Buscar

RESUMO DE.HISTÓRIA DO DIREITO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 41 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

RESUMO DE HISTÓRIA DO DIREITO
Os primeiros documentos com valor jurídico relativos ao que chamamos hoje de Brasil são anteriores a própria existência jurídica do Brasil.
Alguns autores indicam a Bula Inter Coetera (de 1493) e o Tratado de Tordesilhas (de 1494) como sendo os documentos que trazem a posição de primeiros documentos jurídicos que afetaram o que é hoje o Brasil.
Mesmo antes da viagem de Colombo houve um Tratado celebrado entre Portugal e Espanha em 6 de março de 1480, o Tratado de Toledo, que dava a Portugal a exclusividade de águas e terras ao sul das Canárias. Utimou-se em Tordesilhas, em 7 de junho de 1494, o acordo que deu fim a longas negociações entre as duas coroas. Conforme a principal cláusula do diploma as duas monarquias estabeleciam o meridiano traçado a 370 léguas a oeste das Ilhas Cabo Verde, tudo que estivesse seria espanhol, a leste de Portugal.
• Tratado de Toledo – 1480
A inevitável rivalidade entre Portugal e Espanha, pela disputa das terras recém descobertas, determinam uma série de acordos entre os reinos ibéricos. Pelo Tratado de Toledo em 1480, Portugal cedia à Espanha as ilhas Canárias e recebia o monopólio do comércio e navegação no litoral africano ao sul da linha do Equador. léguas a oeste das ilhas de Cabo VerdeO Tratado foi o primeiro do género, que regulamentava a posse de terras ainda não descobertas.
• Bula Inter Coetera – 1493
Em 1493 o papa Alexandre VI de nacionalidade espanhola estabeleceu pala Bula Inter Coetera, um meridiano divisório, que passaria 100 léguas a oeste de Cabo Verde, onde a Espanha ficaria com as terras situadas a oeste (recebendo toda América), enquanto que Portugal ficaria com a porção leste (Oceano Atlântico).
• Tratado de Tordesilhas – 1493
O Tratado estabelecia a divisão das áreas de influência dos países ibéricos, cabendo a Portugal as terras "descobertas e por descobrir" situadas antes da linha imaginária que demarcava 370 léguas (1.770 km) a oeste das ilhas de Cabo Verde, e à Espanha as terras que ficassem além dessa linha.
AS ORDENAÇÕES FILIPINAS
O sistema jurídico que vigorou durante todo o período do Brasil-Colônia foi o mesmo que existia em Portugal, ou seja, as Ordenações Reais, compostas pelas Ordenações Afonsinas (1446), Ordenações Manuelinas (1521) e, por último, fruto da união das Ordenações Manuelinas com as leis extravagantes em vigência, as Ordenações Filipinas, que surgiram como resultado do domínio castelhano. Ficaram prontas ainda durante o reinado de Filipe I, em 1595, mas entraram efetivamente em vigor em 1603, no período de governo de Filipe II. Não houve inovação legislativa por ocasião da promulgação da Ordenação Filipina, apenas a consolidação das leis então em vigor. A norma editada seguia a estrutura dos Decretais de Gregório IX, dividindo-se em cinco livros que continham títulos e parágrafos: (I) Direito Administrativo e Organização Judiciária; (II) Direito dos Eclesiásticos, do Rei, dos Fidalgos e dos Estrangeiros; (III) Processo Civil; (IV) Direito Civil e Direito Comercial; (V) Direito Penal e Processo Penal.
Foi a partir da nossa Independência, em 1822, que os textos das Ordenações Filipinas foram sendo paulatinamente revogados, mas substituídos por textos que, de certa forma, mantinham suas influências. Primeiro surgiu o Código Criminal do Império de 1830, que substituiu o Livro V das Ordenações; em seguida foi promulgado, em 1832, o Código de Processo Criminal, que reformou o processo e a magistratura; em 1850 surgiram o Regulamento 737 (processo civil) e o Código Comercial. O livro que ficou mais tempo em voga foi o IV, vigorando durante toda a época do Brasil Império e parte do período republicano, com profundas influências no nosso atual sistema jurídico. As Ordenações, portanto, tiveram aplicabilidade no Brasil por longo período e impuseram aos brasileiros enorme tradição jurídica, sendo que as normas relativas ao direito civil só foram definitivamente revogadas com o advento do Código Civil de 1916. O estudo do texto das Ordenações Filipinas é salutar para a compreensão de boa parte dos nossos atuais institutos jurídicos.
OBS.: 1- Ordenações Afonsinas (1446) - é que estava em vigor na época do descobrimento do Brasil.
2 -Ordenações Filipinas (1603) serviram de base para o enforcamento de Tiradentes.
PRIMEIROS DOCUMENTOS JURÍDICOS BRASILEIROS:
O Governo-Geral foi um sistema administrativo introduzido no Brasil em 1548 para, basicamente, centralizar o poder político e administrativo nas mãos de um representante do rei, no entanto não substituiu as então falidas Capitanias Hereditárias, logo se sobrepôs sem extingui-las.
Carta de foral é um documento concedido por um rei ou por um senhorio a uma povoação onde se estabelecem as normas de relacionamento dos seus habitantes, entre si e com o senhor que lhes outorgou o documento. É concedido como uma carta de privilégio, concedendo aos moradores da terra que a recebe um estatuto privilegiado ou de exceção. Foral era um diploma, também designado por carta foral, concedido pelo rei ou por um senhor laico ou eclesiástico, a um determinado local, dotando-o de autoridade legítima na comuns, etc. A Coroa tinha particular interesse nos forais porque estes funcionavam como fontes de receitas, sendo dinamizadores da economia nacional, ao mesmo tempo que fortaleciam o poder central. Os forais entraram em decadência no século XV, tendo sido exigida pelos procuradores dos concelhos a sua reforma, o que viria a acontecer no reinado de D. Manuel. Foram extintos por Mouzinho da Silveira em 1832.
A carta de Doação era um documento da Coroa Portuguesa pelo qual esta fazia a concessão de uma capitania e dos seus direitos sobre ela, a um capitão donatário. Esse documento estabelecia os limites geográficos da capitania e proibia o comércio das suas terras, aceitando a transferência territorial apenas por hereditariedade; regulamentava os limites das capitanias; dava jurisdição civil e criminal sobre a área da capitania. Era complementado pela chamada Carta de Foral, que fixava os direitos e deveres do capitão donatário.
O Alvará Régio é um termo jurídico antigo usado para designar um edito real. Pode ser interpretado e caracterizado como uma licença real ou decreto régio em um estado tipicamente absolutista, de uma monarquia ou de um império. Durante o período do Brasil colonial e em vários períodos da história de Portugal, os reis ou regentes fizeram uso deste edito para governar.
Carta Régia é o nome dado à carta de um rei dirigida às autoridades ou à autoridade e que em seu conteúdo continha, muitas vezes, determinações gerais e permanentes.
Estrutura judiciária no Brasil Colônia:
• Ouvidor
• Juiz Ordinário ou da Terra
• Juiz de Vintena
• Almotacés
• Juiz de Fora
• Juiz de Orfãos
Podemos indicar, através do estudo de Jônatas L. M. de Paula uma visão panorâmica da estrutura judiciária do Brasil colônia, principalmente depois da Ordenação Filipina:
• Ouvidor – além das funções administrativas cabia-lhe conhecer e julgar os processos cíveis e criminais.
• Juiz Ordinário ou da Terra – eleito entre os homes bons, tinham como função processar e julgar os processos cíveis e criminais.
• Juiz de Vintena – cabia-lhe julgar em processo verbal as questões de pequena monta.
• Almotacéis – competia-lhes questões sobre servidões urbanas e nunciações de obras novas.
• Juiz de Fora – substituía o juiz ordinário nas causas cíveis cujo valor não ultrapassasse mil réis nos bens móveis e nas localidades de até 200 casas.
• Juiz de Órfãos – cabia-lhe processar e julgar inventários, partilhas, causas decorrentes deles ou em que fosse parte deles menores ou incapazes, assim como as causas envolvendo tutela e curatela. 
Para o segundo e terceiro graus de jurisdição o órgão máximo era a Casa da Suplicação, com sede em Lisboa. Outros eram o Desembargo do Paço, a Casa do Porto, a Mesa da Consciência e Ordens, o Conselho Ultramarino, a Junta de Comércio, o Conselho do Almirantado, o Tribunal da Junta dos Três Estados, o Régio Tribunal ou Fazenda e o Tribunal do Santo Ofício.
Legislaçãoespecífica para controle da atividade aurífera na Colônia:
• Código Mineiro de 1603
• Código Mineiro de 1618
• Regimento de 1702
A descoberta do ouro no Brasil não ocorreu, ao menos de todo, por acaso. Só no final do século encontraram jazidas importantes e provocaram uma grande mudança na colônia e na metrópole. O grande afluxo de pessoas gerava uma falência permanente no setor de produção de alimentos.
À medida que as jazidas foram sendo encontradas em maior número e a produção aurífera aumentava o governo metropolitano interessava-se, cada vez mais, em controlar esta atividade. Por isso há toda uma legislação específica para este setor no período, dentre outros podemos citar o Código Mineiro de 1603 e 1618 e o Regimento de 1702. 
O Código Mineiro estabelecia que todos os súditos do rei podiam extrair livremente o ouro, desde que reservassem para a Real Fazenda a quinta parte do produto.
O Regimento de 1702 é considerado o regimento mais importante porque alterou substancialmente os códigos anteriores e traçou as linhas básicas do sistema que persistiu até o fim do período colonial.
O regimento criou, então, um governo especial para as zonas auríferas: a Intendência das Minas que estava vinculada somente a Lisboa. As atribuições desta Intendência eram amplas.
Outra modificação efetuada pelo Regimento foi a substituição do Provedor, criado pelo Código Mineiro, por um Superintendente, com atribuições jurídicas mais extensas.
Em 1700 foram nomeados por decreto régio Provedores e Escrivãos que seriam responsáveis pela fiscalização do pagamento dos quintos.
