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ANAMNESE E EXAME FÍSICO EM GINECOLOGIA 
Propedêutica Ginecológica- Semiologia-Nildo 
 
Ginecologia é a ciência que estuda a fisiologia e as 
patologias do aparelho genital feminino. 
 
ANAMNESE 
 -Momento crucial para iniciar a relação médico 
paciente 
-Manter uma transferência e contra-referência, 
podendo ser favoravel ou desfavoravel em relação 
saúde doença 
-A anamnese inicia através da identificação da 
paciente (nome, idade, estado civil, grau de 
instrução, naturalidade e procedência, profissão, 
contato endereço) 
-Queixa principal e duração, História pregressa da 
moléstia atual 
Olhar sempre a necessidade do paciente, idade 
pode estar relacionado com por exemplo: 
menopausa a anos e depois ela volta a menstruar, 
menarca muito atrasado; ver se o estado civil não 
está atrapalhando a paciente (pode estar 
relacionado com violência doméstica), grau de 
escolaridade para passar o tratamento, buscar a 
orientação mais simples. 
 
Revisão dos sistemas/ interrogatório dos diversos 
aparelhos: 
-Cardiovascular: palpitação, hipertensão, arritmias? 
-Respiratório: dispneia? 
-Digestivo: apetite, ritmo intestinal, dor abdominal? 
-Urinária: ardor à micção, urgência miccional, 
incontinência? 
-Genital: fluxo? (cor, odor, prurido), data do último 
preventivo (basal ou normal) 
-Mamas: Mastalgia, nódulos, mamografía previas 
(acima de 40 anos, ou histórico na família)? 
-Extremidade: edema matutino ou vespertino? dores 
em membros 
-Inferiores (MMII)? varizes? 
-Pele: manchas e coloração (pápulas, vesículas, 
nevos, úlceras) 
-Nervoso: distúrbios neurológico 
-Antecedentes mórbidos: doença da infância 
(ex:.rubéola,caxumba,febre reumática), cirurgias 
(cesariana, curetagem, ooforectomia-retirada de 
ovário, histerectomia-retirada do útero), drogas, 
obesidade, medicamentos 
-Tromboembolismo, hipertensão, diabetes 
Sempre que em um histórico de 1 grau, 5 anos 
antes do comum precisa ser investigado, ou seja, 5 
anos da idade que aquele parente de 1 grau 
desenvolveu a patologia. (ovário, colo de útero). O 
câncer de colo uterino é devido ao contato com HPV 
e não tem relação genética. Câncer de endométrio, 
ovário, mama retal- tem a ver com a genética. 
 
-Antecedentes familiares: neoplasias (útero, 
endométrio,ovário, mama e colorretal), cirurgias 
(principalmente ginecológicas), tromboembolismo, 
menopausa precoce (em familiares de 1 graus 
pode ser comum, ver a falência ovariana, e precisa 
ser investigado 13 anos antes nas gerações), 
osteoporose (senil, pos menopausa, 
medicamentos, ocorre por aumento de osteoclasto e 
diminuição de osteoblasto e pode ocorrer por 
medicamento, corticoide, excesso de progesterona 
doenças da tireoide entre outras patologias 
hereditárias), doença da tireoide, entre outras 
patologias hereditarias. 
 
 -Perfil psicossocial: condições de habitação, 
alimentação, hábitos, higiene e animais. 
 
Menacme- vida reprodutiva da mulher, entre a 
menarca e a menopausa 
 
Antecedentes Gineco-Obstétricos: 
-Menarca, menacme, menopausa (sintomas da 
menopausa chamado de climatério como o fogacho, 
nervosismo, redução de cálcio nos ossos), 
desenvolvimento puberal (menarca, telarca, 
pubarca-TPM), sexarca, acne, hirsutismo, 
crescimento (ver a genética) 
Infertilidade primária- quem nunca engravidou 
Infertilidade secundária- quem engravida e já aborta 
 
-Data da última menstruação (DUM, perguntar se 
foi no começo, meio o fim do mês), ciclo (cíclicos), 
regularidade (regular ou irregular), dismenorreia, 
fluxo, intervalos (quantidade de vezes), atrasos 
(até três meses de atraso), anovulação (sem 
ovulação, comum em ovários policísticos, 
geralmente quem faz amenorreia,hipotiroidismo 
descompensado), amenorreia (mais de três meses 
de intervalo) 
Bianca Kobayashi Saúde da Mulher 1 
ANAMNESE E EXAME FÍSICO EM GINECOLOGIA 
 
