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NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA 
 
4ª SÉRIE IDEAL – RELAÇÃO DE PEÇAS PROCESSUAIS 
TRABALHISTAS – PENAIS – CIVEIS - 2019 
 
 Orientação aos alunos: a) não deixar o protocolo de seus trabalhos para a 
última semana; b) trazer o protocolo de entrega dos trabalhos já preenchido 
para evitar tumultos. Modelo disponível no site do NPJ; c) os trabalhos 
deverão ser confeccionados de forma manuscrita. 
 Horário de atendimento do NPJ, inclusive para orientação técnica: de 
segunda à sexta-feira, períodos da manhã (8:00 às 13:00 horas) e noite 
(17:00 às 21:30 horas). 
 
 
 
 
 
 
ÁREA CIVEL: DIREITO CIVIL 
 
1 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL - XXVII – ADMINISTRATIVO 
 
 
Mateus, nascido no México, veio morar no Brasil juntamente com seus pais, também 
nascidos no México. Aos dezoito anos, foi aprovado no vestibular e matriculou-se no curso 
de engenharia civil. Faltando um semestre para concluir a faculdade, decidiu inscrever-se 
em um concurso público promovido por determinada Universidade Federal brasileira, que 
segue a forma de autarquia federal, para provimento do cargo efetivo de professor. Um mês 
depois da colação de grau, foi publicado o resultado do certame: Mateus tinha sido o 
primeiro colocado. Mateus soube que seria nomeado em novembro de 2018, previsão essa 
que se confirmou. Como já tinha uma viagem marcada para o México, outorgou procuração 
específica para seu pai, Roberto, para que este assinasse o termo de posse. No último dia 
previsto para a posse, Roberto comparece à repartição pública. Ocorre que, orientado pela 
assessoria jurídica, o Reitor não permitiu a posse de Mateus, sob a justificativa de não ser 
possível a investidura de estrangeiro em cargo público. A autoridade também salientou que 
outros dois fatos impediriam a posse: a impossibilidade de o provimento ocorrer por meio 
de procuração e o não cumprimento, por parte de Mateus, de um dos requisitos do cargo 
(diploma de nível superior em engenharia) na data da inscrição no concurso público. Ciente 
disso, Mateus, que não se naturalizara brasileiro, interrompe sua viagem e retorna 
imediatamente ao Brasil. Quinze dias depois da negativa de posse pelo Reitor, Mateus 
contrata você, como advogado(a), para adotar as providências cabíveis perante o Poder 
Judiciário. Há certa urgência na obtenção do provimento jurisdicional, ante o receio de que, 
com o agravamento da crise, não haja dotação orçamentária para a nomeação futura. 
Considere que todas as provas necessárias já estão pré-constituídas, não sendo necessária 
dilação probatória. 
 
Considerando essas informações, redija a peça cabível que traga o procedimento mais 
célere para a defesa dos interesses de Mateus. A ação deve ser proposta imediatamente. 
Explicite as teses favoráveis ao seu cliente. 
 
 
2- PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXVII - EMPRESARIAL 
 
 
Com lastro em contrato de abertura de crédito celebrado com o Banco Arroio Grande S/A, 
Ijuí Alimentos Ltda. emitiu uma cédula de crédito bancário em 02 de dezembro de 2015, 
com vencimento em 02 de janeiro de 2018. Pedro e Osório figuraram na cédula como 
avalistas simultâneos do emitente. Sabe-se que a cédula de crédito bancário em comento 
contém cláusula de eleição de foro, na qual restou pactuado que a comarca de Porto 
Alegre/RS seria o foro competente para resolução de eventuais litígios entre as partes. 
Trinta dias após o vencimento do título, sem que tal obrigação tenha sido adimplida, nem 
proposta moratória ou renegociação por parte do emitente, o Banco Arroio Grande S/A 
tomou conhecimento, por meio de anúncio publicado em jornal de grande circulação, de 
que Ijuí Alimentos Ltda. colocara à venda o único bem de sua propriedade: um imóvel de 
elevado valor no mercado. Considerando o não pagamento do título e a natureza do título 
em que se acha consubstanciado o crédito, o credor deseja promover a cobrança judicial 
dos responsáveis pelo pagamento, bem como requerer medida no intuito de acautelar seu 
crédito, tendo em vista a iminência da venda do único bem de propriedade do devedor, 
considerando que o valor atualizado da dívida é de R$ 530.000,00 (quinhentos e trinta mil 
reais), com os juros capitalizados, despesas e encargos. 
 
Elabore a peça processual adequada. 
 