Em 1713 a Junta da Fazenda de Vila Rica propôs que se substituísse o quinto por uma quantia anual fixa, era o chamdo sistema de fintas, mas a Coroa, em 1735 criou um sistema mais eficiente e mais cruel ainda do ponto de vista dos colonos: a “Taxa de Capitação dos Escravos e o Censo das Indústrias” que reunia a idéia do sistema de 1710 – cobrança per capta de escravos utilizados – incluíndo escravos não utilizados na mineração e cobrando de pessoas livres que mineravam e todos da região das minas da mesma maneira
.
Em 1735 a Coroa voltou atrás novamente, entretanto, haveria um mínimo a ser pago, muito alto e portanto muito difícil de cumprir, o que levaria à Derrama.
- decretação, em 28 de janeiro de 1808, da Abertura dos Portos, que pos fim ao monopólio comercial português no Brasil, fixando-se em 24% “ad valorem” os direitos alfandegários sobre as importaçoes,
A partir da vinda da corte portuguesa, criou-se no Brasil um aparelho de governo e administração, uma orientação econômica e social e houve a transformação do Rio de Janeiro no centro de autoridade política do Brasil.
Medidas significativas foram tomadas no período joanino na economia, na politica interna e administração e na politica externa:
Decretação, em 28 de janeiro de 1808, da Abertura dos Portos, que pos fim ao monopólio comercial português no Brasil, fixando-se em 24% “ad valorem” os direitos alfandegários sobre as importações, assinatura, em 1810, de três tratados: um de Amizade e Aliança, outro de Comércio e Navegação e um último que vem regulamentar as relações postais entre os dois reinos. O segundo, que maiores efeitos teve sobre a economia brasileira, determinava que os produtos britânicos passariam a pagar 15% de impostos nas alfandegas brasileiras, enquanto que os portugueses pagariam 16% e os dos demais países continuariam com a taxa de 24%..
Fundação do Banco do Brasil, para emitir moeda, gerir fundos para manutenção da Corte, facilitar o pagamento dos soldos e promover transações mercantis; criado em 12 de outubro se 1808 o Banco do Brasil através de alvará
elevação do Brasil a categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves por ocasião do Congresso de Viena (1815). Para que a disnatia de Bragança fosse considerada “legítima”, e, portanto, merecedora de respeito e reconhecimento pelas demais potências absolutistas, era necessário que habitasse o reino, ou seja, que voltasse a Portugal. O impasse foi resolvido com a elevação do Brasil a Reino. Alem disso, a nova situação do Brasil consolidava a posição dos portugueses no continente, como monarquia absolutista, importante num momento em que a América toda partia para governos republicanos, o que não era interesse da política reacionária do Congresso de Viena.
Não se compreendia uma Corte sem uma Casa de Suplicação e a Corte estava no Rio de Janeiro Criou-se por alvará em 10 de maio de 1808 a Casa de Suplicação ( Atual STJ) elevando a hierarquia da Relação do Rio de Janeiro e completando seus quadros com magistrados e outros que a nova condição exigia. 
Em 10 de maio de 1808 também foi criado o cargo de Intendente Geral de Polícia com jurisdição sobre juízes criminais que poderiam recorrer à ele porque detinha o poder de prender e soltar presos para investigações.
 A Elevação do Brasil à Condição de Reino Unido
Não se podia mais afirmar que o Brasil era colônia, mas não tinha havido a preocupação de dizer o que era o país. Todas as nações da Europa já designavam o Brasil como Reino. O que faltava era o aval legal da Lei Portuguesa. Isto foi feito pela Carta de Lei 16 de dezembro de 1815 que acrescentava ainda Algarves ao conjunto de Reinos Unidos.
O processo de independência do brasil
O processo de independência começa com o agravamento da crise do sistema colonial e se estende até a adoção da primeira Constituição brasileira, em 1824. As revoltas do final do século XVIII e começo do XIX, como a Inconfidência Mineira, a Conjuração Baiana e a Revolta Pernambucana de 1817, mostram o enfraquecimento do sistema colonial. A independência dos EUA e a Revolução Francesa reforçam os argumentos dos defensores das idéias liberais e republicanas.
A partir de 1821, as Cortes Constituintes – o Parlamento lusitano – obrigam Dom João VI a jurar lealdade à Constituição por elas elaborada e a retornar imediatamente a Portugal. No Brasil fica Dom Pedro, como regente. 
Pressionado pelas Cortes Constituintes, Dom João VI chama dom Pedro a Lisboa, mas o príncipe regente resiste às pressões, que considera uma tentativa de esvaziar o poder da monarquia. Forma-se em torno dele um grupo de políticos brasileiros que defende a manutenção do status do Brasil no Reino Unido. Em 29 de dezembro de 1821, Dom Pedro recebe um abaixo-assinado pedindo que não deixe o Brasil. Sua decisão de ficar é anunciada no dia 9 de janeiro do ano seguinte. O episódio passa à história como o Dia do Fico.
No dia 7 de setembro de 1822, numa viagem a São Paulo, Dom Pedro recebe as exigências das cortes. Irritado, reage proclamando a independência do Brasil. Em 12 de outubro de 1822 é aclamado imperador pelos padres do reino e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro em 1º de dezembro, recebendo o título de Dom Pedro I. No início de 1823 realizam-se eleições para a Assembléia Constituinte da primeira Carta do império brasileiro. A Assembléia é fechada em novembro por divergências com Dom Pedro I. Elaborada pelo Conselho de Estado, a Constituição é outorgada pelo imperador em 25 de março de 1824. Com a Constituição em vigor e vencidas as últimas resistências portuguesas nas províncias, o processo de separação entre colônia e metrópole está concluído. A independência, entretanto, só é reconhecida por Portugal em 1825, quando Dom João VI assina o Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil.
 
 A Constituição outorgada de 1824
CONSELHO DE ESTADO
• Seis ministros
• Outros 4 membros escolhidos
pelo Imperador
• 40 dias para elaborar a carta.
A Comissão nomeada por D. Pedro I para elaborar uma Carta Constitucional chamada de Conselho de Estado era composta por seis ministros e mais quatro membros escolhidos pelo Imperador. Ela tinha um prazo de quarenta dias para a elaboração da Carta. A Constituição foi então outorgada, imposta por D. Pedro I e, apesar de críticas contundentes em todas as províncias acabou por ser assimilada por imposição.
ALGUNS PONTOS DA CONSTITUIÇÃO
Não era possível para D. Pedro I, por mais que desejasse,centralizar de forma absoluta aparente, o poder em suas mãos. Era preciso identificar o governo com uma Monarquia Constitucional e assim o fez a Constituição de 1824:
Na Constituição de 1824 foram definidas as primeiras regras do sistema eleitoral brasileiro. Foi criada a Assembléia Geral, órgão máximo do poder Legislativo nacional, composta pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, cujos integrantes eram escolhidos pelo voto dos cidadãos.
Lembrar :
Governo:
Monárquico, hereditário, constitucional e representativo.
Tratava-se de forma Unitária de Estado, com nítida centralização político-administrativa
Território
As antigas capitanias foram transformadas em províncias, que, por sua vez, poderiam ser subdivididas. As províncias eram subordinadas ao Poder Central e tinham um “Presidente”, nomeado pelo Imperador e que poderia ser removido a qualquer tempo (ad nutum) em nome do “bom serviço do Estado”.
Dinastia imperante:
A do senhor D. Pedro I, Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil. Durante o Império tivemos, também, a dinastia de D. Pedro II.
Religião oficial do Império:
Católica Apostólica Romana. Todas as outras religiões eram permitidas
com seu culto doméstico, ou particular, em casas para isso destinadas, não podendo, contudo, ter qualquer manifestação externa de templo.
Capital do Império:
A cidade do Rio de Janeiro foi a capital de 1822 a 1889. Com o Ato adicional n. 16, de 12/08/1834, foi transformada em município neutro ou da Corte, entidade territorial para a sede da Monarquia (tinha relacionamento direto com o poder central, não se submetendo ao poder da província).
Organização dos Poderes
Seguindo as idéias de Benjamin Constant,não se adotou a separação tripartida de Montesquieu, já que, além das funções legislativa, executiva e judiciária,estabeleceu-se a função moderadora
Pontos principais
Principais características desta constituição:
O governo era uma monarquia unitária e hereditária;
A existência de 4 poderes: o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o Poder Moderador, este acima dos demais poderes, exercido pelo Imperador;
O Estado adotava o catolicismo como religião oficial. As outras religiões eram permitidas com seus cultos domésticos, sendo proibida a construção de templos com aspecto exterior diferenciado;
Define quem é considerado cidadão brasileiro;
As eleições eram censitárias e indiretas;
Submissão da Igreja ao Estado, inclusive com o direito do Imperador de conceder cargos eclesiásticos na Igreja Católica (padroado);
Foi uma das primeiras do mundo a incluir em seu texto (artigo 179) um rol de direitos e garantias individuais;
O Imperador era inimputável (não respondia judicialmente por seus atos).
Por meio do Poder Moderador o imperador nomeava os membros vitalícios do Conselho de Estado os presidentes de província, as autoridades eclesiásticas da Igreja oficial católica apostólica romana, o Senado vitalício. Também nomeava e suspendia os magistrados do Poder Judiciário, assim como nomeava e destituía os ministros do Poder Executivo.
Voto Censitário
“Art. 3º O seu governo é monárquico, hereditário, constitucional e representativo”
Era preciso deixar participar do poder ao menos uma parte da elite econômica, era isso que os reis chamavam de liberalismo. Não era mais possível compreender um país sem uma sepração de poderes:
“Art. 9º A divisão e harmonia dos Poderes políticos e o princípio conservador dos direitos dos
cidadãos é o mais seguro meio de fazer efetivas as garantias, que a Constituição oferece” 
A Constituição Imperial indicava uma divisão de poderes, de uma Monarquia que desejava ser Constitucional nos moldes Iluministas, indo além de Montesquieu que apontava serem ideiais três poderes, a primeira constituição brasileira interpões um quarto poder, o moderador.
A condição para poder candidatar-se a uma vaga no Senado passavam por idade e muito dinheiro. Mas para alguns bastava ser príncipe. 
Os deputados eram eleitos de forma indireta, nesta Constituição havia a indicação de dois tipos de eleitores como no anteprojeto da Constituinte. Os de primero grau era chamdos “paroquiais” e os de segudo “Provinciais”.