-Anticoncepção: método (pílula, adesivo, 
injetáveis, DIU), iniciação (sempre deve ser iniciado 
anticoncepcionais menstruada pois não está grávida 
e o ciclo ficar cíclico), via de administração (oral, 
injetável, DIU, adesivo, anel vaginal,implante), 
satisfação, conhecimento ao método 
O Melhor sempre é o que o paciente sabe o que vai 
usar, como vai usar, e o que pode causar 
Spotting menstrual ou escape: quando não para de 
menstruar, geralmente por uso de anticoncepcionais 
Risco de trombose: proteínas S e proteína C 
 
-Histórico Obstétrico: Número de gestações, via 
de parto (cesariana-parto alto, normal- parto baixo, 
fórceps-retirada/parto com manobra ou 
instrumentado, vaso extrator, induções, peso 
recém-nascidos), intercorrências (uso de 
medicamentos para dilatação), abortamentos 
(espontâneo, provocado {indução/ medicamentos 
como misoprostol, precoce- até 12 semanas, tardio- 
após 12 até 20 semanas}, curetagem 
{esvaziamento, hoje mais comum é a Aspiração}, 
puerpério {pós parto que pode ser patológico, 
tranquilo ou fisiológico sem complicações}). 
 
Episiotomia- corte lateral na vagina para facilitar a 
saída do bebe 
 
Formação de saco gestacional sem embrião: 
espermatozoides malformados que fecundam óvulos 
bons. 
 
-Fluxos genitais: tipo de corrimento, fisiológico, 
muco cervical, aspecto, cor, odor, prurido,hiperemia, 
edema, lesões, escoriações, verrugas, higiene, uso 
de sabonetes, desodorantes, lingerie. 
 
-Vida sexual: sexarca/ coitarca, atividade, 
satisfação, libido, orgasmo, frigidez, dispareunia, 
vaginismo, sinusiorragia, parceiros, profissionias do 
sexo, DTS. 
 
-Sintomas de Climatéricos: fogachos (calor, com 
maior frequencia no periodo noturno), calafrios, 
atrofia urogenital, diminuição de libidos, alterações 
cutaneas(perde o turgor da pele),fatores de risco, 
TRH (terapia de reposição hormonal), sangramentos 
pós menopausa, entre outras comorbidades. 
 
Queda de progesterona,diminui fibras de colágeno 
diminuindo a elasticidade e a rugosidade dos 
elevadores do anus-dá sustentação da região 
genital, ficam mais frouxos. Outras queixas, queixas 
de secura vaginal, desconforto em ato sexual, 
dispareunia(dor no ato), sinusorragias 
(sangramentos no ato sexual), disúria, incontinência 
urinária podendo ser aos esforços, alterações 
cutâneas com perda do turgor. Diminuição do 
estrogênio pode causar alterações em vasos. 
Menopausa é a última menstruação, não é um 
período, o período é o climatério. A menopausa 
abaixo de 45 anos é chamada de menopausa 
precoce, isso pode ocorrer, por excesso de 
antibiótico, corticoides, cirurgias várias, observar se 
a mãe não teve menopausa precoce (observar 13 
anos antes da idade que a mãe teve a menopausa), 
*menopausa:1 ano continuo sem menstruar. 
Mulheres acima de 30 anos, que não praticam 
exercícios físicos tendem a perder 3% da massa 
óssea, pois é substituído por tecido lipídico. 
Observar a espessura do ovário, ver se não é uma 
hiperplasia glandular, adenocarcinoma. Já é 
considerado espessamento a partir de 3 cm acima 
do normal. 
 
Dosar FSH, acima de 40, e Estradiol abaixo de 40, 
que diz que a mulher pode estar entrando com 
falência ovariana. 
Mulheres têm o sistema límbico ligado com o desejo 
sexual, muitas vezes o que ocorre durante o dia 
pode refletir. 
Alimentos que podem melhorar os sintomas de 
climatério: vermelho, verde e amargo, tomate 
framboesa, almeirão, espinafre. 
Associados a atividades físicas. 
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ANAMNESE E EXAME FÍSICO EM GINECOLOGIA 
-Queixa mamária: mastalgia, mastodinia (dor que 
precede a menstruação), nodulações, derrame 
papilar, galactorreia, história de neoplasia, 
tabagismo, entre outros fatores. 
 
