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L.EGI LICENCIATURA EM ENGENHARIA E GESTÃO INDUSTRIAL Enunciado Exercícios Práticos E. Oliveira Fernandes M. Dias de Castro Armando Oliveira José Luís Alexandre Vítor Leal Fernando Pinho Nelson Rangel 2021/2022 2 1 - INTRODUÇÃO À TRANSFERÊNCIA DE CALOR 1.1 - Circuitos integrados com 15 mm de lado são montados numa placa que se encontra no interior de uma caixa cujas paredes e ar são mantidos a 25ºC. Os integrados têm uma emissividade de 0,6 e a temperatura máxima permitida para evitar danos é de 85ºC. a) Qual a potência máxima de cada integrado, se estes dissiparem calor por radiação e convecção natural? O coeficiente de convecção entre a superfície dos integrados e o ar pode ser aproximado por , com . b) Sendo montado um ventilador no interior da caixa de modo a que a convecção seja forçada, com h = 250 W/m2K, determine a nova potência máxima que pode ser dissipada. 1.2 - A emissividade (e) de uma cobertura em chapa de aço galvanizado é 0,13 a temperaturas em torno dos 300 K, enquanto que o seu coeficiente de absorção à radiação solar (as) é 0,65. Assumindo que a superfície inferior da chapa está isolada termicamente, determine a temperatura da superfície da cobertura num dia em que a radiação solar incidente (Gs) é 750 W/m2, a temperatura do ar ( ) 16ºC e o coeficiente de convecção (h) 7 W/m2K. 1.3 - Considere um dispositivo para aquecimento de sangue que é utilizado durante uma transfusão para um doente. Este dispositivo aquece um caudal de 200 ml/min de sangue desde os 10ºC até aos 37ºC. No dispositivo, o sangue passa no interior de tubulações com 2 m de comprimento e área da secção reta de 6,4 mm ´1,6 mm. a) Qual a potência calorífica transferida para o sangue? b) Se o fluido escoar por gravidade ao longo dos 2 m de tubagem, de um reservatório suficientemente grande para poder ser desprezada a velocidade no seu interior, estime os valores da variação das energias cinética e potencial. Assuma as propriedades do sangue iguais às da água. ( )1 4¥= -sh C T T 2 5 44,2 W/(m K )=C T∞ Caixa, Tenv Ar Placa Circuito integrado (Ts, e) 15 mm 3 2 - CONDUÇÃO 2.1 - Uma parede é constituída por dois materiais com as características assinaladas na figura. A temperatura do ar exterior (contíguo a 1) é de 10oC, enquanto no interior o ar está a 20oC. O coeficiente de convecção exterior é de 20 W/m2K, e o interior é de 5 W/m2K. a) Calcule o fluxo de calor por unidade de área através da parede, sem utilizar a noção de resistência térmica equivalente. b) Calcule o fluxo de calor, com recurso à noção de resistência térmica equivalente. 2.2 - As paredes de uma casa são constituídas como mostra a figura. Os coeficientes de convecção interior e exterior são, respectivamente, de 7 e 20 W/m2K. A temperatura do ar no interior é de 18oC e no exterior é de 5oC. As condutibilidades térmicas do betão e do isolamento são iguais a 1,21 W/mK e 0,1 W/mK, respectivamente. a) Calcule o fluxo de calor que atravessa as paredes. b) Qual o fluxo se as paredes não tivessem isolamento? c) Determine as temperaturas da superfície interior e exterior da parede. d) Represente graficamente a variação de temperatura entre o interior e o exterior. e) Qual das resistências térmicas é a principal responsável pelo valor do fluxo de calor para o exterior? f) Suponha que se substitui a parede da figura anterior por uma outra constituída por duas camadas de betão de 5 cm cada, separadas por uma camada de ar de 5 cm de espessura. Admitindo que o transporte de energia através da camada de ar se realiza apenas pelo modo da condução (kar = 0,025 W/mK, calcule o novo fluxo de calor, comparando-o com o obtido em a). 