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SUPERANDO DIFICULDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO ENSINO FUNDAMENTAL NOS ANOS FINAIS NA ÁREA DE MATEMÁTICA PELO USO DE MÍDIAS DIGITAIS NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DA CIDADE

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1 
 
 
 
UNIPÓS – UNIDADE DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA 
MESTRADO EM CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO 
 
 
 
EMANUEL ADEILTON DE OLIVEIRA ANDRADE 
 
 
 
SUPERANDO DIFICULDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO ENSINO 
FUNDAMENTAL NOS ANOS FINAIS NA ÁREA DE MATEMÁTICA PELO USO DE 
MÍDIAS DIGITAIS NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DA CIDADE 
DE ALTO DO RODRIGUES/RN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTO DO RODRIGUES, RN 
2021 
 
 
2 
 
EMANUEL ADEILTON DE OLIVEIRA ANDRADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUPERANDO DIFICULDADES DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO ENSINO 
FUNDAMENTAL NOS ANOS FINAIS NA ÁREA DE MATEMÁTICA PELO USO DE 
MÍDIAS DIGITAIS NAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO DA CIDADE 
DE ALTO DO RODRIGUES/RN 
 
Dissertação apresentada e defendida ao Programa de 
Pós-Graduação em Ciências da Educação da Emil 
Brunner World University, como parte dos requisitos 
para obtenção do título de MESTRE em Educação. 
 
Área de concentração: Educação. 
 
Linha de pesquisa: Educação e Mídias. 
 
Orientador: Dr. Regis Flávio Varela de Oliveira. 
 
 
 
 
ALTO DO RODRIGUES, RN 
2021 
 
3 
 
PESQUISADOR: Emanuel Adeilton De Oliveira Andrade. 
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: Educação. 
LINHA DE PESQUISA: Educação e Mídias. 
POS-GRADUAÇÃO EM: Ciências da Educação. 
NÍVEL: Mestrado. 
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO: “Superando Dificuldades de Ensino-Aprendizagem no 
Ensino Fundamental nos Anos Finais na Área de Matemática pelo Uso de Mídias 
Digitais nas Escolas da Rede Pública de Ensino da Cidade de Alto do 
Rodrigues/RN”. 
 
ORIENTADOR: 
 
A Dissertação de autoria do pesquisador Emanuel Adeilton De Oliveira Andrade 
APROVADA em reunião pública realizada na Representação Emil Brunner World 
University dos USA, pela seguinte Banca Examinadora: 
 
NOME ASSINATURA 
Prof. Dr. Jorge Luiz Pereira Correia 
Presidente 
Prof. Dr. Iure Coutre Gurgel 
Examinador 
Prof. Dr. Dr. Regis Flávio Varela de Oliveira 
Orientador 
 
 
 
 
ALTO DO RODRIGUES, RN 
2021 
 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho a meus pais, Maria Neves de Oliveira Andrade e 
Francisco Adelino de Andrade e a minha esposa e filhos, Dryelli de Brito Xavier 
meus filhos: Emmanuel Antony Xavier Andrade e Sammuel Adelyno Xavier Andrade. 
 
 
 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus, por me dar força e sabedoria. 
A meu orientador, pelas contribuições na realização desse trabalho 
Aos meus pais, pelo carinho e dedicação. 
A todos os meus irmãos e irmãs pelo incentivo ao estudo em Especial a Maria 
da Conceição de Oliveira Andrade. 
Aos professores e colegas do curso pela colaboração e troca de experiência. 
Aos alunos, diretores, colegas de trabalho pelos incentivos e colaboração. 
Aos professores colaboradores na pesquisa. 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O processo educativo precisa estar vinculado ao contexto 
social, em que o sujeito - aluno - está inserido. Isso irá implicar 
em conhecer e usar instrumentação eletrônica, bem como 
outros recursos pedagógicos”. 
Santos. 
 
7 
 
RESUMO 
 
Nesta atividade dissertativa, realizou-se um estudo visando entender como é 
possível de se superar dificuldades de aprendizagem no ensino fundamental na área 
da matemática pelo uso de smartphones. O principal objetivo desta pesquisa 
dissertativa é analisar de que forma as tecnologias de ensino poderão contribuir para 
que se superem dificuldades de aprendizagem no ensino fundamental na área da 
matemática pelo uso de smartphones. Para isso trabalhamos autores que 
fundamenta o trabalho (ALMEIDA, 2017; MORAN, 2010; KENSKI, 2018; LÉVY, 
2019; MARTINS, 2019). A priori, a realização desta pesquisa se justificou porque o 
ensino é uma atividade socialmente interativa. Este estudo também se fundamentou 
em um experimento que visava compreender as particularidades intrínsecas que 
permeiam a avaliação das principais implicações e premissas associadas ao uso de 
novas tecnologias no ambiente escolar tradicional no âmbito do ensino da 
matemática. Para tanto, consumou-se uma atividade de campo, explorando um 
método misto. No momento, os professores da unidade de ensino pesquisada estão 
procurando vencer os desafios destacados acima, propendendo o usufruto 
qualitativo de novas tecnologias como uma provável metodologia didático-
pedagógica. 
 
Palavras-chave: Dificuldades. Aprendizagem. Tecnologia. Matemática. 
 
8 
 
ABSTRACT 
 
In this dissertation activity, a study was carried out in order to understand how it is 
possible to overcome learning difficulties in elementary school in the area of 
mathematics through the use of smartphones. The main objective of this dissertation 
research is to analyze how teaching technologies can contribute to overcoming 
learning difficulties in elementary education in the area of mathematics through the 
use of smartphones. For this, we work authors who support the work (ALMEIDA, 
2017; MORAN, 2010; KENSKI, 2018; LÉVY, 2019; MARTINS, 2019) A priori, this 
research was justified because teaching is a socially interactive activity. This study 
was also based on an experiment that aimed to understand the intrinsic particularities 
that permeate the assessment of the main implications and assumptions associated 
with the use of new technologies in the traditional school environment in the context 
of teaching mathematics. For that, a field activity was carried out, exploring a mixed 
method. For that, a field activity was carried out, exploring a mixed method. At the 
moment, the professors of the researched teaching unit are trying to overcome the 
challenges highlighted above, proposing the qualitative use of new technologies as a 
probable didactic-pedagogical methodology 
 
Keyboards: Difficulties. Apprenticeship. Technology. Mathematics. 
 
9 
 
LISTA DE FOTOS, IMAGENS E QUADROS 
 
Foto 1 – celulares ....................................................................................... 061 
Imagem 1 – Smartphone ............................................................................ 062 
Quadro 1 – Professores colaboradores para pesquisa ................................ 069 
 
 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 – O que os professores utilizam ..................................................... 074 
Gráfico 2 – O uso da tecnologia como um instrumento didático .................... 075 
Gráfico 3 – Como são as aulas com o uso das tecnologias .......................... 078 
Gráfico 4 – O uso da tecnologia como um instrumento didático .................... 079 
Gráfico 5 – Como são as aulas com o uso de tecnologias? .......................... 081 
Gráfico 6 – Recursos midiáticos e tecnológicos ............................................ 082 
Gráfico 7 – A formação discente no laboratório de informática? ................... 084 
Gráfico 8 – O que os professores utilizam para a formação discente ........... 085 
Gráfico 9 – Permissão para autonomia .......................................................... 086 
Gráfico 10 – Resultados alcançados ............................................................. 088 
Gráfico 11 – A formação da prática pedagógica pelo uso de tecnologias...... 090 
Gráfico 12 – Resultados alcançados ............................................................. 091 
Gráfico 13 – Amplia e modifica as formas de ensinar e de aprender ............ 093 
Gráfico 14 – Resultados alcançados ............................................................. 096 
Gráfico 15 – Métodos tecnológicos utilizados em sala de aula ..................... 098 
Gráfico 16 – A prática pedagógica com o uso de tecnologias possibilita? .... 100 
Gráfico 17 – O que promovem as aulas com o uso de tecnologias? ............. 103 
Gráfico 18 – Métodos apropriados e satisfatórios para promover o ensino? ... 105 
Gráfico 19 – O que prioriza a prática pedagógica? ........................................ 107 
Gráfico 20 – Métodos apropriadospara a aprendizagem dos alunos? ......... 109 
Gráfico 21 – Enquanto recurso metodológico, o que visa a tecnologia? ....... 111 
Gráfico 22 – Os resultados são satisfatórios? ............................................... 113 
Gráfico 23 – A tecnologia atende os interesses e necessidades? ................. 114 
Gráfico 24 – Sugestões .................................................................................. 117 
 
 
 
 
 
 
11 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 - O uso da tecnologia .................................................................... 077 
Tabela 2 - Aulas com o uso de tecnologias .................................................. 080 
Tabela 3 - A formação discente .................................................................... 083 
Tabela 4 - Apropriação de novas tecnologias .............................................. 087 
Tabela 5 - A busca pela ampliação e mudança ........................................... 094 
Tabela 6 - A prática pedagógica com o uso de tecnologias ......................... 101 
Tabela 7 - As promoções com o uso de tecnologias .................................... 104 
Tabela 8 - Métodos apropriados e satisfatórios ........................................... 106 
Tabela 9 - As priorizações na prática pedagógica ....................................... 108 
Tabela 10 - Métodos apropriados ................................................................. 110 
Tabela 11 - O que visa a tecnologia ............................................................. 112 
Tabela 12 - A satisfação com os resultados ................................................. 113 
Tabela 13 - A satisfação com a tecnologia ................................................... 115 
Tabela 14 - Validade de novas tecnologias em sala de aula ....................... 116 
 