Exame de mama é melhor ser realizado fora do 
período menstrual, pois está mais sensível. Indicar a 
mulher palpar suas mamas na frente do espelho ou 
no banho. 
Nódulos malignos são espiculados, profundos e 
endurecidos, e quandose faz inspeção dinâmica de 
levantar o braço para o lado com o cotovelo 
dobrado, a mama retrai. Em nodulações benignas, 
-ela são fibroelásticas, ele se move. 
Pode ocorrer ainda inversão do mamilo ou mamilo 
plano em nódulos malignos. 
Mamoplastia pode causar, adenose, fibrose ou até 
cistos. 
Secreções brancas até pode ser normal, com 
sangue não é normal (transudato). Destaque para 
secreções unilaterais, observar se tem tumores 
como multifinotes, papiloma. 
Ectasia ductal: dilatação dos ductos mamários, pode 
ocorrer em gestações, café, coca cola, chocolates, 
ansiolíticos, psicotrópicos, e levar a saída de leite 
Precisa amamentar, pelo menos até 4 meses, pois é 
uma proteção para ela. 
 
 
-Queixas urinárias: urgência miccional, disúria, 
hematúria, infecções (de repetição), incontinência 
urinária (esforço, urgência, mista), prolapso genital 
ou prolapso de órgãos pélvicos (cistocele, retocele, 
prolapso uterino). 
As incontinências precisam ser tratadas diferentes, 
cada uma recebe um tratamento diferente 
 
-Tratamentos ginecológicos: medicamentos, 
cauterizações, cirurgias, exame de colpocitologia 
oncológica. 
laqueadura: muitas vezes, pode ocorrer o aumento 
do fluxo menstrual. 
traquelectomia, colonização ou cirurgia de alta 
frequência (CAF de 1hz) -retirada do colo de útero 
 
 
 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
-Orientar previamente à paciente (vestimenta, posição 
esclarecimento), e solicitar à paciente esvaziar a 
bexiga para facilitar o exame. 
-Exame preliminar-Avaliar: pressão arterial, fácies, 
pele, pelos, mucosas, tireoide (aumento, nódulos. 
-É conveniente lembrar que somente as regiões 
examinadas foram descobertas no momento do 
exame 
-Preparar o material necessário ao exame e aos 
procedimentos previstos antes que a paciente deite 
na maca. 
-Refere-seo exame da mamas, linfonodo, abdome e 
genitalia 
 
EXAME FÍSICO ESPECIAL-direcionado 
-Exame físico mamário (Ins. estática, dinâmica, 
palpação) 
-Exame físico abdominal 
-exame vulvar e perineal 
-Exame especular: 
-Teste de Schiller (lugol que é o iodo a 5% que passa 
na parede da vaginal e no colo uterino, e quando há 
consumo da região com glicogênio, a parede não cora 
em marrom-Teste de Schiller positivo/ Quando não 
cora, Teste de Schiller negativo e indica bactérias 
inflamatórias que estão consumindo o glicogênio, não 
quer dizer que é cancer), Teste Ácido Acético 
(imagens acetobrancas, relacionadas ao HPV- a 
região com ácido fica esbranquiçada quando há 
lesões), Colpocitologia oncótica (papanicolau, 
preventivo), colposcopia (aumento da imagem, área 
com necessidade de complementar com biópsia) 
-Toques: vaginal e retal (procurar massas palpáveis) 
-Exames complementares. 
 
EXAME FÍSICO MAMÁRIO 
Inspeção Estática: 
-Com a paciente sentada e mãos descansadas (mãos 
sobre o joelho) 
-Sobre as coxas, observar tamanho (gigantomastia- 
mamas volumosas), simetria, forma, superfície, grau 
de desenvolvimento, coloração da aréola, tipo de 
mamilo (extrusão ou intrusão). A retração pode ser 
causa de nodulações, tumorações. 
-Abaulamentos, retrações, lesões, mamilos e mama 
supranumerária- mama acessórias, é um tecido 
mamilar a mais (politelia-mais de um mamilo, 
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ANAMNESE E EXAME FÍSICO EM GINECOLOGIA 
atelia-nao ter mamilo, polimastia-mais de uma mama 
ou amastia-sem desenvolvimento mamário) 
 
Inspeção dinâmica: 
-paciente ainda sentada, observa abaulamentos e /ou 
retrações através de uma das seguintes manobras: 
a) com a paciente ainda sentada, mãos no 
quadris, relaxando e contraindo os grandes 
peitorais 
b) mãos atrás da cabeça, movimentando os 
cotovelos para frente 
c) com o corpo inclinado para frente e braços 
estendidos, tornando as mamas pendulares 
buscando tumorações, relações 
Tumores malignos: estão aderidos a planos 
profundos, causando retrações na inspeção dinâmica, 
irregulares, espiculados, endurecidos, são imóveis 
Tumores benignos: regulares, bordas bem 
delimitadas, consistência fibroelástica, móveis e 
superficiais 
Geralmente ambos são indolores. 
 
