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1 UNIPÓS – UNIDADE DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO EMANUEL ADEILTON DE OLIVEIRA ANDRADE SUPERANDO DIFICULDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL NOS ANOS FINAIS NA ÁREA DE MATEMÁTICA PELO USO DE MÍDIAS DIGITAIS NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DA CIDADE DE ALTO DO RODRIGUES/RN ALTO DO RODRIGUES, RN 2021 2 EMANUEL ADEILTON DE OLIVEIRA ANDRADE SUPERANDO DIFICULDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL NOS ANOS FINAIS NA ÁREA DE MATEMÁTICA PELO USO DE MÍDIAS DIGITAIS NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DA CIDADE DE ALTO DO RODRIGUES/RN Dissertação apresentada e defendida ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Educação da Emil Brunner World University, como parte dos requisitos para obtenção do título de MESTRE em Educação. Área de concentração: Educação. Linha de pesquisa: Educação e Mídias. Orientador: Dr. Regis Flávio Varela de Oliveira. ALTO DO RODRIGUES, RN 2021 3 PESQUISADOR: Emanuel Adeilton De Oliveira Andrade. ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Educação. LINHA DE PESQUISA: Educação e Mídias. POS-GRADUAÇÃO EM: Ciências da Educação. NÍVEL: Mestrado. TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: “Superando Dificuldades de Ensino-Aprendizagem no Ensino Fundamental nos Anos Finais na Área de Matemática pelo Uso de Mídias Digitais nas Escolas da Rede Pública de Ensino da Cidade de Alto do Rodrigues/RN”. ORIENTADOR: A Dissertação de autoria do pesquisador Emanuel Adeilton De Oliveira Andrade APROVADA em reunião pública realizada na Representação Emil Brunner World University dos USA, pela seguinte Banca Examinadora: NOME ASSINATURA Prof. Dr. Jorge Luiz Pereira Correia Presidente Prof. Dr. Iure Coutre Gurgel Examinador Prof. Dr. Dr. Regis Flávio Varela de Oliveira Orientador ALTO DO RODRIGUES, RN 2021 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a meus pais, Maria Neves de Oliveira Andrade e Francisco Adelino de Andrade e a minha esposa e filhos, Dryelli de Brito Xavier meus filhos: Emmanuel Antony Xavier Andrade e Sammuel Adelyno Xavier Andrade. 5 AGRADECIMENTOS A Deus, por me dar força e sabedoria. A meu orientador, pelas contribuições na realização desse trabalho Aos meus pais, pelo carinho e dedicação. A todos os meus irmãos e irmãs pelo incentivo ao estudo em Especial a Maria da Conceição de Oliveira Andrade. Aos professores e colegas do curso pela colaboração e troca de experiência. Aos alunos, diretores, colegas de trabalho pelos incentivos e colaboração. Aos professores colaboradores na pesquisa. 6 “O processo educativo precisa estar vinculado ao contexto social, em que o sujeito - aluno - está inserido. Isso irá implicar em conhecer e usar instrumentação eletrônica, bem como outros recursos pedagógicos”. Santos. 7 RESUMO Nesta atividade dissertativa, realizou-se um estudo visando entender como é possível de se superar dificuldades de aprendizagem no ensino fundamental na área da matemática pelo uso de smartphones. O principal objetivo desta pesquisa dissertativa é analisar de que forma as tecnologias de ensino poderão contribuir para que se superem dificuldades de aprendizagem no ensino fundamental na área da matemática pelo uso de smartphones. Para isso trabalhamos autores que fundamenta o trabalho (ALMEIDA, 2017; MORAN, 2010; KENSKI, 2018; LÉVY, 2019; MARTINS, 2019). A priori, a realização desta pesquisa se justificou porque o ensino é uma atividade socialmente interativa. Este estudo também se fundamentou em um experimento que visava compreender as particularidades intrínsecas que permeiam a avaliação das principais implicações e premissas associadas ao uso de novas tecnologias no ambiente escolar tradicional no âmbito do ensino da matemática. Para tanto, consumou-se uma atividade de campo, explorando um método misto. No momento, os professores da unidade de ensino pesquisada estão procurando vencer os desafios destacados acima, propendendo o usufruto qualitativo de novas tecnologias como uma provável metodologia didático- pedagógica. Palavras-chave: Dificuldades. Aprendizagem. Tecnologia. Matemática. 8 ABSTRACT In this dissertation activity, a study was carried out in order to understand how it is possible to overcome learning difficulties in elementary school in the area of mathematics through the use of smartphones. The main objective of this dissertation research is to analyze how teaching technologies can contribute to overcoming learning difficulties in elementary education in the area of mathematics through the use of smartphones. For this, we work authors who support the work (ALMEIDA, 2017; MORAN, 2010; KENSKI, 2018; LÉVY, 2019; MARTINS, 2019) A priori, this research was justified because teaching is a socially interactive activity. This study was also based on an experiment that aimed to understand the intrinsic particularities that permeate the assessment of the main implications and assumptions associated with the use of new technologies in the traditional school environment in the context of teaching mathematics. For that, a field activity was carried out, exploring a mixed method. For that, a field activity was carried out, exploring a mixed method. At the moment, the professors of the researched teaching unit are trying to overcome the challenges highlighted above, proposing the qualitative use of new technologies as a probable didactic-pedagogical methodology Keyboards: Difficulties. Apprenticeship. Technology. Mathematics. 9 LISTA DE FOTOS, IMAGENS E QUADROS Foto 1 – celulares ....................................................................................... 061 Imagem 1 – Smartphone ............................................................................ 062 Quadro 1 – Professores colaboradores para pesquisa ................................ 069 10 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – O que os professores utilizam ..................................................... 074 Gráfico 2 – O uso da tecnologia como um instrumento didático .................... 075 Gráfico 3 – Como são as aulas com o uso das tecnologias .......................... 078 Gráfico 4 – O uso da tecnologia como um instrumento didático .................... 079 Gráfico 5 – Como são as aulas com o uso de tecnologias? .......................... 081 Gráfico 6 – Recursos midiáticos e tecnológicos ............................................ 082 Gráfico 7 – A formação discente no laboratório de informática? ................... 084 Gráfico 8 – O que os professores utilizam para a formação discente ........... 085 Gráfico 9 – Permissão para autonomia .......................................................... 086 Gráfico 10 – Resultados alcançados ............................................................. 088 Gráfico 11 – A formação da prática pedagógica pelo uso de tecnologias...... 090 Gráfico 12 – Resultados alcançados ............................................................. 091 Gráfico 13 – Amplia e modifica as formas de ensinar e de aprender ............ 093 Gráfico 14 – Resultados alcançados ............................................................. 096 Gráfico 15 – Métodos tecnológicos utilizados em sala de aula ..................... 098 Gráfico 16 – A prática pedagógica com o uso de tecnologias possibilita? .... 100 Gráfico 17 – O que promovem as aulas com o uso de tecnologias? ............. 103 Gráfico 18 – Métodos apropriados e satisfatórios para promover o ensino? ... 105 Gráfico 19 – O que prioriza a prática pedagógica? ........................................ 107 Gráfico 20 – Métodos apropriadospara a aprendizagem dos alunos? ......... 109 Gráfico 21 – Enquanto recurso metodológico, o que visa a tecnologia? ....... 111 Gráfico 22 – Os resultados são satisfatórios? ............................................... 113 Gráfico 23 – A tecnologia atende os interesses e necessidades? ................. 114 Gráfico 24 – Sugestões .................................................................................. 117 11 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - O uso da tecnologia .................................................................... 077 Tabela 2 - Aulas com o uso de tecnologias .................................................. 080 Tabela 3 - A formação discente .................................................................... 083 Tabela 4 - Apropriação de novas tecnologias .............................................. 087 Tabela 5 - A busca pela ampliação e mudança ........................................... 094 Tabela 6 - A prática pedagógica com o uso de tecnologias ......................... 101 Tabela 7 - As promoções com o uso de tecnologias .................................... 104 Tabela 8 - Métodos apropriados e satisfatórios ........................................... 106 Tabela 9 - As priorizações na prática pedagógica ....................................... 108 Tabela 10 - Métodos apropriados ................................................................. 110 Tabela 11 - O que visa a tecnologia ............................................................. 112 Tabela 12 - A satisfação com os resultados ................................................. 113 Tabela 13 - A satisfação com a tecnologia ................................................... 115 Tabela 14 - Validade de novas tecnologias em sala de aula ....................... 116 12 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................................. 014 1 MATEMÁTITCA ADVERSIDADES, TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS ...... 021 1.1-ADVERSIDADES NO ENSINO E APRENDIZAGEM MATEMÁTICA ......... 025 1.2-ADVERSIDADES ENCONTRADAS NO ENSINO ...................................... 026 1.3-ADVERSIDADES ENCONTRADAS NA APRENDIZAGEM ........................ 030 1.4-TENDÊNCIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA ......................................... 033 2-A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) .................. 036 2.1-A IMPORTÂNCIA DAS TIC NA SOCIEDADE ............................................ 037 2.2-O USO DAS TICs NA EDUCAÇÃO ............................................................ 038 2.3-OS PRINCIPAIS RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO ........... 039 2.4-O USO DO TABLETE, CELULAR E SMARTPHONE ................................. 043 2.5-OS PROFESSORES E AS TICs ................................................................. 045 2.5.1-O MEC e a introdução do computador na escola ............................... 054 2.5.2-Criação e fortalecimento de redes de aprendizagem ......................... 055 2.6-FORMAÇÕES CONTINUADA DOS EDUCADORES ................................. 056 2.7-SMARTPHONES E CELULARES ............................................................... 061 2.7.1-A introdução do tablete, celular ou smartphone ................................ 062 2.8-O USO DAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA .................................... 063 2.8.1-Motivos para tornar o celular ferramenta pedagógica ....................... 064 3-MARCO METODOLÓGICO ........................................................................... 067 3.1-CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .......................................................... 067 3.2-UNIVERSO E AMOSTRA ........................................................................... 068 3.3-INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ................................................. 069 3.4 MÉTODO DE LEITURA, ANÁLISE E DE COMPREENSÃO DE DADOS ... 070 3.5-TRATAMENTO DOS DADOS ..................................................................... 71 3.6-POSICIONAMENTO ÉTICO ....................................................................... 72 4-APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS ..................................... 74 4.1-DESCREVENDO E MENSURANDO AS PRÁTICAS DE ENSINO ............ 74 4.2-EXIBINDO AS PRINCIPAIS SUGESTÕES ................................................ 116 5-CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 119 13 5.1 RECOMENDAÇÕES ................................................................................... 124 REFERÊNCIAS ................................................................................................. 126 APÊNDICE – QUESTIONÁRIO DE PESQUISA .............................................. 130 14 -INTRODUÇÃO Nesta atividade dissertativa, busca-se superar dificuldades de aprendizagem no ensino fundamental na área da matemática pelo uso de Mídias Digitais em especial o smartphone. Para tanto, consuma-se uma atividade de campo, explorando um método misto nas páginas subsequentes. Por consequência, este estudo também se fundamenta em um experimento que visa compreender as particularidades intrínsecas que permeiam a avaliação das principais implicações e premissas associadas ao uso de novas tecnologias no ambiente escolar tradicional. Nos últimos anos, vivencia-se uma intensa e extensiva revolução tecnológica. Com a criação de novos métodos e abordagens, a execução de inúmeras atividades começa paulatinamente a se realizar de maneiras distintas. Isto, no momento, se sucede de tal modo que os resultados registrados nos mais variados empreendimentos também experimentam algumas alterações. Isto expresso, a qualidade final das suas inevitáveis implicações subsequentes começa a se distinguir do que antes se computava. Com o tempo, estas mudanças tecnológicas começam a reverberar na prática educativa, oferecendo resultados distintos do que antes se alcançava atuando de maneira tradicional. A priori, este reverberar exige a prévia construção de uma prática didático-pedagógica diferenciada. Se isto não realizar deste modo, coloca-se em risco a qualidade geral do ensino, visto que não há uma base adequada para que novas tecnologias sejam de algum jeito utilizadas no ambiente escolar habitual. PROBLEMÁTICA: Quais são as dificuldades a serem superandas no ensino-aprendizagem no Ensino Fundamental nos Anos Finais na área de Matemática pelo uso de Mídias Digitais nas escolas da rede pública de ensino da cidade de Alto do Rodrigues/RN? Mesmo reconhecendo a importância da adoção de novas tecnologias no ambiente escolar, é imprescindível compreender que isto não pode se realizar de qualquer maneira, ou seja, literalmente no improviso. Esta é uma atividade que deve, portanto, se consumar explorando uma estratégia apta a possibilitar pelo menos a manutenção da qualidade geral do ensino atualmente experimentada. Se os ganhos com uma mudança significativa dos procedimentos didático-pedagógicos não implicam no qualificar dos resultados porvindouros, é muito melhor apenas preservar o que antes já se utilizava. De outro modo dito: se os registros alcançados 15 nas avaliações não provocam ganhos reais, são inúteis as mudanças realizadas nas estratégias de ensino adotadas no ambiente escolar. Inúteis são porque no final de tudo importa tão somente o qualificar do aprendizado (ALMEIDA; ALONSO, 2017). Se ele não se alcança adotando qualquer novo procedimento de natureza tecnológica, vale muito mais operar de forma tradicional, fazendo o “simples”, “o café com leite”, porque ele prontamente insinua um ganho razoável de aprendizado com maior facilidade e frequência (ALMEIDA; VALENTE, 2018). Ponderando tudo isso, é possível sumariar o problema de pesquisa nas seguintes indagações: O usufruto de novas tecnologias como metodologia didático- pedagógica no ambienteescolar possibilita a manutenção da qualidade geral do ensino na área da matemática? Tomando consciência desta possibilidade, os professores da unidade de ensino pesquisada estão usando esta ferramenta na consumação de suas atividades didático-pedagógicas? Descobrir quais são os obstáculos e se os professores entrevistados estão buscando vencê-los, possibilitará compreender até que ponto o uso de novas tecnologias na unidade escolar pesquisada vem se realizando de maneira adequada (BALDINI, 2018). Por isto, isto aqui busca-se descobrir; No momento, quais são os principais desafios que inviabilizam o uso correto de novas tecnologias como metodologia didático-pedagógica no ambiente escolar no campo da matemática? Considerando isto, os professores da unidade de ensino pesquisada estão procurando vencê-los, visando o usufruto qualitativo de novas tecnologias como uma provável metodologia didático-pedagógica, incluindo- se na área da matemática pelo uso de smartphones? A descoberta de quais são os desafios que dificultam o uso de novas tecnologias em sala de aula facilitará a construção de uma prática pedagógica que resolva isto do melhor modo (BORBA; PENTEADO, 2019). Isto tudo também poderá valorizar o ensino qualitativo em todas as ocasiões e contextos; Pela perspectiva dos professores entrevistados na atividade de campo, os cursos universitários de licenciatura estão preparando de maneira adequada os futuros profissionais do ensino para que utilizem com maior eficácia novas tecnologias como um provável procedimento didático-pedagógica no processo de ensino aprendizagem na área da matemática? Quais desafios seriam necessários 16 para que isto se realize do melhor modo em subsequência, inclusive aproveitando- se dos smartphones? É importante frisar que não basta o educador ter interesse em adotar uma estratégia de natureza tecnológica em sala de aula (BORBA; SILVA; GADANIDIS, 2018). Aliás, também não basta a escola oferecer meios para que isto se consume do melhor modo. Claro que estes são pontos positivos que precisam ser explorados ao máximo quando presentes, se o foco didático-pedagógico de uma unidade de ensino é explorar novas tecnologias em sala de aula (VALENTE, 2013A). Isto tudo, todavia, só pode se efetivar de maneira adequada, se o educador recebeu preparo prévio. Ausentando-se isto, há riscos que poderão desvalorizar o uso de abordagens didáticas deste jeito fundamentadas. A princípio, o preparo pode ser conquistado no decorrer dos cursos de licenciatura, ou pelo menos espera-se que isto aconteça. A priori, todas as atividades descritas neste Marco Introdutório se consumam de maneira mais ou menos variável nas páginas subsequentes desta atividade dissertativa, propendendo a resolução prática destas questões. Além disto, essa atividade dissertativa consta como metodologia sobre uma revisão bibliográfica. Objetivo geral: Analisar as dificuldades a serem superandas no ensino- aprendizagem no Ensino Fundamental nos anos finais na área de Matemática pelo uso de Mídias Digitais nas escolas da rede pública de ensino da cidade de Alto do Rodrigues/RN. Para tanto, explora-se um método descritivo-qualiquantitativo, visando a avaliação das principais implicações e premissas associadas ao uso de novas tecnologias no ambiente escolar tradicional. Com esta tarefa adequadamente realizada, será possível vislumbrar os principais aspectos do tema estudado, de tal modo se viabiliza em consecutivo a consumação gradativa de todas as questões de pesquisa. Além disto, é importante destacar que também deverão ser consumados os seguintes objetivos específicos: 17 Objetivos Específicos Descrever as práticas de ensino utilizadas na escola investigada, ponderando a importância dos cursos de graduação e das formações continuadas para a manutenção da qualidade geral do ensino, mediante o usufruto de novas tecnologias como abordagem didático-pedagógica. Compreender quais são as técnicas que já se aplicam no ambiente de ensino pesquisado possibilitará avaliar, com maior acuidade, as particularidades que permeiam a lida didática. Isto, no entanto, para se realizar de forma adequada implica em descobrir com antecedência de que modo a população investigada encara os cursos de graduação e as formações continuadas. Isto feito, será possível correlacionar com segurança os resultados que são manifestos com o uso de novas tecnologias em sala de aula, principalmente aquelas que se direcionam à manutenção da qualidade geral do ensino; Mensurar a qualidade geral do ensino realizado na escola investigada, tomando como premissa usufruto de novas tecnologias como procedimento didático- pedagógico. Avaliar matematicamente até que ponto o usufruto de novas tecnologias em sala de aula implica em melhoria da qualidade geral do ensino é explorar um método de natureza quantitativa na pesquisa proposta. Isto deve ser feito porque este estudo fundamenta-se em uma abordagem mista, como já dito antes. Este agir, por consequência, não é apenas um complemento. É uma atividade imprescindível neste experimento. Por isto, se consumará nas páginas subsequentes; Exibir as principais sugestões destacadas pelos educadores entrevistados na atividade de campo realizada na unidade escolar pesquisada que possibilitem o uso adequado de novas tecnologias no ambiente de ensino. Como nesta pesquisa há pessoas que participam do preenchimento do instrumento de coleta de dados, é fundamental valorizar as suas experiências na construção paulatina deste experimento. Deste modo também se deve proceder porquanto eles formam o universo investigado e, por consequência, é importantíssimo valorizar as 18 opiniões, ou pelo menos ouvi-las de forma inteligente, visando o acréscimo de informações adicionais ao estudo realizado. -JUSTIFICATIVA A priori, a realização desta pesquisa se justifica porque o ensino é uma atividade socialmente interativa. Como tal, o seu objetivo primeiro é transmitir um conjunto mais ou menos variável de conteúdos, habilidades e saberes, possibilitando a subsequente manutenção dos paradigmas socialmente aceitos em uma determinada época. Atuando desta maneira, pode ser considerada como uma atividade de qualidade, visto que salvaguardou a preservação dos valores e dos princípios que fundamentam uma determinada civilização (BASSO, 2014). Dito isto, ausentando-se as inevitáveis interações em um contexto social próprio, é impossível que se realize o ensino, propendendo a qualidade desejada. Por sua vez, a qualidade no ensino fundamenta-se no aproveitamento dinâmico de interações sociais que se manifestam no ambiente de ensino pelo explorar de técnicas didático- pedagógicas aplicadas no decorrer do processo de ensino-aprendizagem (BOCK, 2019). Estas técnicas, por sua vez, necessitam de constante readaptação às novas demandas sociais, o que se cogita no uso de novas tecnologias. Com muita frequência, conteúdos, habilidades e saberes que eram razoavelmente bem ensinados mediante técnicas didático-pedagógicas tradicionais estão a exigir hoje correções de rumo (BONILLA, 2015; BONINI, 2013). Por consequência, alterações mais ou menos variáveis, sobretudo aquelas que visam a qualificação dos resultados finais em sala de aula, começam a alterar a rotina tradicional do processo de ensino-aprendizagem. Em algumas ocasiões, estas mudanças ainda apresentam resultados abaixo do esperado. De qualquer modo, o que já se registra como positivo incentiva a ampliação da presença de novas tecnologias no ambiente escolar. Além de tudo isso, esta atividade dissertativa também se justifica em âmbito acadêmico por conta das implicações que os seus resultados representam para o custeio teórico dos cursos de licenciatura. Mais do que isto: simboliza um valioso refletir sobre a consistência geral dos conteúdos queno momento são estudados nos cursos de graduação destinados ao desenvolvimento de futuros professores, os 19 quais deverão atuar, sobretudo, na educação básica. Tudo isto também implica em uma autocrítica da legitimidade prática das formações continuadas que são realizadas em todas as regiões do Brasil, visando o qualificar das técnicas didático- pedagógicas em uso no ambiente escolar (BORSSOI, 2018). Hoje, o que se vislumbra é que o ambiente universitário ainda é incapaz de auxiliar o implemento de uma revolução paradigmática capaz de fundamentar o uso correto de novas tecnologias como metodologias de ensino no clássico ambiente de ensino. Ao lado disto, também se constata a incoerência experimental das formações continuadas que se realizam à revelia do que realmente é importante a manutenção da qualidade geral da educação brasileira. APRESENTAÇÃO DOS CAPÍTULOS: Quanto à apresentação do conteúdo, adota-se o seguinte roteiro: logo, após a apresentação desta Introdução, são disponibilizados a Fundamentação Teórica a explicação detalhada dos principais paradigmas que se correlacionam ao estudo do tema que aqui se investiga. Na parte subsequente da pesquisa, explicam-se os conceitos e as definições que embasam os Materiais e Métodos do experimento. Na parte seguinte da dissertação, apresenta-se a Apresentação e a Análise de Resultados do estudo. Para tanto, atua- se seguindo à risca os objetivos específicos anteriormente exibidos e explicados, os quais são trabalhados de forma gradativa e separada em cada um dos tópicos deste capítulo. Como tal, esta etapa também servirá para a descoberta paulatina das principais argumentações que serão utilizadas nas Considerações Finais para a resolução apropriada das questões de pesquisa; Disponibiliza-se na etapa extrema do texto desta dissertação o capítulo dedicado às Considerações Finais. Nesta fase, além de um breve resumo de todas as ações posteriores, consumam-se a apresentação e a explicação detalhada de prováveis soluções aos questionamentos que embasam o problema de pesquisa desta atividade. Além de tudo isto, aqui também são oferecidas algumas sugestões à unidade escolar investigada, visando qualificar o uso de novas tecnologias na execução das atividades didático-pedagógicas que são diariamente executadas no processo de ensino-aprendizagem. Procedendo-se desta maneira executa-se a pesquisa com rigor e segurança. Como visto, a proposta de apresentação do conteúdo tem como meta corresponder à realização de um experimento coerente e coeso, valorizando o uso 20 das ferramentas que estão disponíveis no método científico. Isto dito, aqui será possível apresentar didática e de forma concisa as principais premissas que fundamentam o estudo do tema avaliado nesta dissertação, adequando-se ao modelo conferido pelo programa de pós-graduação. Para tanto, basta apenas seguir o roteiro descrito, explorando ao máximo todas premissas e paradigmas que fundamentam o tentame realizado, apresentando cada um dos capítulos descritos, valorizando os pontos de convergência vivenciados na proposta metodológica adotada nesta pesquisa. Agindo assim, foi viável destacar respostas apropriadas para os questionamentos anteriormente apresentados no problema de pesquisa. Por tudo isto, espera-se que os resultados que são registrados nesta pesquisa possam pelo menos servir como uma base preliminar para futuras investigações que se interessem por assunto mais ou menos semelhante ao que se avalia no decorrer desta atividade. Com certeza, seria possível o manifestar de resultados mais ou menos diferentes, se a metodologia e o percurso escolhidos se fundamentassem em premissas distintas daquilo que aqui se realiza (BOVO, 2016. ALMEIDA; FRANCO, 2014; KENSKI, 2018A; ALMEIDA, 2017A). De qualquer jeito, o que interessa é que a dissertação procurou cumprir todas as metas descritas do melhor modo, exibindo uma argumentação consistente ao término deste ensaio acadêmico. Enfim, estas são as principais ideias trabalhadas nesta atividade dissertativa. Considerando a problemática investigada, além dos objetivos destacados no experimento, são satisfatórios os resultados que aqui serão registrados. 