2.3 - Uma sala tem uma parede exterior de betão (k= 1,21 W/mK) com 20 cm de espessura, na qual existe uma janela de vidro (k = 0,8 W/mK) de 6 mm de espessura. Para as condições referidas, verifique em qual das superfícies interiores (betão ou vidro) é menor a temperatura. Porquê? k k 4 2.4 - A figura mostra a secção cónica de um material cerâmico (k = 1,5 W/mK) com a superfície lateral bem isolada. Sendo a temperatura nos topos iguais a T1 = 400K e T2 = 600K: a) Encontre uma expressão para T(x), assumindo condições monodimen- sionais. Desenhe a distribuição da temperatura. b) Calcule o fluxo de calor através do cone. 2.5 - O tratamento térmico superficial da placa [A] representada na figura, exige que uma das suas superfícies seja mantida, durante um determinado período de tempo, à temperatura de 150ºC. Para tal, a superfície a tratar é aquecida por contacto com uma placa metálica [B], que é atravessada por uma corrente eléctrica geradora de um fluxo de calor uniforme por unidade de volume da placa [B]. a) Sabendo que a face inferior da placa [B] está isolada, e que a temperatura máxima nesta placa deverá ser de 153ºC, calcule a potência calorífica necessária, por unidade de volume de [B]. b) Calcule a temperatura da face superior da placa [A]. 2.6 - Um cilindro metálico (k = 200 W/mK, r = 2787 kg/m3, cp = 896 J/kgK) é aquecido uniformemente na sua superfície lateral, sendo arrefecido pelos topos, expostos ao ar a 10ºC, com um coeficiente de transferência de 100 W/m2K. Admitindo condução mono- dimensional segundo o eixo (x), calcule a temperatura máxima e mínima em regime permanente, quando o cilindro é aquecido. k k k PROPRIEDADES DO ÓLEO T r Cp n x 104 l Pr (°C) (kg/m3) (J/kgK) (m2/s) (W/mK) 80 852 2130 0,375 0,138 490 100 840 2220 0,203 0,137 276 140 817 2390 0,080 0,133 116 160 806 2480 0,056 0,132 84 k q’’ 5 2.7 - Um tubo de ferro onde circula vapor à temperatura de 150oC, com raio externo de 1" e 2 mm de espessura, vai ser isolado com amianto. O coeficiente de convecção interior é de 2000 W/m2K, o coeficiente de convecção exterior é de 6 W/m2K e a temperatura do ar exterior de 20oC. Suponha que lhe pediam para escolher a espessura do isolamento a instalar. Para tal, estude o efeito da espessura do isolamento na perda de calor do tubo, para espessuras entre 0 e 3 cm. Despreze o mecanismo da radiação. kferro = 40 W/mK kamianto = 0,208 W/mK 2.8 - Considere uma alheta rectangular de alumínio (k= 200 W/mK) de 3 mm de espessura e 75 mm de comprimento. A temperatura da base é de 300oC, a temperatura ambiente de 25oC e o coeficiente de convecção de 20 W/m2K. Calcule: a) A distribuição de temperatura na alheta, desprezando as perdas pelo topo. b) A distribuição de temperatura na alheta, considerando as perdas pelo topo. c) O rendimento da alheta, em cada um dos casos. 2.9 - O cilindro de um motor de motorizada é construído numa liga de alumínio com k = 186 W/mK e tem as dimensões da figura. Em condições de funcionamento típicas, a superfície exterior do cilindro está à temperatura de 500 K e exposta ao ar ambiente a 300 K, com um coeficiente de convecção de 50 W/m2K. Serão adicionadas ao cilindro 5 alhetas circulares de 6 mm de espessura e igualmente espaçadas. Qual o aumento da transferência de calor pela adição das alhetas? (Considere igual temperatura para a superfície exterior - com e sem alhetas). 