relativas a inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. Alternativa E: Correta. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a dívida goza de presunção de certeza E liquidez e tem o efeito de prova pré- constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. Gabarito: A 24. (FGV/ICMS AP/2010) Em relação à dívida ativa, assinale a afirmativa incorreta. a) A ação para cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados de sua constituição definitiva, assim entendido como a data de sua inscrição em dívida ativa. b) Não é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informações relativas a inscrições em dívida ativa da Fazenda Pública. c) O termo de inscrição em dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado. d) A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. Comentários: Alternativa A: Incorreta. De acordo com o art. 174 do CTN (estudado na aula 08), a ação para cobrança do crédito tributário prescreve em CINCO ANOS, Restrições ao sigilo fiscal Requisição da autoridade judiciária Solicitação de outro órgão da Administração Pública para apuração de infração administrativa Permuta de informações sigilosas entre União, Estados, DF e Municípios, nos termos de lei ou convênio; e, entre a União e Estados estrangeiros, conforme tratados, acordos e convênios Divulgação de informações relativas a Representações fiscais para fins penais Inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública Parcelamento ou moratória C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 41 de 90 www.exponencialconcursos.com.br contados da data da sua constituição definitiva, isto é, da data da notificação regular do lançamento. De acordo com art. 142 do CTN (estudado na aula 07), “Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento (...)”. Alternativa B: Correta, conforme o art. 198, § 3º, II, do CTN. Relembremos todas as exceções à regra de sigilo fiscal, previstas nos parágrafos do art. 198 do CTN: Alternativa C: Correta. O art. 202 do CTN determina os elementos que devem constar no termo de inscrição da dívida ativa: Exceções ao sigilo fiscal Requisição da autoridade judiciária Solicitação de outro órgão da Administração Pública para apuração de infração administrativa Permuta de informações sigilosas entre União, Estados, DF e Municípios, nos termos de lei ou convênio; e, entre a União e Estados estrangeiros, conforme tratados, acordos e convênios Divulgação de informações relativas a Representações fiscais para fins penais Inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública Parcelamento ou moratória C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 42 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Alternativa D: Correta. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a dívida goza de presunção de certeza E liquidez e tem o efeito de prova pré- constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. Gabarito: A 25. (FGV/ICMS AP/2010) Assinale a afirmativa incorreta. a) a autoridade fiscal não poderá exercer atos de fiscalização em relação aos tabeliães, escrivães e demais serventuários, que dispõe de foro próprio para atos fiscalizatórios. b) o sujeito tem o dever de colaborar com a administração na sua tarefa de fiscalização. c) a autoridade administrativa tem o dever de investigar. d) acordos, contratos e convenções firmados entre particulares não poderão ser opostos ao Fisco para eximir-se do cumprimento da obrigação tributária. e) os bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais instituições financeiras poderão ser obrigadas, mediante intimação escrita, a prestar a autoridade administrativa as informações de que disponham em relação a bens, negócios ou atividades de terceiros, ressalvados, contudo, os fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a preservar o segredo em razão de cargo, ofício, função, atividade ou profissão, consoante odisposto no próprio Código Tributário Nacional. Termo de inscrição em dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará: o nome do devedor a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado a data em que foi inscrita sendo o caso o número do processo administrativo de que se originar o crédito nome dos co-responsáveis do devedor sempre que possível o domicílio ou a residência do devedor e corresponsável C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 43 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Comentários: Alternativa A: Incorreta. O CTN estabelece justamente o contrário! O art. 197 prevê que a autoridade administrativa, mediante intimação escrita, pode exigir que determinadas pessoas prestem todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: Além disso, relembre que, conforme o art. 134 do CTN (estudado na aula 06), os TABELIÃES, ESCRIVÃES e DEMAIS SERVENTUÁRIOS de ofício respondem pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício. Alternativa B: Correta. Alternativa ruim pois não especifica a quais sujeitos está se referindo, mas está de acordo com o teor do art. 197 do CTN. Alternativa C: Correta. De fato, o Fisco tem a função de arrecadar os tributos e de praticar todos os atos necessários para cumprimento da legislação tributária. Para isso, a atuação administrativa do Fisco inclui a investigação da ocorrência do fato gerador e da observância ou não da legislação tributária. Alternativa D: Correta. Determina o art. 123 do CTN (estudado na aula 05), que, salvo disposição de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Alternativa E: Correta. De acordo com a literalidade do art. 197, vista na letra A. A ressalva descrita na alternativa encontra-se no parágrafo único deste artigo, o qual afirma que essa obrigação não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. Gabarito: A 26. (FGV/ICMS RJ/2009) Em relação à fiscalização tributária, analise as afirmativas a seguir: Obrigados a prestar informações sobre BENS, NEGÓCIOS OU ATIVIDADES DE TERCEIROS * Tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; * Bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais instituições financeiras; *Empresas de Administração de Bens; *Os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; *Os inventariantes; *Os síndicos, comissários e liquidatários; *Quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 44 de 90 www.exponencialconcursos.com.br I. Determina o código tributário nacional que a autoridade administrativa que presidir quaisquer diligências de fiscalização deverá, preferencialmente, lavrar termo autônomo de início do respectivo procedimento, cuja cópia será entregue ao sujeito fiscalizado; caso haja recusa de recebimento do aludido termo pelo contribuinte, o início da ação fiscal há de ser certificado em um dos livros fiscais a serem exibidos na forma da legislação. II. Somente antes do início de qualquer procedimento de fiscalização é possível ao contribuinte se socorrer do benefício da denúncia espontânea, afastando-se a responsabilidade por infrações à legislação tributária, desde que haja o pagamento integral do tributo devido acrescido dos juros de mora. III. O artigo 195 do CTN reza que "para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los". Com base nesse dispositivo, o Supremo Tribunal Federal editou súmula de modo a consolidar o entendimento de que se sujeitam à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, ilimitadamente, independentemente dos pontos objeto da investigação. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. Comentários: Item I: Incorreto, pois, de acordo com o parágrafo único do art. 196, o termo de início de fiscalização será lavrado, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos. Item II: Perfeito, o art. 138 do CTN, parágrafo único, estabelece que não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração. Item III: Incorreto, pois de acordo com a Súmula 439 do STF estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação. Ou seja, o poder de fiscalizar os livros comerciais não é ilimitado. Gabarito: B 27. (ESAF/ISS RJ/2010) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 45 de 90 www.exponencialconcursos.com.br competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou decisão proferida em processo regular. Sobre a dívida ativa, julgue os itens a seguir: I. o termo de inscrição da dívida ativa (CDA) tem função precípua de materializar a dívida ativa tributária regularmente inscrita na repartição administrativa, instrumentalizando pela Fazenda Pública, ação executória fiscal pertinente; II. a inscrição em dívida ativa pressupõe prévio inadimplemento do contribuinte; entretanto, é necessária a prévia notificação deste para pagamento antes do ajuizamento da ação fiscal; III. tendo o contribuinte apurado e declarado o montante do tributo devido e, portanto confessado a obrigação correspondente, deveria ter efetuado o pagamento no prazo estipulado pela legislação fiscal. Não o realizando, o crédito tributário deve ser inscrito na Dívida Ativa da União; IV. a inscrição em dívida ativa (art. 201 do CTN), enquanto ato interno da Administração (controle de legalidade), não tem influênciano curso do prazo prescricional e só se faz necessária em não havendo o adimplemento espontâneo da obrigação tributária. Estão corretos: a) apenas os itens I, II e III. b) apenas os itens I, III e IV. c) apenas os itens I e II. d) apenas os itens II, III e IV. e) todos os itens estão corretos. Comentários: Item I: Correto. Com a inscrição, extrai-se uma certidão de dívida ativa, que é um título executivo extrajudicial capaz de subsidiar a ação de execução fiscal. Conforme a doutrina majoritária, o único objetivo da inscrição em dívida ativa é possibilitar a futura execução fiscal. A inscrição é realizada por intermédio da lavratura de um termo no livro da dívida ativa. Atualmente, o livro é eletrônico, mas o termo continua existindo, devendo conter os elementos previstos no art. 202 do CTN. Perceba que do mesmo modo que o lançamento materializa o crédito tributário, tornando-o passível de ser exigível, o termo de inscrição da dívida ativa formaliza o inadimplemento do sujeito passivo, possibilitando a ação de execução fiscal. Item II: Incorreto. De fato, a dívida ativa é composta por valores provenientes de crédito tributário de igual natureza não pago no prazo fixado. Logo, para ser inscrito em dívida ativa, deve ter havido o inadimplemento do contribuinte. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 46 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Contudo, não havendo o cumprimento espontâneo da obrigação por parte do sujeito passivo, o fisco não precisa realizar notificação prévia antes do ajuizamento da ação fiscal; Item III: Correto. Conforme disposição expressa do art. 142 do CTN, compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento. Contudo, o STJ entende que em casos de tributos declarados - exemplo: ICMS, que mensalmente tem sua movimentação informada através da Guia de Informação e Apuração (GIA) - a declaração configura uma confissão de dívida, sendo desse modo constituído o crédito tributário. Logo, havendo essa constituição e a posterior inadimplência, o crédito tributário estará apto a ser inscrito em dívida ativa. Veja o teor da Súmula STJ nº 436 (vista na aula 07): “A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco”. Contudo, esse item é problemático, pois há menção à dívida ativa da União, sendo que não é dito que o ente competente para instituição do referido tributo é a União. Mas a ESAF não alterou o gabarito da questão... Ocorre que esse item foi retirado de um julgado do TRF3, tendo o examinador esquecido de retirar a menção à União: “Desta forma, tendo o contribuinte apurado e declarado o montante do tributo devido e, portanto confessado a obrigação correspondente, deveria ter efetuado o pagamento no prazo estipulado pela legislação fiscal. Não o realizando, o crédito tributário deve ser inscrito na Dívida Ativa da União em conformidade com o art. 201, caput, do Código Tributário Nacional.” (proc. 2010.03.00.011193-7 - AI 403390) Item IV: Correto. A inscrição da dívida ativa é realizada por intermédio da lavratura de um termo no livro da dívida ativa. Os elementos que devem constar no termo de inscrição da dívida ativa estão definidos no art. 202 do CTN. Logo, de fato a inscrição pode ser considerada um controle de legalidade, pois, na elaboração do termo de inscrição, é realizada a revisão de alguns requisitos legais do crédito tributário. Além disso, o CTN não possui regra de modificação no prazo prescricional em virtude da inscrição em Dívida Ativa. Contudo saiba que a banca retirou esse item de um julgado do STJ: “A inscrição em dívida ativa (art.201 do CTN), enquanto ato interno da Administração (controle de legalidade), não tem influência no curso do prazo prescricional e só se faz necessária em não havendo o adimplemento espontâneo da obrigação tributária. Consequentemente, não pode servir como parâmetro para o cômputo do prazo de decadência (do direito de constituir o crédito) ou de prescrição (do direito de ação para a respectiva cobrança).” (AC 9991 RS/2006) Gabarito: B C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 47 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 