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1 Reciclagem de Resíduos Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais 5 – Reciclagem de Metais Prof. Sandro Donnini Mancini Agosto, 2021. Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba Idade da Pedra; Idade dos Metais; Cobre foi provavelmente encontrado no estado nativo. A utilização dos materiais teve importância histórica: 2 ~2000 a.C. – primeiros indícios de Ferro (óxidos em meteoritos); 1400 a.C. – redução do minério de Ferro e fabricação de produtos forjados – temperatura atingida era baixa; Idade média: altos fornos, temperatura : obtém-se o ferro gusa; 1780 – refino do gusa e obtenção do aço, utilizando-se coque como fornecedor de carbono – pouco comum, gusa é o principal material das máquinas à vapor da 1ª Revolução Industrial 1857 – Queima do C com sopro de O2 = aço de %C inferiores. – 2ª revolução industrial Idade do Ferro (~1200 a.C a 1.000 d.C) Forja Catalã – Século XV 3 Fábrica de Ferro São João do Ipanema: 1818 ~1895. Local possuía reservas de magnetita (Fe2O2); E madeira (floresta) para fabricação de carvão. Fotos: A ndré Bonacin Produção principal: armas. Carvoaria “Alto”- forno 4 Primórdios da Siderurgia Nacional Atividade industrial no Brasil colônia foi impedida por lei (1785); 1/4/1808 – revoga-se a lei, mas nada muda: acordo com Inglaterra; Exclusões: construção naval e siderurgia (interesse do governo); Antes de D. João: 1ª ideia – Bahia e pequenas forjas em MG; 1809: Real Fábrica do Morro de Gaspar Soares (Pilar) – MG; produção em 1815; 1810: Araçoiaba (SP) – Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema; 1815: inicia-se a produção; Dois altos-fornos (início 1818); 1811: siderúrgica particular em Congonhas do Campo (MG): a 1ª que deu lucro; Importante: 1812 - ferro líquido (Pilar); 1814 – ferro em alto forno (Congonhas); 1818 – produção em alta escala (Araçoiaba). Características típicas de metais: capacidade de deformar plasticamente (segurança estrutural); condutividade térmica e elétrica elevada; alguns apresentam propriedades magnéticas; alguns são refratários (suportam altas T); alguns resistem muito a intempéries e oxidação; agüentam solicitações mecânicas críticas (trem de pouso, p.ex.); as propriedades se relacionam com densidade e custo adequados; Tratamentos térmicos auxiliam processamento e melhoram propriedades. 5 Al2O3 2Al + 3/2 O2 Fe2O3 + 3/2 C 2 Fe + 3/2 CO2 Reações Simplificadas de Obtenção de Alguns Metais: CuFeS2 + 2 O2 → 2Cu + 2FeO + 4SO2 TiO2 + 2 Cl2 → TiCl4 TiCl4 + 2 Mg → Ti + 2 MgCl2 Minério Bruto Minério Beneficiado Minério Pré-Extraído Metal Bruto Metais e Ligas Adequadas Metais e Ligas Conformadas Operações de Beneficiamento Processos de Pré-Extração Processos de Extração Processos de Elaboração e Refino Fusão e Solidificação / Conformação Transformações físicas: fragmentação, separação de fases, concentração do minério Transformações químicas (reações) e físicas (separação de fases) Transformações químicas (reações minério metal por pirometalurgia, eletrometalurgia e hidrometalurgia) e físicas (separação de fases) Transformações químicas (retirada de impurezas e adição de elementos) Fundição ou Lingotamento (fusão e solidificação) Processos de Fabricação Primários (laminação, p.ex.) Adaptado de Gregolim, J.A.R. Caderno com cópias das Transparênci as da Disciplina “Siderurgia”. UFSCar, São Carlos-SP, 1992. 