Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTUDO OSCE - P4 - 2021.1 Aluna: Maria Clara Vidal Exame Ginecológico Anamnese Antecedentes Ginecológicos - Menarca:1ª menstruação. Normalmente entre 11-14 anos, podendo ocorrer entre 9-16 anos - DUM: se menopausa (perguntar idade da menopausa e se fez uso de TRH) ; se na menacme (avaliar intervalo, duração e quantidade - absorvente cheio = aprox. 15mL / pouco sangue - aprox. 5 mL) - Ciclo Menstrual: Regular? Irregular? - Dismenorreia: Dor uterina por volta do período menstrual - Síndrome Pré-Menstrual (TPM) - Contraceptivos (presente e passado) Antecedentes Sexuais - Sexarca: 1ª relação sexual - Orientação Sexual - Número de Parceiros - Método Anticoncepcional (comprimido; injetável, condom) - Sinusorragia (sangramento pós relação sexual); Dispareunia (dor durante relação sexual) - Libido (presente/ausente) Antecedentes Obstétricos - G/P/A - Tipos de Parto (normal; cesárea; fórceps) - Duração da gestação (pré-termo; a termo ; pós termo) - Data do último parto - Compl icações na gestação/par to (antecedente de curetagem, eclâmpsia, pré- eclâmpsia, etc) - Puerpério - Amamentação e outros OBS: NOMENCLATURA GINECOLÓGICA Menacme: período reprodutivo da mulher (sucede a menarca e antecede a menopausa) Climatério: transição entre o ciclo reprodutivo (menacme) e o não reprodutivo (senilidade) Menopausa: última menstruação. Ocorre normalmente entre 45-55a (diagnóstico r e t r o s p e c t i v o a p ó s 1 2 m e s e s s e m menstruação) OBS: NOMENCLATURA GINECOLÓGICA - SANGRAMENTOS Menorragia: hemorragia uterina regular, porém prolongada (>7 dias) Metrorragia: hemorragia uterina irregular Menometrorragia: hemorragia uterina irregular, excessiva e prolongada Polimenorréia: hemorragia uterina regular com intervalo <21 dias Oligomenorréia: hemorragia uterina regular com intervalo >35 dias Amenorréia: ausência de menstruação por um período maior > 6 meses em mulher NÃO menopausada Exame da Genitália Posição comum: ginecológica/litotômica Inspeção Estática: - Vulva: implantação dos pelos, aspecto da fenda (vulva fechada, entreaberta, aberta), umidade, secreções, hiperemia, ulcerações, distrofias, neoplasias, lesões cutâneas, distopias e malformações - Períneo: integridade, ruptura, cicatrizes, prolapso uterino - Ânus: hemorroidal, fissuras, prolapso da mucosa e malformações - Abertura dos grandes lábios: observar clítoris, óstio uretral, hímen e introito vaginal Inspeção Dinâmica: - Avaliar Distopia: Manobra de Valsalva = observar se ocorre prolapso vaginal e/ou uterino Exame Especular OBS: Informar cada passo que será realizado para a paciente antes do ato. O examinador afasta os grandes e pequenos lábios, o espéculo (de tamanho apropriado para a paciente) é introduzido ligeiramente oblíquo. Quando estiver em meio caminho, deve ser rodado, ficando transversalmente (posição correta que ocupará o exame). A extremidade do aparelho deve ser orientada para baixo e para trás, na direção do cóccix, enquanto é aberto. Ao encontrar o colo, ocorre a 1ª avaliação: - Descrever as paredes vaginais, presença de lesões, localização e tamanho do colo, bem como presença de secreções. - Espátula de Ayre: Ectocérvice - Escova Endocervical: Endocérvice - Rotina anual: 25 a 64 anos e após 2 citologias anuais normais, fazer a cada 3 anos * (MS) Flora Vaginal - Teste de pH com fita reagente - Teste de Whiff: coleta a secreção vaginal e usa a solução KOH a 10% (se posi t ivo: odor de peixe associado a vaginose) Colo Uterino - Teste de Schiller: solução de iodo (Lugol) Toque Vaginal Mãos enluvadas, lubrifica-se os dedos indicador e médio. Examinar à frente da paciente. Introduz no canal vaginal ambos os dedos fazendo pressão uniforme para trás. Deve-se realizar a inspeção do canal vaginal, fundo de saco de útero e colo de útero. Exame da Mama Inspeção Estática Paciente sentada com os braços ao longo do corpo, descrever: - Tamanho, simetria, abaulamentos/ retrações, alterações de pele - Descrever mamilo e aréola Inspeção Dinâmica Paciente sentada, solicita-se que eleve os