28. (ESAF/ATRFB/2009) Sobre a dívida ativa tributária, é incorreto afirmar que: a) provém de crédito de igual natureza. b) somente se admite a inscrição de débito em dívida ativa após o decurso do prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo administrativo. c) o controle da legalidade da inscrição em dívida ativa é a derradeira oportunidade que a Administração tem de rever os requisitos dos atos praticados no processo administrativo de cobrança, ocasião em que ainda pode modificá-los. d) as informações relativas a inscrições na dívida ativa da fazenda pública podem ser divulgadas, sem que isso configure violação ao sigilo fiscal. e) uma vez inscrito o débito em dívida ativa, tem-se que o título representativo desta goza de presunção de liquidez e certeza. Comentários: Alternativa A e B: Corretas. Conforme o art. 201 do CTN, a Dívida ativa tributária é aquela proveniente do crédito tributário de igual natureza não pago no prazo fixado pela lei ou por decisão final proferida em processo regular, em razão disso, submetido à respectiva inscrição na repartição administrativa competente. Alternativa C: Incorreta. De acordo com a Súmula 392 STJ: “A Fazenda Pública pode substituir a Certidão de Dívida Ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução”. Assim, o STJ entende que, até a sentença de primeira instância, pode haver alteração na CDA. Dessa forma, a inscrição em dívida ativa é a primeira oportunidade que a Administração tem de rever os requisitos dos atos praticados no processo administrativo de cobrança, e não o último, como dito na alternativa. Alternativa D: Correta. O parágrafo primeiro do art. 198 do CTN prevê importantes exceções à regra do sigilo bancário: C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 48 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Logo, conforme o art. 198, § 3º, II, do CTN, não é vedada a divulgação de informações relativas a inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. Alternativa E: Correta. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a dívida goza de presunção de certeza E liquidez e tem o efeito de prova pré- constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendoser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. Gabarito: C 29. (ESAF/ATRFB/2009) Sobre o sigilo fiscal, previsto no art. 198 do Código Tributário Nacional, analise os itens a seguir, classificando-os como verdadeiros ou falsos. Escolha, em consequência, a opção que seja adequada às suas respostas: I. é vedada a divulgação para qualquer fim, como regra, por parte da Fazenda Pública e de seus funcionários, de qualquer informação obtida em razão do ofício, sobre a situação econômica ou financeira dos sujeitos passivos ou de terceiros; II. não é vedado o fornecimento de informações para autoridade judiciária, mediante requisição, no interesse da justiça; III. é dominante o entendimento de que pode o Juiz, nos autos de uma execução fiscal, atender a pedido do exeqüente de oficiar à Secretaria da Receita Federal do Brasil solicitando cópia da declaração de bens e renda do executado, de modo a permitir a identificação de bens penhoráveis; IV. de outra forma, não se admite o disposto no item III no caso de uma execução de sentença. Restrições ao sigilo fiscal Requisição da autoridade judiciária Solicitação de outro órgão da Administração Pública para apuração de infração administrativa Permuta de informações sigilosas entre União, Estados, DF e Municípios, nos termos de lei ou convênio; e, entre a União e Estados estrangeiros, conforme tratados, acordos e convênios Divulgação de informações relativas a Representações fiscais para fins penais Inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública Parcelamento ou moratória C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 49 de 90 www.exponencialconcursos.com.br a) Estão corretos apenas os itens I, II e III. b) Estão corretos apenas os itens I e II. c) Todos os itens estão corretos. d) Estão corretos apenas os itens II, III e IV. e) Estão corretos apenas os itens II e III. Comentários: Item I: Correto. As informações obtidas pelas autoridades fiscais no exercício de suas atividades sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades não podem ser divulgadas por força do art. 198 do CTN, sem prejuízo do disposto na legislação criminal. É o que se chama de sigilo fiscal, garantia de segurança dos fiscalizados. Essa é a regra geral, contudo, importantes exceções, conforme detalhamos no próximo item abaixo. Contudo esse item é problemático, pois contém a expressão “para qualquer fim", a qual estava presente apenas na redação anterior do CTN, sendo excluída pela LC 104/2001. Mas infelizmente a ESAF manteve como correto este item... Item II: Correto, conforme o art. 198, § 1º, I, do CTN. Vejamos todas as exceções à regra de sigilo fiscal, previstas nos parágrafos do art. 198 do CTN: Item III: Correto. Conforme vimos no item II, a requisição de informações por parte de autoridade judiciária é uma exceção ao sigilo fiscal. Contudo, destacamos que essa requisição somente pode ser realizada quando se tornarem frustradas as tentativas para se localizar os bens e/ou rendas por meios extrajudiciais (REsp. 256156/2004). Exceções ao sigilo fiscal Requisição da autoridade judiciária Solicitação de outro órgão da Administração Pública para apuração de infração administrativa Permuta de informações sigilosas entre União, Estados, DF e Municípios, nos termos de lei ou convênio; e, entre a União e Estados estrangeiros, conforme tratados, acordos e convênios Divulgação de informações relativas a Representações fiscais para fins penais Inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública Parcelamento ou moratória C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 50 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Item III: Incorreto. Novamente reiteramos o que vimos no item II: a requisição de informações por parte de autoridade judiciária é uma exceção ao sigilo fiscal. Essa requisição pode ser realizada pela autoridade judiciária em qualquer processo e em qualquer fase do processo, tendo em vista que o CTN não restringe essa hipótese. Gabarito: A 30. (FJG/ISS RJ/2002) É certo afirmar-se que o crédito tributário como dívida ativa: a) gera a presunção de certeza e liquidez do crédito tributário b) estabelece termo para a fluência do juro de mora c) constitui em definitivo o crédito tributário d) torna imutável o lançamento Comentários: Alternativa A: Correta. Conforme o art. 204, sendo regularmente inscrita, a dívida goza de presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré- constituída. Mas CUIDADO! O parágrafo único estabelece que essa presunção não é absoluta (juris et de jure): é apenas relativa (juris tantum), podendo ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite. Alternativa B: Incorreta. Conforme o parágrafo único do art. 201 do CTN, “a fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito”. Em outras palavras, com a inscrição de um crédito em dívida ativa não cessa a fluência dos juros de mora e essa fluência não retira a liquidez do crédito tributário inscrito em dívida ativa. Alternativa C: Incorreta. O crédito tributário é constituído pelo lançamento e não pela inscrição em dívida ativa. Conforme o art. 142 do CTN, compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento. Além disso, a constituição do crédito tributário não é definitiva, pois o art. 145 do CTN elenca as hipóteses de alteração do lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo. Quanto à definitividade de inscrição em dívida ativa, também não há pois a presunção é apenas relativa (juris tantum), podendo ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a que aproveite (parágrafo único do art. 201, CTN). Alternativa D: Incorreta. O parágrafo único do art. 149 prevê que a revisão de lançamento pode ser iniciada enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. Em outras palavras, dentro do prazo decadencial, o lançamento pode ser revisado de ofício. Gabarito: A C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 51 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 31. (ESAF/Procurador - PGFN/2012) O Código Tributário Nacional prevê a obrigação inequívoca de qualquer pessoa jurídica de dar à fiscalização tributária amplo acesso aos seus registros contábeis. Tal norma: a) permite ao fisco, no caso de obstaculização por parte da pessoa jurídica fiscalizada, buscar em Juízo acesso à exibição de livros e documentos, quando houver fundada suspeita de irregularidade. b) se desobedecida, implica descumprimento de obrigação acessória,podendo ter várias consequências, que vão desde a aplicação de multa ao lançamento por arbitramento, sempre na esfera cível. c) permite ao fisco, inclusive, proceder à retenção da mercadoria até a comprovação da posse legítima daquele que a transporta. d) não distingue as microempresas e empresas de pequeno porte de manterem escrituração comercial e fiscal, bem como à documentação a que estão obrigadas as demais empresas, até que ocorra a prescrição dos créditos decorrentes das operações a que se refiram. e) permite inferir que estão sujeitos à fiscalização previdenciária ou tributária quaisquer livros comerciais, podendo os agentes fiscalizadores, havendo indícios, estenderem o exame para além dos pontos que inicialmente eram objeto da investigação. Comentários: Alternativa A: Incorreta. O fisco, independentemente de haver fundada suspeita de irregularidade, tem o poder de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores (art. 195, CTN). Assim, mesmo que não haja fundada suspeita de irregularidade, caso a pessoa jurídica fiscalizada obstaculize a fiscalização, o fisco pode recorrer ao Judiciário para exercer seu direito. Alternativa B: Incorreta. A obrigação de apresentar livros e documentos de fato é uma obrigação acessória. Não sendo cumprida, a obrigação acessória converte-se em principal em relação à penalidade pecuniária (art. 113, § 3º, CTN). Contudo, caso o sujeito passivo descumpra essa obrigação acessória, as consequências não se limitarão à esfera cível, uma vez que ele também estará sujeito a consequências na esfera penal, por caracterizar crime contra a ordem tributária. Alternativa C: Correta. Conforme o entendimento do STF, a retenção é constitucional: “1. A retenção da mercadoria, até a comprovação da posse legítima daquele que a transporta, não constitui coação imposta em desrespeito ao princípio do devido processo legal tributário. 2. Ao garantir o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, o art. 5º, inc. XIII, da Constituição da República não o faz de forma absoluta, pelo que a observância dos recolhimentos tributários no desempenho dessas atividades impõese legal e legitimamente. 3. A hipótese de retenção temporária de mercadorias prevista no art. 163, § 7º, da Constituição de São Paulo, é providência para a fiscalização C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 52 de 90 www.exponencialconcursos.com.br do cumprimento da legislação tributária nesse território e consubstancia exercício do poder de polícia da Administração Pública Fazendária, estabelecida legalmente para os casos de ilícito tributário. Inexiste, por isso mesmo, a alegada coação indireta do contribuinte para satisfazer débitos com a Fazenda Pública.” (ADI 395/2007). Alternativa D: Incorreta. A LC 123/2006 (Simples Nacional) possibilitou uma série de vantagens para microempresas e empresas de pequeno porte. Entre esses benefícios, tem-se a simplificação das obrigações acessórias. Logo, perceba que existe um regramento distinto para microempresas e empresas de pequeno porte em relação aos demais sujeitos passivos. Alternativa E: Incorreta. A redação dessa alternativa não é das melhores... Mas entendemos que o objetivo do examinador foi cobrar seu conhecimento da Súmula nº 439 do STF, a qual estabelece que o exame dos livros é limitado aos pontos objeto da investigação. Veja sua literalidade: “Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação”. Ocorre que, se o auditor descobrir irregularidades ligadas a tributos de competência de outros entes, ele não poderá fiscalizá-las. Ele deverá realizar uma representação fiscal para fins tributários, levando as irregularidades ao conhecimento do Fisco competente, o qual sim deverá realizar a fiscalização. Gabarito: C 32. (ESAF/Analista Técnico - SUSEP/2010) Depois de esgotado o prazo fixado (em lei ou decisão final proferida em processo administrativo fiscal) para o pagamento de determinado tributo, o crédito respectivo é inscrito em dívida ativa tributária, por meio de um termo de dívida ativa. Assinale, entre os itens a seguir, o único que não é de indicação obrigatória no respectivo termo para todos os tributos. a) O nome do devedor e a indicação de seu domicílio. b) O número do processo administrativo de que se originar o crédito. c) A origem e a natureza do crédito, com a menção específica à disposição legal em que seja fundado. d) A data em que foi inscrita. e) A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos. Comentários: O art. 202 do CTN determina os elementos que devem constar no termo de inscrição da dívida ativa: C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 53 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Alternativa A: Correta. Alternativa mal redigida. Conforme o art. 202, I, do CTN, o nome do devedor é sempre obrigatório. Contudo a indicação de seu domicílio é obrigatória sempre que possível. Infelizmente a banca não anulou essa questão. Alternativa B: Incorreta. Conforme o art. 202, V, o número do processo de que se originar o crédito consta deve constar no termo "sendo o caso". Logo, não é um item sempre obrigatório, só é obrigatório nos casos em que o crédito tributário se originar de um processo administrativo. Alternativa C: Correta, conforme o art. 202, III. Alternativa D: Correta, conforme o art. 202, IV. Alternativa E: Correta, conforme o art. 202, II. Gabarito: B 33. (ESAF/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas-SEFAZ SP/2009) Aldemário Araujo Castro ensina que "O crédito tributário não pago, na forma prevista na legislação própria, e não sujeito a qualquer das causas de suspensão da exigibilidade, é encaminhado para a inscrição na chamada Dívida Ativa pela repartição administrativa competente". A inscrição em Dívida Ativa: a) presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas por sujeito passivo com débito tributário regularmente inscrito. b) somente incide sobre créditos tributários definitivamente constituídos. Termo de inscrição em dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará: o nome do devedor a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado a data em que foi inscrita sendo o caso o número do processo administrativo de que se originar o crédito nome dos co-responsáveis do devedor sempre que possível o domicílio ou a residência do devedor e corresponsável C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadasProf. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 54 de 90 www.exponencialconcursos.com.br c) sujeita-se a sigilo fiscal. d) tem natureza constitutiva do crédito e declaratória da obrigação. e) possui dupla finalidade: constituir um título executivo extrajudicial e conferir presunção de liquidez e certeza ao crédito tributário. Comentários: Alternativa A: Correta. Conforme o art. 185 do CTN (a ser estudado na próxima aula), “presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa”. Alternativa B: Incorreta. Quando uma pessoa está devendo ao Estado, o débito é inscrito em dívida ativa, sendo esta composta por débitos de origem tributária e não tributária. Assim, a inscrição em Dívida Ativa engloba créditos tributários e não tributários. Alternativa C: Incorreta. Conforme o art. 198, § 3º, II do CTN, não é vedada a divulgação de informações relativas a inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública. Alternativa D: Incorreta. Cuidado! Essas características referem-se ao lançamento. Conforme o CTN, o lançamento apresenta natureza jurídica mista ou dúplice, pois é declaratória da obrigação tributária e constitutiva do crédito tributário. Alternativa E: Incorreta. Com a inscrição, extrai-se uma certidão de dívida ativa, que é um título executivo extrajudicial capaz de subsidiar a ação de execução fiscal. Conforme a doutrina majoritária, o único objetivo da inscrição é possibilitar a futura execução fiscal. Gabarito: A 34. (ESAF/Analista TI - SEFAZ CE/2007) As certidões negativas podem ser exigidas em determinadas situações em que o sujeito passivo tenha de fazer prova da quitação de determinado tributo. São expedidas, pois, a requerimento de interessado, que deverá conter, entre outras, as informações necessárias à identificação do sujeito passivo. Há casos em que se poderão expedir certidões positivas com efeitos de negativa. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA LANÇAMENTO CRÉDITO TRIBUTÁRIO DECLARA CONSTITUI C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 55 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Entre os itens abaixo, assinale aquele que não contém uma dessas hipóteses. a) Quando houver crédito cuja exigibilidade esteja suspensa. b) Quando houver crédito não vencido. c) Quando houver crédito em curso de cobrança executiva, e o executado tiver oferecido exceção de pré-executividade. d) Quando houver ação declaratória pendente de decisão, e liminar favorável ao sujeito passivo. e) Quando houver parcelamento do débito. Comentários: Há situações em que, embora possua débitos, o sujeito passivo está em situação regular com Fisco. Nestes casos, no lugar da CND é expedida a Certidão Positiva com Efeitos de Negativa. É positiva por existirem débitos, mas tem efeitos de negativa, pois o requerente está em situação regular. Conforme o art. 206, do CTN, há três situações em que será expedida Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: Alternativa A: Correta, conforme o final do art. 206 do CTN. Alternativa B: Correta, conforme o início do art. 206 do CTN. Alternativa C: Incorreta. “Quando houver crédito em curso de cobrança executiva, e o executado tiver oferecido exceção de pré-executividade em que tenha sido efetivada a penhora.” (art. 206, CTN) Alternativa D e E: Corretas. Conforme o art. 151, são situações em que a exigibilidade do crédito tributário ficará suspensa: Tem o mesmo efeito da certidão negativa aquela na qual conste a existência de créditos não vencidos em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora ou cuja exigibilidade esteja suspensa C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 56 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Logo, a concessão de medida liminar e o parcelamento são hipóteses de suspensão do crédito tributário. Logo, as alternativas estão corretas, conforme o final do art. 206 do CTN. Gabarito: C 35. (ESAF/Procurador - PGFN/2007) A Lei Complementar n. 105, de 10 de janeiro de 2001, dispôs sobre o sigilo das operações de instituições financeiras. De acordo com essa lei complementar, não é responsável (ou não se prevê como tal): a) o servidor público que utilizar informação obtida em decorrência da quebra de sigilo, caso em que responde pessoal e diretamente pelos danos decorrentes. b) a entidade pública a que pertencer o servidor que viabilizar a utilização, apenas quando comprovado que este agiu de acordo com orientação oficial. c) o funcionário que, com a autorização de juiz, mas sem a de seu superior, fornecer documentos sigilosos solicitados por comissão de inquérito administrativo destinada a apurar responsabilidade de servidor público por infração praticada no exercício de suas atribuições. d) quem, embora injustificadamente, apenas retardar a prestação de informações requeridas nos termos da Lei Complementar, caso em que também se sujeita à pena de um a quatro anos de reclusão. e) quem, atendendo a requisição do Banco Central, ao proceder a inquérito em instituição financeira submetida a regime especial, mas sem ordem judicial, prestar informação sobre contas de depósitos, aplicações e investimentos mantidos na instituição. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário A moratória O parcelamento As reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo A concessão de medida liminar em mandado de segurança A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial Depósito do montante integral C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 57 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Comentários: Alternativa A: Contraria o art. 11 da LC nº 105/2001: “O servidor público que utilizar ou viabilizar a utilização de qualquer informação obtida em decorrência da quebra de sigilo de que trata esta Lei Complementar responde pessoal e diretamente pelos danos decorrentes, sem prejuízo da responsabilidade objetiva da entidade pública”. Alternativa B: Contraria o mesmo art. 11 da LC nº 105/2001, que não isenta de responsabilidade objetiva a entidade pública a que pertença o servidor que viabilizar a utilização. Alternativa C: Essa alternativa é polêmica, pois atende à exigência de prévia autorização do Poder Judiciário prevista no § 1º do art. 3º, então o problema seria na falta de autorização do superior. Veremos que há uma alternativa melhor, que não nos deixará dúvida. Alternativa D: Incorreta, pois é responsável, sim. De acordo com o parágrafo único do art. 10 da LC nº 105/2001, quem omitir, retardar injustificadamenteou prestar falsamente as informações requeridas nos termos da referida lei incorre nas mesmas penas daqueles que quebram o sigilo fora das hipóteses permitidas. Alternativa E: Certa! Não é responsável quem, atendendo a requisição do Banco Central, ao proceder a inquérito em instituição financeira submetida a regime especial, mas sem ordem judicial, prestar informação sobre contas de depósitos, aplicações e investimentos mantidos na instituição. Está de acordo com o art. 2º, § 1º, II. Veja que não é preciso ordem judicial nesse caso! Gabarito: E 36. (ESAF/Analista - SEFAZ CE/2007) Em determinados casos previstos em lei, como para participar de concorrência pública, ou para ter deferido seu programa de recuperação judicial, poderá ser exigido que o contribuinte faça prova da quitação de seus tributos por meio de certidão negativa de tributos. Entretanto, tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão positiva em que conste: I. a existência de crédito não vencido. II. a existência de crédito em curso de cobrança judicial, em que esteja garantido o juízo, por penhora ou depósito em garantia. III. a existência de crédito cuja exigibilidade esteja suspensa. IV. a existência de crédito prescrito. Estão corretos: a) Apenas os itens I, II e III. b) Apenas os itens I e II. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 58 de 90 www.exponencialconcursos.com.br c) Apenas os itens I, III e IV. d) Apenas os itens II, III e IV. e) Todos os itens. Comentários: Há situações em que, embora possua débitos, o sujeito passivo está em situação regular com Fisco. Nestes casos, no lugar da CND é expedida a Certidão Positiva com Efeitos de Negativa. É positiva por existirem débitos, mas tem efeitos de negativa, pois o requerente está em situação regular. Conforme o art. 206, do CTN, há três situações em que será expedida Certidão Positiva com Efeitos de Negativa: Item I: Correto, conforme o início do art. 206 do CTN. Item II: Correto, conforme o art. 206 do CTN. Item III: Correto, conforme o final do art. 206 do CTN. Item IV: Incorreto. O CTN não autoriza a emissão de Certidão Positiva com Efeitos de Negativa no caso de existência de crédito prescrito. Gabarito: A 37. (FCC/ICMS PE/2014) O Estado de Pernambuco, em fevereiro de 2013, instaurou procedimento de fiscalização, em que se constatou que a Tomatinho, sociedade empresária que atua no comércio de molho de tomate em conserva, nos meses de novembro e dezembro de 2012, não escriturou as notas fiscais dos produtos adquiridos pela empresa no seu livro de registro de entrada, o que, nos termos da legislação vigente, no período apurado, presumia-se a realização de operações, com a saída de mercadoria, sem o recolhimento do ICMS. A Lei Estadual no 2.648/2011, que vigorava durante o período fiscalizado, estabelecia a alíquota do ICMS sobre operações referentes a molhos de tomates em conserva em 17% e imputava uma multa de 100% sobre o valor da operação, nos casos de infrações relativas à falta de escrituração no livro fiscal dos documentos referentes à entrada de mercadorias. Ocorre que o Estado de Pernambuco, em março de 2013, editou a Lei no 7.845/2013, além de ter concedido isenção de ICMS para as operações referentes a molho de tomate em conserva, reduziu a sanção fiscal para 50% na hipótese da infração verificada Tem o mesmo efeito da certidão negativa aquela na qual conste a existência de créditos não vencidos em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora ou cuja exigibilidade esteja suspensa C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 59 de 90 www.exponencialconcursos.com.br na ação fiscalizatória. Nessa situação hipotética, quanto ao auto de infração, a Administração tributária a) não deverá exigir qualquer valor a título de ICMS, pois aplica-se retroativamente lei posterior à data da ocorrência dos fatos que estabeleça benefício fiscal em favor do contribuinte; e imputar multa no valor correspondente a 100% da operação, pois as infrações cometidas devem ser reprimidas com base nas penalidades estabelecidas pela legislação vigente ao tempo da sua prática. b) não deverá lavrar o Auto de Infração, pois como aplica-se retroativamente a lei posterior à data da ocorrência dos fatos que desonerou o contribuinte do pagamento da obrigação principal, a obrigação acessória também não poderá ser exigida. c) deverá exigir o ICMS, aplicando-se a alíquota de 17% e imputar multa no valor correspondente a 100% da operação, percentual esse que deverá ser exigido ao final do contribuinte em eventual execução fiscal do respectivo crédito tributário, pois eram, respectivamente, a alíquota e a penalidade estabelecidas pela legislação vigente na data da ocorrência do fato gerador. d) deverá exigir o ICMS, aplicando-se a alíquota de 17%, pois era a prevista pela legislação vigente na data da ocorrência do fato gerador, e imputar multa no valor correspondente a 100% da operação. No curso de eventual processo administrativo, a multa deverá ser reduzida para 50%. e) não deverá exigir qualquer valor a título de ICMS e imputar multa no valor correspondente a 50% da operação, pois é aplicável retroativamente lei posterior à data da ocorrência dos fatos que estabeleça tratamento tributário menos severo que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. Comentários: Primeiro organizemos as ideias. A questão trata de três períodos distintos: 1- período fiscalizado: novembro e dezembro de 2012; 2- início do procedimento fiscalizatório: fevereiro de 2013; 3- edição de lei que concedeu isenção e reduziu sanção: março de 2013. Ou seja, quando foi iniciado o procedimento de fiscalização, a referida lei ainda não havia sido editada. Pois bem. De acordo com o art. 106 do CTN, uma das poucas situações em que a lei se aplica a ato ou fato pretérito é aquela que trata de ato não definitivamente julgado, quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. Já a alíquota a ser aplicada será sempre aquela vigente ao tempo do fato gerador, não importando se for alterada depois! Logo, em fevereiro de 2013, a alíquota a ser aplicada aos fatos geradores de novembro e dezembro de 2012 devia ser a vigente naquela época, 17%. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 60 de 90 www.exponencialconcursos.com.br E mais, a multa a ser aplicada era a de 100%, pois ainda era esta a vigente em fevereiro de 2013. Uma penalidade menos severa apenas veio a ser criada no mês seguinte e poderia ser aplicada retroativamente, em eventual processo administrativo, caso ainda não definitivamente julgado eventualrecurso à imposição da multa. Já a isenção não se aplica retroativamente e a alíquota a ser cobrada permanece sendo a vigente ao tempo do fato gerador. Gabarito: D 38. (FCC/ICMS SP/2013) Uma empresa multinacional do ramo ótico tem estabelecimento no Estado de São Paulo, sendo contribuinte do ICMS. O Agente Fiscal de Rendas do Estado recebeu a incumbência de realizar uma atividade fiscalizatória nesta filial e, para tanto, a notificou a apresentar livros e documentos fiscais, bem como determinados livros, documentos e arquivos comerciais que se relacionavam com os pontos objeto da fiscalização. Nesse caso, a empresa tem a obrigação de apresentar os livros e documentos fiscais para o agente de Fiscalização do Estado. Os demais documentos solicitados a) são de apresentação facultativa, haja vista que podem conter segredos comerciais das suas atividades, e são protegidos legalmente. b) a empresa não apresentou, pois não foi autorizada pela matriz, que se apoia na legislação estrangeira. c) também devem ser apresentados, pois não tem aplicação qualquer disposição, ainda que legal, que seja excludente ou limitativa do direito do Fisco de examinar o que foi requisitado. d) são protegidos pela legislação comercial; por isso, só poderão ser examinados pela fiscalização quando houver processo administrativo instaurado, ou procedimento fiscal em curso, e desde que tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente. e) só podem ser examinados com autorização judicial, mediante pedido fundamentado da Administração Tributária. Comentários: Questão muito simples, exigindo apenas o conhecimento do art. 195 do CTN: “Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los”. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 61 de 90 www.exponencialconcursos.com.br No enunciado ainda é dito que foram exigidos somente livros, documentos e arquivos comerciais que se relacionavam com os pontos objeto da fiscalização, então a empresa tem o dever de apresenta-los. Gabarito: C 39. (FCC/ICMS SP/2013) A Lei Complementar 104, de 10/01/2001, alterou e incluiu alguns dispositivos do CTN relativos à divulgação pela Administração Tributária e por seus funcionários de informações obtidas em razão de suas atividades. Regra geral, o Código Tributário Nacional veda a divulgação destas informações, havendo, no entanto, algumas exceções. De acordo com o CTN, é permitida a divulgação de informações, dentre outros, em casos de a) compensação tributária, representações fiscais para fins penais e requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça. b) requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e representações fiscais para fins penais. c) parcelamento ou moratória, requisição da mesa diretora do Poder Legislativo do ente tributante e solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo. d) inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública, representações fiscais para fins penais e petições de reconhecimento de decadência. e) transação e remissão, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e representações fiscais para fins penais. Comentários: De acordo com o CTN, art. 198, § 3º, não é vedada a divulgação de informações relativas a representações fiscais para fins penais, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e parcelamento ou moratória. Além disso, de acordo com o § 1º, também são exceções ao sigilo fiscal a divulgação de informações por requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça e por solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. Gabarito: B 40. (FCC/Defensor - DPE AM/2013) A impugnação ou recurso administrativo, a concessão de liminar em mandado de segurança ou de tutela antecipada em ação anulatória de débito fiscal têm em comum o fato de a) autorizar a modificação do crédito tributário em caso de procedência do pedido principal. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 62 de 90 www.exponencialconcursos.com.br b) serem causa de extinção do crédito tributário. c) serem causa de exclusão do crédito tributário. d) terem no depósito do montante integral do débito sua condição de admissibilidade. e) autorizarem a certidão positiva de efeitos negativos. Comentários: São todos casos de suspensão da exigibilidade do crédito tributário (art. 151 do CTN). Portanto, autorizam a emissão de certidão positiva com efeitos de negativa, nos termos do art. 206 do CTN. Gabarito: E 41. (FGV/ICMS RJ/2010) Com relação à dívida ativa, analise as afirmativas a seguir. I. O lançamento regularmente notificado ao contribuinte, porque dotado de exigibilidade, constitui dívida ativa tributária. II. A certidão de dívida ativa poderá ser emendada ou substituída até a decisão de primeira instância judicial, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos. III. A certidão negativa de débito expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora. Assinale: a) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente a afirmativa II estiver correta. e) se somente a afirmativa I estiver correta. Comentários: Item I: “O lançamento regularmente notificado ao contribuinte, porque dotado de exigibilidade, constitui dívida ativa tributária o crédito tributário”. A dívida ativa tributária somente nasce com a inscrição do débito em dívida ativa após o decurso do prazo para pagamento do crédito tributário. Item II: Correto, conforme art. 203 do CTN. Item III: Correto, conforme art. 208 do CTN. Gabarito: A C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 63 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 42. (FGV/ICMS RJ/2009) A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida àvista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade, e que indique o período a que se refere o pedido. O contribuinte pode, ainda, obter a chamada certidão positiva com efeito de negativa, nas seguintes situações, à exceção de uma. Assinale-a. a) Ajuizar ação anulatória acompanhada do depósito do montante integral do crédito tributário. b) Ser considerado devedor de créditos ainda não vencidos. c) Ser credor da Fazenda Pública. d) Ter contra si ajuizada execução fiscal na qual tenha sido efetivada penhora. e) Celebrar parcelamento da dívida. Comentários: A certidão positiva com efeito de negativa pode ser obtida nos casos de existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. As alternativas A e E mencionam hipóteses de crédito tributário com exigibilidade suspensa (art. 151 do CTN). Não está prevista a hipótese de emissão de certidão positiva com efeito de negativa no caso da alternativa C. Gabarito: C 43. (FGV/ICMS RJ/2008) No termo da inscrição da dívida ativa, não é necessário indicar: a) o valor dos juros moratórios devidos. b) a data da inscrição. c) a quantia devida. d) o nome do devedor e seu domicílio. e) a origem e a natureza do débito. Comentários: De acordo com art. 202 do CTN, o termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; a data em que foi inscrita; sendo caso, o número do processo administrativo de que se C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 64 de 90 www.exponencialconcursos.com.br originar o crédito. Logo, não é necessário indicar o valor dos juros moratórios, até porque tal valor dependerá do momento em que será realizado o pagamento da dívida. Gabarito: A 44. (FCC/ICMS SP/2006) É INCORRETO afirmar: a) Ficam sujeitos à apreensão os bens e as mercadorias que estejam em poder de contribuinte que não prove a regularidade de sua inscrição no cadastro de contribuintes. b) Ficam sujeitos à apreensão os bens e mercadorias que se encontrem em residência particular, necessários à comprovação da infração, independentemente de buscas e apreensões judiciais. c) Da apreensão administrativa de livros, documentos, impressos, papéis, programas e arquivos magnéticos deve ser lavrado termo, assinado pelo detentor, ou na sua ausência ou recusa, por duas testemunhas, ou ainda, sendo o caso, pelo depositário designado pela autoridade que faça a apreensão. d) O risco do perecimento natural ou da perda de valor da coisa apreendida é do proprietário ou do detentor, no momento da apreensão. e) A liberação da mercadoria apreendida pode ser promovida até o momento da realização do leilão ou da distribuição, desde que o interessado deposite importância equivalente à totalidade do débito. Comentários: Alternativa A: Correta. As autoridades tributárias possuem poder de polícia, podendo apreender bens e mercadorias até o esclarecimento dos fatos pertinentes à atividade tributária. Alternativa B: Incorreta. Existe a proteção constitucional à casa, como asilo inviolável (art. 5º, XI, CF). Assim, se as mercadorias se encontram em residência particular, a autoridade tributária deve requerer o competente mandado de busca e apreensão. Alternativa C: Correta. Conforme o art. 196 do CTN: “A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligências de fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início do procedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para a conclusão daquelas. Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles se entregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade administrativa que proceder ou presidir a diligência de fiscalização”. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 65 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Alternativa D: Correta. Não é responsabilidade da autoridade tributária providenciar a manutenção de mercadoria apreendida, restando ao proprietário ou detentor o risco do perecimento ou perda de valor. Alternativa E: Correta. O pagamento extingue o crédito tributário (motivo de a apreensão ter sido realizada). Assim, o contribuinte passa a ter direito à imediata liberação da mercadoria. Gabarito: B C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 66 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 1. (FCC/ICMS RJ/2014) Com base em convênio específico para esse fim, firmado entre a União Federal e o Estado do Rio de Janeiro, o Ministério da Fazenda passou a comunicar a esta unidade federada, anualmente, a partir de 2013, inclusive, os valores que os contribuintes do Imposto de Renda, domiciliados no Estado do Rio de Janeiro, informaram, no campo denominado “TRANSFERÊNCIAS PATRIMONIAIS − DOAÇÕES E HERANÇAS”, e que pudessem ser de interesse ao Estado fluminense, na identificação de potenciais doações sujeitas à incidência do ITD a favor desse Estado. Com base nesse convênio, o Governador do Estado editou decreto criando as principais regras reguladoras da fiscalização desse imposto, as quais deveriam ser observadas nesse tipo de fiscalização. Além disso, o setor específico da Secretaria de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, vinculado à fiscalização de contribuintes estaduais fluminenses, criou novas regras, complementares e específicas, para regular esse tipo de fiscalização, envolvendo um grande contingente de pessoas naturais. Considerando o disposto no CTN e a situação hipotética apresentada, o fornecimento dessas informações pelo Ministério da Fazenda à Secretaria da Fazenda do Rio de Janeiro a) é permitido, com base em convênio firmado entre os dois órgãos, podendo, ainda, o Governador e as autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda do referido Estado, criar normas específicas para a fiscalização do ITD, pois essas regras reguladoras da fiscalização podem ser criadas por qualquer norma da administração tributária. b) só poderia ser promovido com base em norma expressa de lei complementar federal, mas tanto o Governador, como as autoridades administrativas da Secretaria de Fazendadesse Estado podem criar normas específicas para a fiscalização do ITD. c) só seria permitido com base em norma expressa de lei complementar federal, sendo, ainda, que, nem o Governador, nem as autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda desse Estado poderiam criar normas específicas para a fiscalização do ITD, pois essas normas reguladoras da fiscalização devem ser criadas por lei ordinária. d) é permitido, com base no convênio firmado, podendo o Governador do Estado do Rio de Janeiro criar essas regras reguladoras da fiscalização, por decreto, sendo vedada, porém, sua criação por normas de hierarquia inferior à de decreto, editadas por autoridades administrativas da Secretaria de Fazenda daquele Estado. e) não é permitido, em hipótese alguma, pois as informações prestadas pelo contribuinte do Imposto de Renda estão protegidas pelo sigilo fiscal, não 4- Lista de Exercícios C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 67 de 90 www.exponencialconcursos.com.br podendo ser utilizadas nem mesmo por outras pessoas jurídicas de direito público, em decorrência de convênios, excetuados os casos em que houver ordem judicial expressa e específica para que elas sejam fornecidas. 