2.10 - Uma esfera de 3 cm de diâmetro, à temperatura de 100oC, vai ser arrefecida por uma corrente de ar à temperatura de 20oC, com h = 100 W/m2K. Sendo as propriedades do material da esfera: r = 400 kg/m3, cp = 1600 J/kg K e k = 40 W/mK: a) Qual a temperatura da esfera ao fim de 30 s? b) Encontre uma expressão que relacione a energia transferida para o ar, com o tempo de arrefecimento. Calcule a energia transferida ao fim de 30s. 6 2.11 - A câmara de arrefecimento da figura é usada para arrefecer esferas de rolamentos, com um diâmetro de 2 cm, a uma temperatura de entrada de 100ºC. O ar da câmara é mantido a -15ºC, por um sistema de refrigeração, e as esferas atravessam a câmara pousadas numa correia transportadora, saindo à temperatura de 50ºC.a) Sabendo que o coeficiente de transferência de calor das esferas está relacionado com a velocidade destas, de acordo com a expressão h = 350×V0,6, com V em m/s e h em W/m2K, calcule a velocidade da correia (V). kesf = 50 W/mk , r esf = 5500 kg/m3 , cp, esf = 450 J/kg K b) O aquecimento prévio das esferas referidas em a) é realizado através de um processo em que é gerado um fluxo de calor uniforme no seu interior, igual a 360 kW/m3. A temperatura da superfície das esferas é de 100ºC, em regime estacionário, transferindo-se o calor para o ar, sendo h = 15 W/m2K e Tar = 20ºC. Nestas condições, calcule a temperatura a 0,5 cm da superfície, em regime estacionário. NOTA: Não use qualquer condição de fronteira em r = 0, por forma a evitar dificuldades matemáticas. 2.12 - Uma placa de betão, inicialmente à temperatura de 20oC, é banhada na face superior por um escoamento de água quente a 60oC, com um coeficiente de convecção de 300 W/m2K. Sendo a placa isolada na face inferior: a) Represente a distribuição de temperaturas na placa no instante inicial, ao fim de 3 minutos, ao fim de 6 minutos, e para um tempo de aquecimento muito grande. b) Ao fim de quanto tempo se pode supor o regime estacionário? 2.13 Considere a fase de aquecimento do processo de têmpera de uma placa de aço (r = 7830 kg/m3, c = 550 J/kgK, k = 48 W/mK) com 100 mm de espessura. A placa está inicialmente à temperatura uniforme de 200ºC e deverá ser aquecida até à temperatura mínima de 550ºC. O aquecimento é efectuado numa fornalha a gás, onde os produtos da combustão, à temperatura de 800ºC, garantem um coeficiente de convecção de ambos os lados da placa de 250 W/m2K. Determine o tempo que a placa deve permanecer na fornalha. k 7 3 - CONVECÇÃO 3.1 - A distribuição de temperaturas na camada limite térmica de um dado escoamento sobre uma superfície aquecida pode ser aproximada por onde y é a distância na direcção normal à superfície e o número de Prandtl, , é uma propriedade adimensional do fluido. Determine o fluxo de calor na superfície, se T¥ = 400 K, Ts = 300 K e u¥/n = 5000 m-1. 