 
12 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 014 
1 MATEMÁTITCA ADVERSIDADES, TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS ...... 021 
1.1-ADVERSIDADES NO ENSINO E APRENDIZAGEM MATEMÁTICA ......... 025 
1.2-ADVERSIDADES ENCONTRADAS NO ENSINO ...................................... 026 
1.3-ADVERSIDADES ENCONTRADAS NA APRENDIZAGEM ........................ 030 
1.4-TENDÊNCIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA ......................................... 033 
2-A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) .................. 036 
2.1-A IMPORTÂNCIA DAS TIC NA SOCIEDADE ............................................ 037 
2.2-O USO DAS TICs NA EDUCAÇÃO ............................................................ 038 
2.3-OS PRINCIPAIS RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO ........... 039 
2.4-O USO DO TABLETE, CELULAR E SMARTPHONE ................................. 043 
2.5-OS PROFESSORES E AS TICs ................................................................. 045 
2.5.1-O MEC e a introdução do computador na escola ............................... 054 
2.5.2-Criação e fortalecimento de redes de aprendizagem ......................... 055 
2.6-FORMAÇÕES CONTINUADA DOS EDUCADORES ................................. 056 
2.7-SMARTPHONES E CELULARES ............................................................... 061 
2.7.1-A introdução do tablete, celular ou smartphone ................................ 062 
2.8-O USO DAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA .................................... 063 
2.8.1-Motivos para tornar o celular ferramenta pedagógica ....................... 064 
3-MARCO METODOLÓGICO ........................................................................... 067 
3.1-CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA .......................................................... 067 
3.2-UNIVERSO E AMOSTRA ........................................................................... 068 
3.3-INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS ................................................. 069 
3.4 MÉTODO DE LEITURA, ANÁLISE E DE COMPREENSÃO DE DADOS ... 070 
3.5-TRATAMENTO DOS DADOS ..................................................................... 71 
3.6-POSICIONAMENTO ÉTICO ....................................................................... 72 
4-APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS ..................................... 74 
4.1-DESCREVENDO E MENSURANDO AS PRÁTICAS DE ENSINO ............ 74 
4.2-EXIBINDO AS PRINCIPAIS SUGESTÕES ................................................ 116 
5-CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 119 
 
13 
 
5.1 RECOMENDAÇÕES ................................................................................... 124 
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 126 
APÊNDICE – QUESTIONÁRIO DE PESQUISA .............................................. 130 
 
14 
 
-INTRODUÇÃO 
 
Nesta atividade dissertativa, busca-se superar dificuldades de aprendizagem 
no ensino fundamental na área da matemática pelo uso de Mídias Digitais em 
especial o smartphone. Para tanto, consuma-se uma atividade de campo, 
explorando um método misto nas páginas subsequentes. Por consequência, este 
estudo também se fundamenta em um experimento que visa compreender as 
particularidades intrínsecas que permeiam a avaliação das principais implicações e 
premissas associadas ao uso de novas tecnologias no ambiente escolar tradicional. 
Nos últimos anos, vivencia-se uma intensa e extensiva revolução tecnológica. 
Com a criação de novos métodos e abordagens, a execução de inúmeras atividades 
começa paulatinamente a se realizar de maneiras distintas. Isto, no momento, se 
sucede de tal modo que os resultados registrados nos mais variados 
empreendimentos também experimentam algumas alterações. Isto expresso, a 
qualidade final das suas inevitáveis implicações subsequentes começa a se 
distinguir do que antes se computava. Com o tempo, estas mudanças tecnológicas 
começam a reverberar na prática educativa, oferecendo resultados distintos do que 
antes se alcançava atuando de maneira tradicional. A priori, este reverberar exige a 
prévia construção de uma prática didático-pedagógica diferenciada. Se isto não 
realizar deste modo, coloca-se em risco a qualidade geral do ensino, visto que não 
há uma base adequada para que novas tecnologias sejam de algum jeito utilizadas 
no ambiente escolar habitual. PROBLEMÁTICA: Quais são as dificuldades a 
serem superandas no ensino-aprendizagem no Ensino Fundamental nos Anos 
Finais na área de Matemática pelo uso de Mídias Digitais nas escolas da rede 
pública de ensino da cidade de Alto do Rodrigues/RN? 
Mesmo reconhecendo a importância da adoção de novas tecnologias no 
ambiente escolar, é imprescindível compreender que isto não pode se realizar de 
qualquer maneira, ou seja, literalmente no improviso. Esta é uma atividade que 
deve, portanto, se consumar explorando uma estratégia apta a possibilitar pelo 
menos a manutenção da qualidade geral do ensino atualmente experimentada. Se 
os ganhos com uma mudança significativa dos procedimentos didático-pedagógicos 
não implicam no qualificar dos resultados porvindouros, é muito melhor apenas 
preservar o que antes já se utilizava. De outro modo dito: se os registros alcançados 
15 
 
nas avaliações não provocam ganhos reais, são inúteis as mudanças realizadas nas 
estratégias de ensino adotadas no ambiente escolar. Inúteis são porque no final de 
tudo importa tão somente o qualificar do aprendizado (ALMEIDA; ALONSO, 2017). 
Se ele não se alcança adotando qualquer novo procedimento de natureza 
tecnológica, vale muito mais operar de forma tradicional, fazendo o “simples”, “o café 
com leite”, porque ele prontamente insinua um ganho razoável de aprendizado com 
maior facilidade e frequência (ALMEIDA; VALENTE, 2018). Ponderando tudo isso, é 
possível sumariar o problema de pesquisa nas seguintes indagações: 
 O usufruto de novas tecnologias como metodologia didático-
pedagógica no ambienteescolar possibilita a manutenção da qualidade geral do 
ensino na área da matemática? Tomando consciência desta possibilidade, os 
professores da unidade de ensino pesquisada estão usando esta ferramenta na 
consumação de suas atividades didático-pedagógicas? Descobrir quais são os 
obstáculos e se os professores entrevistados estão buscando vencê-los, possibilitará 
compreender até que ponto o uso de novas tecnologias na unidade escolar 
pesquisada vem se realizando de maneira adequada (BALDINI, 2018). Por isto, isto 
aqui busca-se descobrir; 
 No momento, quais são os principais desafios que inviabilizam o uso 
correto de novas tecnologias como metodologia didático-pedagógica no ambiente 
escolar no campo da matemática? Considerando isto, os professores da unidade de 
ensino pesquisada estão procurando vencê-los, visando o usufruto qualitativo de 
novas tecnologias como uma provável metodologia didático-pedagógica, incluindo-
se na área da matemática pelo uso de smartphones? A descoberta de quais são os 
desafios que dificultam o uso de novas tecnologias em sala de aula facilitará a 
construção de uma prática pedagógica que resolva isto do melhor modo (BORBA; 
PENTEADO, 2019). Isto tudo também poderá valorizar o ensino qualitativo em todas 
as ocasiões e contextos; 
 Pela perspectiva dos professores entrevistados na atividade de campo, 
os cursos universitários de licenciatura estão preparando de maneira adequada os 
futuros profissionais do ensino para que utilizem com maior eficácia novas 
tecnologias como um provável procedimento didático-pedagógica no processo de 
ensino aprendizagem na área da matemática? Quais desafios seriam necessários 
16 
 
para que isto se realize do melhor modo em subsequência, inclusive aproveitando-
se dos smartphones? É importante frisar que não basta o educador ter interesse em 
adotar uma estratégia de natureza tecnológica em sala de aula (BORBA; SILVA; 
GADANIDIS, 2018). Aliás, também não basta a escola oferecer meios para que isto 
se consume do melhor modo. Claro que estes são pontos positivos que precisam ser 
explorados ao máximo quando presentes, se o foco didático-pedagógico de uma 
unidade de ensino é explorar novas tecnologias em sala de aula (VALENTE, 2013A). 
Isto tudo, todavia, só pode se efetivar de maneira adequada, se o educador recebeu 
preparo prévio. Ausentando-se isto, há riscos que poderão desvalorizar o uso de 
abordagens didáticas deste jeito fundamentadas. A princípio, o preparo pode ser 
conquistado no decorrer dos cursos de licenciatura, ou pelo menos espera-se que 
isto aconteça. 
A priori, todas as atividades descritas neste Marco Introdutório se consumam 
de maneira mais ou menos variável nas páginas subsequentes desta atividade 
dissertativa, propendendo a resolução prática destas questões. Além disto, essa 
atividade dissertativa consta como metodologia sobre uma revisão bibliográfica. 
 
Objetivo geral: Analisar as dificuldades a serem superandas no ensino-
aprendizagem no Ensino Fundamental nos anos finais na área de Matemática 
pelo uso de Mídias Digitais nas escolas da rede pública de ensino da cidade de 
Alto do Rodrigues/RN. 
 
Para tanto, explora-se um método descritivo-qualiquantitativo, visando a 
avaliação das principais implicações e premissas associadas ao uso de novas 
tecnologias no ambiente escolar tradicional. Com esta tarefa adequadamente 
realizada, será possível vislumbrar os principais aspectos do tema estudado, de tal 
modo se viabiliza em consecutivo a consumação gradativa de todas as questões de 
pesquisa. Além disto, é importante destacar que também deverão ser consumados 
os seguintes objetivos específicos: 
 
 
 
 
17 
 
 
Objetivos Específicos 
 
 Descrever as práticas de ensino utilizadas na escola investigada, 
ponderando a importância dos cursos de graduação e das formações continuadas 
para a manutenção da qualidade geral do ensino, mediante o usufruto de novas 
tecnologias como abordagem didático-pedagógica. Compreender quais são as 
técnicas que já se aplicam no ambiente de ensino pesquisado possibilitará avaliar, 
com maior acuidade, as particularidades que permeiam a lida didática. Isto, no 
entanto, para se realizar de forma adequada implica em descobrir com antecedência 
de que modo a população investigada encara os cursos de graduação e as 
formações continuadas. Isto feito, será possível correlacionar com segurança os 
resultados que são manifestos com o uso de novas tecnologias em sala de aula, 
principalmente aquelas que se direcionam à manutenção da qualidade geral do 
ensino; 
 Mensurar a qualidade geral do ensino realizado na escola investigada, 
tomando como premissa usufruto de novas tecnologias como procedimento didático-
pedagógico. Avaliar matematicamente até que ponto o usufruto de novas 
tecnologias em sala de aula implica em melhoria da qualidade geral do ensino é 
explorar um método de natureza quantitativa na pesquisa proposta. Isto deve ser 
feito porque este estudo fundamenta-se em uma abordagem mista, como já dito 
antes. Este agir, por consequência, não é apenas um complemento. É uma atividade 
imprescindível neste experimento. Por isto, se consumará nas páginas 
subsequentes; 
 Exibir as principais sugestões destacadas pelos educadores 
entrevistados na atividade de campo realizada na unidade escolar pesquisada que 
possibilitem o uso adequado de novas tecnologias no ambiente de ensino. Como 
nesta pesquisa há pessoas que participam do preenchimento do instrumento de 
coleta de dados, é fundamental valorizar as suas experiências na construção 
paulatina deste experimento. Deste modo também se deve proceder porquanto eles 
formam o universo investigado e, por consequência, é importantíssimo valorizar as 
18 
 
opiniões, ou pelo menos ouvi-las de forma inteligente, visando o acréscimo de 
informações adicionais ao estudo realizado. 
 
