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SISTEMA DE ENSINO
DIREITO 
PROCESSUAL 
PENAL
Nulidades
Livro Eletrônico
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Nulidades
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
Douglas Vargas
Sumário
Apresentação .....................................................................................................................................................................4
Nulidades ..............................................................................................................................................................................5
Reconhecimento ...............................................................................................................................................................5
Classificações ....................................................................................................................................................................6
Atos Inexistentes .............................................................................................................................................................6
Atos Nulos ...........................................................................................................................................................................7
Atos Irregulares ................................................................................................................................................................8
Espécies de Nulidades ..................................................................................................................................................8
Princípios – Resumo ....................................................................................................................................................15
Nulidades Absolutas ...................................................................................................................................................15
1. Incompetência..............................................................................................................................................................15
2. Impedimento ................................................................................................................................................................16
3. Suborno do Juiz ..........................................................................................................................................................16
4. Ilegitimidade da Parte ...........................................................................................................................................17
5. Ausência de Exame de Corpo de Delito ........................................................................................................17
6. Denúncia, Queixa & Representação ...............................................................................................................17
7. Problemas na Defesa do Réu .............................................................................................................................18
8. Falta da Decisão de Pronúncia ..........................................................................................................................18
9. Falta de citação ..........................................................................................................................................................19
10. Falta de Quórum / Conselho de Sentença .................................................................................................19
11. Quesitos .......................................................................................................................................................................20
12. Demais Causas De Nulidade Absoluta ......................................................................................................20
Nulidades Relativas .....................................................................................................................................................21
1. Falta de Concessão de Prazos à Acusação e Defesa .............................................................................21
2. Falta de Intervenção do Ministério Público ............................................................................................. 22
3. Prevenção ..................................................................................................................................................................... 22
4. Intimação de Testemunhas ................................................................................................................................ 22
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5. Intimação do Réu ...................................................................................................................................................... 22
6. Desrespeito à Forma Legal dos Atos ...........................................................................................................23
Arguição de Nulidades Absolutas ......................................................................................................................23
Arguição de Nulidades Relativas ........................................................................................................................23
Convalidação de Nulidades Relativas .............................................................................................................. 24
Consequências ................................................................................................................................................................ 24
Revisão ...............................................................................................................................................................................26
Questões de Concurso ................................................................................................................................................31
Gabarito ..............................................................................................................................................................................40
Gabarito Comentado ....................................................................................................................................................41
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Nulidades
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ApresentAção
Querido(a) aluno(a)!
Hoje vamos tratar de um assunto um pouco chato, mas também importante para um bom 
entendimento da disciplina: As causas de nulidade no Direito Processual Penal.
Especificamente, vamos tratar dos seguintes assuntos:
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Nulidades
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NULIDADES
Vamos começar, é claro, com o conceito doutrinário de nulidade, no âmbito do Direito Pro-
cessual Penal.
Segundo Guilherme NUCCI, “Nulidades são vícios que contaminam determinados atos pro-
cessuais, praticados sem observância da forma prevista em lei, podendo levar à sua inutilidade 
e consequente renovação”.
Ao estudar a parte introdutória do Direito Processual Penal, o aluno aprende que deve ser 
respeitado o devido processo legal: A ânsia de punir do Estado deve ser submetida a diversos 
direitos e garantias de modo a respeitar a disparidade de poder entre o Estado e o indivíduo.
Nesse sentido, é importante verificar que a inobservância das previsões legais sobre os 
atos processuais gera nulidades, que podem levar à invalidação do ato praticado.
Em palavras ainda mais simples: Se o ato processual não respeitar as determinações le-
gais sobre sua execução, pode ser consideradoinválido!
Essa informação já nos leva a três observações muito importantes sobre nulidades:
Assim sendo, se for por exemplo produzida uma prova com a prática de alguma nulidade 
no âmbito do IP, tal prova será desconsiderada, mas tal nulidade não irá contaminar a ação 
penal subsequente.
reconhecimento
Outro ponto importante que se relaciona com o fato de que as nulidades incidem apenas 
sobre atos processuais é a premissa de que a nulidade só existe depois de reconhecida judi-
cialmente. Se não houver decisão judicial que reconheça a existência da nulidade de um ato 
processual, portanto, a regra é que este continue a produzir seus efeitos.
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Nulidades
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clAssificAções
Você já sabe que as nulidades estão relacionadas a atos processuais. Por esse motivo, 
para compreender bem as espécies de nulidades, primeiro precisamos conhecer algumas es-
pécies de atos processuais que apresentam vícios – pois cada uma delas terá uma peculiari-
dade quanto a nulidade do ato.
Para bem estudar as nulidades, portanto, você precisa conhecer três tipos de atos 
processuais:
Tais definições tem como base apenas um fator: A variação dos vícios relacionados ao ato. 
Ou seja, cada tipo de ato viciado (inexistente, irregular ou nulo) resultará em um vício diferente, 
que é mais ou menos grave.
Comecemos pelos atos inexistentes.
Atos inexistentes
Os atos inexistentes são aqueles em que falta um dos elementos exigidos pela lei, de for-
ma absoluta. Segundo a doutrina, seu vício é tão grave que sequer podem ser considerados 
como verdadeiros atos processuais – daí a escolha da nomenclatura atos inexistentes!
Dessa forma, a doutrina entende o ato inexistente como o chamado não-ato.
Dessa forma, não se fala em invalidação de um ato inexistente, pois a inexistência ANTECEDE 
as considerações de validade!
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São peculiaridades dos atos inexistentes:
Professor, você pode dar um exemplo de ato inexistente?
Com certeza. Imagine uma audiência judicial presidida por um promotor de justiça (e não 
por um juiz). Tal ato processual seria inexistente – e não meramente nula!
Outros exemplos relevantes para fins de prova são os entendimentos do STF de que atos pro-
cessuais praticados por indivíduo sem habilitação para advogar ou por advogado SUSPENSO 
são INEXISTENTES.
Atos nulos
Os atos nulos, embora padeçam de vício grave, ao contrário do que acontece com os atos 
inexistentes, chegam a existir. São, portanto, verdadeiros atos processuais, porém lhes falta 
adequação à lei, o que pode levar – ou não – ao reconhecimento de que não são aptos para 
produzir efeitos no mundo jurídico.
Os atos nulos, portanto, de acordo com a gravidade do desvio que causou a nulidade, po-
derão ser considerados válidos ou não – a depender do caso.
E por esse motivo, dizemos que a nulidade possui duas espécies: nulidade absoluta e nu-
lidade relativa.
Agora sim ficou claro o motivo pelo qual devemos conhecer as espécies de atos proces-
suais antes de estudar as nulidades propriamente ditas, haja vista que as espécies de atos 
processuais vão influir na existência das nulidades que vamos estudar!
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Atos irregulAres
Por fim, temos os atos irregulares, que nada mais são do que as chamadas infrações super-
ficiais, que segundo a doutrina não contaminam a legalidade do ato – de modo que merecem 
a sua renovação.
Como a irregularidade é algo considerado leve, a doutrina defender que o ato irregular é 
convalidado (corrigido) pelo mero prosseguimento do processo. Não há necessidade, portan-
to, de convalidação expressa.
Assim sendo, temos o seguinte esquema:
Uma vez que destrinchamos as espécies de atos viciados, já temos a base teórica neces-
sária para adentrar um dos tópicos mais importantes da aula de hoje: as espécies de nulida-
des. Vamos a elas!
espécies de nulidAdes
Como já mencionamos ao estudar os atos nulos, a nulidade pode ser dividida em duas 
espécies: Absoluta e Relativa.
Segundo a doutrina, são características básicas das espécies acima:
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O quadro acima possui características MUITO IMPORTANTES para que você possa dife-
renciar a nulidade absoluta e relativa. Leia, releia, e domine BEM essa comparação – pois ela 
simplesmente despenca em prova.
Uma vez que você conhece a diferença entre nulidade relativa e absoluta, o próximo passo, 
obviamente, é saber quais são as nulidades absolutas e quais são as nulidades relativas pre-
vistas no CPP.
O Código de Processo Penal apresenta as nulidades em seu art. 564, o qual transcreve-
mos abaixo:
Art. 564.A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
I – por incompetência, suspeição ou suborno do juiz;
II – por ilegitimidade de parte;
III – por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria 
ou o auto de prisão em flagrante;
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
c) a nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver, ou ao ausente, e de curador ao menor 
de 21 anos;
d) a intervenção do Ministério Público em todos os termos da ação por ele intentada e nos da inten-
tada pela parte ofendida, quando se tratar de crime de ação pública;
e) a citação do réu para ver-se processar, o seu interrogatório, quando presente, e os prazos conce-
didos à acusação e à defesa;
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f) a sentença de pronúncia, o libelo e a entrega da respectiva cópia, com o rol de testemunhas, nos 
processos perante o Tribunal do Júri;
g) a intimação do réu para a sessão de julgamento, pelo Tribunal do Júri, quando a lei não permitir 
o julgamento à revelia;
h) a intimação das testemunhas arroladas no libelo e na contrariedade, nos termos estabelecidos 
pela lei;
i) a presença pelo menos de 15 jurados para a constituição do júri;
j) o sorteio dos jurados do conselho de sentença em número legal e sua incomunicabilidade;
k) os quesitos e as respectivas respostas;
l) a acusação e a defesa, na sessão de julgamento;
m) a sentença;
n) o recurso de ofício, nos casos em que a lei o tenha estabelecido;
o) a intimação, nas condições estabelecidas pela lei, para ciência de sentenças e despachos de que 
caiba recurso;
p) no Supremo Tribunal Federal e nos Tribunais de Apelação, o quorum legal para o julgamento;
IV – por omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato.
Parágrafo único. Ocorrerá ainda a nulidade, por deficiência dos quesitos ou das suas respostas, e 
contradição entre estas.
Artigo gigantesco – e também muito importante. Embora eu seja um dos professores que 
mais recomenda a leitura da letra de lei, nesse caso há um pequeno problema: não é possível 
adivinhar quais são as nulidades relativas e quais são as nulidades absolutas apenas lendo o 
art. 564 do CPP.
Por esse motivo, vamos agora esquematizar o artigo acima, dividindo cada nulidade previs-
ta em sua respectiva categoria.
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Outra observação importantíssima sobre o art. 564 é a seguinte:O rol do art. 564 é exemplificativo!
A previsão do art. 564 trata das chamadas nulidades típicas (nulidades previstas de forma 
expressa no ordenamento jurídico). No entanto, existem ainda as chamadas nulidades atí-
picas (que não estão previstas de forma expressa). Por esse motivo, não estamos diante de 
rol taxativo!