3.2 - O coeficiente local de convecção natural para o escoamento laminar sobre uma superfície vertical aquecida pode ser determinado pela expressão , onde hx é o coeficiente local à distância x do bordo de ataque da superfície e C é uma constante, que depende apenas das propriedades do fluido. Obtenha uma expressão para o rácio , onde é o coeficiente médio entre o bordo de ataque (x = 0) e a localização x. Esboce a variação de hx e com x. 3.3 - O sistema de descongelação do para-brisas de um automóvel consiste em fazer escoar ar quente sobre a superfície interior do vidro. Para prevenir a condensação de vapor de água na superfície interior, a temperatura do ar e o coeficiente de convecção (T¥,i, hi) têm de ser suficientemente elevados de modo a manter a temperatura da superfície do vidro Ts,i acima da temperatura do ponto de orvalho (Ts,i ³ Torv). Num dia em que a temperatura do ar exterior é -15°C, considere o vidro (k = 1,4 W/m.K) de um para-brisas, com 800 mm de comprimento e 6 mm de espessura, de um automóvel a circular à velocidade de 110 km/h. Nos ensaios laboratoriais de um modelo desse automóvel obteve-se para o coeficiente de convecção médio exterior adimensionalizado a expressão , onde . Se Torv = 10ºC e T¥,i = 50ºC, determine o valor mínimo do coeficiente de convecção médio interior (hi) necessário para prevenir a condensação na superfície interior do vidro. Propriedades do ar (aprox.): k = 0,023 W/m.K, n = 12,5´10-6 m2/s, Pr = 0,71. 1 exp Pr u ¥ ¥ - æ ö= - -ç ÷- è ø s s T T u y T T Pr 0,7µ= =pc k 1 4-=xh Cx x xh h xh xh 0,8 1 30,030Re Pr=L LNu Re n=L VL T¥,e = -15ºC he T¥,i = 50ºC hi 8 3.4 - Considere uma placa plana horizontal de dimensões 1m x 2m. A sua superfície está à temperatura de 30ºC, e é sujeita à acção do vento que sopra à velocidade V, sendo a temperatura do ar de 20ºC. O escoamento faz-se paralelamente à placa, na direcção correspondente à sua menor dimensão. a) Encontre a equação que relaciona o coeficiente de transferência de calor por convecção (entre a placa e o ar) com a velocidade do vento. Considere apenas os casos em que a camada limite é laminar, indicando o limite superior de validade da expressão. b) Supondo que a placa está a 30ºC, devido à incidência da radiação solar, quando o vento sopra na direcção referida, se a direcção passar a ser a da maior dimensão, a nova temperatura da placa será maior ou menor? Justifique. 3.5 - A figura representa em planta duas salas de um edifício. A temperatura interior nas duas salas é mantida a 20ºC, sendo o coeficiente de convecção interior de 5 W/m2.K. No exterior, o ar ambiente escoa-se paralelamente à superfície exterior da parede, nas condições da figura. Desprezando o mecanismo da radiação, calcule: a) A potência térmica perdida pela sala A, através da parede representada. b) A potência térmica perdida pela sala B. 3.6 - Considere uma resistência eléctrica de forma cilíndrica (k = 240 W/m.K, r = 2700 kg/m3, cp = 900 J/KgK), com 10 mm de diâmetro e muito comprida, instalada numa conduta onde escoa ar a 27ºC e à velocidade de 10 m/s na direção perpendicular à resistência. a) Desprezando o efeito da radiação, estime o valor da temperatura da superfície da resistência em regime estacionário quando esta dissipar uma potência de 1000 W/m. b) Se a resistência for ligada quando a sua temperatura inicial for igual a 27ºC, estime o tempo necessário para a temperatura da superfície da resistência ficar a 10ºC do seu valor estacionário. k 9 3.7 - Para aumentar a transferência de calor entre dois escoamentos é proposto inserir um pino de alumínio (k = 177 W/m.K), com 100 mm de comprimento e 5 mm de diâmetro, através da parede que os separa. O pino funciona como alheta e é inserido no fluido 1 até à profundidade d. O fluido 1 é ar à temperatura média de 10ºC e velocidade de 10 m/s e o fluido 2, também ar, escoa à temperatura média de 40ºC e velocidade de 3 m/s. a) Determine a potência calorífica transferida entre os fluidos através do pino para a distância d = 50 mm. b) Represente graficamente a evolução da potência transferida com a distância de inserção d. Existe uma distância de inserção ótima? 