6 Metalurgia - obtenção de metais ferrosos e não-ferrosos Definições Siderurgia – obtenção de produtos a base de ferro e aço. A fabricação de produtos metálicos pode envolver: Preparo do metal e/ou liga (geralmente fusão e solidificação); Usinagem; Conformação Plástica; Soldagem; Metalurgia do Pó. CAMPOS FILHO, M.P. e DAVIES, G.J. Solidificação e Fundição de Metais e suas Ligas. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora, 1978 7 Fundição Lingotamento Torneamento http://www.em .pucrs.br/~edir/O ficina/torno/Torneam ento.htm Fresagem http://www.em.pucrs.br/~edir/Oficina/torno/Torneamento.htm Retífica 8 Furação http://www.em.pucrs.br/~ed ir/Oficina/torno/Torneame nto.htm http://www.abal.org.br/aluminio/processos_laminacao.asp Laminação SOLDAGEM Metais de adição: União localizada de metais produzida por aquecimento (e também pressão). Pode se dar a partir da fusão das peças ou contar com metais de adição. componentes eletrônicos: Pb-Sn tendência: soldas “lead-free” (Sn/Ag/Cu, p.ex.); Metal de composição próxima a dos metais a serem soldados. 9 Reações Simplificadas de Obtenção de Alguns Metais: Al2O3 2Al + 3/2 O2 Fe2O3 + 3/2 C 2 Fe + 3/2 CO2 Tendência dos metais voltarem à forma de óxidos ao reagirem com água, ácidos, bases, maresia, oxigênio... CORROSÃO Al2O3 2Al + 3/2 O2 Fe2O3 2 Fe + 3/2 O2 FeO Fe + ½O2 Corrosão causa perda de superfícies metálicas e/ou perda de propriedades. Susceptibilidade à corrosão de alguns metais: Mg > Al > Zn > Cr> Fe > Ni > Sn > Pb > Cu > Ag > Pt PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO Eletrodo de sacrifício – peças de elementos mais susceptíveis; Passivação – elementos mais susceptíveis em liga (aço inoxidável); Pintura; Revestimento – Galvanização – processo eletrolítico (galvanoplastia) deposição química Imersão a quente (revestimento fundido) 10 ou Banho para Deposição Química Esquema da Galvanização por Deposição Química e por Imersão a Quente Galvanização por Eletrodeposição: Dois eletrodos são mergulhados numa solução eletrolítica ligados a uma fonte de corrente. A solução eletrolítica deve conter como eletrólito um sal que contém cátions do metal do revestimento. Peça a ser revestida Metal do Revestimento ou Material Inerte FOLHAS DE FLANDRES Folhas/bobinas laminadas de aço, de baixo teor de carbono, revestidas em uma ou ambas as faces com camada de estanho metálico (~0,2% ou 4,5 kg de Sn/t de flandres) e óxidos (Cr) aplicados por processo eletrolítico contínuo ou por imersão a quente. Usadas como embalagens para contato direto com alimentos, apresentando: afinidade à soldagem, resistência mecânica, inviolabilidade e opacidade. Permite acondicionar alimentos por até 2 anos, inclusive envasados a quente. Brasil – 400 mil toneladas em 2018 https://www.dci.com.br/impresso/demanda-em-alta-deve-garantir- ganho-de-margem-a-embalagem-1.680918 http://www.abeaco.com.br/acoembalagem.html 11 MINÉRIOS & METAIS: CONSUMO & PRODUÇÃO http://w w w .dnpm .gov.br/assuntos/econom ia-m ineral - A nuário M ineral B rasileiro 12 MINÉRIOS https://w w w .gov.br/anm /pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/serie-estatisticas-e-econom ia- m ineral/inform e-m ineral/publicacoes-nacionais/inform e_m ineral_01tri_2021.pdf https://w w w .gov.br/anm /pt-br/centrais-de- conteudo/publicacoes/serie-estatisticas-e- econom ia-m ineral/inform e-m