Assunto chato? Muito. Necessário? Também. Faz parte da vida de concurseiro.
Segundo em frente, vamos estudar pontualmente cada artigo do CPP sobre nulidades que 
é digno de ser comentado, a começar pelo art. 563, que apresenta um dos chamados princípios 
regentes das nulidades.
Art. 563 CPP – Não há nulidade sem prejuízo
Art. 563.Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou 
para a defesa.
Esse princípio é quase autoexplicativo, e tremendamente importante. Não há nulidade 
sem prejuízo.
O objetivo é simples: privilegiar a celeridade e a economia processual. Porque deveria o 
poder público anular um ato e ter de realizá-lo novamente se não houve prejuízo, apenas para 
cumprir uma mera formalidade? Não faz sentido – e felizmente não é o caso.
Nesse contexto, lembre-se da regra geral:
Dizemos que a nulidade absoluta, via de regra, tem o prejuízo presumido, pois o STF já 
apresentou entendimento no sentido de que o prejuízo sempre deve ser demonstrado para 
permitir o reconhecimento de qualquer nulidade.
Por esse motivo, embora a doutrina majoritária se posicione no sentido de que a compro-
vação de prejuízo só é obrigatória nas nulidades relativas, se o examinador perguntar qual o 
posicionamento do STF sobre o assunto, você já sabe: a demonstração de prejuízo é requisito 
para ambos os casos.
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Art. 565 CPP – Nulidades Provocadas pela Parte
Art. 565.Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha con-
corrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.
Outro princípio importante sobre o assunto de nulidades está previsto expressamente no 
primeiro trecho do art. 565 do CPP: Não há nulidade provocada pela parte.
Mas como assim não há nulidade provocada pela parte?
Não é que não seja possível que uma parte cause uma determinada nulidade. Na verdade, 
esse princípio tem uma função um pouco mais específica: impedir que uma parte de má-fé faça 
a arguição de uma nulidade que ela própria causou!
Dessa forma, visa-se proteger a ética na realização dos atos processuais, de modo que não 
seja possível que uma parte provoque uma nulidade de forma proposital, com o objetivo de 
utilizá-la em seu favor mais adiante.
Como consequência dessa premissa, temos o chamado princípio do interesse:
Chamamos de princípio do interesse a exigência de que a parte que alega uma nulidade 
tenha interesse para tanto.
Art. 565 CPP – Omissão de formalidade
Art. 565.Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha con-
corrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.
Ainda sobre o artigo 565, mas em seu segundo trecho, temos o princípio de que não há 
nulidade por omissão de formalidade que só interessa à parte contrária. Este é outro princípio 
ligado ao princípio do interesse, e que só se aplica às nulidades relativas (afinal de contas, ele 
deve ser arguido, enquanto que as nulidades absolutas podem e devem ser reconhecidas a 
qualquer tempo.
Aqui temos uma vedação que visa impedir a uma parte de arguir uma nulidade a partir da 
inobservância de um procedimento que só afeta a parte contrária. Por exemplo:
Promotor que deseja arguir nulidade pois a defesa não foi intimada de uma carta precatória 
para a oitiva de testemunhas, sendo que o defensor alega que seu cliente não sofreu prejuízo 
algum com tal omissão.
O exemplo acima é apresentado por NUCCI, e concretiza bem o que estamos explicando: 
quem haveria de sofrer o prejuízo com a não intimação era a defesa (que alega que não sofreu 
prejuízo algum). Como poderia então a outra parte alegar tal nulidade?
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Art. 566 CPP – Atos irrelevantes & Nulidade
Art. 566.Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da 
verdade substancial ou na decisão da causa.
Não há motivo para atrapalhar o andamento do processo e onerar ainda mais a máquina es-
tatal através da declaração de uma nulidade que sequer influiu na decisão da causa. Não faria 
sentido, e como já foi observado, seria mais uma pedra no caminho da celeridade processual.
Por esse motivo existe o princípio previsto no art. 566 do CPP, que rege que não há nulidade 
de ato irrelevante para o deslinde da causa.
É um princípio que se relaciona com a demonstração de prejuízo e com a busca da verdade 
real, evitando a repetição de atos que seriam verdadeiramente desnecessários para a deci-
são da causa.
Vejamos um exemplo excelente trazido pelo mestre Leonardo Barreto:
Testemunha nascida no estrangeiro prestou depoimento em sua língua natal sem o intermédio 
de um intérprete (como determina o art. 223 do CPP).
Se o depoimento colhido for irrelevante para a conclusão da causa, não há motivo para decre-
tar a nulidade do ato e realizar novamente a oitiva da testemunha seguindo o procedimento 
correto.
Art. 573, § 1º – Causalidade
§ 1º A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente dependam 
ou sejam consequência.
Temos ainda o chamado princípio da causalidade, segundo o qual uma vez que a nulidade 
de um ato é declarada, causará a nulidade dos demais atos que dependam diretamente ou que 
sejam consequência do ato anulado.
Deve, obviamente, ser demonstrado o nexo causal entre o ato cuja nulidade foi reconhecida 
e os demais atos que terão sua nulidade decretada como consequência.
Como resultado deste princípio, o CPP prevê que o magistrado deverá sempre declarar 
quais atos foram alcançados pela nulidade, indicando ainda os que deverão ser retificados ou 
mesmo renovados:
§ 2º O juiz que pronunciar a nulidade declarará os atos a que ela se estende.
Outro ponto relevante sobre o princípio da causalidade é que nem sempre a invalidação 
dos atos subsequentes é automática, haja vista que o CPP prevê apenas a anulação de atos 
diretamente dependentes ou que sejam consequência do ato cuja nulidade foi declarada.
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princípios – resumo
Resumindo, quando estamos falando em nulidades, devemos observar os seguintes 
princípios:
nulidAdes AbsolutAs
Você já conheceu as características básicas das nulidades absolutas. Entretanto, as nulida-
des absolutas também estão divididas em algumas espécies – as quais passaremos a estudar 
neste capítulo.
1. incompetênciA
A primeira espécie de nulidade absoluta é a incompetência. Dessa forma, quando há a vio-
lação de uma norma de competência absoluta, a nulidade também será absoluta.
A inobservância de norma de competência RELATIVA gera apenas nulidade RELATIVA, e 
não absoluta!
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Princípio da conservação dos atos processuais
Uma observação essencial relacionada com a diferença entre a incompetência absoluta e 
relativa é a seguinte:
Tal previsão está no art. 567 do CPP, listado abaixo:
Art. 567.A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando 
for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
O art. 567 prevê, portanto, o chamado princípio da conservação dos atos processuais, ao 
preservar os atos instrutórios mesmoquando houver incompetência no juizo. Note que, como 
acabamos de observar, tal regra só é aplicável se a incompetência foi relativa.
Denúncia recebida por juiz incompetente
E o que acontece se um juiz incompetente recebe uma denúncia? A resposta é simples: o 
ato processual poderá ser ratificado no juízo competente!
Ou seja: Se o promotor de justiça oferecer a denúncia e esta for recebida por juizo incom-
petente, não importa se a incompetência é absoluta ou relativa: O juízo competente poderá 
ratificar o ato de recebimento da denúncia e dar andamento regular ao processo!
2. impedimento
O impedimento do magistrado é uma das espécies de nulidade absoluta. Juiz impedido 
não pode atuar no processo, e os atos praticados por ele serão, portanto, viciados de for-
ma absoluta.
As causas de suspeição, no entanto, são causa de nulidade relativa.
3. suborno do Juiz
Tal hipótese é chamada pela doutrina de motivo especial de suspeição, haja vista está rela-
cionada com atos de corrupção. Obviamente, é causa de nulidade absoluta.
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4. ilegitimidAde dA pArte
Se a parte foi ilegítima (tanto para a causa quanto para o processo), ocorrerá também a 
nulidade absoluta do feito.
PEGADINHA DA BANCA
Ilegitimidade do REPRESENTANTE da parte é causa de NULIDADE RELATIVA. Não caia nessa 
pegadinha!
Ademais, cabe ressaltar o entendimento doutrinário de que é possível convalidar atos pra-
ticados por um promotor ou procurador que não possuía atribuições para atuar no processo, 
através de manifestação fundamentada do órgão do MP que possuía legitimidade para oficiar 
naquele caso e de decisão fundamentada do juiz.
5. AusênciA de exAme de corpo de delito
Art. 158.Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou 
indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
O CPP determina que é obrigatória a realização do exame de corpo de delito quando o cri-
me deixar vestígios.
Dessa forma, caso o art. 158 não seja respeitado, haverá a nulidade absoluta do feito.
Cabe lembrar que por força do art. 167 do CPP, é possível a realização do exame de corpo de 
delito de forma indireta (como por exemplo, através de testemunhas) se os vestígios tiverem 
desaparecido.
Em outro giro, se o exame de corpo de delito for realizado, porém por um número inade-
quado de peritos, a nulidade será meramente relativa.
É o que pode ocorrer caso apenas um perito não oficial realize o exame de corpo de delito 
(lembre-se que a lei exige um perito oficial ou dois peritos não-oficiais). O exame efetivamente 
foi realizado, mas de forma inadequada.
6. denúnciA, QueixA & representAção
Art. 41.A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstân-
cias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classifica-
ção do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
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O art. 41 do CPP apresenta os requisitos que devem estar contidos na denúncia ou queixa. 
A ausência de algum desses elementos pode impedir ou dificultar a defesa do acusado, de 
modo que são possíveis as seguintes consequências:
7. problemAs nA defesA do réu
Obviamente, todo acusado tem o direito à sua defesa, que se divide em defesa técnica 
(exercida pelo bacharel em Direito) e em autodefesa (exercida pelo próprio acusado ao apre-
sentar sua versão dos fatos).
Nesse sentido, a falta de defesa técnica é causa de NULIDADE ABSOLUTA do feito. DEVE 
existir defesa técnica em todo processo penal, ou o prejuízo para o acusado é inquestionável.
Observe, no entanto, que falta de defesa não se confunde com a fragilidade de defesa.
Segundo o STF, a fragilidade de defesa gera apenas nulidade RELATIVA.
É o que rege a Súmula n. 523/STF:
Súmula 523. No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua 
deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
8. fAltA dA decisão de pronúnciA
Primeiramente – para os que ainda não estudaram o procedimento do tribunal do júri – a 
pronúncia é uma decisão interlocutória que remete os autos do processo ao Tribunal do Júri, 
por estarem presentes todos os requisitos necessários para tal.