-JUSTIFICATIVA 
 
A priori, a realização desta pesquisa se justifica porque o ensino é uma 
atividade socialmente interativa. Como tal, o seu objetivo primeiro é transmitir um 
conjunto mais ou menos variável de conteúdos, habilidades e saberes, possibilitando 
a subsequente manutenção dos paradigmas socialmente aceitos em uma 
determinada época. Atuando desta maneira, pode ser considerada como uma 
atividade de qualidade, visto que salvaguardou a preservação dos valores e dos 
princípios que fundamentam uma determinada civilização (BASSO, 2014). Dito isto, 
ausentando-se as inevitáveis interações em um contexto social próprio, é impossível 
que se realize o ensino, propendendo a qualidade desejada. Por sua vez, a 
qualidade no ensino fundamenta-se no aproveitamento dinâmico de interações 
sociais que se manifestam no ambiente de ensino pelo explorar de técnicas didático-
pedagógicas aplicadas no decorrer do processo de ensino-aprendizagem (BOCK, 
2019). Estas técnicas, por sua vez, necessitam de constante readaptação às novas 
demandas sociais, o que se cogita no uso de novas tecnologias. Com muita 
frequência, conteúdos, habilidades e saberes que eram razoavelmente bem 
ensinados mediante técnicas didático-pedagógicas tradicionais estão a exigir hoje 
correções de rumo (BONILLA, 2015; BONINI, 2013). Por consequência, alterações 
mais ou menos variáveis, sobretudo aquelas que visam a qualificação dos 
resultados finais em sala de aula, começam a alterar a rotina tradicional do processo 
de ensino-aprendizagem. Em algumas ocasiões, estas mudanças ainda apresentam 
resultados abaixo do esperado. De qualquer modo, o que já se registra como 
positivo incentiva a ampliação da presença de novas tecnologias no ambiente 
escolar. 
Além de tudo isso, esta atividade dissertativa também se justifica em âmbito 
acadêmico por conta das implicações que os seus resultados representam para o 
custeio teórico dos cursos de licenciatura. Mais do que isto: simboliza um valioso 
refletir sobre a consistência geral dos conteúdos queno momento são estudados 
nos cursos de graduação destinados ao desenvolvimento de futuros professores, os 
19 
 
quais deverão atuar, sobretudo, na educação básica. Tudo isto também implica em 
uma autocrítica da legitimidade prática das formações continuadas que são 
realizadas em todas as regiões do Brasil, visando o qualificar das técnicas didático-
pedagógicas em uso no ambiente escolar (BORSSOI, 2018). Hoje, o que se 
vislumbra é que o ambiente universitário ainda é incapaz de auxiliar o implemento de 
uma revolução paradigmática capaz de fundamentar o uso correto de novas 
tecnologias como metodologias de ensino no clássico ambiente de ensino. Ao lado 
disto, também se constata a incoerência experimental das formações continuadas 
que se realizam à revelia do que realmente é importante a manutenção da qualidade 
geral da educação brasileira. 
 APRESENTAÇÃO DOS CAPÍTULOS: Quanto à apresentação do conteúdo, 
adota-se o seguinte roteiro: logo, após a apresentação desta Introdução, são 
disponibilizados a Fundamentação Teórica a explicação detalhada dos principais 
paradigmas que se correlacionam ao estudo do tema que aqui se investiga. Na parte 
subsequente da pesquisa, explicam-se os conceitos e as definições que embasam 
os Materiais e Métodos do experimento. Na parte seguinte da dissertação, 
apresenta-se a Apresentação e a Análise de Resultados do estudo. Para tanto, atua-
se seguindo à risca os objetivos específicos anteriormente exibidos e explicados, os 
quais são trabalhados de forma gradativa e separada em cada um dos tópicos deste 
capítulo. Como tal, esta etapa também servirá para a descoberta paulatina das 
principais argumentações que serão utilizadas nas Considerações Finais para a 
resolução apropriada das questões de pesquisa; 
Disponibiliza-se na etapa extrema do texto desta dissertação o capítulo 
dedicado às Considerações Finais. Nesta fase, além de um breve resumo de todas 
as ações posteriores, consumam-se a apresentação e a explicação detalhada de 
prováveis soluções aos questionamentos que embasam o problema de pesquisa 
desta atividade. Além de tudo isto, aqui também são oferecidas algumas sugestões 
à unidade escolar investigada, visando qualificar o uso de novas tecnologias na 
execução das atividades didático-pedagógicas que são diariamente executadas no 
processo de ensino-aprendizagem. Procedendo-se desta maneira executa-se a 
pesquisa com rigor e segurança. 
Como visto, a proposta de apresentação do conteúdo tem como meta 
corresponder à realização de um experimento coerente e coeso, valorizando o uso 
20 
 
das ferramentas que estão disponíveis no método científico. Isto dito, aqui será 
possível apresentar didática e de forma concisa as principais premissas que 
fundamentam o estudo do tema avaliado nesta dissertação, adequando-se ao 
modelo conferido pelo programa de pós-graduação. Para tanto, basta apenas seguir 
o roteiro descrito, explorando ao máximo todas premissas e paradigmas que 
fundamentam o tentame realizado, apresentando cada um dos capítulos descritos, 
valorizando os pontos de convergência vivenciados na proposta metodológica 
adotada nesta pesquisa. Agindo assim, foi viável destacar respostas apropriadas 
para os questionamentos anteriormente apresentados no problema de pesquisa. Por 
tudo isto, espera-se que os resultados que são registrados nesta pesquisa possam 
pelo menos servir como uma base preliminar para futuras investigações que se 
interessem por assunto mais ou menos semelhante ao que se avalia no decorrer 
desta atividade. 
Com certeza, seria possível o manifestar de resultados mais ou menos 
diferentes, se a metodologia e o percurso escolhidos se fundamentassem em 
premissas distintas daquilo que aqui se realiza (BOVO, 2016. ALMEIDA; FRANCO, 
2014; KENSKI, 2018A; ALMEIDA, 2017A). De qualquer jeito, o que interessa é que a 
dissertação procurou cumprir todas as metas descritas do melhor modo, exibindo 
uma argumentação consistente ao término deste ensaio acadêmico. 
Enfim, estas são as principais ideias trabalhadas nesta atividade dissertativa. 
Considerando a problemática investigada, além dos objetivos destacados no 
experimento, são satisfatórios os resultados que aqui serão registrados. 
 
 
21 
 
CAPÍTULO I – MARCO TEÓRICO 
1-MATEMÁTITCA ADVERSIDADES, TENDÊNCIAS E PERSPECTIVAS 
 
As discussões acerca do ensino de Matemática têm mobilizado 
pesquisadores na produção de teses, artigos, teorias, metodologias, o que 
notadamente tem caracterizado diversas tendências e desafios nesse campo de 
estudo (BRAGA, 2016; BOVO, 2016). Buscamos trazer ao debate e reflexão, 
algumas das principais adversidades encontradas na escola sobre o ensino da 
Matemática. 
As tendências de ensino e suas perspectivas como a possibilidade de se 
pensar o ensino de Matemática através do uso das TCI, perpassa do professor 
como mediador desse aprendizado, no que se refere as várias possibilidades que os 
recursos de multimídia proporcionam ao conhecimento (CARVALHO, 2014). Nesse 
caso, o celular/smartphone serve como ferramenta de apoio ao desenvolvimento das 
atividades em sala de aula ou em um ambiente onde seja possível ter acesso a esse 
recurso, sendo usado aplicativos apropriados para a disciplina em questão ou em 
conjunto com outras áreas do conhecimento (CHIAPINNI, 2015; CHINELLATO, 
2014). Acreditamos que a Educação, em especial a Educação Matemática (EM), 
vem passando por mudanças significativas na sua didática, na sua forma de avaliar, 
na sua metodologia, ou seja, o ensino-aprendizagem desgastado vem sendo 
substituído por uma nova postura; cujo processo é complexo, mas não impossível de 
ser encarado. 
Tendo em vista as várias dificuldades que impedem o educador de 
desenvolver uma prática que faça diferença na realidade dos educandos, 
permanece a preocupação de que o resultado de sua prática educativa não se 
reduza à formação de executores desta ou daquela tarefa específica, contudo, não 
se deve exagerar a importância do educador e subestimar a do educando (COSTA, 
2018; FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Este é um ponto de vista 
tradicionalista, pois se preocupa apenas com o ensino e não com a aprendizagem. 
“O desempenho do professor é grandemente dependente de modelos de ensino 
22 
 