Exercendo o Poder Moderador o Imperador podia fechar a Câmara dos Deputados e convocar novas eleições simplismente alegando necessidade de tal para “salvação do Estado”.
O Imperador tinha por esta Carta Magna o poder de expedir decretos e regulamentos que, na prática, configuravam o estabelecimento de leis.De toda forma uma lei só teria valor no Brasil após a sanção objetiva do Imperador e se este não se pronunciasse acerca da sanção ou do veto de uma determinada lei seria o mesmo que vetá-la.
O Poder Judiciário tão pouco escapava da tão pelágica interferência. Os juízes era nomeados pelo Imperador como chefe do Poder Executivo. Hoje em dia, algumas garantias institucionais são inprescindíveis para que se considere o Poder Judiciário como independente. São elas: independência orçamentária, vitaliciedade, irredubilidade de subsídios e inamovibilidade. que, na prática, configuravam o estabelecimento de leis.
De toda forma uma lei só teria valor no Brasil após a sanção objetiva do Imperador e se este não se pronunciasse acerca da sanção ou do veto de uma determinada lei seria o mesmo que vetá-la.
 O CÓDIGO CRIMINAL DE 1830
O Código Criminal de 1830 foi o primeiro código penal brasileiro, sancionado poucos meses antes da abdicação de D. Pedro I, em 16 de dezembro de 1830. Vigorou desde 1831 até 1891, quando foi substituído pelo Código Penal dos Estados Unidos do Brasil (Decretos ns. 847, de 11 de outubro de 1890, e 1.127, de 6 de dezembro de 1890).
Desde a proclamação da independência em setembro de 1822, a primeira previdência foi manter as leis portuguesas, de modo a não existir uma brecha legislativa.
Em 1827 o Imperador enfatizou a urgência de elaborar-se a codificação civel, no ano seguinte optou-se por criar uma Comissão Biameral para o estudo do assunto e após passado o resultado para a Câmara dos Deputados, foi aprovado e 1830 e entrou em vigor em 8 de janeiro de 1831.
Alguns Pontos do Código Criminal
A pena de morte era prevista no primeiro Código brasileiro e não somente prevista como era descrita a sua execução. Apenas a mulher grávida poderia, temporariamente, escapar do castigo da morte.
Outras penas era previstas: a de Gáles, a de prisão com o trabalho, a de prisão simples, o banimento, a de degredo, a de desterro e a maioria delas suspendia os direitos políticos do condenado. 
Ainda havia a indicação como pena para casos de delitos no exercício de empregos públicos a perda do emprego.
Ainda no tocante às penas, havia uma garantia constitucional que afirmava não poder haver tortura, violência nem a utilização das penas cruéis, esta afirmação constitucional não excluía ninguém. A lei deveria ser igual para todos, menos para os escravos, que eram considerados coisas por um lado e pessoas no caso de delitos.
O CÓDIGO DO PROCESSO CRIMINAL
A Abdicação marcou a retomada do debate liberal que encontrou sua maior expressão no Código Processul Criminal que deveria ser feito com urgência visto que o Código Criminal não contemplava o processo.
No Código de Processo Criminal os municípios foram habilitados a exercer, por si mesmos, atribuições judiciárias e policiais “num renascimento do sistema morto desde o fim do século XVII”.
O Código de Processo deu ao município autonomia, reativando o juiz de paz com poderes de amplitude maior do que os traçados pela Constituição, reconhecendo-o como agente conciliador de litígios e pré-instância judicial, que tinha como função primordial aplainar divergências e evitar conflitos.
Podemos destacar o surgimento de um instituto jurídico importantíssimo para atual noção de justiça: o habeas corpus. Foi no Código de Processo Criminal que ele foi expresso pela primeira vez.Em 1841 foi feita uma reforma no Código de Processo Criminal, acabando com a descentralização.
O ATO ADICIONAL
O Ato Adicional, promulgado em 6 de agosto de 1834 dava maior importância e deveres aos Conselhos Provinciais, que passavam a serAssembléias Legislativas, o poder executivo, entretanto, continuava a ser exercido, conforme determinava a Constituição de 1824, por um presidente nomeado pelo Imperador. A marca do Ato, é uma mistura entre centralização e descentralização que resulta
OUTRAS LEIS DO PERÍODO IMPERIAL
Depois do Código Criminal e do Código de Processo Criminal outras leis foram promulgadas. Um marco histórico da codificação brasileira foi a promulgação, em 1850, do Código Comercial. Análise do Código Comercial de 1850 no contexto do período em que foi criado. A proposta é, de forma sintética, demonstrar a presença dos ideais liberais no início da organização do direito privado brasileiro em um histórico de incipiente e frágil modernização da sociedade brasileira e a importância de uma regulação econômica. Nesse sentido, é importante que tenha sido demonstrado, no tópico anterior, a busca, ainda que não tão bem-sucedida, de uma modernização capitalista. Também é relevante demonstrar, sob uma perspectiva do alcance social e de análise de uma história da luta pela igualdade de gêneros no Brasil, que é somente a partir deste Código que as mulheres maiores de 18 anos conquistariam o direito de abrir seu próprio estabelecimento comercial (ainda que as casadas necessitassem de autorização do marido; o que só iria ser superado pelo Estatuto da Mulher Casada, de 1962). Outro aspecto importante de se destacar é que o longevo Código Comercial produziu efeitos jurídicos até 2002, quando foi revogado pelo novo Código Civil brasileiro.
Marco estranho foi a Lei de Terras de 1850, a partir desta data só poderia ocupar as terras por compra e venda ou por autorização do Rei. Todos os que já estavam nela, receberam o título de proprietário, porém, tinha que residir e produzir na terra. Entretanto, explica a situação agrária do país até hoje. A Lei de Terras estabelece uma nova regulação jurídica para a terra, que deixa de ser vista como mero status social, transformando-se em uma valiosa mercadoria, capaz de gerar lucro, tanto por seu caráter específico, quanto pela sua capacidade de produzir outros bens. Nesta via, é interessante que a abordagem demonstre a repercussão que esta lei ocasionou, repercutindo seus efeitos na realidade agro-fundiária brasileira até os dias de hoje.
 
 NASCIMENTO DA TRADIÇÃO JURÍDICA BRASILEIRA
O Código Criminal de 1830 e o de Processo de 1832 foram balizas na história jurídica do mundo.
Depois da Independência e depois dos primeiros grandes Códigos brasileiros entrarem em vigor cursos jurídicos começaram a ser criados no Brasil. Os primeiros foram o de Olinda, o de Recife e o de São Paulo. Um outro marco importante para os advogados brasileiros foi a fundação do Instituto da Ordem dos Advogados Brasileiro em 7 de agosto de 1843, na cidade do Rio de Janeiro.
 LEIS ABOLICIONISTAS:
• Lei 581 de 1850 – Eusébio de Queiroz
• Lei 2040 de 1871 – Ventre Livre
• Lei 3270 de 1885 – Sexagenários
• Lei 3353 de 1888 - Áurea
A primeira etapa do processo foi tomada em 1850, com a extinção do tráfico de escravos no Brasil. Vinte e um anos mais tarde, em de 28 de setembro de 1871, foi promulgada a Lei do Ventre-Livre. Esta lei tornava livres os filhos de escravos que nascessem a partir da decretação da lei.
No ano de 1885, foi promulgada a lei Saraiva-Cotegipe (também conhecida como Lei dos Sexagenários) que beneficiava os negros com mais de 65 anos de idade.
Foi somente em 13 de maio de 1888, através da Lei Áurea, que a liberdade total e definitiva finalmente foi alcançada pelos negros brasileiros. Esta lei, assinada pela Princesa Isabel (filha de D. Pedro II), abolia de vez a escravidão em nosso país.
Denomina-se Lei Eusébio de Queirós[nota 1] a uma legislação brasileira do Segundo Reinado, que proibiu o tráfico interatlântico de escravos.
Foi aprovada em 4 de setembro de 1850, principalmente devido à pressão da Inglaterra, materializada pela aplicação unilateral, por aquele país, do chamado "Bill Aberdeen". Por essa razão, no Brasil, o Partido Conservador, então no poder, passou a defender, no Poder Legislativo, o fim do tráfico negreiro. À frente dessa defesa esteve o ministro Eusébio de Queirós, que insistiu na necessidade do país tomar por si só a decisão de colocar fim ao tráfico, preservando a imagem de nação soberana.
A lei não gerou efeitos imediatos na estrutura do sistema econômico brasileiro. O tráfico ilegal desenvolveu-se intensamente no período posterior à lei e, na verdade, houve um incremento nos índices de entrada de africanos no Brasil.
Se no que se diz respeito à lei que define a própria situação do escravo este é somente propriedade, no tocante a lei penal ele tem uma dúbia situação: é pessoa se for agente do crime e coisa se for vítima. Desta forma o escravo poderia responder a um processo caso cometesse algum delito e seu senhor seria indenizado caso o escravo fosse vítima de alguém. 
O Código Criminal do Império indica o modo pelo qual as penas deveriam ser aplicadas a escravos. Havia uma lei específica contra o escravo que matasse seu senhor, era a lei de 10 de junho de 1835 que condenava o homicida a morte.
Entretanto, muitas vezes, as penas mais pesadas não eram aplicads, porque o escravo ao ser penlizado com as galés ou morte daria prejuízo a seu proprietário.
LEI SARAIVA
O Decreto nº 3.029, de 9 de janeiro de 1881, que teve como redator final o Deputado Geral Rui Barbosa, também ficou conhecido como "Lei Saraiva". Deveu-se tal denominação à homenagem feita ao José Antônio Saraiva, Ministro do Império, que foi o responsável pela primeira reforma eleitoral do país.
O referido decreto instituiu, pela primeira vez, o "Título de Eleitor", proibiu o voto de analfabetos, além de ter adotado eleições diretas para todos os cargos eletivos do Império: senadores, deputados à Assembleia Geral, membros das Assembleias Legislativas Provinciais, vereadores e juízes de paz.