ineral/publicacoes- nacionais/inform e_m ineral_01tri_2021.pdf 13 https://w w w .gov.br/anm /pt-br/centrais-de- conteudo/publicacoes/serie-estatisticas-e-econom ia- m ineral/inform e-m ineral/publicacoes- nacionais/inform e_m ineral_01tri_2021.pdf http://antigo.m m e.gov.br/docum ents/36108/405154/A nu% C 3% A 1rio+ E stat% C 3% A D stico+ do+ Setor+ M etal% C 3% B A rgico+ 2020 /e87c1c20-f949-b4b4-aa23-c1ef54cfedb1?version= 1.0 14 http://antigo.m m e.gov.br/docum ents/36108/405154/A nu% C 3% A 1rio+ E stat% C 3% A D stico+ do+ Setor+ M etal% C 3% B A rgico+ 2020 /e87c1c20-f949-b4b4-aa23-c1ef54cfedb1?version= 1.0 http://antigo.m m e.gov.br/docum ents/36108/405154/A nu% C 3% A 1rio+ E stat% C 3% A D stico+ do+ Setor+ M etal% C 3% B A rgico+ 2020 /e87c1c20-f949-b4b4-aa23-c1ef54cfedb1?version= 1.0 15 Usinas integradas Produtores Independentes ht tp :/ /a nt ig o. m m e. go v. br /d oc um en ts /3 61 08 /4 05 15 4/ A nu % C 3% A 1r io + E st at % C 3% A D st ic o+ do + Se to r+M et al % C 3% B A rg ic o+ 20 20 /e 87 c1 c2 0- f9 49 -b 4b 4- aa 23 -c 1e f5 4c fe db 1? ve rs io n= 1. 0 http://antigo.m m e.gov.br/docum ents/36108/405154/A nu% C 3% A 1rio+ E stat% C 3% A D stico+ do+ Setor+ M etal% C 3% B A rgico+ 2020 /e87c1c20-f949-b4b4-aa23-c1ef54cfedb1?version= 1.0 16 http://antigo.m m e.gov.br/docum ents/36108/405154/A nu% C 3% A 1rio+ E stat% C 3% A D stico+ do+ Setor+ M etal% C 3% B A rgico+ 2020 /e87c1c20-f949-b4b4-aa23-c1ef54cfedb1?version= 1.0 http://antigo.m m e.gov.br/docum ents/36108/405154/A nu% C 3% A 1rio+ E stat% C 3% A D stico+ do+ Setor+ M etal% C 3% B A rgico+ 2020 /e87c1c20-f949-b4b4-aa23-c1ef54cfedb1?version= 1.0 17 http://antigo.m m e.gov.br/docum ents/36108/405154/A nu% C 3% A 1rio+ E stat% C 3% A D stico+ do+ Setor+ M etal% C 3% B A rgico+ 2020 /e87c1c20-f949-b4b4-aa23-c1ef54cfedb1?version= 1.0 http://antigo.m m e.gov.br/docum ents/36108/405154/A nu% C 3% A 1rio+ E stat% C 3% A D stico+ do+ Setor+ M etal% C 3% B A rgico+ 2020 /e87c1c20-f949-b4b4-aa23-c1ef54cfedb1?version= 1.0 18 METAIS JÁ BENEFICIADOS: em 2008 o mundo consumiu aproximadamente 1,525 bilhão de toneladas de metais : A partir dos dados do Ministério das Minas e Energia – Prévia da Indústria Mineral 2009/2008 e Anuário Estatístico do Setor Metalúrgico 2009, disponível em http:// http://www.mme.gov.br/sgm/menu/publicacoes.html 88% de Aço Brasil é o 9º maior produtor, com 2,5% da produção mundial ; 6,4 % de Ferro Fundido Brasil é o 7º maior produtor, com 3,4% da produção mundial; 1,5% de Ferroligas; Brasil é o 6º maior produtor, com 4% da produção mundial; 4,1% de Não Ferrosos. Al - Brasil era o 6º maior produtor (1,66 Mt), com 5% da produção mundial; Cu – Brasil era o 20º maior produtor (184 kt), com 1,2% da produção mundial; Ni – Brasil era o 13º maior produtor (36 kt), com 3% da produção mundial; Zn – Brasil era o 12º maior produtor (249 kt), com 3% da produção mundial; Sn – Brasil era o 7º maior produtor (11 kt), com 2,5% da produção mundial. Na metalurgia, de 30-60% da matéria-prima é sucata. Sucata é considerada fonte secundária de matéria-prima, não por qualidade e sim por quantidade. http://www.mme.gov.br/documents/113 8775/1732813/Annu%C3%A1rio+Estat %C3%ADstico+do+Setor+Metal%C3%BA rgico+2015.pdf/3cd2fe18-4daa-4e51- 8899-53f0cba47573 19 Os elementos mais abundantes da crosta terrestre http://www.profpc.com.br/Qu%C 3%ADmica_descritiva.htm Mano, E.B.; Pacheco, E.B.A.V. e Bonelli, C.M.C. Meio Ambiente, Poluição e Reciclagem. Rio de Janeiro: Ed. Edgard Blucher, 2005. 