Diferentemente de uma denúncia comum, a denúncia relacionada aos crimes contra a vida 
passa por esse procedimento especial, haja vista a severidade de se submeter o réu ao Tribu-
nal do Júri.
Uma vez que você já sabe o que é a pronúncia, é preciso saber que encaminhar o réu ao 
plenário do júri sem a decisão de pronúncia ou com uma decisão de pronúncia incompleta é 
causa de NULIDADE ABSOLUTA.
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Note, ainda, que a decisão de pronúncia se limita à materialidade do fato e à existência de 
indícios suficientes de autoria. O magistrado não pode, portanto, incluir na pronúncia qualquer 
argumentação que faça juízo de mérito ou que possa influenciar a decisão do júri: se o fizer, a 
pronúncia estará eivada de vício.
9. fAltA de citAção
Outro ponto relevante é a falta de citação.
A citação é o chamamento do réu a juízo – lhe dando ciência do ajuizamento de uma ação 
que lhe imputa a prática de uma infração penal. Em outras palavras, a citação cuida de dar ci-
ência a um indivíduo que ele está sendo acusado de uma infração penal.
Se faltar a citação do acusado, portanto, causa nulidade absoluta do feito!
Excepcionalmente, no entanto, a falta de citação pode ser sanada, conforme determina o 
artigo 570 do CPP:
Art. 570.A falta ou a nulidade da citação, da intimação ou notificação estará sanada, desde que o 
interessado compareça, antes de o ato consumar-se, embora declare que o faz para o único fim de 
argui-la. O juiz ordenará, todavia, a suspensão ou o adiamento do ato, quando reconhecer que a irre-
gularidade poderá prejudicar direito da parte.
A falta de ampla defesa e de contraditório também são causas de nulidade absoluta, assim 
como a falta de citação.
Por fim, é interessante notar que embora a falta de citação cause nulidade absoluta, a 
presença do acusado é um direito deste. Dessa forma, a ausência do réu solto no plenário do 
Tribunal do Júri, quando este foi devidamente intimado, não terá o condão de causar nulidade 
do ato processual.
10. fAltA de Quórum / conselho de sentençA
Outro ponto relevante também trata do procedimento do Tribunal do Júri. Conforme prevê 
o art. 463 do CPP:
Art. 463.Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o juiz presidente declarará instalados os 
trabalhos, anunciando o processo que será submetido a julgamento.
Ou seja, são necessários 15 jurados para instalar os trabalhos do Tribunal do Júri. Adivi-
nha o que acontece se tal sessão for iniciada com menos do que isso? Exatamente: nulida-
de absoluta.
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E ainda sobre o Tribunal do Júri, temos a exigência de que o Conselho de Sentença seja 
composto por 7 jurados, conforme preconiza o art. 447 do CPP:
Art. 447.O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte e cin-
co) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho de 
Sentença em cada sessão de julgamento.
Se porventura o Conselho de Sentença não for composto pelo número legal, haverá tam-
bém nulidade absoluta. O mesmo se aplica para o caso de violação da incomunicabilidade 
dos jurados.
11. Quesitos
Outro ponto que também está relacionado ao Tribunal do Júri são os quesitos. Os quesitos 
nada mais são do que perguntas, redigidasno formato de proposições afirmativas, para que os 
jurados emitam seu juízo sobre o caso.
Nesse sentido, segundo a Súmula 156 do STF, se faltar quesito obrigatório na votação do 
tribunal do júri, haverá nulidade absoluta!
Ainda sobre os quesitos, é importante verificar que respostas contraditórias produzidas 
em razão de quesitos mal elaborados também podem gerar a nulidade absoluta do feito.
12. demAis cAusAs de nulidAde AbsolutA
Temos ainda as seguintes causas de nulidade absoluta que são dignas de menção, embo-
ra menos recorrentes em prova:
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nulidAdes relAtivAs
Fique tranquilo: O pior já passou. As hipóteses de nulidades relativas que listaremos agora 
são bem menos numerosas do que as de nulidades absolutas.
São espécies de nulidade relativa:
1. fAltA de concessão de prAzos à AcusAção e defesA
A falta de concessão de prazos para a acusação ou para a defesa são causa de nulidade 
RELATIVA do feito – ou seja, dependerão da demonstração de prejuízo para a parte prejudicada.
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2. fAltA de intervenção do ministério público
Na ação penal privada, é sabido que o MP atua como fiscal da lei. Caso ele não cumpra 
com essa atuação, temos uma causa de nulidade relativa.
A falta de intervenção do MP na Ação Penal Pública é causa de nulidade ABSOLUTA do feito.
3. prevenção
As regras de prevenção são utilizadas para sanar conflitos de competência, e são objeto de 
estudo aprofundado no tópico Jurisdição e Competência.
De todo modo, é importante notar que se as regras de prevenção forem desrespeitadas, 
ocorre nulidade relativa, conforme preconiza a Súmula 706 do STF:
Súmula 706
É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.
4. intimAção de testemunhAs
Outro tópico relacionado ao Tribunal do Júri, caso as testemunhas arroladas pelas partes 
não sejam intimadas e não comparecerem ao julgamento, ocorre a nulidade relativa do feito.
É importante notar que existe a chamada cláusula de imprescindibilidade que pode ser uti-
lizada ao arrolar a testemunha.
Caso a testemunha tenha sido arrolada com tal cláusula, e, devidamente intimada, deixar de 
comparecer, não se pode realizar o julgamento, sob pena de nulidade absoluta, e não relativa.
5. intimAção do réu
Também relacionado ao Tribunal do Júri, temos o caso da falta de intimação do réu para 
participar da sessão de julgamento do Tribunal do Júri, nos casos em que a lei não permite o 
julgamento à revelia, como causa de nulidade relativa.
Não confuda intimação com citação. Se o réu não for citado, é nulidade ABSOLUTA.
Uma vez citado, se ele não for comunicado da sessão de julgamento (intimação), temos uma 
nulidade relativa.
Essa falha (ausência da intimação do réu) pode ser sanada com o seu comparecimento – 
mesmo sem ter sido intimado.
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6. desrespeito à formA legAl dos Atos
Por fim, temos a questão da ausência da forma legal de determiandos atos processuais.
Se um ato for praticado desrespeitando a a FORMA prevista, e sua prática não atender a 
sua finalidade, estaremos diante de uma nulidade relativa.
Exemplo excelente é o utilizado por Leonardo Barreto:
Acusado é citado através de mandado que foi emitido sem o prazo para que ele apresente sua 
defesa (10 dias).
Caso o acusado perca o prazo (que não lhe foi informado devido a um desrespeito na FORMA 
legal da citação), haverá prejuízo, e dessa forma, a nulidade do feito.
No entanto, caso o acusado apresente sua defesa no prazo, não haverá prejuízo, de modo que 
também não haverá a nulidade.
Arguição de nulidAdes AbsolutAs
Quando falamos de nulidades absolutas, você já sabe: A arguição pode ocorrer a qualquer 
tempo, em qualquer instância e até mesmo após o trânsito em julgado da decisão.
A única observação cabível está na chamada revisão criminal pro societatis (revisão crimi-
nal em favor da sociedade).
Caso um indivíduo seja condenado e já exista coisa julgada, não se admite a arguição de 
nulidade absoluta que favoreça apenas a acusação. No entanto, se tal nulidade absoluta inte-
ressar à defesa, aí sim será admissível através de revisão criminal.
Arguição de nulidAdes relAtivAs
As nulidades relativas, por sua vez, possuem um momento apropriado para a sua arguição. 
E quem disciplina essa matéria é o art. 571 do CPP, que merece ser lido:
Art. 571.As nulidades deverão ser arguidas:
I – as da instrução criminal dos processos da competência do júri, nos prazos a que se refere o art. 406;
II – as da instrução criminal dos processos de competência do juiz singular e dos processos espe-
ciais, salvo os dos Capítulos V e Vll do Título II do Livro II, nos prazos a que se refere o art. 500;
III – as do processo sumário, no prazo a que se refere o art. 537, ou, se verificadas depois desse 
prazo, logo depois de aberta a audiência e apregoadas as partes;
V – as ocorridas posteriormente à pronúncia, logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas 
as partes (art. 447);
VI – as de instrução criminal dos processos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos 
Tribunais de Apelação, nos prazos a que se refere o art. 500;
VII – se verificadas após a decisão da primeira instância, nas razões de recurso ou logo depois de 
anunciado o julgamento do recurso e apregoadas as partes;
VIII – as do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, logo depois de ocorrerem.
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Como você pode notar, removemos o inciso IV da lista acima, haja vista que, segundo a 
doutrina, tal inciso se encontra atualmente inaplicável.
Professor, o que ocorre se a nulidade relativa não for arguida no prazo legal?
Ocorre a chamada PRECLUSÃO (perda do direito de agir nos autos em face da perda da 
oportunidade que só existia em um determinado prazo). É o famoso “Já era”.
Sobre esse assunto, temos ainda uma súmula bastante importante:
Súmula 160
É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da 
acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.
convAlidAção de nulidAdes relAtivAs
Como não são absolutas, em alguns casos, as nulidades relativas podem ser CONVALIDA-
DAS, ou seja – o ato enviado de vício pode ser corrigido, e sua validade, reestabelecida.
Existem três casos em que as nulidades relativas podem ser convalidadas, por expressa 
previsão legal:
Art. 572.As nulidades previstas no art. 564, Ill, d e e, segunda parte, g e h, e IV, considerar-se-ão 
sanadas:
I – se não forem arguidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo anterior;
II – se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
III – se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceito os seus efeitos.
Em primeiro lugar, note que a preclusão (perda do prazo), irá gerar a convalidação das nu-
lidades relativas, por força do inciso I do art. 572.
Além disso, o inciso II preconiza que, o ato praticado em outra forma que atingiu a sua 
finalidade também será convalidado. Este inciso apresenta o chamado princípio da instrumen-
talidade das formas, que busca privilegiar a finalidade do ato e não as formalidades legais.
E por fim, temos a aceitação da parte (mesmo que de forma tácita).
conseQuênciAs
Uma vez que o ato é convalidado, ótimo – afinal de contas, o vício foi sanado. Mas pode 
ocorrer que não seja possível corrigir ou sanar o vício, o que irá gerar duas possíveis consequ-
ências legais para a decretação de nulidade:
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REVISÃO
Habeas Corpus
• O habeas corpus é classificado como uma ação autônoma de impugnação. Seu objetivo 
precípuo é o de proteger a liberdade de locomoção quando ameaçada ou violada por 
ilegalidade ou abuso de poder.
• O habeas corpus faz parte do art. 5º da CF/88, de modo que é considerado um direito 
fundamental.