Estabeleceu ainda que os imigrantes de outras nações, em particular a elite de comerciantes e pequenos industriais, e os que não fossem católicos, religião oficial do Império, poderiam se eleger, desde que possuísse renda não inferior a duzentos mil réis. Segundo Raimundo Faoro, havia em 1872, 1.089.659 votantes (eleitores de paróquia), cerca de 10% da população do País, e apenas 20.006 eleitores (eleitores de província), isto é, 0,2% da população brasileira. Na primeira eleição sob o império da lei Saraiva, em 31 de outubro de 1881, compareceram 96.411 eleitores, para um eleitorado de 145.296, menos de 1,5% da população e menos de 1%, se considerados os eleitores comparecentes.
O Império brasileiro constituiu-se, assim, pouco antes da Lei Saraiva, em país dos mais democráticos do mundo. Os eleitores na década de 1870 somavam 10% da população. Na mesma década, no Chile 1%; Itália 2%; Reino Unido 7%; Portugal 8%; Alemanha 9%. Apenas os Estados Unidos, a França e Espanha superavam o Brasil, com 16%, 20% e 24% da população respectivamente.
 CÓDIGO PENAL DE 1890
Mesmo antes da Proclamação da República havia uma tentativa de reformar o Código Criminal de 1830 que, por força da Abolição da Escravatura estava em desacordo com a nova realidade social.
Decreto nº 847 de 11 de outubro de 1890
Livro I – dos crimes e das penas
Livro II – dos crimes em espécie
Livro III – das contravenções em espécie
Livro IV – disposições gerais
O Código Penal define de imediato que segue o Princípio da Legalidade e o Princípio da Terrotorialidade para crimes, eliminando as interpretação extensivas para a qualificação dos mesmos.
Crime e Contravenção foram explicados neste Código, A “reclusão” era uma pena, que deveria ser cumprida em fortaleza, praças de guerra ou estabelecimentos militaresO Código previa a Progressão da Pena, bem como livramento condicional. O artigo 27 deste Código define a imputabilidade. O crime de estupro ainda era diferenciado para “mulheres honestas” e prostitutas.
• Segue os princípios da legalidade e da territorialidade;
• Aboliu as penas infamantes e de caráter perpétuo
• Previa a progressão da pena e a liberdade condicional
PENAS:• Prisão celular
• Banimento
• Reclusão
• Prisão com trabalho obrigatório...
MAIORIDADE PENAL EM ALGUNS MOMENTOS NO BRASIL:
Código Criminal de 1830 – 14 anos
Código Penal de 1890 – 9 anos
Código Penal de 1940 – 18 anos
 CONSTITUIÇÃO de 1891
Constituição de 1891 teve grande influição da Constituição Norte Americana. Não é de estranhar portanto que o Brasil fosse uma República Federativa.
Era República porque estaria exercendo o poder, representativa, pois, governantes seriam eleito de forma a representar os interesses do “povo” e federativa porque os Estados teriam autonomia. 
A divisão de poderes é estabelecida e elimina-se o Poder Moderador, ficando apenas os três clássicos poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Promulgada em 24 de fevereiro de 1891 Sofre pequena reforma em 1926 Vigora até 1930,
Relator: Senador Rui Barbosa
Influência da Constituição Norte-americana de 1787
Governo
República Federativa, sob o regime representativo. Abandonando a forma Unitária, prevê a união perpétua e indissolúvel das províncias, transformadas em Estados Unidos do Brasil
Território
As províncias foram transformadas em Estados Unidos do Brasil, declarada sua união perpétua e indissolúvel e a impossibilidade de secessão.
Distrito Federal
Capital do Brasil, tendo por sede acidade do Rio de Janeiro.
O artigo 3º previu a transferência da capital para o planalto central.
Religião oficial
Não há mais. País leigo, laico ou não confessional.
Estados em relação à religião:
• Teocrático dogmas religiosos efetivamente pautarão as políticas estatais e as relações privadas
• Confessional religião oficial pode influir nos rumos políticos e jurídicos, além de possuir privilégios
• Laico Não há religião oficial.
• Ateu adota a negação da existência de Deus
Constituição rígida
Processo de alteração da Constituição mais árduo e mais solene do que o
processo de alteração das demais espécies normativas.
Cláusulas Pétreas
•Forma republicano-federativa
•Igualdade de representação dos Estados no Senado Federal
Organização dos Poderes
Adotou a separação tripartida de Montesquieu, extinguindo o Poder Moderador.
Art. 15 – são órgãos da soberania nacional o Poder Legislativo, o Executivo e o Judiciário, harmônicos e independentes entre si.
Poder Legislativo
Exercido pelo Congresso Nacional com a sanção do Presidente da República.
Composto por duas casas:
•Câmara dos Deputados e
•Senado Federal
Eleições para o Poder Legislativo
Câmara dos Deputados:
Composta por representantes do povo eleitos pelos estados e o DF, mediante
sufrágio direto, garantida a representação da minoria. Mandato de 3 anos.
Senado Federal:
Composto por representantes dos Estados e do DF, 3 por unidade, eleitos da mesma forma que os Deputados Mandato de 9 anos. Substituição trienal de 1/3
Poder Executivo
Exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado,
agentes de sua confiança, nomeados e demitidos livremente.
O Presidente era eleito, junto com o vicepresidente, por sufrágio direto da Nação,
para mandato de 4 anos, não podendo ser reeleito para o período subsequente.
Poder Judiciário
O Poder Judiciário foi montado, neste início de República, baseado no sistema dual. Tal sistema é composto pelo Poder Judiciário Federal e pelos poderes judiciários estaduais A Justiça Federal ficou a cargo do Supremo Tribunal Federal, e coloca o Supremo Tribunal como guardião da Constituição. Consagra a utilização da Juriprudência,
Supremo Tribunal Federal composto por 15 juízes.
Vitaliciedade para os juízes federais e STM
Irredutibilidade de vencimentos para os juízes federais.
O Sistema Eleitoral
Pela Constituição de 1891, a entrada no processo eleitoral, como eleitor, se dava de forma voluntária, tampouco era necessário renda mínima, porém o eleitor não poderia ser analfabeto O eleitor não poderia ser também mendigo, nem religioso de ordem religiosa, nem praça de pé. A idade mínima para o alistamento eleitoral era de 21 anos.
As Novidades da Constituição de 1891
Esta Constituição previu a mudança da capital federal para o Planalto Central. Previu também o estabelecimento da separação entre Estado e Igreja, ao menos no papel, liberdade de culto ao país. Outro ponto que merece destaque é a constitucionalização do Habeas Corpus e a indicação de parâmetros um pouco mais claros acerca da legalidade da prisão e do princípio da Ampla Defesa. 
O Princípio da Individualidade das Penas também é coroado no parágrafo 19 do artigo 72 e a Constituição, no mesmo artigo, dá por encerrada a discussão acerca da pena de morte abolindo-a junto com as penas de banimento e de galés. 
A questão de marcas e patentes também começa a surgir nesta Constituição
Declaração de direitos
•Foi aprimorada.
•Foram abolidas as penas de galés, banimento e morte
•Prevalência de proteção às clássicas liberdades privadas, civis e políticas
•Nenhum previsão de direitos dos trabalhadores.
CÓDIGO CIVIL DE 1916
A partir do Código Civil Napoleônico, os código civis
tratam dos direitos e deveres dos Cidadãos...
Redigido por Clóvis Beviláqua (entregue à Câmara em 1890), demorou muito a ser
aprovado no Senado devido à divergências entre a Escola do Recife e a Academia de
Direito de São Paulo, da qual faziam parte vários senadores, entre eles Rui Barbosa.
 A REVOLUÇÃO DE 1930 E O GOVERNO PROVISÓRIO
Da Proclamação ao início da década de 20 no século XX, a República foi a expressão da oligarquia dos grandes fazendeiros. São Paulo e Minas Gerais dominavam o cenário político em nível federal com a “política do café com leite”, pela qual ora o presidente era paulista (café), ou era mineiro (leite).
Com a Primeira Guerra Mundial o Brasil sofreu imediatos e profundos revezes, visto que a economia do país era totalmente dependente do mercado externo.
A partir de 1910 e durante a Primeira Guerra, somaram se a desvalorização da moeda brasileira dificultando as importações de produtos manufaturados. Ao capital nacional acrescentou-se capital estrangeiro com a vinda de subsidiárias de indústrias que posteriormente seriam chamadas de “multinacionais”.
A Semana da Arte Moderna de 1922, indicava uma valorização do nacional em detrimento do que vinha de fora. Tenentes exigiam mudanças, os novos empresários não viam com muita satisfação a hegemonia dos latifundiários e uma nova força vista como um novo e forte problema surgia junto com a industrialização: o operariado.
No bojo desta crise política e odeológica, a crise de 1929 – gerada pelo Crack da Bolsa de Nova Iorque – aprofundou o problema econômico, acabando com a base artificial em que se vinha mantendo a lucratividade dos grandes cafeicultores, e a solução no Brasil foi encontrada depois de uma cisão na oligarquia que deu origem à Revolução de 1930. Na sucessão de 1930 o presidente Washington Luis, que era paulista, não indicou como seu sucessor um mineiro e isto tinha grande importância por causa da política do café-com-leite.
O candidato situacionista ganhou, mas como desta vez, havia uma candidatura de oposição, de parte desta elite insatisfeita, os resultados foram questionados. 
O inconformismo dos opositores poderia ter amainado com o tempo, mas um acontecimento precipitou o movimento que veio a ser conhecido como Revolução: o assassinato de um dos líderes da oposição, o paraibano João Pessoa. O presidente da República, Washington Luis, cada dia mais isolado não pode se defender sendo deposto. Getúlio Vargas assumiu a chefia do Governo Provisório.
Getúlio Vargas assumiu o Governo Provisório e pelo decreto nº19.398 do mês de novembro ficaram definidas as atribuições do novo governo – poderes discricionários “em toda sua plenitude”, a dissolução do Congresso Nacional e das Casas Legislativas estaduais e municipais e a suspensão das garantias constitucionais.
Durante o Governo Provisório, que provisoriamente durou o tempo de um mandato, muitas coisas foram feitas no âmbito do Direito no País. Pelo Decreto 19.408 organizou-se a corte de apelações do Distrito Federal. Foram criadas seis câmaras compostas por vinte e doisdesembargadores e, no que tange a justificativa desta reorganização, muito próxima da Revolução está dito em seu preâmbulo.