2. (FCC/ICMS RJ/2014) Oscar, Auditor Fiscal da Receita Estadual, deu início aos seus trabalhos de fiscalização, na empresa “Super Atacadão de Roupas Finas Ltda.”, e intimou o sócio gerente da empresa, Sr. Cláudio, a lhe exibir diversos livros e documentos necessários à realização dessa fiscalização, no que foi atendido. O exame dessa documentação, todavia, não revelou a Oscar qualquer irregularidade relacionada à legislação do ICMS. Antes de concluir seus trabalhos fiscais, porém, Oscar, suspeitando da existência de possíveis irregularidades e sabendo que o Sr. Cláudio era religioso e considerava pecado a sonegação de impostos, decidiu intimar, por escrito, o sacerdote confessor do Sr. Cláudio, para que ele lhe informasse conteúdos da confissão que pudessem eventualmente constituir prova de prática de infração à legislação do ICMS do Estado do Rio de Janeiro. Essa notificação foi baseada no art. 197 do CTN, cujo caput estabelece a obrigatoriedade de determinadas pessoas, mediante intimação escrita, prestarem à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros. O referido sacerdote, em resposta fundamentada no acordo que o Brasil e a Santa Sé firmaram na cidade do Vaticano, em 13 de novembro de 2008, relativo ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil, fundamentada, também, no Decreto Legislativo no 698, de 7 de outubro de 2009, que aprovou esse acordo no Brasil e, ainda, no Decreto Federal no 7.107/2010, que determina o cumprimento desse acordo, que tem força de lei no território nacional, negou- se a prestar a informação solicitada pelo Auditor Oscar, invocando o que estabelece o art. 13 do referido acordo, cujo teor é o seguinte: é garantido o segredo do ofício sacerdotal, especialmente o da confissão sacramental. Nesse caso, com base no que estabelece o CTN, o sacerdote agiu em a) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, desde que essas informações sejam utilizadas para fins tributários, mas não penais. b) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, pois o fisco também deve observar o sigilo dessas informações. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 68 de 90 www.exponencialconcursos.com.br c) conformidade com o CTN, pois eles não estão sujeitos à jurisdição tributária brasileira, em razão de estarem submetidos diretamente à Santa Sé, que os jurisdiciona, em matéria de direito civil, penal e tributário. d) conformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo fisco não abrange informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, como é o caso deste sacerdote. e) desconformidade com o CTN, pois a obrigação de prestar informações solicitadas pelo fisco abrange, inclusive, as informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, desde que essas informações sejam utilizadas exclusivamente para fins civis e tributários, mas não penais. 3. (FCC/ICMS RJ/2014) A empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., grande fabricante de refrigerantes no Estado do Rio de Janeiro, foi fiscalizada entre os meses de março e junho de 2005, pelos auditores fiscais Rodrigus da Silva e Renatus de Oliveira. Para poder realizar seus trabalhos conforme determinado, esses auditores tiveram, além de examinar os dados econômico-financeiros da empresa, de obter informações sigilosas e secretas, tais como a fórmula para a fabricação dos refrigerantes e a relação dos insumos utilizados na sua elaboração. As informações relacionadas com as empresas fornecedoras das matérias- primas e com as próprias matérias-primas sempre foram guardadas sob sigilo extremo. Notificadas a exibir livros e documentos relacionados com essas operações e a prestar as informações solicitadas pelo fisco, inclusive as de caráter sigiloso, a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A. prestou-as conforme solicitado. Em setembro de 2012, ou seja, sete anos depois de concluída essa fiscalização, a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, em periódico informativo oficial, distribuído aos seus funcionários e ao público em geral, publicou reportagem a respeito das mercadorias que constituíam matéria-prima para a elaboração dos refrigerantes fabricados pela empresa em questão, no qual, além de citar nominalmente a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., fez referência expressa aos seus fornecedores, aos seus clientes e a uma série de informações relacionadas com as mercadorias por eles comercializadas, tornando público, inclusive, o conteúdo da fórmula de alguns dos refrigerantes mais vendidos pela empresa, a matéria-prima utilizada, os nomes dos fornecedores, a situação econômica desses fornecedores e muitos outros dados sigilosos dessas empresas. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questõescomentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 69 de 90 www.exponencialconcursos.com.br O conteúdo dessa reportagem caiu rapidamente em domínio público e os auditores fiscais que fizeram a fiscalização, na qual essas informações foram obtidas, deram entrevista a uma revista de grande circulação nacional, que elaborou uma reportagem especial sobre a empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., suas maiores fornecedoras e suas maiores clientes, abrangendo tanto suas atividades e seus negócios em âmbito nacional, como sua situação financeira e econômica. A reportagem identificou, no histórico fiscal de uma das fornecedoras da empresa mencionada, a existência de representações fiscais para fins penais que existiam em nome de seus sócios, bem como a relação dos seus créditos tributários, que se encontravam inscritos em dívida ativa do Estado. Depois dessa reportagem, as ações da empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A. e de suas clientes e fornecedoras despencaram nas bolsas de valores nacionais. Com base no CTN, nessa situação hipotética, o dever de sigilo a) foi violado, quando a Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro, por meio de seu periódico, tornou público o conteúdo da fórmula e da matéria-prima relacionadas com a fabricação de alguns dos refrigerantes mais vendidos pela empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., mesmo que essa publicidade não tenha sido dada pelos auditores fiscais que a fiscalizaram. b) não foi violado, quando os auditores fiscais prestaram informações para que a revista de grande circulação nacional elaborasse a reportagem em que foram publicadas, especificamente, informações sigilosas sobre a situação financeira e econômica das maiores clientes e das maiores fornecedoras da empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A., pois essas empresas não foram fiscalizadas por eles. c) não foi violado, quando o periódico informativo da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio de Janeiro publicou reportagem dando a conhecer informação sigilosa, relacionada com as matérias-primas utilizadas pela empresa Campos dos Goitacazes Refrigerantes S.A. para a fabricação de refrigerantes, porque o dever de sigilo não é da pessoa jurídica de direito público, mas de seus servidores. d) foi violado, quando, relativamente a uma das fornecedoras da empresa fiscalizada, os auditores fiscais prestaram informações especificamente relacionadas com as representações fiscais para fins penais que existiam em nome de seus sócios, e com a relação de seus créditos tributários inscritos em dívida ativa do Estado fluminense. e) não foi violado, nem pela Fazenda Pública, nem pelos seus servidores, em nenhuma das situações apresentadas, porque, quando essas informações foram tornadas públicas, já haviam decorrido mais de cinco anos entre a data em que foi realizada a fiscalização e a data de divulgação das informações, lapso de tempo este que é superior ao do quinquênio decadencial. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 70 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 4. (FCC/ICMS RJ/2014) O exame do histórico tributário de uma determinada empresa, fabricante de produtos voltados para a alimentação infantil, revelou a existência das seguintes ocorrências: I. em 2008, fez o parcelamento, em 60 meses, do valor reclamado em auto de infração, lavrado pelo fisco fluminense. Até a presente data, as parcelas têm sido pagas correta e pontualmente; II. em 2009, o Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação de execução fiscal contra ela, que acabou sendo objeto de embargos, depois de a empresa ter efetuado, no prazo legal, o depósito integral da importância reclamada na execução. O referido depósito não foi levantado, nem convertido em renda, e ainda não há decisão transitada em julgado nesse processo; III. em 2010, para poder importar mercadorias do exterior, sem a incidência do ICMS, esse contribuinte fluminense impetrou mandado de segurança, no bojo do qual foi concedida medida liminar para que o desembaraço aduaneiro fosse feito sem a exigência do ICMS. Essa liminar foi revogada em 2010 e, ao final do processo, o contribuinte restou vencido. Pagou a totalidade do crédito tributário reclamado em 2011; IV. em 2011, a autuada deixou de pagar impostos federais, que estão sendo objeto de execução fiscal, sem que tenha havido depósito da quantia questionada, nem oferecimento de bens à penhora; V. em 2012, a fiscalização fluminense lavrou auto de infração contra essa empresa, que foi objeto de impugnação no prazo legal. Esse auto de infração teve resultado favorável à Fazenda Pública estadual, em seu primeiro julgamento, mas ainda pende de julgamento de recurso interposto pelo contribuinte. Ainda nesse ano, a Fazenda Pública fluminense ajuizou outro executivo fiscal, relativo a crédito tributário decorrente de falta de pagamento do ICMS, sendo que, desta vez, a empresa em questão não efetuou o depósito integral da quantia pleiteada. Ao invés disso, ofereceu bens à penhora, suficientes para cobrir o crédito tributário exigido, motivo pelo qual a penhora foi efetivada. No início de 2013, essa empresa decidiu participar de concorrência pública para fornecer seus produtos a creches e escolas da rede estadual fluminense. Um dos requisitos a ser cumprido pelas empresas concorrentes, era a apresentação de prova de quitação de todos os tributos estaduais, até a data da abertura da inscrição para participação nessa concorrência, que ocorreu no dia 05 de abril de 2013. Para tanto, a empresa apresentou, no órgão público fluminense competente, requerimento solicitando a expedição de certidão negativa dos tributos estaduais. Nesse caso hipotético, com base no CTN, o órgão estadual competente para o fornecimento dessa certidão C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 71 de 90 www.exponencialconcursos.com.br a) expedirá certidão positiva, com efeito de positiva, pois a penhora não permite que a certidão tenha efeito de negativa. b) expedirá certidão negativa, com efeito de negativa. c) expedirá certidão positiva, com efeito de negativa. d) expedirá certidão negativa, com efeito de positiva. e) não a expedirá, pois os tributos devidos ainda não estão quitados. 5. (FCC/ICMS SP/2013) Com respeito à Dívida Ativa e à Certidão Negativa, considere: I. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. II. A nulidade da inscrição na Dívida Ativa, causada por omissão ou erro, poderá ser sanada até a decisão de segunda instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa. III. A dívida regularmente inscrita goza da presunção absoluta e tem caráter de prova pré-constituída. IV. Será emitida Certidão Negativa quando conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em quetenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. V. A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e III. b) II e V. c) I e V. d) III e IV. e) II e IV. 6. (FCC/Notário - TJ/PE/2013) Segundo o Código Tributário Nacional, tem o mesmo efeito de certidão negativa uma certidão positiva cujo débito esteja com a exigibilidade suspensa. Neste caso, haveria suspensão da exigibilidade do crédito tributário a admitir uma certidão positiva de efeitos negativos a C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 72 de 90 www.exponencialconcursos.com.br a) consignação em pagamento de crédito tributário, diante da exigência de crédito tributário por mais de um ente, relativamente ao mesmo fato gerador. b) isenção em caráter específico, uma vez concedida pela autoridade administrativa competente. c) anistia concedida em caráter específico, relativamente aos ilícitos tributários cometidos antes do lançamento. d) citação do executado em sede de execução fiscal. e) liminar concedida em mandado de segurança que tenha por objeto ilegalidade na constituição do crédito tributário. 