Nulidade
• Nulidades são vícios que contaminam determinados atos processuais, praticados sem 
observância da forma prevista em lei, podendo levar à sua inutilidade e consequente 
renovação.
• Nulidade é um tema que incide sobre atos PROCESSUAIS.
• As nulidades, portanto, NÃO incidem em atos praticados na fase de INQUÉRITO POLICIAL.
• Consequentemente, vícios existentes durante o inquérito policial não contaminam a fu-
tura ação penal!
Reconhecimento
• A nulidade só existe depois de reconhecida judicialmente.
Classificações de Atos
• Atos Inexistentes
−	 Os atos inexistentes são aqueles em que falta um dos elementos exigidos pela lei, 
de forma absoluta.
−	 Não se fala em invalidação de um ato inexistente, pois a inexistência ANTECEDE as 
considerações de validade!
−	 A doutrina entende o ato inexistente como o chamado não-ato.
−	 Atos inexistentes não podem ser convalidados.
−	 Atos inexistentes não necessitam de decisão judicial para declarar sua invalidade.
• Atos Nulos
−	 São verdadeiros atos processuais, porém lhes falta adequação à lei, o que pode levar 
– ou não – ao reconhecimento de que não são aptos para produzir efeitos no mundo 
jurídico.
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• Atos Irregulares
−	 São do que as chamadas infrações superficiais, que segundo a doutrina não conta-
minam a legalidade do ato – de modo que merecem a sua renovação.
Espécies de Nulidades
• Nulidades Absolutas
−	 São a categoria mais grave de nulidade.
−	 Violam normas CONSTITUCIONAIS.
−	 Podem ser decretadas de ofício pelo magistrado.
−	 Podem também ser decretadas a partir de requerimento das partes.
−	 O requerimento pode ser realizado em qualquer grau de jurisdição e a qualquer tempo.
−	 Independem de prova de prejuízo para a parte, pois a presunção de prejuízo é ABSO-
LUTA.
• Nulidades Relativas
−	 São a categoria menos grave de nulidade.
−	 Violam regras PROCESSUAIS.
−	 Não podem ser decretadas de ofício pelo magistrado.
−	 Só podem ser arguidas em momento oportuno.
−	 Dependem de prova de prejuízo para a parte.
Observações sobre as Nulidades
• Não há nulidade sem prejuízo.
• Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação 
ou para a defesa.
• A nulidade absoluta, via de regra, tem o prejuízo PRESUMIDO
• A nulidade relativa depende de comprovação do prejuízo.
Nulidades Provocadas pela Parte
• Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha 
concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.
Omissão de formalidade
• Art. 565.Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para 
que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária 
interesse.
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Atos irrelevantes & Nulidade
• Art. 566.Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na 
apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
Causalidade
• A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente de-
pendam ou sejam consequência.
Espécies de Nulidades absolutas
• Incompetência
−	 Quando há a violação de uma norma de competência absoluta, a nulidade também 
será absoluta.
−	 Se a nulidade é absoluta, todos os atos processuais são inválidos
−	 Se a nulidade é relativa, são nulos apenas os atos decisórios. Os atos instrutórios, 
portanto, serão mantidos!
−	 Denúncia recebida por juiz incompetente
−	 O ato processual poderá ser ratificado no juízo competente!
• Impedimento
−	 Juiz impedido não pode atuar no processo, e os atos praticados por ele serão, por-
tanto, viciados de forma absoluta.
−	 As causas de suspeição, no entanto, são causa de nulidade relativa.
• Suborno do juiz
−	 Tal hipótese é chamada pela doutrina de motivo especial de suspeição, haja vista 
está relacionada com atos de corrupção. Obviamente, é causa de nulidade absoluta.
• Ilegitimidade da parte
−	 Se a parte foi ilegítima (tanto para a causa quanto para o processo), ocorrerá tam-
bém a nulidade absoluta do feito.
• Ausência de exame de corpo de delito
−	 Art. 158.Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de 
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
• Denúncia, Queixa & Representação
−	 Ausência de algum dos requisitos do art. 41 da denúncia ou queixa.
−	 Se impedir o exercício da defesa do acusado, gera nulidade absoluta.
−	 Se apenas dificultar a defesa, irá gerar nulidade relativa.
• Problemas na defesa do réu
−	 A falta de defesa técnica é causa de NULIDADE ABSOLUTA do feito
−	 A fragilidade de defesa gera apenas nulidade RELATIVA.
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• Falta da decisão de Pronúncia
−	 Encaminhar o réu ao plenário do júri sem a decisão de pronúncia ou com uma deci-
são de pronúncia incompleta é causa de NULIDADE ABSOLUTA.
• Falta de citação
−	 A citação cuida de dar ciência a um indivíduo que ele está sendo acusado de uma 
infração penal.
−	 Se faltar a citação do acusado, portanto, causa nulidade absoluta do feito!
• Falta de Quórum / Conselho de Sentença
−	 Ou seja, são necessários 15 jurados para instalar os trabalhos do Tribunal do Júri. 
Não havendo o número correto, opera-se nulidade absoluta.
−	 Se porventura o Conselho de Sentença não for composto pelo número legal, haverá 
também nulidade absoluta.
• Quesitos
−	 Segundo a Súmula 156 do STF, se faltar quesito obrigatório na votação do tribunal do 
júri, haverá nulidade absoluta!
• Demais causas de nulidade absoluta
−	 Falta de sentença ou de uma de suas partes
−	 Falta de Acusação e de Defesa
−	 Falta de intimação para recurso
−	 Ausência de processamento de recurso de ofício
−	 Falta de quórum para decisão colegiada
Nulidades Relativas
• Falta de concessão de prazos à acusação e defesa
• Falta de Intervenção do Ministério Público
• Desrespeito às normas de Prevenção
• Não Intimação e comparecimento de Testemunhas arroladas no Tribunal do Júri
• Falta de Intimação do Réu para comparecimento à audiência no tribunal do júri
• Desrespeito à FORMA LEGAL dos atos
Arguição de Nulidades
• A arguição de nulidades absolutas pode ocorrer a qualquer tempo, em qualquer instân-
cia e até mesmo após o trânsito em julgado da decisão.
Arguição de Nulidades Relativas
• São regidas pelo Art. 571 do CPP.
• Se a nulidade relativa não for arguida no prazo legal, ocorre a chamada PRECLUSÃO.
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Convalidação de Nulidades Relativas
• Existem três casos em que as nulidades relativas podem ser convalidadas:
−	 Se não forem arguidas, em tempo oportuno, de acordo com o disposto no artigo 
anterior;
−	 Se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido o seu fim;
−	 Se a parte, ainda que tacitamente, tiver aceitado os seus efeitos.
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (VUNESP/PREFEITURA–SP/PROCURADOR) É correto afirmar que
a) a nulidade ocorrerá por incompetência, suspeição, impedimento ou suborno do juiz.
b) caberá apelação da decisão que anula o processo da instrução criminal, no todo ou em parte.
c) a nulidade do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, poderá ser 
arguida logo depois que ocorrer ou por ocasião da interposição do recurso.
d) a incompetência do juízo anula os atos ordinatórios e decisórios, devendo o processo, quan-
do for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
e) a nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, me-
diante ratificação dos atos processuais.
002. (CESPE/TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Considere que determinado juiz titular da jus-
tiça eleitoral de uma comarca do estado de Mato Grosso, regularmente investido na função, 
sem dolo, tenha prolatado sentença em processo de competência do tribunal do júri. Nessa 
situação hipotética, o ato praticado pelo juiz configura
a) nulidade relativa.
b) inexistência.
c) prorrogação de competência.
d) irregularidade.
e) nulidade absoluta.
003. (FCC/MPE-RS/ASSESSOR/DIREITO) A nulidade relativa
a) pode ser reconhecida de ofício em prejuízo do réu.
b) é estabelecida para resguardar predominantemente o interesse das partes.
c) visa garantir interesse de ordem pública.
d) é insanável e jamais preclui.
e) independe para o seu reconhecimento da demonstração do prejuízo.
004. (MPE-SP/PROMOTOR) É considerada nulidade relativa, que pode ser sanada:
a) a falta de concessão de prazos à acusação e à defesa.
b) a ilegitimidade de parte.
c) a falta de nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver.
d) a violação à incomunicabilidade dos jurados.
e) a suspeição do juiz.
005. (VUNESP/TJ-SP/JUIZ) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacu-
na da frase:
A inobservância da competência penal por prevenção___________________.
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Nulidades
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
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a) constitui nulidade relativa
b) constitui nulidade absoluta
c) não constitui nulidade
d) pode constituir nulidade absoluta em circunstâncias.
006. (MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Assinale a alternativa incorreta.
a) A nulidade relativa pode ser reconhecida pelo juiz, de ofício, a qualquer tempo do processo.
b) A nulidade pode atingir todo o processo, desde o seu início, parte do processo ou apenas um 
ato, sem reflexo em qualquer outro.
c) A nulidade relativa considera-se sanada pelo silêncio das partes, pela efetiva consecução 
do escopo visado pelo ato não obstante sua irregularidade e pela aceitação, ainda que tácita, 
dos efeitos do ato irregular.
d) O princípio da instrumentalidade das formas não admite o reconhecimento da nulidade que 
não tenha influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
e) Nos termos da Súmula 156 do Supremo Tribunal Federal, é absoluta a nulidade do julgamen-
to, pelo Júri, por falta de quesito obrigatório.
007. (FCC/TJ-AP/JUIZ) Aponte a alternativa que corresponde a regra do Código de Processo 
Penal sobre nulidade.
a) A defesa deficiente gera nulidade absoluta, sendo presumido o prejuízo
b) A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando 
for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
c) A falta de defesa prévia após o interrogatório gera nulidade absoluta.
d) A nulidade de um ato, uma vez declarada, afetará os atos posteriores.
e) A falta das alegações escritas do acusado no procedimento ordinário e causa de nulida-
de relativa.
008. (FCC/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO) Conforme a orientação deste Superior Tribunal de Jus-
tiça, a inquirição das testemunhas pelo juiz antes que seja oportunizada a formulação das per-
guntas às partes, com a inversão da ordem prevista no art. 212 do Código de Processo Penal, 
constitui nulidade relativa (STJ, HC n. 237.782, Rel. Min. Laurita Vaz, DJe de 21/08/2014).
Diante deste entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a nulidade, neste caso,
a) será declarada mesmo que não tenha influído na decisão da causa.
b) deve ser reconhecida de ofício.
c) independe de comprovação do prejuízo.
d) deve ser arguida pela parte interessada em tempo oportuno.
e) não se sujeita à preclusão.