3.8 - Na conduta da figura circulam 0,3 kg/s de água, que entram à temperatura de 80ºC. Sendo o coeficiente de convecção exterior de 5 W/m2.K e estando o ar exterior a 20ºC: a) Determine a temperatura de saída da água. b) Se o caudal de água baixar para 0,01 L/s, qual o novo coeficiente de convecção interior e a temperatura de saída da água? 3.9 - Pretende-se insuflar 0,15 kg/s de ar numa sala, para efeitos de aquecimento. Para tal dispõe-se de uma unidade de aquecimento, da qual o ar sai a 31ºC. O transporte do ar até à sala deverá ser feito através de uma conduta de secção quadrada, com um comprimento de 13 m. Sendo a resistência térmica equivalente da parede da conduta e da convecção exterior de 0,5 m2.K/W, e a temperatura exterior de 12ºC: a) Quais deverão ser as dimensões da secção da conduta para que a queda de temperatura entre a saída da unidade de aquecimento e a entrada na sala não exceda 2ºC? b) Para essas dimensões calcule a temperatura média da superfície da conduta. Ar Ar k 10 3.10 - Num tubo com Æ1 = 3 cm e Æ2 = 3,4 cm escoa-se água à temperatura média de 80ºC, com um coeficiente de convecção de 5000 W/m2.K. No exterior existe um escoamento de ar forçado, à velocidade de 5 m/s e à temperatura de 20ºC. a) Nestas condições calcule a potência transferida para o ar. b) Em que ponto exterior do tubo é máxima a potência transferida? Justifique. c) Pretendendo aumentar a potência transferida para o ar, resolveu-se utilizar dois tubos com metade do(s) diâmetro(s), circulando em cada um metadedo caudal. Diga, justificando, se a decisão foi ou não acertada. 3.11 - Um feixe tubular constituído por tubos de cobre verticais com o diâmetro interior de 10 mm e exterior de 12 mm, constitui a unidade aquecedora de uma máquina de ar condicionado. No interior dos tubos circula água a uma temperatura média de 60ºC, e no exterior o ar é forçado transversalmente à velocidade de 10 m/s. A potência de aquecimento necessária é de 30 kW. Determine o número de linhas de 15 tubos cada, com a disposição indicada na figura, e o caudal de água necessário, sabendo que a queda de temperatura da água entre a entrada e a saída não pode exceder 10ºC, e fazendo as hipóteses convenientes. O ar entra a 15ºC e sai a 25ºC. Suponha que o coeficiente de convecção nos tubos é suficientemente grande para que a sua resistência seja desprezável. 3.12 - Para arrefecer uma habitação no verão, sem recorrer a um ciclo frigorífico de compressão de vapor, faz-se recircular ar do interior da casa através de um tubo de plástico (k = 0,15 W/m.K, Di = 0,15 m, De = 0,17 m) submerso num lago adjacente. A água do lago está à temperatura de 17ºC e o coeficiente de convecção do lado exterior do tubo é 1500 W/m2.K. O ar recirculado entra no tubo à temperatura de 29ºC com um caudal volúmico de 0,025 m3/s e pretende-se que saia à temperatura de 21ºC, temperatura de insuflação na habitação. a) Determine o comprimento L de tubo necessário. b) Calcule a potência do ventilador requerida para fazer circular o ar através do tubo considerando-o de parede lisa. k Ar T1 = 29ºC, 31 0,025 m /s=!V T2 = 21ºC Tubo Água 11 3.13 - Considere uma parede vertical (k = 1,2 W/m.K) exposta ao ar, que no lado interior se encontra calmo e a 15ºC. a) Encontre uma relação entre hi e DT = Tp - Tar. b) Calcule ki para uma temperatura da parede interior de 18ºC. c) Se na face exterior da parede incidir a radiação solar, fazendo com que ela esteja à temperatura de 40ºC, qual será o coeficiente de convecção interior e o fluxo de calor para o interior? 