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1
Reciclagem de Resíduos
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil e Ambiental
Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
5 – Reciclagem de Metais
Prof. Sandro Donnini Mancini
Agosto, 2021.
Instituto de Ciência e Tecnologia de Sorocaba
Idade da Pedra;
Idade dos Metais;
Cobre foi provavelmente encontrado no estado nativo.
A utilização dos materiais teve importância histórica:
2
~2000 a.C. – primeiros indícios de Ferro (óxidos em meteoritos);
1400 a.C. – redução do minério de Ferro e fabricação de 
produtos forjados – temperatura atingida era baixa;
Idade média: altos fornos, temperatura : obtém-se o ferro gusa;
1780 – refino do gusa e obtenção do aço, utilizando-se coque como 
fornecedor de carbono – pouco comum, gusa é o principal material 
das máquinas à vapor da 1ª Revolução Industrial
1857 – Queima do C com sopro de O2 = aço de %C inferiores. – 2ª 
revolução industrial
Idade do Ferro (~1200 a.C a 1.000 d.C)
Forja Catalã – Século XV
3
Fábrica de Ferro São João do Ipanema: 1818 ~1895.
Local possuía reservas
de magnetita (Fe2O2);
 E madeira (floresta) para
fabricação de carvão.
Fotos: A
ndré 
Bonacin
 Produção principal: armas.
Carvoaria
“Alto”-
forno
4
Primórdios da Siderurgia Nacional
Atividade industrial no Brasil colônia foi impedida por lei (1785);
1/4/1808 – revoga-se a lei, mas nada muda: acordo com Inglaterra;
Exclusões: construção naval e siderurgia (interesse do governo);
Antes de D. João: 1ª ideia – Bahia e pequenas forjas em MG;
1809: Real Fábrica do Morro de Gaspar Soares (Pilar) – MG; 
produção em 1815;
1810: Araçoiaba (SP) – Real Fábrica de Ferro São João do 
Ipanema; 1815: inicia-se a produção; Dois altos-fornos (início 1818);
1811: siderúrgica particular em Congonhas do Campo (MG): a 1ª que 
deu lucro;
Importante: 1812 - ferro líquido (Pilar); 1814 – ferro em alto forno 
(Congonhas); 1818 – produção em alta escala (Araçoiaba).
Características típicas de metais:
capacidade de deformar plasticamente (segurança estrutural);
condutividade térmica e elétrica elevada;
alguns apresentam propriedades magnéticas;
alguns são refratários (suportam altas T);
alguns resistem muito a intempéries e oxidação;
agüentam solicitações mecânicas críticas (trem de pouso, p.ex.);
as propriedades se relacionam com densidade e custo 
adequados;
Tratamentos térmicos auxiliam processamento e melhoram 
propriedades.
5
Al2O3  2Al + 3/2 O2
Fe2O3 + 3/2 C  2 Fe + 3/2 CO2
Reações Simplificadas de Obtenção de Alguns Metais:
CuFeS2 + 2 O2 → 2Cu + 2FeO + 4SO2
TiO2 + 2 Cl2 → TiCl4
TiCl4 + 2 Mg → Ti + 2 MgCl2
Minério Bruto
Minério Beneficiado
Minério Pré-Extraído
Metal Bruto
Metais e Ligas Adequadas
Metais e Ligas Conformadas
Operações de Beneficiamento
Processos de Pré-Extração
Processos de Extração
Processos de Elaboração e Refino
Fusão e Solidificação / Conformação
Transformações físicas: fragmentação, 
separação de fases, concentração do minério
Transformações químicas (reações) e físicas 
(separação de fases)
Transformações químicas (reações minério  metal
por pirometalurgia, eletrometalurgia e 
hidrometalurgia) e físicas (separação de fases)
Transformações químicas (retirada de impurezas e
adição de elementos)
Fundição ou Lingotamento (fusão e solidificação)
Processos de Fabricação Primários (laminação, p.ex.)
Adaptado de 
Gregolim, 
J.A.R. 
Caderno com 
cópias das 
Transparênci
as da 
Disciplina 
“Siderurgia”.
UFSCar, São 
Carlos-SP, 
1992.
6
Metalurgia - obtenção de metais ferrosos e não-ferrosos
Definições
Siderurgia – obtenção de produtos a base de ferro e aço.
A fabricação de produtos metálicos pode envolver:
Preparo do metal e/ou liga (geralmente fusão e solidificação);
Usinagem;
Conformação Plástica;
Soldagem;
Metalurgia do Pó.
CAMPOS 
FILHO, M.P. e 
DAVIES, G.J. 