20 METAIS MAIS IMPORTANTES COBRE E SUAS LIGAS Alta condutividade, propriedade depreciada pela introdução de elementos de liga (pureza facilita reciclagem); PF = 1083oC; d20 = 8,96 g/cm3; É maleável e tem boa soldabilidade; Minerais – cuprita, calcopirita, covelita, calcocita, azurita, malaquita (geralmente sulfetos); Principais produtores: EUA, Zaire, Zâmbia e Chile; Síntese: geralmente fusão dos minérios, oxidação (do S e Fe) e eletrólise para refino (cobre eletrolítico). https://www.youtube.com/watch?v=Wr7zY46_jHI (*) 21 Ustulação 2 CuFeS2 + O2 → Cu2S (mate: ~60% Cu) Cu2S + O2 → 2 Cu (cobre metálico – 99% de pureza) Cobre metálico é fundido em placas que serão anodos em células de eletrólise: catodo pode ser chapa de cobre eletrolítico e, após mais de 2 semanas, se obtém uma placa de 5 cm de espessura. Moagem, flotação, extração, filtração e secagem (25-35% de Cu) Síntese Típica de Cobre eletrolítico, com 99,99% de pureza a partir da Calcopirita (1-2% de Cu) Latão (Cu-Zn) 5% de Zn – bijouterias assemelhadas a ouro 10% de Zn – bronze comercial – mais barato que os bronzes a base de Sn e com mesma cor; 15% de Zn – latão vermelho – resistente a corrosão; 30% de Zn – alta resistência mecânica e dutilidade – indicado para conformações a frio. Bronzes (Cu-Sn, geralmente) Alia dureza com resistência a corrosão. Utilizados na indústria naval e de fabricação de máquinas e em estátuas. Ao Si e Al – para melhorar soldagem e resistência mecânica, respectivamente. 22 ALUMÍNIO E SUAS LIGAS boa parte de suas propriedades e aplicações advém da baixa densidade: 2,7 g/cm3 (aço ~ 8 g/cm3). PF = 660oC; Resistência a corrosão (película oxidada é proteção); Alta condutividade térmica (só perde para Ag, Cu, Au). Alta condutividade elétrica: 61% da do Cu em volume 212% da do Cu em peso Resistência mecânica: escoamento ~ 60 MPa - 99,99% de pureza ~90 MPa - 99,90% de pureza Minério – bauxita, criolilta, feldspato... Principais produtores: Brasil (2,5% das reservas mundiais); Síntese: processo Bayer (obtenção da alumina) Hall-Héroult (obtenção do Al via alumina) Principais usos: chapas – utensílios de cozinha, embalagens(redução 30% da espessura nos últimos 20 anos) extrudados fios/cabos – linhas de eletricidade (ppalmente aéreas) Ligas Vantagens: ponto de fusão menor, podendo ficar tão ou mais resistentes que os aços (+leves, com menos problemas de corrosão) Si – diminui ainda mais PF, facilita o derrame no molde Cu, Zn e Mg – aumentam muito a resistência mecânica Duralumínio Al (95-96%), Cu (3-4%), Mg (<1%) Utilização em aeronaves, indústria espacial, automobilística, materiais esportivos Magnálio Al (~85-90%), Mg (10-15%) Rodas, peças automotivas e aeronáuticas. 23 http://w ww.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext& pid=S 0370-44672001000200005 Anel da lata de alumínio – possui mais Mg, o que é positivo para a reciclagem da lata inteira, pois Mg oxida mais fácil. Sem o Mg, o Al oxidaria. Adição de cloretos: Cloro remove Mg e inclusões de TiB2, Al2O3, MgO e AlC3. TITÂNIO PF = 1660oC; d20 = 4,54 g/cm3; Minério: rutilo (Austrália-TiO2),ilmenita (FeTiO3); 24 Usos: motores e estrutura de aeronovaes, equipamentos militares, tubulações para troca de calor, reatores, bioaplicações (implantes)... Altamente resistente à esforços mecânicos, a corrosão e à temperatura e é relativamente leve; www.caoodontologia.com.br/implantodontia.htm Forma soluções sólidas com Al, Zr, Mo, Cu, C, V, Nb etc. aumentando a dureza e a resistência. NIÓBIO 25 http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/monopolio-brasileiro-do-niobio-gera- cobica-mundial-controversia-e-mitos.html (*) PF = 2478oC; d20 = 8,6 g/cm3; Metal mole e dúctil, inerte, muito resistente à corrosão; Minérios: columbita e pirocloro (Brasil): Pirocloro → Nb2O5 + FeO + Al → Fe-Nb + Al2O3 Principal produtor: Brasil – 98% das reservas (840 Mt) ~90 % da produção (100 kt/ano) Utilizações = ligas para aços (ferroligas para aços micro- ligados ~80% do consumo de Nb – refratários e estruturais), ligas super-condutoras, joalheria etc. AÇOS Definição: liga Ferro e Carbono com até 2,11% de carbono. Além de C, no Fe estão presentes outros elementos de liga (adicionados intencionalmente ou não): Mn, S, Si, P, Ni, Cu, Cr, Sn etc em quantidades pequenas e que podem provocar alterações significativas nas propriedades. PF ~ 1500oC; d20 ~ 8 g/cm3; Minério empregado – hematita (Fe2O3) – Brasil; Altos fornos – fornos tubulares de até 40m de altura, onde se produz o ferro-gusa (produção chega a 1.3000 ton/dia.forno); Aciaria – onde o gusa é transformado em aço. 26 Além do minério, no alto forno também é colocado um agente redutor (carbono) em excesso (por ordem de preferência): Ferro Gusa Num alto forno ocorrem várias reações, sendo as principais: C + ½ O2 CO Fe2O3 + 3 CO 2 Fe + 3 CO2 É adicionado oxigênio, para a combustão do excesso de carbono e geração do calor necessário para a reação (temperatura chega a 2.000oC); coque (vem da retirada de voláteis do carvão mineral ou do petróleo) carvão mineral carvão vegetal gás natural, hidrogênio → ferro esponja Coque de Carvão Mineral Coque de petróleo Coqueificação: aquecimento do carvão mineral, podendo chegar a temperaturas de até ~1300 oC, o que retira voláteis e % C. Beneficiamentode subproduto sólido da destilação do petróleo, com % C semelhantes do coque de carvão mineral. Mais utilizado em cimenteiras. 27 B alanço E nergético N acional – 2018 - w w w .m m e.gov.br 95% do consumo Balanço Energético Nacional – 2018 - www.mme.gov.br 28 B alanço E nergético N acional – 2018 -w w w .m m e.gov.br 2017 Carvão Metalúrgico Coque de Carvão Produção (Mt) 0 10,4 Importação (Mt) 11,6 0,7 Exportação (Mt) 0 0 Queima do carvão ou coque Redução do minério Fe Redução do Si, P e Mn Escorificação 2 Fe2O3 + CO 3 Fe3O4 + CO2 Fe3O4 + CO 3 FeO + CO2 FeO + CO Fe + CO2 2 MnO2 + C 2 MnO + CO2 2 MnO + C 2 Mn + CO2 SiO2 + 2 C Si+ 2 CO P2O5 + 5 C 2 P + 5 CO CaCO3 CaO + CO2 CaO + SiO2 CaSiO3 C + O2 CO2 CO2 + C CO Algumas reações Alto-forno 29 Escória Resíduo sólido rico em calcário; 600 kg de escória são produzidos para cada 1.000 kg de aço; 11,3 milhões de toneladas anuais; 16% para base e sub-base de ruas/estradas; 13% para nivelamento de terrenos 60% para cimenteiras Restante: leito ferroviário. Feito de materiais refratários de altíssimo desempenho, transporte o aço líquido do alto- forno para a aciaria enquanto, em seu interior, são realizadas várias reações, como redução do teor de carbono. Carro Torpedo 30 Aciaria – onde o gusa líquido é refinado em aço no teor de carbono necessário, basicamente por reações de oxidação (O2 por