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Obstetrícia O HCG é uma glicoproteína produzida pelo sinciciotrofoblasto, que previne a involução do corpo lúteo (principal sítio de produção de progesterona nas primeiras 6-7 semanas). A subunidade Beta é específica da gonadotrofina coriônica. O ß-HCG pode ser detectado no sangue periférico da mulher grávida entre 8 a 11 dias após a concepção. Os níveis plasmáticos aumentam rapidamente até atingir um pico entre 8-10 semanas de gestação. A maioria dos testes tem sensibilidade para detecção de gravidez entre 25 a 30mUI/ml. Resultados falsos positivos ocorrem na faixa entre 2 a 25mUI/ml. Do ponto de vista prático, níveis menores que 5mUI/ml são considerados negativos e acima de 25mUI/ml são considerados positivos. Limite discriminatório do HCG: quando níveis de BetaHCG acima de 1000, deve ser visto saco gestacional no US. MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO • Hormonais; • Físicas pelo aumento do volume uterino; MODIFICAÇÕES CUTÂNEAS • Estrias; • Eritema palmar; • Telangiectasia; • Linha Nigrans; • Melasma gravídico; MODIFICAÇÕES NA MAMA - preparo para lactação: Aumento da produção de prolactina, mas há redução da ligação dela com seu receptor durante a gestação. Com o término da gestação, há predomínio dos efeitos da prolactina. Durante a sucção do mamilo, há aumento da prolactina e ocorre ativação de nervos sensoriais que gera liberação de ocitocina. A ocitocina atua nas células mioepiteliais que contraem e ejetam o leite. • Mastalgia • Tubérbulos de montgomery • Rede de haller = aumento da vascularização venosa • Sinal de hunter = Aumento na pigmentação dos mamilos, com surgimento de aréola secundária SISTEMA REPRODUTOR • CORPO UTERINO - Cavidade uterina aumenta de 10ml para até 5 - 20 litros! Aumento de 500 - 1000x; Contrações irregulares, não rítmicas com intensidade variável entre 5 - 25mmHg; • COLO UTERINO - Maior percentual de epitélio colunar (endocervical) na ectocérvice; Produção de muco com citocinas protetoras; Tampão mucoso. • CORPO LÚTEO - Função máxima primeiras 6-7semanas (Problemas relacionados a ↓CL); Pedículo do ovário aumenta de 0,9cm para 2,6cm no termo • VAGINA E PERÍNEO - Coloração violácea (Sinal de Chadwick); Secreção vaginal fisiológica aumentada e diminuição do pH devido maior produção de ácido lático. OSTEOARTICULAR • Centro da gravidade deslocado para frente (lordose lombar) • Ampliação da base de sustentação! marcha anserina • Relaxamento ligamentar GASTROINTESTINAIS • Relaxa esfíncter esofagiano (refluxo); • Relaxa estômago (mais broncoaspiração) • Relaxa vesícula biliar (risco de cálculo) • Relaxa intestino: reduz peristalse (constipação) • Redução de secreção ácida, com menos incidência de úlcera péptica • Hemorróidas frequentes devido constipação e pressão venosa do útero gravídico • Hipersalivação e hipertrofia gengival: tendência cáries • Mudança localização apêndice HEMODINÂMICAS • - Frequência cardíaca aumenta de 10-15bpm (para manter débito cardíaco) • - Diafragma se eleva e desloca o coração para a esquerda e para cima • - Débito cardíaco aumenta de 30-40% - pico das 20-24 semanas • - Redução da RVP • - Redução da pressão arterial, principalmente no 2º trimestre, e a diastólica que reduz mais • - Aumento de 40-50% do volume plasmático – hemodiluição • - Aumento de 20-30% no número de hemácias Anemia fisiológica da gestação = Volume sanguíneo aumentado ocorre pela demanda metabólica uterina e fetal e gera menor chance de complicações por perda sanguínea no pós parto SISTEMA RESPIRATÓRIO • - Aumento de 2cm no diâmetro da caixa torácica • - Redução do volume residual • - Hiperventilação: Aumento da Expansão e Aumento da Expiração • - Alcalose respiratória compensada • - Maior congestão nasal SISTEMA URINÁRIO • - Aumento da taxa de filtração glomerular e aporte sanguíneo renal (25-50%) • - Diminuição creatinina sérica • - Glicosúria fisiológica • - Dilatação dos cálices, pelve e ureteres por ação da P. Æ URETERES = Hidronefrose fisiológica (mais evidente à direita devido dextrorotação uterina e veia ovariana) Æ BEXIGA = Aumento da pressão vesical Perda de urina (DD com ruprema) PRÉ NATAL Acredita-se que o principal indicador do prognóstico ao nascimento seja o acesso à assistência pré-natal (OMS). Os cuidados assistenciais no primeiro trimestre são utilizados como um indicador maior da qualidade dos cuidados maternos (OMS). Mínimo de 6 consultas de pré-natal: • Mensais até 28 semanas. • Quinzenais até 36 semanas • Semanais até o parto PRÉ NATAL DE ALTO RISCO CONDIÇÕES PRÉVIAS HISTÓRIA REPRODUTIVA ANTERIOR RELACIONADOS À GRAVIDEZ ATUAL ANAMNESE • - Data precisa da última menstruação; • - Se ciclos eram regulares, se usava método anticoncepcional • - Paridade Gesta (G) – número de gestações Para (P) – número de partos vaginais Cesariana (C) – número de partos cesárea . Aborto (A) ou Ectópica (E) Ex. G3P1C1 • - Antecedentes obstétricos (tipo de parto, peso do RN, IG na interrupção) • - Cirurgias prévias • - Comorbidades e uso de medicações • - Alergias • - Exposição ambiental ou ocupacional de risco; • - História prévia de doença sexualmente transmissível; • - História pessoal ou familiar de doenças hereditárias/malformações; • - Uso de tabaco, álcool ou outras drogas lícitas ou ilícitas; • - Vacinações prévias; EXAME FÍSICO GERAL • Peso e altura, para cálculo do IMC • Pressão Arterial - Edemas OBSTÉTRICO • Medida e avaliação da altura uterina • Ausculta dos batimentos cardiofetais (com Sonar a partir de 10-12 sem); • Registro dos movimentos fetais; • Exame clínico das mamas; GINECOLÓGICO • inspeção dos genitais externos; • exame especular; • coleta de preventivo; • toque vaginal. Manobra de Leopold-Zweifel Æ 1ª manobra: Situação Fetal Æ 2ª manobra: Posição Fetal Æ 3ª manobra: Mobilidade da apresentação Æ 4ª manobra: Altura Apresentação PRIMEIRA CONSULTA Æ Suplementação vitamínica Æ Ultrassom Transvaginal Obstétrico Æ Solicitação exames laboratoriais Æ Vacinação SUPLEMENTAÇÃO VITAMÍNICA Æ ÁCIDO FÓLICO 5mg/dia* / 400mcg/dia = Promove diminuição chance de defeitos do tubo neural Æ OMEGA 3 = Melhora mielinização SNC, importante função na parte neurológica, formação da retina, desenvolvimento físico e cognitivo do bebê. Æ SULFATO FERROSO (30-60Mg Fe+) = Prevenção de Anemia ferropriva Æ VITAMINA D – 600 a 2000UI/dia = Ação no metabolismo ósseo e sistema imunológico Manter em níveis > 30 ULTRASSONOGRAFIA OBSTÉTRICA Avaliar: Æ Tem saco gestacional intraútero? HCG > 1000 tem que ter SG Æ Tem embrião? SG>20mm tem