Solidificação e 
Fundição de 
Metais e suas 
Ligas. Rio de 
Janeiro: Livros 
Técnicos e 
Científicos 
Editora, 1978
7
Fundição
Lingotamento
Torneamento
http://www.em
.pucrs.br/~edir/O
ficina/torno/Torneam
ento.htm
Fresagem
http://www.em.pucrs.br/~edir/Oficina/torno/Torneamento.htm
Retífica
8
Furação
http://www.em.pucrs.br/~ed
ir/Oficina/torno/Torneame
nto.htm
http://www.abal.org.br/aluminio/processos_laminacao.asp
Laminação
SOLDAGEM
Metais de adição:
União localizada de metais produzida por aquecimento (e 
também pressão).
Pode se dar a partir da fusão das peças ou contar com metais 
de adição.
componentes eletrônicos: Pb-Sn
tendência: soldas “lead-free” (Sn/Ag/Cu, p.ex.);
Metal de composição próxima a dos metais a serem soldados.
9
Reações Simplificadas de Obtenção de Alguns Metais:
Al2O3  2Al + 3/2 O2
Fe2O3 + 3/2 C  2 Fe + 3/2 CO2
Tendência dos metais voltarem à forma de óxidos ao reagirem 
com água, ácidos, bases, maresia, oxigênio... 
CORROSÃO
Al2O3  2Al + 3/2 O2
Fe2O3  2 Fe + 3/2 O2
FeO  Fe + ½O2
Corrosão causa perda de superfícies metálicas e/ou perda de 
propriedades.
Susceptibilidade à corrosão de alguns metais:
Mg > Al > Zn > Cr> Fe > Ni > Sn > Pb > Cu > Ag > Pt
PROTEÇÃO CONTRA A CORROSÃO
Eletrodo de sacrifício – peças de elementos mais susceptíveis;
Passivação – elementos mais susceptíveis em liga (aço inoxidável);
Pintura;
Revestimento – Galvanização – processo eletrolítico (galvanoplastia)
deposição química 
Imersão a quente (revestimento fundido)
10
ou Banho para 
Deposição Química
Esquema da 
Galvanização por 
Deposição 
Química e por 
Imersão a Quente
Galvanização por 
Eletrodeposição:
Dois eletrodos são 
mergulhados numa solução 
eletrolítica ligados a uma 
fonte de corrente. A 
solução eletrolítica deve 
conter como eletrólito um 
sal que contém cátions do 
metal do revestimento.
Peça a ser
revestida
Metal do
Revestimento ou Material Inerte
FOLHAS DE FLANDRES
Folhas/bobinas laminadas de aço, de baixo teor de carbono, revestidas em 
uma ou ambas as faces com camada de estanho metálico (~0,2% ou 4,5 kg 
de Sn/t de flandres) e óxidos (Cr) aplicados por processo eletrolítico 
contínuo ou por imersão a quente. 
Usadas como embalagens para 
contato direto com alimentos, 
apresentando: afinidade à soldagem, 
resistência mecânica, inviolabilidade 
e opacidade. Permite acondicionar 
alimentos por até 2 anos, inclusive 
envasados a quente.
Brasil – 400 mil toneladas em 2018
https://www.dci.com.br/impresso/demanda-em-alta-deve-garantir-
ganho-de-margem-a-embalagem-1.680918 http://www.abeaco.com.br/acoembalagem.html
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MINÉRIOS & METAIS: CONSUMO & PRODUÇÃO
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.gov.br/assuntos/econom
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MINÉRIOS
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ineral/inform
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ineral/publicacoes-nacionais/inform
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ineral_01tri_2021.pdf
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Usinas integradas
Produtores Independentes
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METAIS JÁ BENEFICIADOS: em 2008 o mundo consumiu 
aproximadamente 1,525 bilhão de toneladas de metais :
A partir dos dados do Ministério das Minas e Energia – Prévia da Indústria Mineral 2009/2008 e Anuário 
Estatístico do Setor Metalúrgico 2009, disponível em http:// 
http://www.mme.gov.br/sgm/menu/publicacoes.html
88% de Aço
Brasil é o 9º maior produtor, com 2,5% da produção mundial ;
6,4 % de Ferro Fundido
Brasil é o 7º maior produtor, com 3,4% da produção mundial;
1,5% de Ferroligas;
Brasil é o 6º maior produtor, com 4% da produção mundial;
4,1% de Não Ferrosos.