baixo). É onde são introduzidos elementos de liga (ferros- liga). Além do gusa, a aciaria pode ser alimentada com o ferro esponja, sucata e/ou calcário. Tipos de Aço Aço Carbono – na sua composição possui apenas quantidades limitadas de C, Si, Mn, Cu, S e P. Outros elementos existem apenas em quantidades residuais. Aço Baixo carbono – até 0,2% de C. São os mais usados. Excelente soldabilidade e trabalhabilidade. Aço Alto Carbono – mais que 0,5% de C, duros e frágeis, para ferramentas. Aço liga - liga de ferro-carbono com elementos de adição (Ni, Cr, Mn, W, Mo, V, Si, Co e Al) que confere características especiais, tais como: resistência à tração e à corrosão, elasticidade e dureza. Encontrados em praticamente todos os segmentos industriais. Aços de alta liga são aqueles cuja soma dos elementos ultrapassa 5%. 31 Liga Fe-C com mais de 2,11% de C e menos de 6,67% de C e com teores de silício um pouco inferiores aos de carbono (1 a 3%). Ferros Fundidos Usos dos Ferros Fundidos: Bases de Máquina, peças estruturais com pouca solicitação Vantagens: baixo preço, pois não é preciso uma redução tão grande baixa temperatura de fusão, a mínima com 4,3%C (eutético); Desvantagens Propriedades mecânicas relativamente inferiores (+ frágeis que aços) E A RECICLAGEM? 3R em metais Redução do Uso – uso tem aumentado desde sempre, mas em alguns mercados (em especial embalagens) os metais foram substituidos por outros materiais. Reutilização – possível, geralmente após restauração da superfície oxidada, pintada ou revestida. Restauração superficial pode ser feita por raspagem, fusão, decapagem e eletroerosão e nova pintura/revestimento; 32 Consumo de Energia e emissões na reciclagem e no uso de matéria virgem com metais ferrosos (valores por tonelada produzida) Não é possível exibir esta imagem no momento.METAIS FERROSOS Não é possível exibir esta imagem no momento. www.comgeres.com.br Não é possível exibir esta imagem no momento. www.blog.simbiosebrasil.com.br Não é possível exibir esta imagem no momento. www.gacc.com.br A Reciclagem de Materiais é um Negócio. 33 Reciclagem de Materiais é Oportunidade de Negócio quando existe : Sucata Valorizada; Mercado Demandando; Abundância de Matéria-Prima; Legislações que auxiliam; Cobre, Alumínio Aço e outras ferrosos PET Pneus Educação. Todos os resíduos Qualquer que seja a força motriz da reciclagem, o material reciclado tem que ter propriedades finais competitivas, não necessariamente com o material virgem. Essa competitividade possível em termos de propriedades se soma à vantagens ambientais, propaladas ou não por estratégias de marketing. Reciclagem, porém, é uma atividade industrial que gera impactos ambientais, normalmente menores que os envolvidos na fabricação de materiais virgens. Separação de Resíduos é Importante, senão fundamental ! Quanto melhor a separação, + puro o reciclado ↑ valor agregado 34 Qualquer que seja a força motriz da reciclagem, o material reciclado tem que ter propriedades finais competitivas, não necessariamente com o material virgem. Essa competitividade possível em termos de propriedades se soma à vantagens ambientais, propaladas ou não por estratégias de marketing. Reciclagem, porém, é uma atividade industrial que gera impactos ambientais, normalmente menores que os envolvidos na fabricação de materiais virgens. Separação de Resíduos é Importante, senão fundamental ! Quanto melhor a separação, + puro o reciclado ↑ valor agregado Reciclagem de Metais São RECICLÁVEIS todos os metais elementos puros; ligas com os mesmos elementos e composições diferentes. Exemplo: Aço + Fe fundido; ligas de elementos diferentes: Aço-Cr + Aço-Si → Aço-Cr-Si; Metais revestidos (geralmente precedida de raspagem ou decapagem química). Baseada na fusão da sucata. Atualmente, com métodos de redução (química ou eletrolítica) mais baratos e dada a alta demanda, a sucata metálica é considerada fonte secundária de suprimento. Coleta de sucata e reciclagem é realidade desde que a metalurgia existe. 35 FERROSOS Sucatas são normalmente divididas em ferrosas e não ferrosas (IMÃS); Aço inoxidável austenítico não “pega” ímã : separação por brilho e peso; Se a separação das sucatas ferrosas (aços e ferros fundidos) é difícil ou onerosa → funde todas juntas e ajusta-se depois o teor de carbono e outros elementos de liga; Não é possível exibir esta imagem no momento. 36 Não é possível exibir esta imagem no momento. Não é possível exibir esta imagem no momento. Separação/Alimentação Mecânica Separação/Alimentação Magnética Não é possível exibir esta imagem no momento. 37 Não é possível exibir esta imagem no momento. www.nortefer.com.br Se a separação é bem feita, sucata ferrosa é fundida no forno e a composição é acertada. Algo semelhante ao que acontece no refino do gusa. Tem-se um metal bem similar ao que seria produzido pelo gusa e possivelmente apto a usos nobres (a ser confirmado por ensaios), inclusive para contato direto com alimentos. Com sucata industrial pode até se falar em reciclado idêntico ao original. Para outros metais, em especial elementos puros (como o cobre), isso também pode acontecer. Na solidificação, elementos se arranjam em solução sólida. Eles não “sabem” se vieram da sucata ou do minério. NÃO FERROSOS Os não ferrosos tem que ser melhor separados (Cu, Al, Ti...), pois muitos não formam ligas úteis e/ou comercializáveis; Ligas de não ferrosos eventualmente presentes nas sucatas têm separação complicada (p.ex., separar Cu de Latão, de Bronze; Al de duralumínio etc); Separação de não ferrosos pode ocorrer com base no peso específico, cor e aplicação (p.ex: fios, de Cu ou Al); Cu, Al → alguns produtos usam os elementos puros ou quase puros → sucata muito valorizada. 38 Para todos os metais: Importante a retirada de inorgânicos (p.ex. terra) e orgânicos; Na reciclagem de sucata de ligas de elementos diferentes, funde-se todas juntas e na solidificação pode-se formar novo arranjo que permite a acomodação de todos os elementos (ex: Aço-Cr + Aço-Si → Aço-Cr-Si). Na reciclagem de metais revestidos recuperação do revestimento normalmente não compensa, mas é possível; Impurezas, elementos em excesso ou não compatíveis formam escória ou gases; Enfardamento pode ser importante para o transporte; Reciclagem pode se repetir infinitamente e pode ocorrer sem perda de propriedades; 1 kg de sucata 1 kg de reciclado – há oxidação (perda de massa). Não é possível exibir estaimagem no momento. Não é possível exibir esta imagem no momento. Prensa Fardos 39 Disponível em www.cempre.org.br Produto, Material Estimativa de Reciclagem no Brasil em 2015 (%) Principais Produtos Reciclados no país Latas de Aço 46,7 Novas latas Latas de Alumínio 97,9 Novas latas
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