braços e coloque as mãos atrás da cabeça Depois solicitar que a paciente coloque as mãos na cintura e contraia Atenção para abaulamentos e retrações Palpação da Mama Paciente em decúbito dorsal com as mãos atrás da nuca, adotar sentido horário e aplicar a técnica - Técnica de Valpeaux: inicia pela mama normal com a face palmar dos dedos indo de encontro ao gradi l costal , com movimentos circulares - Técnica de Bllodgood: palpação realizada com as falanges distais do 2º e 3º dedos, semelhante a tocar piano - Independente da técnica, palpar linfonodos cervicais, infra e supraclavicular (descrever numero de linfonodos palpáveis, tamanho, consistência e mobilidade) Observar: nódulo, dor mamária, derrame papilar, anormalidades da pele/mamilo e sinais inflamatórios (não esquecer de realizar a expressão papilar) - Nódulo (data da percepção, localização, crescimento, relação com o ciclo menstrual, trauma local) - Dor Mamária (data de início, localização, intensidade da dor, uso de medicações, relação com o ciclo menstrual, trauma local, relação com o esforço) - Derrame Papilar (data de início, cor, espontâneo ou provocado, uni ou bilateral, relação com uso de fármacos) - Anormalidades (início, se agudo ou crônico, localização, saída de secreção, se purulenta e abaulamento) Exame Obstétrico Anamnese: Sinais Presunção x Probabilidade Presunção - Sialorreia - Náusea e Vômitos - Desejos - Pirose/Queimação - Constipação - Dispneia - Palpitação/Taquicardia - Edema - Lipotimia (perda de força muscular) - Polaciúria (necessidade de urinar frequente) - Dor supra púbica - Lombalgia - Obstrução Nasal - Deambulação Insegura - Queda de Hematócrito e Hemoglobina - Melasma e linha nigra (linha escura que aparece na barriga de mulheres grávidas - normalmente após o 5º mês) - Aumento abdominal Probabilidade - Atraso menstrual sem uso de métodos contraceptivos - Aumento do volume uterino - Sinal de Noblé: preenchimento dos fundos de saco laterais do útero globoso. Até a 20º semana o útero adquire forma esférica - Sinal de Hegar: percebido na 8ª semana de gestação e consiste no amolecimento do istmo uterino percebido através do exame de toque vaginal - Sinal ou Regra de Goodel: amolecimento do colo uterino (consistência labial); na mulher não grávida tem consistência de ponta de nariz. DPP e Idade Gestacional (!) Idade Gestacional DUM + DATA DA CONSULTA 7 Exemplo: DUM: 10/08/2020 Consulta: 09/10/2020 21 dias (para acabar o mês de agosto) 30 dias (referente ao mês de setembro) 09 dias (referente à data da consulta) 21+30+09 = 60 / 7 = 8 semanas (!) Regra de Naegele DUM + 7 DIAS + 9 MESES (janeiro-março) DUM + 7 dias - 3 MESES (abril-dezembro) Exemplo: DUM: 09/10/2020 +7/-3/2021 DPP: 16/07/2021 (!) Medida da altura de fundo uterino: COM BEXIGA VAZIA IG = AFU x 8 7 Exemplo: 25cm x 8 = 200 / 7 = 28 semanas Estática Fetal - Atitude Fetal (flexão e extensão) - Situação (relação entre o maior eixo fetal e maior eixo uterino - longitudinal, transversa e oblíqua) - Apresentação (cefál ica/ longitudical; pélvica/sentado; transversal/córmica; obliqua) - Variedade de Posição (relação entre o ponto de referência fetal e o ponto de referência materno - osso ilíaco) Exemplo de Situação: Exemplo de Apresentação: Variedade de Apresentação: Manobra de Leopold-Zweifel 1º Tempo: examinador fica do lado direito da pcte, de frente para ela, com as duas mãos encurvadas, delimita o fundo do útero e observa qual polo fetal o ocupa. 2º Tempo: visa determinar a posição fetal, ou seja, para qual dos lados o dorso fetal está posicionado e então desliza-se as mãos em direção ao pólo inferior.3º Tempo: visa explorar a m o b i l i d a d e d a apresentação localizada no estreito superior da bacia. Apreende-se o pólo entre o polegar e o ind icador i m p r i m i n d o - l h e s movimentos de lateralidade para verificar a penetração da apresentação. 