 
 
3 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXVII – TRIBUTARIO 
 
 
O Estado X, por ter sofrido perdas de arrecadação com a alteração promovida pela Emenda 
Constitucional nº 87/2015, no Art. 155, § 2º, inciso VII, da CRFB/88, instituiu, por lei 
ordinária, “taxa de vendas interestaduais” com incidência sobre operações de venda 
destinadas a outros Estados. A taxa tem, como base de cálculo, o preço de venda das 
mercadorias destinadas a outros Estados e, como contribuintes, os comerciantes que 
realizam essas vendas, aos quais incumbe o recolhimento do tributo no momento da saída 
das mercadorias de seu estabelecimento. Por reputar inconstitucional a referida taxa, a 
sociedade empresária XYZ deixou de efetuar seu recolhimento, vindo a sofrer autuação 
pelo fisco estadual. Não tendo a sociedade empresária XYZ logrado êxito no processo 
administrativo, o débito foi inscrito em dívida ativa e a execução fiscal foi distribuída à 4ª 
Vara de Fazenda Pública do Estado X. Devidamente citada e após nomeação de bens pela 
executada, formalizou-se a penhora em valor suficiente à garantia da execução. Após 10 
dias da intimação da penhora, a sociedade empresária XYZ procura você para, na qualidade 
de advogado(a), promover sua defesa na referida execução fiscal e obstar a indevida 
excussão dos bens penhorados. 
Na qualidade de advogado(a) da sociedade empresária XYZ, redija a medida judicial mais 
adequada à necessidade da sua cliente, com o objetivo de afastar a cobrança indevida. 
 
4 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXVI – ADMINISTRATIVO 
 
 
A sociedade empresária Leva e Traz explora, via concessão, o serviço público de transporte 
de passageiros no município Sigma, conhecido pelos altos índices de criminalidade; por 
isso, a referida concessionária encontra grande dificuldade em contratar motoristas para 
seus veículos. A solução, para não interromper a prestação dos serviços, foi contratar 
profissionais sem habilitação para a direção de ônibus. Em paralelo, a empresa, que utiliza 
ônibus antigos (mais poluentes) e em péssimo estado de conservação, acertou 
informalmente com todos os funcionários que os veículos não deveriam circular após as 18 
horas, dado que, estatisticamente, a partir desse horário, os índices de criminalidade são 
maiores. Antes, por exigência do poder concedente, os ônibus circulavam até meia-noite. 
Os jornais da cidade noticiaram amplamente a precária condição dos ônibus, a redução do 
horário de circulação e a utilização de motoristas não habilitados para a condução dos 
veículos. Seis meses após a concretização da mencionada situação e da divulgação das 
respectivas notícias, a associação municipal de moradores, entidade constituída e em 
funcionamento há dois anos e que tem por finalidade institucional, dentre outras, a proteção 
dos usuários de transporte público, contrata você, jovem advogado(a), para adotar as 
providências cabíveis perante o Poder Judiciário para compelir o poder concedente e a 
concessionária a regularizarem a atividade em questão. Há certa urgência, pois no último 
semestre a qualidade do serviço público caiu drasticamente e será necessária a produção de 
provas no curso do processo. 
 
Considerando essas informações, redija a peça cabível para a defesa dos interesses dos 
usuários do referido serviço público. 
 
5 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXVI – CONSTITUCIONAL 
 
 
Com o objetivo de zelar pelo primado da ética, a Assembleia Legislativa do Estado Alfa 
aprovou e o Governador do Estado sancionou uma minirreforma política, que direcionaria 
as eleições seguintes para os cargos de Deputado Estadual do Estado em questão. Essa 
reforma foi veiculada por meio da Lei “X”. O Art. 1º dispunha que não seria admitido o 
registro de candidatura de qualquer pessoa com antecedentes criminais;o Art. 2º afastava a 
possibilidade de campanha eleitoral no rádio e na televisão para os partidos políticos que 
abrigassem, em seus quadros, pessoas com antecedentes criminais; o Art. 3º dispunha sobre 
as distintas formas de exercício da cidadania no território do respectivo Estado. A Lei “X” 
do Estado Alfa foi saudada com grande entusiasmo pela população. Como o Art. 4º da Lei 
“X” dispunha que sua entrada em vigor seria imediata, aplicando-se inclusive às eleições 
que seriam realizadas três meses depois, era grande a expectativa de que as mudanças 
fossem percebidas de imediato. Apesar desse entusiasmo, o Partido Político Sigma, que tem 
representantes no Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal), e 
sofreria grandes prejuízos com a entrada em vigor da Lei “X”, por deliberação do seu 
Diretório Nacional, decidiu ingressar com a medida judicial adequada, utilizando, como 
paradigma, a Constituição da República. Esperava com esse procedimento que a 
constitucionalidade in abstracto desse diploma normativo fosse questionada perante o 
tribunal competente. 
 
Considerando a narrativa acima, na condição de advogado(a) do Partido Político Sigma, 
elabore a petição inicial da medida judicial cabível. 
 