Palpação axilar e fossas supraclaviculares: 
-palpar axilas e regiões supra e infraclaviculares para 
avaliar linfonodos. para palpação dos linfonodos 
axilares: 
a) levantar o membro superior contralateral ao do 
examinador e , coma outra mão, realizar a 
palpação 
b) Colocar a mão direita da paciente sobre o 
ombro esquerdo do examinador e, com a mão 
esquerda, palpar os linfonodos da axila direita. 
Segui o mesmo processo para a axilar 
contralateral 
Realizar a palpação superficial da região supra e 
infraclavicular 
-Paciente deitadas 
-O médico deve se colocar à direita do leito 
-Palpação e expressão mamária: 
-Paciente em decúbito dorsal com as mãos colocadas 
sob o pescoço. Palpar as seis sub-regiões da mama, 
começando pela mama normal, caso haja queixa 
mamária. A palpação superficial deverá ser feita com 
as pontas dos dedos em movimentos circulares e 
radiais (no sentido horário) da periferia para o 
centro da mama ou em paralelo, enquanto que a 
palpação profunda deverá ser feita com a com a 
palma da mão ou com a dedilhação mais 
aprofundada. Começar a palpação pelo quadrante 
superior externo da mama a ser examinada. 
-Realizar a expressão mamária(no sentido da periferia 
para o centro) 
-Se houver secreção, observar: quantidade, 
coloração, números de ductos 
- Se registrar nódulos: observar as dimensões, 
números de nódulos, consistência, mobilidade, 
alterações de estrutura adjacentes, localização 
(quarante e posição) 
-Justificar a necessidade do autoexame das mamas 
 
Estimular a auto palpação de mama, sendo a melhor 
época 7 dias antes ou depois da menstruação. 
A terceira imagem é uma mama assimétrica com uma 
quadrantectomia retirada de um quadrante. 
Avaliação em pinça, expressão para ver quantos 
ductos estão saindo secreções. O pior prognóstico é 
uniductal e unilateral. se for bilateral pode estar 
relacionada com café, coca, psicotrópico,ansiolítico, 
anticoncepcional. Pode ser exsudato(pus), leucorreia. 
 
EXAME FÍSICO ABDOMINAL 
Inspeção- observar forma, volume, aspecto da pele, 
circulação colateral, presença de cicatrizes e 
abaulamentos nas nove regiões do abdome 
 
Pode-se fazer a ausculta, observar RHA. 
 
 
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Palpação: 
-Deve ser realizada cuidadosamente. A palpação 
superficial e realizadas as mãos espalmadas, 
percorrendo todo o abdome, exercendo pressão leve, 
procurando definir a presença de irregularidades e 
iniciando sempre pelas áreas não dolorosas 
A palpação profunda é feita exercendo maior pressão 
no abdome, com o objetivo de encontrar alterações 
e/ou definir melhores achados da palpação superficial 
-O hipogástrio e as fossas ilíacas são examinados 
detalhadamente nesse momento. Observar os órgãos 
de cada região: Hipogástrica (útero, bexiga, reto, 
síndrome do colo ou intestino inguinal, diverticulite), 
fossa ilíaca direita (apêndice, ovário, trompas 
uterinas) 
-Caso a paciente apresente dor, observar a 
localização, a irradiação, se é espontânea ou 
provocada pela palpação 
-Nos casos de tumor, avaliar localização, limites, 
volume, forma, superfície, consistência, mobilidade e 
sensibilidade 
-A bexiga cheia pode confundir o exame do abdome 
 
-Colocar a paciente em posição ginecológica (posição 
de talha litotomia), em que ela fica em decúbito 
dorsal, nádegas na borda da mesa, pernas fletidas, 
sobre as coxas e estas sobre o abdome, apoiando os 
pés sobre a mesa. 
-A paciente deve ficar confortável 
-O examinador deve colocar máscara (a critério) e 
luvas de procedimentos 
-Se a queixa for dor, sempre começar pelo lado 
contralateral. 
 
 
 
 
 
ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS 
-Os genitais externos deve ser examinadossob boa 
luminosidade 
Inspeção estática da vulva: 
-Observar trofismo da vulva, pilificação (quantidade e 
distribuição dos pêlos), monte de vênus, tatuagens, 
piercings,abaulamento ou retrações, se tem 
escoriações, coaptação e lesões (vesículas como na 
Herpes, Nodulações) 
-Olhar a forma e simetria dos lábios externos e 
internos 
-Sob tração suave dos lábios externos, observar a 
região vestibular, avaliando lábios internos, clitoris, 
meato uretral, himen, furcula vulvar e região das 
glândulas de Skene (parauretrais, lubrificam a parede 
vaginal) e de Bartholin(lubrificação). Pode formar 
Skenemite e Bartolinite ocorre quando os ductos 
ficam obstruídos, como por exemplo em casos de 
bactérias na região. 
 