21 CAPÍTULO I – MARCO TEÓRICO 1-MATEMÁTITCA ADVERSIDADES, TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS As discussões acerca do ensino de Matemática têm mobilizado pesquisadores na produção de teses, artigos, teorias, metodologias, o que notadamente tem caracterizado diversas tendências e desafios nesse campo de estudo (BRAGA, 2016; BOVO, 2016). Buscamos trazer ao debate e reflexão, algumas das principais adversidades encontradas na escola sobre o ensino da Matemática. As tendências de ensino e suas perspectivas como a possibilidade de se pensar o ensino de Matemática através do uso das TCI, perpassa do professor como mediador desse aprendizado, no que se refere as várias possibilidades que os recursos de multimídia proporcionam ao conhecimento (CARVALHO, 2014). Nesse caso, o celular/smartphone serve como ferramenta de apoio ao desenvolvimento das atividades em sala de aula ou em um ambiente onde seja possível ter acesso a esse recurso, sendo usado aplicativos apropriados para a disciplina em questão ou em conjunto com outras áreas do conhecimento (CHIAPINNI, 2015; CHINELLATO, 2014). Acreditamos que a Educação, em especial a Educação Matemática (EM), vem passando por mudanças significativas na sua didática, na sua forma de avaliar, na sua metodologia, ou seja, o ensino-aprendizagem desgastado vem sendo substituído por uma nova postura; cujo processo é complexo, mas não impossível de ser encarado. Tendo em vista as várias dificuldades que impedem o educador de desenvolver uma prática que faça diferença na realidade dos educandos, permanece a preocupação de que o resultado de sua prática educativa não se reduza à formação de executores desta ou daquela tarefa específica, contudo, não se deve exagerar a importância do educador e subestimar a do educando (COSTA, 2018; FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Este é um ponto de vista tradicionalista, pois se preocupa apenas com o ensino e não com a aprendizagem. “O desempenho do professor é grandemente dependente de modelos de ensino 22 internalizados ao longo de sua vida como estudante em contato estreito com professores” (SANTOS, 2015, p. 200) Sob o ponto de vista do ensino não tradicional (em que o professor é o detentor e transmissor de conhecimento e o aluno um receptor), o educador é encarado como um ser facilitador do processo na aprendizagem do educando. Assegurar aos alunos o domínio mais seguro e duradouro possível dos conhecimentos científicos; criar as condições e os meios para que os alunos desenvolvam capacidades e habilidades intelectuais por meio das TICs de modo que dominem métodos de estudo e de trabalho intelectual, visando a sua autonomia no processo de ensino aprendizagem e independência de pensamento (FERNANDES, 2014; FIORENTINI; LORENZATO, 2017). É essencial, portanto, que o professor assuma uma ação pedagógica que promova a construção de conhecimentos pelo aluno e incorpore a sua prática uma abordagem construcionista. O professor é responsável para criar um ambiente que “estimule o pensar, que desafie o aluno a aprender e construir conhecimento individualmente ou em parceria com os colegas, o que propicia o desenvolvimento da autoestima, do senso-crítico e da liberdade responsável” (ALMEIDA, 2017, p. 21). A discussão sobre o uso de computadores nas escolas tem-se estendido aos diversos temas, associados a questões pedagógicas. Assim, torna-se necessário discutir como se processa a influência do uso de recursos informatizados, na forma pela qual as pessoas aprendem e como aprendem, observando se a capacidade humana de criar e modificar a tecnologia, inventando novos instrumentos e, qual o efeito inverso, ou seja,como a tecnologia age sobre a cognição (JESUZ et al, 2018). Pensando assim, vários teóricos busca22ram demonstrar como o conhecimento ocorria através do uso do computador (negro ponte, Piaget, Vygotsky, Papert entre outros), Papert montou um esquema para tentar explicar a ordem com que esse conhecimento acontece. A construção do conhecimento através do computador tem sido denominada por Papert de construcionismo (PAPERT, 2016). Ele usou esse termo para mostrar outro nível de construção do conhecimento: a construção do conhecimento que acontece quando o aluno constrói com um objeto. Na noção de construcionismo de 23 Papert existem duas ideias. Primeiro, o aprendiz constrói alguma coisa, ou seja, o aprendizado através do fazer, do "colocar a mão na massa". Segundo o fato de o aprendiz estar construindo algo do seu interesse e para o qual ele está bastante motivado. O envolvimento afetivo torna a aprendizagem mais significativa. O uso do computador requer certas ações que são bastante efetivas no processo de construção do conhecimento (KENSKI, 2018; 2018A). Quando o aprendiz está interagindo com o computador ele está manipulando conceitos e isso contribui para o seu desenvolvimento mental. Exemplo: Quando propomos uma situação problema ao aluno ele passa por algumas ações segundo Papert (2016), o aluno realiza a descrição da solução do problema, executa, reflete sobre, abstrai e por fim depura sobre seus resultados. Para as ações que o levara a obtenção do resultado pode ser observado na seguinte sequência: • Descrição da solução problema; • Execução dos procedimentos através do computador; • Reflexão sobre essas informações; • Abstração simples e produzida pela reflexão que permite ao aluno extrair informações do objeto ou das ações sobre o objeto; • Abstração reflexiva permite a projeção daquilo que é extraído de um nível mais baixo para um nível cognitivo mais elevado ou a reorganização desse conhecimento em termos de conhecimento prévio e; • Depuração. O processo de refletir sobre o resultado de um programa de computador pode acarretar uma das seguintes ações alternativas: ou o aluno não modifica o seu procedimento porque as suas ideias iniciais sobre a resolução daquele problema correspondem aos resultados apresentados pelo computador, e, então, o problema está resolvido; ou depura o procedimento quando o resultado é diferente da sua intenção original (LÉVY, 2019). A Depuração pode ser em termos de alguma convenção da linguagem. Logo, sobre um conceito envolvido no problema em questão (o aluno não sabe sobre ângulo), ou ainda sobre estratégias (o aluno não sabe como usar técnicas de resolução de problemas). 24 Os atuais recursos da tecnologia e os novos meios digitais (multimídia, Internet, telemática etc.) trazem novas formas de ler, de escrever, de pensar e agir (LIBÂNEO, 2011). Além disto, aponta-se que: “Uma consequência imediata na prática pedagógica segundo a citada concepção da questão cognitiva, e mesmo resultante da própria característica de imprevisibilidade da máquina, está na necessária mudança de postura do professor em seu trabalho cotidiano: se as relações cognitivas são necessariamente abertas e imprevisíveis, se o trato com as máquinas repousa em uma relação diferente com o objeto técnico, apoiada na experimentação e na errância, impõe-se uma revisão da forma como consideramos o ato de errar – não apenas no que se refere ao erro de cada um de nós, mas principalmente quanto ao considerarmos o erro de nosso aluno, em determinadas situações, como parte do processo de busca e experimentação, necessário à construção do conhecimento. Trata-se então de uma nova relação professor/aluno, na qual ambos caminham juntos, a cada momento, buscando, errando, aprendendo” (BONINI, 2013, p.17). O professor assume um papel de interlocutor privilegiado que questiona e provoca reflexões, não possuindo o lugar de dono da verdade absoluta. A possível utilização de recursos informatizados na educação não deve apoiar-se no modelo cognitivista e a própria natureza da interação usuário/máquina sugere o deslocamento da ênfase no objeto (o computador) para o projeto, visando o ambiente cognitivo, à rede de relações humanas que se deseja instituir, o que pode ser facilitado pela consideração da cognição como uma prática inventiva que estende a ênfase do processo à coletividade, onde a construção de conhecimento passa a ser atribuída aos grupos que interagem nesse espaço com uma inteligência valorizada, em tempo real, e que vai resultar em uma mobilização efetiva das competências individuais (MARTINS, 2019). É objetivo da docência, orientar as tarefas de ensino para objetivos educativos de formação da personalidade, isto é, ajudar os alunos a escolherem um caminho na vida, a terem atitudes e convicções que norteiam suas opções diante dos problemas e situações da vida real (MARQUES, 2013). Nos PCN de Matemática são apontadas as competências e habilidades a serem desenvolvidas em seu ensino (MATOS; SERRAZINA, 2016; MERCADO, 2012). Estas estão distribuídas em três domínios da ação humana; a vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva. 25 1.1-ADVERSIDADES NO ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA As dificuldades encontradas por alunos e professores no processo ensino- aprendizagem da Matemática são muitas e conhecidas (NUNES, 2010). Por um lado, o aluno não consegue entender a Matemática que a escola lhe ensina, muitas vezes é reprovado nesta disciplina, ou então, mesmo que aprovado, sente dificuldades em utilizar o conhecimento "adquirido", em síntese, não consegue efetivamente ter acesso a esse saber de fundamental importância. O professor, por outro lado, consciente de que não consegue alcançar resultados satisfatórios junto a seus alunos e tendo dificuldades de, por si só, repensar satisfatoriamente seu fazer pedagógico, procura novos elementos - muitas vezes, meras maneiras/ receitas de como ensinar determinados conteúdos - que, acredita, possam melhorar este quadro (MORAN, MASETTO, BEHRENS, 2010). Uma evidência disso é, positivamente, a participação cada vez mais crescente de professores nos encontros, conferências ou cursos. Desta forma, a Matemática é um instrumento fundamental para a manutenção e o desenvolvimento de muitas áreas do conhecimento humano e sabemos que este conhecimento é fruto de um longo processo de construção mútua entre educando, educador e as diversas realidades que os cercam (OLIVEIRA, 2014; PAPERT, 2014; 2015). Isto por que: “O ensino-aprendizagem da Matemática não deve restringir-se à mera automatização de procedimentos. Os alunos precisam ser incentivados a resolver um significativo número de problemas, sempre raciocinando sobre situações do cotidiano. Atividades pedagógicas que promovam a reflexão dos estudantes irão render bons frutos. Pode-se, por exemplo, organizá-los em grupos para fazer um censo da escola. Com esse exercício, eles poderão contar os alunos, os professores, os funcionários, saber quantos são os homens, quanto são as mulheres, trabalhar a noção de proporção e porcentagem, construírem gráficos e tabelas, se possível utilizando recursos de informática” (VALENTE, 2013, p. 72). Nesse sentido, fica claro que, no processo de construção de saberes matemáticos, o professor não ensina o conceito ao aluno, mas ajuda-o a construí-lo. Respeitando o desenvolvimento do aluno/a, proporcionando experiências em diferentes graus de complexidade, individuais e coletivas (PERALTA, 2015; 26 PEREIRA; ANDRADE, 2016). Portanto, a base do trabalho pedagógico precisa promover a compreensão de conceitos matemáticos e menos memorização de informações, regras e modelos. Nessa perspectiva, o ensino de Matemática objetiva possibilitar o desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos. O que se sabe, porém, é quesem estas relações no processo de aprendizagem nem sempre é bem-sucedido podendo produzir nos educandos efeitos indesejáveis, que vão desde a simples aversão à matemática até a dificuldade de executar ações como projetar, prever, abstrair e utilizar o raciocínio lógico (PEREIRA et al, 2017). Consequentemente, isto pode trazer sérios prejuízos para o educando, inclusive no seu desenvolvimento psicológico e na sua vida profissional posteriormente. 1.2-ADVERSIDADES ENCONTRADAS NO ENSINO Alguns estudiosos realizaram pesquisas sobre desempenho dos alunos na disciplina de Matemática. Segundo Carvalho (2014) existe dois aspectos essenciais para a análise da situação do ensino: a concepção de Matemática que em geral norteia o ensino dessa disciplina e o desgosto por esta área de conhecimento manifestado pela maioria dos alunos do Ensino Fundamental, comprovado por causar alto índice de repetência e evasão. O primeiro aspecto, considerado pela autora, refere-se à visão da Matemática que em geral orienta o ensino: considera-se a Matemática como uma “ciência perfeita”, um conhecimento pronto e acabado (PONTE et al, 2018). A consequência desse pensamento em sala de aula é a imposição autoritária do conhecimento matemático pelo professor que domina e o transmite a um aluno passivo, que deve se moldar à autoridade do conhecimento da “perfeição científica”. Sendo assim, considera-se que: “A essa visão da Matemática se contrapõem aquela que considera o conhecimento em constante construção e os indivíduos, no processo de interação social com o mundo, reelaboram, complementam complexificam e sistematizam os seus conhecimentos. Essa aquisição de conhecimentos lhes permite transformar suas ações e, portanto, alterar suas interações com esse mesmo mundo em nível de qualidade. Assim, a sala de aula não é o ponto de encontro de alunos totalmente ignorantes com o professor totalmente sábio, e sim um local onde interagem alunos com conhecimentos 27 do senso comum, que almejam a aquisição de conhecimentos sistematizados, e um professor cuja competência está em mediar o acesso do aluno a tais conhecimentos” (CARVALHO, 2014, p.15). Além dessa visão do conhecimento, o segundo aspecto apontado pela autora, também crucial, a ser considerado é o fato dos alunos não se interessarem pela disciplina Matemática, manifestado pela maioria quase absoluta dos alunos. Seria difícil supor o contrário. Num ensino em que é necessário submeter-se à autoridade da Matemática, é impossível entender, pois “compreender Matemática” torna-se privilégio das cabeças mais bem-dotadas (ROMANOWISK, 2017; SANCHO; HERNÁNDEZ, 2016). A consequência mais desastrosa é a total passividade com que os alunos se colocam perante qualquer aula, esperando que o professor lhe “explique” o que devem “compreender” e lhes diga “como” fazer. Dessa forma, defendendo que no processo ensino-aprendizagem o aluno não é um repositório de informações e sim agente da construção de seu próprio conhecimento e que o papel do professor deve ser não o de reprodutor do conhecimento, mas o de facilitador da aprendizagem. A solução para este impasse, segundo Carvalho (2014) seria oferecer pistas que favoreçam transformações. O trabalho em sala de aula deve proporcionar ao aluno oportunidade de operar sobre o material didático para que, assim, possa reconstruir seus conceitos de modo mais sistematizado e completo. As sínteses que foram realizadas, visando introduzir a linguagem convencional, devem permitir a discussão das experiências anteriores, escolares ou não, relativas ao tema (SANTOS, 2015). Para facilitar a abstração Matemática aos alunos é necessário também desenvolver uma prática pedagógica pautada em diferentes recursos didáticos como o computador e outros componentes de mídias digitais. Tal ferramenta pode ajudar ao professor e o aluno, que é comumente acessível graças aos vários ambientes destinados ao computador onde o aluno tem total acesso. Importante estabelecer uma relação entre o ensino da matemática e as TICs para melhor assimilação do alunado e como meio de promover o enriquecimento da aula (SANTOS, 2016; SANTOS; MAIA, 2017). É de igual importância explicar ao corpo discente como a Matemática é significativa no nosso 28 dia a dia e de que forma podemos utilizar o conteúdo trabalhado em sala de aula no nosso cotidiano. Outra dificuldade está na trajetória de aprendizagem que, em sua maior parte, é baseada na memorização do conteúdo, sem nenhuma apropriação dos conceitos matemáticos, pois a repetição sucessiva de exercícios não leva à elaboração conceitual. A falta de leitura e visão de mundo do professor propícia à decadência da sala de aula (SAINT-ORANGE, 2019). Essa dificuldade é agravada pela falta de professores formados na área e/ou desestimulados pelos baixos salários, falta de recursos materiais para o desenvolvimento da prática pedagógica. “Sem formação adequada, os professores não têm como colaborar efetivamente para o desenvolvimento de uma escolarização para superar o fracasso manifesto nos resultados das avaliações que mantém a aprendizagem dos alunos com médias insuficientes, nos altos índices de reprovação e evasão” (ROMANOWSKI, 2017, p.27). Os professores que se propõem a trabalhar com Matemática no Ensino Fundamental e Médio devem refletir sobre a situação do ensino dessa disciplina: Por que uma porcentagem tão pequena dos alunos aprende Matemática? Por que a maior parte dos alunos afirma não aprender Matemática? O que impede o corpo docente de estabelecer inovações na melhoria da atuação seus alunos em relação à disciplina? O que deve ser feito para melhorar a ação do professor na sala de aula? São questões fundamentais na reflexão sobre o ensino de Matemática (SILVA, 2013; SOUSA, 2016). Na verdade, as políticas de centralização e avaliação do desempenho na escola atribuem aos professores a responsabilidade pelo êxito ou insucesso escolar. No cotidiano, os professores passam muitas vezes a ter que desempenhar outras atividades além da docência para aumentar a renda familiar (TAJRA, 2011; 2012). Essas tarefas contribuem para um sentimento de dês profissionalização, conduzindo para a desqualificação e desvalorização sofrida pelos docentes. Com isto, observa- se que: “O professor [...] ao relacionar a falta de interesse do aluno à precariedade das condições de ensino, sem as quais não conseguem dinamizar as aulas, proporcionar atividades estimulantes, motivadoras, demonstra perceber que é da sua responsabilidade, ou seja, faz parte do significado do seu trabalho propiciar circunstâncias adequadas, motivadoras para a apropriação. Dos instrumentos básicos da cultura” (BASSO, 2014, p. 92). 29 Com todo esse desenvolvimento tecnológico e a busca incessante por uma educação de qualidade, é imposto aos profissionais envolvidos em educação de se tornarem indivíduos capazes de atender as mais variadas situações (ALMEIDA; FRANCO, 2014). A utilização adequada e planejada de novos recursos e metodologias contribuem qualitativamente e quantitativamente para o processo de ensino-aprendizagem. A formação de professores de Matemática, em relação à expansão da educação básica, apresenta defasagens, pois, além do déficit histórico de professores devidamente formados, exige-se uma maior expansão dos cursos de licenciatura (ALMEIDA, 2017; ALMEIDA; ALONSO, 2017). O número de matrículas nos cursos de licenciaturas apresenta índices ligeiramente superiores nas instituições públicas. A oferta de cursos na área de formação de professores pelas instituições particulares é menor, principalmente, na área de Ciências Exatas. Sendo assim, constata-se que: “A necessidade de infraestrutura, como, por exemplo, laboratórios, aliada à elevada desistência de alunos, pode contribuir fatores que não estimulem as instituições privadas à abertura de cursosnessas áreas” (ROMANOWSKI, 2017, p.91). Frente à pluralidade e heterogeneidade de uma sociedade como a nossa, em que a escolarização adquire cada vez mais importância, exige-se do professor a promoção, o desenvolvimento e a aprendizagem de seu aluno, nas dimensões cognitivas, social, cultural, emocional, motora, como propósito de formação global (ALMEIDA; VALENTE, 2018). Também se observa que: “A sala de aula é um ambiente de diversidade, uma vez que abriga um universo heterogêneo, plural e em movimento constante, em que cada aluno é singular, com uma identidade originada de seu grupo social”. Estabelecida por valores crenças, hábitos, padrões de condutas, trajetórias peculiares e possibilidades cognitivas diversas em relação à aprendizagem. Isso tudo expressa maior interesse e entusiasmo dos alunos por determinada área do conhecimento, ou, apatia e indiferença, resultante da complexidade humana. “A relação professor e alunos provocam desinquietações permanentes na prática pedagógica por incluir todos esses aspectos” (ROMANOWSKI, 2017, p.91). Essas tarefas do professor de Matemática se complexificam no interior da escola cotidianamente, demandando conhecimentos múltiplos e convergentes de antropologia, sociologia, filosofia, biologia e psicologia (BALDINI, 2018). O 30 desconhecimento e despreparo frente às Realidades, pela falta de compreensão da complexidade, das contradições e singularidades tornam a prática aquém das expectativas. Cabe então aos educadores matemáticos a busca pela superação da prática pedagógica assentada em informações, em respostas rotineiras e reprodutivas. Sabemos que as múltiplas dificuldades que incidem nas atividades docentes – por exemplo, os baixos salários, as más condições de trabalho e as deficiências da formação profissional, advêm fundamentalmente de condicionantes estruturais da sociedade e do sistema de ensino. É inquestionável que as transformações no ensino são inseparáveis das transformações sociais mais amplas. A integração da tecnologia na escola e na disciplina de Matemática é um dos maiores desafios da educação atual. (...) a capacidade da escola e da Matemática responder aos desafios da atualidade e do futuro é medida pela eficácia com que a tecnologia é integrada nos currículos escolares (SILVA, 2013) A formação teórica e prática do professor, aliada a uma consciência política das tarefas sociais que deve cumprir, pode contribuir para a elevação da qualidade do ensino e da formação cultural dos alunos (BORBA; PENTEADO, 2019; BORBA; SILVA; GADANIDIS, 2018). Frente a essa temática surgem aí as TICs que será apontada mais adiante. O computador é uma realidade que não veio substituir ou eliminar os professores, seu papel é o de ser um instrumento a mais auxiliando o processo de aquisição do conhecimento. A escola, numa nova perspectiva, passa a ter um papel muito forte e significativo na formação das novas maneiras de ensinar e aprender, que as TICs proporcionam (BASSO, 2014). Para isso é preciso conscientizar a todos os envolvidos no processo educativo. 1.3-ADVERSIDADES ENCONTRADAS NA APRENDIZAGEM As dificuldades referentes ao conteúdo residem nas quatro operações fundamentais (BOCK, 2019; FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Outras dificuldades se referem à falta de concentração, falta de disciplina e compromisso 31 com os estudos, quando não se tem um bom conhecimento da língua portuguesa, torna - se difícil o aprendizado. Já que o aluno não compreende as palavras ou não tem o hábito da leitura, não consegue interpretar direito os problemas propostos e assim, diminuindo a qualidade do ensino e por consequente o aprendizado (BORSSOI, 2018; BORBA; SILVA; GADANIDIS, 2018). Uma alternativa que poderia ajudar, é que todo aluno, nas series iniciais tenham uma maior exploração neste sentido, outro problema encontra-se em recursos que venham a possibilitar uma melhor compreensão do que se aprende, recurso esse que venham permitir manipular, visualizar, inferir testar e modificar a forma de aprender sem que seja danoso a aquisição de conhecimentos. A dificuldade na leitura e interpretação dos textos, também pode provocar dificuldade na interpretação dos conteúdos e conceitos matemáticos (FERNANDES, 2014; FIORENTINI; LORENZATO, 2017). Quando não se tem um bom conhecimento da língua portuguesa, torna-se difícil o aprendizado, já que o aluno não compreende as palavras ou não tem o hábito da leitura, não consegue interpretar direito os problemas propostos, e assim, diminuindo a qualidade do ensino e por consequente a aprendizagem. Outro fator é a motivação. Em geral os alunos prestam pouca atenção e trabalham pouco. Isto tudo se observa que... “(...) o escasso esforço que fazem costuma ser inadequado, já que estudam de forma mecânica, sem compreender o significado e o alcance do que escutam e pensando exclusivamente em aprovar. Desse modo, essa ausência de interesse, traduz-se às vezes em comportamentos que perturbam o trabalho escolar de seus colegas” (MATOS; SERRAZINA, 2016, p 103). Às causas destas dificuldades, no âmbito externo à escola ficam por conta do esfacelamento da família - Famílias desestruturadas falta de perspectiva de um futuro melhor para os alunos, defasagem de conteúdo (MERCADO, 2012). Por isso, muitas crianças sentem dificuldades em acompanhar os conteúdos escolares, pois estão afetadas emocionalmente. Mas, uma nova perspectiva de ensino vem sendo apontada como uma possível solução para vários desses problemas (MORAN, MASETTO, BEHRENS, 32 2010). E, com a esperança que tal proposta possa reverter essa situação, muitos estudiosos estão de plantão com um único propósito expandir e explorar as TIC; no intuito de que essa nova ferramenta pedagógica possa adentrar as escolas e torna- las uma instituição própria do seu tempo. Por isto, se diz que: “O computador, a televisão, o aparelho de som, o gravador, a filmadora, a câmera fotográfica, a calculadora, o rádio, o Datashow, o retroprojetor, os celulares, os pendrives, CDs, DVDs, entre outros, [...] estão presentes diariamente na vida das pessoas. “Invadindo” o dia a dia do cidadão, seja no ambiente de trabalho, nas ruas ou em suas residências” (OLIVEIRA, 2014, p. 33). A utilização de multimídias para a aprendizagem da matemática pode ser de grande ajuda para os educadores, especificamente, o uso de computador tabletes, celulares e smartphone como um auxiliador nessa aprendizagem. Além desses fatores, Borba & Penteado (2019) destacam o enfoque experimental que o computador possibilita: "o enfoque experimental explora ao máximo as possibilidades de rápido feedback das mídias informáticas e a facilidade de geração de inúmeros gráficos, tabelas e expressões algébricas". A partir da investigação e da experimentação os alunos formulam, reformulam e rejeitam hipóteses; lançam novas questões e apresentam dúvidas em contextos não previstos pelo professor e que não surgiriam em outro ambiente. Diante disso, acreditamos que o estudo da cultura escolar ilumine aspectos que aproximem o objeto da realidade. Argumentamos, em decorrência disso, que a sociedade atual vive um contexto político, social, cultural e econômico, que exige da escola o cumprimento de seu papel social no sentido de aquisição, de construção e de reconstrução dos conhecimentos científicos e tecnológicos necessários à inserção de todos, como cidadãos, nas práticas sociais e nas relações sociais do trabalho (SANCHO; HERNÁNDEZ, 2016). Relações essas que têm, atualmente, na ciência e na tecnologia, os seus principais fundamentos. 1.4-TENDÊNCIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA 33 Nos anos de 1960 e 1970 houve um grande movimento mundial em termos de reformulações curriculares buscando melhorias na qualidade do ensino de Matemática, o que no Brasil se denominou movimento da Matemática moderna(SAINT-ORANGE, 2019). Nesse movimento foi dada uma ênfase na linguagem dos conjuntos do que nos outros ramos. Na década de 80 professores de Matemática vindos da Europa após terem concluído sua pós-graduação apontavam novas ideias na tentativa de reverter à situação na qual se encontrava essa matéria. Foi criada assim a Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM). Fundada em 27 de janeiro de 1988, a SBEM é uma sociedade civil, de caráter científico e cultural, sem fins lucrativos e sem qualquer vínculo político, partidário e religioso. Tem como finalidade congregar profissionais da área de Educação Matemática ou de áreas afins (BORSSOI, 2018). A SBEM tem em seus quadros pesquisadores, professores e alunos que atuam, nos diferentes níveis do sistema educacional brasileiro, da educação básica à educação superior. Tem também, sócios institucionais e sócios de outros países. Nesse período, a resolução de problemas era apontada como foco central do ensino de matemática. Desse modo, começam a surgir principalmente nas universidades, novas discussões que apontavam novas tendências em educação matemática (BOCK, 2019; BONILLA, 2015). Além disto, observa-se que: “Há tendências mundiais de investigação para a pesquisa em educação matemática consideradas em “alta”, a saber: Processo de ensino- aprendizagem de matemática; mudanças curriculares: tecnologias da comunicação e informação no ensino aprendizagem de Matemática; Pratica docente: crenças e concepções; conhecimento/formação/desenvolvimento de novas experiências de formação inicial; currículos de formação; recursos e políticas de formação; Práticas de avaliação; Contexto sociocultural e político” (PEREIRA; ANDRADE, 2016, p. 41). Como podemos observar essas recomendações influenciaram nas reformas curriculares posteriores para o ensino de matemática, nos anos 90 aumenta o debate sobre a necessidade de reformar os currículos da educação básica. A partir de novas diretrizes curriculares intensifica-se a produção de documentos para subsidiar as propostas e projetos pedagógicos (BONINI, 2013; BORSSOI, 2018). No Brasil teve início à reforma curricular que culminou com a elaboração do documento Parâmetros Curricular Nacionais. Tal documento direciona o ensino fundamental 34 para a aquisição de competências básicas necessárias ao cidadão, ressaltando o papel ativo do aluno na construção de saberes e o ensino com ênfase na resolução de problemas para que o aluno possa acompanhar a evolução tecnológica (BOVO, 2016; BRAGA, 2016). Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) apontam alguns recursos didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadoras, computadores e outros materiais que tem um papel importante no processo de ensino e aprendizagem (BRASIL, 2017A; CARVALHO, 2014; CHIAPINNI, 2015). Contudo, recomenda que eles precisão e esteja integrada a situações que levam os exercícios da análise e da reflexão, em última instância, a base da atividade matemática. Os recursos materiais deveriam estar vinculados a uma série de elementos que serviriam para auxiliar o processo de ensino. Atualmente, as tecnologias da Informação e comunicação como Smartphones, tablets, notebooks entre outros fazem cada vez mais parte do cotidiano escolar, fornecendo informações em tempo real sobre os assuntos tratados a todo instante dentro da instituição escolar (CHINELLATO, 2014; COSTA, 2018). O volume de informações produzido por essas tecnologias impulsiona o currículo estar em uma constante metamorfose... “(...) em virtude das novas exigências educacionais decorrentes da aceleração da produção de conhecimentos, da ampliação do acesso às informações, da criação de novos meios de comunicação, das alterações do mundo do trabalho, e das mudanças de interesse dos adolescentes e jovens, sujeitos dessa etapa educacional” (BRASIL, 2017, p. 145). Por meio da utilização das tecnologias, a associação das práticas pedagógicas, juntamente com o aprendizado, representa uma possibilidade a mais para os professores, pois estimula o aprendizado, de modo que os participantes desse processo passam a investigar as soluções para os problemas e para as situações em estudo. Essa nova maneira está relacionada a uma nova visão de construção do conhecimento, em um processo que envolve todos os participantes, professores e alunos, superando as formas tradicionais na relação de ensino-aprendizagem (BALDINI, 2018; BASSO, 2014). 35 Os educadores Matemáticos têm buscado novos métodos para melhorar o ensino em sala de aula através das ideias-chave de construção e de compreensão, dos conceitos matemáticos dentre os quais vem se destacando as TIC, natural do novo tempo (BORBA; PENTEADO, 2019). Assim se observa que: “Colocam professores e alunos trabalhando e aprendendo à distância, dialogando, discutindo, pesquisando, perguntando, respondendo, comunicando informações por meio de recursos que permitem a esses interlocutores, vivendo nos mais longínquos lugares, encontrarem-se e enriquecerem-se com contatos mútuos” (MORAN; MASETTO; BEHRENS 2010, p. 137). Portanto, se a cultura tecnológica influencia a construção da cultura escolar por estabelecer mudanças no ambiente escolar, que vão desde mudanças administrativas até mudanças nas relações, acaba envolvendo não só seus grupos internos, mas também a sociedade em geral. Em uma sociedade onde o conhecimento é um bem que tem se tornado cada vez mais precioso e envolvido diretamente com a tecnologia da informação. Borba, Silva & Gadanidis (2018, p. 63) afirmam que: “Os sujeitos ligados ao ensino-aprendizagem estabelecem entre si um processo de interação, que também envolve suas práticas comunicativas realizadas com o apoio dos diversos recursos tecnológicos. Nesse processo, constroem seus modelos mentais que permitem a mediação entre o mundo interior e o mundo exterior, possibilitando assim a construção de seus conhecimentos. A fim de se adaptar à atual realidade, paradigmas são quebrados, a construção do conhecimento torna-se mais dinâmica. Não podendo ser diferente no ambiente escolar”. Em suma, o uso das TIC vem incrementar o ensino, tornando-o mais dinâmico e agradável, promovendo um aprendizado mais significativo e desenvolvendo motivação para os alunos. 36 CAPÍTULO II 2-A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) Estamos de fato na era da informação, em que novos instrumentos tecnológicos são requeridos para que possamos analisar e interpretar as realidades contemporâneas, um momento de intensas transformações em que equipamentos tecnológicos surgem para fazer movimentar o quanto mais rápido o ritmo do espaço- tempo atual (CARVALHO, 2014; CHIAPINNI, 2015). O uso de novas mídias e multimídias estão entrelaçados ao nosso cotidiano, esses recursos tecnológicos estão presente em vários seguimentos da sociedade. TIC e o meio social. Sendo assim observa-se que: “Por novas tecnologias entendemos hoje o surgimento de outra articulação de linguagens, encarnada em novos suportes, que são as máquinas dotadas de capacidade de armazenar, processar e intercambiar informações a grande velocidade e com alta confiabilidade, gerando hipertextos nos fluxos alargados da informação, constituídos em ciberespaço e Cibercultura”. (MARQUES 2013, p. 18). A palavra TIC (tecnologias da informação e comunicação) é originaria das seguintes palavras (FERNANDES, 2014; KENSKI, 2018): ♦ Informática – tratamento automático de informação em computadores; ♦ Tecnologias de informação – processo de tratamento central e comunicação da informação, através do hardware e software; ♦ Tecnologias de informação e comunicação – transmissão de informação através de redes de computadores e meios de comunicação. O objetivo das TIC é promover a cultura e a formação essencial do indevido e o meio social em que vive para o desenvolvimento da sociedade. Pautando:conhecimento, informação, cultura, facilidade de acesso entre outros (TAJRA, 2012; VALENTE, 2013). A seguir as áreas ao qual encontramos as tecnologias da comunicação e informação: • Computadores – máquina que serve para receber e processar informação. Dentro deste assunto temos a informática (aplicação de computadores para o processamento de informação) e a Burótica (informação 37 de um escritório). Estes dois processos são utilizados na educação, comércio, medicina e num escritório, sendo muito úteis; • Comunicação – efeito de comunicar, partilhar e participar. Existem dois meios de comunicação através das tecnologias; as telecomunicações (comunicação à distância, via televisão, rádio, internet, satélite, etc.) e telemática (comunicação mais informática (videoconferências); ♦ Controle e automação – transformação de um processo manual em automático. Este processo é utilizado na robótica (ciência que estuda a projeção e construção de robôs), por exemplo, nas linhas de montagem de carros; e na CAD- CAM (desenho e fabrico de peças controladas por computadores). Todos estes processos são importantes na nossa sociedade, como poderemos constatar. 2.1-A IMPORTÂNCIA DAS TIC NA SOCIEDADE As TICs são importantes em muitos setores, são utilizadas pelos organismos da administração pública. Contribuindo para simplificar processos administrativos e proporcionar a redução dos custos oportunando investimentos em outros setores que lhe estão associados (TAJRA, 2011; VALENTE, 2013A). Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) entende-se por Tecnologias de Informação e Comunicação a seguinte concepção: Tecnologias da comunicação e informação: diz respeito aos recursos tecnológicos que permitem o trânsito de informações, que podem ser os diferentes meios de comunicação (jornalismo impresso, rádio e televisão), os livros, os computadores etc. Apenas uma parte diz respeito a meios eletrônicos, que surgiram no final do século XIX e que se tornaram publicamente reconhecidos no início do século XX, com as primeiras transmissões radiofônicas e de televisão, na década de 20. Os meios eletrônicos incluem as tecnologias mais tradicionais, como rádio, televisão, gravação de áudio e vídeo, além de sistemas multimídias, redes telemáticas, robótica e outros (BRASIL, 2017, p.135). A tecnologia na sociedade exerce uma influência decisiva no seu desenvolvimento. São várias as empresas que usufruem das TICs seja: para 38 controlar a sua produção, as ações em relação aos seus fornecedores e clientes, entre muitas atividades. Os computadores facilitam e organiza o trabalho, O que para nós, humanos, levaria muito tempo. Sendo estes usados para controlar eletricidade, redes telefónicas etc. (SILVA, 2013; SOUSA, 2016). As TICs também podem ser encontradas nos transportes: o Sistema de Posicionamento Global (GPS), controle aéreo, controle de tráfego e outros. 2.2-O USO DAS TICs NA EDUCAÇÃO A utilização das tecnologias da informação e comunicação (TICs), no sistema educativo deve visar um horizonte de atuação dos professores que não se limita à simples melhoria da eficácia do ensino tradicional ou à mera utilização tecnológica escolar, através dos meios informáticos (SAINT-ORANGE, 2019). As TICs têm um papel profundo na educação. Que proporcionam novos: objetivos para a educação, Novas concepções acerca da natureza dos saberes, Novas vivências e práticas escolares (SANTOS; MAIA, 2017). Novas, investigações científicas em desenvolvimento no ensino superior, entre outros. Sendo assim, aponta-se que: “As práticas pedagógicas mediadas pelas TIC contribuem para socializar o conhecimento produzido em diversas áreas curriculares, sob vários gêneros textuais, num processo de autoria e coautoria que, aos poucos, fortalece a autonomia de cada sujeito”. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental – 4.4.4- O currículo escolar e as TICs (BRASIL, 2013, p. 74, 75). No processo de evolução tecnológico, as constantes mudanças vêm cada dia sendo mais efetivas, afetando nossos lares, nossas vidas e com isso se tornando comum o uso desses recursos nas escolas. E nesse passo a Educação também vem sendo afetada por essa mudança. Vários são os dispositivos que podem ser utilizados como recursos pedagógicos nas situações de aprendizagem tornando o ensino mais reflexivo dinâmico e uma aprendizagem repleta de estímulo. Também se constata que: “O termo multimídia refere-se à apresentação ou recuperação de informações que se faz, com o auxílio do computador, de maneira 39 multissensorial, intuitiva e integrada, caracterizando-se “como produto resultante de um conjunto de saberes e habilidades técnicas que, por meio de computadores, processa vários modos de integração entre as formas e conteúdos de diversas outras mídias com vistas à comunicação humana interativa com tal conjunto articulado” (BORSSOI, 2018, p.7). As práticas pedagógicas mediadas pelas TIC contribuem para socializar o conhecimento produzido em diversas áreas curriculares, sob vários gêneros textuais, num processo de autoria e coautoria que, aos poucos, fortalece a autonomia de cada sujeito. 2.3-OS PRINCIPAIS RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO Abordaremos aqui alguns dos principais recursos tecnológicos usados nas escolas: rádio, Televisão, Videocassete, Calculadora, Computador, Internet, tablete, celular e smartphone (BOVO, 2016; BRAGA, 2016). Esses últimos entram como novas tecnologias da informação e comunicação. Durante muito tempo, os principais recursos tecnológicos usados em sala de aula estão sintetizados nos seguintes equipamentos: o rádio, a televisão, o videocassete e o computador. No início, o rádio causou grande esperança para a educação as expectativas criadas eram enormes, da introdução das mídias na escola, era comum a disseminação das rádios escolares. Esse tipo de recurso pedagógico foi introduzido na educação por iniciativa da British Broadcasting Company (BBC). No Brasil começou com Edgard Roguette-Pinto em 1923. Para ele: O Rádio é a escola dos que não têm escola. É o jornal de quem não sabe ler; é o mestre de quem não pode ir à escola (CARVALHO, 2014; CHIAPINNI, 2015). A televisão, no ambiente escolar, protagoniza como uma fonte de informações; estudos de programas, noticiários, desenhos, filmes etc. problematizando e descobrindo conceitos e princípios. Transmitindo princípios educativos ou canais convencionais. Em 1967, o governo começou a usar a TV em prol da educação, surgindo às primeiras TVs universitárias. O impresso é uma extensão da visão; o rádio, dos ouvidos; e a televisão, como extensão de vários 40 sentidos, teria, em síntese, o poder de nos anestesiar (CHINELLATO, 2014; COSTA, 2018). O filósofo e educador canadense Marschall Mcluhan apresentou, essencialmente nos anos 1960, teorias que pareciam antecipar tanto a relação entre educação e comunicação quanto o avanço das tecnologias da informação e comunicação (TICs). A TV digital é outro recurso bastante promissor que está chegando (FERNANDES, 2014; KENSKI, 2018). Através de seu uso, os alunos poderão ter mais oportunidades de serem produtores de conteúdos multimídia, como acontece hoje na Internet com o site Youtube, onde qualquer pessoa pode divulgar um vídeo, seja amador, seja profissional (FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Os usuários avaliam o conteúdo do vídeo pela quantidade de acessos e pelo número de estrelas atribuído. Quanto melhor avaliado um vídeo, mais aparece para o público ou na pesquisa do site (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). A TV digital pode oferecer, com mais qualidade a exibição dessas produções feitas pelos usuários e acrescentar recursos de pesquisa e navegação fáceis e hiper-realistas e que a maioria dos estudantes, sejam crianças, adolescentes ou adultos gostam e se interessam. Não mais tão usado o videocassetetem como função, o auxílio pedagógico para o estudo de temas ou fatos históricos convenientes às disciplinas: gravação de filmes, programas, documentários e reprodução de produções realizada pela própria escola (FERNANDES, 2014; KENSKI, 2018). Nos tempos modernos em que vivemos, o computador se tornou um objeto imprescindível para as pessoas (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). O seu uso tem facilitado muito as nossas vidas como não podia ser diferente tal instrumento também vem adentrando cada dia mais nas escolas em busca de tornar o ensino mais atraente e reflexivo esperando solucionar problemas como a má compreensão dos conteúdos, à falta de entusiasmo dos alunos e acima de tudo acompanhar a mudança da prática educativa e os avanços tecnológicos correntes numa sociedade globalizada. Essa ferramenta é utilizada para a mediação pedagógica do processo de aprendizagem como construção de sentidos e de autoria. Através de softwares, e 41 outros recursos que estão disponíveis de forma interativa. As novidades tecnológicas e a grande variedade de softwares educativos disponíveis na rede mundial de computadores podem contribuir de forma expressiva para facilitar o processo ensino-aprendizagem e oferecer para o professor, diferentes e enriquecedoras alternativas didáticas auxiliares (JESUZ et al, 2018; KENSKI, 2013). Por isto, afirma-se que: “O crescimento da disponibilidade dos meios informáticos no ensino permite o desenvolvimento de processos de ensino muito poderosos. Programas como o Cabri-Geométrico, o Derive, Mathematica poly, Geogebra, fazem parte integrante do material a utilizar nas salas de aulas de Matemática de muitos países” (MATOS; SERRAZINA, 2016, p. 208). Um software será relevante para o ensino da Matemática se o seu desenvolvimento estiver fundamentado em uma teoria de aprendizagem cientificamente comprovada para que ele possa permitir ao aluno desenvolver a capacidade de construir, de forma autônoma, o conhecimento sobre um determinado assunto (MARTINS, 2019; MARQUES, 2013). Outro aspecto relevante que deve ser considerado é a construção dos conceitos matemáticos na organização das tarefas de aprendizagem propostas às crianças (KENSKI, 2018A; LÉVY, 2019). Segue alguns Softwares educativos usados no ensino da matemática, dos vários que estão disponíveis na internet: ♦ Cabri-Geometry. Windows - versão demo. Software de construção em geometria desenvolvido pelo Institut d'Informatiqe et de Mathematiques Appliquees em Grenoble IMAG (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). É um software de construção que nos oferece “régua e compasso eletrônicos”, sendo a interface de menus de construção em linguagem clássica da Geometria; ♦ Cinderella. Windows - versão demo. Software de construção em geometria desenvolvido por Jurgen Richter-Gebert & Ulrich Kortenkamp comercializado por Sun Microsystems, Inc. É um software de construção que nos oferece “régua e compasso eletrônicos”, semelhante ao Cabri e Sketchpad (FERNANDES, 2014; KENSKI, 2018). Um diferencial deste software é que permite que se trabalhe também em 42 geometria hiperbólica e esférica. E mais: tem a opção de salvar como página da web automaticamente; ♦ Curve expert. Windows – freeware. É um software que ajusta curvas em conjunto de pontos no plano, por exemplo, coleta de dados numéricos, via modelos de regressão -linear e não-linear- e diferentes interpolações; ♦ Euklid. Windows – shareware. Software de construções geométricas com régua e compasso e geometria dinâmica. Semelhante ao Cabri e ao Sketchpad; ♦ Geoplan. Windows - versão demo. Software de construção em geometria que trabalha os conceitos analíticos da geometria em um sistema de coordenadas cartesianas (FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Desenvolvido pelo Centre de Recherche et d'Expérimentation pour l'Ensignement des Mathematiques CREEM; ♦ Poly. Windows – freeware. É uma criação Pedagoguery Software, que permite a investigação de sólidos tridimensionalmente com possibilidade de movimento, dimensionalmente planificação e de vista topológica (CHINELLATO, 2014; COSTA, 2018). Possui uma grande coleção de sólidos, platônicos e arquimedianos entre outros. Como uma nova proposta surge o celular, que através dos avanços. Os programas citados podem ser encontrados na internet, existem mais de 75 softwares matemáticos que podem ser baixados gratuitamente (CARVALHO, 2014; CHIAPINNI, 2015). Muitos deles podem ser encontrados no portal do professor1, um site do MEC destinado a orientar e fornecer material que subsidiam o professor na sua prática. Outros recursos: Gravador, câmera fotográfica, filmadora, aparelha de som, Datashow e retroprojetor. São várias as possibilidades técnicas que podem atribuir ao uso dessas ferramentas. Apesar da praticidade desses recursos, não se vê 1 www.portaldoprofessor.mec.br 43 professores fazendo uso com frequência dessas ferramentas. Que podem dar um novo sentido à aula, quando usado em suas múltiplas possibilidades (CHINELLATO, 2014; COSTA, 2018). Mais dos poucos recursos tecnológicos utilizados o computador e o data show, são os mais usados, devido às suas potencialidades, como dinamizador e na apresentação de imagens, seja para apresentação de trabalhos ou mesmo na aplicação dos conteúdos. Em um pensar mais inovador, teóricos apontam o celular/smartphone como uma possível ferramenta de ensino aprendizagem que agiria como material de apoio na execução de atividades lúdicas onde o aprendiz manipula, testa, refaz o saber através de aplicativos dando-lhes possibilidades de vistas em dimensões diferentes das mais conhecidas com isso propiciando uma aprendizagem interativas (FERNANDES, 2014; KENSKI, 2018). 2.4-O USO DO TABLETE, CELULAR E SMARTPHONE O uso do tablete, celular e smartphone na escola gera para a educação forte discursões sobre a sua proibição ou liberação a primeira vem vencendo esse jogo, tendo em vista que as reclamações de professores e de gestores sobre o mau uso desse aparelho. O que tem ganhado reforços pela falta de um direcionamento para as várias possibilidades que esses minis computados têm (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). As tecnologias móveis, como os celulares, smartphones e tablets, são responsáveis por romper os limites de tempo e espaço, consolidando um novo paradigma de produção de conteúdo de forma colaborativa. As mudanças nas tecnológicas a serviço da educação traz consigo mudanças comportamentais significativas, principalmente nos jovens. Exemplo disso é o fenômeno das redes sociais e o impacto que estão causando nos hábitos sociais. Assim sendo o ensino através de tecnologias moveis vem buscando espaço no lugar onde há a maior concentração de jovens, a escola (FERNANDES, 2014; KENSKI, 2018). Os celulares, tabletes e smartphone possuem muitos recursos, dentre eles, aplicativos que podem ser usados na educação, como software educacional 44 encontrados no mercado e na internet chamados de software livre. Mas o seu uso deve ser adaptado às características da turma ou do aluno. Além disso, é preciso atender as necessidades básicas do cotidiano escolar, da disciplina e dos conteúdos a serem estudados. Além de demonstrar como aplicar exercícios, trocar informações, comunicar-se entre os alunos etc. De forma preocupante os professores têm percebido cada vez mais e mais cedo alunos portando celulares mais modernos e ricos em recursos que poderiam estar à disposição dos educandos em todos os lugares inclusive na escola. Em contrapartida, muitos professores buscam novas maneiras de ensinar conteúdos, sem trazer danos ao currículo da escolar. Então, inserir-se ao cotidiano da escola e do aluno e não ignorar isso durante a prática pedagógica é algo amplamente discutido por vários pesquisadores da área (FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). A partir da observação desse cotidiano e dessesreferidos pressupostos, que surgiu o interesse por esta pesquisa. É fato notório que dentro das salas de aula a presença das tecnologias de comunicação, cada vez mais multifuncionais e compactas, já se tornou rotina e, assim, não causa mais estranheza (CARVALHO, 2014; CHIAPINNI, 2015). Dentre tais tecnologias, uma em especial, se faz presença constante: o celular. Este aparelho, inegavelmente, é “acessório” indispensável para muitas pessoas, principalmente os que têm acesso à internet móvel, que está cada vez mais disponível (CHINELLATO, 2014; COSTA, 2018). Com os alunos não é diferente, cada vez mais cedo as crianças estão tendo acesso a essa tecnologia e, como não poderia deixar de ser, a levam consigo para a escola. Sobre este tema surge uma discussão: na escola, via de regra, o uso deste aparelho durante as aulas é proibido (MORAN, MASETTO, BEHRENS, 2010). Será que se utilizado de maneira produtiva pelo professor como uma ferramenta a mais no processo de ensino-aprendizagem, o mesmo conseguirá uma resposta positiva por parte dos alunos? Afinal, não se discute que quando o aluno trabalha com algo que o interessa e lhe é prazeroso, a assimilação e aprendizagem são mais eficientes e eficazes? 45 A motivação apresenta-se como o aspecto dinâmico da ação: é o que leva o sujeito a agir, ou seja, o que o leva a iniciar uma ação, a orientá-la em função de certos objetivos, a decidir a sua prossecução e o seu termo (OLIVEIRA, 2014). Assim, constata-se que: A motivação é, portanto, o processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a necessidade e o objeto de satisfação. Isso significa que, na base da motivação, está sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir. A motivação está também incluída o ambiente que estimula o organismo e que oferece o objeto de satisfação. E, por fim, na motivação está incluído o objeto que aparece como a possibilidade de satisfação da necessidade (BOCK, 2019, p. 121). Uma das grandes virtudes da motivação é melhorar a atenção e a concentração, nessa perspectiva pode-se dizer que a motivação é a força que move o sujeito a realizar atividades. Ao sentir-se motivado o indivíduo tem vontade de fazer alguma coisa e se torna capaz de manter o esforço necessário durante o tempo necessário para atingir o objetivo proposto. Bock (2019, p. 121) também afirma que a preocupação do ensino tem sido a de criar condições tais, que o aluno "fique a fim" de aprender. A literatura a respeito da introdução das novas tecnologias no processo educacional é vasta, mas sobre este tema em especial, ainda há muito a se pesquisar. Assim, antes, porém, da aplicação de alguma atividade prática, que propicie, diretamente com os alunos, se fez necessário traçar o perfil e a opinião não só dos alunos, como também do corpo docente da escola trabalhada e dos pais dos alunos sobre a possibilidade do uso de aparelhos celulares/ tablets como ferramenta capaz de dinamizar e melhorar o aprendizado da disciplina de Matemática (MARTINS, 2019; MARQUES, 2013). 2.5-OS PROFESSORES E AS TICs Muito se tem falado sobre formação de professores, e naturalmente também se fala da formação de professores para atuar frente às novas perspectivas, como é o caso das tecnologias de informação e comunicação. 46 Diante da realidade em que vivemos, onde a tecnologia faz parte da vida das pessoas (KENSKI, 2018A; LÉVY, 2019). Cabe ao professor atualizar suas formas de ensinar de acordo com as características desse novo público, dessa forma, torna-se, de suma importância garantir a formação continuada dos professores. A multimídia passa a fazer parte de uma nova era que se insere no ensino e o professor, aparece como um importante mediador, tendo que estimular os alunos a navegar pelo conhecimento e fazer suas próprias descobertas, utilizando-se da tecnologia de forma eficaz, como uma ferramenta que tende a somar e contribuir, cada vez mais, no processo de ensino-aprendizagem. Grande parte dos professores não se sente capazes de manipular alguns recursos digitais (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). É importante lembrar que, essas tecnologias estão cada dia mais perto dos alunos que convive com vários outros objetos que facilitam e dinamizam seu dia a dia. Hoje, ser educador exige muito mais do que ter somente conhecimento sobre sua área específica. É preciso ser um estimulador do prazer em construir o conhecimento. O educador tem que ensinar seus alunos a pensarem, a descobrirem, a desenvolverem suas competências e habilidades. O professor do século XXI é um estimulador, motivador no desenvolvimento de habilidades e potencializador de competências nos alunos (FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Mas para isto, ele tem que quebrar os velhos paradigmas da escola tradicional, deixando de ser somente um transmissor de informações. Em relação ao papel das tecnologias da comunicação no processo de ensino e aprendizagem das gerações atuais. Elas devem ser um dos instrumentos para a construção do conhecimento. No mundo de hoje, as tecnologias são indispensáveis na educação das crianças e dos adolescentes. Eles ‘vivem’ tecnologias e os quem não vivem sonha em viver (CHINELLATO, 2014; COSTA, 2018). É o mundo deles. Isto é fato. Como ignorar este “potencial”. Na busca da quebra desse paradigma, não basta só conscientizar a sociedade é preciso formar os educadores. Não é uma formação apenas na dimensão pedagógica e nem uma formação justaposição entre teorias educacionais, técnicas e domínio da tecnologia (CARVALHO, 2014; CHIAPINNI, 2015). Trata-se de uma formação que mobiliza as 47 múltiplas competências do ser para articular a prática, a reflexão, a investigação e as teorias requeridas para revelar a razão do ser da prática e promover a transformação na ação pedagógica. Complementando: “A autora também aponta que: [...] o domínio instrumental de uma tecnologia, seja ela qual for, é insuficiente para que o professor possa compreender seus modos de produção de forma a incorporá-la à prática. É preciso criar situações de formação contextualizada, nas quais os educadores possam utilizar a tecnologia em atividades que lhes permitam interagir para resolver problemas significativos para sua vida e trabalho, representar pensamentos e sentimentos, reinterpretar representações e reconstruí-las para poder recontextualizar as situações em práticas pedagógicas com os alunos” Para que essas situações sejam criadas é preciso que professores, gestores e coordenadores estejam preparados para as transformações, a fim de vencer as resistências advindas da cultura tradicionalista. A introdução de computador e ambientes de aprendizagens na educação superior pressupõe um processo educacional que permita uma transformação na prática pedagógica, o computador deve ser integrado neste ambiente para potencializar suas produções, exigindo assim uma formação ampla do professor (BONINI, 2013; BORSSOI, 2018). Esse profissional já capacitado e consciente das mudanças necessárias usará as TIC para permitir ao aluno o fácil e rápido acesso a recursos que colaboram para explicitar seu pensamento, utilizando-o para o desenvolvimento de projetos, testarem hipótese, refletir sobre os resultados e, até mesmo, depurar conhecimentos (BOCK, 2019; BONILLA, 2015). Devemos nos preocupar em formar professores capazes de utilizar essa tecnologia de maneira reflexiva, que possa adaptá-la a suas práticas educacionais. Por esta ótica, constata-se que (FIORENTINI; LORENZATO, 2017): ♦ O conhecimento de implicações sociais e éticas das TIC; ♦ A capacidade de uso de software utilitário; ♦ A capacidade de uso e avaliação de software educativo; ♦ A capacidade de uso de TIC em situações de ensino-aprendizagem. Acreditamos que asTIC, utilizadas como ferramentas potencializadoras de habilidades e competências, podem contribuir sensivelmente para a melhoria do sistema educacional, em particular da educação superior e nesse sentido, quando 48 incorporada à tecnologia como uma de suas mediações, podem colaborar para a concretização das mudanças necessárias visando à qualidade do ensino universitário e da formação profissional (JESUZ et al, 2018; KENSKI, 2013). Permitindo que os mesmos executem esse saber nas escolas, onde toda a comunidade ganhará, em termos, competências para atuar no ambiente social contemporâneo. Há, por parte do governo e iniciativas privadas, um constante investimento na formação e formação continuada dos professores. No processo de ensino através da Educação à distância, as novas tecnologias de informação e comunicação estão fazendo da educação não mais um ambiente