internalizados ao longo de sua vida como estudante em contato estreito com 
professores” (SANTOS, 2015, p. 200) 
Sob o ponto de vista do ensino não tradicional (em que o professor é o 
detentor e transmissor de conhecimento e o aluno um receptor), o educador é 
encarado como um ser facilitador do processo na aprendizagem do educando. 
Assegurar aos alunos o domínio mais seguro e duradouro possível dos 
conhecimentos científicos; criar as condições e os meios para que os alunos 
desenvolvam capacidades e habilidades intelectuais por meio das TICs de modo 
que dominem métodos de estudo e de trabalho intelectual, visando a sua autonomia 
no processo de ensino aprendizagem e independência de pensamento 
(FERNANDES, 2014; FIORENTINI; LORENZATO, 2017). É essencial, portanto, que 
o professor assuma uma ação pedagógica que promova a construção de 
conhecimentos pelo aluno e incorpore a sua prática uma abordagem construcionista. 
O professor é responsável para criar um ambiente que “estimule o pensar, que 
desafie o aluno a aprender e construir conhecimento individualmente ou em parceria 
com os colegas, o que propicia o desenvolvimento da autoestima, do senso-crítico e 
da liberdade responsável” (ALMEIDA, 2017, p. 21). 
A discussão sobre o uso de computadores nas escolas tem-se estendido aos 
diversos temas, associados a questões pedagógicas. Assim, torna-se necessário 
discutir como se processa a influência do uso de recursos informatizados, na forma 
pela qual as pessoas aprendem e como aprendem, observando se a capacidade 
humana de criar e modificar a tecnologia, inventando novos instrumentos e, qual o 
efeito inverso, ou seja,como a tecnologia age sobre a cognição (JESUZ et al, 2018). 
Pensando assim, vários teóricos busca22ram demonstrar como o conhecimento 
ocorria através do uso do computador (negro ponte, Piaget, Vygotsky, Papert entre 
outros), Papert montou um esquema para tentar explicar a ordem com que esse 
conhecimento acontece. 
A construção do conhecimento através do computador tem sido denominada 
por Papert de construcionismo (PAPERT, 2016). Ele usou esse termo para mostrar 
outro nível de construção do conhecimento: a construção do conhecimento que 
acontece quando o aluno constrói com um objeto. Na noção de construcionismo de 
23 
 
Papert existem duas ideias. Primeiro, o aprendiz constrói alguma coisa, ou seja, o 
aprendizado através do fazer, do "colocar a mão na massa". Segundo o fato de o 
aprendiz estar construindo algo do seu interesse e para o qual ele está bastante 
motivado. O envolvimento afetivo torna a aprendizagem mais significativa. O uso do 
computador requer certas ações que são bastante efetivas no processo de 
construção do conhecimento (KENSKI, 2018; 2018A). Quando o aprendiz está 
interagindo com o computador ele está manipulando conceitos e isso contribui para 
o seu desenvolvimento mental. Exemplo: Quando propomos uma situação problema 
ao aluno ele passa por algumas ações segundo Papert (2016), o aluno realiza a 
descrição da solução do problema, executa, reflete sobre, abstrai e por fim depura 
sobre seus resultados. Para as ações que o levara a obtenção do resultado pode ser 
observado na seguinte sequência: 
• Descrição da solução problema; 
• Execução dos procedimentos através do computador; 
• Reflexão sobre essas informações; 
• Abstração simples e produzida pela reflexão que permite ao 
aluno extrair informações do objeto ou das ações sobre o objeto; 
• Abstração reflexiva permite a projeção daquilo que é extraído de 
um nível mais baixo para um nível cognitivo mais elevado ou a reorganização 
desse conhecimento em termos de conhecimento prévio e; 
• Depuração. 
O processo de refletir sobre o resultado de um programa de computador pode 
acarretar uma das seguintes ações alternativas: ou o aluno não modifica o seu 
procedimento porque as suas ideias iniciais sobre a resolução daquele problema 
correspondem aos resultados apresentados pelo computador, e, então, o problema 
está resolvido; ou depura o procedimento quando o resultado é diferente da sua 
intenção original (LÉVY, 2019). A Depuração pode ser em termos de alguma 
convenção da linguagem. Logo, sobre um conceito envolvido no problema em 
questão (o aluno não sabe sobre ângulo), ou ainda sobre estratégias (o aluno não 
sabe como usar técnicas de resolução de problemas). 
24 
 
Os atuais recursos da tecnologia e os novos meios digitais (multimídia, 
Internet, telemática etc.) trazem novas formas de ler, de escrever, de pensar e agir 
(LIBÂNEO, 2011). Além disto, aponta-se que: 
 
“Uma consequência imediata na prática pedagógica segundo a citada 
concepção da questão cognitiva, e mesmo resultante da própria 
característica de imprevisibilidade da máquina, está na necessária mudança 
de postura do professor em seu trabalho cotidiano: se as relações 
cognitivas são necessariamente abertas e imprevisíveis, se o trato com as 
máquinas repousa em uma relação diferente com o objeto técnico, apoiada 
na experimentação e na errância, impõe-se uma revisão da forma como 
consideramos o ato de errar – não apenas no que se refere ao erro de cada 
um de nós, mas principalmente quanto ao considerarmos o erro de nosso 
aluno, em determinadas situações, como parte do processo de busca e 
experimentação, necessário à construção do conhecimento. Trata-se então 
de uma nova relação professor/aluno, na qual ambos caminham juntos, a 
cada momento, buscando, errando, aprendendo” (BONINI, 2013, p.17). 
 
O professor assume um papel de interlocutor privilegiado que questiona e 
provoca reflexões, não possuindo o lugar de dono da verdade absoluta. 
A possível utilização de recursos informatizados na educação não deve 
apoiar-se no modelo cognitivista e a própria natureza da interação usuário/máquina 
sugere o deslocamento da ênfase no objeto (o computador) para o projeto, visando 
o ambiente cognitivo, à rede de relações humanas que se deseja instituir, o que 
pode ser facilitado pela consideração da cognição como uma prática inventiva que 
estende a ênfase do processo à coletividade, onde a construção de conhecimento 
passa a ser atribuída aos grupos que interagem nesse espaço com uma inteligência 
valorizada, em tempo real, e que vai resultar em uma mobilização efetiva das 
competências individuais (MARTINS, 2019). 
 É objetivo da docência, orientar as tarefas de ensino para objetivos 
educativos de formação da personalidade, isto é, ajudar os alunos a escolherem um 
caminho na vida, a terem atitudes e convicções que norteiam suas opções diante 
dos problemas e situações da vida real (MARQUES, 2013). Nos PCN de Matemática 
são apontadas as competências e habilidades a serem desenvolvidas em seu 
ensino (MATOS; SERRAZINA, 2016; MERCADO, 2012). Estas estão distribuídas em 
três domínios da ação humana; a vida em sociedade, a atividade produtiva e a 
experiência subjetiva. 
 
25 
 
 
1.1-ADVERSIDADES NO ENSINO E APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA 
 
As dificuldades encontradas por alunos e professores no processo ensino-
aprendizagem da Matemática são muitas e conhecidas (NUNES, 2010). Por um 
lado, o aluno não consegue entender a Matemática que a escola lhe ensina, muitas 
vezes é reprovado nesta disciplina, ou então, mesmo que aprovado, sente 
dificuldades em utilizar o conhecimento "adquirido", em síntese, não consegue 
efetivamente ter acesso a esse saber de fundamental importância. 
O professor, por outro lado, consciente de que não consegue alcançar 
resultados satisfatórios junto a seus alunos e tendo dificuldades de, por si só, 
repensar satisfatoriamente seu fazer pedagógico, procura novos elementos - muitas 
vezes, meras maneiras/ receitas de como ensinar determinados conteúdos - que, 
acredita, possam melhorar este quadro (MORAN, MASETTO, BEHRENS, 2010). 
Uma evidência disso é, positivamente, a participação cada vez mais crescente de 
professores nos encontros, conferências ou cursos. 
Desta forma, a Matemática é um instrumento fundamental para a manutenção 
e o desenvolvimento de muitas áreas do conhecimento humano e sabemos que este 
conhecimento é fruto de um longo processo de construção mútua entre educando, 
educador e as diversas realidades que os cercam (OLIVEIRA, 2014; PAPERT, 2014; 
2015). Isto por que: 
“O ensino-aprendizagem da Matemática não deve restringir-se à mera 
automatização de procedimentos. Os alunos precisam ser incentivados a 
resolver um significativo número de problemas, sempre raciocinando sobre 
situações do cotidiano. Atividades pedagógicas que promovam a reflexão 
dos estudantes irão render bons frutos. Pode-se, por exemplo, organizá-los 
em grupos para fazer um censo da escola. Com esse exercício, eles 
poderão contar os alunos, os professores, os funcionários, saber quantos 
são os homens, quanto são as mulheres, trabalhar a noção de proporção e 
porcentagem, construírem gráficos e tabelas, se possível utilizando recursos 
de informática” (VALENTE, 2013, p. 72). 
 
Nesse sentido, fica claro que, no processo de construção de saberes 
matemáticos, o professor não ensina o conceito ao aluno, mas ajuda-o a construí-lo. 
Respeitando o desenvolvimento do aluno/a, proporcionando experiências em 
diferentes graus de complexidade, individuais e coletivas (PERALTA, 2015; 
26 
 
PEREIRA; ANDRADE, 2016). Portanto, a base do trabalho pedagógico precisa 
promover a compreensão de conceitos matemáticos e menos memorização de 
informações, regras e modelos. 
Nessa perspectiva, o ensino de Matemática objetiva possibilitar o 
desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos. O que se sabe, porém, é quesem estas relações no processo de aprendizagem nem sempre é bem-sucedido 
podendo produzir nos educandos efeitos indesejáveis, que vão desde a simples 
aversão à matemática até a dificuldade de executar ações como projetar, prever, 
abstrair e utilizar o raciocínio lógico (PEREIRA et al, 2017). Consequentemente, isto 
pode trazer sérios prejuízos para o educando, inclusive no seu desenvolvimento 
psicológico e na sua vida profissional posteriormente. 
 