4º Tempo: visa confirmar a p e n e t r a ç ã o d a a p r e s e n t a ç ã o . O examinador deve voltar suas costas para a paciente e com a ponta dos dedos, exercer pressão em direção ao eixo da entrada pélvica. A variedade de posição é relativa ao dorso fetal. Toque Vaginal - Avaliar consistência/elasticidade - Dilatação 0-10cm - Apagamento (diminuição progressiva da espessura do colo em %) - Avaliar altura da apresentação - Plano DeLee (+ indicado) - Plano de Hodge (sem boa aceitação) - 1º Plano: delimitado pela borda superior do púbis e promontório do sacro - 2º Plano: vai da borda inferior do púbis ao meio da 2ª vértebra do sacro - 3º Plano: espinhas ciáticas (Plano 0 DeLee) - 4º Plano: ponta do cóccix Contrações Uterinas Quando considerar trabalho de parto? - 2 a 3 contrações em 10 minutos com duração entre 30 e 40 segundos Quando saber se está no período expulsivo? - 5 a 6 contrações em 10 minutos com duração entre 60 e 80 segundos Mecanismo de Parto Dequitação Placentária Período Premonitório 1º Período: dilatação cervical 2º Período: expulsão fetal 3º Período: dequitação placentária 4º Período: 1ª hora pós parto (período de Greenberg) Baudelocque-Schultze: - Implantação fúndica - Saída da Placenta e depois do coágulo Baudelocque-Ducan: - Implantação lateral - Saída do coágulo e depois da placenta Partograma É dividido em Período de Dilatação e Período Expulsivo - Início na fase ATIVA - 2/3 contrações em 10 minutos, com dilatação mínima de 3cm - Triângulo: dilatação - Bola: altura do feto (Plano DeLee) - 1ª linha é alerta - 2ª linha é intervenção Genitália Masculina Anamnese RN: hidrocele, edema escrotal (hérnias)… Infância: quadros infecciosos (balanopostites - infecção da glande); obstrução do fluxo sanguíneo testicular (torção de cordão espermático) Puberdade e Adulto Jovem: ISTs e tumores testiculares Após 40a: priapismo (ereção dolorosa), hidrocele secundária, CA peniano e doença de Peyronie (“deformidade” peniana) Após 60a: hiperplasia nodular benigna Aos 70-80a: carcinoma de próstata e bexiga PROFISSÃO - CA escrotal: esposição a piche e alcatrão - Disturbios espermatogênicos: exposição a radiações ionizantes e ambientes com temperaturas elevadas DISTÚRBIOS MICCIONAIS E SEXUAIS - Dor (dor referida, disúria, dor testicular, região perineal ou inguinal, dor em lombossacra) - Hematúria (causas comuns são litíase e ITU) - Alterações miccionais (a rdênc ia , incontinência, jato fraco, esforço para urinar) - Retenção urinária (completa quando é incapaz de eliminar quantidades mínimas ou incompleta quando há algum escape) - Priapismo (ereção persistente, prolongada e dolorosa) - Hemospermia (sangue no esperma) - Corrimento Uretral - Ejaculação Precoce - Impotência sexual e Infertilidade Exame Físico do Pênis Inspeção e Palpação Palpação - Retrair completamente o prepúcio para visualização completa da glande - Observar presença de pápulas (não confundir com condilomas) Exame da Bolsa Escrotal OBS: Em condições normais, o testículo esquerdo é mais baixo que o direito Inspeção - Formato - Tamanho - Características da pele - Aspectos vasculares Palpação - Massas escrotais Lembrar: Hidrocele: acúmulo de líquido peritesticular Varicocele: alargamento das veias escrotais Toque Retal Posição: lateral esquerda (Posição de Sims) é a mais comum Lubrificação abundante e introdução digital suave do dedo indicador Avaliar: - Tamanho - Consistência (elástica/endurecida/normal), - Superfície - Contorno - Mobilidade Sempre compara r os lados e fazer movimentos leves. Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) - Homens >50a - Se não tratada, pode levar à retenção urinária, hidronefrose … - No toque retal, você vai observar próstata aumentada, consistência elástica, não dolorosa e com sulco mediano ausente (apagado). Sintomas: - Polaciúria (aumento freq. urinária) - Noctúria - Enurese Noturna (vazamento de urina involuntário) - Urgência/Incontinência urinária - Dificuldade de esvaziamento (jato fraco, bífido ou intermitente, hesitação, esforço miccional) Intoxicação Exógena Aguda Atendimento Inicial = Estabilizar! - Considerar como potencialmente grave - Observação + reavaliação periódica - Uso de EPIs - Exame Físico breve (observar odores característicos como álcool, maconha) Exame Físico