Por este mesmo decreto cria-se a Ordem dos Advogados Brasileiros, com o objetivo principal de disciplinar e selecionar os advogados.
 O CÓDIGO ELEITORAL DE 1932
O mais importante neste período foi a promulgação do Código Eleitoral de 1932 pelo decreto 21.076, pelo qual se instituiu a Justiça Eleitoral. Poucos meses depois foram instalados o Tribunal Superior Eleitoral e os Tribunais Regionais Eleitorais. O Decreto instituiu o voto secreto e possibilitou o voto feminino. Entretanto a primeira eleitora do Brasil (e da América do Sul) ocorreu antes do código eleitoral que foi Celina Guimarães Vianna Alistou-se em 25 de novembro de 1927 Instituiu também o voto a partir dos dezoito anos e a representação classista nos órgãos legislativos, a exigência de registro prévio dos candidatos antes do pleito. Partidos, aliança de partidos ou grupos de pelo menos cem eleitores tinham que registrar no Tribunal Regional Eleitoral a lista de candidatos.
 A CONSTITUIÇÃO DE 1934
Em 1932, por terem perdido a hegemonia política e sob a desculpa de uma legalidade e da necessidade de uma Constituição, o estado de São Paulo iniciou uma guerra civil contra o governo federal chamada Revolta Constitucionalista de 1932. Em 5 de abril de 1933 foi convocada uma Assembleia Constituinte, em novembro do mesmo ano a Assembleia foi instalado e os trabalhos se iniciaram. No caso específico da Assembleia Constituinte de 1933 , ficou estipulado que seriam quarenta deputados constituintes classistas, vinte representantes de empregadores ou de empregados. Estes somente seriam eleitos por sindicatos reconhecidos pelo governo.
Características Gerais do Estado Brasileiro
A nova Constituição foi publicada no Diário Oficial em 16 de julho de 1934. Nela estavam preservados o federalismo, o presidencialismo, o regime representativo.
A Constituição de 1934, embora reconhecesse o federalismo, buscou não exagerar no caso da elaboração da legislação. Desta forma, somente a União poderia legislar.
CONSTITUIÇÃO RÍGIDA
Processo de alteração da Constituição mais árduo e mais solene do que o processo de alteração das demais espécies normativas.
CLÁUSULA PÉTREA
Forma republicano-federativa
ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
Adotou a separação tripartida de Montesquieu.
Art. 3º – são órgãos da soberania nacional, dentro dos limites constitucionais, os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, independentes e coordenados entre si.
• PODER EXECUTIVO FEDERAL
No âmbito federal o Poder Executivo NÃO HÁ VICE-PRESIDÊNCIA. A escolha do Presidente da República seria feita por sufrágio direto.
República Federativa, sob o regime representativo. Nação constituída pela união perpétua e indissolúvel dos Estados, do Distrito federal e dos Territórios em Estados Unidos do Brasil.
• PODER LEGISLATIVO FEDERAL
O Legislativo mantinha-se dividido em Câmara dos Deputados e Senado, no caso da Câmara, estaria estabelecido a continuidade da representação classista.
Câmara Federal: Composto por representantes do povo, eleitos mediante sistema proporcional, por sufrágio universal, igual e direto e por representantes eleitos pelas organizações profissionais na forma que a lei indicasse(influência fascista). Mandato de 4 anos.
Formação do poder legislativo
Câmara Federal: Deputados classistas - quatro divisões:
•lavoura e pecuária
•Indústria
•comércio e transportes
•profissões liberais e funcionários públicos
Senado Federal:
Composto por representantes dos Estados e do DF, 2 por unidade, eleitos por sufrágio
universal, igual e direto. Mandato de 8 anos. Substituição de ½ a cada 4 anos
• PODER JUDICIÁRIO
A Constituição de 1934 estabeleceu como órgãos do Poder Judiciário. Com garantias que resguardam a autonomia do judiciário. Foi criado a Corte Suprema em substituição ao Supremo Tribunal Federal. Esta Corte seria responsável por uma das grandes inovações da Constituição de 1934: a ação direta de inconstitucionalidade.
O Ministério Público foi organizado e seus membros, pela carta de 34, obteriam o cargo por meio de concurso público. A Constituição de 1934 cria os Conselhos Técnicos.
 COMPOSIÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
•Corte Suprema
•Juízes e Tribunais Federais
•Juízes e Tribunais Militares
•Juízes e Tribunais Eleitorais
• O VOTO E O SISTEMA ELEITORAL
A primeira Constituição brasileira a tratar especificamente do Direito do Trabalho. É a influência do constitucionalismo social, que em nosso país só veio a ser sentida em 1934. Garantia a liberdade sindical,
isonomia salarial, salário mínimo, jornada de oito horas de trabalho, proteção do trabalho das mulheres e menores, repouso semanal e férias anuais remuneradas. A Constituição confirmou o Código Eleitoral de 1932, possibilitando o voto para maiores de 18 anos, de ambos os sexos, excluindo os analfabetos, as praças, os mendigos, os que estivessem afastados de seus direitos políticos.
• TRABALHO
A Constituição de 1934 coroou as leis trabalhistas já existentes, no sentido de dar-lhes força de lei constitucional. A Constituição de 1934 criou algo como um arremedo de outro nome das Juntas de Conciliação e chamou de Justiça do Trabalho, mas era uma pré- justiça.
BASE DAS LEIS TRABALHISTAS
 • Salário mínimo
• Jornada de 8 horas diárias
• Férias
• Descanso semanal remunerado
• Previdência social
• Indenização em demissão sem justa causa
• Proibição de trabalho aos menores de 14
• DECLARAÇÃO DE DIREITOS
Previsão, pela primeira vez, dos remédios constitucionais:
•Mandado de segurança
•Ação popular
• RELIGIÃO
Mantida a inexistência de religião oficial. País leigo, laico ou não confessional. Mas:
•Admite o casamento religioso com efeitos civis
•Faculta o ensino religioso nas escolas pública
• A MUDANÇA DA CAPITAL
Como nas outras constituições, permanece a indicação de transferência da capital da Nação para um ponto central do país.
 
A CONSTITUIÇÃO E 1937 E A DITADURA ESTADONOVISTA
Depois da Constituição de 1934 o movimento tenentista se desfacelou, em seu lugar surgiram tendências paralelas: o fascismo e o comunismo.
No Brasil comunistas e fascistas tentaram tomar o poder entre os anos de 1935 e 1936, sem êxito e sem fôlego. Mas sua presença e sua possível ameaça, serviram sobremaneira aos intentos de Getúlio Vargas.
O Fascismo na Itália - regime político de caráter autoritário que surge na Europa no período entre-guerras (1919-1939). Originalmente é empregado para denominar o regime político implantado pelo italiano Benito Mussolini , no período de 1919 a 1943. Suas principais características são o totalitarismo, que subordina os interesses do indivíduo ao Estado; o nacionalismo, que tem a nação como forma suprema de desenvolvimento; e o corporativismo, em que os sindicatos patronais e trabalhistas são os mediadores das relações entre o capital e o trabalho.
Para combater os revoltosos, Vargas decretou o Estado de Sitio. Em uma tranqüilidade beirando o absurdo Vargas articulou a candidatura de seu sucessor ao mesmo tempo que, com o Chefe do Estado Maior, General Góis Monteiro e do Ministro da Guerra, General Dutra, montava um golpe para permanecer no poder .
O Congresso Nacional, sentindo as manobras de Vargas impedindo de renovar o Estado de Sitio. Para renovar a situação surge, em um passe de mágica, um documento que continha um plano supostamente comunista, que tinha por objetivo o assassinato de personalidade a fim de tomar o poder. Era o plano Cohen. O Plano Cohen foi forjado nas dependências do Estado Maior e sua redação demonstra um cuidado muito especial em causar o maior pavor possível na populção.
No dia 10 de novembro de 1937, sob o argumento da necessidade de se colocar fim as agitações, Vargas decretou o fechamento do Congresso e anunciou nova constituição. No início de Dezembro todos os partidos são extintos por decreto. Começava a ditadura em que a legalidade e a justiça são supérfilos. Portanto decretou o fim dos partidos.
O Estado Novo foi uma ditadura, um poderexecutivo com centralização absoluta, um poder de subordinar cidadãos com a força das armas e de contingentes policiais.
• A CONSTITUIÇÃO DE 1937
No Estado novo construiu-se o mito da nação e do povo. Identificando nação como um povo, como um corpo, unido ao ditador, passava-se a imagem de que, finalmente, o povo havia tomado o poder. 
A Constituição de 1937, elaborada por Francisco de Campos e outorgada pelo Presidente Getúlio Vargas, também chamada de Polaca, por sua identificação com a Carta Polonesa de 1935 , sofreu também influência da Constituição Portuguesa de 1933, da italiana fascista Carta Del Lavoro e da Castilha de 1891.
Seu tamanho também é menor que a de 1934 e, foi uma Constituição provisória, sempre, não entrando em seu pleno vigor visto que, pelo artigo 187, ela deveria ser aprovada em um plebiscito que jamais aconteceu.
A Justificativa da Constituição
Como uma Constituição imposta, feita sob encomenda e outorgada no dia através de um golpe de Estado, esta teve a necessidade de um preâmbulo que em razão de ser em Constituições legítimas e democráticas, elaboradas por Assembléia Constituinte. Vargas e os que estavam ao seu lado assim justificaram esta nova Constituição: Uma Constituição de Ditadura: Todo Poder ao Executivo Federal
A Constituição de 1937 era representada exclusivamente pelo Presidente da República, que é descrito como autoridade “suprema” do Estado. Há que se destacar também que nesta Constituição não há separação de Poderes.
O Executivo Federal interferia diretamente nos Estados mediante escolha e nomeação de interventores. O Poder Legislativo também ficaria nas mãos do Presidente.
Levando em consideração o plebiscito que nunca aconteceu, o Legislativo – federal, estadual e municipal – durante a Ditadura Varguista jamais existiu.