1.2-ADVERSIDADES ENCONTRADAS NO ENSINO 
 
Alguns estudiosos realizaram pesquisas sobre desempenho dos alunos na 
disciplina de Matemática. Segundo Carvalho (2014) existe dois aspectos essenciais 
para a análise da situação do ensino: a concepção de Matemática que em geral 
norteia o ensino dessa disciplina e o desgosto por esta área de conhecimento 
manifestado pela maioria dos alunos do Ensino Fundamental, comprovado por 
causar alto índice de repetência e evasão. 
O primeiro aspecto, considerado pela autora, refere-se à visão da Matemática 
que em geral orienta o ensino: considera-se a Matemática como uma “ciência 
perfeita”, um conhecimento pronto e acabado (PONTE et al, 2018). A consequência 
desse pensamento em sala de aula é a imposição autoritária do conhecimento 
matemático pelo professor que domina e o transmite a um aluno passivo, que deve 
se moldar à autoridade do conhecimento da “perfeição científica”. Sendo assim, 
considera-se que: 
“A essa visão da Matemática se contrapõem aquela que considera o 
conhecimento em constante construção e os indivíduos, no processo de 
interação social com o mundo, reelaboram, complementam complexificam e 
sistematizam os seus conhecimentos. Essa aquisição de conhecimentos 
lhes permite transformar suas ações e, portanto, alterar suas interações 
com esse mesmo mundo em nível de qualidade. Assim, a sala de aula não 
é o ponto de encontro de alunos totalmente ignorantes com o professor 
totalmente sábio, e sim um local onde interagem alunos com conhecimentos 
27 
 
do senso comum, que almejam a aquisição de conhecimentos 
sistematizados, e um professor cuja competência está em mediar o acesso 
do aluno a tais conhecimentos” (CARVALHO, 2014, p.15). 
 
Além dessa visão do conhecimento, o segundo aspecto apontado pela autora, 
também crucial, a ser considerado é o fato dos alunos não se interessarem pela 
disciplina Matemática, manifestado pela maioria quase absoluta dos alunos. Seria 
difícil supor o contrário. Num ensino em que é necessário submeter-se à autoridade 
da Matemática, é impossível entender, pois “compreender Matemática” torna-se 
privilégio das cabeças mais bem-dotadas (ROMANOWISK, 2017; SANCHO; 
HERNÁNDEZ, 2016). A consequência mais desastrosa é a total passividade com 
que os alunos se colocam perante qualquer aula, esperando que o professor lhe 
“explique” o que devem “compreender” e lhes diga “como” fazer. Dessa forma, 
defendendo que no processo ensino-aprendizagem o aluno não é um repositório de 
informações e sim agente da construção de seu próprio conhecimento e que o papel 
do professor deve ser não o de reprodutor do conhecimento, mas o de facilitador da 
aprendizagem. 
A solução para este impasse, segundo Carvalho (2014) seria oferecer pistas 
que favoreçam transformações. O trabalho em sala de aula deve proporcionar ao 
aluno oportunidade de operar sobre o material didático para que, assim, possa 
reconstruir seus conceitos de modo mais sistematizado e completo. As sínteses que 
foram realizadas, visando introduzir a linguagem convencional, devem permitir a 
discussão das experiências anteriores, escolares ou não, relativas ao tema 
(SANTOS, 2015). Para facilitar a abstração Matemática aos alunos é necessário 
também desenvolver uma prática pedagógica pautada em diferentes recursos 
didáticos como o computador e outros componentes de mídias digitais. 
Tal ferramenta pode ajudar ao professor e o aluno, que é comumente 
acessível graças aos vários ambientes destinados ao computador onde o aluno tem 
total acesso. Importante estabelecer uma relação entre o ensino da matemática e as 
TICs para melhor assimilação do alunado e como meio de promover o 
enriquecimento da aula (SANTOS, 2016; SANTOS; MAIA, 2017). É de igual 
importância explicar ao corpo discente como a Matemática é significativa no nosso 
28 
 
dia a dia e de que forma podemos utilizar o conteúdo trabalhado em sala de aula no 
nosso cotidiano. 
Outra dificuldade está na trajetória de aprendizagem que, em sua maior parte, 
é baseada na memorização do conteúdo, sem nenhuma apropriação dos conceitos 
matemáticos, pois a repetição sucessiva de exercícios não leva à elaboração 
conceitual. A falta de leitura e visão de mundo do professor propícia à decadência da 
sala de aula (SAINT-ORANGE, 2019). Essa dificuldade é agravada pela falta de 
professores formados na área e/ou desestimulados pelos baixos salários, falta de 
recursos materiais para o desenvolvimento da prática pedagógica. 
 
“Sem formação adequada, os professores não têm como colaborar 
efetivamente para o desenvolvimento de uma escolarização para superar o 
fracasso manifesto nos resultados das avaliações que mantém a 
aprendizagem dos alunos com médias insuficientes, nos altos índices de 
reprovação e evasão” (ROMANOWSKI, 2017, p.27). 
 
Os professores que se propõem a trabalhar com Matemática no Ensino 
Fundamental e Médio devem refletir sobre a situação do ensino dessa disciplina: Por 
que uma porcentagem tão pequena dos alunos aprende Matemática? Por que a 
maior parte dos alunos afirma não aprender Matemática? O que impede o corpo 
docente de estabelecer inovações na melhoria da atuação seus alunos em relação à 
disciplina? O que deve ser feito para melhorar a ação do professor na sala de aula? 
São questões fundamentais na reflexão sobre o ensino de Matemática (SILVA, 
2013; SOUSA, 2016). 
Na verdade, as políticas de centralização e avaliação do desempenho na 
escola atribuem aos professores a responsabilidade pelo êxito ou insucesso escolar. 
No cotidiano, os professores passam muitas vezes a ter que desempenhar outras 
atividades além da docência para aumentar a renda familiar (TAJRA, 2011; 2012). 
Essas tarefas contribuem para um sentimento de dês profissionalização, conduzindo 
para a desqualificação e desvalorização sofrida pelos docentes. Com isto, observa-
se que: 
 
“O professor [...] ao relacionar a falta de interesse do aluno à precariedade 
das condições de ensino, sem as quais não conseguem dinamizar as aulas, 
proporcionar atividades estimulantes, motivadoras, demonstra perceber que 
é da sua responsabilidade, ou seja, faz parte do significado do seu trabalho 
propiciar circunstâncias adequadas, motivadoras para a apropriação. Dos 
instrumentos básicos da cultura” (BASSO, 2014, p. 92). 
 
29 
 
Com todo esse desenvolvimento tecnológico e a busca incessante por uma 
educação de qualidade, é imposto aos profissionais envolvidos em educação de se 
tornarem indivíduos capazes de atender as mais variadas situações (ALMEIDA; 
FRANCO, 2014). A utilização adequada e planejada de novos recursos e 
metodologias contribuem qualitativamente e quantitativamente para o processo de 
ensino-aprendizagem. 
A formação de professores de Matemática, em relação à expansão da 
educação básica, apresenta defasagens, pois, além do déficit histórico de 
professores devidamente formados, exige-se uma maior expansão dos cursos de 
licenciatura (ALMEIDA, 2017; ALMEIDA; ALONSO, 2017). O número de matrículas 
nos cursos de licenciaturas apresenta índices ligeiramente superiores nas 
instituições públicas. A oferta de cursos na área de formação de professores pelas 
instituições particulares é menor, principalmente, na área de Ciências Exatas. Sendo 
assim, constata-se que: 
 
“A necessidade de infraestrutura, como, por exemplo, laboratórios, aliada à 
elevada desistência de alunos, pode contribuir fatores que não estimulem as 
instituições privadas à abertura de cursosnessas áreas” (ROMANOWSKI, 
2017, p.91). 
 
Frente à pluralidade e heterogeneidade de uma sociedade como a nossa, em 
que a escolarização adquire cada vez mais importância, exige-se do professor a 
promoção, o desenvolvimento e a aprendizagem de seu aluno, nas dimensões 
cognitivas, social, cultural, emocional, motora, como propósito de formação global 
(ALMEIDA; VALENTE, 2018). Também se observa que: 
 
“A sala de aula é um ambiente de diversidade, uma vez que abriga um 
universo heterogêneo, plural e em movimento constante, em que cada 
aluno é singular, com uma identidade originada de seu grupo social”. 
Estabelecida por valores crenças, hábitos, padrões de condutas, trajetórias 
peculiares e possibilidades cognitivas diversas em relação à aprendizagem. 
Isso tudo expressa maior interesse e entusiasmo dos alunos por 
determinada área do conhecimento, ou, apatia e indiferença, resultante da 
complexidade humana. “A relação professor e alunos provocam 
desinquietações permanentes na prática pedagógica por incluir todos esses 
aspectos” (ROMANOWSKI, 2017, p.91). 
 
Essas tarefas do professor de Matemática se complexificam no interior da 
escola cotidianamente, demandando conhecimentos múltiplos e convergentes de 
antropologia, sociologia, filosofia, biologia e psicologia (BALDINI, 2018). O 
30 
 
desconhecimento e despreparo frente às Realidades, pela falta de compreensão da 
complexidade, das contradições e singularidades tornam a prática aquém das 
expectativas. Cabe então aos educadores matemáticos a busca pela superação da 
prática pedagógica assentada em informações, em respostas rotineiras e 
reprodutivas. 
Sabemos que as múltiplas dificuldades que incidem nas atividades docentes – 
por exemplo, os baixos salários, as más condições de trabalho e as deficiências da 
formação profissional, advêm fundamentalmente de condicionantes estruturais da 
sociedade e do sistema de ensino. É inquestionável que as transformações no 
ensino são inseparáveis das transformações sociais mais amplas. A integração da 
tecnologia na escola e na disciplina de Matemática é um dos maiores desafios da 
educação atual. (...) a capacidade da escola e da Matemática responder aos 
desafios da atualidade e do futuro é medida pela eficácia com que a tecnologia é 
integrada nos currículos escolares (SILVA, 2013) 
A formação teórica e prática do professor, aliada a uma consciência política 
das tarefas sociais que deve cumprir, pode contribuir para a elevação da qualidade 
do ensino e da formação cultural dos alunos (BORBA; PENTEADO, 2019; BORBA; 
SILVA; GADANIDIS, 2018). Frente a essa temática surgem aí as TICs que será 
apontada mais adiante. O computador é uma realidade que não veio substituir ou 
eliminar os professores, seu papel é o de ser um instrumento a mais auxiliando o 
processo de aquisição do conhecimento. 
A escola, numa nova perspectiva, passa a ter um papel muito forte e 
significativo na formação das novas maneiras de ensinar e aprender, que as TICs 
proporcionam (BASSO, 2014). Para isso é preciso conscientizar a todos os 
envolvidos no processo educativo. 
 