que ter embrião . Determinar se gestação múltipla Æ Determinar idade gestacional (IG) pelo CCN (comprimento cabeça-nádega) Æ Viabilidade (tem batimento cardíaco?) . BCE+ entre 6-7 semanas Æ Excluir possíveis abortos, gestação molar EXAMES LABORATORIAIS ORIENTAÇÕES Æ Drogas - Cigarros, charutos ou qualquer outro tipo de droga são altamente contra indicados na gravidez, Relacionados com parto prematuro, ruprema, malformações, descolamento da placenta, restrição de crescimento intraútero (dentre outros problemas). Æ Etilismo - O consumo de todas as bebidas alcoólicas é proibido durante toda a gestação - DOSE INDEPENDENTE! QUEIXA COMUM: NÁUSEAS E VÔMITOS - Relação com Beta-HCG (pico 12-14 semanas) - Orientações: consumir uma dieta fracionada (6 refeições leves ao dia); evitar frituras, gorduras e alimentos com cheiros fortes; evitar líquidos durante as refeições; ingerir alimentos sólidos antes de se levantar pela manhã, como bolacha de água e sal; ingerir alimentos gelados; - Medicamentos: dimenidrato, metoclopramida - Hiperêmese gravídica 12 SEMANAS Ausculta Fetal: delimitar fundo uterino e identificar o dorso fetalSonar Doppler: A partir 12 semanas Pinard: A partir 20 semanas Æ MEDIDA FUNDO UTERINO Æ 11 - 13+6 SEMANAS = MORFOLÓGICO DE 1º TRIMESTRE – avaliar riscos de cromossomopatias Æ Translucência Nucal - alterado se >P95 – de forma geral considera-se alterado se >2,5mm; Osso nasal, Ducto venoso e Regurgitação tricúspide. Queixa comum: PIROSE (AZIA) - Acontece quando o útero gravídico aumenta de tamanho e interfere na capacidade e posição do estômago - Efeito Progesterona - Evitar café, chá preto, doces, alimentos quentes, gordurosos ou picantes - Não deitar logo após as refeições, realizar somente refeições leves à noite. 20 - 24 SEMANAS = MORFOLÓGICO DE 2º TRIMESTRE • - Avaliação detalhada de toda a anatomia fetal • - Avaliar crescimento fetal • - Sensibilidade na detecção de malformações fetais de 86% • - Medida do colo uterino para avaliação de risco de parto prematuro (via transvaginal) • - Avaliação das artérias uterinas via Doppler para avaliar risco de pré eclampsia. 24 - 28 SEMANAS – EXAMES DE 2º TRIMESTRE • Hemograma completo • Coombs Indireto (se Rh negativo) • Sorologias (HIV, Sifilis, Hep B e Hep C) • TTGO 75g (se GJ < 92 no 1o trimestre) • Toxoplasmose IgG IgM (se suscetível) • EQU+Urocultura Ecocardiograma fetal - Indicado em alguns casos: DM prévio • Infecção por rubéola no primeiro trimestre • Cardiopatia congênita em parente de primeiro grau • Suspeita de cardiopatia em US • Feto com alteração cromossômica • BCF irregular • TN acima do p95 • Feto com hidropsia 36 SEMANAS – EXAMES DE 3º TRIMESTRE - Hemograma - Coombs indireto (se for Rh negativo) - TR Hep B, Hep C, HIV e Sífilis - Toxoplasmose IgG e IgM (se suscetível) - EQU + Urocultura • 2 episódios de cistite/bacteriúria assintomática ou 1 episódio de pielonefrite, indicam antibiótico profilático até o parto • Swab vaginal e anal para pesquisa Streptococos Grupo B (GBS) QUEIXAS COMUNS: DOR NAS COSTAS E INCHAÇO NAS PERNAS • - Acontecem devido a modificação da coluna necessária para manter equilíbrio e sustentar o útero • - Evitar longos períodos em pé e utilizar sapatos confortáveis diminui o sintoma. • - Em alguns casos pode ser necessário