009. (CESPE/TJ-AM/JUIZ) Com base no entendimento pacificado dos tribunais superiores, é 
correto afirmar que o excesso de linguagem comprovadamente existente na decisão de pro-
núncia ocasiona
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DIREITO PROCESSUAL PENAL 
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a) a proibição da entrega de cópia da decisão de pronúncia aos jurados que eventualmente a 
requisitarem.
b) a nulidade absoluta da decisão de pronúncia e dos atos processuais subsequentes, indepen-
dentemente de demonstração de prejuízo causado ao réu
c) a nulidade relativa da decisão de pronúncia e dos atos processuais subsequentes, se de-
monstrado prejuízo ao réu.
d) a proibição da leitura da decisão de pronúncia pela acusação durante o julgamento no ple-
nário do júri, para evitar que os jurados sejam influenciados.
e) o desentranhamento e envelopamento da decisão de pronúncia, providência adequada e 
suficiente para cessar a ilegalidade e contemplar o princípio da economia processual.
010. (FCC/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO) A nulidade absoluta pode ser decretada
a) somente pelo Supremo Tribunal Federal.
b) somente até o trânsito em julgado da sentença condenatória.
c) somente até a prolação da sentença condenatória de primeira instância.
d) somente a requerimento do Ministério Público.
e) mesmo após o trânsito em julgado da decisão condenatória.
011. (TJ-MG/TÉCNICO) Considerando-se a nulidade absoluta ocorrida no curso de um proces-
so penal, é CORRETO afirmar que tal nulidade
a) pode ser declarada, de ofício, pelo Magistrado e arguida por quaisquer das partes, mas nun-
ca após o trânsito em julgado da sentença.
b) pode ser suscitada apenas pelo representante do Ministério Público.
c) pode ser suscitada pela Defesa, após o trânsito em julgado de sentença condenatória.
d) não pode ser declarada, de ofício, pelo Magistrado, por ferir o princípio do ne proceda iudex 
ex oficio.
012. (CESPE/TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Conforme disposição expressa no Código de 
Processo Penal, o magistrado estará impedido de atuar no processo, sob pena de acarretar 
sua nulidade absoluta, se
a) seu cunhado estiver respondendo a processo por fato análogo.
b) for acionista de sociedade interessada no resultado do processo.
c) for amigo íntimo de alguma das partes.
d) tiver aconselhado, em algum momento, alguma das partes.
e) sua sobrinha tiver atuado como oficial de justiça.
013. (FCC/MPE-CE/PROMOTOR) Em relação ao sistema de nulidades no processo penal, po-
de-se afirmar que a
a) falha na procuração para apresentação de queixa não poderá ser suprida.
b) falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só anulará o processo se 
houver prova de prejuízo para o réu.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL 
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c) falta do exame de corpo de delito direto nos crimes que deixam vestígios causará nulidade 
absoluta, não se admitindo suprimento por qualquer outro meio de prova.
d) declaração de nulidade por vício na inquirição de uma testemunha sempre causará a dos 
atos de inquirição posteriores de outras testemunhas.
e) realização de citação por hora certa causará nulidade do processo, por não ser admitida.
014. (VUNESP/TJR/JUIZ) Assinale a alternativa correta.
a) No processo penal, a falta de resposta à acusação constitui nulidade absoluta.
b) No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só 
anulará o processo se houver prova de prejuízo para o réu.
c) O julgamento de recursocriminal na segunda instância não exige prévia intimação ou publi-
cação da pauta.
d) Não é nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da federação em que o juiz 
exerça a sua jurisdição.
015. (FCC/TRE-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO) No processo penal, especificamente sobre as 
nulidades, é correto afirmar:
a) Ocorrerá nulidade no caso de comparecimento de quinze jurados para constituição do júri.
b) Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da 
verdade substancial ou na decisão da causa.
c) As omissões da denúncia ou da queixa poderão ser supridas a todo o tempo, até cinco dias 
antes da audiência de instrução designada.
d) A nulidade por ilegitimidade do representante da parte não poderá ser sanada, ensejando a 
renovação de todos os atos processuais praticados.
e) A omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato é causa de nulidade 
absoluta e não poderá ser sanada.
016. (FCC/TJ-AP/JUIZ) Em relação às nulidades no processo penal, é INCORRETO afirmar:
a) A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for 
declarada a nulidade, ser remetido ao Juiz competente.
b) É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.
c) No processo penal, a deficiência da defesa constitui nulidade absoluta, independentemente 
da prova de prejuízo para o réu.
d) É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do único 
defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.
e) Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recur-
so interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.
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017. (FCC/TJ-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO) Sobre as nulidades no processo penal, é correto 
afirmar que
a) nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que tenha dado causa, mas se apenas con-
correu para que ela se verificasse, pode alegar o vício desde que o faça no momento oportuno.
b) sendo o exame de corpo de delito indispensável nas infrações que deixam vestígios, a sua 
ausência é causa de nulidade nada podendo suprir-lhe a falta.
c) a falta de intervenção do Ministério Público na ação penal privada subsidiária da pública é 
causa de nulidade absoluta.
d) a falta de citação do réu é causa de nulidade, não a sanando o seu comparecimento ainda 
que declare que o faz apenas com o fim de arguir o vício.
e) as incompetências ratione personae e ratione materiae são absolutas e, por isso, podem ser 
alegadas a qualquer tempo, implicando nulidade do processo.
018. (MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA) “Fenício” foi denunciado pela prática de furto simples 
e o Juiz rejeitou de plano a peça inaugural da persecutio criminis, entendendo, in casu, que se 
aplica o princípio da insignificância. Houve interposição de recurso pelo Ministério Público. O 
Juiz de primeiro grau nomeou defensor dativo ao recorrido para contrarrazoar o recurso. O réu 
não foi citado da ação penal interposta, devido ao fato de ter sido a Denúncia rejeitada. Diante 
do texto e do que dispõe o entendimento sumulado pelo STF:
a) Mesmo não tendo sido o réu intimado pessoalmente para oferecer Contrarrazões, havendo 
nomeação de advogado dativo que ofereça a peça apropriada, refutando os termos do recur-
so do Ministério Publico, não há prejuízo ao recorrido e, portanto, não há nulidade absoluta 
ou relativa.
b) A nulidade existe, mas é relativa, somente se configurando se houver desídia do defensor 
dativo, se mostrando ineficiente na defesa do recorrido.
c) Constitui nulidade a falta de intimação do Denunciado para oferecer contrarrazões ao recur-
so interposto da rejeição da Denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.
d) Constitui nulidade a falta de citação do Denunciado para apresentar defesa à Denúncia 
ofertada. Restará suprida tal nulidade com a nomeação de defensor dativo se a atuação do 
causídico no feito for sem desídia. Caso contrário, havendo desídia do defensor, a nulidade 
será absoluta e não relativa.
019. (FCC/TJ-PE/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS) Sobre a nulidade do processo penal, 
é correto afirmar:
a) No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o 
anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
b) As partes poderão arguir nulidade a que tenham dado causa ou de qualquer forma concorrido.
c) Configura causa de nulidade a não intimação da defesa da data da audiência no juízo depre-
cado, ainda que haja sido intimada da expedição da carta precatória.
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d) A incompetência do juízo anula os atos instrutórios e decisórios, devendo o processo, quan-
do for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
e) A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser suprida a todo o tempo, 
antes da sentença final, mediante ratificação dos atos processuais.
020. (CESPE/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO) Acerca das nulidades no processo penal, assi-
nale a opção correta.
a) De acordo com a doutrina majoritária, é taxativo o rol de nulidades previsto no CPP, em razão 
de estas se consubstanciarem em sanções processuais, que devem ser expressamente esta-
belecidas na lei processual (nulla nullitatis sine lege).
b) De acordo com a doutrina majoritária, haverá nulidade absoluta quando o ato processual for 
praticado em detrimento do interesse público ou de ambas as partes.
c) É facultado ao julgador, a todo tempo e em qualquer grau de jurisdição, conhecer, de ofício, 
de nulidades, ainda que contrárias aos interesses do réu, de modo a se assegurar regularidade 
do processo.
d) O reconhecimento da nulidade de qualquer ato processual depende sempre de um provi-
mento judicial, não decorrendo automaticamente da lei.
e) De acordo com o princípio da causalidade, o reconhecimento dos atos eivados de nulidade 
implica a automática nulidade de todos os subsequentes, sendo desnecessária a declaração 
judicial em relação a estes.
021. (FMP/TJ-MT/JUIZ) No tocante às nulidades, assinale a afirmativa correta.
a) O princípio que proíbe ao juiz ou tribunal declarar qualquer nulidade arguida pela parte inte-
ressada é absoluto, isto é, não comporta exceções, mesmo quando a declaração puder bene-
ficiar a defesa.
b) Apreciando recurso de ofício, o tribunal poderá reconhecer e declarar nulidade absoluta em 
prejuízo da acusação ou da defesa, ainda que as partes tenham-se conformado com a decisão 
recorrida.
c) O Código de Processo Penal adotou um sistema formalista segundo o qual basta o des-
respeito às exigências legais inerentes à forma para que o processo ou o ato processual seja 
necessariamente anulado.
d) A regra que proíbe à parte arguir nulidade a que haja dado causa não se estende à parte que 
tiver apenas concorrido para com o advento da nulidade.
e) Enunciado da Súmula do STF define como absoluta a nulidade tanto por ausência quanto 
por deficiência de defesa.
022. (CESPE/TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO) A respeito de nulidades, assinale a opção correta à 
luz da jurisprudência do STF e do STJ.
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a) Haverá nulidade absoluta no caso de ações penais referentes a crimes praticados por fun-
cionários públicos contra a administração pública instruídas por inquérito policial, caso o juí-
zo não permita ao denunciado apresentar resposta preliminar antes do recebimento da peça 
acusatória.
b) O cerceamento de defesa resultante da rejeição, por parte do juízo, de pedido de réu preso 
para ser entrevistado por defensor público para subsidiar a elaboração da resposta à acusação 
acarreta nulidade processual
c) No processopenal, a falta e a deficiência de defesa constituem nulidade processual absolu-
ta; portanto, o prejuízo é presumido e independe de prova.
d) A ausência de intimação do acusado para apresentar contrarrazões ao recurso interposto 
da rejeição da denúncia constitui nulidade que não pode ser suprida pelo juízo por meio de 
nomeação de defensor dativo.
e) A decisão que determina o desaforamento do processo da competência do tribunal do júri 
sem audiência da defesa caracteriza mera irregularidade
023. (VUNESP/TJ-RJ/JUIZ SUBSTITUTO) Nos exatos termos do quanto determina o art. 