Posição da paciente: 
 
Melhor posição é com o pé (menor manuseio, com o 
bumbum na ponta da cama, facilita a introdução do 
espéculo), mas pode ser com a perneira abaixo da 
fossa poplítea. 
Inspeção dinâmica da vulva: solicitar ao paciente 
que realize a manobra de Valsalva e observar 
eventual descida das paredes, do colo e perda 
urinária. 
Inspeção estática do períneo, região perianal e 
inguinocrural-observar presença de lesões, inclusive 
cicatrizes 
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ANAMNESE E EXAME FÍSICO EM GINECOLOGIA 
Inspeção da vagina e do colo uterino (exame 
especular)-observar se a paciente apresenta hímen 
roto. 
-Certificar-se da necessidade da coleta de material 
para citologia(prepara lâmina e ludo previamente) 
-Seleciona o espéculo mais adequado e mantê-lo 
totalmente fechado. Utero em AVF(anteverso 
pressão) ou RVF (retroversopressão), 
MVF(medioverso pressão) 
-Afastar os lábios externos da vulva e introduzir o 
espéculo cuidadosamente, de modo que o eixo sagital 
do instrumento seja colocado ligeiramente inclinado 
na fenda vulvar à esquerda da paciente. A introdução 
deve ser realizada com o espetáculo levemente 
inclinado para baixo , à proporção que se vai 
introduzindo, realizar-se um movimento de rotação 
para horizontalizar as valvas. Em paciente 
menopausadas, é conveniente umedecer o espéculo 
com solução fisiológica para facilitar a introdução 
-Após o espéculo totalmente introduzido, deve-se 
começar a abertura das valvas, de modo lento e 
cuidadoso. Especulo não pode ser usado com 
derivados de petróleo, como vaselina, pode-se usar 
soro fisiológico ou gel de Ultrassom. 
-As pacientes que possuem útero em posição de 
anteversoflexão ou retroversoflexão acentuada, 
podem apresentar dificuldade na exposição do colo. 
 
 
 
INSPEÇÃO DA GENITÁLIA 
-Aberto o espéculo, observar as características e 
alterações de parede vaginais, fundos de saco e colo 
uterino, bem como do fluxo genital 
-O colo deve apresentar coloração rósea nas 
mulheres na menacme e, nas menopausadas 
geralmente com coloração rosa pálido 
-Para a realização da coleta de material para o exame 
Papanicolau (prevenção do câncer cervical), tomar a 
lâmina com borda fosca previamente 
-Identificado com as iniciais do nome da paciente e o 
número de de registro, limpar com gaze seca. 
-Pode colher em 2 tempos: ectocérvice e endocérvice. 
 
 
COLPOCITOLOGIA ONCÓTICA 
-Para a coleta do ectocérvice, usar a extremidade 
com a borda recortada/fenestrada da espátula de 
Ayres ou escova endocervical-cytobrush, adaptar a 
parte protrusa no orifício externo do colo e realizar um 
movimento giratório de 360 graus no sentido horário. 
-Distribuir o material na metade da lâmina, em 
seguida introduzir a escova no canal endocervical, 
realizar movimento giratório de 180 graus e distribuir 
o material na outra metade da lâmina. 
-Depositar essa lâmina em recipiente com a solução 
fixadora 
 
TESTE DE SCHILLER/ ÁCIDO ACÉTICO 
-Realizar o teste de Schiller, utilizando o lugol para 
impregnar o colo. Aqueles que coram com o iodo são 
considerados Schiller negativo, e os colos e/ou áreas 
que não coram são consideradas Schiller positivo 
-Realizar colposcopia e procedimentos 
complementares (biópsia), se for o caso. Nas 
pacientes histerectomizadas para prevenção do 
câncer vaginal, a coleta deve ser realizada com a 
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extremidade lisa da espátula de Ayre, realizando-se 
movimentos horizontais para recolher o material da 
cúpula vaginal. 
-Distribuir o material colhido em toda a lâmina 
preparada, da mesma forma indicada anteriormente 
para o esfregaço da cérvice 
-Colhido o material, retirar cuidadosamente o 
espéculo fechando-o lentamente e observadas 
paredes vaginais. 
-Desprezar cuidadosamente o material utilizado e 
realizar o toque vaginal 
-Para a execução do toque vaginal, recomenda-se 
trocar a luva da mão direita e lubrificar com vaselina, 
creme vaginal ou umedecer com solução fisiológica 
-Melhor época para colher Papanicolau é no período 
ovulatório 
 