7. (FCC/ISS SP/2012) Auditor fiscal municipal, ao dar início aos seus trabalhos de fiscalização, lavrou termo de início desses trabalhos em livro fiscal da empresa Venha a mim Ltda., arrecadando, naquela oportunidade, diversos documentos e livros fiscais, a fim de realizar seu trabalho na repartição municipal de sua sede. João Modesto, dono da empresa fiscalizada, ao ser alertado pelo seu contador de que os documentos e livros fiscais apontariam infrações relacionadas com o não pagamento de imposto, determinou a elaboração das guias de pagamento dos impostos não recolhidos e relativos à documentação apreendida, a fim de evitar que fosse lavrado auto de infração contra sua empresa. Caso a fiscalização descubra as irregularidades fiscais da empresa, a) poderá lavrar auto de infração, cobrando multa pelas infrações cometidas, mesmo após a tentativa saneadora efetivada pela empresa, devendo ser regularizado, todavia, o procedimento de início de fiscalização, com a lavratura de "notificação de correção de termo de início de fiscalização", documento oficial a ser assinado pelo contribuinte, para evitar que o auto de infração seja cancelado por vício formal. b) não poderá lavrar auto de infração pelas infrações possivelmente identificadas na análise documental, tendo em vista que a empresa saneou as irregularidades, ao pagar os impostos devidos, antes da efetiva notificação do auto de infração. c) não poderá lavrar auto de infração, pois o procedimento de início de fiscalização foi irregular, na medida em que o fiscal, ao invés de ter lavrado o termo de início da fiscalização no livro do contribuinte, deveria ter-lhe entregado, obrigatoriamente, uma notificação apartada. d) poderá lavrar auto de infração, cobrando multa, pelas infrações cometidas, tendo em vista que a possibilidade de denúncia espontânea estaria excluída, pois o termo de início de fiscalização fora lavrado regularmente antes da tentativa saneadora da empresa. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 73 de 90 www.exponencialconcursos.com.br e) poderá lavrar auto de infração, cobrando multa a qualquer momento, mesmo que, antes da lavratura do termo de início de fiscalização, aposto em livro fiscal pelo auditor municipal, as irregularidades fiscais tivessem sido saneadas. 8. (FCC/ISS SP/2012) Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com esse contribuinte, nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício, conforme dispõe o art. 134, caput, inciso VI do CTN. Quanto aos tabeliães e escrivães, especificamente no que concerne aos tributos municipais, é correto afirmar que, a) mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, exceto quanto a fatos sobre os quais os tabeliães e escrivães estejam legalmente obrigados a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. b) diferentemente dos contribuintes e dos responsáveis em geral, não estão sujeitos à fiscalização municipal, pois já se submetem à fiscalização da Corregedoria Geral da Justiça estadual. c) como qualquer outro contribuinte ou responsável em geral, estão sujeitos à fiscalização municipal, mas só estão obrigados a prestar à autoridade administrativa as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, quando autorizados pela Corregedoria Geral da Justiça estadual. d) mediante intimação escrita, ou inclusive verbal, em caso de urgência, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, exceto quanto a fatos sobre os quais os tabeliães e escrivães estejam legalmente obrigados a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. e) nas cidades que não forem capitais de Estado, mediante anuência da autoridade judicial da comarca, devem prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, exceto quanto a fatos sobre os quais os tabeliães e escrivães estejam legalmente obrigados a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 9. (FCC/ISS SP/2012) Os tributos federais, bem como os estaduais e os municipais, estão sujeitos às regras de decadência, referidas no art. 173 do C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 74 de 90 www.exponencialconcursos.com.br CTN. Tratando-se de tributos cujo lançamento seja feito por homologação, estes, especificamente, se sujeitarão, também, à regra de homologação tácita, por decurso de prazo, prevista no § 4º do art. 150 desse mesmo código. Tanto os prazos de decadência como o de homologação tácita do lançamento, pelo decurso de prazo, são de cinco anos e estão previstos, respectivamente, no caput do art. 173 do CTN e no § 4º do art. 150 do referido código. Consequentemente, a contagem desses prazos quinquenais deve ser feita de modo a) contínuo, excluindo-sena sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição à qual o contribuinte está vinculado, em razão do seu domicílio. b) contínuo ou descontínuo, conforme determinar a lei ordinária, incluindo-se na sua contagem o dia de início e excluindo-se o de vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição à qual o contribuinte está vinculado, em razão do seu domicílio. c) contínuo ou descontínuo, conforme determinar a lei ordinária, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. d) contínuo, excluindo-se na sua contagem o dia de início e incluindo-se o de vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição em que corra o processo ou deva ser praticado o ato. e) contínuo, incluindo-se na sua contagem o dia de início e excluindo-se o de vencimento, sendo que eles só se iniciam ou vencem em dia de expediente normal na repartição à qual o contribuinte está vinculado, em razão do seu domicílio. 10. (FCC/Analista-TRF2/2012) No que diz respeito à administração tributária, é certo que a) poderá ser outorgada, a critério da autoridade, a outra pessoa jurídica de Direito Público a realização e a fiscalização do cumprimento das vendas e prestações, desde que por decreto. b) uma das características da dívida ativa é que a Fazenda Pública a constitui unilateralmente, sendo que a presunção de certeza e liquidez é juris tantum, por admitir prova em contrário. c) as entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu ofício, atividade ou profissão, são obrigadas, em qualquer hipótese, a prestar à autoridade administrativa todas as informações que disponham em relação aos bens e negócios de terceiros. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 75 de 90 www.exponencialconcursos.com.br d) a certidão expedida com a ressalva da existência de créditos tributários não vencidos ou em curso de cobrança executiva, em que tenha sido efetivada a penhora, não tem os mesmos efeitos da certidão negativa. e) todas as normas pertinentes à fiscalização têm a natureza das regras de Direito Tributário e Direito Penal-Tributário, vedada sua concretização por meio das normas de Direito Administrativo ou de Direito Civil. 11. (FCC/Procurador - PGE SP/2012) NÃO é requisito de validade da certidão da dívida ativa a) a autenticação da autoridade competente. b) a indicação do livro e da folha de inscrição do débito. c) a memória discriminada e atualizada do cálculo, a fim de que o devedor possa exercer, na sua plenitude, o mandamento constitucional da ampla defesa. d) o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato. e) a disposição legal em que seja fundado o crédito 12. (FCC/Analista-TRF4/2010) Em relação à administração tributária, é INCORRETO afirmar: a) Não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. b) A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos. c) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. d) É vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. e) A dívida inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída, presunção esta absoluta, não podendo ser ilidida por prova ainda que inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 76 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 13. (FCC/Procurador-PGE AM/2010) Quanto ao prazo legal para fornecimento de certidão negativa de débitos tributários, é correto afirmar que a) a repartição possui o prazo de 30 dias para sua emissão, se não for constatado nenhum débito tributário. b) a repartição possui o prazo de 10 dias para sua emissão, contados da data da entrada do requerimento na repartição. c) não existe prazo legal para o fornecimento, devendo, contudo, ser observada a ordem de chegada dos pedidos formulados. d) o prazo de 30 dias para emissão é contado a partir da quitação do último débito tributário inscrito na dívida ativa. e) o prazo é de até 90 dias, de acordo com o Código Tributário Nacional. 14. (FCC/ICMS SP/2009) Na realização de atividade fiscalizatória, os agentes fiscais podem entrar nos estabelecimentos dos contribuintes. Sobre o procedimento de fiscalização é correto afirmar que a) não se aplicam os princípios constitucionais da inviolabilidade do domicílio, do direito à intimidade e do sigilo da correspondência, tendo em vista o poder de polícia conferido à administração tributária. b) existem restrições, pois o contribuinte não está obrigado a exibir livros contábeis ou fiscais obrigatórios, visto que a Constituição Federal lhe garante o direito à intimidade. c) realiza-se informalmente e não precisa ser documentado. d) deverá ser documentado por meio de termos específicos lavrados, sempre que possível, em um dos livros fiscais exibidos ou, quando lavrados em separado, o sujeito passivo deverá ficar com cópia autenticada. e) é possível ao sujeito passivo até sua conclusão, se valer da denúncia espontânea em relação às infrações praticadas, beneficiando-se do pagamento sem imposição de multas. 15. (FCC/ICMS SP/2009) A suspensão da exigibilidade do crédito tributário I. autoriza a emissão de certidão positiva com efeito de negativa. II. autoriza a emissão de certidão negativa de débitos. III. dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. IV. não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e III. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 77 de 90 www.exponencialconcursos.com.br c) I e IV.d) II e III. e) II e IV. 16. (FGV/ISS Niterói/2015) Para a validade da Certidão da Dívida Ativa, NÃO é essencial: a) a data da inscrição; b) a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; c) a autenticação da autoridade competente; d) o domicílio ou residência do devedor; e) a indicação do livro e da folha da inscrição. 17. (FGV/OAB/2015) Após ser intimada da lavratura de um auto de infração visando à cobrança da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) dos últimos cinco anos, a pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. verificou que o tributo não era devido e ofereceu impugnação ao auto de infração. Como irá participar de uma licitação, a pessoa jurídica em questão irá precisar de certidão de regularidade fiscal – no caso, Certidão Positiva de Débito com Efeito de Negativa (CPD-EN). Na hipótese, considerando que o contribuinte não possui outros débitos, assinale a afirmativa correta. a) A impugnação ao auto de infração exclui o crédito tributário, sendo possível a emissão da CPD-EN. b) A impugnação ao auto de infração, sem o pagamento do crédito, impede a emissão da CPD-EN. c) A pessoa jurídica XYZ Participações Ltda. somente terá direito à CPD-EN caso realize o depósito do montante integral. d) A impugnação ao auto de infração suspende a exigibilidade do crédito, sendo possível a emissão da CPD-EN. 18. (FGV/ISS Recife/2014) Com referência à fiscalização tributária, assinale a afirmativa correta. a) A autoridade administrativa pode requisitar força pública durante atividade fiscalizadora, mesmo que não tenha ocorrido fato definido em lei como crime. b) O contribuinte deve conservar os livros e registros obrigatórios e facultativos da escrituração comercial e fiscal durante o prazo decadencial, para constituir o crédito tributário. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 78 de 90 www.exponencialconcursos.com.br c) A autoridade administrativa pode examinar integralmente quaisquer livros, arquivos e registros dos contribuintes. d) O termo de fiscalização integra o lançamento fiscal e constitui a data inaugural do prazo decadencial para a constituição do crédito fiscal. e) Apenas a lei stricto sensu poderá autorizar permuta de informações e assistência recíproca entre as fazendas públicas. 