fisioterapia, uso de meias de compressão elástica ou exercícios de reabilitação postural. CONTRAÇÕES DE BRAXTON HICKS: • - Contrações irregulares, que não aumentam de intensidade • - Não são tão dolorosas • - Aliviam espontaneamente Trabalho de parto ESTUDO DO TRAJETO - Canal do parto é composto pelo trajeto mole e duro - TRAJETO MOLE: constituído pelo segmento inferior do útero, colo uterino, vagina e região vulvoperineal - TRAJETO DURO: importante significado na prática obstétrica TRAJETO DURO - Constituído pelos 2 ossos ilíacos, sacro e cóccix e suas articulações (sínfise púbica, sacroilíaca e sacrococcígea. Pequena bacia; pelve verdadeira ou ‘bacia obstétrica’ -> É a mais importante no parto. Dividida em 3 estreitos – planos de maior dificuldade à passagem fetal a. Estreito Superior – promontório à borda superior da sífise púbica b. Estreito Médio – plano entre as espinhas ciáticas c. Estreito Inferior – limitados pelos músculos que unem o sacro as espinhas isquiáticas e que unem o isquio ao coccix - Diâmetros anteroposteriores = CONJUGATAS Æ E. Superior - Conjugata Anatômica: borda superior do pube ao promontório - Conjugata Obstétrica: face posterior da sínfise ao promontório - Conjugata Diagonalis: borda inferior da sínfise ao promontório Æ E. Médio - Diâmetro biespinha isquiática – menor diâmetro da pelve Æ E. Inferior - Conjugata Exitus: borda inferior do osso púbico ao coccix PLANOS DA BACIA = Plano de DeLee - Diâmetro da biespinha ciática é o plano 0 - Positivo se ultrapassou esse diâmetro e negativo se não ultrapassou O FETO - Ossos do Crânio - Suturas: linhas que separam os ossos - Fontanelas: depressões formadas pelo encontro das suturas RELAÇÃO ÚTERO-FETAL 1. SITUAÇÃO – relação entre os eixos longitudinais do feto e do útero - longitudinal, transverso ou oblíquo 2. APRESENTAÇÃO – região do concepto que se relaciona com o estreito superior da bacia 3. ATITUDE DO POLO CEFÁLICO - Maioria se apresenta em total flexão - Em algumas situações, a cabeça fetal se afasta da face anterior do tórax! 4. DEFLEXÕES 5. ATITUDE NA APRESENTAÇÃO PÉLVICA VARIEDADE DE POSIÇÃO ATENDIMENTO GESTANTE – CENTRO OBSTÉTRICO ANAMNESE • PARIDADE = Gesta | Para | Cesariana | Aborto | Ectópica • INTERCORRÊNCIAS GESTAÇÕES ANTERIORES = HAS, Descolamento placenta, prematuridade, • IDADE GESTACIONAL = Por DUM, 1º Ultrassom * Pré-Termo: 20-36 semanas e 6 dias * Termo: 37 a 41 semanas e 6 dias * Pós-Termo: >42 semanas • INTERCORRÊNCIAS GESTAÇÃO ATUAL = Hipertensão, diabetes gestacional, infecções com transmissão vertical • TIPAGEM SANGUÍNEA • SOROLOGIAS • Ver resultado da pesquisa do GBS = strepto grupo B EXAME FÍSICO GERAL Æ Pressão Arterial Æ Frequência Cardíaca Æ Temperatura Axilar EXAME OBSTÉTRICO Æ Altura de fundo uterino Æ Batimentos cardiofetais Æ Dinâmica uterina Æ Toque vaginal EXAME ESPECULAR BATIMENTO CARDIOFETAL Æ NORMAL = 110 a 160 bpm. Æ TAQUICARDIA > 160 bpm = Hipertermia, ansiedade, tireotoxicose e uso de drogas, infecção intrauterina, hipoxia fetal, doenças cardíacas do concepto; Æ BRADICARDIA < 110bpm = Hipóxia fetal, doenças cardíacas do concepto, da ação de drogas usadas pela mãe, de fatores constitucionais Æ DIFERENCIAR DE DESACELERAÇÃO DINÂMICA UTERINA - Regularidade das contrações - Número de contrações