solido. Mas, sim, virtualizando esse espaço e desterritorializando a instituição escolar, pois, hoje, não se aprende mais apenas no prédio Físico da escola, mas em casa ou em qualquer lugar onde se possa ter acesso às informações (FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Na busca de solucionar os problemas de inclusão dos membros da sociedade e capacitação do educador, que se sente preocupado com a nova tendência pedagógica a formação a distância vem cada dia se expandindo e aumentando o seu público. Programas como universidade aberta, onde os estados e municípios oferecem os polos educacionais, com laboratórios, biblioteca e tutores (CARVALHO, 2014; CHIAPINNI, 2015). O Ministério da Educação, por meio da CAPES, financia os recursos nas instituições públicas. As universidades ofertam os cursos de graduação e pós-graduação à distância. Outro programa interessante é o PROINFO. A escola pública recebe laboratório de informática e conexão em banda larga, os professores aprendem a usar os computadores e recursos digitais como ferramentas de ensino (ALMEIDA; FRANCO, 2014). As aulas ganham novos conteúdos como: DVD escola, TV escola, portal domínio público portal do professor e outros. No ensino público o MEC (Ministério da educação) oferece um curso de capacitação para os professores utilizarem as novas tecnologias na sala de aula formulando um grande programa: O PROINFO que é o Programa Nacional de Informática na Educação, com o objetivo de auxiliar os professores da rede pública a 49 dominar as novas tecnologias, auxiliando-os no processo de planejamento tecnológico vinculado a um projeto pedagógico, capacitando os professores para usar o computador na sua prática docente tornando-os preparados para ajudarem os alunos a participar de transformações na sociedade baseada na inserção da informática na educação (BRASIL, 2017A). O PROINFO foi criado em abril de 1997 sob a autorização do ministro da educação Paulo de Tarso na portaria n° 522 de Nove de abril de 1997. Criado o Programa Nacional de Informática na Educação-Proinfo, com a finalidade de disseminar o uso pedagógico das tecnologias de informação e telecomunicações nas escolas públicas de ensino fundamental e médio pertencentes às redes estaduais e municipais (BRASIL, 2017). O programa leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Em contrapartida, estados e municípios devem garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e tecnologias. De acordo com o MEC, o PROINFO, executado no âmbito do Ministério da Educação, visa a promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas redes públicas de educação básica (BOVO, 2016; BRAGA, 2016). O programa compõe-se de três vertentes de ações, quais sejam (BORBA; SILVA; GADANIDIS, 2018): a. Implantação de ambientes tecnológicos equipados com computadores e recursos digitais nas escolas públicas de educação básica; b. Capacitação dos professores, gestores e outros agentes educacionais para a utilização pedagógica das tecnologias nas escolas e inclusão digital; c. Oferta de conteúdos educacionais multimídia e digitais, soluções e sistemas de informação disponibilizados pela SEED-MEC. Cabe ao MEC (CHINELLATO, 2014; COSTA, 2018): ♦ Implantar ambientes tecnológicos equipados com computadores e recursos digitais nas escolas, em parceria com Estados, Municípios e o Distrito Federal; 50 ♦ Prover capacitações para os formadores municipais e estaduais e outras Agências de Formação, professores e outros agentes educacionais envolvidos no Programa; ♦ Disponibilizar conteúdos educacionais, soluções e sistemas de informações; ♦ Disponibilizar o Portal do Professor. Aos Estados, Distrito Federal e Municípios cabe (BORBA; SILVA; GADANIDIS, 2018): ♦ Prover a infraestrutura adequada, serviços de manutenção e segurança para os ambientes tecnológicos destinados às escolas e Núcleos de Tecnologia Educacional; ♦ Viabilizar e incentivar as capacitações dos professores e outros agentes educacionais para utilização pedagógica das Tecnologias da Informação e Comunicação; ♦ Assegurar recursos humanos e as condições necessárias ao trabalho dos Núcleos de Tecnologia Educacional no desenvolvimento e acompanhamento das ações de capacitação nas escolas; ♦ Assegurar suporte técnico e manutenção dos equipamentos dos laboratórios Proinfo, findo o prazo de garantia da empresa fornecedora; A parceria é firmada por meio da assinatura de um Termo, onde estão detalhadas as responsabilidades de cada instância. Dentre outras preocupações, o programa busca suprir a falta de conhecimento e despreparo para lidar com as novas ferramentas, já que, muitos dos professores têm menos acesso as novas tecnologias do que os educandos. Há vários casos em que a escola até já tem o computador e outros recursos digitais, mas, é comum chegar às escolas e encontrar os laboratórios de informática fechados ou com equipamentos, sem funcionar ou sem acesso à internet (FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Existem outros problemas que os professores enfrentam ao manipular os recursos tecnológicos, o que faz com que abandone esses espaços e volte a dar aulas do mesmo modo como era na sua época de estudante. 51 Em entrevista ao jornal gazeta do povo, Glaucia Brito, professora do departamento de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e especialista em Tecnologia na Educação. “Estamos no século 21, não tem como dar aula como se dava há 10 anos” (CARVALHO, 2014). Para ela, a escola está atrasada. Os jovens são outros e os professores precisam se transformar para seguir essa mudança. O uso da tecnologia pode ser proveitoso no estudo interativo de conteúdos, tornando-os mais atraentes e fazendo com que o aluno adote uma postura mais participativa. A atual situação da educação brasileira tem sido objeto de estudo e preocupação uma vez que nos deparamos com uma escola excludente e com um ambiente para confinar crianças e adolescente, enquanto seus pais trabalham. Os alunos estão prontos para a multimídia, os professores, em geral, não (CHINELLATO, 2014; COSTA, 2018). Os professores sentem cada vez mais claro o descompasso no domínio das tecnologias e, em geral, tentam segurar o máximo que podem, fazendo pequenas concessões, sem mudar o essencial. Creio que muitos professores têm medo de revelar sua dificuldade diante do aluno (FERNANDES, 2014; KENSKI, 2018). Por isso e pelo hábito mantêm uma estrutura repressiva, controladora, repetidora. Os professores percebem que precisam mudar, mas não sabem bem como fazê-lo e não estão preparados para experimentar com segurança. Muitas instituições também exigem mudanças dos professores sem dar-lhes condições para que eles as efetuem (FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Frequentemente algumas organizações introduzem computadores, conectam as escolas com a Internet e esperam que só isso melhore osproblemas do ensino. Os administradores se frustram ao ver que tanto esforço e dinheiro empatados não se traduzem em mudanças significativas nas aulas e nas atitudes do corpo docente. Para Tereza Cristina Jordão2, em entrevista ao programa Salto para o futuro dezembro de 2009: “é sempre mais fácil reproduzir o modelo que se está habituado 2 Psicóloga, doutoranda em Educação - Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo e mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie. Consultora da área de Educação a Distância da Pearson Education do Brasil. Professora da pós-graduação da Universidade 52 e que funcionou para o professor quando estava no papel do aluno, porém, o aluno de hoje possui características muito diferentes dos alunos da geração anterior” (BRAGA, 2016). O ensino é um processo, obedece a uma direção, e o desdobramento desse processo tem um caráter intencional e sistemático, visando alcançar determinados resultados e possuindo um caráter bilateral em virtude de que combina a atividade do aluno (aprender). O professor tem a função de planejar, dirigir e controlar o processo de ensino, tendo em vista estimular e suscitar a atividade própria dos alunos para a aprendizagem (BONINI, 2013; BORSSOI, 2018). O processo de ensino é o objeto de estudo da Didática, sendo definido como uma sequência de atividades do professor e dos alunos. Ele não é só transmissão de informações, mas também o meio de organizar a atividade de estudo dos alunos. O ensino é uma atividade complexa, a qual envolve tanto as condições externas como também internas das situações didáticas. Internamente, podemos dizer que a ação didática se refere à relação entre o aluno e a matéria, através da mediação do professor para o aluno aprendê-la (SANCHO; HERNÁNDEZ, 2016). Sendo assim, observa-se... (...) Como se vê ensinar é não tão simples quanto às vezes se pensa. “Dar aula” é mais do que expor, é aplicar um método de ensino que suscite verdadeiramente as aprendizagens que desejamos que os alunos efetuassem. Sem dúvida, esse método deverá ter sido concebido e planejado pelo professor” (SAINT-ORANG, p 29, 2019). É necessário levar em conta a figura do professor, o qual deve ser criativo e flexível no processo de estruturação da aula (ROMANOWISK, 2017). Assim, podemos observar a importância da figura do professor, como também do próprio planejamento da escola, aplicando técnicas que possibilitem ao aluno apreender o conteúdo com maior dinamismo e facilidade. As tecnologias digitais são, sem dúvida, recursos muito próximos dos alunos e, portanto, utilizar tais recursos a favor da educação é o grande desafio dos professores para superar essa crise (SANCHO; HERNÁNDEZ, 2016). Incrementando-os a sala de aula e integrando-os a sua vivência profissional como Federal de Juiz de Fora - MG e da Faculdade Trevisan. Consultora do MEC e sócio fundadora do Instituto Paramitas. 53 alternativa de acabar com a evasão, repetência e estimular os alunos a participarem das aulas elevando o índice de aprendizado e o gosto pela matemática. Para os problemas na escola em relação às TIC, a escola, por exemplo, não desenvolve iniciativas de introdução de algumas ferramentas tecnológicas, os professores acabam assumindo uma atitude de descompromisso, já que, se não podem fazer tudo o que querem, acabam não fazendo nada e não investindo seu escasso tempo na tarefa de aprender a lidar com o computador (PEREIRA et al, 2017; PONTE et al, 2018). Não se trata de uma técnica ou de mais um saber, mas de uma capacidade de mobilizar um conjunto de recursos - conhecimentos, know-how, esquemas de avaliação e de ação, ferramentas, atitudes - a fim de enfrentar com eficácia situações complexas e inéditas. Não basta, portanto, enriquecer a gama de recursos do professor para que as competências se vejam automaticamente aumentadas, pois seu desenvolvimento passa pela Integração e pela aplicação sinérgica desses recursos nas situações, e isso deve ser aprendido (PEREIRA; ANDRADE, 2016). Conhecer um processador de texto, alguns softwares didáticos e um pouco de informática é uma condição necessária para integrar o computador a uma prática em sala de aula, mas se a formação contínua não trabalhar visando a essa integração, que é o objetivo- obstáculo maior, o recurso continuará virtual e, se não for mobilizado, vai se tornar inútil. Porém, o processo de informatização da sociedade que já atinge o Brasil caminha com uma espantosa rapidez e cabe a rede de ensino, seja ela pública ou privada, ter a responsabilidade de oferecer a melhor preparação possível para que os alunos possam viver e atuar numa sociedade informatizada (PERALTA, 2015). Muitas escolas particulares já estão ativamente introduzindo o computador e os recursos de mídias digitais no processo de ensino-aprendizagem e o poder público, apesar da gravidade dos problemas que afetam a escola pública, não pode ignorar esse fato e nem deve se distanciar ainda mais do ensino ministrado na escola particular. 54 Considerando o avanço tecnológico e as exigências do mundo contemporâneo o governo federal tem tomado algumas iniciativas frente a esse novo desafio (PAPERT, 2014; PAPERT, 2015; SANTOS, 2015). Por exemplo, a implantação de programas de incentivo ao uso das TIC em busca de alternativas para o desenvolvimento e o fortalecimento de práticas que utilizam as tecnologias de informação e comunicação. 2.5.1-O MEC e a introdução do computador na escola O Ministério da Educação e Cultura (MEC), no âmbito de suas atribuições coopera com o melhoramento das escolas e dos profissionais da educação com investimentos em alguns setores permitindo tal avanço no sistema de ensino como: no início na década de 80, mais especificamente em 1983 com a Criação do Projeto Educom: Educação com Computadores. Conforme (TAJRA, 2017, p. 30), esta foi à primeira ação oficial e concreta para levar os computadores até escolas públicas. Posteriormente, na década de 90, surgiu o programa PROINFE que se constituiu em um centro de gerenciamento nacional de informática e ambientes de aprendizagem integrada por grupos interdisciplinares, professores e técnicos organizados em núcleos chamados de centros de informática na educação (TAJRA, 2011; VALENTE, 2013A). Hoje chamado de Proinfo denominado de Programa Nacional de Informática na Educação, foi criado em nove de abril de 1997 pelo Ministério da Educação, através da portaria nº 522 em 09/04/1997, com a finalidade de promover o uso da Telemática (Tecnologias de Informação e Comunicação) como ferramenta de enriquecimento pedagógico no ensino público fundamental e Médio). As ações do Programa são desenvolvidas pela Secretaria de Educação a Distância - SEED, deste Ministério, por meio do Departamento de Infraestrutura Tecnológica - DITEC, em articulação com as Secretarias de Educação do Distrito Federal, dos Estados e de alguns Municípios. O funcionamento do PROINFO se dá de forma descentralizada, existindo em cada unidade da Federação uma Coordenação Estadual, e os Núcleos de 55 Tecnologia Educacional - NTE, dotados de infraestrutura de informática e comunicação que reúnem educadores e especialistas em tecnologia de hardware e software (NUNES, 2010; OLIVEIRA, 2014). A partir de 12 de dezembro de 2007, mediante a criação do decreto n° 6.300 o PROINFO passou a ser Programa Nacional de Tecnologia Educacional, tendo como principal objetivo promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas redes públicas de educação básica. Orientar os gestores, professores e alunos, quanto ao uso pedagógico das tecnologias em sala de aula, bem como Manutenção desses aparelhos. São Funções Básicas dos NTE (BRASIL, 2017A): ♦ Capacitar professores e técnicos de suporte; ♦ Prestar suporte pedagógico e técnico às escolas; ♦Pesquisar, desenvolver e disseminar experiências educacionais; ♦ Interagir com as Coordenações Regionais e Nacionais do Proinfo. O programa contempla ações de formação que contribuam para dinamizar os processos de ensino e de aprendizagem, desenvolver potencialidades, habilidades e conhecimentos específicos. 2.5.2-Criação e fortalecimento de redes de aprendizagem Recursos necessários para o desenvolvimento de projetos utilizando as TICs na escola (MATOS; SERRAZINA, 2016; MERCADO, 2012). Como laboratórios de informática, manutenção e orientação por profissionais qualificados. Por meio de portais educacionais e redes sociais, como forma de garantir o acesso. Por exemplo: ♦ Portal do professor - SITE do ministério da educação destinado a incluir professores que vivem fora dos grandes centros urbanos no ambiente de tecnologias educacionais. O conteúdo do portal inclui sugestões de sala de aula de acordo com cada componente curricular, bem como recursos tais como vídeos, figuras, mapas, áudios e texto, que contribuem para tornar o estudo mais dinâmico e motivador; 56 ♦ Curso de especialização à distância em mídias na educação – é um programa de educação a distância com estrutura modular, que visa proporcionar formação continuada para o uso pedagógico das diferentes tecnologias de informação; ♦ Um computador por cada aluno (UCA). Onde cada aluno da escola recebe um computador para iniciar sua inclusão no mundo das tecnologias. 2.6-FORMAÇÕES CONTINUADA DOS EDUCADORES Segundo a LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 5ª edição Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. TÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS: Art. 80, O poder público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada (BRASIL, 2017; 2017A). Artigo regulamentado pelo Decreto no 5.622, de 19-12-2005. Considerando o novo perfil de aluno e a chegada de diferentes recursos à escola. O proinfo, proinfo integrado, e-proinfo e universidade aberta fazem parte desses projetos (BRASIL, 2013): ♦ PROINFO - programa nacional de tecnologia educacional com o objetivo de promover o uso pedagógico da informática na rede de educação básica. Levam do às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais; ♦ PROINFO INTEGRADO – é um programa de formação voltado para o uso didático - pedagógico das tecnologias da informação e comunicação TIC no cotidiano escolar, articulado à distribuição dos equipamentos tecnológicos e recursos multimídias e digitais oferecidos pelo portal do professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo domínio público e pelo banco internacional de objetos educacionais; ♦ E-PROINFO – é um ambiente virtual colaborativo de aprendizagem que permite a concepção, administração e desenvolvimento de diversos tipos de ações, como cursos a distância, complemento a cursos presenciais, projetos de pesquisa, 57 projetos colaborativos e diversas ouras formas de apoio à distância e ao processo ensino – aprendizagem. Com a chegada dos computadores nas escolas também está sendo introduzida outra grande fonte de conhecimento, a internet e com ela novas formas de acessar (Levi, 2013). O interessado hoje pode fazer uso de tablets, celulares e smartphone, aparelhos que viabilizam o acesso devido sua portabilidade. Existem sites que podem explorar todos os tipos de conhecimentos (FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Os alunos dessa nova geração têm contato cada vez mais cedo com essas ferramentas, estão aprendendo a manuseá-los e isso de certo modo pode ainda mais ajudar os alunos a formular, criticar e acomodar esses conhecimentos, a sua realidade. Essa cultura está entrando forçosamente na sala de aula, e desafia o professor a trabalhar com o mundo no qual vivem os seus alunos. Com a chegada da internet e desses mines computadores que são tablets celulares e smartphone surge a capacidade de criar grandes oportunidades para a educação, não só como ferramenta educativa e de aprendizagem, mas também como veículo facilitador da comunicação. Conforme Mercado (2012, p. 192), “para a educação, a Internet pode ser considerada a mais completa, abrangente e complexa ferramenta de aprendizado e comunicação global”. Através dela tem-se acesso a Fontes de informação que virtualmente permitem estudar as diferentes áreas do conhecimento ampliando o universo de pesquisa em todas as áreas do conhecimento humano (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). Os tabletes e celulares mais modernos com os recursos disponíveis na Internet pode ajudar os educandos (JESUZ et al, 2018; KENSKI, 2013): ♦ Encontrar recursos educativos e notícias atuais, obter documentos, fotos e imagens importantes, e pesquisar temas diversos; ♦ Conseguir ajuda para realizar os trabalhos de casa, quer através das enciclopédias on-line e outras obras de referência, ou contactando especialistas; ♦ Aumentar as capacidades de leitura pelo acesso a conteúdo interessantes, que sugiram outras leituras; 58 ♦ Aprender a utilizar melhor as novas tecnologias para saber encontrar e utilizar a informação desejada, resolver problemas, comunicar, e sem dúvida a adquirir competências cada vez mais exigidas no mercado de trabalho; ♦ Baixar aplicativos educacionais que estão disponíveis sobre domínio público os chamados software livre. Em relação à disciplina matemática, existe certa aversão a essa matéria por parte dos alunos que é comum a todos os profissionais da educação que trabalhão com essa disciplina. E muitos dos teóricos apontam as TCI como uma das alternativas para tentar desmistificar o mito que assombra os educandos. As Médias Educativas por si só nunca influenciarão o desempenho dos estudantes (FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Os efeitos positivos só se verificam quando professores bem preparados e empenhados para mudar tal realidade, aptos a novas práticas de ensino e domínio desenvolvam atividades desafiadoras e criativas, que explorem a aprendizagem. A aquisição do conhecimento Matemático por parte dos alunos de todos os níveis de escolaridade sempre foi desafiadora para o propósito do professor (CHINELLATO, 2014; COSTA, 2018). Ensinar é um desafio para muitos. Esta aquisição vem se tornando a cada dia, menos compartilhada pelos alunos, sendo poucos os que conseguem apropriar - se verdadeiramente desse saber. A necessidade de uma nova metodologia que impulsione a aprendizagem faz da Matemática uma disciplina bastante problemática em todos os níveis de ensino (MARTINS, 2019; MARQUES, 2013). Essas deficiências, aliadas a uma abordagem tradicional, muito praticada no ensino da Matemática em sala de aula, vem provocando conflitos no processo ensino-aprendizagem (JESUZ et al, 2018; KENSKI, 2013). Em uma nova perspectiva, o tablete, celular/smartphone está atraindo deforma surpreendente os teóricos e profissionais da educação, seduzindo- os a, ao que já não dá mais para esperar. Dentre as necessidades há a de capacitar o educador. Para que, ele no desenvolvimento da sua atividade utilize essa ferramenta objetivando “[...] condições favoráveis de aprendizado ao aluno” (VALENTE 2013, p.4). 59 A introdução de softwares educacionais, em especial softwares Matemáticos, que propõe uma aula atrativa dinâmica e eficiente, facilita a compreensão de alguns conteúdos Matemáticos (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). Há uma nova forma de refazer à aprendizagem matemática, que, com a chegada dos computadores a escola diminui-se a distância para o aprendizado desde que as formações: inicial e continuada, até mesmo para os conteúdos aplicados na sala de aula na fase de formação da educação básica. Com o uso desses recursos tecnológicos podemos pensar que é possível melhorar o ensino da Matemáticae das demais disciplinas dando ênfase ao conhecimento global, é o caso da interdisciplinaridade proporcionando um conhecimento não mais único à determinada disciplina e sim a aplicação desse conhecimento onde ele se encontra empregado. As novas tecnologias, e os computadores agregados à escola, podem trazer ao ensino, mudanças favoráveis. Contudo, sabendo que não bastara simplesmente introduzir novos objetos pedagógicos a escola, é preciso também modificar e atualizar as práticas de ensino Partindo do professor (FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Condicionando as escolas para receber tais significativas ferramentas e acima de tudo preparando o educando para esse novo instrumento da educação. O computador e seus recursos podem ser explorados de diversas formas pelos professores nas suas práticas pedagógicas. De acordo com Bovo (2016, p. 27) "A verdadeira função do professor não deve ser a de ensinar, mas sim de criar condições de aprendizagem”. O professor poderá utilizá-lo por disciplina, para reforçar os conteúdos que foram trabalhados em sala de aula, adequando o uso do computador ao enfoque da sua matéria, e também nos projetos educacionais em que a informática poderá ser desenvolvida com todos os alunos, partindo de um objetivo proposto pela escola. Antes da abordagem pedagógica do computador, é importante fazer uma abordagem também social para que os alunos possam saber alguns conceitos tecnológicos desta máquina, isso fará com que atividade pedagógica seja bem mais produtiva. 60 De acordo com Tajra (2011) a informática pode ser utilizada de três maneiras na educação: ♦ Informática como um fim: prevalece à parte técnica onde são aprendidos os sistemas operacionais e manuseio; ♦ Informática como apoio disciplinar: os aplicativos são utilizados de forma isolada visando à disciplina específica. Exemplos: Geogebra, Cabri- geométrico, etc.; ♦ Informática como apoio aos projetos educacionais: o uso dos aplicativos de mídias e tecnológicos incorporados ao projeto escolar, que envolve os alunos, professores e softwares educacionais. É importante adequar o software com a necessidade educacional almejada pelo professor, usando os benefícios do mesmo, já que os softwares ajudam a ensinar aprender, simular, estimular a curiosidade e produzir trabalhos com maior qualidade e dinâmica. “Em relação ao personagem do professor, alguns teóricos questionam sobre a necessidade do mesmo já que, com o avanço tecnológico venha a diminuir a sua presença na sala de aula. Posição contraria ao ideal de Tajra que afirma: “o professor jamais será substituído pelo computador”. Ele continuará servindo como “mola mestra”. Como mediador do processo de ensino aprendizagem e como elemento chave na implantação desses recursos na escola”. (TAJRA, 2011 p. 122). Voltamos, a um dos sujeitos principais da educação, que é o educador (BONINI, 2013; BORSSOI, 2018). É imprescindível que esse profissional tenha consciência da importância de seu papel perante a sociedade, que enxergue a necessidade de buscar novos conhecimentos e estar atento para se adaptar, pois por mais que hoje se disponha de variados instrumentos que possam ser utilizados para a aplicação de uma aula, é nele que recai a responsabilidade de garantir que estes sejam utilizados para o aprendizado útil e necessário, e não como mera ferramenta de lazer. No entanto, a grande questão a ser respondida é se a tecnologia é imprescindível na Educação, pois a sua entrada na Educação consiste em uma ação bastante transformadora, sendo necessária, em muitos casos, a realização de 61 estratégias didáticas para trabalhar com estas tecnologias (SANCHO; HERNÁNDEZ, 2016). 2.7-SMARTPHONES E CELULARES A atribuição básica do celular é ser um telefone portátil que faça ligações e envie mensagens via SMS, embora alguns modelos sejam capazes de acessar a internet por meio do WAP e se conectem por Bluetooth. No geral, estes aparelhos ainda representam a grande maioria dos dispositivos móveis no Brasil, embora o país já passe por uma transição. É considerado um telefone de menor gasto, pois permite planos pré-pagos e os aparelhos geralmente custam menos. Foto 1 – Celulares. Fonte: Tecmundo (2016). Já os smartphones são a evolução dos telefones comuns. São mais caros que os celulares, mas trazem tecnologias que vão muito além de ligações e mensagens de texto (ROMANOWISK, 2017). Geralmente são maiores em tamanho, com telas sensíveis ao toque e possuem um sistema operacional complexo, como o Android, iOS ou Windows Phone. Em outras palavras, são telefones com a complexidade tecnológica de computadores. 62 Imagem 1 – Smartphone. Fonte: Tecmundo (2015). 2.7.1-A introdução do tablete, celular ou smartphone Sobre a introdução das TIC na comunidade escolar, apontaremos agora de forma mais definitiva as virtudes e problemáticas da inserção da tecnologia móvel mais especifico o celular tablete e smartphone (SANTOS, 2016). Com a inovação tecnológica e científica, a sociedade vem mudando muito e rápido se adequando a novas formas de agir e realizar trabalho. O que é celular? Um telefone celular é um aparelho de comunicação por ondas eletromagnéticas que permite a transmissão bidirecional de voz e dados utilizáveis em uma área geográfica que se encontra dividida em células (de onde provém a nomenclatura celular), cada uma delas servida por um transmissor/receptor (SANTOS, 2015). A invenção do telefone celular ocorreu em 1947 pelo laboratório Bell, nos EUA. Hoje esse aparelho e capaz de realizar várias outras funcionalidades tornando- se um computador uma máquina capaz de variados tipos de tratamento automático de informações ou processamento de dados, chamado de smartphone, esse telefone com centenas de funções - e até lojas de aplicativos onde o indivíduo dispõe de vários recursos tais como: fazer compras, baixar aplicativos de lojas, 63 software que venham a melhor seu desempenho e muito mais inclusive aplicativos educacionais. Assim a educação não tem somente que adaptar às novas necessidades dessa sociedade do conhecimento como, principalmente, tem que assumir um papel nesse processo. Os recursos tecnológicos de comunicação e informação têm se desenvolvido e se diversificado rapidamente (SANCHO; HERNÁNDEZ, 2016). Eles estão presentes na vida cotidiana de todos os cidadãos, que não podem ser ignorados ou desprezados. As escolas têm investido cada vez nas tecnologias para melhor educar seus alunos, trazendo novos equipamentos que venham potencializar esse aprendizado. O smartphone e tablete com seu formato moderno e seus vários recursos, exercem grande influência por isto, atualmente na educação é que se torna necessária uma reflexão sobre a concepção de aprendizagem que deverá perpassar a utilização dessa tecnologia nas práticas educativas. Como em todo cenário na educação a pontos positivos e outros negativos o uso do celular especificamente em sala tem trazido ao debate um discursão muito ampla e conflitada a quem apoie sua introdução, assim como também os que rejeite (PEREIRA et al, 2017; PONTE et al, 2018). Hoje no Brasil temos vários estados que não permite o uso do celular na escola. 