564 do CPP, acarreta a nulidade do processo que chega a termo com sentença condenatória 
a ausência
a) de interrogatório, em qualquer situação.
b) de representação da vítima, no crime de lesão corporal culposa.
c) de pedido condenatório, em ação pública incondicionada.
d) do exame de corpo de delito, no crime de homicídio doloso.
024. (VUNESP/TJ-SP/JUIZ) Assinale a alternativa incorreta.
a) O juiz deve proclamar nulidade absoluta resultante de cerceamento defensivo ao invés de 
absolver o réu, ainda que esteja convencido de sua inocência, em virtude da possibilidade de 
o Ministério Público, em eventual recurso, obter decisão de mérito desfavorável ao acusado.
b) Depois de recebida a denúncia, o juiz não pode reconsiderar o seu despacho e rejeitá-la, 
ainda que se convença de ter errado.
c) O princípio contido no art. 565 CPP no sentido de que nenhuma das partes poderá arguir 
nulidade cuja observância só à parte contrária interesse, impede o Ministério Público de arguir 
a invalidade da citação.
d) Não é nula a sentença que contém motivação deficiente.
025. (FCC/TRF4/ANALISTA JUDICIÁRIO) Em relação às nulidades no processo penal,
a) as partes poderão arguir nulidade referente à formalidade cuja observância só à parte con-
trária interesse.
b) não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da 
verdade substancial ou na decisão da causa.
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c) ocorre nulidade por incompetência, mas não por suspeição do juiz.
d) a nulidade por ilegitimidade do representante da parte não poderá ser sanada.
e) a incompetência do juízo anula todos os atos do processo, instrutórios e decisórios.
026. (FCC/TJ-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO) A respeito das nulidades, é INCORRETO afirmar que
a) não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da 
decisão da causa.
b) nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa.
c) nenhuma das partes poderá arguir nulidade para que tenha concorrido.
d) não poderá ser sanada, por ratificação dos atos processuais, a nulidade por ilegitimidade do 
representante da parte.
e) nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou 
para a defesa.
027. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS) Quanto às nulidades, as-
sinale a alternativa correta.
a) A nulidade de ato processual será declarada ainda que não houver influído na apuração da 
verdade substancial.
b) A nulidade por ilegitimidade do representante da parte não poderá ser sanada em nenhum 
momento processual.
c) Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou 
para a defesa.
d) A ausência de intervenção do Ministério Público nos termos da ação intentada pela parte 
ofendida, nos casos de ação pública, não é causa de nulidade.
028. (IMES/CÂMARA – SP/ADVOGADO) Considerando o tema nulidade em processo penal é 
incorreto o que se afirma em:
a) A incompetência, a suspeição ou o suborno do juiz geram nulidade em processo penal.
b) A incompetência do juízo anula todos os atos do processo, devendo o processo, quando for 
declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente e reiniciado.
c) A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, 
mediante ratificação dos atos processuais.
d) A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente depen-
dam ou sejam consequência.
029. (FGV/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO) Sobre as nulidades no processo penal, assinale a 
afirmativa incorreta.
a) Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou 
para a defesa.
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b) Nenhuma das partes poderá arguir a nulidade a que haja dado causa, ou para qual tenha 
concorrido, ou referente à formalidade cuja observância só a parte contrária interesse.
c) Não será declarada a nulidade de ato processual que não há houver influído na apuração da 
verdade substancial ou na decisão da causa.
d) A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios.
e) A falta do exame de corpo de delito nos crimes que deixam vestígios é causa de nulidade, 
não admitindo que seja sanada de qualquer forma.
030. (TJ-GO/ESCRIVÃO) Acerca das nulidades no processo penal, assinale a alternati-
va CORRETA:
a) O fato de o juiz que preside o feito ser inimigo capitai do acusado não enseja qualquer nuli-
dade passível de questionamento.
b) Nos crimes que deixam vestígio, a falta do exame de corpo de delito sempre causará nuli-
dade processual.
c) Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou 
para a defesa.
d) A nulidade de um ato, uma vez declarada, não causará a dos que dele diretamente depen-
dam ou sejam consequência.
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GABARITO
1. e
2. e
3. b
4. a
5. a
6. a
7. b
8. d
9. b
10. e
11. c
12. e
13. b
14. b
15. b
16. c
17. e
18. c
19. a
20. d
21. b
22. d
23. b
24. c
25. b
26. d
27. c
28. b
29. e
30. c
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GABARITO COMENTADO
001. (VUNESP/PREFEITURA–SP/PROCURADOR) É correto afirmar que
a) a nulidade ocorrerá por incompetência, suspeição, impedimento ou suborno do juiz.
b) caberá apelação da decisão que anula o processo da instrução criminal, no todo ou em parte.
c) a nulidade do julgamento em plenário, em audiência ou em sessão do tribunal, poderá ser 
arguida logo depois que ocorrer ou por ocasião da interposição do recurso.
d) a incompetência do juízo anula os atos ordinatórios e decisórios, devendo o processo, quan-
do for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
e) a nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, me-
diante ratificação dos atos processuais.
Conforme preconiza o art. 568 do CPP,
A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, mediante 
ratificação dos atos processuais.
Letra e.
002. (CESPE/TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Considere que determinado juiz titular da jus-
tiça eleitoral de uma comarca do estado de Mato Grosso, regularmente investido na função, 
sem dolo, tenha prolatado sentença em processo de competência do tribunal do júri. Nessa 
situação hipotética, o ato praticado pelo juiz configura
a) nulidade relativa.
b) inexistência.
c) prorrogação de competência.
d) irregularidade.
e) nulidade absoluta.
Conforme estudamos, a incompetência, (Art. 564 CPP, inciso I), é causa de nulidade ABSOLUTA.
Letra e.
003. (FCC/MPE-RS/ASSESSOR/DIREITO) A nulidade relativa
a) pode ser reconhecida de ofício em prejuízo do réu.
b) é estabelecida para resguardar predominantemente o interesse das partes.
c) visa garantir interesse de ordem pública.
d) é insanável e jamais preclui.
e) independe para o seu reconhecimento da demonstração do prejuízo.
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Vejamos:
a) Incorreta. Apenas nulidades absolutas podem ser reconhecidas de ofício.
b) Correta. Justamente – afinal de contas, dependem de demonstração de prejuízo para tal.
c) Incorreta. Visa garantir o interesse das partes.
d) Incorreta. A nulidade relativa é sanável, e preclui se não for arguida no tempo correto.
e) Incorreta. Depende sim da demonstração de prejuízo – ao contrário das nulidades absolutas.
Letra b.
004. (MPE-SP/PROMOTOR) É considerada nulidade relativa, que pode ser sanada:
a) a falta de concessão de prazos à acusação e à defesa.
b) a ilegitimidade de parte.
c) a falta de nomeação de defensor ao réu presente, que o não tiver.
d) a violação à incomunicabilidade dos jurados.
e) a suspeição do juiz.
Infelizmente, veja como dominar as hipóteses de nulidade relativa e absoluta é necessário para 
responder questões sobre esse assunto. Não tem remédio – a única solução é memorizar!
Conforme estudamos, é considerada nulidade relativa à falta de concessão de prazos à acu-
sação e a defesa.
Letra a.
005. (VUNESP/TJ-SP/JUIZ) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacu-
na da frase:
A inobservância da competência penal por prevenção___________________.
a) constitui nulidade relativa
b) constitui nulidade absoluta
c) não constitui nulidade
d) pode constituir nulidade absoluta em circunstâncias.
A inobservância da competência penal por PREVENÇÃO, conforme estudamos, constitui nuli-
dade RELATIVA.
Letra a.
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006. (MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Assinale a alternativa incorreta.
a) A nulidade relativa pode ser reconhecida pelo juiz, de ofício, a qualquer tempo do processo.
b) A nulidade pode atingir todo o processo, desde o seu início, parte do processo ou apenas um 
ato, sem reflexo em qualquer outro.
c) A nulidade relativa considera-se sanada pelo silêncio das partes, pela efetiva consecução 
do escopo visado pelo ato não obstante sua irregularidade e pela aceitação, ainda que tácita, 
dos efeitos do ato irregular.
d) O princípio da instrumentalidade das formas não admite o reconhecimento da nulidade que 
não tenha influído na apuração da verdade substancial ou na decisão da causa.
e) Nos termos da Súmula 156 do Supremo Tribunal Federal, é absoluta a nulidade do julgamen-
to, pelo Júri, por falta de quesito obrigatório.
Atenção para esse tipo de questão – estamos procurando a assertiva INCORRETA. E conforme 
estudamos, é a nulidade absoluta que pode ser reconhecida pelo Juiz, de ofício, a qualquer 
tempo – não a relativa!
Letra a.
007. (FCC/TJ-AP/JUIZ) Aponte a alternativa que corresponde a regra do Código de Processo 
Penal sobre nulidade.
a) A defesa deficiente gera nulidade absoluta, sendo presumido o prejuízo
b) A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando 
for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
c) A falta de defesa prévia após o interrogatório gera nulidade absoluta.
d) A nulidade de um ato, uma vez declarada, afetará os atos posteriores.
e) A falta das alegações escritas do acusado no procedimento ordinário e causa de nulida-
de relativa.
Conforme rege o art. 567 do CPP,
A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for decla-
rada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
Letra b.
008. (FCC/TJ-GO/JUIZ SUBSTITUTO) Conforme a orientação deste Superior Tribunal de Jus-
tiça, a inquirição das testemunhas pelo juiz antes que seja oportunizada a formulação das per-
guntas às partes, com a inversão da ordem prevista no art. 212 do Código de Processo Penal, 
constitui nulidade relativa (STJ, HC n. 237.782, Rel. Min. Laurita Vaz, DJe de 21/08/2014).
Diante deste entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a nulidade, neste caso,
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a) será declarada mesmo que não tenha influído na decisão da causa.
b) deve ser reconhecida de ofício.
c) independe de comprovação do prejuízo.
d) deve ser arguida pela parte interessada em tempo oportuno.
e) não se sujeita à preclusão.
A questão quer se apresentar como complexa, fazendo parecer que o assunto é sobre jurispru-
dência, quando na verdade, não o é.
A questão aqui é você perceber que o julgado do STJ estava tratando de uma questão de FOR-
MA, a qual foi reconhecida como nulidade relativa pelo Tribunal.
Nesse sentido, como toda nulidade relativa, a arguição deve ocorrer em tempo oportuno, e 
deve ser feita pela parte interessada.
Letra d.