3.14 - No interior do tubo da figura circula água à temperatura média de 50ºC. O tubo é de ferro (k = 40 W/m.K) e tem um comprimento de 5m, estando colocado horizontalmente numa sala onde o ar, a 20ºC está calmo. Calcule a potência perdida pela água, considerando desprezável a resistência de convecção interior. 3.15 - A condutividade térmica e a emissividade da superfície de um material podem ser determinadas aquecendo a sua superfície inferior com uma resistência elétrica e expondo a superfície superior a ar calmo e às paredes de uma envolvente ampla com temperaturas idênticas, i.e. T¥ = Tenv = 25ºC. As restantes superfícies da amostra/ resistência são bem isoladas termicamente. Considere uma amostra quadrada com 250 mm de lado e espessura 25 mm. Numa experiência realizada em condições estacionárias, as temperaturas medidas nas superfícies inferior e superior foram de T1 = 150ºC e T2 = 100ºC, respetivamente, para a potência elétrica fornecida de 70 W. Determine a condutividade térmica e a emissividade da amostra. Amostra, k Tenv 25 mm 250 mm P = 70 W Ar ambiente, T¥ 12 3.16 - Um colector solar plano é constituído por uma placa pintada de preto (e = 0,9) e uma cobertura de vidro (e = 0,8), com as dimensões indicadas na figura. No espaço fechado entre ambas existe ar. Estando a placa à temperatura de 90ºC e o vidro à temperatura de 40ºC, calcule: a) A potência calorífica perdida, por convecção, pela parte superior do coletor, para uma distância entre a placa e o vidro de 15 mm. b) A espessura da camada de ar para a qual o fluxo de calor trocado é mínimo. c) Esboce num gráfico a variação da potência perdida por convecção com a distância placa-vidro, justificando o andamento da curva em função dos modos de transferência de calor em presença. d) Represente graficamente as perdas térmicas por convecção em função do ângulo de inclinação do colector, para 0º £ q £ 50º, e para uma distância placa-vidro de 15 mm. 13 4 - TRANSFERÊNCIA DE CALOR COM MUDANÇA DE FASE 4.1 - Um tubo horizontal com 1 m de comprimento e temperatura da superfície de 70ºC é usado para condensar vapor de água saturado a 1 atm. a) Qual o diâmetro necessário para atingir o caudal de condensado de 125 kg/h? b) Represente graficamente o caudal de condensado em função da temperatura da superfície para 70 £ Ts £ 90ºC e diâmetros do tubo de 125, 150, e 175 mm. 4.2 - Uma placa vertical quadrada com 0,5 x 0,5 m, à temperatura uniforme de 84ºC, está exposta a vapor de água saturado à pressão atmosférica. Calcule: a) O coeficiente de transferência local, no meio e no fundo da placa, considerando que o regime de escoamento é laminar. b) O coeficiente de transferência médio para toda a placa. Compare com o coeficiente que se obtém para regime laminar. c) O caudal de condensado e a potência transferida. 