2.8-O USO DAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA Recentemente a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - UNESCO, no início de 2013, publicou um guia com 10 recomendações para incentivar os governos nacionais a implementarem políticas públicas educacionais que valorizem a utilização de celulares como um recurso nas salas de aula. O guia foi apresentado na Segunda Semana UNESCO “Mobile Learning” (MLW) realizada entre 18 e 22 de fevereiro de 2013 na sede da organização em Paris. Um site de notícias da Educação traduziu os 13 bons motivos para o uso do celular em sala de aula do seguinte modo mediante 10(dez) recomendações aos governos (SANCHO; HERNÁNDEZ, 2016): 64 ♦ Criar ou atualizar políticas ligadas ao aprendizado móvel; ♦ Conscientizar sobre sua importância; ♦ Expandir e melhorar opções de conexão; ♦ Ter acesso igualitário; ♦ Garantir equidade de gênero; ♦ Criar e otimizar conteúdo educacional; ♦ Treinar professores; ♦ Capacitar educadores usando tecnologias móveis; ♦ Promover o uso seguro, saudável e responsável de tecnologias móveis; ♦ Usar tecnologia para melhorar a comunicação e a gestão educacional. 2.8.1-Motivos para tornar o celular ferramenta pedagógica ♦ Amplia o alcance e a equidade em educação; ♦ Melhora a educação em áreas de conflito ou que sofreram desastres naturais; ♦ Assiste alunos com deficiência; ♦ Otimiza o tempo na sala de aula; ♦ Permite que se aprenda em qualquer hora e lugar; ♦ Constrói novas comunidades de aprendizado; ♦ Dá suporte a aprendizagem in loco; ♦ Aproxima o aprendizado formal do informal; ♦ Provê avaliação e feedback imediatos; ♦ Facilita o aprendizado personalizado; ♦ Melhora a aprendizagem contínua; ♦ Melhora a comunicação; ♦ Maximiza a relação custo-benefício da educação. Os problemas que vem encontrando para acompanhar o desafio de ensinar através do uso das tecnologias (PEREIRA; ANDRADE, 2016). Tecnologias estas 65 que requerem um “novo profissional”, um professor que domine estes recursos disponibilizados da nova comunicação, pois segundo Silva... (...) de mero transmissor de saberes, o professor deverá converter-se em formulador de problemas, provocador de interrogações, coordenador de equipes de trabalho, sistematizador de experiências, tornar-se memória viva de uma educação que, em lugar de aferrar-se ao passado (transmissor), valoriza e possibilita o diálogo entre culturas e gerações (2013, p. 70). Vivemos em uma sociedade chamada de comunicação generalizada ou rede. E esta sociedade dá origem a alunos sedentos pela inclusão destas mídias na escola. Nossos alunos são os chamados nativos digitais (PALFREY; GASSER, 2011) porque nasceram e cresceram com uso de inúmeras tecnologias, como videogames, Internet, telefone celular, MP3, iPod, etc. Estes aprendizes de um novo milênio exigem professores cada vez mais articulados e atualizados (MATOS; SERRAZINA, 2016; MERCADO, 2012). Sendo assim, constata-se que... O professor também necessita de atualização permanente, buscar sempre informações, saber o que está acontecendo, estar consciente da relação entre os diferentes saberes. Saber somente sobre a sua área de atuação não é mais suficiente para atender as necessidades dos alunos. Isto não quer dizer que o professor precise saber tudo, mas sim, saber o que o aluno quer conhecer. O processo educativo precisa estar vinculado ao contexto social, em que o sujeito - aluno - está inserido. Isso irá implicar em conhecer e usar instrumentação eletrônica, bem como outros recursos pedagógicos. (SANTOS, 2015, p. 32). Desta forma, o uso das tecnologias constrói conhecimento através da troca de experiências, dos aprendizados e do acesso mais amplo às informações disponibilizadas. Isso tudo irá propiciar ao docente a oportunidade de realizar seu trabalho pedagógico de uma forma mais atualizada, no entanto, parece que essa oportunidade tem se tornado mais um tema que gera muitas discussões entre professores (FERNANDES, 2014; KENSKI, 2018). São diversas as justificativas para não se trabalhar com os recursos digitais, entre eles a falta de tempo para uma atualização, o espaço precário nas instituições de ensino destinadas a estas práticas, ferramentas ultrapassadas ou que não funcionam como deveriam, medo de estragar os equipamentos, entre outras desculpas. 66 Estes empecilhos muitas vezes, então, dão origem a profissionais que embora tenham acesso aos novos recursos, terminam por executar as atividades da mesma forma como sempre as realizaram. 67 CAPÍTULO III 3-MARCO METODOLÓGICO Neste capítulo, em um primeiro momento caracteriza-se a pesquisa; em seguida apresenta-se o campo empírico; mais adiante, explica-se o universo e a amostra; descreve-se a seguir os instrumentos de coleta de dados; sucedendo-se pelo método de leitura, análise e compreensão dos dados; e por fim destaca-se o tratamento dos dados. 3.1-CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA Neste estudo de natureza dissertativa, adota-se o horizonte de pesquisa qualiquantitativo. Com isto, se satisfaz aqui tanto a abordagem qualitativa como a quantitativa, sobretudo no consumar paulatino de todas as atividades que são executadas no trabalho de campo efetivado na unidade escolar pesquisada. Ou seja, as ações são consumadas mediante um método de natureza mista, o que possibilitará valiosos resultados mais adiante. Ao agir desse jeito, tanto as teorias apresentadas nas variáveis apresentadas no Marco Teórico, como a mensuração de todas as particularidades da problemática investigada, pelo experimento proposto, estão contempladas na fundamentação de todas as argumentações proclamadas na Análise dos Resultados como também nas Considerações Finais da dissertação. Considerando as particularidades da problemática investigada, esta seria a única forma de se realizar aqui uma pesquisa de qualidade embasando-se igualmente em métodos de natureza qualitativa, explorando simultaneamente procedimentos de natureza quantitativa em paralelo (BARBOSA, 2016). Como já antevisto, a investigação realizada é um trabalho de campo descritivo qualiquantitativo. Deste modo se configura porque o autor já conhece vários elementos característicos do objeto investigado, isto ao mesmo tempo em que emprega ferramentas de natureza qualitativa e quantitativa, com o intuito de delinear todas as particularidades e premissas do tema, destacando-se as essenciais ao equacionamento da problemática proposta nos capítulos seguintes desta 68 dissertação. Com isto, na atividade de campo, utilizam-se instrumentos de coleta de dados de natureza escrita fundamentados em questões indutivo-mensuráveis em suas respectivas partes. Este proceder, facilita recolher do máximo possível de informações que possibilitarão descrever adiante o objeto investigado (BARBOSA, 2010; RICHARDSON, 2008). No geral, trabalhos de campo são pesquisas de natureza descritiva que possibilitam o conjeturar detalhado do assunto estudado explorando um recorte circunscrito às dimensões a espacial, populacional e a temporal, ao mesmo tempo. Com este recorte, o eixo temático do assunto é limitado no tema, demarcando as suas particularidades em um contexto espaço-temporal-populacional correspondente à problemática investigada. Com o recorte executado, possibilita-se o fluir adequado de todas as ações antevistas nos objetivos de pesquisa (MARCONI; LAKATOS, 2007). Deste modo, executam-se todas as atividades do estudo visando à consumação prática deles. Em suma, todos os elementos coletados na atividade de campo são dispostos no corpo do texto, tencionando à construção de uma resposta adequada ao problema de pesquisa, refutando e ou comprovando as hipóteses iniciais da atividade realizada. 3.2-UNIVERSO E AMOSTRA No âmbito da metodologia, entende-se como sendo universo de pesquisa o conjunto de todos os elementos que possuem pelo menos uma característica em comum (BARBOSA, 2010). A amostra é indicada como sendo uma parte significativa do universo a qual é passível de ser utilizada como instrumento de pesquisa em experimentos de natureza científica. Para tanto, é preciso definir uma estratégia amostral que possibilite equacionar o problema de pesquisa de forma adequada (MARCONI; LAKATOS, 2010). Por consequência, indica-se que a estratégia amostral adequada ao experimento que aqui se realiza é de natureza não-probabilística. Perante a diminuta amplitude do universo investigado, o tipo de amostra que melhor seadequa aqui é a amostragem por conveniência. Neste tipo de estratégia amostral, o tamanho final da amostra possível é estabelecido levando em conta os meios que o 69 pesquisador dispõe para realizar com qualidade o experimento proposto (BARBOSA, 2010). Quadro 1. PROFESSORES COLABORADORES PARA PESQUISA INSTITUIÇÃO ESCOLAR COLABORADORES ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR LUIZ CARLOS 1 ESCOLA MUNICIPAL FELIX ANTÔNIO 1 ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCO DE OLIVEIRA MELO 2 ESCOLA MUNICIPAL WALFREDO GURGEL 4 ESCOLA MUNICIPAL MAURA DE MEDEIROS BEZERRA 2 ESCOLA MUNICIPAL PADRE JOÃO PENHA 2 ESCOLA ESTADUAL JOSÉ OLAVO 1 Fonte: Autoria própria (2021). Na prática, os universos de pesquisa com amplitude reduzida, isto é, com tamanho total de elementos inferior a 50.000 componentes, impossibilitam o uso do cálculo para a seleção de uma quantidade justa de elementos para a prática de uma observação experimental. Por isto, estes universos são classificados como não- probabilísticos. Sendo assim, para este tipo de universo só existe uma estratégia disponível: explorar o procedimento amostral que melhor equacione a problemática proposta ao termino de tudo (BARBOSA, 2010). Para isto, é indispensável avaliar todos os recursos disponíveis, propendendo a seguir o melhor caminho possível com segurança. No caso desta dissertação adota-se a amostragem por conveniência formada por 13 elementos ao todo. Embora pareça ser um número diminuto de elementos, ele ainda possibilita uma visão adequada do objeto investigado, ao mesmo tempo em que este procedimento depreca uma quantidade mínima de recursos para executá-la de forma apropriada (MARCONI; LAKATOS, 2010). 3.3-INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS Na realização de atividades de campo, o instrumento de coleta de dados é uma ferramenta indispensável ao recolhimento adequado de informações. No geral, existem dois tipos básicos de instrumentos de coleta de dados: o roteiro de entrevista e o questionário. 70 O primeiro deles, é uma ferramenta essencialmente oral, enquanto o segundo é um instrumento de natureza escrita. Tanto um como o outro tem as suas vantagens, além de algumas desvantagens mais ou menos iguais. No caso desta dissertação, a escolha recaiu sobre o questionário, pois ele se encaixa melhor na proposta metodológica do curso. Além disto, o instrumento de coleta de dados escolhido foi estruturado visando corresponder aos objetivos específicos anteriormente apresentados e explicados no Marco Introdutório desta Dissertação. Sendo assim, ele é subdividido em duas partes distintas, conforme se constata no Apêndice 1. 3.4 MÉTODO DE LEITURA, ANÁLISE E DE COMPREENSÃO DE DADOS No âmbito da metodologia de pesquisa, indica-se que o método de leitura, análise e compreensão dos dados coletados desta atividade dissertativa deve corresponder à abordagem de pesquisa anteriormente descrita nas suas duas vertentes básicas. Deste jeito dever ser porque todas estas atividades demandam concordância plena à perspectiva teórico-epistemológica adotada na pesquisa que aqui se realiza de forma descritivo qualiquantitativa. De nada adianta colher uma grande quantidade de informações, através dos mais variados e mirabolantes métodos, se, por consequência, não é possível usá-los com inteligência, direcionando ao equacionamento do problema de pesquisa (BARBOSA, 2010). Isso dito, para corresponder o horizonte qualitativo, todas as informações da atividade de pesquisa aqui efetivada são comparadas aos principais paradigmas apontados na fundamentação teórica as que definem as premissas básicas do assunto investigado mediante o método teórico-indutivo. Esta metodologia caracteriza-se pela construção de argumentações observando-se até onde o eixo paradigmático de uma ideia é concretizado in loco. Ou seja, é uma ferramenta metodológica de caráter empírico validada nos resultados observados e na consistência real das ideias apresentadas. Neste ponto, urge frisar que a abordagem qualitativa foi aplicada na leitura, na análise e na compreensão de todas as questões respondidas pelos educadores no questionário o qual foi anteriormente descrito para este estrato do universo em particular. Ao seu turno, para o horizonte quantitativo, adota-se uma adaptação Escala Likert para mensurar fatores importantes à qualidade geral da pesquisa proposta. 71 Com esta ferramenta metodológica, possibilita-se mensurar de modo adequado aspectos pertinentes à problemática investigada, isto de tal forma que as suas principais características, além dos seus desdobramentos imediatos, são compreendidas com a apresentação de uma média aritmética simples (LAKATOS; MARCONI, 2007, 2010). Na prática a abordagem quantitativa se aplica tanto no questionário destinado aos colaboradores, como na prova escrita, a qual foi destinada a este estrato de pesquisa. Prosseguindo, na leitura, na análise e na compreensão das premissas expostas nas questões mensuradas, se aplicam os seguintes critérios escalométricos: em todas as ocasiões em que o desempenho registrado variar entre 0% e 20%, ele será definido como totalmente insatisfatório; nas ocasiões em que este desempenho for registrado entre 20,01% e 40%, será definido como insatisfatório; quando o desempenho registrado variar entre 40,01% e 60%, será definido como sendo regular; se a variação do desempenho registrado variar entre 60,01 e 80%, será definido como satisfatório; e se este desempenho registrado variar entre 80,01% e 100%, ele será definido como totalmente satisfatório. Ao lado disto, em todas as ocasiões em que uma nota registrada variar entre “0” e “2,00”, o desempenho será considerado como insatisfatório; nos momentos em que uma nota registrada variar entre “2,01” e “4,00”, o desempenho será definido como regular em todas as ocasiões em que a nota registrada variar entre “4,01” e “6,00”; se variação da nota registrada variar entre “6,01” e “8,00”, o desempenho será considerado satisfatório; e quando a variação da nota for entre uma nota “8,01” e 10,00, o desempenho será definido como totalmente satisfatório. Estas duas escalas embasam-se na abordagem de Likert, como descreve Richardson (2008). Em suma, caso o desempenho geral dos professores apresente um escore geral satisfatório, será possibilitado afirmar que o ensino do conteúdo de matemática na unidade escolar pesquisada se realiza com qualidade. 3.5-TRATAMENTO DOS DADOS Para esta atividade dissertativa, todas as informações coletadas no trabalho de campo consumado na unidade escolar pesquisada serão tabuladas no Editor de Planilhas Excel. Para isto, serão enquadrados aos preceitos básicos da Escala 72 Likert, ao mesmo tempo em que sagram o método teórico-indutivo na construção das argumentações. Na prática, este procedimento satisfaz ao horizonte qualiquantitativo o qual aqui é adotado na efetivação de todas as atividades de pesquisa, como já descrito antes. Assim agindo, a investigação proposta cumpre o seu papel informando com propriedade, respeitando-se a horizonte de pesquisa escolhido, do melhor modo (BARBOSA, 2010). Em qualquer estudo, o coroar todas as ações anteriores executadas sumaria no exibir de todos os resultados finais de uma pesquisa. O seu desígnio básico é divulgar o conhecimento para que experiências sejam compartilhadas de forma clara e objetiva. Acontecendo isto, o eixo teórico do tema estudado poderá reforçar as suas bases, comprovando hipóteses e ou refutando teorias prévias em ao término de tudo. A apresentação geral desta etapa da pesquisa deverá ser didática para que o resultado final da investigação seja compreendido por qualquer pessoa que acesse a apresentação dos dados (LAKATOS; MARCONI, 2007, 2010). 3.6-POSICIONAMENTO ÉTICO Ao lidar com dados pessoais em experimentos de pesquisa, urge assegurar o resguardo da privacidade de quem participa.Atuar desta maneira é importante porque, além de facilitar o interesse alheio, também indica que o estudo tem fins bem precisos, ou seja, a averiguação meramente acadêmica ou científica do objeto investigado. Nada além disto. Com muita frequência, um dos maiores entraves para trabalhos de pesquisa que necessitam da colaboração de uma quantidade mais ou menos variável de indivíduos é a recusa implícita de participação. No geral, isto acontece porque há a medo de que os dados coletados possibilitem algo negativo no porvir. Por isto, o posicionamento ético do pesquisador deve ser firme quanto a plena manutenção da privacidade. Assim sendo, assegura-se aqui o resguardo da privacidade de todas as pessoas que participaram deste experimento. Com isto, todas as informações coletadas, mediante o instrumento de coleta de dados, serão tratadas com o máximo sigilo. Com este agir, viabiliza-se a consumação facilitada do experimento, porquanto é uma atividade que não colocará em exposição a identidade de quem respondeu, de uma forma ou de outra, todas as questões apresentadas na coleta de 73 dados. Visando reforçar isto tudo, no cabeçalho do questionário afirma-se logo na partida do experimento que não é necessária a identificação do participante, ao mesmo tempo em que se expressa que o uso dos dados coletados se aplica única e exclusivamente para fins meramente acadêmicos. Inclusive, existindo a privacidade desejada, a pesquisa se consuma com maior rapidez. 74 CAPÍTULO IV 4-APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS Nesta parte da pesquisa, o intuito será destacar de que forma o ensino de matemática pelo uso de novas tecnologias é experimentado pelos professores de matemática que participaram deste estudo. Para tanto, apresentam-se os resultados gerais de um questionário aplicado com 13 (treze) professores da região os quais se dedicam ao ensino desta disciplina no momento em escolas do Ensino Fundamental. Além disto, este questionário considerou apenas os profissionais que hoje estão utilizando ferramentas de natureza tecnológica como estratégia de ensino-aprendizagem. 4.1-DESCREVENDO E MENSURANDO AS PRÁTICAS DE ENSINO Na primeira pergunta, apresenta-se: Enquanto recursos metodológicos, o que os professores utilizam para a execução diária do processo ensino-aprendizagem? Para esta indagação, são disponibilizadas as cinco alternativas seguintes: “Tecnologias”; “Práticas lúdicas”; “Pesquisas”; “Projetos”; “Todas as alternativas anteriores”; e “Outra coisa. Qual seria?”. Como condição, deixou-se livre a escolha de mais de uma alternativa, se o entrevistado julgasse necessário. Além disto, foi pedida uma justificativa para a escolha marcada. Isto expresso, constatam-se no próximo gráfico os seguintes resultados: 75 Gráfico 1. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Como se destaca no Gráfico 1, todas as possibilidades de resposta foram escolhidas pelos educadores que foram entrevistados no decorrer da atividade de campo consumada na unidade escolar pesquisada. Assim sendo, 29% deles falaram que utilizam como recursos comuns ao processo de ensino aprendizagem as tecnologias já empregadas no ambiente escolar; outros 29% afirmaram que isto se consuma mediante o uso do recurso lúdico; para 14% deles isto se efetiva pela realização de pesquisas; enquanto outros 14% mediante o uso de projetos; e os 14% falaram que utilizam meios diferentes das possibilidades já destacadas como possíveis respostas, sendo 7% deles explorando o livro didático e os outros 7% com o uso das pesquisas de campo. Tal posição confirma aquilo que já se observa nas obras de Almeida (2017; 2017A) e Tajra (2011; 2012), além dos trabalhos de Romanowisk (2017) e Pereira (2017). Na segunda pergunta, apresenta-se: Na escola, os professores fazem uso da tecnologia como um instrumento didático, incluindo-se smartphones? Para esta indagação, são disponibilizadas as três alternativas seguintes: “Sim”; “Não”; e “Às vezes”. Além disto, aqui também foi ofertado as seguintes condições: Primeira: Se sim, de 1 (um) a 10 (dez), isto se procede até que ponto? Segunda: Se a sua resposta foi “não” ou “talvez”, apenas justifique a sua escolha”. Assim dito, no gráfico que se segue vislumbram-se os seguintes resultados: 76 Gráfico 2. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Como se observa no Gráfico 2, apenas duas das três possibilidades de resposta foram destacadas pelos educadores entrevistados no decorrer da atividade de campo. Com isto, a grande maioria deles, com 77%, afirmaram que só usam o recurso tecnológico como instrumento didático “Às vezes”; e os outros 23% que “Sim”, ou sejam usam o instrumento tecnológico como meio de ensino dos conteúdos que são lecionados no ambiente escolar. Isso dito, verifica-se que o uso do recurso de natureza tecnológica em sala de aula se realiza como abordagem didático pedagógica apenas em algumas ocasiões, as quais estão resumidas nos 23% destacados aqui. De qualquer modo, isto não significa que não sejam usados. São usados, mas não estão em uso constante na unidade escolar pesquisada. Isto, na prática, é um ponto positivo, pois o uso constante de uma determinada tecnologia em sala de aula, do mesmo modo que pode ajudar no desenrolar qualitativo das atividades didático-pedagógicas, também pode atrapalhar das mais variadas maneiras (SAINT-ORANGE, 2019). Ou seja, é preciso que este uso ocorra de maneira bem planejada para que tudo possa se efetivar como o desejado, possibilitando ao educador um agir que favoreça o ensino de qualidade com maior frequência. Como já dito antes, educar é um processo consumado em duas atividades distintas as quais sempre estão intimamente correlacionadas. Estas duas atividades são o ensino e a aprendizagem. Se o ensino se efetiva com qualidade, porquanto corresponde aos anseios prévios que lhe determinam, a aprendizagem poderá se 77 consumar como desejado com maior frequência (SANTOS; MAIA, 2017; SANCHO; HERNÁNDEZ, 2016). Nestas situações, as falhas que são comuns ao assimilar de qualquer conteúdo serão pelo menos reduzidas, se não eliminadas de imediato. Isto acontecendo, a escola poderá se transformar um espaço fomentador de cidadania, inclusão e justiça social. Este é um desafio válido e que merece atenção diferenciada. Assim deve ser porque o uso de novas tecnologias em sala de aula, como uso de qualquer outro mecanismo, é uma atividade que poderá enfrentar uma quantidade mais ou menos razoável de desafios (SANTOS, 2016). Reconhecê-los de maneira adequada é uma atividade prévia que deve ser consumada com a necessária seriedade. Portanto, o ideal é procurar descobri-los, identificando as suas características e particularidades mais marcantes, visando atenuar os seus prováveis efeitos subsequentes do melhor modo (SANTOS, 2015). Acontecendo isto, com certeza o ensino poderá se efetivar com qualidade, oferecendo redução dos problemas comuns de aprendizado, ao mesmo tempo em que possibilita satisfação dos anseios sociais que lhe permeiam de uma maneira ou de outra. Para a pergunta complementar apresenta-se os seguintes resultados: Tabela 1 - O uso da tecnologia. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 1 5 6 2 12 7 3 21 8 3 24 9 0 0 10 0 0 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 69,2% SOMATÓRIO GERAL 62 MÉDIA COMPUTADA 6,88 VARIAÇÃO MÉDIA -2,12 MÉDIA FINAL 4,76 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). 78 Como visto, a menor nota apresentada na Tabela 1 foi 5 (cinco) com 1 (uma) aparição e a maior nota foi 8 (oito) com 3 (três) aparições, a moda, ou seja, a nota que mais se repete, foi manifesta em dois pontos: na nota 7 (sete) e 8 (oito) com três aparições cada uma delas. Com estes resultados a mediana ficou em uma nota 7. Comum percentual de participação de 69,2%, um somatório geral de 62 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada na casa dos 6,88, em uma variação média de -2,12, a nota média final consumada aqui foi de 4,76. Diante disto, observa-se que o uso de novas tecnologias é uma atividade que pode proceder, no mínimo, em até 47,6% das atividades como um procedimento de natureza didático- pedagógica. No máximo, é possível que isto se aplique em 61,53% das ocasiões. Como necessário complemento, aqui também foi indagado aos professores até que ponto procede o uso da tecnologia como um instrumento didático, incluindo- se smartphones, procede como uma alternativa satisfatória. Para tanto, aqui foram possibilitadas as seguintes alternativas: "Totalmente satisfatórios"; "Satisfatórios"; "Inconclusos"; "Insatisfatórios"; e "Totalmente insatisfatórios". Para a primeira alternativa, possibilitou-se o valor de uma nota "10,00"; para a segunda alternativa, possibilitou-se o valor de uma nota "7,50"; para a terceira alternativa, possibilitou-se o valor de uma nota "5,00"; para a quarta alternativa, possibilitou-se o valor de uma nota "2,50"; e para a quinta alternativa, possibilitou-se o valor de uma nota "0,00". Nestas condições, as respostas concedidas implicarão em média final adequada para sintetizar o resultado objetivo do objeto investigado nesta atividade dissertativa. Tal posicionamento se destina a dimensionar a eficácia geral desta abordagem didático-pedagógica, validando o seu expandir no espaço escolar tradicional, apesar de todos os desafios que se registram em uma atividade do tipo. Sendo assim, são observados mais adiante os seguintes resultados: 79 Gráfico 3. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). De maneira geral, pelos dados expressos no Gráfico 3, as respostas apresentadas pelos professores concentraram-se em apenas duas alternativas. Aliás, sobre as duas que implicavam em notas de maior valor. Sendo assim, 7 (sete)3 professores destacaram que o uso da tecnologia como um instrumento didático, incluindo-se smartphones, procede como uma alternativa totalmente satisfatória, consolidando um resultado de 54%. Para os outros 6 (seis)4, o uso da tecnologia como um instrumento didático, incluindo-se smartphones, procede como uma alternativa satisfatória, implicando em um percentual de 46%. Com estes resultados, a nota final registrada aqui foi de 8,8. Tal perspectiva comprova o que já observa em outros estudos que se interessam por problemática mais ou menos semelhante àquela que aqui se estuda. Certamente isto não significa que o uso de novas tecnologias de ensino em sala de aula (principalmente na dimensão do Ensino Fundamental) irão resolver todos os prováveis problemas de ensino-aprendizagem que poderão se registrar no lecionar de qualquer conteúdo ou disciplina. De qualquer modo, existe pelo menos uma tendência bastante favorável para que assim aconteça com frequência, sobretudo quando adequadamente dimensionados todos os seus prováveis resultados entraves e possibilidades (VALENTE, 2013; 2013A). Não é à toa, portanto, que o uso não apenas dos computadores, mas dos notebooks, dos smartphones ou de 3 Ou seja, 70 pontos para os 130 possíveis no máximo. 4 Isto é, 45 pontos para os 130 possíveis. 80 qualquer outra tecnologia que lhe sejam similares se constata como uma atividade bastante interessante no momento. Na terceira pergunta, apresenta-se: Quando aplicadas, como são as aulas com o uso de tecnologias, incluindo-se os smartphones? Para esta indagação, são disponibilizadas as seis alternativas seguintes: “Atrativas”; “Interessantes”; “Cansativas”; “Produtivas”; “Improdutivas”; e “Outra coisa. Qual seria?” Aqui também foi ofertado a seguinte condição: De 1 (um) a 10 (dez), isto se procede até que ponto? Além de tudo disto, foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida. No próximo gráfico, constatam-se os seguintes resultados: Gráfico 4. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Como se destaca no Gráfico 4, entre as 6 (seis) possibilidades de resposta foram oferecidas 5 (cinco). Sendo assim, 36% dos educadores entrevistados dizem que as aulas com o uso de tecnologias são “produtivas”; para outros 30% são “atrativas”; para 28% “interessantes”; para 3% são atividades cansativas; e os outros 3% restantes são aulas dinâmicas. Adiante, observa-se: 81 Tabela 2 - Aulas com o uso de tecnologias. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 0 0 7 0 0 8 7 56 9 1 9 10 1 10 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 69,2% SOMATÓRIO GERAL 75 MÉDIA COMPUTADA 8,33 VARIAÇÃO MÉDIA -2,56 MÉDIA FINAL 5,77 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Perante os resultados expressos acima, constata-se na Tabela 2 que a menor nota apresentada foi 8 (oito) com 7 (sete) aparições e a maior nota, por sua vez, foi 10 (dez) com uma aparição. A nota moda e a mediana foram expressas pelo menos valor, ou seja, a nota 8. Com um percentual de participação de 69,2%, um somatório geral de 75 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada na casa dos 8,33 em uma variação média de -2,56, a nota média final consumada aqui foi de 5,77. Deste modo, observa-se que a aplicação de novas tecnologias como um procedimento de natureza didático-pedagógica é uma atividade que procede em até 57,7% das atividades do modo dito pelo educador entrevistado acima, ou seja, como algo produtivo, atrativo, interessante, cansativo ou dinâmico, respeitando-se para isto os seus respectivos percentuais. Na quarta pergunta, apresenta-se: Em sua prática de ensino, os professores utilizam os recursos midiáticos e tecnológicos com que frequência, incluindo-se os smartphones? Para esta indagação, são disponibilizadas as quatro alternativas seguintes: “Diariamente”; “Semanalmente”; “Esporadicamente”; “Não utilizam”. Neste ponto, também foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida. Aliás, estão destacados no gráfico precedente os seguintes resultados: 82 Gráfico 5. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). No gráfico 5, verifica-se que das 4 (quatro) alternativas de resposta possíveis três delas foram destacadas pelos educadores entrevistados na atividade de campo, ao responder o questionamento proposto nesta parte da pesquisa. A melhor destacada entre elas, ou seja, os professores utilizam os recursos midiáticos e tecnológicos semanalmente ficou com 38%. As outras duas ficaram igualmente com 31% cada uma delas, isto é, o uso de recursos midiáticos e tecnológicos em sala de aula é algo que acontece diariamente ou esporadicamente. Em todos os casos, o uso de novas tecnologias como abordagem didático-pedagógica é algo que se realiza com uma frequência que pode variar, mas é algo que se consuma como tal em um determinado momento (PONTE et al, 2018). Com isto, é possível afirmar que as tecnologias estão presentes no dia a dia escolar, variando apenas a frequência em que isto ocorre. Na quinta pergunta, apresenta-se: A formação discente ocorre através das aulas no laboratório de informática? Para esta indagação, são disponibilizadas as três alternativas seguintes: “Sim”; “Não”; e “Às vezes”. Além disto, aqui também foi ofertado as seguintes condições: Segunda: Se sim, de 1 (um) a 10 (dez), isto se procede até que ponto? Primeira: Se a sua resposta foi “não” ou “talvez”, apenas justifique a sua escolha”. Os seguintes resultados constatam-se no gráfico a seguir: 83 Gráfico 6. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Para a pergunta com resultados sumariados no Gráfico 6, das 3 (três) possibilidades de resposta duas delas foram escolhidas pelos educadores entrevistados no decorrer da atividade de campo. Assim sendo, 92% deles afirmaram que a formação discente não ocorre através dasaulas no laboratório de informática, enquanto os 8% restantes afirmaram que isto só ocorre às vezes. Certamente não seria possível uma formação total em um laboratório de informática, pois o ensino tem outras atividades que solicitam dedicação tão e até mais importante do que as atividades que são realizadas em um laboratório de informática. No geral, o uso laboratório informática implica em uma excelente vantagem para o ensino de números saberes. Assim se sucede, evidentemente, entre aqueles quais se aproveitam do uso de novas tecnologias de ensino com maior frequência. De qualquer modo, o uso deste instrumento não poderá se realizar à esmo, meio de improviso (ALMEIDA, 2017; 2017A). Urge, portanto, que todos os meios tecnológicos sejam usados com acuidade, constituindo em uma estratégia realmente plenamente capaz de oferecer os resultados que dela se espera. Com isto, os atos de ensino-aprendizagem que são realizados no laboratório podem sim contribuir para que o aprendizado de todos os saberes (incluindo-se a matemática) se realize de modo apropriado (BORBA; PENTEADO, 2019). Para tanto, é preciso planejar, organizar, dirigir e controlar todos meios didático-pedagógicos para que os fins 84 necessários ao constituir de um processo ensino-aprendizagem de qualidade realmente se efetivem mais adiante. Tabela 3 - A formação discente. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 1 6 7 0 0 8 1 8 9 2 18 10 0 0 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 30,7% SOMATÓRIO GERAL 32 MÉDIA COMPUTADA 8 VARIAÇÃO MÉDIA -5,53 MÉDIA FINAL 2,47 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Na tabela 3, verifica-se que a menor nota apresentada foi a nota 6 (seis) com 1 (uma) aparição e a maior nota foi 9 (nove) com duas aparições. Por sua vez, a nota moda se consuma em 9 (nove) com duas aparições, ao mesmo tempo em que a mediana se efetiva em uma nota 8,5. Com um percentual de participação de 30,7%, um somatório geral de 32 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada igual a 8 em uma variação média de -5,53, a nota média final consumada aqui foi de 2,47. Isto dito, observa-se que a formação discente só ocorre através das aulas no laboratório de informática em 24,7% no máximo, isto quando possível explorá-lo no ambiente escolar. Como complemento, também se buscou perguntar aos professores entrevistados até que ponto procede a relevância do uso do laboratório de informática para a formação discente. Aliás, se visou entender se é algo que vem ocorrendo de forma satisfatória até que ponto5, servindo para validar ou não o uso 5 Para tanto, aqui, mais uma vez, foram possibilitadas as seguintes alternativas: "Totalmente satisfatórios"; "Satisfatórios"; "Inconclusos"; "Insatisfatórios"; e "Totalmente insatisfatórios". Para a primeira alternativa, possibilitou-se o valor de uma nota "10,00"; para a segunda alternativa, 85 desta abordagem didático-pedagógica. Dito isso, mais adiante, são observados os seguintes resultados no próximo gráfico: Gráfico 7. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Como se constata no Gráfico 7, A formação discente que ocorre através das aulas no laboratório de informática vem implicando em resultados totalmente satisfatórios para 54% dos professores. Isto é, para 7 (sete)6 dos 13 ao todo é bem assim que vem ocorrendo, enquanto que 23% deles afirmam que é algo satisfatório e para outros 23% é uma perspectiva ainda inconclusa, ou seja, 3 (três)7 deles responderam de uma forma e outros 3 (três)8 de outra. Com estes resultados, a nota final registrada aqui foi de 8,2. Este resultado serve para reforçar a importância do uso de novas tecnologias na escola, inclusive mediante o laboratório informática. Sendo assim, ações didático- pedagógicas poderão se efetivar com a necessária qualidade, mesmo que ainda sejam observados alguns prováveis desafios para que esta abordagem seja melhor qualificada em seguida. Isto tudo também é um indicativo bastante interessante que reforça o quanto é importante o papel desempenhado pelos professores para que os discentes manifestem melhor desempenho nos resultados de todas as avaliações possibilitou-se o valor de uma nota "7,50"; para a terceira alternativa, possibilitou-se o valor de uma nota "5,00"; para a quarta alternativa, possibilitou-se o valor de uma nota "2,50"; e para a quinta alternativa, possibilitou-se o valor de uma nota "0,00". Nestas condições, as respostas concedidas implicarão em média final adequada para sintetizar o resultado objetivo do objeto investigado nesta atividade dissertativa. 6 Ou seja, 70 pontos para os 130 possíveis no máximo. 7 Isto é, 22,5 pontos para os 130 possíveis no máximo. 8 Ou seja, 15 pontos para os 130 possíveis no máximo. 86 que irão passar no decorrer do processo de ensino aprendizagem (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). Tal conquista poderá ocorrer para todos os saberes, o que reforça muito a validade do uso das novas tecnologias em sala de aula de forma assertiva contribuindo para que o processo ensino-aprendizagem ofereça bons resultados com maior frequência. Na sexta pergunta, apresenta-se: Para a formação discente, o que os professores utilizam de modo geral? Para esta indagação, são disponibilizadas as seis alternativas seguintes: “Computadores”; “Celulares”; “Data show”; “Lousa digital”; “Todas as alternativas anteriores”; e “Outra coisa. Qual seria?”. A priori, apresentou-se a possibilidade de se escolher mais de uma alternativa, ao mesmo tempo em que foi destacado que neste ponto deve-se se considerar apenas os recursos didático-tecnológicos. Como complemento, também foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida. Mais adiante, estão expressos os seguintes resultados no próximo gráfico: Gráfico 8. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). No gráfico 8, verifica-se que para a formação discente os educadores entrevistados utilizam celulares com 35%, data show também com 35%, computadores com 27% o clássico livro didático com apenas 3%. É lícito destacar aqui que o contexto para as respostas elencadas levou em conta um ambiente de ensino com plena disponibilidade do recurso didático-pedagógico de natureza tecnológica (BRAGA, 2016; COSTA, 2018). Mesmo assim, é necessário destacar que não existe uma correlação prática entre este resultado que aqui se destaca e o 87 que já foi dito antes (JESUZ, 2018; MARTINS, 2019). De qualquer modo, existe um interesse real em usar novas tecnologias no ambiente escolar. Para isto, todavia, são os meios necessários para tanto, como já destacado na parte teórica da pesquisa, comprovando a relevância das novas tecnologias no ensino de todos os saberes, destacando-se no Ensino Fundamental. Na sétima pergunta, apresenta-se: Enquanto docente, você permite ao seu aluno a autonomia para apropriar-se de novas tecnologias? Para esta indagação, são disponibilizadas as três alternativas seguintes: “Sim”; “Não”; e “Às vezes”. Como observação se destacou que a tecnologia apropriada possa se encaixar como um valioso recurso didático, reforçando de forma qualitativa o processo de ensino- aprendizagem. Também foi dada a seguinte condição aqui: Se sim, de 1 (um) a 10 (dez), isto se procede até que ponto? Em todos os casos, foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida pelo entrevistado. A seguir, vislumbram-se no gráfico precedente os seguintes resultados: Gráfico 9. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). No gráfico 9, verifica-se que a permissão para se apropriar de novas tecnologias se consuma em até 62% das aulas, mas nos outros 38% é algo que só se efetiva às vezes. Embora postura do professor em sala de aula possa variar bastante, sobretudo quando ele realmente usa os meios didático-pedagógicos de forma assertiva, inclusive concedendo mais autonomia para o aluno para que as ações de ensino-aprendizagemse realizem com qualidade, a tendência é que sejam observados bons resultados mais adiante (BASSO, 2014; BOCK, 2019). Isto não 88 implica que o uso de novas tecnologias de ensino, principalmente pela perspectiva do Ensino Fundamental, poderá implicar em excelentes resultados, caso os professores se concentrem em conceder a necessária autonomia para que os alunos sejam capazes de explorar pedagógicos diferenciados para que assimilem com maior rapidez eficácia qualquer tipo de competência ou saber (BORSSOI, 2018; BOVO, 2016). Certamente isto significa que as dificuldades de aprendizado serão resolvidas de uma hora para outra, mas poderá pelo menos contribuir para que resultados melhores sejam observados com maior frequência. Estes resultados são complementados a seguir: Tabela 4 - Apropriação de novas tecnologias. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 0 6 7 2 14 8 3 24 9 3 27 10 0 0 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 61,53% SOMATÓRIO GERAL 65 MÉDIA COMPUTADA 8,12 VARIAÇÃO MÉDIA -3,12 MÉDIA FINAL 5,00 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Na tabela 4, verifica-se que a menor nota apresentada foi a nota 7 (sete) com 2 (duas) aparições e a maior nota foi 9 (nove) com três aparições. Por sua vez, a nota moda se consuma tanto em uma nota 8 (oito) como em uma nota 9 (nove) com três aparições simultâneas, ao mesmo tempo em que a mediana se efetiva em uma nota 8. Com um percentual de participação de 61,53%, um somatório geral de 65 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada igual a 8,12 em uma variação média de -3,12, a nota média final consumada aqui foi de 5,00. Isto dito, existe autonomia para se apropriar de novas tecnologias em até 50% das ocasiões. 89 Estes resultados reforçam o que autores como Borba & Penteado (2019), além de Jesuz (2018) e Saint-Orange (2019). Mais uma vez, como necessário complemento, aqui também se buscou perguntar aos professores entrevistados até que ponto procede a relevância da autonomia no uso de novas tecnologias para a formação discente. Aliás, de visou apreender se é algo que vem ocorrendo de forma satisfatória até que ponto9, servindo para validar ou não o uso desta abordagem didático-pedagógica em sala de aula, apesar de todos os desafios que lhe permeiam. Dito isso, mais adiante, são observados os seguintes resultados no próximo gráfico: Gráfico 10. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Como se verifica no Gráfico 10, A formação discente vem se aproveitando bastante dos benefícios da autonomia docente, implicando em resultados totalmente satisfatórios para 54% dos professores. Com isto, para 7 (sete)10 dos 13 ao todo é bem assim que vem ocorrendo, enquanto que 23% deles afirmam que é algo satisfatório e para outros 23% é uma perspectiva ainda inconclusa, ou seja, 3 (três)11 deles responderam de uma forma e outros 3 (três)12 de outra. Com estes resultados, a nota final registrada aqui foi de 8,2. Este resultado serve para reforçar a importância da autonomia do aluno para o aprendizado qualificado de todas as competências, habilidades e saberes que lhe cabem no espaço escolar (SILVA, 2013; SOUSA, 2016). Tal resultado também vaticina, evidentemente, o que 9 Vide nota 5. 10 Ou seja, 70 pontos para os 130 possíveis no máximo. 11 Isto é, 22,5 pontos para os 130 possíveis no máximo. 12 Ou seja, 15 pontos para os 130 possíveis no máximo. 90 normalmente já se verifica no âmbito das relações interpessoais na sala de aula, ou seja, o uso da ferramenta da autonomia como estratégia didático-pedagógica, unindo-a com as novas tecnologias em sala de aula para que o processo de ensino- aprendizagem se efetive com melhor qualidade. Quando o aprimoramento da prática didático-pedagógica se aproveita do uso de novas tecnologias, a tendência que bons resultados sejam possíveis não apenas na área da matemática, mas com inúmeros outros saberes (PONTE et al, 2018; ROMANOWISK, 2017). Por isto que o uso destes meios, ou seja, as novas tecnologias no ensino vêm destacando como alternativas bastante interessantes nos dias de hoje, inclusive para lidar com as disciplinas comuns no ano do Ensino Fundamental. Talvez em muitas ocasiões os professores possam experimentar alguns desafios bastante graves quando concedem aos alunos autonomia para que explorem novos meios de ensino-aprendizagem em sala de aula. Isto, no entanto, se sucede quando em atividades do tipo se efetivam de maneira inadequada, ou seja, sem o necessário planejamento e organização de todos os meios que ele cabe (SILVA, 2013; SOUSA, 2016). Nestas condições, antes que seja concedida autonomia aos alunos para que explorem meios tecnológicos em sala de aula como procedimentos de ensino-aprendizagem, urge que sejam ensinados todos os prováveis saberes que são pertinentes para que algo do tipo se realize com eficácia desejada (TAJRA, 2011; 2012). Esta é a postura que se espera em sala de aula de todos os professores que usam procedimentos tecnológicos incluindo-se os smartphones. Na oitava pergunta, apresenta-se: Na escola, a formação para aprimoramento da prática pedagógica mediante o uso de tecnologias, incluindo-se smartphones, ocorre quando? Para esta indagação, são disponibilizadas as seis alternativas seguintes: “Nas jornadas pedagógicas”; “Nas formações específicas para o uso da tecnologia”; “Em palestras e cursos”; “Todas as alternativas anteriores”; “Não ocorre”; e “Em outra ocasião. Qual seria?”. A priori, apresentou-se a possibilidade de se escolher mais de uma alternativa como resposta. Como complemento, também foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida. Sendo assim, registram-se os seguintes resultados no gráfico adiante: 91 Gráfico 11. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Como se observa no Gráfico 11, a formação para o aprimoramento da prática pedagógica mediante o uso de tecnologias ocorre em até 3 (três) atividades distintas. Aliás, as duas principais, com 41% cada uma delas, são as jornadas pedagógicas; e as palestras e cursos. Além disto, as formações específicas para o uso de novas tecnologias também são apontadas pelos educadores entrevistados na atividade de campo que se consuma na unidade escolar pesquisada, ao registrar um percentual de 4%. Estas três alternativas em conjunto são apontadas por outros 5%. É importante frisar que para 9% dos entrevistados a formação para o aprimoramento da prática pedagógica mediante o uso de tecnologias é algo que não procede, ou seja, que não se realiza no momento. Com esses resultados em pauta, constata-se que o uso de novas tecnologias didático-pedagógicas em sala de aula poderá ocorrer de forma assertiva com todos os saberes (PONTE et al, 2018; ROMANOWISK, 2017). Assim deverá se suceder, evidentemente, caso tudo seja adequadamente planejado e organizado para que todos os resultados desejados sejam alcançados com maior rapidez e eficácia, observando-se a desejada qualidade esperada por todos nos atos de ensino- aprendizagem (SANTOS; MAIA, 2017). Sendo assim, é importante que o aprimoramento das ações didático-pedagógicas que se sucedem pelo uso de novas tecnologias ocorra com frequência maior, contribuindo para que o processo ensino- aprendizagem se efetive de forma plena mais adiante (SAINT-ORANGE, 2019). Isto deverá ocorrer possibilitando que competências, habilidades e saberes sejam 92 compartilhados de forma assertiva em todas as ocasiões e contextos, ou pelo menos disto se aproxime muito. Visando complementar os resultados acima, aqui também se buscou perguntar aos professores entrevistados até que ponto procede a relevância do aprimoramento da prática pedagógica mediante o uso de tecnologias, incluindo-se smartphones, pelo uso de novas tecnologias para a formação discente. Aliás, visou-se apreender se é algoque vem ocorrendo de forma satisfatória até que ponto13, servindo para validar ou não o uso desta abordagem didático-pedagógica em sala aula, apesar de todos os desafios que lhe são comuns. Nestas condições, são observados os seguintes resultados no gráfico a seguir: Gráfico 12. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Como se verifica no Gráfico 12, o aprimoramento da prática pedagógica mediante o uso de tecnologias, incluindo-se smartphones, pelo uso de novas tecnologias para a formação discente vem implicando em resultados totalmente satisfatórios para 54% dos professores. Isto é, para 7 (sete)14 dos 13 ao todo é bem assim que vem ocorrendo, enquanto que 23% deles afirmam que é algo satisfatório e para outros 23% é uma perspectiva ainda inconclusa, ou seja, 3 (três)15 deles responderam de uma forma e outros 3 (três)16 de outra. Com estes resultados, a nota final registrada aqui foi de 8,2. 13 Vide nota 5. 14 Ou seja, 70 pontos para os 130 possíveis no máximo. 15 Isto é, 22,5 pontos para os 130 possíveis no máximo. 16 Ou seja, 15 pontos para os 130 possíveis no máximo. 93 Levando-se em conta os resultados acima, verifica-se que a eficácia derradeira prática didático-pedagógica depende bastante do modo que os meios de ensino são usados em sala de aula. Ou seja, para que os melhores resultados sejam plausíveis em qualquer ato ensino-aprendizagem, é importante que os atos didático- pedagógicos sejam adequadamente dimensionados, visando, antes de tudo, o qualificar de todo o processo ensino-aprendizagem pela perspectiva do assimilar pleno de todas as competências, habilidades e saberes. Nestas condições, se a escola é incapaz de explorar todos os procedimentos didático-pedagógicos de forma assertiva, a possibilidade de que desafios ensino-aprendizagem prevaleçam, mesmo usando tecnologias bem capazes, eleva-se bastante (PEREIRA, 2017; SANTOS, 2015). De qualquer maneira, é possível sim qualificar a prática de ensino pelo uso de novas tecnologias, usando a perspectiva que, no momento, se constata no decorrer desse estudo, inclusive na área da matemática, explorando os smartphones. Na nona pergunta, apresenta-se: O professor busca ampliar e modificar as formas de ensinar e de aprender, usando as tecnologias, incluindo-se smartphones? Para esta indagação, são disponibilizadas as três alternativas seguintes: “Sim”; “Não”; e “Às vezes”. Também foi dada a seguinte condição aqui: Se sim, de 1 (um) a 10 (dez), isto se procede até que ponto? Como complemento, também foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida, se a resposta escolhida foi um “não” ou um “talvez”. Evidentemente, não é tão fácil para o professor modificar os meios de ensino aprendizagem que adota em sala de aula, sobretudo considerando todos os desafios diários que são observados no momento em que se destina a qualificar o processo ensino-aprendizagem. De qualquer modo, ele tem hoje como obrigação primeira qualificar todos seus procedimentos didático-pedagógicos para que algo do tipo aconteça o mais breve possível, usando os meios que poderão lhe favorecer de maneira célere e precisa, sem abrir mão da qualidade geral dos seus atos (OLIVEIRA, 2014; PERALTA, 2015). Adiante, estão resumidos no gráfico a seguir estes resultados: 94 Gráfico 13. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Diante dos resultados expressos no Gráfico 13, constata-se que das três possibilidades de resposta duas foram destacadas pelos educadores entrevistados na unidade escolar pesquisada. Estas duas alternativas seriam sim o professor busca ampliar e modificar as formas de ensinar e de aprender, usando as tecnologias com 54%; e o só às vezes isto procede com 46% ao todo. Em muitas ocasiões, especula-se que seja bastante difícil para o professor executar de atos de ensino-aprendizagem explorando novas tecnologias de ensino. Esta é uma preocupação válida, embora, na realidade, tal fato precise levar em conta que bons resultados só serão plausíveis pelo uso destes procedimentos mediante o uso contextualizado de todos eles (JESUZ, 2018; MARTINS, 2019). De qualquer maneira, ao professor é preciso dedicação para que seja capaz de explorar as novas tecnologias de ensino de forma assertiva e com qualidade, contribuindo para que o aprendizado de todos os saberes se realize de modo adequado. Talvez se cogite que não seja simples atuar deste jeito em todas as ocasiões, mas hoje espera-se que tal procedimento seja explorado com maior frequência por todos os professores. Por sinal, assim poderá se realizar inclusive entre aqueles que labutam no Ensino Fundamental com conteúdo da matemática (MATOS; SERRAZINA, 2016). Este resultado, por questões de esclarecimento, conquanto já seja bastante elucidativo, é complementado quantitativamente com as seguintes observações expostas na próxima tabela: 95 Tabela 5 - A busca pela ampliação e mudança. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 1 5 6 1 6 7 1 7 8 3 24 9 2 18 10 2 20 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 76,92% SOMATÓRIO GERAL 80 MÉDIA COMPUTADA 8,00 VARIAÇÃO MÉDIA -1,85 MÉDIA FINAL 6,15 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Na tabela 5, verifica-se que a menor nota apresentada foi a nota 5 (cinco) com 1 (uma) aparição e a maior nota foi 10 (dez) com duas aparições. Por sua vez, a nota moda se consuma em uma nota 8 (oito) com 3 (três) aparições, ao mesmo tempo em que a mediana também se efetiva em uma nota 8 (oito). Com um percentual de participação de 76,92%, um somatório geral de 80 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada igual a 8,00 em uma variação média de - 1,85, a nota média final consumada aqui foi de 6,15. Isto dito, constata-se que a busca visando ampliar e modificar as formas de ensinar e de aprender usando as tecnologias, por parte do professor é algo que procede em pelo menos 61,5% das ocasiões. Considerando as respostas apresentadas no Gráfico 13, este resultado é passível de uma leve alta, consumando-se em um percentual máximo de 62,31%. Com estes dois resultados, é possível afirmar que existe interesse por parte dos educadores pelo uso de novas tecnologias no ambiente escolar. No entanto, também é preciso frisar que também um grande desinteresse pelo uso didático- pedagógico de novas tecnologias como uma provável ferramenta de ensino. Claro que este resultado é um instantâneo que se aplica a escola pesquisada. De qualquer modo, é algo que merece destaque para os resultados gerais deste experimento. 96 Nas atividades de ensino-aprendizagem, a qualidade geral dos atos didático- pedagógicos depende bastante dos procedimentos no trabalho que são explorados em sala de aula (PONTE et al, 2018; ROMANOWISK, 2017). Para que as atividades do professor sempre se efetivem de forma adequada, ou seja, com qualidade, recomenda-se explorar de forma célere e precisa os procedimentos que lhe cabem para que os resultados de ensino-aprendizagem se concretizem da forma desejada, contribuindo para que o aluno possa assimilar bem qualquer competência, habilidade ou saber que se faz necessário em determinadas ocasiões (ALMEIDA; VALENTE, 2018). Por essa razão, os cursos de licenciatura estão considerando a importância das novas tecnologias em sala de aula, uma tendência, aliás, irreversível (ALMEIDA, 2017; 2017A). Não é à toa, portanto, a relevância que se constata nos procedimentos natureza tecnológica, os quais se destinam a qualificar melhor os profissionais de ensino para que lidem bem com as novas tecnologias disponíveis (BORBA; PENTEADO, 2019). Agindo deste modo, todos os conteúdos serão explorados com maior acuidade no espaço escolar, incluindo-se com a lida matemática no decorrer do Ensino Fundamental. Não será, decerto, fácil agir de forma qualificada para que todas as prováveisdificuldades de ensino-aprendizagem do saber matemático sejam resolvidas de forma apropriada com uso de novas tecnologias (ALMEIDA; ALONSO, 2017). De qualquer jeito, no momento há meios bem como procedimentos adequados para que os professores desta área, ou seja, da matemática, sejam capazes de explorar procedimentos tecnológicos de forma assertiva, contribuindo para que o aprendizado se realize de forma célere e eficaz, de uma só vez, sem abrir mão da qualidade (SANCHO; HERNÁNDEZ, 2016). Tal perspectiva, é válida e poderá acontecer não apenas entre os professores que lidam com essa disciplina em particular, mas com todos os outros que labutam na Esfera do Ensino Fundamental que estejam se concentrando em oferecer um ensino de melhor qualidade para todos os seus alunos em todos as ocasiões. Como necessário complemento, aqui também perguntou-se aos professores entrevistados até que ponto procede a relevância da busca para ampliar e modificar as formas de ensinar e de aprender, usando as tecnologias, incluindo-se smartphones para a formação discente. Tal perspectiva, tomou como base 97 apreender se é algo que vem ocorrendo de forma satisfatória até que ponto17, servindo para validar ou não o uso desta abordagem didático-pedagógica em sala aula, a despeito de todos os desafios que lhe são comuns. Dito tudo isto, são observados os seguintes resultados no gráfico a seguir: Gráfico 14. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Pelos dados que estão sumariados no Gráfico 14, as respostas apresentadas pelos professores em apenas duas alternativas. Inclusive assim se sucedeu sobre as duas que implicavam em valores de maior relevância ao dimensionar do objeto investigado no decorrer desta atividade dissertativa. Por consequência, 7 (sete)18 professores destacaram que a busca para ampliar e modificar as formas de ensinar e de aprender, usando as tecnologias, incluindo-se smartphones procede como uma alternativa totalmente satisfatória, como se observou em um resultado de 54%. Para os outros 6 (seis)19, a busca para ampliar e modificar as formas de ensinar e de aprender, usando as tecnologias, incluindo-se smartphones emana como uma alternativa satisfatória, implicando em um percentual de 46%. Com estes resultados, a nota final registrada aqui foi de 8,8. Como se sabe, já existem meios e procedimentos bastante qualificados para que o uso de novas tecnologias em sala de aula se realize de forma célere e eficaz. De qualquer forma, ainda persiste uma mentalidade que se destina a dificultar muito o uso desta estratégia didático-pedagógica que conclama não é tão simples se 17 Vide nota 5. 