009. (CESPE/TJ-AM/JUIZ) Com base no entendimento pacificado dos tribunais superiores, é 
correto afirmar que o excesso de linguagem comprovadamente existente na decisão de pro-
núncia ocasiona
a) a proibição da entrega de cópia da decisão de pronúncia aos jurados que eventualmente a 
requisitarem.
b) a nulidade absoluta da decisão de pronúncia e dos atos processuais subsequentes, indepen-
dentemente de demonstração de prejuízo causado ao réu
c) a nulidade relativa da decisão de pronúncia e dos atos processuais subsequentes, se de-
monstrado prejuízo ao réu.
d) a proibição da leitura da decisão de pronúncia pela acusação durante o julgamento no ple-
nário do júri, para evitar que os jurados sejam influenciados.
e) o desentranhamento e envelopamento da decisão de pronúncia, providência adequada e 
suficiente para cessar a ilegalidade e contemplar o princípio da economia processual.
A decisão de pronúncia deve tratar de aspectos muito restritos, para não influenciar na forma-
ção da convicção dos jurados. Dessa forma, se o magistrado extrapolar na pronúncia, e atuar 
com excesso de linguagem, haverá NULIDADE ABSOLUTA, que como você já sabe, independe 
da demonstração de prejuízo.
Letra b.
010. (FCC/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO) A nulidade absoluta pode ser decretada
a) somente pelo Supremo Tribunal Federal.
b) somente até o trânsito em julgado da sentença condenatória.
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c) somente até a prolação da sentença condenatória de primeira instância.
d) somente a requerimento do Ministério Público.
e) mesmo após o trânsito em julgado da decisão condenatória.
Questão fácil. A nulidade absoluta tem prejuízo presumido, de modo que pode ser decretada 
até mesmo após o trânsito em julgado da condenação.
Letra e.
011. (TJ-MG/TÉCNICO) Considerando-se a nulidade absoluta ocorrida no curso de um proces-
so penal, é CORRETO afirmar que tal nulidade
a) pode ser declarada, de ofício, pelo Magistrado e arguida por quaisquer das partes, mas nun-
ca após o trânsito em julgado da sentença.
b) pode ser suscitada apenas pelo representante do Ministério Público.
c) pode ser suscitada pela Defesa, após o trânsito em julgado de sentença condenatória.
d) não pode ser declarada, de ofício, pelo Magistrado, por ferir o princípio do ne proceda iudex 
ex oficio.
A nulidade absoluta pode ser suscitada pela defesa mesmo após o trânsito em julgado da 
sentença condenatória. O que não pode ocorrer é a arguição de nulidade pela acusação, em 
prejuízo do réu, após o trânsito em julgado da sentença.
Letra c.
012. (CESPE/TRE-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO) Conforme disposição expressa no Código de 
Processo Penal, o magistrado estará impedido de atuar no processo, sob pena de acarretar 
sua nulidade absoluta, se
a) seu cunhado estiver respondendo a processo por fato análogo.
b) for acionista de sociedade interessada no resultado do processo.
c) for amigo íntimo de alguma das partes.
d) tiver aconselhado, em algum momento, alguma das partes.
e) sua sobrinha tiver atuado como oficial de justiça.
Questão fantástica e interdisciplinar. Não basta saber que você as causas de impedimentos 
dos juízes geram nulidades absolutas. É preciso conhecer quais sãoessas causas, para encon-
trar a resposta da questão.
Dentre as assertivas acima, resta caraterizado o impedimento do magistrado caso sua sobri-
nha tiver atuado como oficial de justiça no processo, por força do art. 252, inciso I.
Letra e.
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013. (FCC/MPE-CE/PROMOTOR) Em relação ao sistema de nulidades no processo penal, po-
de-se afirmar que a
a) falha na procuração para apresentação de queixa não poderá ser suprida.
b) falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só anulará o processo se 
houver prova de prejuízo para o réu.
c) falta do exame de corpo de delito direto nos crimes que deixam vestígios causará nulidade 
absoluta, não se admitindo suprimento por qualquer outro meio de prova.
d) declaração de nulidade por vício na inquirição de uma testemunha sempre causará a dos 
atos de inquirição posteriores de outras testemunhas.
e) realização de citação por hora certa causará nulidade do processo, por não ser admitida.
Nos termos da Súmula 523 do STF, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas sua defi-
ciência só anulará o processo se houver prova de prejuízo para o réu.
Letra b.
014. (VUNESP/TJR/JUIZ) Assinale a alternativa correta.
a) No processo penal, a falta de resposta à acusação constitui nulidade absoluta.
b) No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só 
anulará o processo se houver prova de prejuízo para o réu.
c) O julgamento de recurso criminal na segunda instância não exige prévia intimação ou publi-
cação da pauta.
d) Não é nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da federação em que o juiz 
exerça a sua jurisdição.
Veja como é importante estudar as Súmulas do STF e demais pontos relevantes da jurispru-
dência: Novamente estamos diante do teor da súmula 523 do STF, a qual acabamos de citar 
na questão anterior.
Letra b.
015. (FCC/TRE-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO) No processo penal, especificamente sobre as 
nulidades, é correto afirmar:
a) Ocorrerá nulidade no caso de comparecimento de quinze jurados para constituição do júri.
b) Não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da 
verdade substancial ou na decisão da causa.
c) As omissões da denúncia ou da queixa poderão ser supridas a todo o tempo, até cinco dias 
antes da audiência de instrução designada.
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d) A nulidade por ilegitimidade do representante da parte não poderá ser sanada, ensejando a 
renovação de todos os atos processuais praticados.
e) A omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato é causa de nulidade 
absoluta e não poderá ser sanada.
Conforme estudamos, se o ato processual não influiu na apuração da causa ou na decisão 
prolatada, sua nulidade não será declarada (como por exemplo, a nulidade na oitiva de teste-
munha cujo depoimento acabou se tornando irrelevante).
Letra b.
016. (FCC/TJ-AP/JUIZ) Em relação às nulidades no processo penal, é INCORRETO afirmar:
a) A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios, devendo o processo, quando for 
declarada a nulidade, ser remetido ao Juiz competente.
b) É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.
c) No processo penal, a deficiência da defesa constitui nulidade absoluta, independentemente 
da prova de prejuízo para o réu.
d) É nulo o julgamento da apelação se, após a manifestação nos autos da renúncia do único 
defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.
e) Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recur-
so interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.
Oras, no processo penal, é a AUSÊNCIA de defesa que constitui nulidade absoluta. A sua de-
ficiência constitui nulidade relativa, que DEPENDE de prova de prejuízo para o réu. Essa é a 
assertiva INCORRETA, como solicitou o examinador.
Letra c.
017. (FCC/TJ-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO) Sobre as nulidades no processo penal, é correto 
afirmar que
a) nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que tenha dado causa, mas se apenas con-
correu para que ela se verificasse, pode alegar o vício desde que o faça no momento oportuno.
b) sendo o exame de corpo de delito indispensável nas infrações que deixam vestígios, a sua 
ausência é causa de nulidade nada podendo suprir-lhe a falta.
c) a falta de intervenção do Ministério Público na ação penal privada subsidiária da pública é 
causa de nulidade absoluta.
d) a falta de citação do réu é causa de nulidade, não a sanando o seu comparecimento ainda 
que declare que o faz apenas com o fim de arguir o vício.
e) as incompetências ratione personae e ratione materiae são absolutas e, por isso, podem ser 
alegadas a qualquer tempo, implicando nulidade do processo.
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A incompetência, seja ela ratione personae (em razão da pessoa) ou ratione materiae (em razão 
da matéria) tem caráter de nulidade absoluta, podendo ser sim alegada a qualquer tempo.
Letra e.
018. (MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA) “Fenício” foi denunciado pela prática de furto simples 
e o Juiz rejeitou de plano a peça inaugural da persecutio criminis, entendendo, in casu, que se 
aplica o princípio da insignificância. Houve interposição de recurso pelo Ministério Público. O 
Juiz de primeiro grau nomeou defensor dativo ao recorrido para contrarrazoar o recurso. O réu 
não foi citado da ação penal interposta, devido ao fato de ter sido a Denúncia rejeitada. Diante 
do texto e do que dispõe o entendimento sumulado pelo STF:
a) Mesmo não tendo sido o réu intimado pessoalmente para oferecer Contrarrazões, havendo 
nomeação de advogado dativo que ofereça a peça apropriada, refutando os termos do recur-
so do Ministério Publico, não há prejuízo ao recorrido e, portanto, não há nulidade absoluta 
ou relativa.
b) A nulidade existe, mas é relativa, somente se configurando se houver desídia do defensor 
dativo, se mostrando ineficiente na defesa do recorrido.
c) Constitui nulidade a falta de intimação do Denunciado para oferecer contrarrazões ao recur-
so interposto da rejeição da Denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.
d) Constitui nulidade a falta de citação do Denunciado para apresentar defesa à Denúncia 
ofertada. Restará suprida tal nulidade com a nomeação de defensor dativo se a atuação do 
causídico no feito for sem desídia. Caso contrário, havendo desídia do defensor, a nulidade 
será absoluta e não relativa.
Segundo a Súmula 707 do STF,
Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao 
recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor 
dativo.
Letra c.
019. (FCC/TJ-PE/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS) Sobre a nulidade do processo penal, 
é correto afirmar:
a) No processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o 
anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
b) As partes poderão arguir nulidade a que tenham dado causa ou de qualquer forma concorrido.
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c) Configura causa de nulidade a não intimação da defesa da data da audiência no juízo depre-
cado, ainda que haja sido intimada da expedição da carta precatória.
d) A incompetência do juízo anula os atos instrutórios e decisórios, devendo o processo, quan-
do for declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente.
e) A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser suprida a todo o tempo, 
antes da sentençafinal, mediante ratificação dos atos processuais.
Veja como a Súmula 523 do STF é importante: Já é a terceira questão, de diferentes bancas, 
que trata de seu conteúdo. Como você já sabe, tal súmula apresenta o entendimento de que 
“no processo penal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o 
anulará se houver prova de prejuízo para o réu.”
Letra a.
020. (CESPE/DPE-PR/DEFENSOR PÚBLICO) Acerca das nulidades no processo penal, assi-
nale a opção correta.
a) De acordo com a doutrina majoritária, é taxativo o rol de nulidades previsto no CPP, em razão 
de estas se consubstanciarem em sanções processuais, que devem ser expressamente esta-
belecidas na lei processual (nulla nullitatis sine lege).
b) De acordo com a doutrina majoritária, haverá nulidade absoluta quando o ato processual for 
praticado em detrimento do interesse público ou de ambas as partes.
c) É facultado ao julgador, a todo tempo e em qualquer grau de jurisdição, conhecer, de ofício, 
de nulidades, ainda que contrárias aos interesses do réu, de modo a se assegurar regularidade 
do processo.
d) O reconhecimento da nulidade de qualquer ato processual depende sempre de um provi-
mento judicial, não decorrendo automaticamente da lei.
e) De acordo com o princípio da causalidade, o reconhecimento dos atos eivados de nulidade 
implica a automática nulidade de todos os subsequentes, sendo desnecessária a declaração 
judicial em relação a estes.