4.3 - Um condensador de vapor consiste num feixe de 25 tubos (5 x 5) de 2 cm de diâmetro exterior e 1 m de comprimento. No exterior existe vapor saturado à pressão atmosférica, e no interior circula água de arrefecimento que mantém a superfície exterior dos tubos a 50ºC. a) Calcule o caudal de condensado e a potência do condensador, sendo os tubos colocados verticalmente (figura 1). b) Calcule os mesmos, estando os tubos horizontais e alinhados (figura 2). c) Se os tubos horizontais forem dispostos alternadamente (figura 3) a potência transferida será maior ou menor que em b)? Justifique. 14 4.4 - Um recipiente de cobre contendo água, é aquecido através de um disco liso (rugosidade desprezável) com uma resistência elétrica. a) Estando o fundo do recipiente a 120ºC, calcule a potência da resistência de modo a provocar ebulição nucleada saturada. b) Qual a potência máxima que a resistência deve ter? 4.5 - Os gases de escape de um motor de combustão interna saem deste à temperatura de 350ºC. Por razões de economia os gases vão ser arrefecidos até 150ºC num ebulidor. No ebulidor, o tubo de 100 mm de diâmetro onde circulam os gases é rodeado por água à pressão atmosférica, de modo a produzir-se vapor de água. Sabe-se que o caudal de gases é de 1 ton/h e que as suas propriedades são: r = 1,5 kg/m3 cp = 1400 J/kg.K Pr = 0,7 µ = 1,2x10-5 kg/m.s Pretende-se saber qual o comprimento de tubo necessário. 15 5 - PERMUTADORES DE CALOR 5.1 - Pretende-se utilizar um permutador para arrefecer continuamente 20 kg/s de água quente de 360 K a 335 K, por troca de calor com 25 kg/s de água fria com temperatura de entrada de 300 K. Admitindo que o coeficiente global de transferência de calor é 2000 W/m2.K, calcular a área de transferência necessária nos seguintes casos, considerando o calor específico da água 4180 J/kg.K: a) Permutador em contracorrente. b) Permutador de passagens múltiplas (carcaça-tubos 1-2). 5.2 - Considere um permutador de calor de fluxos paralelos com 10 m2 de área de transferência de calor e com um coeficiente global de transferência de calor de 500 W/m2.K. Os caudais dos fluidos quente e frio são respectivamente de 5000 kg/h e 50000 kg/h. O fluido quente entra à temperatura de 165ºC e o frio entra a 15ºC. Considere os calores específicos dos dois fluidos iguais a 3000 J/kg.K. a) Calcular a potência térmica transferida no permutador. b) Calcular as temperaturas dos fluidos à saída. 5.3 - Deseja-se aquecer um óleo (cp=2000 J/kg.K) com caudal mássico de 75 g/s desde 300 K até 325 K, fazendo-o passar através de um tubo em U (duas passagens) de um permutador carcaça-tubos. O tubo tem 10 mm de diâmetro interno. Na carcaça circula água, que entra a 372 K e cuja temperatura de saída máxima admissível é 361 K. Sendo o coeficiente global de transferência de calor 230 W/m2.K, referido ao diâmetro interno do tubo, estime o comprimento do permutador. 5.4 - Pretende-se aquecer 4500kg/h de um fluido A, desde 25ºC até 50ºC, usando uma corrente quente de fluido B que se encontra inicialmente a 72ºC. Caudal de B é 2900 kg/h. Para o efeito, instalar-se-ão em série diversos permutadores de calor de tubo duplo (em U), com os fluidos em contracorrente. Admitir que se formam depósitos nas paredes dos tubos, os quais introduzem uma resistência térmica de 10-4 (m2.K/W) em cada lado da superfície de transferência de calor. O fluido A circula no tubo interior. Características dos permutadores: diâmetro do tubo interior = 3,5 cm; diâmetro do tubo exterior = 5,3 cm. Propriedades dos fluidos: Fluido A: r = 880 kg/m3; cp = 1700 J/kg.K; k = 0,15 W/m.K; µ = 0,4x10-3 kg/m.s Fluido B: r = 870 kg/m3; cp = 1600 J/kg.K; k = 0,14 W/m.K; µ = 0,5x10-3 kg/m.s Sabendo que cada permutador em U tem 6 m de comprimento, quantos permutadores serão necessários? 