19. (FGV/Auditor de Estado - CGE MA/2014) A companhia Delta Ltda. prestou declarações ao Fisco, com relação a determinado tributo, sujeito ao lançamento por homologação, tal como seria sua obrigação. Emitiu guia de recolhimento e pagou o valor que considerou devido. Entretanto, a Fazenda indeferiu seu pedido de Certidão Negativa de Débito aduzindo que houve pagamento a menor, o que deduziu das declarações prestadas pelo contribuinte comparativamente com as guias recolhidas do tributo. A companhia afirma e é fato incontroverso, que a Fazenda não procedeu ao lançamento de ofício da eventual diferença do tributo a pagar, mas lhe nega o direito à obtenção da certidão de regularidade fiscal. No caso vertente, a solução da lide deve ser a) favorável ao contribuinte, com o lançamento de ofício pela fazenda da eventual diferença a pagar, podendo o contribuinte, até que tal ocorra, obter a Certidão Negativa de Débitos Fiscais. b) favorável ao contribuinte, já que a Fazenda deverá lavrar a competente Notificação Fiscal de Lançamento de Débito. c) favorável à Fazenda, já que inexiste a necessidade de lançamento de ofício supletivo da diferença do tributo a pagar, quando o crédito tributário já foi constituído por meio de declaração praticada pelo próprio contribuinte. d) favorável à Fazenda, uma vez que as declarações prestadas pelo contribuinte sobre o valor do tributo devido tornam prescindível a regular constituição do crédito fiscal. e) favorável ao contribuinte, o qual, até que haja o acertamento do valor devido, tem direito à Certidão Positiva com efeitos de Negativa. 20. (FGV/ISS Recife/2014) Sobre crédito tributário, analise as afirmativas a seguir. I. A inscrição do crédito tributário é decorrente da dívida ativa. II. Todo crédito tributário é dívida ativa tributária. III. A inscrição gera presunção de certeza e liquidez do crédito tributário. IV. A maneira de calcular juros de mora é requisito formal para inscrição na dívida ativa. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 79 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Assinale: a) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. c) se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. d) se somente as afirmativas II e IV estiverem corretas. e) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. 21. (FGV/Consultor Legislativo – AL MA/2013) Com relação à Certidão da Dívida Ativa, assinale a afirmativa correta. a) A certidão da dívida ativa que contiver erro substancial quanto ao nome do devedor é anulável, cabendo ao contribuinte pugnar pela correção do ato. b) O termo de inscrição da dívida ativa deve contemplar o demonstrativo de cálculo do tributo devido. c) A certidão da dívida ativa é título executivo cartular, cuja validade se prende à sua literalidade. d) A certidão da dívida ativa é prova pré‐constituída do débito tributário, que pode ser elidida pelo contribuinte. e) A certidão da dívida ativa deve discriminar os juros e demais encargos que estejam sendo cobrados do contribuinte. 22. (FGV/ICMS RJ/2010) Assinale a afirmativa incorreta. a) O Código Tributário Nacional, no artigo 195, nega aplicação às disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar os livros comerciais do contribuinte. b) A fiscalização tem o seu poder limitado, dentre outras, por força de questões funcionais e territoriais. c) O sigilo de correspondência não pode ser invocado pelo contribuinte em sua defesa, uma vez que este direito poderá ser afastado no exercício da fiscalização pelas autoridades administrativas, mesmo sem haver autorização judicial. d) O Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento no sentido de não ser possível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo de cobrança de tributo. e) Não se admite, segundo entendimento consagrado no Supremo Tribunal Federal, a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 80 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 23. (FGV/Advogado-CODEBA/2010) Com relação à dívida ativa tributária, é INCORRETO afirmar que a) o controle da legalidade da inscrição em dívida ativa é a derradeira oportunidade que a Administração tem de rever os requisitos dos atos praticados noprocesso administrativo de cobrança, ocasião em que ainda pode modificá-los. b) somente se admite a inscrição de débito em dívida ativa após o decurso do prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo administrativo. c) provém de crédito de igual natureza. d) as informações relativas a inscrições na dívida ativa da fazenda pública podem ser divulgadas, sem que isso configure violação ao sigilo fiscal. e) uma vez inscrito o débito em dívida ativa, tem-se que o título representativo desta goza de presunção de liquidez e certeza. 24. (FGV/ICMS AP/2010) Em relação à dívida ativa, assinale a afirmativa incorreta. a) A ação para cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados de sua constituição definitiva, assim entendido como a data de sua inscrição em dívida ativa. b) Não é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informações relativas a inscrições em dívida ativa da Fazenda Pública. c) O termo de inscrição em dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado. d) A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. 25. (FGV/ICMS AP/2010) Assinale a afirmativa incorreta. a) a autoridade fiscal não poderá exercer atos de fiscalização em relação aos tabeliães, escrivães e demais serventuários, que dispõe de foro próprio para atos fiscalizatórios. b) o sujeito tem o dever de colaborar com a administração na sua tarefa de fiscalização. c) a autoridade administrativa tem o dever de investigar. d) acordos, contratos e convenções firmados entre particulares não poderão ser opostos ao Fisco para eximir-se do cumprimento da obrigação tributária. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 81 de 90 www.exponencialconcursos.com.br e) os bancos, casas bancárias, caixas econômicas e demais instituições financeiras poderão ser obrigadas, mediante intimação escrita, a prestar a autoridade administrativa as informações de que disponham em relação a bens, negócios ou atividades de terceiros, ressalvados, contudo, os fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a preservar o segredo em razão de cargo, ofício, função, atividade ou profissão, consoante o disposto no próprio Código Tributário Nacional. 26. (FGV/ICMS RJ/2009) Em relação à fiscalização tributária, analise as afirmativas a seguir: I. Determina o código tributário nacional que a autoridade administrativa que presidir quaisquer diligências de fiscalização deverá, preferencialmente, lavrar termo autônomo de início do respectivo procedimento, cuja cópia será entregue ao sujeito fiscalizado; caso haja recusa de recebimento do aludido termo pelo contribuinte, o início da ação fiscal há de ser certificado em um dos livros fiscais a serem exibidos na forma da legislação. II. Somente antes do início de qualquer procedimento de fiscalização é possível ao contribuinte se socorrer do benefício da denúncia espontânea, afastando-se a responsabilidade por infrações à legislação tributária, desde que haja o pagamento integral do tributo devido acrescido dos juros de mora. III. O artigo 195 do CTN reza que "para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los". Com base nesse dispositivo, o Supremo Tribunal Federal editou súmula de modo a consolidar o entendimento de que se sujeitam à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, ilimitadamente, independentemente dos pontos objeto da investigação. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa II estiver correta. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 27. (ESAF/ISS RJ/2010) Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado para pagamento, pela lei ou decisão proferida em processo regular. Sobre a dívida ativa, julgue os itens a seguir: C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 82 de 90 www.exponencialconcursos.com.br I. o termo de inscrição da dívida ativa (CDA) tem função precípua de materializar a dívida ativa tributária regularmente inscrita na repartição administrativa, instrumentalizando pela Fazenda Pública, ação executória fiscal pertinente; II. a inscrição em dívida ativa pressupõe prévio inadimplemento do contribuinte; entretanto, é necessária a prévia notificação deste para pagamento antes do ajuizamento da ação fiscal; III. tendo o contribuinte apurado e declarado o montante do tributo devido e, portanto confessado a obrigação correspondente, deveria ter efetuado o pagamento no prazo estipulado pela legislação fiscal. Não o realizando, o crédito tributário deve ser inscrito na Dívida Ativa da União; IV. a inscrição em dívida ativa (art. 201 do CTN), enquanto ato interno da Administração (controle de legalidade), não tem influência no curso do prazo prescricional e só se faz necessária em não havendo o adimplemento espontâneo da obrigação tributária. Estão corretos: a) apenas os itens I, II e III. b) apenas os itens I, III e IV. c) apenas os itens I e II. d) apenas os itens II, III e IV. e) todos os itens estão corretos. 28. (ESAF/ATRFB/2009) Sobre a dívida ativa tributária, é incorreto afirmar que: a) provém de crédito de igual natureza. b) somente se admite a inscrição de débito em dívida ativa após o decurso do prazo fixado para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo administrativo. c) o controle da legalidade da inscrição em dívida ativa é a derradeira oportunidade que a Administração tem de rever os requisitos dos atos praticados no processo administrativo de cobrança, ocasião em que ainda pode modificá-los. d) as informações relativas a inscrições na dívida ativa da fazenda pública podem ser divulgadas, sem que isso configure violação ao sigilo fiscal. e) uma vez inscrito o débito em dívida ativa, tem-se que o título representativo desta goza de presunção de liquidez e certeza. 29. (ESAF/ATRFB/2009) Sobre o sigilo fiscal, previsto no art. 198 do Código Tributário Nacional, analise os itens a seguir, classificando-os como C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadasProf. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 83 de 90 www.exponencialconcursos.com.br verdadeiros ou falsos. Escolha, em consequência, a opção que seja adequada às suas respostas: I. é vedada a divulgação para qualquer fim, como regra, por parte da Fazenda Pública e de seus funcionários, de qualquer informação obtida em razão do ofício, sobre a situação econômica ou financeira dos sujeitos passivos ou de terceiros; II. não é vedado o fornecimento de informações para autoridade judiciária, mediante requisição, no interesse da justiça; III. é dominante o entendimento de que pode o Juiz, nos autos de uma execução fiscal, atender a pedido do exeqüente de oficiar à Secretaria da Receita Federal do Brasil solicitando cópia da declaração de bens e renda do executado, de modo a permitir a identificação de bens penhoráveis; IV. de outra forma, não se admite o disposto no item III no caso de uma execução de sentença. a) Estão corretos apenas os itens I, II e III. b) Estão corretos apenas os itens I e II. c) Todos os itens estão corretos. d) Estão corretos apenas os itens II, III e IV. e) Estão corretos apenas os itens II e III. 30. (FJG/ISS RJ/2002) É certo afirmar-se que o crédito tributário como dívida ativa: a) gera a presunção de certeza e liquidez do crédito tributário b) estabelece termo para a fluência do juro de mora c) constitui em definitivo o crédito tributário d) torna imutável o lançamento 31. (ESAF/Procurador - PGFN/2012) O Código Tributário Nacional prevê a obrigação inequívoca de qualquer pessoa jurídica de dar à fiscalização tributária amplo acesso aos seus registros contábeis. Tal norma: a) permite ao fisco, no caso de obstaculização por parte da pessoa jurídica fiscalizada, buscar em Juízo acesso à exibição de livros e documentos, quando houver fundada suspeita de irregularidade. b) se desobedecida, implica descumprimento de obrigação acessória, podendo ter várias consequências, que vão desde a aplicação de multa ao lançamento por arbitramento, sempre na esfera cível. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 84 de 90 www.exponencialconcursos.com.br c) permite ao fisco, inclusive, proceder à retenção da mercadoria até a comprovação da posse legítima daquele que a transporta. d) não distingue as microempresas e empresas de pequeno porte de manterem escrituração comercial e fiscal, bem como à documentação a que estão obrigadas as demais empresas, até que ocorra a prescrição dos créditos decorrentes das operações a que se refiram. e) permite inferir que estão sujeitos à fiscalização previdenciária ou tributária quaisquer livros comerciais, podendo os agentes fiscalizadores, havendo indícios, estenderem o exame para além dos pontos que inicialmente eram objeto da investigação. 