A Constituição previa a câmara de Deputados mas não um Senado. Este último seria substituído por um Conselho Federal, composto por representantes do Estado escolhidos pelas Assembléias Legislativas Estaduais, sob o veto do governador (nomeado) e mais dez pessoas indicadas pelo Presidente da República.Assim o Poder Legislativo seria composto pela Câmara, pelo Conselho e, para uma ingerência mais objetiva, pelo próprio Presidente.
Portanto no âmbito federal e estadual o controle estava nas mãos do presidente . Da mesma forma no município, já que os prefeitos eram indicados pelos governadores nomeados pelo presidente.
Além de fechar o Parlamento, o Governo manteve amplo domínio do Judiciário. A Federação foi abalada pela nomeação dos interventores. Os direitos fundamentais foram enfraquecidos, especialmente em razão da atividade desenvolvida pela Polícia Especial e pelo DIP – Departamento de Imprensa e Propaganda. Para piorar, pelo Decreto-lei nº 37 de 02/12/1937, os partidos políticos foram dissolvidos.
• Governo República
Poder político emana do povo e é exercido em nome dele e no interesse do seu bem-estar, de sua honra, de sua independência e de sua prosperidade. O presidente era eleito por eleição indireta, para um mandato de 6 anos
• Estado Federal
Constituído pela união indissolúvel dos Estados, do Distrito federal e dos Territórios. Na prática as autonomias estaduais foram reduzidas, havendo constante intervenção federal. Vereadores e prefeitos eram nomeados pelos interventores.
• Poder Legislativo
Exercido pelo Parlamento Nacional com a colaboração do Conselho da Economia Nacional e do Presidente da República.
Parlamento Nacional era composto por duas câmaras:
•Câmara dos Deputados – representantes do povo, eleitos por sufrágio indireto, para mandato de 4 anos
•Conselho Federal – representantes dos Estados e 10 membros nomeados pelo Presidente, com mandato de 6 anos. Mas: Nos termos do artigo 178, foram dissolvidos a Câmarados Deputados, o Senado Federal, as Assembleias Legislativas dos Estados e as Câmaras Municipais, marcando-se eleições futuras. Na prática, o Legislativo nunca chegou a se instalar.
• O Conselho da Economia Nacional
Tendo como base o corporativismo, a Constituição de 1937 criou o Conselho da Economia Nacional, composto por representantes da produção, com representação paritária de empregados, sob a presidência de um ministro. Apesar do regime extremamente autoritário, na medida em que o Estado, centralizado, atuava diretamente na economia, não se pode negar o seu importante crescimento neste setor. 
• O Poder Judiciário
O Supremo Tribunal Federal voltou a ter este nome, entretanto, suas atribuições ficaram maculadas pela própria conjuntura de ditadura. Composto por.
•Supremo Tribunal Federal 
•Juízes e Tribunais dos Estados, DF e Territórios
•Juízes e Tribunais Militares brasileiro.
Segundo o artigo 56, no caso de ser declarada a inconstitucionalidade de uma lei que, a juízo do Presidente da República, fosse necessária ao bem-estar do povo, à promoção ou defesa de interesse nacional de alta monta, poderia o Presidente submetê-la novamente ao exame do Parlamento: se este a confirmasse por 2/3 dos votos em cada uma das Câmaras, ficaria sem efeito a decisão do Tribunal.
• Voto
Um país sem partido, com o poder centrado de forma objetiva nas mãos de um presidente nunca eleito manteve, na Constituição de 1937 as características anteriores para o eleitor.
• Os “Direitos e Garantias Individuais”
O artigo 122 intitulado de “Direito e de Garantias Individuais”, indicava o poder do Estado sobre a mídia . Posteriormente, Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda, DIP.
PENA DE MORTE Além dos casos previstos na legislação militar, para o tempo de guerra, poderia ser aplicada para:Crimes políticos e Homicídio cometido por motivo fútil e com extremos de perversidade
Foram proibidas a greve e o lock-out, por serem recursos anti-sociais nocivos ao trabalho e ao capital e incompatíveis com os superiores interesses da produção nacional.
• Educação e Família
Enquanto a Constituição anterior dava ao Estado a obrigação direta para com a educação, esta indicava ser a responsabilidade da família, entrando o Estado como colaborador. Em termos de novidade no tocante à família, está a igualdade a filhos legítimos e naturais, mas sem indicar os meios pelos quais isto seria feito, já que, o Código Civil de 1916, em vigor, não tratava-os de maneira igual.
• Trabalho
Buscando atrair o apoio popular, a política desenvolvida foi denominada “populista”, consolidando-se as Leis do Trabalho (CLT) e importantes direitos sociais, como o salário mínimo.Foram mantidas as leis relativas ao trabalho. Entretanto, os sindicatos foram cada vez mais subordinados aos interesses e ao controle do Estado.
• Religião Oficial
Mantida a inexistência de religião oficial. País leigo, laico ou não confessional. Não há invocação da “proteção de Deus” no preâmbulo da constituição.
CÓDIGO PENAL DE 1940
O Código Penal de 1940 que foi sancionado pelo decreto nº 2.848 de 7 de dezembro, entrando em vigor no dia primeiro de janeiro de 1942, acabou resultado de uma mistura entre o Projeto de Alcântara Machado e da Comissão.O Código Penal de 1940 acabou por se apresentar como uma superposição do pensamento neoclássico e o positivismo.
A maior diferença em termos de dispositivos legais em se comparando entre Código ao do Império e até a Consolidação de 1932 é a inexistência de crimes políticos indicados em seus artigos. Isto ocorreu porque desde 1935 estes atos delituosos passaram a ter legislação própria. A maioridade penal passa a ser de 18 anos.
O Código de Processo Penal data de 1941 foi feito no período ditatorial varguista. O que o início do Estado Novo possibilitou foi uma guinada mais forte e mais aberta para centralização política , administrativa, econômica demonstrando com mais obviedade uma aproximação ideológica com o fascismo.
O embate entre legalidade e ilegalidade, o fazer e o legislar sobre o que está sendo feito, foi uma constante nos quinze anos do Governo Vargas. Era um conflito interminável entre polícia e Justiça.
A extralegalidade e a ilegalidade andavam juntas ou, no máximo, uma precedia imediatamente aoutra. Portanto a ação policial dirigia-se para o sujeito do crime.
Somando a tudo isso, quem controlava a polícia era o Estado, crimes eram tratados com a mesma brutalidade e sem o amparo da lei.
Com as mesmas características existiam as prisões no Brasil. Estas tinham por função, não a ressocialização, antes funcionavam como campos de segregação para a ação do regime de da polícia. Nestes locais a lei não existia.
A Justiça ainda estava como um Poder Independente. Para que esta independência não atrapalhasse o controle tão almejado foi criado em 12 de setembro de 1936 o Tribunal de Segurança Nacional. Este Tribunal tinha por objetivo claro manter o governo no poder através dos atos policiais de terror, preenchendo assim uma lacuna na estratégia totalitária de poder.
As sessões do Tribunal podiam ou não ser públicas. Depois de um inquérito o presidente deveria remetê-lo ao procurador e designar um juiz para o julgamento. O réu tinha que se apresentar em 12 horas. Em 24 horas eram apresentadas as acusações formais ao acusado, o julgamento e a sentença não demoravam mais que outras 24 horas. O julgamento também seguia mesma linha. Não havia apelação ou recurso. 
 MOVIMENTO OPERÁRIO: DA DÉCADA DE 20 A CLT
Consolidação das Leis do Trabalho Decreto 5.452 de 1943 Getúlio Vargas “deu aos trabalhadores suas maiores conquistas trabalhistas”...Objetivo: reunir as leis esparsas existentes. Para que haja uma compreensão especificamente das leis trabalhistas da Era Vargas, que culminam com a formulação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943, é necessário entender que a luta dos operários, a busca de melhoria de vida por grande parte da população urbana iniciou-se muito antes de Vargas chegar ao poder.
Mesmo nesse período em que não se aceitava a luta operária como algo cabível e democrático ela ocorreu, greves gerais pela jornada de oito horas paralisaram a produção nas pedreiras de São Paulo entre 1918 e 1919, os trabalhadores de oficinas. Ainda na cidade de São Paulo paralisaram suas atividades por quase três meses pela admissão de delegados sindicais nos locais de trabalho.
Ainda no ano de 1918, dando a clara indicação que a questão social deveria ser encaminhada como uma questão jurídica cria – mesmo sem o aval da Constituição – a Comissão de Legislação Social que tinha por objetivo elaborar sistematicamente uma legislação acerca do trabalho.
No ano de 1923 houve a experiência com a aposentadoria . No mesmo ano com objetivo de efetivar os compromissos do Tratado de Versalhes o governo criou a CNT - Conselho Nacional do Trabalho.
Quando Getúlio Vargas assume o Poder em 1930 a situação começa a mudar lentamente. Getúlio Vargas no poder implementou o Corporativismo inexoravelmente na alma e no corpo do Estado e das relações trabalhistas, absorvendo totalmente os sindicatos de tal forma que estes eram apenas extensões do Governo Getulista.
Os pontos mais são importantes na análise de questões trabalhistas podemos citar o Conselho Nacional do Trabalho, reformado em 1934 pelo Decreto nº 14.784, que contava com um conselho de representantes de patrões e empregados e com uma forte influência do Estado, cabendo a CNT o controle do sistema previdenciário.
Outro órgão importante no projeto do governo era o Departamento Nacional do Trabalho, criado em fevereiro de 1931. Este era encarregado de todas as questões relativas à execução, fiscalização e cumprimento da legislação trabalhista. Para resolver, individualmente, os conflitos resultantes das relações de trabalho, são criadas as Juntas de Conciliação e Julgamento em 1932. As Juntas eram instância única, porém as penalidades por ela impostas cabiam recursos ao DNT e ás Inspetorias Regionais do Trabalho.
O DNT cunhou uma série de leis trabalhistas com o intuito explícito de eliminar conflitos presentes e futuros. Oito horas para cada uma das profissões, descanso remunerado mínimo de 24 horas a cada seis dias de trabalho, a previsão de descanso e refeição durante a jornada de trabalho, as horas extras etc.