 
6 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXV – CIVEL 
 
 
Em uma determinada ação indenizatória que tramita na capital do Rio de Janeiro, o 
promitente comprador de um imóvel, Serafim, pleiteia da promitente vendedora, 
Incorporadora X, sua condenação ao pagamento de quantias indenizatórias a título de (i) 
lucros cessantes em razão da demora exacerbada na entrega da unidade imobiliária e (ii) 
danos morais. Todas as provas pertinentes e relevantes dos fatos constitutivos do direito do 
autor foram carreadas nos autos. Na contestação, a ré suscitou preliminar de ilegitimidade 
passiva, apontando como devedora de eventual indenização a sociedade Construtora Y 
contratada para a execução da obra. Alegou, no mérito, o descabimento de danos morais 
por mero inadimplemento contratual e, ainda, aduziu que a situação casuística não 
demonstrou a ocorrência dos lucros cessantes alegados pelo autor. O juízo de primeira 
instância, transcorridos regularmente os atos processuais sob o rito comum, acolheu a 
preliminar de ilegitimidade passiva. Da sentença proferida já à luz da vigência do CPC/15, 
o autor interpôs recurso de apelação, mas o acórdão no Tribunal de Justiça correspondente 
manteve integralmente a decisão pelos seus próprios fundamentos, sem motivar específica e 
casuisticamente a decisão. O autor, diante disso, opôs embargos de declaração por entender 
que havia omissão no Acórdão, para préquestionar a violação de norma federal aplicável ao 
caso em tela. No julgamento dos embargos declaratórios, embora tenha enfrentado os 
dispositivos legais aplicáveis à espécie, o Tribunal negou provimento ao recurso e também 
aplicou a multa prevista na lei para a hipótese de embargos meramente protelatórios. 
 
Na qualidade de advogado(a) de Serafim, indique o meio processual adequado para a tutela 
integral do seu direito em face do acórdão do Tribunal, elaborando a peça processual 
cabível no caso, excluindo-se a hipótese de novos embargos de declaração, indicando os 
seus requisitos e fundamentos nos termos da legislação vigente. 
 
 
7 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXV - CONSTITUCIONAL 
 
Em matéria jornalística amplamente divulgada pela mídia, o prefeito do município Alfa, 
situado no estado Beta, é acusado pela imprensa local de negligenciar a saúde pública, 
deixando de realizar os investimentos constitucionais obrigatórios nos estabelecimentos 
médico-hospitalares situados na região. Com o objetivo de tirar proveito da situação para se 
autopromover, o prefeito elabora a seguinte estratégia: após obter expressa aprovação do 
Secretário Municipal do Meio Ambiente, em procedimento administrativo formalmente 
instaurado, às custas do erário e sob o subterfúgio de publicidade institucional, providencia 
a instalação de um grande painel de publicidade (outdoor) na encosta de um dos morros da 
cidade, o que era vedado pela legislação ambiental federal. Trata-se de área de proteção 
ambiental e notório ponto turístico, tendo ampla visibilidade. No outdoor, são elencadas 
todas as ações e investimentos da prefeitura relacionados à área da saúde durante a gestão 
do atual prefeito. Logo após a conclusão das obras, ambientalistas filiados a uma 
Organização Não Governamental (ONG) de proteção ao meio ambiente comparecem ao 
local e detectam, dentre outras consequências prejudiciais, que a iluminação usada no 
outdoor durante o período noturno traria resultados nocivos à biodiversidade, ameaçando a 
sobrevivência de espécies animais notívagas da região. Essa nocividade se tornaria 
irreversível caso a iluminação viesse a ser utilizada por algumas semanas. Carlos, maior de 
idade, brasileiro nato no pleno gozo de seus direitos políticos, morador do Município Alfa, 
fica estarrecido ao tomar ciência do fato e indignado com a inércia das autoridades locais 
competentes. Diante disso, comparece a um escritório de advocacia indagando se poderia, 
devidamente representado em juízo por advogado(a) legalmente habilitado(a), adotar 
pessoalmente alguma providência judicial diante das irregularidades apontadas. 
 
Com base no caso concreto apresentado acima, utilizando o instrumento constitucional 
adequado, redija a petição inicial da medida judicial cabível. 
 
 
TRABALHISTA 
 
1 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXVII - TRABALHISTA 
 
 
Nelson Aviz procura você, como advogado(a), afirmando que foi empregado da sociedade 
empresária Alfa Ltda. na sede desta, localizada em Sete Lagoas/MG, de 17/12/2017 a 
28/04/2018, tendo exercido, na prática, a função de técnico de informática. Nelson informa 
que foi despedido por justa causa, apesar de não ter feito nada de errado, não recebendo 
qualquer indenização, mas apenas o saldo salarial do último mês; que a empresa não 
integrava, para fim algum, o salário-família que Nelson recebia; que trabalhava de segunda-
feira a sábado, das 20h às 5h, com intervalo de 20 minutos para refeição; que o local de 
trabalho era de difícil acesso e não servido por transporte público regular, pelo que a 
empresa fornecia o transporte para ir ao trabalho e voltar dele, de forma que Nelson 
demorava uma hora no trajeto de ida e outra uma hora no de volta; que realizou exame 
médico na admissão; que Nelson tem uma irmã que trabalha na mesma sociedade 
empresária, exercendo a função de programadora de jogos digitais. O trabalhador exibe 
cópias dos contracheques, nos quais há, na parte de crédito, salário de R$ 1.200,00 e uma 
cota de salário-família; já na parte de descontos, há INSS, vale-transporte e FGTS. Nelson 
ainda exibiu sua CTPS, na qual consta admissão em 17/12/2017 e saída em 28/04/2018, na 
função de auxiliar de serviços gerais; na parte de anotações gerais, há anotação de que o 
empregado foi dispensado por justa causa em razão de conduta inadequada. Em pesquisa 
pela Internet, você localiza a convenção coletiva da categoria de Nelson, com os pisos 
normativos para todas as funções desempenhadas na sociedade empresária Alfa, dentre elas 
os seguintes: auxiliar de serviços gerais: R$ 1.200,00; técnico em informática: R$ 1.800,00; 
programador: R$ 3.500,00; e engenheiro de computação: R$ 6.000,00. 
 