Colo em Fenda, parto normal 
Colo ovalado, parto cesárea 
Colo puntiforme, nunca engravidou 
 
TOQUE VAGINAL 
Toque vaginal simples: 
-Antecipar o exame para a paciente 
-Lubrificar a luva, afasta os lábios externos e 
introduzir um ou dois dedos no canal vaginal, 
cuidadosamente 
-Alcançar o fórnix vaginal, observar tamanho, 
elasticidade, abaulamentos ou tumorações vaginais, 
bem como as características do colo uterino (tamanho 
e consistência, dor e mobilidade) 
Toque vaginal combinado: 
-colocar os dedos no fundo de saco posterior, 
elevando o colo uterino e, com a mão esquerda no 
abdome, palpar o corpo uterino que deve ser 
piriforme, de consistência firme, superfície lisa e 
móvel no sentidos anteroposterior e lateral. 
-Observar a posição do corpo uterino: se em 
anteversoflexão ou retroversoflexão. Continuar o 
procedimento para avaliação dos anexos 
-Dirigir os dedos da mão direita para os anexos 
direitos e esquerdos e procure palpar com a mão 
esquerda dirigida para a direita e à esquerda do 
abdome 
-Frequentemente os anexos não são palpados e são 
indolores à mobilidade 
-E mulheres obesas, a palpação torna-se difícil 
-Ao terminar o toque dos anexos, retirar parcialmente 
os dedos da vagina e solicitar à paciente que aperte 
os dedos do examinador para avaliar a tonicidade da 
musculatura 
-Se a paciente conseguir exercer pressão normal para 
os dois dedos considera-se o períneo suficiente, se 
não, considera-se insuficiente. 
-Em seguida, pressiona o terço inferior da parede 
anterior da vagina para realizar a expressão uretral 
 
TOQUE RETAL 
-O toque retal tem indicação quando há tumoração 
pélvica e para estadiamento de câncer genital 
-Toque retal simples 
-Calçar a luva e lubrificar o dedo indicador 
-Realizar o toque avaliando o tonus do esfincter anal 
as paredes e o coteudo da ampola retal, bem como a 
presenca de eventual retocele 
 
 
 
 
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Semiologia- Andreia 
-Postura profissional 
-Relação médico paciente-confiança (sucesso 
-Terapêutico/médico defensiva) 
-Laço emocional-disponibilidade afetiva 
-Ginecologista como médico primário 
-Não tem uma rotina semiótica rígida 
 
ANAMNESE EM GINECOLOGIA 
 
Queixa principal:nem sempre tem um queixa- pode 
ser de rotina 
 
HDA: aparelho genital, urinário e gastrointestinal 
(eles caminham juntos) 
 
HPP: 
-doenças crônicas 
-doenças infectocontagiosas- ISTs 
-Medicamentos 
-Cirurgias prévias 
 
História familiar: 
-Câncer (principalmente parentes de 1 grau, destaque 
para câncer de mama) 
-Síndromes genéticas 
-Puberdade/menopausa precoce (se há na mãe, 
maior chance de ocorrer com a filha/ geralmente a 
menopausa precoce ocorre aproximadamente abaixo 
de 40 anos) 
 
*Menopausa: diagnóstico retroativo, 1 ano continuo 
sem menstruar 
*Climatério:falência ovariana, pode ocorrer 6 a 10 
anos antes da menopausa 
*Histerectomia:retirada do útero 
*Ooforectomia: retirada do ovário 
 
História social: 
-Tabagismo/etilismo 
-Exercício físico 
 
História obstétrica: 
-G_P_A 
G-quantidade de gestações-“Gesta” 
P-parto, se lê “para”- quantidade de filhos e como 
nasceu. 
Ex: Pn1(normal)/ Pe1(cesariana)/ PE1(gravidez 
ectópica) 
A-quantidade de abortos 
Ex: G3 P2 A1 
-Tipos de parto e procedimentos obstétricos 
(cesarianas, curetagens, cerclagem) 
-Tempo de amamentação (questão hormonal, 
nenhuma ou pouco tempo de amamentação é risco 
para câncer de mama, responsivo a progesterona) 
-História patológica pregressa: pré-eclâmpsia 
(pressão alta), diabetes,abortamento de repetição 
-Alergias, cirurgias, transfusões sanguíneas 
(incompatibilidade Rh), uso de medicamentos, 
viroses e imunizações da infância 
 
*Gestação Molar ou mola hidatiforme: gestação mas o 
zigoto vira um tumor, é uma condição benigna, que 
precisa ser retirado, pode ou não ter presença de 
placenta e de embrião e tem aspecto de sagu. 
*curetagem: raspagem de tecidos uterinos, ou para 
amostra biológica ou ainda para retirada de tecidos 
indesejados, forma cicatriz uterina. Esse processo 
pode gerar sinéquias na região, formando uma 
“parede” ou aderência total do útero. 
*cerclagem: sutura do colo do útero para evitar partos 
pré maturo 
*Sinéquia uterina: aderência entre os tecidos 
 
História ginecológica: 
-DUM (data da última menstruação- 1 dia- 
sangramento vermelho vivo) 
-menarca (quando foi a primeira menstruação) 
-pubarca/telarca (evolução na adolescência, a 
telarca é o aparecimento do broto mamário do ponto 
de vista clínico normalmente a paciente vai menstruar 
em 2 anos; a pubarca é o aparecimento de pelos 
pubianos) 
“TPM” - cronologia 
começa pela telarca, depois pubarca e depois a 
menarca 
-coitarca ou sexarca (idade com quem a paciente 
teve a 1 relação sexual) 
-Menopausa (12 meses sem menstruação 
consecutiva) 
-ciclo menstrual 
O “normal”: 28 dias 
Ex: 4/28(menstrua 4 dias, em um ciclo de 28 dias) 
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 12/4/28 (menarca, 4 dias de fluxo, e menstrua 28 
dias) 
É mais fácil a paciente ter a SEGUNDA fase do ciclo 
menstrual pois é mais programada, pois geralmente 
ocorre 14 dias após a ovulação. Nessa fase, temos 
muito progesterona devido ao corpo lúteo. 
A ovulação é mais difícil, depende de vários fatores 
como glicemia e colesterol. 
Padrão menstrual: 
-Menstruação (ciclo de 28 dias é a base): é o 
sangramento cíclico que ocorre cada 24 a 38 dias, 
durando de 3 a 8 dias, com perda sanguínea de 50 a 
80ml. 
-Polimenorreia: intervalo menor que 24 dias, pode 
menstruar 2 vezes no mês, menstrua mais (pensar 
me frequencia) 
-Oligomenorreia: ciclo superior a 38 dias, pode 
menstruar a cada 2 meses, menstrua pouco. 
-Amenorreia*: 3 ciclos sem menstruar ( mais de 3 m) 
-Hipermenorreia: duração mais alta do ciclo, mais de 
1 semana menstruando, mais que 8 dias (pensar em 
quantidade) 
-Hipomenorreia: menstrua pouco, menos que 3 dias. 
Ex: 1 ou 2 dias, como as que tomam pílula. 
-menorragia ou menorreia: fluxo excessivo 
-Metrorragia:sangra fora do período menstrual. 
-Sinusorragia*: paciente que sangra durante ou após 
o ato sexual 
 
-Leucorreia ou corrimento (prestar atenção se não 
está no periodo fertil, método de billings, ver o muco, 
se estiver finlante está no periodo fertil) 
-Dismenorreia: menstruação dolorosa 
-TPM ou síndrome pré menstrual: cefaleia, 
mastalgia, peso no baixo ventre e nas pernas, 
irritação, nervosismo e insônia 
-MAC (método anticoncepcional, colocar o tipo:pílula, 
DIU, adesivo, injetáveis) 
-Vida sexual: 
● dispareunia (introital/penetração ou profunda)- 
dor na relação sexual. Pode ser de 
profundidade,ou penetração=introital. Pode ser 
causada por endometriose (causa fibrose, 
utero imovel, geralmente dor de profundidade), 
câncer, infecção urinária, vulvovaginite 
● libido 
● orgasmo 
-colpocitologia oncótica (colpo-vagina, exame 
celular, papanicolau, exame de células do colo 
uterino) 
-alterações mamárias 
● mastalgia (nódulos geralmente não tem dor, 
ocorre mais quando há alterações hormonais 
● secreção mamilar 
-alterações urinárias 
● disúria/polaciúria 
● sensação de micção incompleta 
● incontinência 
 
-Sintomas climatério 
● Fogachos (queda de estrogênio perto dos 50 
anos, ocorre desregulação no hipotálamo e 
como é ele quem controla a temperatura, 
pessoa fica vermelha, começa a sentir muito 
calor, sudorese, pode fazer reposição 
hormonal, usar Venlafaxina 
● atrofia 
 
 
 
EXAME FÍSICO EM GINECOLOGIA 
-Paciente completamente despida 
-Avental ou lençol- desnudamento setorizado 
-Esvaziar bexiga (em casos de incontinência não 
precisa esvaziar) 
-Avaliar estado geral 
-Peso/altura/IMC 
-Circunferência abdominal 
-Sequência: mama,abdome,genitália 
(crânio-caudal) 
 
 
 