Feitas em um todo foram as leis que regulavam o trabalho das mulheres e o de menores. No caso do trabalho feminino foi consagrado o Princípio – desobedecido historicamente neste país – de igualdade de remuneração bem como foi proibido o trabalho insalubre e noturno.
A lei acerca do trabalho de menores era, de fato, uma reforma do antigo Código de Menores e proibia o trabalho de menores de 14 anos, indicava os locais e as condições em que o menor não poderia trabalhar e determinava os documentos para a sua admissão. A Lei de Férias é pontual nesta questão de resistência o obtenção de vitórias por parte dos empregadores. Em 1931, mesmo a lei tendo já instituído as férias, estas foram suspensas com exceção daquelas referentes ao ano anterior e o prazo para o cumprimento da lei foi exaustivamente prorrogado até 1933.
Esta armadilha também é encontrada na criação da Carteira Profissional. A carteira somente seria expedida para trabalhadores sindicalizados e estes somente poderiam estar dentro do sindicato com a carteira.
A Constituição de 1934 ratifica esta posição Corporativa, e Constituição de 1937 dá mais condições para que ela seja colocada em prática na plenitude possível do Brasil. Isto acontece porque, com o Estado Novo, o controle dos Sindicatos é total, a subordinação da sociedade é impressionante. Com o Estado Novo a vida social e política assumem, definitivamente, caráter público, sendo incorporadas como parte integrante do Estado, efetivando-se a publicação do privado.
SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
No dia 1º de setembro de 1939, as forças nazistas alemãs de Adolf Hitler invadiram a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. O Brasil passou a participar do conflito a partir de 1942. Na época, o presidente da República era Getúlio Vargas.
A princípio, a posição brasileira foi de neutralidade. Depois de alguns ataques a navios brasileiros, Getúlio Vargas decidiu entrar em acordo com o presidente americano Roosevelt para a participação do país na Guerra.
Embora a história dos pracinhas - diminutivo de praça, que é soldado - seja ainda pouco comentada no Brasil, Marcus Firmino Santiago da Silva, coordenador do curso de Direito da Escola Superior Professor Paulo Martins, do Distrito Federal, e estudioso sobre a Segunda Guerra, afirma que a participação brasileira foi muito importante. "O apoio do Brasil foi disputado na Segunda Guerra. De forma um pouco velada por parte dos países do eixo (Alemanha, Itália e Japão) e de maneira clara pelos aliados, especialmente os norte-americanos, além da Inglaterra e da França", afirma.
Mais sobre conflitos internacionais
Reportagens
A mãe das batalhas: a Primeira Guerra Mundial
Qual a origem da divisão entre Coréia do Norte e do Sul?
Qual foi a maior batalha naval de todos os tempos?
Por que judeus e palestinos vivem em conflito?
Planos de aula
Brasil na Guerra
Revele como o fim da Segunda Guerra definiu a nova ordem mundial
Apresente à turma cenários e atores da Guerra do Paraguai
Guerra e conhecimento: analise esse intercâmbio com a turma
O primeiro grupo de militares brasileiros chegou à Itália em julho de 1944. O Brasil ajudou os norte-americanos na libertação da Itália, que, na época, ainda estava parcialmente nas mãos do exército alemão. Nosso país enviou cerca de 25 mil homens da Força Expedicionária Brasileira (FEB), e 42 pilotos e 400 homens de apoio da Força Aérea Brasileira (FAB).
Os pracinhas conseguem vitórias importantes contra os alemães, tomando cidades e regiões estratégicas que estavam no poder destes, como o Monte Castelo, Turim, Montese, entre outras. Mais de 14 mil alemães se renderam aos brasileiros, que também ficaram com despojos como milhares No dia 1º de setembro de 1939, as forças nazistas alemãs de Adolf Hitler invadiram a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. O Brasil passou a participar do conflito a partir de 1942. Na época, o presidente da República era Getúlio Vargas.
A princípio, a posição brasileira foi de neutralidade. Depois de alguns ataques a naviosbrasileiros, Getúlio Vargas decidiu entrar em acordo com o presidente americano Roosevelt para a participação do país na Guerra.
Embora a história dos pracinhas - diminutivo de praça, que é soldado - seja ainda pouco comentada no Brasil, Marcus Firmino Santiago da Silva, coordenador do curso de Direito da Escola Superior Professor Paulo Martins, do Distrito Federal, e estudioso sobre a Segunda Guerra, afirma que a participação brasileira foi muito importante. "O apoio do Brasil foi disputado na Segunda Guerra. De forma um pouco velada por parte dos países do eixo (Alemanha, Itália e Japão) e de maneira clara pelos aliados, especialmente os norte-americanos, além da Inglaterra e da França", afirma.
Mais sobre conflitos internacionais
Reportagens
A mãe das batalhas: a Primeira Guerra Mundial
Qual a origem da divisão entre Coréia do Norte e do Sul?
Qual foi a maior batalha naval de todos os tempos?
Por que judeus e palestinos vivem em conflito?
Planos de aula
Brasil na Guerra
Revele como o fim da Segunda Guerra definiu a nova ordem mundial
Apresente à turma cenários e atores da Guerra do Paraguai
Guerra e conhecimento: analise esse intercâmbio com a turma
O primeiro grupo de militares brasileiros chegou à Itália em julho de 1944. O Brasil ajudou os norte-americanos na libertação da Itália, que, na época, ainda estava parcialmente nas mãos do exército alemão. Nosso país enviou cerca de 25 mil homens da Força Expedicionária Brasileira (FEB), e 42 pilotos e 400 homens de apoio da Força Aérea Brasileira (FAB).
Os pracinhas conseguem vitórias importantes contra os alemães, tomando cidades e regiões estratégicas que estavam no poder destes, como o Monte Castelo, Turim, Montese, entre outras. Mais de 14 mil alemães se renderam aos brasileiros, que também ficaram com despojos como milhares de cavalos, carros e munição.
O DIREITO NO BRASIL DO PÓS-GUERRA
Pluripartidarismo
PTB – Partido Trabalhista Brasileiro O PTB foi fundado no Rio de Janeiro, em 15 de maio de 1945 sob a inspiração de Getúlio Vargas, seu maior líder e no bojo do Queremismo, movimento popular cuja consigna era Queremos Getúlio e que propunha uma Assembléia Constituinte com Getúlio na Presidência da República. Sua base eleitoral era o operariado urbano, com forte ligação com os sindicatos.
PSD – Partido Social Democrata Partido Social Democrático – PSD - foi fundado em 17 de julho de 1945 e extinto pela ditadura militar, através do Ato Institucional Número Dois (AI-2), em 27 de outubro de 1965. Entre 1945 e 1964, junto com o PTB, formava o bloco pró-getulista da política brasileira, em oposição à União Democrática Nacional (UDN), antigetulista. Durante sua existência, foi o partido majoritário na Câmara dos Deputados, tendo eleito dois presidentes da República: Eurico Gaspar Dutra, em 1945, e Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 1955.
PR –Partido Republicano – PR – foi fundado por Artur Bernardes em 1945, sucedendo ao antigo Partido Republicano Mineiro. Foi extinto pelo Regime Militar, por intermédio do Ato Institucional Número Dois (AI-2), de 27 de outubro de 1965.
PCB – Partido Comunista do Brasil– PCB – é um partido político brasileiro de esquerda, ideologicamente baseado em Karl Marx e Friedrich Engels; e de organização baseada nas teorias de Lênin. Fundado em 25 de março de 1922, seu símbolo, segundo seus estatutos, "é uma foice e um martelo, cruzados, simbolizando a aliança operário-camponesa, sob os quais está escrita a legenda "Partido Comunista Brasileiro". Também conhecido como Partidão, seu número código eleitoral é o 21. É o partido mais antigo do país ainda em atividade, tendo sido fundado em 1922 e tendo atualmente 88 anos de existência.
UDN – União Democrática Nacional – UDN – foi um partido político brasileiro fundado em 7 de abril de 1945, frontalmente opositor às políticas e à figura de Getúlio Vargas e de orientação conservadora.
O FIM DO ESTADO NOVO E A CONSTITUIÇÃO DE 1946
A partir de 1942, quando a posição do Brasil na II Guerra Mundial se definiu em favor das potências liberais, o que acabou por fazer com que o país se engajasse no conflito contra os regimes totalitários, as contradições nascidas com esta tomada de posição repercutiram no cenário político interno.
Mas somente esta contradição não poderia explicar a queda do Estado Novo. Em 1943 esgotara-se o prazo que o Estado impusera para a Legitimação da Constituição de 1937 por meio de um plebiscito e muitos exigiam uma maior participação política e a volta do país a uma situação mais “legalizada”.
Mesmo diante de toda força popular os opositores de Vargas acabaram por engendrar um golpe de Estado. Em 29 de outubro de 1945, Getúlio foi obrigado a abandonar o poder, transmitindo-o ao judiciário. Estava encerrado o Estado Novo pelo menos em tese.
GOVERNO EURICO GASPAR DUTRA
O general Eurico Gaspar Dutra governou de 31 de janeiro de 1946 a 31 de janeiro de 1951 seu vice: Nereu Ramos, dias após sua posse, no Palácio Tiradentes, era instalada a Assembleia Nacional Constituinte, sob a direção do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Valdemar Falcão De sua parte, até que a nova Constituição fosse elaborada e promulgada (e isso levou vários meses), o presidente da República guiava-se pela Constituição do Estado Novo, alterada pela emenda nº9. Com ela dispunha ainda dos poderes de exceção, inclusive o de governar por decretos, que tinham força de lei, ad-referendum do Congresso. 
Embora os poderes fossem enormes, permitindo até a decretação da pena de morte para crimes políticos, o uso da lei foi limitado ao necessário para garantir a governabilidade. Com relação à pena de morte, diga-se de passagem, nem o ditador Getúlio Vargas fez uso dessa prerrogativa, que tinha mais um efeito intimidação para conter movimentos políticos armados.
O PCB NA ILEGALIDADE
O início da guerra fria entre Estados Unidos e União Soviética levou o Brasil a se posicionar ao lado dos americanos, rompendo relações com os soviéticos, o que colocou os comunistas brasileiros em situação bastante delicada. A 7 de maio de 1947, o TSE decide pela extinção do partido, sem entrar em considerações quanto a seus representantes na Câmara Federal, Senado, Assembléia Legislativa e Câmaras Municipais que, pela legislação vigente, poderiam filiar-se a outras legendas e completar seus mandatos.