18 Ou seja, 70 pontos para os 130 possíveis no máximo. 19 Isto é, 45 pontos para os 130 possíveis. 98 suceder, conquanto exista interesse real para tanto (SANCHO; HERNÁNDEZ, 2016). Aliás, tal postura toma como base apenas as limitações que os professores evidenciam em todos os seus atos de ensino, inclusive em muitas ocasiões em que labuta no Ensino Fundamental com o conteúdo da matemática. Isto significa que é preciso uma autocrítica dos profissionais de ensino para que estejam plenamente conscientes da importância da revolução tecnológica em pauta nos dias de hoje para o qualificar de todos os atos de ensino-aprendizagem de todos os saberes de forma qualificada e precisa (BRAGA, 2016; COSTA, 2018). Assim poderá ocorrer, caso exista realmente interesse em oferecer aos alunos bons resultados em sala de aula, cooperando para que o assimilar de qualquer competência, habilidade e saber se realize da melhor forma possível, embora ainda persistam alguns prováveis entraves. Certamente todos estes entraves são reais e, por sinal, todos os seus inequívocos resultados ao qualificar dos atos de ensino que são visíveis na qualidade geral das competências e habilidades que alunos manifestam nas avaliações que se efetivam no espaço escolar (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). Mesmo assim, é imprescindível que o uso das tecnologias ensino se concretize de forma série e eficaz, valorizando o aprendizado de todos os saberes mediante as perspectivas inovadoras que estão disponíveis no momento. Isto se espera que aconteça no aprendizado da matemática no Ensino Fundamental por exemplo. Mais adiante busca-se entender como os professores consideram os métodos tecnológicos usados em sala de aula. Isto dito, na décima pergunta, apresenta-se: Como você considera os métodos tecnológicos utilizados em sala de aula, incluindo- se os smartphones? Para esta indagação, são disponibilizadas as quatro alternativas seguintes: “Excelentes”; “Bons”; “Satisfatórios”; e “Insuficientes”. Para a escolha da resposta foi necessário levar em conta os resultados concretos destes meios para a qualidade geral do processo de ensino-aprendizagem. Como complemento, também foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida, com o intuito de dimensionar melhor o objeto investigado com maior celeridade e precisão, de uma só vez. No gráfico adiante, os seguintes resultados estão visualmente computados: 99 Gráfico 15. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Considerando os resultados expressos no Gráfico 15, constata-se os educadores entrevistados no decorrer da atividade de campo apresentaram 4 (quatro) respostas distintas, ou seja, todas as alternativas disponibilizadas foram, de uma forma ou de outra, destacadas. Isto dito, para 36% deles os métodos tecnológicos utilizados em sala de aula são classificados como bons; para 22% deles como excelentes; para 21% como sendo satisfatórios; e para os 21% restantes como insuficientes. Aliás, é importante frisar que a qualificação que aqui se aplicou levou em conta a condição final do aprendizado possibilitado pelo uso de novas tecnologias em sala de aula. Com certa frequência, o senso comum avalie de forma inadequada boa parte das experiências que os professores manifestam em sala. É impossível, todavia, que o uso de novas tecnologias de ensino-aprendizagem se realize com qualidade, sem que se conceda o necessário valor sobre o olhar diferenciado destes profissionais (BRAGA, 2016; COSTA, 2018). Isto significa que, se a intenção é qualificar o uso destes procedimentos didático-pedagógicos de ensino-aprendizagem usados, por exemplo, no Ensino Fundamental, incluindo-se o saber matemático, é importante pelo menos dimensionar os mais importantes entraves que poderão atrapalhar bastante tal ato. Só pela opinião assertiva dos professores, principalmente quando conscientes de todas as suas possibilidades em sala de aula tendem a contribuir grandemente para que a revolução Educacional se realize em subsequência 100 (BORSSOI, 2018; BOVO, 2016). Por isso que a opinião dessas pessoas, em todas as ocasiões, é válida. Se, por alguma razão, o olhar diferenciado do profissional de ensino é pelo menos subvalorizada no uso de novas tecnologias de ensino, os resultados que poderão se suceder em empreendimentos educacionais que explorem metodologias do tipo em sala de aula tendem a oferecer resultados insatisfatórios (TAJRA, 2011; 2012). Se não assim em todas as ocasiões e em sua totalidade plena, pelo menos tende a ocorrer com uma frequência bastante elevada, visto que as experiências destes profissionais são imprescindíveis para que as prováveis correções de uso nos procedimentos didático-pedagógicos se sucedam mediante a frequência desejada (BORBA; PENTEADO, 2019). Isto irá possibilitar que os alunos possam assimilar com maior rapidez eficácia qualquer competência habilidade ou saber. Eis aí o desafio a se vencer. Ao mesmo tempo em que poderá contribuir para os atos de ensino- aprendizagem mediante aproveitando-se de procedimentos didáticos-pedagógicos de natureza tecnológica em sala de aula também implica em inúmeros desafios e entraves estruturais (SANTOS; MAIA, 2017). Boa parte deles, aliás, terminam por dificultarbastante os atos que os professores executam em sala de aula, porquanto geram obstáculos mais ou menos graves que lhes limitam. Urge, portanto, superá- los logo em prol da construção e uma visão de ensino realmente qualificada (MATOS; SERRAZINA, 2016). Tal postura já poderá acontecer hoje e espera-se que contribuir para que a educação se transforme de forma assertiva pelo uso de novas tecnologias em sala de aula. Na décima primeira, apresenta-se: O que possibilita a prática pedagógica com o uso de tecnologias, incluindo-se os smartphones? Para esta indagação, são disponibilizadas as seis alternativas seguintes: “O desenvolvimento do processo ensino aprendizagem”; “O ensino dos conteúdos”; “A aprendizagem significativa”; “Todas as alternativas anteriores”; “Não possibilita nada”; e “Possibilita outra coisa. Qual seria?”. Para este item, foi disponibilizada a possibilidade de escolha de mais de uma alternativa por parte do professor entrevistado. Para a escolha da resposta foi preciso considerar os ganhos porvindouros para a qualidade geral do processo de ensino-aprendizagem. Ao lado disto, foi dado o seguinte prosseguimento: De 1 (um) a 10 (dez), isto se procede até que ponto? Como complemento, também foi 101 pedida uma justificativa para a resposta escolhida. Os seguintes resultados manifestam-se no próximo gráfico: Gráfico 16. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Com os dados observados no Gráfico 16, verifica-se que das 6 (seis) possibilidades de resposta os educadores entrevistados no decorrer da atividade de campo apontaram 4 (quatro) alternativas distintas. Assim sendo, aquela que mais se destacou foi todas as alternativas anteriores com 44%. Quais seriam estas alternativas anteriores? Seria o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem; o ensino dos conteúdos; e a aprendizagem significativa. Estas três possibilidades, aliás, também se destacaram de maneira isolada, quando a aprendizagem significativa registrou um percentual de 22%, o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem com 17% e os outros 17% restantes destacaram o ensino dos conteúdos como aquilo que possibilita a prática pedagógica com o uso de tecnologias em sala de aula. Conscientes de todos os procedimentos que serão úteis ao constituir uma abordagem didático-pedagógica realmente eficaz, os professores poderão oferecer ensino de melhor qualidade para todos seus alunos (BASSO, 2014; BOCK, 2019). Aliás, algo do tipo poderá se suceder entre todas as competências, habilidades saberes pertinentes ao Ensino Fundamental, incluindo-se todos os conteúdos essenciais ao assimilar do saber matemático que lhe cabe. Sendo assim, espera-se que eles possam atuar de forma qualificada em todos os seus atos de ensino, 102 explorando novas tecnologias, destacando-se os smartphones de forma assertiva (SANCHO; HERNÁNDEZ, 2016). Tal postura poderá facilitar o reconhecimento de todas as suas prováveis limitações, além de todos os seus benefícios plausíveis de acontecer, desde que exista foco em realmente construir uma abordagem didático- pedagógica adequada aos alunos em particular. Como complemento, apresenta-se a seguinte tabela mais adiante: Tabela 6 - A prática pedagógica com o uso de tecnologias. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 0 0 7 1 7 8 6 48 9 2 18 10 2 20 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 84,61% SOMATÓRIO GERAL 93 MÉDIA COMPUTADA 8,45 VARIAÇÃO MÉDIA -1,30 MÉDIA FINAL 7,15 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Na tabela 6, verifica-se que a menor nota apresentada foi a nota 7 (sete) com 1 (uma) aparição e a maior nota foi 10 (dez) com duas aparições. Por sua vez, a nota moda se consuma em uma nota 8 (oito) com 6 (seis) aparições, ao mesmo tempo em que a mediana se efetiva em uma nota 8 (oito), mais uma vez. Com um percentual de participação de 84,61%, um somatório geral de 93 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada igual a 8,45 em uma variação média de - 1,30, a nota média final consumada aqui foi de 7,15. Com isto, a prática pedagógica com o uso de tecnologias é algo que pode proceder em até 71,5% das ocasiões. Hoje os desafios que poderão atrapalhar o uso de novas tecnologias em sala de aula são inúmeros (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). Certamente boa parte deles podem ser superados mediante o entendimento exato dos pormenores que lhe são pertinentes, sobretudo por parte dos professores, favorecendo o emergir de um 103 ensino de melhor qualidade para todos seus alunos (ALMEIDA, 2017; 2017A). Esta conquista poderá acontecer pelo aproveitamento pleno de todos os procedimentos inovadores disponíveis no momento, destacando-se aqueles que podem ser usados com maior celeridade. Reconhece-se, todavia, este é um desafio bastante grave, embora se espere que ele seja vencido em todas as ocasiões, favorecendo, por exemplo, que o ensino da matemática se efetive de maneira adequada. Hoje, os professores podem realmente experimentar inúmeros obstáculos para que trabalhem de forma qualificada (OLIVEIRA, 2014; PERALTA, 2015). Mesmo assim ainda é possível, todavia, superar todas essas questões de forma assertiva, desde que exista foco nas necessidades de aprendizado do aluno (SILVA, 2013; SOUSA, 2016). Este é, portanto, o caminho a se seguir para que o uso das novas tecnologias de ensino se efetive da melhor forma possível, embora isto não implique que elas deverão resolver (de uma hora para outra) todos os prováveis desafios de ensino-aprendizagem. Apesar da validade de todas essas observações, por qual razão ainda persiste uma mentalidade entre números professores de que não é tão simples assim explorar procedimentos didático-pedagógicos de natureza tecnológica em sala de aula? Assim acontece, talvez, porque os cursos de formação ainda estão desconsiderando boa parte dos pormenores que lhe são pertinentes pela perspectiva didático-pedagógica realmente adequada aos objetivos de ensino que são necessários no compartilhar de qualquer conhecimento (BORSSOI, 2018; BOVO, 2016). Eis aí o caminho a seguir no momento. Na décima segunda pergunta, apresenta-se: O que promovem as aulas com o uso de tecnologias, incluindo-se os smartphones? Para esta indagação, são disponibilizadas as cinco alternativas seguintes: “O ensino da leitura e escrita”; “O ensino dos conteúdos”; “Aulas estimuladoras”; “Não promove nada”; e “Promove outra coisa. Qual seria?”. Neste item, foi disponibilizada a possibilidade de escolha de mais de uma alternativa por parte do professor entrevistado. Para a escolha da resposta foi preciso levar em conta os seus resultados imediatos para o desenrolar qualitativo do processo de ensino-aprendizagem. Ao lado disto, foi dado o seguinte prosseguimento: De 1 (um) a 10 (dez), isto se procede até que ponto? Como complemento, também foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida. Por consequência, estes são os resultados que podem ser vistos no gráfico a seguir: 104 Gráfico 17. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Com os resultados expressos no Gráfico 17, constata-se que os educadores entrevistados no decorrer da atividade de campo na unidade escolar pesquisada apontam que as aulas com o uso de tecnologias promovem três coisas distintas. A principal delas seria a consumação de aulas estimuladoras, como é dito por 48% dos entrevistados. As outras duas, as quais apresentam registro percentual idêntico na casa dos 26% cada delas, seria o ensino da leitura e da escrita e o ensino dos conteúdos. O uso de novas tecnologias em sala de aula, destacando-se os smartphones, implica em um grande desafio para todos os professores. De qualquer modo, é possível superá-lo com relativa facilidade e rapidez, desde que exista interesse real em consumar todos os atos de ensino com a máxima qualidade possível, embora nãoseja uma tarefa tão simples de se suceder, sobretudo ante aos desafios didático-pedagógicos que lhe permeiam em todas as ocasiões e contextos. Bons resultados poderão, todavia, ser alcançados pelo uso desta abordagem de ensino, os quais reforçam bastante a utilidade deles para que novos procedimentos tecnológicos sejam inseridos no âmbito do ensino da matemática, apesar de todos os prováveis entraves que poderão circundar, principalmente nos primeiros momentos em que uma perspectiva do tipo é posta em uso em uma determinada escola e particular (SILVA, 2013; SOUSA, 2016). Estes resultados são complementados na seguinte tabela: 105 Tabela 7 – As promoções com o uso de tecnologias. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 1 5 6 0 0 7 4 28 8 4 32 9 0 0 10 1 10 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 76,9% SOMATÓRIO GERAL 75 MÉDIA COMPUTADA 6,81 VARIAÇÃO MÉDIA -1,04 MÉDIA FINAL 5,76 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Na tabela 7, verifica-se que a menor nota apresentada foi a nota 5 (cinco) com 1 (uma) aparição e a maior nota foi 10 (dez) também com uma aparição. Por sua vez, a nota moda se consuma tanto em uma nota 7 (sete) como em uma nota 8 (oito) com 4 (quatro) aparições simultâneas, ao mesmo tempo em que a mediana se efetiva em uma nota 7 (sete). Com um percentual de participação de 76,9%, um somatório geral de 75 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada igual a 6,81 em uma variação média de -1,04, a nota média final consumada aqui foi de 5,75. As promoções com o uso de tecnologias é algo que procede em até 57,5% das ocasiões. Mais uma vez, observa-se que o uso da tecnologia em sala de aula é um desafio realmente válido. Válido, mas isto não significa que seja impossível de se superá-los, desde que existe interesse em realmente focar e oferecer para o aluno ensino de qualidade (BORBA; PENTEADO, 2019). Para tanto, basta corresponder todas as suas expectativas e necessidades de aprendizado de forma qualificada, apesar da pertinência de todos os entraves que poderão atrapalhar algo do tipo (ALMEIDA; ALONSO, 2017). Espera-se, portanto, que todos os professores estejam conscientes de todos os desafios estruturais que poderão limitá-los bem como da possibilidade de se vencê-los logo, caso se concentre em trabalhar com qualidade, 106 oferecendo ensino de qualidade para todos seus alunos em todas as ocasiões e contextos para todas as competências, habilidades e saberes de uma só vez (SANTOS; MAIA, 2017). Na décima terceira pergunta, apresenta-se: Você considera que os métodos utilizados em sala de aula estão sendo apropriados e satisfatórias para promover o ensino? Para esta indagação, são disponibilizadas as três alternativas seguintes: “Sim”; “Não”; e “Às vezes”. Também foi dada a seguinte condição aqui: Como complemento, também foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida, se a resposta escolhida foi um “não” ou um “talvez”. Isto tudo dito, no gráfico que se precede estão computados os seguintes resultados: Gráfico 18. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). No Gráfico 18, observa-se que os métodos estão sendo apropriados e satisfatórios para promover o ensino em apenas 38% das ocasiões, enquanto que para 54% dos educadores entrevistados isto só procede às vezes. Os 8% restantes afirmaram que isto não se sucede nunca. Para que todos os atos de ensino aprendizagem se efetivem de forma qualificada, é importante planejar, organizar, dirigir e controlar todos os atos didático- pedagógicos de forma assertiva e eficaz com igual qualidade. Quando o professor é capaz de explorar tal postura em sala de aula, sobretudo visando tudo o ensino realmente necessário ao amadurecimento de seus alunos, qualquer procedimento de natureza tecnológica poderá contribuir para que a escola realmente seja capaz de cumprir com maior celeridade e precisão a missão que lhe cabe (BORBA; 107 PENTEADO, 2019). O desafio hoje, talvez, seja dimensionar tal perspectiva com acuidade, amplificando a qualidade geral de todos os atos que o professor deverá efetivar por conta própria em sala de aula, aproveitando-se bem de todos os meios e mecanismos que eles são oferecidos no momento. Estes resultados são complementados na seguinte tabela: Tabela 8 – Métodos apropriados e satisfatórios. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 0 0 7 4 28 8 3 24 9 1 9 10 1 10 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 69,2% SOMATÓRIO GERAL 71 MÉDIA COMPUTADA 7,88 VARIAÇÃO MÉDIA -2,42 MÉDIA FINAL 5,46 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Na tabela 8, verifica-se que a menor nota apresentada foi a nota 7 (sete) com 4 (quatro) aparições e a maior nota foi 10 (dez) com 1 (uma) aparição. Por sua vez, a nota moda se consuma em uma nota 7 (sete) com 4 (quatro) aparições, ao mesmo tempo em que a mediana se efetiva em uma nota 8 (oito). Com um percentual de participação de 69,2%, um somatório geral de 71 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada igual a 7,88 em uma variação média de -2,42, a nota média final consumada aqui foi de 5,46. Com isto, os métodos utilizados estão sendo apropriados e satisfatórios ao ensino de qualidade é que procede em pelo menos 54,6% das ocasiões, podendo se replicar em até 65,38%, considerando os resultados que estão expressos na Tabela 8. Isto reforça, aliás, o que se observa em autores como Santos & Maia (2017), além das observações que são enfatizadas em seus respectivos estudos por Oliveira (2014) e Peralta (2015). 108 Na décima quarta pergunta, apresenta-se: No decorrer do ensino, o que prioriza a prática pedagógica, usando os smartphones? Para esta indagação, são disponibilizadas as cinco alternativas seguintes: “A leitura e a escrita”; “A explanação dos conteúdos”; “A formação global do aluno”; “Todas as alternativas anteriores”; e “Outra coisa. Qual seria?”. Neste item, foi disponibilizada a possibilidade de escolha de mais de uma alternativa por parte do professor entrevistado. Ao lado disto, foi dado o seguinte prosseguimento: De 1 (um) a 10 (dez), isto se procede até que ponto? Como complemento, também foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida. Isto tudo expresso, os seguintes resultados registram-se no gráfico a seguir: Gráfico 19. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). No Gráfico 19, observa-se que 41% dos educadores priorizam tanto a leitura e a escrita como também a explanação dos conteúdos e a formação global. A explanação dos conteúdos registra 27%, a leitura e a escrita 23% e formação global do aluno fica com os 9% restantes. Todos as suas ações que o professore executar em sala de aula, de uma maneira ou de outra, se destinam ao consumar dos objetivos que lhe são necessários, aproveitando-se de todos os procedimentos didático-pedagógicos que estão disponíveis no momento (BORSSOI, 2018; BOVO, 2016). Isto implica que quando a meta é qualificar os atos que são pertinentes ao dimensionar de todas as competências, habilidades e saberes úteis ao amadurecimento dos alunos, urge se concentrar sobre os fins que os são (PONTE et al, 2018; ROMANOWISK, 2017). Assim poderá acontecer, inclusive, pelo uso de novas tecnologias em sala de aula, destacando-se os smartphones, para lidar com 109 saber matemático no Ensino Fundamental, por exemplo. Na seguinte tabela, observa-se: Tabela 9 – As priorizações na prática pedagógica. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 1 6 7 0 0 8 3 24 9 3 27 10 2 20 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 69,2% SOMATÓRIO GERAL 77 MÉDIA COMPUTADA 8,55 VARIAÇÃO MÉDIA -2,63 MÉDIA FINAL 5,92 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Na tabela 9, verifica-se que a menor nota apresentada foi anota 6 (seis) com 1 (uma) aparição e a maior nota foi 10 (dez) com duas aparições. A nota moda se consuma tanto em uma nota 8 (oito) como em uma nota 9 (nove) com três aparições simultâneas, ao mesmo tempo em que a mediana se efetiva em uma nota 9 (nove). Com um percentual de participação de 69,2%, um somatório geral de 77 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada igual a 8,55 em uma variação média de -2,63, a nota média final consumada aqui foi de 5,92. Portanto, as priorizações na prática pedagógica procedem em até 59,2% das ocasiões. Embora solicite prévio planejamento de todos os meios que lhe são úteis, o uso de novas tecnologias em sala de aula uma das importantes ferramentas didático-pedagógicas possíveis de se usar em qualquer ato de ensino- aprendizagem, destacando-se no Ensino Infantil (PEREIRA, 2017; SANTOS, 2015). Por consequência, a realização de tal ato, poderá contribuir para que uma mentalidade de ensino de melhor qualidade seja possível mediante a vulgarização de estratégias tecnológicas de ensino. 110 Na décima quinta, apresenta-se: Você considera que os métodos utilizados nas aulas, incluindo-se os smartphones, estão sendo apropriados, ou seja, são realmente satisfatórios para a aprendizagem dos alunos? Para esta indagação, são disponibilizadas as três alternativas seguintes: “Sim”; “Não”; e “Às vezes”. Também foi dada a seguinte condição aqui: Se sim, de 1 (um) a 10 (dez), isto se procede até que ponto? Sendo assim, computam-se estes resultados no gráfico seguinte: Gráfico 20. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). No Gráfico 20, observa-se que apenas 15% dos educadores entrevistados afirmam que os métodos utilizados nas aulas estão sendo apropriados para a aprendizagem dos alunos, enquanto outros 39% afirmam justamente o contrário. Os 46% restantes destacam que só as vezes os métodos utilizados nas aulas. Mesmo implicando em um desafio inicial considerável, é inequívoco o potencial de aprendizado inerente ao uso de novas tecnologias em sala de aula. Por isto que o potencial inerente ao universo tecnológico é inquestionável no momento, mesmo que não seja tão simples explorá-lo de maneira sistemática no típico ambiente de ensino (BORSSOI, 2018; BOVO, 2016). Não é, mas não há como desconsiderá-lo, sobretudo quando a intenção é qualificar a vulgarização qualificada de competências e habilidades no Ensino Fundamental, aproveitando-se de todo o potencial de ensino que se observa nas tecnologias de ensino-aprendizagem que hoje estão em pauta. 111 Tabela 10 – Métodos apropriados. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 2 12 7 2 14 8 1 8 9 2 18 10 0 0 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 53,8% SOMATÓRIO GERAL 52 MÉDIA COMPUTADA 7,42 VARIAÇÃO MÉDIA -3,42 MÉDIA FINAL 4,00 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Na tabela 10, verifica-se que a menor nota apresentada foi a nota 6 (seis) com 2 (duas) aparições e a maior nota foi 9 (nove) com 2 (duas) aparições. Por sua vez, a nota moda se consuma tanto em uma nota 6 (seis), em uma nota 8 (oito) como também em uma nota 9 (nove) com 2 (duas) aparições simultâneas, ao mesmo tempo em que a mediana se efetiva em uma nota 7 (sete). Com um percentual de participação de 53,8%, um somatório geral de 52 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada igual a 7,42 em uma variação média de - 3,42, a nota média final consumada aqui foi de 4,00. Deste jeito, constata-se que apenas em 40% das ocasiões os métodos apropriados estão sendo aplicados no ambiente de ensino, visando o ensino de qualidade com a frequência desejada. Estes resultados validam o que se observa nas ideias de Matos & Serrazina (2016), além das premissas destacadas em Borba & Penteado (2019). Na décima sexta pergunta, apresenta-se: Enquanto recurso metodológico, o que visa a tecnologia, incluindo-se os smartphones? Para esta indagação, são disponibilizadas as seis alternativas seguintes: “A inclusão digital”; “A aprendizagem significativa”; “A inserção à pesquisa”; “O desenvolvimento do pensamento crítico”; “Todas as alternativas anteriores”; e “Outra coisa. Qual seria? O estímulo do aluno”. Também foi dada a seguinte condição aqui: De 1 (um) a 10 (dez), isto se procede 112 até que ponto? Como complemento, também foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida. Apuram-se, portanto, no próximo gráfico os seguintes resultados: Gráfico 21. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). No Gráfico 21, observa-se que a tecnologia como recurso de natureza metodológica visa em até 47% das ocasiões o desenvolvimento do pensamento crítico, ao mesmo tempo em que tenciona a aprendizagem significativa em 18% e a inclusão digital em até 17%. Por sua vez, em pelo menos 12% a tecnologia se aplica na realização de pesquisa, enquanto nos 6% restantes a sua meta é estimular o aluno de maneira geral. Como tal, a prática pedagógica pela perspectiva tecnológica também tem as suas próprias rotinas e isto se observa pelo uso das metodologias que lhe são pertinentes. Em um primeiro momento, estas rotinas são convergentes ao que já acontecia no clássico contexto escolar. No entanto, em outras horas poderá divergir de maneira mais ou menos variável. Deste jeito se sucede porque aqui, ou seja, no contexto tecnológico, há outras necessidades (ALMEIDA; VALENTE, 2018). Mesmo assim, as suas metas serão exatamente idênticas ao que já se cogita em outras estratégias didático-pedagógicas que tradicionalmente já se replicam no Ensino Fundamental. Embora não tão fácil de acontecer conforme se espera em um primeiro momento, isto tudo se registra de maneira mais ou menos consistente com o ensino do saber matemático. Mais uma vez, estes resultados são complementados na seguinte tabela: 113 Tabela 11 – O que visa a tecnologia. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 0 0 7 3 21 8 3 24 9 4 36 10 1 10 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 84,6% SOMATÓRIO GERAL 91 MÉDIA COMPUTADA 8,27 VARIAÇÃO MÉDIA -1,27 MÉDIA FINAL 7,00 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Na tabela 11, verifica-se que a menor nota apresentada foi a nota 7 (sete) com 3 (três) aparições e a maior nota foi 10 (dez) com 1 (uma) aparição. A nota moda se consuma em uma nota 9 (nove) como com quatro aparições, a mediana se efetiva em uma nota 8 (oito). Com um percentual de participação de 84,6%, um somatório geral de 91 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada igual a 8,27 em uma variação média de -1,27, a nota média final consumada aqui foi de 7,00. Constata-se que os objetivos descritos no Gráfico 21 são metas que podem proceder em até 70% das ocasiões. Estas questões são consideradas por Ponte et al (2018) & Romanowisk (2017). Na décima sétima pergunta, apresenta-se: Na sua opinião, os resultados obtidos no ensino aprendizagem são satisfatórios com o uso de smartphones? Para esta indagação, são disponibilizadas as três alternativas seguintes: “Sim”; “Não”; e “Às vezes”. Como complemento, também foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida. Averíguam-se os seguintes resultados no gráfico precedente: 114 Gráfico 22. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). No Gráfico 22, observa-se eu os resultados obtidos no ensino aprendizagem são satisfatórios só às vezes em até 75% das ocasiões, enquanto em outros 17% isto é algo que nunca se sucede. Apenas em 8% das ocasiões os resultados gerais consumados serão satisfatórios aos objetivos básicos da educação. Outra vez, estes resultados são complementados na seguinte tabela: Tabela 12 – A satisfação com os resultados. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 0 0 7 2 14 8 3 24 9 1 9 10 0 0 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 46,1%SOMATÓRIO GERAL 47 MÉDIA COMPUTADA 7,83 VARIAÇÃO MÉDIA -4,21 MÉDIA FINAL 3,62 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). 115 Na tabela 12, verifica-se que a menor nota apresentada foi a nota 7 (sete) com 2 (duas) aparições e a maior nota foi 10 (dez) com 1 (uma) aparição. Por sua vez, a nota moda se consuma em uma nota 8 (oito) com três aparições, ao mesmo tempo em que a mediana se efetiva em uma nota 8 (oito). Com um percentual de participação de 46,1%, um somatório geral de 47 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada igual a 7,83 em uma variação média de -4,21, a nota média final consumada aqui foi de 3,62. Deste modo, observa-se que os resultados da aprendizagem poderão ser de algum modo satisfatórios aos objetivos básicos da educação em apenas 36,2% das ocasiões em que se realiza o processo de ensino- aprendizagem. Na décima oitava e última pergunta, apresenta-se: Enquanto docente, você considera que o uso da tecnologia atende os reais interesses e necessidades dos alunos? Para esta indagação, são disponibilizadas as três alternativas seguintes: “Sim”; “Não”; e “Às vezes”. Também foi dada a seguinte condição aqui: Se sim, de 1 (um) a 10 (dez), isto se procede até que ponto? Como complemento, também foi pedida uma justificativa para a resposta escolhida, se a réplica escolhida foi um “não” ou um “talvez”. Além disto, para este item aponta-se que se considera como interesses e necessidades o assimilar qualificado de todos os conteúdos e habilidades transmitidos no processo de ensino e aprendizagem, os quais são indispensáveis para a prática de uma educação inclusiva e cidadã. No gráfico precedente, registram-se os seguintes resultados: Gráfico 23. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). 116 Como visto no Gráfico 23, observa-se que o uso da tecnologia atende os reais interesses e necessidades dos alunos apenas em 25% das ocasiões, enquanto nos 75% isto só acontece em algumas ocasiões, ou seja, não é algo que faça parte da rotina diária do ambiente de ensino. Prosseguindo, na tabela adiante estes resultados são complementados da seguinte maneira: Tabela 13 – A satisfação com a tecnologia. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 0 0 7 1 7 8 3 24 9 1 9 10 0 0 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 38,4% SOMATÓRIO GERAL 40 MÉDIA COMPUTADA 8,00 VARIAÇÃO MÉDIA -4,92 MÉDIA FINAL 3,08 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). Na tabela 13, verifica-se que a menor nota apresentada foi a nota 7 (sete) com 1 (uma) aparição e a maior nota foi 9 (nove) com 1 (uma) aparição. Por sua vez, a nota moda se consuma em uma nota 8 (oito) como com três aparições, ao mesmo tempo em que a mediana se efetiva em uma nota 8 (oito), de igual maneira a tabela anterior. Com um percentual de participação de 38,4%, um somatório geral de 40 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada igual a 8,00 em uma variação média de -4,92, a nota média final consumada aqui foi de 3,08. Por consequência, em apenas 30,8% das ocasiões o uso de novas tecnologias no ambiente escolar poderá ser satisfatório ao atendimento das necessidades que permeiam a prática diária do ensino. Considerando os resultados que estão expressos tanto no Gráfico 23 como Tabela 13, verifica-se que o uso didático-pedagógico de novas tecnologias é uma atividade que apresenta ainda resultados de qualidade. Ausentando-se isto, é 117 possível afirmar que o usufruto de novas tecnologias no espaço escolar, pelo menos na unidade escolar pesquisada, é uma atividade que talvez possa ser desconsiderada, visto que os seus resultados finais parecem que não justificam o investimento que se aplica para tanto (BRAGA, 2016; COSTA, 2018). 4.2-EXIBINDO AS PRINCIPAIS SUGESTÕES Em qualquer atividade que necessita da opinião de uma quantidade mais ou menos variável de pessoas, é importantíssimo compreender quais são as sugestões que elas poderão apresentar para o item avaliado. Em um primeiro momento, nesta parte da pesquisa foi apresentada a seguinte pergunta? Considerando as suas experiências didático-pedagógicas no ambiente de ensino, até que ponto é válido o uso de novas tecnologias em sala de aula? É importante frisar que neste questionamento se deveria apresentar como resposta uma nota de 1 (um) a 10 (dez), visando corresponder ao item avaliado. Na próxima tabela, averíguam-se os seguintes resultados: Tabela 14 –Validade de novas tecnologias em sala de aula. PESO FREQUÊNCIA PARCIAL 1 0 0 2 0 0 3 0 0 4 0 0 5 0 0 6 1 6 7 2 14 8 4 32 9 4 36 10 2 20 PERCENTUAL DE PARTICIPAÇÃO 100% SOMATÓRIO GERAL 108 MÉDIA COMPUTADA 8,30 VARIAÇÃO MÉDIA 0 MÉDIA FINAL 8,30 Fonte: Dados da Pesquisa (2021). 118 Na tabela 16, verifica-se que a menor nota apresentada foi a nota 6 (seis) com 1 (uma) aparição e a maior nota foi 10 (dez) com 2 (duas) aparições. Por sua vez, a nota moda se consuma tanto em uma nota 8 (oito) como em uma nota 9 (nove) com 4 (quatro) aparições simultâneas, ao mesmo tempo em que a mediana se efetiva em uma nota 8 (oito). Com um percentual de participação de 100%, um somatório geral de 108 pontos (dos 130 possíveis), uma nota média computada igual a 8,30 em uma variação média ausente (porquanto a participação foi total de todos os educadores entrevistados no decorrer da atividade de campo realizada na unidade escolar pesquisada), a nota média final consumada aqui foi de 8,30. De acordo com os educadores entrevistados, em até 83% das ocasiões é válido o uso de novas tecnologias em sala de aula. Este resultado indica que existe uma visão positiva por parte dos educadores em relação a utilidade didático-pedagógica das novas tecnologias no ambiente escolar (ALMEIDA, 2017; 2017A). Isto, todavia, não implica que estejam utilizando isto de maneira adequada. Como complemento da pergunta anterior, disponibilizou-se os seguintes questionamentos: Sendo ou não válido para você, qual a sua sugestão para que estes procedimentos sejam adequadamente utilizados e ou reforçados para tanto? Ou seja, se encaixem no plano político-pedagógico da escola, de tal modo que fomentem simultaneamente a redução das dificuldades de aprendizado e o analfabetismo funcional? Considerando isto tudo, no gráfico precedente constata-se os seguintes resultados: Gráfico 24. Fonte: Dados da Pesquisa (2021). 119 Como se observa no Gráfico 24, os educadores entrevistados na unidade escolar pesquisada apresentaram duas sugestões básicas. A primeira delas seria a junção da tecnologia com os conteúdos tradicionais com 54% e a outra foi a adequação das tecnologias com inequívoco viés didático-pedagógico aos conteúdos tradicionais com 46%. Na prática, estas duas sugestões se relacionam e se interinfluenciam com muita frequência, porquanto as duas apontam para a necessidade de se construir meios apropriados ao uso didático-pedagógico da tecnologia no ambiente escolar (PEREIRA; ANDRADE, 2016). No geral, tomar conhecimento destas sugestões poderá implicar na construção de um caminho alternativo a uma quantidade mais ou menos variável de dificuldades que possam inibir a solução da problemática avaliada em uma pesquisa. Impossível é uni-la e adequá-la sem que existam os meios favoráveis para tanto (PERALTA, 2015). Certamente estas duas sugestões são válidas e podem ser aplicar em qualquer ambiente de ensino mais ou menos semelhante a unidade escolar pesquisada nesta atividade dissertativa. 120 5-CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesta atividade de pesquisa, realizou-se um estudo visando entender como é possível de se superar dificuldades de aprendizagem no ensino fundamental na área da matemática pelo uso de smartphone nas escolas do ensino fundamental nos anos finas da rede pública da cidade doAlto do Rodrigues. Para tanto, consumou-se uma atividade de campo, explorando um método misto nas páginas subsequentes. Por consequência, este estudo também se fundamentou em um experimento que visava compreender as particularidades intrínsecas que permeiam a avaliação das principais implicações e premissas associadas ao uso de novas tecnologias no ambiente escolar tradicional no âmbito do ensino da matemática. A priori, a realização desta pesquisa se justificou porque o ensino é uma atividade socialmente interativa. Como tal, o seu objetivo primeiro é transmitir um conjunto mais ou menos variável de conteúdos, habilidades e saberes, possibilitando a subsequente manutenção dos paradigmas socialmente aceitos em uma determinada época. Atuando desta maneira, pode ser considerada como uma atividade de qualidade, visto que salvaguardou a preservação dos valores e dos princípios que fundamentam uma determinada civilização. Dito isto, ausentando-se as inevitáveis interações em um contexto social próprio, é impossível que se realize o ensino, propendendo a qualidade desejada. Por sua vez, a qualidade no ensino fundamenta-se no aproveitamento dinâmico de interações sociais que se manifestam no ambiente de ensino pelo explorar de técnicas didático-pedagógicas aplicadas no decorrer do processo de ensino-aprendizagem. Estas técnicas, por sua vez, necessitam de constante readaptação às novas demandas sociais, o que se cogita no uso de novas tecnologias. Com muita frequência, conteúdos, habilidades e saberes que eram razoavelmente bem ensinados mediante técnicas didático- pedagógicas tradicionais estão a exigir hoje correções de rumo. Por consequência, alterações mais ou menos variáveis, sobretudo aquelas que visam a qualificação dos resultados finais em sala de aula, começam a alterar a rotina tradicional do processo de ensino-aprendizagem. Em algumas ocasiões, estas mudanças ainda apresentam resultados abaixo do esperado. De qualquer modo, o que já se registra como positivo incentiva a ampliação da presença de novas tecnologias no ambiente escolar. 121 Como qualquer atividade, o ensino é passível de experimentar, uma hora ou outra, o caducar simultâneo e inequívoco das suas abordagens e dos seus instrumentos de trabalho. Nesta situação, é preciso entender que uma mudança mais ou menos variável é imprescindível para que a qualidade mínima desejada nesta atividade possa ser de alguma forma assegurada. Na essência, estas mudanças não são positivas, e nem tão pouco negativas. São apenas necessárias, visto que o ensino é uma atividade interativa naturalmente dinâmica. Como tal, é um processo que experimenta um evoluir constante, o qual poderá se estabilizar em algumas ocasiões. Entretanto, ele poderá provar mudanças mais ou menos extensas em outros momentos. Por isto tudo, esta pesquisa também se justifica pela necessidade intrínseca que a atividade de ensino experimenta de se renovar de tempos em tempos, adotando novas abordagens na consumação prática de suas atividades habituais. Claro que este renovar tem como premissa a manutenção da qualidade mínima que se espera do ato de ensinar. Diante disto, se as mudanças desejáveis na execução dos atos didático-pedagógicos desfavorecem ao qualificar do resultado final do processo de ensino-aprendizagem, é melhor continuar agindo explorando as bases já consolidadas. Diferente disto, é lícito a aplicação de alterações. Em todos os casos, é imprescindível uma prévia avaliação para que a qualidade geral do ensino seja preservada com maior frequência. Além de tudo isso, esta atividade dissertativa também se justificou em âmbito acadêmico por conta das implicações que os seus resultados representam para o custeio teórico dos cursos de licenciatura. Mais do que isto: simboliza um valioso refletir sobre a consistência geral dos conteúdos que no momento são estudados nos cursos de graduação destinados ao desenvolvimento de futuros professores, os quais deverão atuar, sobretudo, na educação básica. Tudo isto também implica em uma autocrítica da legitimidade prática das formações continuadas que são realizadas em todas as regiões do Brasil, visando o qualificar das técnicas didático- pedagógicas em uso no ambiente escolar. Hoje, o que se vislumbra é que o ambiente universitário ainda é incapaz de auxiliar o implemento de uma revolução paradigmática capaz de fundamentar o uso correto de novas tecnologias como metodologias de ensino no clássico ambiente de ensino. Ao lado disto, também se constata a incoerência experimental das 122 formações continuadas que se realizam à revelia do que realmente é importante a manutenção da qualidade geral da educação brasileira. Isso tudo dito, o principal objetivo desta pesquisa dissertativa foi dimensionar de que forma as tecnologias de ensino poderão contribuir para que se superem dificuldades de aprendizagem no ensino fundamental na área da matemática pelo uso de smartphones. Para tanto, explora-se um método descritivo-qualiquantitativo, visando a avaliação das principais implicações e premissas associadas ao uso de novas tecnologias no ambiente escolar tradicional. Com esta tarefa adequadamente realizada, foi possível vislumbrar os principais aspectos do tema estudado, de tal modo se viabiliza em subsequência a consumação gradativa de todas as questões de pesquisa. Além disto, é importante destacar que também foram consumados os seguintes objetivos específicos neste experimento dissertativo, no decorrer do Marco Analítico: Descreveu-se as práticas de ensino utilizadas na escola investigada, ponderando a importância dos cursos de graduação e das formações continuadas para a manutenção da qualidade geral do ensino, mediante o usufruto de novas tecnologias como abordagem didático-pedagógica; Mensurou-se a qualidade geral do ensino realizado na escola investigada, tomando como premissa usufruto de novas tecnologias como procedimento didático-pedagógico; Exibiu-se as principais sugestões destacadas pelos educadores entrevistados na atividade de campo realizada na unidade escolar pesquisada que possibilitem o uso adequado de novas tecnologias no ambiente de ensino. Prosseguindo, considerando todos os resultados expressos na Apresentação e Análise de Resultados, é possível finalmente responder as quatro questões básicas apresentadas na Introdução as quais embasam o problema de pesquisa deste experimento. Indo direto ao ponto, indaga-se mais uma vez: O usufruto de novas tecnologias como metodologia didático- pedagógica no ambiente escolar possibilita a manutenção da qualidade geral do ensino na área da matemática? Tomando consciência desta possibilidade, os professores da unidade de ensino pesquisada estão usando esta ferramenta na consumação de suas atividades didático-pedagógicas? 123 Para esta primeira pergunta, destaca-se que sim, ou seja, o usufruto de novas tecnologias como metodologia didático-pedagógica no ambiente escolar possibilita a manutenção da qualidade geral do ensino. No geral, a educação tem pontos de convergência com a inclusão digital, visto que o uso facilitado de novas tecnologias em sala de aula precisa de uma prévia vulgarização destes meios. Acontecendo isto, os educadores poderão construir novas abordagens didáticas. Abordagens que possibilitem o maximizar da qualidade geral do ensino, incitando a emergência de um clima de aprendizado capaz de impedir os malefícios comuns ao analfabetismo funcional, por exemplo. Apesar disto, esta relação precisa de um foco claro e preciso para efetivar melhores resultados no porvir. Aliás, o foco aqui é resumido no aprendizado de qualidade, porquanto facilita o expandir do aprendizado de todo e qualquer conteúdo. Esta relação é base para que muitas outras mudanças possam se efetivar em prol de uma educação cidadã e socialmente inclusiva, visto que visa oqualificar do ensino. No entanto, para que isto se realize deste jeito é imprescindivel que realmente exista interesse em fomentar uma educação de qualidade com maior frequência ou que pelo menos ele predomine como tal em todas as ocasiões e contextos em que o uso de novas tecnologias se efetiva no ambiente escolar, de uma maneira ou de outra. Sendo assim, será possível reduzir as falhas de aprendizado e as consequências imediatas do analfabetismo funcional, explorando recursos de natureza tecnológica na efetivação precisa de estratégias didático-pedagógicas. Segundo, é importante frisar que os professores da unidade de ensino pesquisada estão usando esta ferramenta na consumação de suas atividades didático-pedagógicas. Claro que isto não implica que não existam problemas para que isto não se consume com qualidade. Apesar disto, os educadores estão procurando atuar explorando o uso de novas tecnologias em sala de aula. No momento, quais são os principais desafios que inviabilizam o uso correto de novas tecnologias como metodologia didático-pedagógica no ambiente escolar no campo da matemática? Considerando isto, os professores da unidade de ensino pesquisada estão procurando vencê-los, visando o usufruto qualitativo de novas tecnologias como uma provável metodologia didático-pedagógica, incluindo- se na área da matemática pelo uso de smartphones? 124 No momento, os principais desafios para o uso de novas tecnologias em sala de aula podem ser materializados na maneira que se efetiva a formação metodológica prévia dos educadores, no modo que a prática didático-pedagógica se concretiza e no jeito em que os educadores lidam com a possibilidade lúdico- recreativa que se vislumbra em qualquer instrumento de natureza tecnológica que é explorado como ferramenta de ensino. Os desafios para o uso de novas tecnologias em sala de aula são exatamente idênticos aos desafios que de algum modo interferem na qualidade geral da interação que pode ser estabelecida entre a educação e a inclusão digital mediante o uso de novas tecnologias no ambiente de ensino. No momento, os professores da unidade de ensino pesquisada estão procurando vencer os desafios destacados acima, propendendo o usufruto qualitativo de novas tecnologias como uma provável metodologia didático- pedagógica. Claro que esta atividade ainda não se efetiva com a necessária qualidade. De qualquer modo, existe sim o interesse genuíno para que todos os desafios sejam vencidos o mais breve possível, porquanto os seus resultados finais são imprescindíveis ao ensino qualitativo que se deseja logo em seguida. Terceiro Pela perspectiva dos professores entrevistados na atividade de campo, os cursos universitários de licenciatura estão preparando de maneira adequada os futuros profissionais do ensino para que utilizem com maior eficácia novas tecnologias como um provável procedimento didático-pedagógica no processo de ensino aprendizagem na área da matemática? Quais desafios seriam necessários para que isto se realize do melhor modo em subsequência, inclusive aproveitando-se dos smartphones? Pela perspectiva dos professores entrevistados, no momento os cursos universitários de licenciatura não estão preparando de maneira adequada os futuros profissionais do ensino para que utilizem com maior eficácia novas tecnologias como um provável procedimento didático-pedagógica no processo de ensino aprendizagem. Deste jeito se sucede porque não existe uma adequação curricular eficaz às demandas didático-pedagógicas da era digital. Isto dito, se a intenção é conceber, estabelecer, manter e ampliar uma prática de ensino de qualidade, urge adequação prévia dos cursos superiores de licenciatura às demandas didático- pedagógicas prévias da era digital. Explorando ao máximo recursos de natureza 125 tecnológica, adequando-se às exigências que fundamentam o dito ensino de qualidade, os cursos superiores e as formações continuadas poderão reduzir as falhas de aprendizado, ao mesmo tempo em que pelo menos atenua os malefícios principais do analfabetismo funcional. Tomando consciência disto tudo, a prática educativa pode se transformar em um agente social proativo. O ideal é seguir neste caminho. Inúmeros centros de estudo e as universidades ainda não estão, no entanto, em condições de atuar para isto com a frequência que se deve. Por consequência não é à toa as dificuldades atuais em lidar com as novas tecnologias em sala de aula, simultaneamente ao império dos resultados gerais que estão aquém das expectativas de qualidade que necessitam permear o ensino de qualquer conteúdo, explorando uma determinada tecnologia em particular. Prosseguindo, para que os futuros profissionais do ensino utilizem com maior eficácia novas tecnologias como um provável procedimento didático-pedagógico seria necessário vencer todos os desafios de natureza humana, material ou paradigmática que aqui estão implícitos em todas as ocasiões e contextos. Embora sejam possíveis aprofundamentos subsequentes, estes são os principais resultados desta atividade dissertativa. Considerando a problemática investigada, além dos objetivos destacados no experimento, são satisfatórios os resultados que foram destacados. Em suma, espera-se que esta pesquisa sirva pelo menos como um bom ponto de partida para outras investigações que se dedicam ao estudo de tema mais ou menos semelhante ao que aqui se investiga. 5.1 RECOMENDAÇÕES As mídias digitais em especial o smartphone ajudam os alunos a desenvolverem práticas que podem ser aplicadas nas tarefas do cotidiano, dentro e fora da unidade escolar ampliando ainda mais as suas habilidades. Assim apontamos algumas recomendações que visão a efetivação dessas ferramentas dentro do espaço escola: • Incentivar o uso das ferramentas de pesquisa na Internet. 126 • Estimular o contato com softwares e ou aplicativos (programas) autorais e a produção de trabalhos colaborativo para o desenvolvimento da criatividade dos alunos; • Utilizar o maximo de ferramentas digitais para que se explore habilidades e competências em vários aspectos. • Promover soluções tecnológicas que levem a rotina escolar e os desafios do dia a dia; • Capacitar os educadores na perspectiva de uma educação inclusiva e contemporânea; • Ampliar as oportunidades de formação docente. Essas recomendações reforçam melhorias no fazer pedagógico que favorecem a educação num contexto geral. Poderíamos destacar algumas das possíveis possibilidades para o futuro tais como: Aproximação da escola à realidade dos alunos, Praticidade, Dinamismo, Democratização das mídias sociais disponíveis, Inclusão social e digital, Interatividade entre o aluno e o meio, Autonomia, Criatividade, Curiosidade, Interação social, Maior engajamento por parte dos alunos, Maior desempenho na aprendizagem etc. 127 REFERÊNCIAS ALMEIDA, F. J.; FRANCO, M. G. Currículo nacional, tecnologias para a educação e Políticas de estado. Campinas: UNESP, 2014. ALMEIDA, Maria Elizabeth. O Computador como Ferramenta de Reflexão na Formação e na Prática de Professores. São Paulo: Avercamp, 2017. ALMEIDA, Maria Elizabeth. Integração de tecnologias à educação: novas formas de expressão do pensamento, produção escrita e leitura. São Paulo: Avercamp, 2017A. ALMEIDA, Maria Elizabeth; ALONSO, M. Tecnologias na Formação e na Gestão Escolar. São Paulo: Avercamp, 2017. ALMEIDA, M. E.; VALENTE, J. A. 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Qual seria? 133 4ª Em sua prática de ensino, os professores utilizam os recursos midiáticos e tecnológicos com que frequência, incluindo-se os smartphones? ( ) Diariamente. ( ) Semanalmente. ( ) Esporadicamente. ( ) Não utilizam. 5ª A formação discente ocorre através das aulas no laboratório de informática? ( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes. 6ª Para a formação discente, o que os professores utilizam de modo geral? ( ) Computadores. ( ) Celulares. ( ) Data show. ( ) Lousa digital. ( ) Todas as alternativas anteriores. ( ) Outra coisa. Qual seria? 7ª Enquanto docente, você permite ao seu aluno a autonomia para apropriar-se de novas tecnologias? ( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes. 134 8ª Na escola, a formação para aprimoramento da prática pedagógica mediante o uso de tecnologias, incluindo-se smartphones, ocorre quando? ( ) Nas jornadas pedagógicas. ( ) Nas formações específicas para o uso da tecnologia. ( ) Em palestras e cursos. ( ) Todas as alternativas anteriores. ( ) Não ocorre. Em outra ocasião. Qual seria? 9ª O professor busca ampliar e modificar as formas de ensinar e de aprender, usando as tecnologias, incluindo-se smartphones? ( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes. 10ª Como você considera os métodos tecnológicos utilizados em sala de aula, incluindo- se os smartphones? ( ) Excelentes. ( ) Bons. ( ) Satisfatórios. ( ) Insuficientes. 11ª O que possibilita a prática pedagógica com o uso de tecnologias, incluindo-se os smartphones? ( ) O desenvolvimento do processo ensino aprendizagem. ( ) O ensino dos conteúdos. ( ) A aprendizagem significativa. ( ) Todas as alternativas anteriores. ( ) Não possibilita nada. ( ) Possibilita outra coisa. Qual seria? 135 12ª O que promovem as aulas com o uso de tecnologias, incluindo-se os smartphones? ( ) O ensino da leitura e escrita. ( ) O ensino dos conteúdos. ( ) Aulas estimuladoras. ( ) Não promove nada. ( ) Promove outra coisa. Qual seria? ___________________________________________________________________ 13ª Você considera que os métodos utilizados em sala de aula estão sendo apropriados e satisfatórias para promover o ensino? ( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes. 14ª No decorrer do ensino, o que prioriza a prática pedagógica, usando os smartphones? ( ) A leitura e a escrita. ( ) A explanação dos conteúdos. ( ) A formação global do aluno. ( ) Todas as alternativas anteriores. ( ) Outra coisa. Qual seria? 15ª Você considera que os métodos utilizados nas aulas, incluindo-se os smartphones, estão sendo apropriados, ou seja, são realmente satisfatórios para a aprendizagem dos alunos? ( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes. 136 16ª Enquanto recurso metodológico, o que visa a tecnologia, incluindo-se os smarphones? ( ) A inclusão digital. ( ) A aprendizagem significativa. ( ) A inserção à pesquisa. ( ) O desenvolvimento do pensamento crítico. ( ) Todas as alternativas anteriores. ( ) Outra coisa. Qual seria? 17ª Na sua opinião, os resultados obtidos no ensino aprendizagem são satisfatórios com o uso de smartphones? ( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes. 18ª Enquanto docente, você considera que o uso da tecnologia atende os reais interesses e necessidades dos alunos? ( ) Sim. ( ) Não. ( ) Às vezes. 19ª Considerando as suas experiências didático-pedagógicas no ambiente de ensino, até que ponto é válido o uso de novas tecnologias em sala de aula? 20ª Sendo ou não válido para você, qual a sua sugestão para que estes procedimentos sejam adequadamente utilizados e ou reforçados para tanto? Ou seja, se encaixem no plano político-pedagógico da escola, de tal modo que fomentem simultaneamente a redução das dificuldades de aprendizado e o analfabetismo funcional? 137 PARTE 2 – QUESTÕES QUANTITATIVAS 1ª De “0” (zero) a “10” (dez), o uso da tecnologia como um instrumento didático procede até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 2ª De “0” (zero) a “10” (dez), aulas com o uso de tecnologias procede até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 3ª De “0” (zero) a “10” (dez), a formação discente mediante as aulas no laboratório de informática procede até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 4ª De “0” (zero) a “10” (dez), autonomia para apropriar-se de novas tecnologias isto se procede até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 5ª De “0” (zero) a “10” (dez), a busca pela ampliação e mudança nas formas de ensinar e de aprender procede até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 138 6ª De “0” (zero) a “10” (dez), a prática pedagógica com o uso de tecnologias procede até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 7ª De “0” (zero) a “10” (dez), as promoções com o uso de tecnologias se procede até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 8ª De “0” (zero) a “10” (dez), os métodos utilizados estão sendo apropriados e satisfatórios se procede até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 9ª De “0” (zero) a “10” (dez), as priorizações na prática pedagógica se procedem até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 10ª De “0” (zero) a “10” (dez), os métodos apropriados se procedem até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11ª De “0” (zero) a “10” (dez), o que visa a tecnologia isto se procede até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 139 12ª De “0” (zero) a “10” (dez), a satisfação com os resultados da aprendizagem se procede até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 13ª De “0” (zero) a “10” (dez), a satisfação com o atendimento da tecnologia se procede até que ponto? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 14ª De “0” (zero) a “10” (dez), até que ponto é válido o uso de novas tecnologias em sala de aula? 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10