Elabore a peça prático-profissional que melhor defenda os interesses de Nelson, sem usar 
dados ou informações que não estejam no enunciado. 
 
2 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXVI - TRABALHISTA 
 
 
A sociedade empresária Ômega procura você, exibindo sentença prolatada em reclamação 
trabalhista movida por Fabiano que tramita perante a 100ª Vara do Trabalho de Maceió/AL. 
Nela, o magistrado, em síntese, rejeitou preliminar suscitada pela empresa e determinou o 
recolhimento do INSS relativo ao período trabalhado mês a mês, para fins de 
aposentadoria, já que restou comprovado que a empresa descontava a cota previdenciária, 
mas não a repassava ao INSS; rejeitou preliminarsuscitada e desconsiderou que a empresa 
havia feito um acordo em outro processo movido pelo mesmo empregado, homologado em 
juízo, no qual pagou o prêmio de assiduidade, condenando-a novamente ao pagamento 
dessa parcela; rejeitou preliminar suscitada pela empresa e desconsiderou que em relação às 
diárias postuladas, o autor tinha, comprovadamente, outra ação em curso com o mesmo 
tema, que se encontrava em grau de recurso; extinguiu o feito sem resolução do mérito em 
relação a um pedido de devolução de desconto, porque não havia causa de pedir; não 
acolheu a prescrição parcial porque ela foi suscitada pelo advogado em razões finais, 
afirmando o magistrado que deveria sê-lo apenas na contestação, tendo ocorrido preclusão; 
deferiu a reintegração do ex-empregado, Fabiano, porque ele foi eleito presidente da 
Associação de Leitura dos empregados da empresa, entidade criada pelos próprios 
empregados, sendo que a dispensa ocorreu em dezembro de 2017, no decorrer do mandato 
do reclamante; indeferiu o pedido de vale-transporte, porque o reclamante se deslocava 
para o trabalho e dele retornava a pé; deferiu indenização por dano moral, porque, pelo 
confessado atraso no pagamento dos salários dos últimos 3 meses do contrato de trabalho, o 
empregado teve seu nome inscrito em cadastro restritivo de crédito, conforme certidão do 
Serasa juntada pelo reclamante demonstrando a inserção do nome do empregado no rol de 
maus pagadores em novembro de 2015; deferiu a entrega de uma carta de referência para 
facilitar o autor na obtenção de nova colocação, caso, no futuro, ele viesse a querer se 
empregar em outro lugar; indeferiu a integração da alimentação concedida ao empregado, 
porque a empresa aderira ao Programa de Alimentação do Trabalhador durante todo o 
contrato de trabalho; deferiu o pagamento da participação nos lucros prevista na convenção 
coletiva da categoria, nos anos de 2012 e 2013, pois confessadamente não havia sido paga; 
indeferiu o pedido de anuênio, porque não havia previsão legal nem no instrumento da 
categoria do autor; deferiu o pagamento da diferença de férias, porque o empregado não 
fruiu 30 dias úteis no ano de 2016, como garante a Lei. A sociedade empresária apresenta a 
ficha de registro de empregados do reclamante, na qual se verifica que ele havia trabalhado 
de 08/07/2007 a 20/10/2017, sendo que, nos anos de 2012 a 2014, permaneceu afastado em 
benefício previdenciário de auxílio-doença comum (código B-31); a ficha financeira mostra 
que o empregado ganhava 2 salários mínimos mensais e exercia a função de auxiliar de 
manutenção de equipamentos, fazendo eventuais viagens para verificação de equipamentos 
em filiais da empresa. 
 
Diante disso, como advogado(a) da ré, redija a peça prático-profissional pertinente ao caso 
para a defesa dos interesses do seu cliente em juízo, ciente de que a ação foi ajuizada em 
30/10/2017 e que, na sentença, não havia vício ou falha estrutural que comprometesse sua 
integridade. 
 