Vejamos:
a) Incorreta. O Rol de nulidades é exemplificativo.
b) Incorreta. Tal premissa não é critério para definição de nulidade absoluta.
c) Incorreta. A todo e qualquer tempo o julgador deve reconhecer de ofício as nulidades ABSO-
LUTAS, mas as RELATIVAS dependem de arguição.
d) Correta! As nulidades precisam ser reconhecidas através de provimento judicial!
e) Incorreta. Também nesse caso é necessária a declaração judicial sobre a nulidade.
Letra d.
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021. (FMP/TJ-MT/JUIZ) No tocante às nulidades, assinale a afirmativa correta.
a) O princípio que proíbe ao juiz ou tribunal declarar qualquer nulidade arguida pela parte inte-
ressada é absoluto, isto é, não comporta exceções, mesmo quando a declaração puder bene-
ficiar a defesa.
b) Apreciando recurso de ofício, o tribunal poderá reconhecer e declarar nulidade absoluta em 
prejuízo da acusação ou da defesa, ainda que as partes tenham-se conformado com a decisão 
recorrida.
c) O Código de Processo Penal adotou um sistema formalista segundo o qual basta o des-
respeito às exigências legais inerentes à forma para que o processo ou o ato processual seja 
necessariamente anulado.
d) A regra que proíbe à parte arguir nulidade a que haja dado causa não se estende à parte que 
tiver apenas concorrido para com o advento da nulidade.
e) Enunciado da Súmula do STF define como absoluta a nulidade tanto por ausência quanto 
por deficiência de defesa.
Conforme estudamos, o juiz só está adstrito à provocação das partes no caso de nulidades 
relativas. Nesse sentido, ao apreciar recurso de ofício, o tribunal poderá sim reconhecer e de-
clarar nulidade absoluta em prejuízo de qualquer das partes.
Letra b.
022. (CESPE/TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO) A respeito de nulidades, assinale a opção correta à 
luz da jurisprudência do STF e do STJ.
a) Haverá nulidade absoluta no caso de ações penais referentes a crimes praticados por fun-
cionários públicos contra a administração pública instruídas por inquérito policial, caso o juí-
zo não permita ao denunciado apresentar resposta preliminar antes do recebimento da peça 
acusatória.
b) O cerceamento de defesa resultante da rejeição, por parte do juízo, de pedido de réu preso 
para ser entrevistado por defensor público para subsidiar a elaboração da resposta à acusação 
acarreta nulidade processual
c) No processo penal, a falta e a deficiência de defesa constituem nulidade processual absolu-
ta; portanto, o prejuízo é presumido e independe de prova.
d) A ausência de intimação do acusado para apresentar contrarrazões ao recurso interposto 
da rejeição da denúncia constitui nulidade que não pode ser suprida pelo juízo por meio de 
nomeação de defensor dativo.
e) A decisão que determina o desaforamento do processo da competência do tribunal do júri 
sem audiência da defesa caracteriza mera irregularidade
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Mais uma vez, a resposta vem de uma das Súmulas do STF, nesse caso, a 707:
Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer contrarrazões ao recurso inter-
posto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de defensor dativo.
Letra d.
023. (VUNESP/TJ-RJ/JUIZ SUBSTITUTO) Nos exatos termos do quanto determina o art. 
564 do CPP, acarreta a nulidade do processo que chega a termo com sentença condenatória 
a ausência
a) de interrogatório, em qualquer situação.
b) de representação da vítima, no crime de lesão corporal culposa.
c) de pedido condenatório, em ação pública incondicionada.
d) do exame de corpo de delito, no crime de homicídio doloso.
Segundo o Art. 544, III, alínea A, temos a seguinte hipótese de nulidade:
a) a denúncia ou a queixa e a representação e, nos processos de contravenções penais, a portaria 
ou o auto de prisão em flagrante;
É o caso da representação da vítima, no crime de lesão corporal culposa!
Letra b.
024. (VUNESP/TJ-SP/JUIZ) Assinale a alternativa incorreta.
a) O juiz deve proclamar nulidade absoluta resultante de cerceamento defensivo ao invés de 
absolver o réu, ainda que esteja convencido de sua inocência, em virtude da possibilidade de 
o Ministério Público, em eventual recurso, obter decisão de mérito desfavorável ao acusado.
b) Depois de recebida a denúncia, o juiz não pode reconsiderar o seu despacho e rejeitá-la, 
ainda que se convença de ter errado.
c) O princípio contido no art. 565 CPP no sentido de que nenhuma das partes poderá arguir 
nulidade cuja observância só à parte contrária interesse, impede o Ministério Público de arguir 
a invalidade da citação.
d) Não é nula a sentença que contém motivação deficiente.
Oras, o art. 565 do CPP prevê expressamente que
Nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, 
ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse.
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Nesse sentido, porque poderia o MP arguir nulidade em razão da invalidade de citação, sendo 
que tal procedimento só interessa ao acusado? É justamente este tipo de ação que o art. 565 
busca vedar!
Letra c.
025. (FCC/TRF4/ANALISTA JUDICIÁRIO) Em relação às nulidades no processo penal,
a) as partes poderão arguir nulidade referente à formalidade cuja observância só à parte con-
trária interesse.
b) não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da 
verdade substancial ou na decisão da causa.
c) ocorre nulidade por incompetência, mas não por suspeição do juiz.
d) a nulidade por ilegitimidade do representante da parte não poderá ser sanada.
e) a incompetência do juízo anula todos os atos do processo, instrutórios e decisórios.
Note como os examinadores gostam de bater nessa tecla das nulidades em atos irrelevantes 
para o curso do processo penal.
Como você já sabe, se o ato processual não influiu na apuração da verdade ou na decisão da 
causa, sua nulidade não poderá ser declarada!
Letra b.
026. (FCC/TJ-PE/TÉCNICO JUDICIÁRIO) A respeito das nulidades, é INCORRETO afirmar que
a) não será declarada a nulidade de ato processual que não houver influído na apuração da 
decisão da causa.
b) nenhuma das partes poderá arguir nulidade a que haja dado causa.
c) nenhuma das partes poderá arguir nulidadepara que tenha concorrido.
d) não poderá ser sanada, por ratificação dos atos processuais, a nulidade por ilegitimidade do 
representante da parte.
e) nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou 
para a defesa.
Vamos lá, caso a caso:
a) Correta. Art. 566 CPP.
b) Correta. Art. 565 CPP.
c) Correta. Também art. 565 CPP.
d) Incorreta. Art. 568 CPP:
A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, mediante 
ratificação dos atos processuais.
e) Correta. Art. 563 CPP.
Letra d.
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027. (CONSULPLAN/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS) Quanto às nulidades, as-
sinale a alternativa correta.
a) A nulidade de ato processual será declarada ainda que não houver influído na apuração da 
verdade substancial.
b) A nulidade por ilegitimidade do representante da parte não poderá ser sanada em nenhum 
momento processual.
c) Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou 
para a defesa.
d) A ausência de intervenção do Ministério Público nos termos da ação intentada pela parte 
ofendida, nos casos de ação pública, não é causa de nulidade.
E lá vamos nós de novo:
a) Incorreta. Art. 566 CPP.
b) Incorreta. Art. 568 CPP.
c) Correta! É o que rege o art. 563 do CPP.
e) Incorreta. Art. 564, III, alínea D, CPP.
Letra c.
028. (IMES/CÂMARA – SP/ADVOGADO) Considerando o tema nulidade em processo penal é 
incorreto o que se afirma em:
a) A incompetência, a suspeição ou o suborno do juiz geram nulidade em processo penal.
b) A incompetência do juízo anula todos os atos do processo, devendo o processo, quando for 
declarada a nulidade, ser remetido ao juiz competente e reiniciado.
c) A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, 
mediante ratificação dos atos processuais.
d) A nulidade de um ato, uma vez declarada, causará a dos atos que dele diretamente depen-
dam ou sejam consequência.
A incompetência do juízo anula os atos DECISÓRIOS, e não TODOS os atos do processo, nos 
termos do art. 567 do CPP – motivo pelo qual a assertiva B está incorreta.
Letra b.
029. (FGV/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO) Sobre as nulidades no processo penal, assinale a 
afirmativa incorreta.
a) Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou 
para a defesa.
b) Nenhuma das partes poderá arguir a nulidade a que haja dado causa, ou para qual tenha 
concorrido, ou referente à formalidade cuja observância só a parte contrária interesse.
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c) Não será declarada a nulidade de ato processual que não há houver influído na apuração da 
verdade substancial ou na decisão da causa.
d) A incompetência do juízo anula somente os atos decisórios.
e) A falta do exame de corpo de delito nos crimes que deixam vestígios é causa de nulidade, 
não admitindo que seja sanada de qualquer forma.
Embora de forma excepcional, a falta do exame de corpo de delito em crimes que deixam ves-
tígios admite sim uma hipótese de convalidação, nos termos do art. 167 do CPP:
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a 
prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Letra e.
030. (TJ-GO/ESCRIVÃO) Acerca das nulidades no processo penal, assinale a alternati-
va CORRETA:
a) O fato de o juiz que preside o feito ser inimigo capitai do acusado não enseja qualquer nuli-
dade passível de questionamento.
b) Nos crimes que deixam vestígio, a falta do exame de corpo de delito sempre causará nuli-
dade processual.
c) Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou 
para a defesa.
d) A nulidade de um ato, uma vez declarada, não causará a dos que dele diretamente depen-
dam ou sejam consequência.
Conforme preconiza o art. 563 do CPP, “nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não 
resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa.” Simples assim!
Letra c.
Douglas Vargas
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado 
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério 
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).
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	6. Denúncia, Queixa & Representação
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	10. Falta de Quórum / Conselho de Sentença
	11. Quesitos
	12. Demais Causas De Nulidade Absoluta
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	2. Falta de Intervenção do Ministério Público
	3. Prevenção
	4. Intimação de Testemunhas
	5. Intimação do Réu
	6. Desrespeito à Forma Legal dos Atos
	Arguição de Nulidades Absolutas
	Arguição de Nulidades Relativas
	Convalidação de Nulidades Relativas
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