Essa situação dúbia perdurou até os anos oitenta, quando o partido voltou à legalidade, sem que nenhuma liberdade fosse ameaçada, e sem causar os problemas que foram uma constante durante o período em que esteve à margem da lei.
O ALINHAMENTO AOS ESTADOS UNIDOS
Uma das marcas que distinguiram o governo do general Eurico Gaspar Dutra foi o alinhamento do Brasil aos Estados Unidos em todos os setores da vida nacional. Politicamente, essa posição resultou no rompimento das relações diplomáticas com a União Soviética, representando uma decisão natural dentro do contexto, já que o Brasil é um país americano e vinha dando seus primeiros passos na redemocratização, tendo os Estados Unidos como parceiros. Período da Guerra Fria 
Economicamente, o Brasil sofreu pressões dos Estados Unidos para utilizar os créditos acumulados com exportações feitas durante a Segunda Guerra, o que mantinha nossa balança comercial com um saldo altamente favorável. Liberado o câmbio, o país passou a importar tudo, principalmente aquilo que não precisava, prejudicando a economia interna. Era possível comprar caixinhas de uva-passa americana em qualquer vendedor ambulante. E entravam no país, sem dificuldade carros, barcos, motocicletas, bicicletas, peças talhadas em marfim e até palha para enrolar cigarros, coisa que o caboclo sempre soube fazer muito bem sem ajuda externa.
A maior invasão foi a de "matéria plástica" a novidade de após guerra, que o brasileiro nunca tinha visto antes, e que parecia substituir todo tipo de material. Rígida, substituía a baquelita; flexível imitava o celulóide; em filmes, encapava livros e cadernos com a mesma eficiência do celofane. E venha plástico! Brinquedos, pratos, xícaras, material de péssima qualidade,que se encardia rapidamente, mas que, nas lojas, aparecia colorido e lustroso.
Esses desvios trouxeram uma perda irrecuperável de divisas em prejuízo à indústria nacional, incapaz de concorrer com importados que chegavam como novidades, com preços aviltados, tal como acontece hoje com os produtos vindos dos "tigres asiáticos".
A CONSTITUIÇÃO DE 1946
Eleita em 2 de dezembro de 1945, a Assembléia Nacional Constituinte foi instalada em princípios de fevereiro, nomeando de imediato uma comissão para redigir o regimento interno. Em 14 de março, já aprovado esse Regimento, nomeou-se outra comissão para elaborar um anteprojeto da Carta. Em 3 de junho iniciou-se a fase de análise e votação das emendas ao anteprojeto e, em 13 de agosto, passou-se à votação dos artigos, com as emendas que foram aprovadas.
Finalmente, em 18 de setembro de 1946, quase oito meses depois de instalada a Assembléia, foi promulgada e posta em vigor a nova Constituição dos "Estados Unidos do Brasil". 
Principais características da Constituição de 1946:
- Restabelecimento das eleições diretas para presidente, governadores e prefeitos. Foram mantidas as eleições diretas para senadores, deputados federais, estaduais e vereadores;
- Garantiu a igualdade de todos os cidadãos perante a lei;
- Concedeu liberdade de associação com fins permitidos pelas leis do país;
- Estabeleceu a liberdade de manifestação de pensamento. A censura só poderia ocorrer em espetáculos voltados para a diversão pública;
- As correspondências dos cidadãos não poderiam ser violadas;
- Liberdade de crença e de realização de cultos e outras atividades religiosas;
- Garantia ampla de defesa jurídica da pessoa acusada
• O Governo
República Federativa, sob o regime representativo. Prestigia o municipalismo
• O Poder Executivo
Foi mantido o presidencialismo na Constituição de 1946. Eleito de forma dieta para o mandato de 5 anos. Enquanto a conquista de 1934 não previa vice-presidente , esta o fazia, mas o vice não era por definição elemento de composição do Executivo. O Vice-Presidente da República seria o substituto do Presidente, As eleições para Presidente e Vice-Presidente da República passaram a ser feitas, simultaneamente, mas em pleitos independentes, O Vice era também o Presidente do Senado Federal, que tem o poder do voto de minerva. Isto poderia ser uma ingerência do Executivo no Legislativo.
• O Poder Legislativo
O Poder Legislativo voltou a ser composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. O bicameralismo, igual aos dias atuais. O mandato dos Deputados seria de quatro anos e o número de cadeiras na câmara seria proporcional por estado.
O Senado, composto por pessoas de no mínimo trinta e cinco anos, teria três representantes de cada Estado. eleitos segundo o princípio majoritário, para um mandato de 8
anos. Substituição alternada de 1/3 e 2/3 a cada 4 anos
Uma inovação relativa ao Legislativo foi a possibilidade de serem criadas Comissões Parlamentares de Inquérito. Senado Federal:
• O Poder Judiciário
Esta Constituição restaurou a autonomia do Poder Judiciário, afiançando novamente a independência de este poder, deu novamente aos membros do judiciário o poder de eleger seus dirigentes e estabelecer os parâmetros de sua organização interna.
O Poder Judiciário, pela Constituição de 1946, ficou estruturado da forma como indica o artigo 94:
“Art. 94”. O Poder Judiciário é exercido pelos seguintes órgãos:
I – Supremo Tribunal Federal;
II – Tribunal Federal de Recursos;
III – juízes e tribunais militares;
IV – juízes e tribunais eleitorais;
V – juízes tribunais do “trabalho.”
A Constituição de 1946 estabeleceu de maneira muito objetiva o Controle de Constitucionalidade, explicitando a supremacia do Poder Judiciário para o tratamento da matéria e indicando os papéis do Judiciário e Legislativo no Controle de Constitucionalidade. O Poder Judiciário trataria de votar a inconstitucionalidade da matéria e o Senado deveria suspender a lei ou decreto declarado inconstitucional. Os crimes políticos passaram a ser a responsabilidade da Justiça Criminal. A Justiça Eleitoral retornou ao Poder Judiciário em 1946, porém não previu a Justiça Eleitoral com composição ou um corpo próprio de juízes. Os juízes seriam aproveitados de forma que, durante um tempo teriam a outorgada jurisdicional plena para funções eleitorais.
• Ministério Público
O Ministério Público foi previsto na Constituição de 1946 para as Justiças e os Estados.
• Estados e Municípios
Os Estados retomaram a autonomia perdida com a Resolução de 1930, assim sendo a intervenção federal somente poderia se dar em casos extremos.
• Os Direitos
Restabelecimento do Mandado de Segurança e a Ação Popular. A Constituição de 1946 confirmou o direito do voto para alfabetizados de 18 anos e obrigatoriedade de alistamento frente ao voto, para homens e mulheres. Quatro anos após a entrada em vigor da Constituição de 1946, foi promulgado o novo Código Eleitoral (1950). 
Consagrado o princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional “a lei não poderá excluir da apreciação do Poder Judiciário qualquer lesão do direito individual”
Vedada as penas de morte, de banimento, de confisco e caráter perpetuo.
• Trabalhador
Reconhecido o Direito de greve e mantidas as garantias dos trabalhadores
• Religião Oficial
Mantida a inexistência de religião oficial. País leigo, laico ou não confessional. Embora:
Expressão menção a “Deus” no preâmbulo
RETORNO DE VARGAS (1951-1954) 
Getúlio Vargas 31 de janeiro 1951 a 24 de agosto de 1954Vice: Café Filho. Decerto modo, mesmo afastado do Poder, Getúlio Vargas ainda controlava indiretamente a vida política nacional. Em 1945 ele havia criado dois partidos, o PSD para congregar os conservadores e a parte da burocracia e o PTB, partido trabalhista que visava proteger os interesses dos trabalhadores. Estes dois partidos vãos realizar uma espécie de coalizão informal e governarão o brasil até o golpe militar de 1964. Para as eleições de 1950 Vargas terminou se lançando pela legenda do PTB e vence com facilidade. Este seu segundo governo foi marcado pela agitação nacionalista em torno da campanha "O Petróleo é Nosso" que culminou na criação da Petrobrás em 1953.
CONTEXTO:
• Processo democrático
• Política muito mais complicada
• Disputas no exército
• Disputas na sociedade
• Crise econômica
• Inflação
• Luta pelo monopólio estatal do petróleo
• Populismo
• Movimentos grevistas fugiram do controle de Getúlio
• Greve dos 300 mil
• Crise com a UDN – jornalista Carlos Lacerda
• Atentado – morreu o major Vaz - martir
 O atentado contra o Major Vaz, da aeronáutica, companheiro de Carlos Lacerda, o grande oposicionista do governo Vargas, provocou uma grande comoção especialmente junto às Forças Armadas. Para evitar ser novamente derrubado por elas, Getúlio Vargas cometeu suicídio, em agosto de 1954, fazendo com que ocorressem enormes manifestações e saques pelo Brasil à fora, paralisando os golpistas anti-populistas.
O GOVERNO DE JK 
Juscelino Kubitschek de Oliveira foi eleito presidente do Brasil nas eleições de 1955, tendo João Goulart (Jango) como vice-presidente.a curiosidade foi que as eleições ocorreram separadamente e Jango obteve mais votos. Assumiu o governo no dia 31 de janeiro de 1956, ficando no poder até 31 de janeiro de 1961, quando passou o cargo para Jânio Quadros. No começo de seu governo, JK apresentou ao povo brasileiro o seu Plano de Metas, cujo lema era “cinqüenta anos em cinco”. Pretendia desenvolver o país cinqüenta anos em apenas cinco de governo. O plano consistia no investimento em áreas prioritárias para o desenvolvimento econômico, principalmente, infra-estrutura (rodovias, hidrelétricas, aeroportos) e indústria.
DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL 
Foi na área do desenvolvimento industrial que JK teve maior êxito. Abrindo a economia para o capital internacional, atraiu o investimento de grandes empresas. Foi no governo JK que entraram no país grandes montadoras de automóveis como, por exemplo, Ford, Volkswagen, Willys e GM (General Motors). Estas indústrias

Continue navegando