breve: R + ABCD R- Responsividade: alerta, irritável, não responde A- Vias Aéreas: aspiração, via aérea definida B- Respiração: taqui/bradipneia; estertores; oximetria de pulso C- FC, ritmo, PA, pele (cor, hidratação, temperatura, mucosa) sudorese, sialorreia, tempo de enchimento capilar (TEC) D- Estado neurológico: pupilar, nível de consciência, convulsão Escala de Glasgow: - Leve: 10-15 pts - Moderado: 9-12 pts - Grave: 3-8 pts Diagnóstico História da Exposição: 5WS - Who? (histórico pessoal de doenças, medicações em uso, tentativa de suicídio anterior, ocupação, uso de drogas) - What? (qual substância uti l izada e quantidade) - When? (horário da exposição, quanto tempo de uti l ização da substância, questionar sintoma prévio à exposição) - Where? (onde ocorreu a exposição? foi encontrada alguma nota de despedida? seringas? frascos?) - Why? (circunstância da exposição, tentativa de su ic íd io? homic íd io? ac idente? overdose?) Exame Físico Síndromes Toxicológicas Acidentes por Animais Peçonhentos Evitar: - Torniquete: reduz a perfusão e aumenta a concentração do veneno em uma região - Sucção: contaminação do local com a flora bucal aumentando a isquemia - Incisão: aumenta o risco de infecção - Substâncias sobre o local da picada - NÃO esquecer notificação compulsória (!) Diferenciar Peçonhenta x Não Peçonhenta Fosseta Loreal!!! Tipo de Ação do Veneno - Proteolítica: provoca necrose tecidual devido decomposição das proteínas e ação neurotóxica - Coagulante: inibidores de agregação paquetária. Induz a incoagulabilidade. - Neurotóxica: age no SNC provocando ptose palpebral, adormecimento ou formigamento, alterações de consciência e perturbações visuais - Miotóxico: provoca lesão em fibras musculares Acidente Ofídico - Manifestações Clínicas Acidentes com Escorpião - Tytus serrulatus - Amarelo (responsável por acidentes de maior gravidade em crianças) - T. bahiensis - Marrom - T. stigmurus - Tronco amarelo escuro Ação do Veneno: - Neurotóxico: dor local - Manifestações clínicas de efeitos simpáticos e parassimpáticos - Miotóxicos: Rabdomiólise (ruptura de tecido muscular) Abordagem ao Pcte: Reconhecer o animal: descrição do pcte/ acompanhante; visualização do animal; epidemiologia local; sinais clínicos de repercussão local e/ou sistêmica A gravidade depende de fatores como a espécie e tamanho do escorpião, quantidade de veneno inoculado, massa corporal do acidentado e sensibilidade do pcte ao veneno Manifestações Sistêmicas: - Gerais: hipo/hipertermia e sudorese - Digestivas: náuseas, vômitos, sialorréia - Cardiovasculares: arr i tmias, hiper/ h ipo tensão , insu f i c iênc ia card íaca congestiva e choque - Respiratórias: taquipneia, dispneia, edema pulmonar agudo - Neurológicas: agitação, sonolência, confusão mental, tremores - E l e v a ç ã o d e g l i c e m i a , a m i l a s e , hemograma apresentando leucocitose com neutrofilia. CPK e CPK-MB elevados em casos graves Acidentes com Aranhas - Possui menor letalidade - Deve-se reconhecer o animal Aranha Marrom - Loxosceles spp Sintomas: dor discreta, inchaço e lesão da p e l e . N e c r o s e , febre ,vômi tos , tontura e cefaleia Compl icações: r i sco de amputação (necrose), anemia, falência renal. Aranha Armadeira - Phoneutria spp Sintomas: dor forte irradiada p e l o m e m b r o , i n c h a ç o , sudorese, vômitos, hipertensão e arritmias Complicações: insuficiência cardíaca, convulsões, edema pulmonar e coma Viúva-Negra - Latrodectus spp Sintomas: dor intensa irradiada pelo membro, dor por todo o corpo, agitação, contrações musculares e sudorese Complicações: pressão alta, taquicardia, retenção urinária, choque Acidentes com Abelhas Ação do Veneno - Mistura complexa de substâncias químicas com atividades tóxicas - S a o a g e n t e s b l o q u e a d o r e s neuromusculares (podem provocar paralisia respiratória) - Crianças, idosos, portadores de doenças cardiorrespiratórias e história de atopia (tendência hereditária a desenvolver manifestações alérgicas como asma, etc) tem maior tendência ao risco de anafilaxia
Compartilhar