em 10 minutos - Tempo da contração - Avaliação pela cardiotocografia ou tato. TOQUE VAGINAL • - Gel/vaselina • - Dedo indicador e médio • - Pode variar de fechado a 10cm (completa) • - Avalia: dilatação, apresentação, variedade de posição DILATAÇÃO CERVICAL Æ Dilatação cervical Æ Toque vaginal Æ Plano de DeLee TOQUE VAGINAL BOLSA AMNIÓTICA: Volume do Líquido – estimado por US – Aspecto: Claro, grumos, meconial, fétido; Integridade da bolsa; Exame especular para avaliar integridade. Pode se romper: Espontaneamente ou Artificalmente (amniotomia). ESTÁGIOS DO TRABALHO DE PARTO 1. Pródromos de tp 2. Período de dilatação | 1º período (trabalho de parto) 3. Período expulsivo | 2º período (parto) 4. Período de dequitação | 3º período 5. Período de GREENBERG | 4º período FASE LATENTE = Contrações Braxton Hicks Æ Pródromo de trabalho de parto Æ Perda de tampão mucoso Æ Descida do fundo uterino Æ Amolecimento e apagamento do colo Æ Início da dilatação Æ Precede a fase ativa ( <5cm** e DU < 2/10) PERÍODO DE DILATAÇÃO – Fase Ativa = Contrações regulares + dilatação > 5cm Æ Evolução da dilatação em cerca de 1,2cm/h em nulíparas e 1,5cm/h em multíparas Æ A contratilidade uterina deve ser 3-4 contrações em 10 min, com duração 45- 60s Æ A descida da apresentação deve ocorrer concomitantemente à evolução da dilatação cervical. Æ BCF antes, durante e após a contração de 30/30min se baixo risco MANEJO NÃO FARMACOLÓGICO DA DOR • - Mudança de posição • - Bola de Parto = Estimula o relaxamento do tronco e do assoalho pélvico e proporciona algum alívio da dor, permitindo às mulheres liberdade de movimento • - Massagem = Diminuir a dor física do trabalho de parto Ajudar no enfrentamento do trabalho de parto. • - Imersão = Imersão em água morna o suficiente para cobrir o abdômen da mulher aumenta o relaxamento e reduz a dor do parto PERIODO DE DILATACAO PERÍODO EXPULSIVO Æ Início: dilatação cervical total (10 cm) Æ Término: saída do feto PERÍODO EXPULSIVO Após o nascimento, se RN estiver respirando/chorando e com bom tônus, realizar clampeamento tardio do cordão umbilical- Clampeamento de 1-3min após o nascimento associa-se a maior hematócrito, redução do risco de anemia fetal, maior nível de oxigenação cerebral PERÍODO DE DEQUITAÇÃO - Início: após expulsão fetal - Término: após saída da placenta pela vagina - Duração: até 30 minutos CONDUTA ATIVA - Uso de uterotônicos; - Clampeamento e secção precoce do cordão umbilical - Tração controlada do cordão após sinais de separação placentária CONDUTA FISIOLÓGICA - Sem uso rotineiro de uterotônicos; - Clampemento do cordão após parar a pulsação; - expulsão da placenta por esforço materno. - Encurta o 3º período em comparação com a conduta fisiológica; - Menor risco de sangramento e de necessidade de transfusão sanguínea PERÍODO DE GREENBERG Æ Início: após dequitação Æ Término: 1h após o parto Æ Aferição de temperatura, pulso e pressão arterial; Æ Avaliar lóquios e contrações uterinas; Æ Examinar a placenta e membranas: avaliar suas condições, estrutura, integridade e vasos umbilicais; Æ Micção bem sucedida. PARTOGRAMA = Tempo necessário para deslocamento nos partos operatórios. Registro gráfico do trabalho de parto sem evidencia científica que justifique o uso atualmente Æ - Dilatação Æ - Plano de DeLee Æ – BCF Æ - Contrações Æ – Bolsa Æ – LA Æ - Ocitocina PUERPÉRIO = Período de tempo entre o nascimento e o momento em que as alterações fisiológicas maternas relacionadas à gestação retornam ao estado pré-gravídico. - Maioria das literaturas até 6-8 semanas pós parto - ACOG considera até 12 semanas. AVALIAÇÃO OBSTÉTRICA NO PUERPERIO Æ Controle dos sinais vitais - avaliar picos hipertensivos, febre..) Æ Exame das mamas - saída da colostro, avaliar fissuras ou hiperemias) Æ Exame abdominal – avaliar tônus uterino, peristalse, defesa abdominal Æ Ferida operatória – se parto cesárea: avaliar cicatrização, drenagem de secreção, sinais flogísticos Æ Exame perineal – se parto vaginal: avaliar cicatrização da sutura de lacerações ou episiorrafia, edemas locais Æ Avaliação dos lóquios Æ Membros inferiores Æ Revisar sorologias e tipagem sanguínea. Æ Se mãe Rh- e RN Rh+: IMUNOGLOBULINA RH (RHOGAN) até 72h pós parto MODIFICAÇÕES PÓS-PARTO 1. INVOLUÇÃO UTERINA - Contração uterina iniciada após nascimento, importante mecanismo na prevenção de hemorragia Æ PÓS PARTO - entre sínfise púbica e umbigo Æ PRIMEIRAS 12H – eleva-se pouco acima ou abaixo do umbigo Æ APÓS 12H – redução de 1cm/dia, até retornar entre sínfise e umbigo ao final da 1ª semana Æ APÓS 2 SEMANAS - não é palpável em região abdominal 6-8 SEMANAS – retorna ao tamanho normal 2. LÓQUIOS - Perda vaginal após o parto, para que se regenere um novo endométrio AMAMENTAÇÃO PROFILAXIA EVENTO TROMBOEMBÓLICO A anticoagulação farmacológica com heparina é indicada a pacientes com escore de risco de TEV maior que ou igual a três. FEBRE PÓS-PARTO TEMPERATURA ORAL ≥ 38°C DO 2° AO 10° DIAS PÓS-PARTO, excluindo as primeiras 24 horas (United States Joint Commission os Maternal Welfare). Exclui as primeiras 24h, pois febre baixa nesse período é comum e se resolve espontaneamente, especialmente após parto vaginal. ALTERAÇÕES DE HUMOR BLUES PUERPERAL • - Incidência: 40% • - Risco de depressão pós-parto é 4-11x maior em quem tem blues • - Sintomas: Disforia, insônia, fadiga, falta de concentração, tristeza, choro, irritabilidade. • - Geralmente se desenvolvem dentro de dois a três dias após o parto, atingem o pico nos dias seguintes e desaparecem dentro de duas semanas após o início • - Diagnóstico: Não requer um mínimo de sintomas. Sintomas leves e autolimitados DEPRESSÃO PÓS PARTO • - Prevalência: 10% • - Início dos sintomas: Gestação, parto e puerpério • - Critérios diagnósticos: iguais ao da depressão fora da gestação (DSM-5). • - Fatores de risco: Histórico de depressão; Eventos estressantes (conflitos, familiares, emigração) Baixas condições sócio-econômicas; Menos 25a, multíparas, gestação não planejada, insatisfação • - Tratamento: Psicoterapia Antidepressivos • Tricíclicos: amitriptilina • ISRS: fluxetina, sertralina e citalopram Bupropiona CONTRACEPÇÃO NO PÓS-PARTO • - Maioria retoma as relações sexuais em torno de 6 semanas após o parto • - Idealmente discute-se o plano contraceptivo na alta hospitalar • - Mulheres que não amamentam, a ovulação pode ocorrer antes de 30 dias ! idealmente iniciar contracepção em até 3 semanas • - Mulheres que amamentam exclusivamente, o retorno da ovulação é mais tardio
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