 
3 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXV - TRABALHISTA 
 
 
Você foi contratado(a) pela Floricultura Flores Belas Ltda., que recebeu citação de uma 
reclamação trabalhista com pedido certo, determinado e com indicação do valor, movida 
em 27/02/2018 pela ex-empregada Estela, que tramita perante o juízo da 50ª Vara do 
Trabalho de João Pessoa/PB e recebeu o número 98.765. Estela foi floricultora na empresa 
em questão de 25/10/2012 a 29/12/2017 e ganhava mensalmente o valor correspondente a 
dois salários mínimos. Na demanda, requereu os seguintes itens: - a aplicação da 
penalidade criminal cominada no Art. 49 da CLT contra os sócios da ré, uma vez que eles 
haviam cometido a infração prevista na referido diploma legal; - o pagamento de adicional 
de penosidade, na razão de 30% sobre o salário-base, porque, no exercício da sua atividade, 
era constantemente furada pelos espinhos das flores que manipulava; - o pagamento de 
horas extras com adição de 50%, explicando que cumpria a extensa jornada de segunda a 
sexta-feira, das 10h às 20h, com intervalo de duas horas para refeição, e aos sábados, das 
16h às 20h, sem intervalo; - o pagamento da multa do Art. 477, § 8º, da CLT, porque o 
valor das verbas resilitórias somente foi creditado na sua conta 20 dias após a comunicação 
do aviso prévio, concedido na forma indenizada, extrapolando o prazo legal. Afirmou, 
ainda, que foi obrigada a aderir ao desconto para o plano de saúde, tendo assinado na 
admissão, contra a sua vontade, um documento autorizando a subtração mensal. A 
sociedade empresária informou que, assim que foi cientificada do aviso prévio, Estela teve 
uma reação violenta, gritando e dizendo-se injustiçada com a atitude do empregador. A 
situação chegou a tal ponto que a segurança terceirizada precisou ser chamada para conter a 
trabalhadora e acompanhá-la até a porta de saída. Contudo, quando deixava o portão 
principal, Estela começou a correr, pegou uma pedra do chão e a arremessou violentamente 
contra o prédio da empresa, vindo a quebrar uma das vidraças. A empresa informa que 
gastou R$ 300,00 na recolocação do vidro atingido, conforme nota fiscal que exibiu, além 
de apresentar a guia da RAIS comprovando possuir 7 empregados, os contracheques da 
autora e o documento assinado pela empregada autorizando o desconto de plano de saúde. 
 
Diante dessa narrativa, apresente a peça pertinente na melhor defesa dos interesses da 
reclamada. 
 
 
 
4 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXIV - TRABALHISTA 
 
 
 
Foi prolatada sentença nos autos da ação 9.876, movida por Maria das Graças em face da 
sociedade empresária Editora Legal Ltda., que tramita perante a 100ª Vara do Trabalho de 
Goiânia/GO. Na demanda, a reclamante informou ter sido empregada da ré de agosto de 
2015 a janeiro de 2017, quando pediu demissão. Houve regular contestação e instrução. Na 
sentença, o juiz julgou improcedente o pedido de dano existencial pela extensa jornada 
alegadamente cumprida e procedente o pedido de uma hora extra com adicional de 80% 
pelo intervalo intrajornada violado, uma vez que a sociedade empresária concedia apenas 
30 minutos e que, a despeito de haver nos autos autorização do Ministério do Trabalho para 
a redução, isso não seria previsto em lei. Julgou, ainda, improcedente o pedido de horas de 
prontidão, porque a trabalhadora não permanecia nas instalações da empresa fora do 
horário de trabalho, e procedente o pedido de reintegração, porque a empregada comprovou 
documentalmente que, por ocasião da ruptura do contrato, estava grávida. O juiz julgou 
procedente o pedido de horas de sobreaviso, porque a trabalhadora permanecia com celular 
da empresa permanentemente ligado, inclusive fora do horário de serviço, e deferiu 
adicional de insalubridade em grau médio (30% sobre o salário mínimo), porque ficou 
comprovado por perícia que a autora manuseava produtos químicos na editora para realizar 
as impressões. O magistrado julgou procedente o pedido de recolhimento do INSS do 
período trabalhado, que não foi feito pelo empregador, conforme comprovado pelo 
Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) e julgou improcedente o pedido de 
adicional de transferência, porque a alteração de local de trabalho não gerou mudança de 
domicílio da autora. Na sentença, publicada em setembro de 2017, o juiz ainda julgou 
procedente em parte o pedido de adicional noturno porque comprovado, pelo depoimento 
do preposto, que a autora trabalhava das 16.00h às 23.00h, motivo pelo qual condenou a ré 
a pagar o adicional de 25% entre 22.00h e 23.00h. O magistrado também deferiu a 
integração ao salário do valor do plano dental concedido gratuitamente à reclamante, com 
as repercussões daí advindas, ao argumento de que isso não poderia ser confundido com 
plano de saúde (este sim, que não sofreria integração). Documentos juntados pelas partes: 
contracheques, cartões de ponto, TRCT, autorização do Ministério do Trabalho para a 
redução do intervalo e CNIS. 
 
Como advogado(a) contratado(a) pela sociedade empresária econsiderando que a sentença 
não possui vícios nem omissões, elabore a peça jurídica em defesa dos interesses dela. 
 