1.3-ADVERSIDADES ENCONTRADAS NA APRENDIZAGEM 
 
As dificuldades referentes ao conteúdo residem nas quatro operações 
fundamentais (BOCK, 2019; FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Outras 
dificuldades se referem à falta de concentração, falta de disciplina e compromisso 
31 
 
com os estudos, quando não se tem um bom conhecimento da língua portuguesa, 
torna - se difícil o aprendizado. 
Já que o aluno não compreende as palavras ou não tem o hábito da leitura, 
não consegue interpretar direito os problemas propostos e assim, diminuindo a 
qualidade do ensino e por consequente o aprendizado (BORSSOI, 2018; BORBA; 
SILVA; GADANIDIS, 2018). Uma alternativa que poderia ajudar, é que todo aluno, 
nas series iniciais tenham uma maior exploração neste sentido, outro problema 
encontra-se em recursos que venham a possibilitar uma melhor compreensão do 
que se aprende, recurso esse que venham permitir manipular, visualizar, inferir 
testar e modificar a forma de aprender sem que seja danoso a aquisição de 
conhecimentos. 
A dificuldade na leitura e interpretação dos textos, também pode provocar 
dificuldade na interpretação dos conteúdos e conceitos matemáticos (FERNANDES, 
2014; FIORENTINI; LORENZATO, 2017). Quando não se tem um bom 
conhecimento da língua portuguesa, torna-se difícil o aprendizado, já que o aluno 
não compreende as palavras ou não tem o hábito da leitura, não consegue 
interpretar direito os problemas propostos, e assim, diminuindo a qualidade do 
ensino e por consequente a aprendizagem. 
 Outro fator é a motivação. Em geral os alunos prestam pouca atenção e 
trabalham pouco. Isto tudo se observa que... 
 
“(...) o escasso esforço que fazem costuma ser inadequado, já que estudam 
de forma mecânica, sem compreender o significado e o alcance do que 
escutam e pensando exclusivamente em aprovar. Desse modo, essa 
ausência de interesse, traduz-se às vezes em comportamentos que 
perturbam o trabalho escolar de seus colegas” (MATOS; SERRAZINA, 
2016, p 103). 
 
Às causas destas dificuldades, no âmbito externo à escola ficam por conta do 
esfacelamento da família - Famílias desestruturadas falta de perspectiva de um 
futuro melhor para os alunos, defasagem de conteúdo (MERCADO, 2012). Por isso, 
muitas crianças sentem dificuldades em acompanhar os conteúdos escolares, pois 
estão afetadas emocionalmente. 
Mas, uma nova perspectiva de ensino vem sendo apontada como uma 
possível solução para vários desses problemas (MORAN, MASETTO, BEHRENS, 
32 
 
2010). E, com a esperança que tal proposta possa reverter essa situação, muitos 
estudiosos estão de plantão com um único propósito expandir e explorar as TIC; no 
intuito de que essa nova ferramenta pedagógica possa adentrar as escolas e torna-
las uma instituição própria do seu tempo. Por isto, se diz que: 
“O computador, a televisão, o aparelho de som, o gravador, a filmadora, a 
câmera fotográfica, a calculadora, o rádio, o Datashow, o retroprojetor, os 
celulares, os pendrives, CDs, DVDs, entre outros, [...] estão presentes 
diariamente na vida das pessoas. “Invadindo” o dia a dia do cidadão, seja 
no ambiente de trabalho, nas ruas ou em suas residências” (OLIVEIRA, 
2014, p. 33). 
 
A utilização de multimídias para a aprendizagem da matemática pode ser de 
grande ajuda para os educadores, especificamente, o uso de computador tabletes, 
celulares e smartphone como um auxiliador nessa aprendizagem. Além desses 
fatores, Borba & Penteado (2019) destacam o enfoque experimental que o 
computador possibilita: "o enfoque experimental explora ao máximo as 
possibilidades de rápido feedback das mídias informáticas e a facilidade de geração 
de inúmeros gráficos, tabelas e expressões algébricas". A partir da investigação e da 
experimentação os alunos formulam, reformulam e rejeitam hipóteses; lançam novas 
questões e apresentam dúvidas em contextos não previstos pelo professor e que 
não surgiriam em outro ambiente. 
Diante disso, acreditamos que o estudo da cultura escolar ilumine aspectos 
que aproximem o objeto da realidade. Argumentamos, em decorrência disso, que a 
sociedade atual vive um contexto político, social, cultural e econômico, que exige da 
escola o cumprimento de seu papel social no sentido de aquisição, de construção e 
de reconstrução dos conhecimentos científicos e tecnológicos necessários à 
inserção de todos, como cidadãos, nas práticas sociais e nas relações sociais do 
trabalho (SANCHO; HERNÁNDEZ, 2016). Relações essas que têm, atualmente, na 
ciência e na tecnologia, os seus principais fundamentos. 
 
 
 
 
1.4-TENDÊNCIAS NO ENSINO DE MATEMÁTICA 
 
33 
 
Nos anos de 1960 e 1970 houve um grande movimento mundial em termos 
de reformulações curriculares buscando melhorias na qualidade do ensino de 
Matemática, o que no Brasil se denominou movimento da Matemática moderna(SAINT-ORANGE, 2019). Nesse movimento foi dada uma ênfase na linguagem dos 
conjuntos do que nos outros ramos. 
Na década de 80 professores de Matemática vindos da Europa após terem 
concluído sua pós-graduação apontavam novas ideias na tentativa de reverter à 
situação na qual se encontrava essa matéria. Foi criada assim a Sociedade 
Brasileira de Educação Matemática (SBEM). Fundada em 27 de janeiro de 1988, a 
SBEM é uma sociedade civil, de caráter científico e cultural, sem fins lucrativos e 
sem qualquer vínculo político, partidário e religioso. Tem como finalidade congregar 
profissionais da área de Educação Matemática ou de áreas afins (BORSSOI, 2018). 
A SBEM tem em seus quadros pesquisadores, professores e alunos que atuam, nos 
diferentes níveis do sistema educacional brasileiro, da educação básica à educação 
superior. Tem também, sócios institucionais e sócios de outros países. Nesse 
período, a resolução de problemas era apontada como foco central do ensino de 
matemática. 
Desse modo, começam a surgir principalmente nas universidades, novas 
discussões que apontavam novas tendências em educação matemática (BOCK, 
2019; BONILLA, 2015). Além disto, observa-se que: 
 
“Há tendências mundiais de investigação para a pesquisa em educação 
matemática consideradas em “alta”, a saber: Processo de ensino-
aprendizagem de matemática; mudanças curriculares: tecnologias da 
comunicação e informação no ensino aprendizagem de Matemática; Pratica 
docente: crenças e concepções; conhecimento/formação/desenvolvimento 
de novas experiências de formação inicial; currículos de formação; recursos 
e políticas de formação; Práticas de avaliação; Contexto sociocultural e 
político” (PEREIRA; ANDRADE, 2016, p. 41). 
 
Como podemos observar essas recomendações influenciaram nas reformas 
curriculares posteriores para o ensino de matemática, nos anos 90 aumenta o 
debate sobre a necessidade de reformar os currículos da educação básica. A partir 
de novas diretrizes curriculares intensifica-se a produção de documentos para 
subsidiar as propostas e projetos pedagógicos (BONINI, 2013; BORSSOI, 2018). No 
Brasil teve início à reforma curricular que culminou com a elaboração do documento 
Parâmetros Curricular Nacionais. Tal documento direciona o ensino fundamental 
34 
 
para a aquisição de competências básicas necessárias ao cidadão, ressaltando o 
papel ativo do aluno na construção de saberes e o ensino com ênfase na resolução 
de problemas para que o aluno possa acompanhar a evolução tecnológica (BOVO, 
2016; BRAGA, 2016). 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) apontam alguns recursos 
didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadoras, computadores e outros materiais 
que tem um papel importante no processo de ensino e aprendizagem (BRASIL, 
2017A; CARVALHO, 2014; CHIAPINNI, 2015). Contudo, recomenda que eles 
precisão e esteja integrada a situações que levam os exercícios da análise e da 
reflexão, em última instância, a base da atividade matemática. Os recursos materiais 
deveriam estar vinculados a uma série de elementos que serviriam para auxiliar o 
processo de ensino. 
Atualmente, as tecnologias da Informação e comunicação como 
Smartphones, tablets, notebooks entre outros fazem cada vez mais parte do 
cotidiano escolar, fornecendo informações em tempo real sobre os assuntos tratados 
a todo instante dentro da instituição escolar (CHINELLATO, 2014; COSTA, 2018). O 
volume de informações produzido por essas tecnologias impulsiona o currículo estar 
em uma constante metamorfose... 
 
“(...) em virtude das novas exigências educacionais decorrentes da 
aceleração da produção de conhecimentos, da ampliação do acesso às 
informações, da criação de novos meios de comunicação, das alterações do 
mundo do trabalho, e das mudanças de interesse dos adolescentes e 
jovens, sujeitos dessa etapa educacional” (BRASIL, 2017, p. 145). 
 
Por meio da utilização das tecnologias, a associação das práticas 
pedagógicas, juntamente com o aprendizado, representa uma possibilidade a mais 
para os professores, pois estimula o aprendizado, de modo que os participantes 
desse processo passam a investigar as soluções para os problemas e para as 
situações em estudo. 
Essa nova maneira está relacionada a uma nova visão de construção do 
conhecimento, em um processo que envolve todos os participantes, professores e 
alunos, superando as formas tradicionais na relação de ensino-aprendizagem 
(BALDINI, 2018; BASSO, 2014). 
35 
 
Os educadores Matemáticos têm buscado novos métodos para melhorar o 
ensino em sala de aula através das ideias-chave de construção e de compreensão, 
dos conceitos matemáticos dentre os quais vem se destacando as TIC, natural do 
novo tempo (BORBA; PENTEADO, 2019). Assim se observa que: 
 
“Colocam professores e alunos trabalhando e aprendendo à distância, 
dialogando, discutindo, pesquisando, perguntando, respondendo, 
comunicando informações por meio de recursos que permitem a esses 
interlocutores, vivendo nos mais longínquos lugares, encontrarem-se e 
enriquecerem-se com contatos mútuos” (MORAN; MASETTO; BEHRENS 
2010, p. 137). 
 