32. (ESAF/Analista Técnico - SUSEP/2010) Depois de esgotado o prazo fixado (em lei ou decisão final proferida em processo administrativo fiscal) para o pagamento de determinado tributo, o crédito respectivo é inscrito em dívida ativa tributária, por meio de um termo de dívida ativa. Assinale, entre os itens a seguir, o único que não é de indicação obrigatória no respectivo termo para todos os tributos. a) O nome do devedor e a indicação de seu domicílio. b) O número do processo administrativo de que se originar o crédito. c) A origem e a natureza do crédito, com a menção específica à disposição legal em que seja fundado. d) A data em que foi inscrita. e) A quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos. 33. (ESAF/Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas-SEFAZ SP/2009) Aldemário Araujo Castro ensina que "O crédito tributário não pago, na forma prevista na legislação própria, e não sujeito a qualquer das causas de suspensão da exigibilidade, é encaminhado para a inscrição na chamada Dívida Ativa pela repartição administrativa competente". A inscrição em Dívida Ativa: a) presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas por sujeito passivo com débito tributário regularmente inscrito. b) somente incide sobre créditos tributários definitivamente constituídos. c) sujeita-se a sigilo fiscal. d) tem natureza constitutiva do crédito e declaratória da obrigação. e) possui dupla finalidade: constituir um título executivo extrajudicial e conferir presunção de liquidez e certeza ao crédito tributário. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 85 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 34. (ESAF/Analista TI - SEFAZ CE/2007) As certidões negativas podem ser exigidas em determinadas situações em que o sujeito passivo tenha de fazer prova da quitação de determinado tributo. São expedidas, pois, a requerimento de interessado, que deverá conter, entre outras, as informações necessárias à identificação do sujeito passivo. Há casos em que se poderão expedir certidões positivas com efeitos de negativa. Entre os itens abaixo, assinale aquele que não contém uma dessas hipóteses. a) Quando houver crédito cuja exigibilidade esteja suspensa. b) Quando houver crédito não vencido. c) Quando houver crédito em curso de cobrança executiva, e o executado tiver oferecido exceção de pré-executividade. d) Quando houver ação declaratória pendente de decisão, e liminar favorável ao sujeito passivo. e) Quando houver parcelamento do débito. 35. (ESAF/Procurador - PGFN/2007) A Lei Complementar n. 105, de 10 de janeiro de 2001, dispôs sobre o sigilo das operações de instituições financeiras. De acordo com essa lei complementar, não é responsável (ou não se prevê como tal): a) o servidor público que utilizar informação obtida em decorrência da quebra de sigilo, caso em que responde pessoal e diretamente pelos danos decorrentes. b) a entidade pública a que pertencer o servidor que viabilizar a utilização, apenas quando comprovado que este agiu de acordo com orientação oficial. c) o funcionário que, com a autorização de juiz, mas sem a de seu superior, fornecer documentos sigilosos solicitados por comissão de inquérito administrativo destinada a apurar responsabilidade de servidor público por infração praticada no exercício de suas atribuições. d) quem, embora injustificadamente, apenas retardar a prestação de informações requeridas nos termos da Lei Complementar, caso em que também se sujeita à pena de um a quatro anos de reclusão. e) quem, atendendo a requisição do Banco Central, ao proceder a inquérito em instituição financeira submetida a regime especial, mas sem ordem judicial, prestar informação sobre contas de depósitos, aplicações e investimentos mantidos na instituição. 36. (ESAF/Analista - SEFAZ CE/2007) Em determinados casos previstos em lei, como para participar de concorrência pública, ou para ter deferido seu programa de recuperação judicial, poderá ser exigido que o contribuinte faça prova da quitação de seus tributos por meio de certidão negativa de tributos. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va dos (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 86 de 90 www.exponencialconcursos.com.br Entretanto, tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão positiva em que conste: I. a existência de crédito não vencido. II. a existência de crédito em curso de cobrança judicial, em que esteja garantido o juízo, por penhora ou depósito em garantia. III. a existência de crédito cuja exigibilidade esteja suspensa. IV. a existência de crédito prescrito. Estão corretos: a) Apenas os itens I, II e III. b) Apenas os itens I e II. c) Apenas os itens I, III e IV. d) Apenas os itens II, III e IV. e) Todos os itens. 37. (FCC/ICMS PE/2014) O Estado de Pernambuco, em fevereiro de 2013, instaurou procedimento de fiscalização, em que se constatou que a Tomatinho, sociedade empresária que atua no comércio de molho de tomate em conserva, nos meses de novembro e dezembro de 2012, não escriturou as notas fiscais dos produtos adquiridos pela empresa no seu livro de registro de entrada, o que, nos termos da legislação vigente, no período apurado, presumia-se a realização de operações, com a saída de mercadoria, sem o recolhimento do ICMS. A Lei Estadual no 2.648/2011, que vigorava durante o período fiscalizado, estabelecia a alíquota do ICMS sobre operações referentes a molhos de tomates em conserva em 17% e imputava uma multa de 100% sobre o valor da operação, nos casos de infrações relativas à falta de escrituração no livro fiscal dos documentos referentes à entrada de mercadorias. Ocorre que o Estado de Pernambuco, em março de 2013, editou a Lei no 7.845/2013, além de ter concedido isenção de ICMS para as operações referentes a molho de tomate em conserva, reduziu a sanção fiscal para 50% na hipótese da infração verificada na ação fiscalizatória. Nessa situação hipotética, quanto ao auto de infração, a Administração tributária a) não deverá exigir qualquer valor a título de ICMS, pois aplica-se retroativamente lei posterior à data da ocorrência dos fatos que estabeleça benefício fiscal em favor do contribuinte; e imputar multa no valor correspondente a 100% da operação, pois as infrações cometidas devem ser reprimidas com base nas penalidades estabelecidas pela legislação vigente ao tempo da sua prática. b) não deverá lavrar o Auto de Infração, pois como aplica-se retroativamente a lei posterior à data da ocorrência dos fatos que desonerou o contribuinte do C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 87 de 90 www.exponencialconcursos.com.br pagamento da obrigação principal, a obrigação acessória também não poderá ser exigida. c) deverá exigir o ICMS, aplicando-se a alíquota de 17% e imputar multa no valor correspondente a 100% da operação, percentual esse que deverá ser exigido ao final do contribuinte em eventual execução fiscal do respectivo crédito tributário, pois eram, respectivamente, a alíquota e a penalidade estabelecidas pela legislação vigente na data da ocorrência do fato gerador. d) deverá exigir o ICMS, aplicando-se a alíquota de 17%, pois era a prevista pela legislação vigente na data da ocorrência do fato gerador, e imputar multa no valor correspondente a 100% da operação. No curso de eventual processo administrativo, a multa deverá ser reduzida para 50%. e) não deverá exigir qualquer valor a título de ICMS e imputar multa no valor correspondente a 50% da operação, pois é aplicável retroativamente lei posterior à data da ocorrência dos fatos que estabeleça tratamento tributário menos severo que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática. 38. (FCC/ICMS SP/2013) Uma empresa multinacional do ramo ótico tem estabelecimento no Estado de São Paulo, sendo contribuinte do ICMS. O Agente Fiscal de Rendas do Estado recebeu a incumbência de realizar uma atividade fiscalizatória nesta filial e, para tanto, a notificou a apresentar livros e documentos fiscais, bem como determinados livros, documentos e arquivos comerciais que se relacionavam com os pontos objeto da fiscalização. Nesse caso, a empresa tem a obrigação de apresentar os livros e documentos fiscais para o agente de Fiscalização do Estado. Os demais documentos solicitados a) são de apresentação facultativa, haja vista que podem conter segredos comerciais das suas atividades, e são protegidos legalmente. b) a empresa não apresentou, pois não foi autorizada pela matriz, que se apoia na legislação estrangeira. c) também devem ser apresentados, pois não tem aplicação qualquer disposição, ainda que legal, que seja excludente ou limitativa do direito do Fisco de examinar o que foi requisitado. d) são protegidos pela legislação comercial; por isso, só poderão ser examinados pela fiscalização quando houver processo administrativo instaurado, ou procedimento fiscal em curso, e desde que tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente. e) só podem ser examinados com autorização judicial, mediante pedido fundamentado da Administração Tributária. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 88 de 90 www.exponencialconcursos.com.br 39. (FCC/ICMS SP/2013) A Lei Complementar 104, de 10/01/2001, alterou e incluiu alguns dispositivos do CTN relativos à divulgação pela Administração Tributária e por seus funcionários de informações obtidas em razão de suas atividades. Regra geral, o Código Tributário Nacional veda a divulgação destas informações, havendo, no entanto, algumas exceções. De acordo com o CTN, é permitida a divulgação de informações, dentre outros, em casos de a) compensação tributária, representações fiscais para fins penais e requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça. b) requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e representações fiscais para fins penais. c) parcelamento ou moratória, requisição da mesa diretora do Poder Legislativo do ente tributante e solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo. d) inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública, representações fiscais para fins penais e petições de reconhecimento de decadência. e) transação e remissão, inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública e representações fiscais para fins penais. 40. (FCC/Defensor - DPE AM/2013) A impugnação ou recurso administrativo, a concessão de liminar em mandado de segurança ou de tutela antecipada em ação anulatória de débito fiscal têm em comum o fato de a) autorizar a modificação do crédito tributário em caso de procedência do pedido principal. b) serem causa de extinção do crédito tributário. c) serem causa de exclusão do crédito tributário. d) terem no depósito do montante integral do débito sua condição de admissibilidade. e) autorizarem a certidão positiva deefeitos negativos. 41. (FGV/ICMS RJ/2010) Com relação à dívida ativa, analise as afirmativas a seguir. I. O lançamento regularmente notificado ao contribuinte, porque dotado de exigibilidade, constitui dívida ativa tributária. II. A certidão de dívida ativa poderá ser emendada ou substituída até a decisão de primeira instância judicial, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 89 de 90 www.exponencialconcursos.com.br III. A certidão negativa de débito expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora. Assinale: a) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. b) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. c) se somente a afirmativa III estiver correta. d) se somente a afirmativa II estiver correta. e) se somente a afirmativa I estiver correta. 42. (FGV/ICMS RJ/2009) A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade, e que indique o período a que se refere o pedido. O contribuinte pode, ainda, obter a chamada certidão positiva com efeito de negativa, nas seguintes situações, à exceção de uma. Assinale-a. a) Ajuizar ação anulatória acompanhada do depósito do montante integral do crédito tributário. b) Ser considerado devedor de créditos ainda não vencidos. c) Ser credor da Fazenda Pública. d) Ter contra si ajuizada execução fiscal na qual tenha sido efetivada penhora. e) Celebrar parcelamento da dívida. 43. (FGV/ICMS RJ/2008) No termo da inscrição da dívida ativa, não é necessário indicar: a) o valor dos juros moratórios devidos. b) a data da inscrição. c) a quantia devida. d) o nome do devedor e seu domicílio. e) a origem e a natureza do débito. 44. (FCC/ICMS SP/2006) É INCORRETO afirmar: a) Ficam sujeitos à apreensão os bens e as mercadorias que estejam em poder de contribuinte que não prove a regularidade de sua inscrição no cadastro de contribuintes. C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Direito Tributário Teoria e Questões comentadas Prof. Humberto Martins Aula 09 Prof. Humberto Martins 90 de 90 www.exponencialconcursos.com.br b) Ficam sujeitos à apreensão os bens e mercadorias que se encontrem em residência particular, necessários à comprovação da infração, independentemente de buscas e apreensões judiciais. c) Da apreensão administrativa de livros, documentos, impressos, papéis, programas e arquivos magnéticos deve ser lavrado termo, assinado pelo detentor, ou na sua ausência ou recusa, por duas testemunhas, ou ainda, sendo o caso, pelo depositário designado pela autoridade que faça a apreensão. d) O risco do perecimento natural ou da perda de valor da coisa apreendida é do proprietário ou do detentor, no momento da apreensão. e) A liberação da mercadoria apreendida pode ser promovida até o momento da realização do leilão ou da distribuição, desde que o interessado deposite importância equivalente à totalidade do débito. 1 2 3 4 5 6 7 8 A D A C C E D A 9 10 11 12 13 14 15 16 D B C E B D C D 17 18 19 20 21 22 23 24 D A C C D C A A 25 26 27 28 29 30 31 32 A B B C A A C B 33 34 35 36 37 38 39 40 A C E A D C B E 41 42 43 44 A C A B 5- Gabaritos C óp ia r eg is tr ad a pa ra S IL M A R A C A E T A N O F E LI P E ( C P F : 0 48 .8 28 .5 13 -5 0) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al .