 
 
5 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXIII - TRABALHISTA 
 
 
Em 30 de abril de 2017, Hamilton ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade 
empresária Loteria Alfa Ltda., distribuída para a 50ª Vara de João Pessoa, sob o número 
1234. Hamilton afirma que trabalhou na empresa de 13 de janeiro de 2010 a 25 de março de 
2017, quando foi dispensado sem justa causa. Afirma, ainda, que trabalhava de 2ª a 6ª feira, 
das 7h às 14h, com intervalo de uma hora para refeição. Ele relata que sempre foi 
cumpridor de suas tarefas e prestativo para com os prepostos da empresa, e que, duas 
semanas após receber o aviso prévio, decidiu inscrever-se numa chapa como candidato a 
presidente do sindicato dos empregados em lotéricas, para lutar por melhorias para a sua 
categoria. Hamilton afirma que, além de processar os jogos feitos pelos clientes, também 
realizava atividade bancária referente a saques de até R$ 100,00 e o pagamento de contas 
de serviços públicos (água, luz, gás e telefone), bem como de boletos bancários de até R$ 
200,00. Ele confirma que, dentre os clientes do empregador, estava uma companhia de 
energia elétrica da cidade, daí porque, uma vez por semana, tinha que ir até essa empresa 
para pegar, de uma só vez, as apostas de todos os seus empregados, o que fidelizava esses 
clientes; contudo, nesse dia, ele permanecia em área de risco (subestação de energia) por 10 
minutos. Hamilton relata que, durante o período em que trabalhou na Loteria Alfa, faltou 
algumas vezes ao serviço e que teve essas faltas descontadas; diz, ainda, que substituiu o 
gerente da loteria, quando este se afastou por auxíliodoença, pelo período de três meses, 
mas que não teve qualquer alteração de salário. Ele afirma que existe o benefício de ticket-
alimentação, previsto em acordo coletivo assinado pela sociedade empresária Beta Ltda., 
mas que jamais recebeu esse benefício durante todo o contrato. O empregado em questão 
informa que adquiriu empréstimo bancário, consignado em folha de pagamento, e que por 
três meses, quando houve sensível diminuição do movimento em razão da crise econômica, 
realizou serviço do seu próprio domicílio (home office), conferindo as planilhas de jogos, 
mas que não recebeu vale-transporte; ainda informa que não trabalhava nos feriados e que 
recebia vale-cultura do empregador no valor de R$ 30,00 mensais. Na reclamação 
trabalhista, Hamilton requer adicional de periculosidade, vantagens previstas na norma 
coletiva dos bancários, reintegração ao emprego, horas extras, horas de sobreaviso, ticket 
previsto na norma coletiva, vale-transporte pelo período em que trabalhou em home office e 
integração do vale-cultura ao seu salário. Foram juntados os contracheques, cópia da CTPS, 
comprovante de residência, acordo coletivo assinado pela sociedade empresária Loteria 
Beta Ltda. e norma coletiva dos bancários de 2010 a 2017. 
 
Contratado(a) pela sociedade empresária Loteria Alfa Ltda., você deve apresentar a peça 
judicial adequada aos interesses da ré. (Valor: 5,00) 
 
 
 
ÁREA: DIREITO PENAL 
 
1 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXV - PENAL 
 
Patrick, nascido em 04/06/1960, tio de Natália, jovem de 18 anos, estava na varanda de sua 
casa em Araruama, em 05/03/2017, no interior do Estado do Rio de Janeiro, quando vê o 
namorado de sua sobrinha, Lauro, agredindo-a de maneira violenta, em razão de ciúmes. 
Verificando o risco que sua sobrinha corria com a agressão, Patrick gritou com Lauro, que 
não parou de agredi-la. Patrick não tinha outra forma de intervir, porque estava com uma 
perna enfaixada devido a um acidente de trânsito. Ao ver que as agressões não cessavam, 
foi até o interior de sua residência e pegou uma arma de fogo, de uso permitido, que 
mantinha no imóvel, devidamente registrada, tendo ele autorização para tanto. Com 
intenção de causar lesão corporal que garantisse a debilidade permanente de membro de 
Lauro, apertou o gatilho para efetuar disparo na direção de sua perna. Por circunstâncias 
alheias à vontade de Patrick, a arma não funcionou, mas o barulho da arma de fogo causou 
temor em Lauro, que empreendeu fuga e compareceu à Delegacia para narrar a conduta de 
Patrick. Após meses de investigações, com oitiva dos envolvidos e das testemunhas 
presenciais do fato, quais sejam, Natália, Maria e José, estes dois últimos sendo vizinhos 
que conversavam no portão da residência, o inquérito foi concluído, e o Ministério Público 
ofereceu denúncia, perante o juízo competente, em face de Patrick como incurso nas 
sanções penais do Art. 129, § 1º, inciso III, c/c. o Art. 14, inciso II, ambos do Código Penal. 
Juntamente com a denúncia, vieram as principais peças que constavam do inquérito, 
inclusive a Folha de Antecedentes Criminais, na qual constava outra anotação por ação 
penal em curso pela suposta prática do crime do Art. 168 do Código Penal, bem como o 
laudo de exame pericial na arma de Patrick apreendida, o qual concluiu pela total 
incapacidade de efetuar disparos. Em busca do cumprimento do mandado de citação, o 
oficial de justiça comparece à residência de Patrick e verifica que o imóvel se encontrava 
trancado. Apenas em razão desse único comparecimento no dia 26/02/2018, certifica que o 
réu estava se ocultando para não ser citado e realiza, no dia seguinte, citação por hora certa, 
juntando o resultado do mandado de citação e intimação para defesa aos autos no mesmo 
dia. Maria, vizinha que presenciou a conduta do oficial de justiça, se assusta e liga para o 
advogado de Patrick, informando o ocorrido e esclarecendo que ele se encontra trabalhando 
e ficará embarcado por 15 dias. O advogado entra em contato com Patrick por email e este 
apenas consegue encaminhar uma procuração para adoção das medidas cabíveis, fazendo 
uma pequena síntese do ocorrido por escrito. 
 