Portanto, se a cultura tecnológica influencia a construção da cultura escolar 
por estabelecer mudanças no ambiente escolar, que vão desde mudanças 
administrativas até mudanças nas relações, acaba envolvendo não só seus grupos 
internos, mas também a sociedade em geral. Em uma sociedade onde o 
conhecimento é um bem que tem se tornado cada vez mais precioso e envolvido 
diretamente com a tecnologia da informação. Borba, Silva & Gadanidis (2018, p. 63) 
afirmam que: 
“Os sujeitos ligados ao ensino-aprendizagem estabelecem entre si um 
processo de interação, que também envolve suas práticas comunicativas 
realizadas com o apoio dos diversos recursos tecnológicos. Nesse 
processo, constroem seus modelos mentais que permitem a mediação entre 
o mundo interior e o mundo exterior, possibilitando assim a construção de 
seus conhecimentos. A fim de se adaptar à atual realidade, paradigmas são 
quebrados, a construção do conhecimento torna-se mais dinâmica. Não 
podendo ser diferente no ambiente escolar”. 
 
Em suma, o uso das TIC vem incrementar o ensino, tornando-o mais 
dinâmico e agradável, promovendo um aprendizado mais significativo e 
desenvolvendo motivação para os alunos. 
 
36 
 
CAPÍTULO II 
2-A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) 
 
Estamos de fato na era da informação, em que novos instrumentos 
tecnológicos são requeridos para que possamos analisar e interpretar as realidades 
contemporâneas, um momento de intensas transformações em que equipamentos 
tecnológicos surgem para fazer movimentar o quanto mais rápido o ritmo do espaço-
tempo atual (CARVALHO, 2014; CHIAPINNI, 2015). O uso de novas mídias e 
multimídias estão entrelaçados ao nosso cotidiano, esses recursos tecnológicos 
estão presente em vários seguimentos da sociedade. TIC e o meio social. Sendo 
assim observa-se que: 
 
“Por novas tecnologias entendemos hoje o surgimento de outra articulação 
de linguagens, encarnada em novos suportes, que são as máquinas 
dotadas de capacidade de armazenar, processar e intercambiar 
informações a grande velocidade e com alta confiabilidade, gerando 
hipertextos nos fluxos alargados da informação, constituídos em 
ciberespaço e Cibercultura”. (MARQUES 2013, p. 18). 
 
A palavra TIC (tecnologias da informação e comunicação) é originaria das 
seguintes palavras (FERNANDES, 2014; KENSKI, 2018): 
♦ Informática – tratamento automático de informação em computadores; 
♦ Tecnologias de informação – processo de tratamento central e 
comunicação da informação, através do hardware e software; 
♦ Tecnologias de informação e comunicação – transmissão de 
informação através de redes de computadores e meios de comunicação. 
O objetivo das TIC é promover a cultura e a formação essencial do indevido e 
o meio social em que vive para o desenvolvimento da sociedade. Pautando:conhecimento, informação, cultura, facilidade de acesso entre outros (TAJRA, 2012; 
VALENTE, 2013). A seguir as áreas ao qual encontramos as tecnologias da 
comunicação e informação: 
• Computadores – máquina que serve para receber e processar 
informação. Dentro deste assunto temos a informática (aplicação de 
computadores para o processamento de informação) e a Burótica (informação 
37 
 
de um escritório). Estes dois processos são utilizados na educação, comércio, 
medicina e num escritório, sendo muito úteis; 
• Comunicação – efeito de comunicar, partilhar e participar. 
Existem dois meios de comunicação através das tecnologias; as 
telecomunicações (comunicação à distância, via televisão, rádio, internet, 
satélite, etc.) e telemática (comunicação mais informática 
(videoconferências); 
♦ Controle e automação – transformação de um processo manual em 
automático. Este processo é utilizado na robótica (ciência que estuda a projeção e 
construção de robôs), por exemplo, nas linhas de montagem de carros; e na CAD-
CAM (desenho e fabrico de peças controladas por computadores). 
Todos estes processos são importantes na nossa sociedade, como poderemos 
constatar. 
 
2.1-A IMPORTÂNCIA DAS TIC NA SOCIEDADE 
 
As TICs são importantes em muitos setores, são utilizadas pelos organismos 
da administração pública. Contribuindo para simplificar processos administrativos e 
proporcionar a redução dos custos oportunando investimentos em outros setores 
que lhe estão associados (TAJRA, 2011; VALENTE, 2013A). Segundo os 
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) entende-se por Tecnologias de 
Informação e Comunicação a seguinte concepção: 
 
Tecnologias da comunicação e informação: diz respeito aos recursos 
tecnológicos que permitem o trânsito de informações, que podem ser os 
diferentes meios de comunicação (jornalismo impresso, rádio e televisão), 
os livros, os computadores etc. Apenas uma parte diz respeito a meios 
eletrônicos, que surgiram no final do século XIX e que se tornaram 
publicamente reconhecidos no início do século XX, com as primeiras 
transmissões radiofônicas e de televisão, na década de 20. Os meios 
eletrônicos incluem as tecnologias mais tradicionais, como rádio, televisão, 
gravação de áudio e vídeo, além de sistemas multimídias, redes 
telemáticas, robótica e outros (BRASIL, 2017, p.135). 
 
 A tecnologia na sociedade exerce uma influência decisiva no seu 
desenvolvimento. São várias as empresas que usufruem das TICs seja: para 
38 
 
controlar a sua produção, as ações em relação aos seus fornecedores e clientes, 
entre muitas atividades. 
 Os computadores facilitam e organiza o trabalho, O que para nós, humanos, 
levaria muito tempo. Sendo estes usados para controlar eletricidade, redes 
telefónicas etc. (SILVA, 2013; SOUSA, 2016). As TICs também podem ser 
encontradas nos transportes: o Sistema de Posicionamento Global (GPS), controle 
aéreo, controle de tráfego e outros. 
 
2.2-O USO DAS TICs NA EDUCAÇÃO 
 
A utilização das tecnologias da informação e comunicação (TICs), no sistema 
educativo deve visar um horizonte de atuação dos professores que não se limita à 
simples melhoria da eficácia do ensino tradicional ou à mera utilização tecnológica 
escolar, através dos meios informáticos (SAINT-ORANGE, 2019). 
As TICs têm um papel profundo na educação. Que proporcionam novos: 
objetivos para a educação, Novas concepções acerca da natureza dos saberes, 
Novas vivências e práticas escolares (SANTOS; MAIA, 2017). Novas, investigações 
científicas em desenvolvimento no ensino superior, entre outros. Sendo assim, 
aponta-se que: 
“As práticas pedagógicas mediadas pelas TIC contribuem para socializar o 
conhecimento produzido em diversas áreas curriculares, sob vários gêneros 
textuais, num processo de autoria e coautoria que, aos poucos, fortalece a 
autonomia de cada sujeito”. Diretrizes Curriculares para o Ensino 
Fundamental – 4.4.4- O currículo escolar e as TICs (BRASIL, 2013, p. 74, 
75). 
 
No processo de evolução tecnológico, as constantes mudanças vêm cada dia 
sendo mais efetivas, afetando nossos lares, nossas vidas e com isso se tornando 
comum o uso desses recursos nas escolas. E nesse passo a Educação também 
vem sendo afetada por essa mudança. Vários são os dispositivos que podem ser 
utilizados como recursos pedagógicos nas situações de aprendizagem tornando o 
ensino mais reflexivo dinâmico e uma aprendizagem repleta de estímulo. Também 
se constata que: 
“O termo multimídia refere-se à apresentação ou recuperação de 
informações que se faz, com o auxílio do computador, de maneira 
39 
 
multissensorial, intuitiva e integrada, caracterizando-se “como produto 
resultante de um conjunto de saberes e habilidades técnicas que, por meio 
de computadores, processa vários modos de integração entre as formas e 
conteúdos de diversas outras mídias com vistas à comunicação humana 
interativa com tal conjunto articulado” (BORSSOI, 2018, p.7). 
 
As práticas pedagógicas mediadas pelas TIC contribuem para socializar o 
conhecimento produzido em diversas áreas curriculares, sob vários gêneros 
textuais, num processo de autoria e coautoria que, aos poucos, fortalece a 
autonomia de cada sujeito. 
 