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EXAME FÍSICO DAS MAMAS 
-Inspeção estática: vemos a paciente sentada, com 
braços relaxados, avaliar a mama e observar simetria, 
lesão de pele aparente, retrações de mama 
(estática),abaulamento. 
-Inspeção dinâmica: pedir para ela movimentar para 
trás e para frente com a mão na cintura, pedir para 
levantar os braços para ver retrações inferiores). 
-palpação de linfonodos axilares e 
supraclaviculares (paciente sentada, braço solto, 
médico segura o braço, palpa axila e depois clavícula 
e cervical). 
-Palpação mamária: paciente deitada, ou posição 
de Flutter, com braços relaxados: palpar com as 
duas mãos com as falanges, sempre o médico do 
lado direito, palpar a mama distal primeiro, não tocar 
no mamilo. O normal é estar flacida 
-Expressão (aperto para ver se tem secreções) 
 
Na mama, usamos o sistema de relógio, como: 
lesao hipercromica as 4 horas na mama direita 
 
Ou ainda pode dividir em quadrantes: 
-quadrante superior lateral ou externo 
-quadrante superior medial ou interno 
-quadrante inferior externo ou lateral 
-quadrante inferior interno ou medial da mama ….. 
 
Não usar as polpas digitais para fazer a palpação e 
sim usar as falanges mediais e distais 
2 sinais de CA de mama: 
-secreção sanguinolenta ou 
-secreção transparente, tipo água, cristalina 
Se for purulenta indica infecções 
A secreção esbranquiçada, aspecto leite, não há 
preocupações, pode ser prolactina alta, ou gravidez 
 
EXAME FÍSICO ABDOMINAL 
-Inspecção: estado nutricional, aspecto da pele, 
distribuição de pêlos (pode ter hiperandrogenismo- 
pelos a mais como na barriga), presença de linha alba 
-Palpação: ovários e úteros em intrapelvicos em 
condições normais não são palpáveis (em casos 
de útero gravídico e miomas são palpáveis ) 
-Percussão 
-Ausculta 
 
EXAME DA GENITÁLIA EXTERNA 
-Acolher a paciente 
-Litotomia ou posição ginecológica (pessoa com as 
perna semifletidas em direção ao abdome, ou mesas 
com apoio de pé) 
-Iluminação e avisar o que está fazendo, médico 
sentado 
 
Inspeção estática: 
- Grandes lábios, pequenos lábios, clitóris, 
membrana himenal, meato uretral, corpo 
perineal, introito vaginal 
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- Distribuição de pelos, simetria de grandes e 
pequenos lábios (hiperandrogenismo pode ter 
pelos na coxa) 
 
 
Inspeção dinâmica: 
Avaliar distopias genitais, paciente ao longo da idade 
por fraqueza abdominal, perda de massa magra ou 
que engorda muito, os órgão tendem a descer. 
- Realizar as manobras que aumentam a pressão 
abdominal (manobra de valsalva): observar cistocele 
(bexiga “desce”por flacidez da parede vaginal), perda 
urinária, retocele, prolapso uterino 
 
 
 
 
 
EXAME ESPECULAR- Exame Genital interno 
-Especulo de collins (pás articuladas que é 
introduzido de forma oblíqua na vagina, após a 
introdução girar em 90 graus, para que a fenda da 
abertura fique na horizontal, assim, quando ele abrir 
vai estar na vertical para ver o colo de útero, 
conteúdo vaginal (parede) e mucosa vaginal 
(descrição distal->proximal) 
-Visualização direta do colo uterino, conteúdo 
vaginal e mucosa vaginal 
-Teste das aminas com hidróxido de potássio a 
10%: Misturar com a secreção para ver se há 
liberação de odor, observar se é vaginose ou não 
-Teste de Schiller: iodo ( iodo se liga ao glicogênio 
da vagina, se tem alterações por HIV, o vírus 
consome o glicogênio e a região fica esbranquiçada 
porque não tem glicogênio e o iodo não se liga) 
-Exame Citológico de papanicolau-coleta tríplice 
com a espátula de Ayre e escova endocervical 
 
 
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TOQUE VAGINAL: 
Análise da genitália interna e toda a pelve 
-Toque vaginal bimanual (mão esquerda no abdômen, 
mão direita faz o toque, 2 e 3 dedo introduz e gira) 
-Uni ou digital 
-Avaliar elasticidade e abertura vaginal 
-Consistência e sensibilidade à mobilidade do colo 
-Avaliar consistência, posição,mobilidade e tamanho 
do útero 
-Ovários não palpáveis em algumas condições 
Trompas sempre não palpáveis 
-Exame do fundo de saco lateral e de douglas 
-Toque retal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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