Considerando a situação narrada, apresente, na qualidade do advogado de Patrick, a peça 
jurídica cabível, diferente do habeas corpus, apresentando todas as teses jurídicas de direito 
material e processual pertinentes. A peça deverá ser datada do último dia do prazo. 
 
 
2 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXIV - PENAL 
 
 
Lucas, 22 anos, foi denunciado e condenado, definitivamente, pela prática de crime de 
associação para o tráfico, previsto no Art. 35 da Lei nº 11.343/06, sendo, em razão das 
circunstâncias do crime, aplicada a pena de 06 anos de reclusão em regime inicial 
semiaberto, entendendo o juiz de conhecimento que o crime não seria hediondo, não tendo 
sido reconhecida a presença de qualquer agravante ou atenuante. No mês seguinte, após o 
início do cumprimento da pena, Lucas vem a sofrer nova condenação definitiva, dessa vez 
pela prática de crime de ameaça anterior ao de associação, sendo-lhe aplicada 
exclusivamente a pena de multa, razão pela qual não foi determinada a regressão de regime. 
Após cumprir 01 ano da pena aplicada pelo crime de associação, o defensor público que 
defende os interesses de Lucas apresenta requerimento de progressão de regime, destacando 
que o apenado não sofreu qualquer sanção disciplinar. O magistrado em atuação perante a 
Vara de Execução Penal da Comarca de Belo Horizonte/MG, órgão competente, indefere o 
pedido de progressão, sob os seguintes fundamentos: a) o crime de associação para o 
tráfico, no entender do magistrado, é crime hediondo, tanto que o livramento condicional 
somente poderá ser deferido após o cumprimento de 2/3 da pena aplicada; b) o apenado é 
reincidente, diante da nova condenação pela prática de crime de ameaça; c) o requisito 
objetivo para a progressão de regime seria o cumprimento de 3/5 da pena aplicada e, caso 
ele não fosse reincidente, seria de 2/5, períodos esses ainda não ultrapassados; d) em 
relação ao requisito subjetivo, é indispensável a realização de exame criminológico, diante 
da gravidade dos crimes de associação para o tráfico em geral. Ao tomar conhecimento, de 
maneira informal, dadecisão do magistrado, a família de Lucas procura você, na condição 
de advogado(a), para a adoção das medidas cabíveis. Após constituição nos autos, a defesa 
técnica é intimada da decisão de indeferimento do pedido de progressão de regime em 24 
de novembro de 2017, sextafeira, sendo certo que, de segunda a sexta-feira da semana 
seguinte, todos os dias são úteis em todo o território nacional. 
 
Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de Lucas, redija 
a peça jurídica cabível, diferente de habeas corpus e embargos de declaração, apresentando 
todas as teses jurídicas pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia do prazo para 
interposição. 
 
3 - PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL – XXIII - PENAL 
 
 
No dia 23 de fevereiro de 2016, Roberta, 20 anos, encontrava-se em um curso preparatório 
para concurso na cidade de Manaus/AM. Ao final da aula, resolveu ir comprar um café na 
cantina do local, tendo deixado seu notebook carregando na tomada. Ao retornar, retirou 
um notebook da tomada e foi para sua residência. Ao chegar em casa, foi informada de que 
foi realizado registro de ocorrência na Delegacia em seu desfavor, tendo em vista que as 
câmeras de segurança da sala de aula captaram o momento em que subtraiu o notebook de 
Cláudia, sua colega de classe, que havia colocado seu computador para carregar em 
substituição ao de Roberta, o qual estava ao lado. No dia seguinte, antes mesmo de 
qualquer busca e apreensão do bem ou atitude da autoridade policial, Roberta restituiu a 
coisa subtraída. As imagens da câmera de segurança foram encaminhadas ao Ministério 
Público, que denunciou Roberta pela prática do crime de furto simples, tipificado no Art. 
155, caput, do Código Penal. O Ministério Público deixou de oferecer proposta de 
suspensão condicional do processo, destacando que o delito de furto não é de menor 
potencial ofensivo, não se sujeitando à aplicação da Lei nº 9.099/95, tendo a defesa se 
insurgido. Recebida a denúncia, durante a instrução, foi ouvida Cláudia, que confirmou ter 
deixado seu notebook acoplado à tomada, mas que Roberta o subtraíra, somente havendo 
restituição do bem com a descoberta dos agentes da lei. Também foram ouvidos os 
funcionários do curso preparatório, que disseram ter identificado a autoria a partir das 
câmeras de segurança. Roberta, em seu interrogatório, confirma os fatos, mas esclarece que 
acreditava que o notebook subtraído era seu e, por isso, levara-o para casa. Foi juntada a 
Folha de Antecedentes Criminais da ré sem qualquer outra anotação, o laudo de avaliação 
do bem subtraído, que constatou seu valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), e o CD com as 
imagens captadas pela câmera de segurança. O Ministério Público, em sua manifestação 
derradeira, requereu a condenação da ré nos termos da denúncia. Você, como advogado(a) 
de Roberta, é intimado(a) no dia 24 de agosto de 2016, quarta-feira, sendo o dia seguinte 
útil em todo o país, bem como todos os dias da semana seguinte, exceto sábado e domingo. 
 
Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de Roberta, 
redija a peça jurídica cabível, diferente de habeas corpus, apresentando todas as teses 
jurídicas pertinentes. A peça deverá ser datada no último dia do prazo para interposição. 
 
 
 
PEÇA PRÁTICA MP 1 
 
 Fulano foi denunciado como incurso nos artigos 121, § 2o, incisos II e IV, 129, § 1o, inciso 
I, na forma do artigo 69, todos do Código Penal, por ter, de acordo com a inicial, causado a 
morte de Sicrano, com quem tivera banal desentendimento no dia anterior e que, no 
momento da agressão, estava conversando com um amigo, Beltrano, em um bar. 
Consumado o homicídio, Fulano desferiu um soco em Beltrano, causando-lhe a queda e, 
em consequência, lesões corporais que resultaram em incapacidade para as funções 
habituais por mais de trinta dias. 
Após regular processo, autoria e materialidade das infrações provadas, Fulano foi 
pronunciado apenas como incurso no artigo 121, caput, do Código Penal, sendo absolvido 
com relação ao crime conexo. 
Entendeu o prolator da pronúncia que o desentendimento anterior impede o reconhecimento 
das qualificadoras e que não restou provada a intenção de ofender a integridade corporal de 
Beltrano. 
Como Promotor de Justiça, apresente o recurso cabível e arrazoe, postulando a pronúncia 
nos termos da inicial. Fica dispensado o relatório. 
 
 
PEÇA PRÁTICA MP 2 
 
José Sebastião, vulgo “Zé Dragão”, envolvido no tráfico de drogas, inclusive, já tendo 
cumprido pena por infração ao disposto no artigo 33, caput, da Lei no 11.343/06, discutiu 
com seu comparsa, Antônio Jeferson, vulgo “Tonhão Gordo”, pois entendeu que este se 
apropriou de seu quinhão referente a um roubo praticado por ambos. 
Em razão dessa discussão, na qual não conseguiu obter o que queria, José Sebastião, na 
noite do dia seguinte, 07 de agosto de 2017, armado com uma pistola .45, de uso exclusivo 
das forças armadas, dirigiu-se ao barraco de Antônio Jeferson, situado na rua Sabará dos 
Pampas, número 1.002, São Paulo, e lá chegando, de imediato, descarregou sua arma em 
direção a seu desafeto. 
Em seguida, José Sebastião se aproximou de Antônio Jeferson, que já estava morto, 
alvejado por cinco tiros, mordeu e arrancou um pedaço da orelha direita da vítima. 
É certo, também, que um dos disparos efetuados atingiu o menor de cinco anos, Antônio 
Silvio, que brincava no quintal de sua casa, ao lado do local dos fatos. A criança, em 
decorrência dos ferimentos, veio a óbito sete dias após os fatos, no hospital onde foi 
socorrida. 
Em razão desses fatos, foi instaurado inquérito policial, no qual a digna Autoridade 
Policial, após identificar José Sebastião como sendo o autor dos disparos, pediu a sua 
prisão temporária. O investigado foi preso e interrogado, ocasião em que negou o crime, no 
entanto, em sua residência, foi apreendida uma pistola .45. 
Os laudos médicos necroscópicos das vítimas foram juntados aos autos. 
O inquérito policial foi relatado e encaminhado ao Juízo natural, tendo o Delegado de 
Polícia protestado pela posterior remessa do laudo de exame da arma apreendia e do laudo 
de exame do local dos fatos, bem como representado pela prisão preventiva do indiciado. 
Como Promotor de Justiça, tome as providências pertinentes ao receber com vista o 
inquérito policial. 
 
 
PEÇA PRÁTICA MP 3 
 
Fulano foi denunciado pela prática de homicídio duplamente qualificado – motivo torpe, 
consistente em vingança, e emprego de meio cruel – e por ocultação de cadáver em 
concurso material. Segundo consta da denúncia, Fulano causou a morte de Sicrano 
mediante golpes de instrumento contundente em diversas partes do corpo, agindo para se 
vingar do fim do relacionamento amoroso de Sicrano com sua filha. Após a consumação do 
homicídio, Fulano enterrou o cadáver de Sicrano em um local ermo. 
Após regular processo, autoria e materialidade das infrações provadas, Fulano foi 
pronunciado apenas pela prática de homicídio simples. 
Entendeu o prolator da pronúncia que a existência do relacionamento amoroso entre 
Sicrano e a filha de Fulano impede o reconhecimento das qualificadoras. Quanto ao delito 
de ocultação de cadáver, o magistrado entendeu não ser da competência do Tribunal do Júri 
e determinou a remessa de peças para apreciação e julgamento do juiz singular. 
Como Promotor de Justiça, apresente o recurso cabível e arrazoe, postulando a pronúncia 
nos termos da inicial. Fica dispensado o relatório.

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