2.3-OS PRINCIPAIS RECURSOS TECNOLÓGICOS NA EDUCAÇÃO 
 
Abordaremos aqui alguns dos principais recursos tecnológicos usados nas 
escolas: rádio, Televisão, Videocassete, Calculadora, Computador, Internet, tablete, 
celular e smartphone (BOVO, 2016; BRAGA, 2016). Esses últimos entram como 
novas tecnologias da informação e comunicação. Durante muito tempo, os principais 
recursos tecnológicos usados em sala de aula estão sintetizados nos seguintes 
equipamentos: o rádio, a televisão, o videocassete e o computador. 
No início, o rádio causou grande esperança para a educação as expectativas 
criadas eram enormes, da introdução das mídias na escola, era comum a 
disseminação das rádios escolares. Esse tipo de recurso pedagógico foi introduzido 
na educação por iniciativa da British Broadcasting Company (BBC). No Brasil 
começou com Edgard Roguette-Pinto em 1923. Para ele: O Rádio é a escola dos 
que não têm escola. É o jornal de quem não sabe ler; é o mestre de quem não pode 
ir à escola (CARVALHO, 2014; CHIAPINNI, 2015). 
A televisão, no ambiente escolar, protagoniza como uma fonte de 
informações; estudos de programas, noticiários, desenhos, filmes etc. 
problematizando e descobrindo conceitos e princípios. Transmitindo princípios 
educativos ou canais convencionais. Em 1967, o governo começou a usar a TV em 
prol da educação, surgindo às primeiras TVs universitárias. O impresso é uma 
extensão da visão; o rádio, dos ouvidos; e a televisão, como extensão de vários 
40 
 
sentidos, teria, em síntese, o poder de nos anestesiar (CHINELLATO, 2014; COSTA, 
2018). 
O filósofo e educador canadense Marschall Mcluhan apresentou, 
essencialmente nos anos 1960, teorias que pareciam antecipar tanto a relação entre 
educação e comunicação quanto o avanço das tecnologias da informação e 
comunicação (TICs). A TV digital é outro recurso bastante promissor que está 
chegando (FERNANDES, 2014; KENSKI, 2018). Através de seu uso, os alunos 
poderão ter mais oportunidades de serem produtores de conteúdos multimídia, como 
acontece hoje na Internet com o site Youtube, onde qualquer pessoa pode divulgar 
um vídeo, seja amador, seja profissional (FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 
2018). Os usuários avaliam o conteúdo do vídeo pela quantidade de acessos e pelo 
número de estrelas atribuído. 
Quanto melhor avaliado um vídeo, mais aparece para o público ou na 
pesquisa do site (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). A TV digital pode oferecer, 
com mais qualidade a exibição dessas produções feitas pelos usuários e 
acrescentar recursos de pesquisa e navegação fáceis e hiper-realistas e que a 
maioria dos estudantes, sejam crianças, adolescentes ou adultos gostam e se 
interessam. Não mais tão usado o videocassetetem como função, o auxílio 
pedagógico para o estudo de temas ou fatos históricos convenientes às disciplinas: 
gravação de filmes, programas, documentários e reprodução de produções realizada 
pela própria escola (FERNANDES, 2014; KENSKI, 2018). 
Nos tempos modernos em que vivemos, o computador se tornou um objeto 
imprescindível para as pessoas (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). O seu uso tem 
facilitado muito as nossas vidas como não podia ser diferente tal instrumento 
também vem adentrando cada dia mais nas escolas em busca de tornar o ensino 
mais atraente e reflexivo esperando solucionar problemas como a má compreensão 
dos conteúdos, à falta de entusiasmo dos alunos e acima de tudo acompanhar a 
mudança da prática educativa e os avanços tecnológicos correntes numa sociedade 
globalizada. 
 Essa ferramenta é utilizada para a mediação pedagógica do processo de 
aprendizagem como construção de sentidos e de autoria. Através de softwares, e 
41 
 
outros recursos que estão disponíveis de forma interativa. As novidades 
tecnológicas e a grande variedade de softwares educativos disponíveis na rede 
mundial de computadores podem contribuir de forma expressiva para facilitar o 
processo ensino-aprendizagem e oferecer para o professor, diferentes e 
enriquecedoras alternativas didáticas auxiliares (JESUZ et al, 2018; KENSKI, 2013). 
Por isto, afirma-se que: 
“O crescimento da disponibilidade dos meios informáticos no ensino permite 
o desenvolvimento de processos de ensino muito poderosos. Programas 
como o Cabri-Geométrico, o Derive, Mathematica poly, Geogebra, fazem 
parte integrante do material a utilizar nas salas de aulas de Matemática de 
muitos países” (MATOS; SERRAZINA, 2016, p. 208). 
 
Um software será relevante para o ensino da Matemática se o seu 
desenvolvimento estiver fundamentado em uma teoria de aprendizagem 
cientificamente comprovada para que ele possa permitir ao aluno desenvolver a 
capacidade de construir, de forma autônoma, o conhecimento sobre um determinado 
assunto (MARTINS, 2019; MARQUES, 2013). Outro aspecto relevante que deve ser 
considerado é a construção dos conceitos matemáticos na organização das tarefas 
de aprendizagem propostas às crianças (KENSKI, 2018A; LÉVY, 2019). Segue 
alguns Softwares educativos usados no ensino da matemática, dos vários que estão 
disponíveis na internet: 
♦ Cabri-Geometry. 
Windows - versão demo. Software de construção em geometria desenvolvido 
pelo Institut d'Informatiqe et de Mathematiques Appliquees em Grenoble IMAG 
(FIORENTINI; LORENZATO, 2017). É um software de construção que nos oferece 
“régua e compasso eletrônicos”, sendo a interface de menus de construção em 
linguagem clássica da Geometria; 
♦ Cinderella. 
Windows - versão demo. Software de construção em geometria desenvolvido 
por Jurgen Richter-Gebert & Ulrich Kortenkamp comercializado por Sun 
Microsystems, Inc. É um software de construção que nos oferece “régua e compasso 
eletrônicos”, semelhante ao Cabri e Sketchpad (FERNANDES, 2014; KENSKI, 
2018). Um diferencial deste software é que permite que se trabalhe também em 
42 
 
geometria hiperbólica e esférica. E mais: tem a opção de salvar como página da web 
automaticamente; 
♦ Curve expert. 
Windows – freeware. É um software que ajusta curvas em conjunto de pontos 
no plano, por exemplo, coleta de dados numéricos, via modelos de regressão -linear 
e não-linear- e diferentes interpolações; 
♦ Euklid. 
Windows – shareware. Software de construções geométricas com régua e 
compasso e geometria dinâmica. Semelhante ao Cabri e ao Sketchpad; 
♦ Geoplan. 
Windows - versão demo. Software de construção em geometria que trabalha 
os conceitos analíticos da geometria em um sistema de coordenadas cartesianas 
(FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 2018). Desenvolvido pelo Centre de 
Recherche et d'Expérimentation pour l'Ensignement des Mathematiques CREEM; 
♦ Poly. 
Windows – freeware. É uma criação Pedagoguery Software, que permite a 
investigação de sólidos tridimensionalmente com possibilidade de movimento, 
dimensionalmente planificação e de vista topológica (CHINELLATO, 2014; COSTA, 
2018). Possui uma grande coleção de sólidos, platônicos e arquimedianos entre 
outros. 
Como uma nova proposta surge o celular, que através dos avanços. Os 
programas citados podem ser encontrados na internet, existem mais de 75 softwares 
matemáticos que podem ser baixados gratuitamente (CARVALHO, 2014; 
CHIAPINNI, 2015). Muitos deles podem ser encontrados no portal do professor1, um 
site do MEC destinado a orientar e fornecer material que subsidiam o professor na 
sua prática. 
Outros recursos: Gravador, câmera fotográfica, filmadora, aparelha de som, 
Datashow e retroprojetor. São várias as possibilidades técnicas que podem atribuir 
ao uso dessas ferramentas. Apesar da praticidade desses recursos, não se vê 
 
1 www.portaldoprofessor.mec.br 
43 
 
professores fazendo uso com frequência dessas ferramentas. Que podem dar um 
novo sentido à aula, quando usado em suas múltiplas possibilidades (CHINELLATO, 
2014; COSTA, 2018). Mais dos poucos recursos tecnológicos utilizados o 
computador e o data show, são os mais usados, devido às suas potencialidades, 
como dinamizador e na apresentação de imagens, seja para apresentação de 
trabalhos ou mesmo na aplicação dos conteúdos. 
Em um pensar mais inovador, teóricos apontam o celular/smartphone como 
uma possível ferramenta de ensino aprendizagem que agiria como material de apoio 
na execução de atividades lúdicas onde o aprendiz manipula, testa, refaz o saber 
através de aplicativos dando-lhes possibilidades de vistas em dimensões diferentes 
das mais conhecidas com isso propiciando uma aprendizagem interativas 
(FERNANDES, 2014; KENSKI, 2018). 
 
2.4-O USO DO TABLETE, CELULAR E SMARTPHONE 
 
O uso do tablete, celular e smartphone na escola gera para a educação forte 
discursões sobre a sua proibição ou liberação a primeira vem vencendo esse jogo, 
tendo em vista que as reclamações de professores e de gestores sobre o mau uso 
desse aparelho. 
O que tem ganhado reforços pela falta de um direcionamento para as várias 
possibilidades que esses minis computados têm (FIORENTINI; LORENZATO, 2017). 
As tecnologias móveis, como os celulares, smartphones e tablets, são responsáveis 
por romper os limites de tempo e espaço, consolidando um novo paradigma de 
produção de conteúdo de forma colaborativa. 
As mudanças nas tecnológicas a serviço da educação traz consigo mudanças 
comportamentais significativas, principalmente nos jovens. Exemplo disso é o 
fenômeno das redes sociais e o impacto que estão causando nos hábitos sociais. 
Assim sendo o ensino através de tecnologias moveis vem buscando espaço no lugar 
onde há a maior concentração de jovens, a escola (FERNANDES, 2014; KENSKI, 
2018). Os celulares, tabletes e smartphone possuem muitos recursos, dentre eles, 
aplicativos que podem ser usados na educação, como software educacional 
44 
 
encontrados no mercado e na internet chamados de software livre. Mas o seu uso 
deve ser adaptado às características da turma ou do aluno. Além disso, é preciso 
atender as necessidades básicas do cotidiano escolar, da disciplina e dos conteúdos 
a serem estudados. Além de demonstrar como aplicar exercícios, trocar 
informações, comunicar-se entre os alunos etc. 
De forma preocupante os professores têm percebido cada vez mais e mais 
cedo alunos portando celulares mais modernos e ricos em recursos que poderiam 
estar à disposição dos educandos em todos os lugares inclusive na escola. Em 
contrapartida, muitos professores buscam novas maneiras de ensinar conteúdos, 
sem trazer danos ao currículo da escolar. Então, inserir-se ao cotidiano da escola e 
do aluno e não ignorar isso durante a prática pedagógica é algo amplamente 
discutido por vários pesquisadores da área (FARIA; ROMANELLO; DOMINGUES, 
2018). A partir da observação desse cotidiano e desses