6 m 1 permutador em U 16 5.5 - A temperatura de um óleo à saída de um arrefecedor de fluxos paralelos é 370 K, pretendendo-se baixá-la para 350 K através do aumento do comprimento do arrefecedor. Os caudais e as temperaturas de entrada manter-se-ão. O líquido arrefecedor é água que, no permutador original, entra a 285 K e sai a 310 K. O óleo entra a 420 K. Se o comprimento original for 1 m, qual deverá ser o novo comprimento? 5.6 - Pelos tubos de um permutador faz-se passar água com um caudal de 100 g/s por tubo, com o objetivo de arrefecer um óleo que escoa pelo exterior dos tubos em contracorrente com um caudal de 75 g/s por tubo. Os tubos são de aço comercial (k = 50 W/m.K) e têm 2 m de comprimento, 19 mm de diâmetro externo e 1,3 mm de espessura de parede. Para temperaturas de entrada de 370 K e 280 K do óleo e da água, respetivamente, calcular a temperatura de saída do óleo. Dados: h = 2500 W/m2.K; cp = 1900 J/kg.K (água) h = 1700 W/m2.K; cp = 1900 J/kg.K (óleo) 17 SOLUÇÕES INTRODUÇÃO 1.1 a) 0,22 W b) 3,4 W 1.2 77 ºC 1.3 a) 375 W b) Dec=0,054 J/kg; Dep=19,58 J/kg CONDUÇÃO 2.1 a) 27 W/m2 b) 27 W/m2 2.2 a) 21 W/m2 b) 41 W/m2 c) Tsup. Int.=15 ºC e Tsup. Ext.=6,1 ºC d) Representação gráfica: e) É a resistência do isolamento (0,30 m2.K/W) f) 5,7 W/m2 (novo fluxo de calor) 2.3 Tbetão=11,6 ºC > Tvidro=9,6 ºC 2.4 a) b) 0,92 W 2.5 a) 36 kW/m3 b) 149,1 ºC 2.6 Tmáx=61,3 ºC e Tmin=60 ºC 2.7 Espessura ³ 25 mm 2.8 a) e b) c) halh, a)=89%; halh, b)=88,7% 2.9 (qcom_alheta) / (qsem_alheta) = 3 2.10 a) T(30s)=51 ºC b) 2.11 a) V=48 cm/s b) 100,1 ºC 2.12 a) T(x=x, t=0) = Ti = 20 ºC T(x=0, t=3min) = 36,0 ºC T(x=0,4 cm, t=3min) = 38,8 ºC T(x=1 cm, t=3min) = 51,8 ºC T(x=0, t=6min) = 48,0 ºC T(x=0,4 cm, t=6min) = 49,4 ºC T(x=1 cm, t=6min) = 55,9 ºC b) t » 30 minutos 2.13 14,3 minutos CONVECÇÃO 3.1 q’’ = −9205 W/m2 3.2 3.3 38,3 W/m2K [ ]12 5 650 0 25 ,( ) , T x x - = + - K X (mm) 0 20 40 60 75 Isolada no Topo 300.0 280.9 268.0 261.0 259.4 Convecção no Topo 300.0 280.6 267.3 259.9 258.0 VARIAÇÃO DA TEMPERATURA DA ALHETA - T(X) ( ) [ ]0 03724 1 , tQ e J-= - + 30 440( )sQ J= = 4 3x xh h 18 3.4 a) b) Tplaca será menor 3.5 a) b) 3.6 a) 330 ºC b) t ≈ 200 s 3.7 a) 0,924 W b) 3.8 a) Tsaída = 79,9 ºC hint = 5964 W/m2K b) Tsaída = 78,1 ºC hint = 122 W/m2K 3.9 a) L £ 18 cm b) Tparede conduta = 28 ºC 3.10 a) b) Em q = 0º (ponto de estagnação) c) Decisão acertada 3.11 Caudal mássico: Número de Linhas = 5 3.12 a) 13,7 m b) 0,077 W 3.13 a) b) c) 3.14 3.15 k = 0,56 W/mK; e =0,8 3.16 a) b) H = 9,9 mm c) d) MUDANÇA DE FASE 4.1 a) 144 mm 4.2 a) 6039 W/m2K, 5078 W/m2K b) 7915 W/m2K (laminar: 6770 W/m2K) c) 13,7 g/s, 31,7 kW 4.3 a) 177 g/s, 377 kW b) 191 g/s, 432 kW c) a potência será maior 4.4 a) 82 kW b) 89,2 kW 4.5 PERMUTADORES DE CALOR 5.1 a) 28 m2 b) 29,8 m2 5.2 a) 450 kW b) 25,8ºC; 57,0ºC 5.3 4,9 m 5.4 6 permutadores 5.5 1,86 m 5.6 324 K é ù= × ë û 1 2 23,86 W/m Klamh V V/79,7xx0 crit =££ 569 Wq = 376 Wq = 768 Wq = 717 g/sm ³! ( )1 4 21 W/m K / lam ph C T T¥ é ù= - ë û ( )1 3 22 W/m K / turb ph C T T¥ é ù= - ë û 22 0 W/m K,ih = 23 6 W/m K,ih = 256 6 W/m'' ,q = 140 Wq = 392 Wq = H (mm) 5 9,9 20 40 60 80 Q (W) 576 291 366 311 293 281 q (º) 0 10 20 30 40 50 Q (W) 439 437 432 423 410 392