Al - Brasil era o 6º maior produtor (1,66 Mt), com 5% da produção mundial;
Cu – Brasil era o 20º maior produtor (184 kt), com 1,2% da produção mundial;
Ni – Brasil era o 13º maior produtor (36 kt), com 3% da produção mundial;
Zn – Brasil era o 12º maior produtor (249 kt), com 3% da produção mundial;
Sn – Brasil era o 7º maior produtor (11 kt), com 2,5% da produção mundial.
Na metalurgia, de 30-60% da 
matéria-prima é sucata.
Sucata é considerada fonte 
secundária de matéria-prima, 
não por qualidade e sim por 
quantidade. 
http://www.mme.gov.br/documents/113
8775/1732813/Annu%C3%A1rio+Estat
%C3%ADstico+do+Setor+Metal%C3%BA
rgico+2015.pdf/3cd2fe18-4daa-4e51-
8899-53f0cba47573
19
Os elementos 
mais 
abundantes 
da crosta 
terrestre
http://www.profpc.com.br/Qu%C
3%ADmica_descritiva.htm
Mano, E.B.; Pacheco, E.B.A.V. e Bonelli, C.M.C. Meio Ambiente, Poluição e Reciclagem. Rio de Janeiro: Ed. Edgard Blucher, 2005.
20
METAIS MAIS IMPORTANTES
COBRE E SUAS LIGAS
Alta condutividade, propriedade depreciada pela introdução 
de elementos de liga (pureza facilita reciclagem);
PF = 1083oC; d20 = 8,96 g/cm3;
É maleável e tem boa soldabilidade;
Minerais – cuprita, calcopirita, covelita, calcocita, azurita, 
malaquita (geralmente sulfetos);
Principais produtores: EUA, Zaire, Zâmbia e Chile;
Síntese: geralmente fusão dos minérios, oxidação (do S e Fe) 
e eletrólise para refino (cobre eletrolítico).
https://www.youtube.com/watch?v=Wr7zY46_jHI (*)
21
Ustulação
2 CuFeS2 + O2 → Cu2S (mate: ~60% Cu) 
Cu2S + O2 → 2 Cu (cobre metálico – 99% de pureza)
Cobre metálico é fundido em placas que serão anodos em 
células de eletrólise: catodo pode ser chapa de cobre 
eletrolítico e, após mais de 2 semanas, se obtém uma placa de 
5 cm de espessura.
Moagem, flotação, extração, filtração e secagem (25-35% de Cu) 
Síntese Típica de Cobre eletrolítico, com 99,99% de pureza a 
partir da Calcopirita (1-2% de Cu)
Latão (Cu-Zn)
5% de Zn – bijouterias assemelhadas a ouro
10% de Zn – bronze comercial – mais barato que os bronzes a 
base de Sn e com mesma cor;
15% de Zn – latão vermelho – resistente a corrosão;
30% de Zn – alta resistência mecânica e dutilidade – indicado 
para conformações a frio.
Bronzes (Cu-Sn, geralmente)
Alia dureza com resistência a corrosão. Utilizados na indústria 
naval e de fabricação de máquinas e em estátuas.
Ao Si e Al – para melhorar soldagem e resistência mecânica, 
respectivamente.
22
ALUMÍNIO E SUAS LIGAS
boa parte de suas propriedades e aplicações advém da baixa 
densidade: 2,7 g/cm3 (aço ~ 8 g/cm3). PF = 660oC;
Resistência a corrosão (película oxidada é proteção);
Alta condutividade térmica (só perde para Ag, Cu, Au).
Alta condutividade elétrica: 61% da do Cu em volume
212% da do Cu em peso
Resistência mecânica: escoamento ~ 60 MPa - 99,99% de pureza
~90 MPa - 99,90% de pureza
Minério – bauxita, criolilta, feldspato...
Principais produtores: Brasil (2,5% das reservas mundiais);
Síntese: processo Bayer (obtenção da alumina)
Hall-Héroult (obtenção do Al via alumina)
Principais usos: chapas – utensílios de cozinha, 
embalagens(redução 30% da espessura nos últimos 20 anos)
extrudados
fios/cabos – linhas de eletricidade (ppalmente aéreas)
Ligas
Vantagens: ponto de fusão menor, podendo ficar tão ou mais 
resistentes que os aços (+leves, com menos problemas de corrosão)
Si – diminui ainda mais PF, facilita o derrame no molde 
Cu, Zn e Mg – aumentam muito a resistência mecânica
Duralumínio Al (95-96%), Cu (3-4%), Mg (<1%)
Utilização em aeronaves, indústria espacial, automobilística, materiais esportivos
Magnálio Al (~85-90%), Mg (10-15%)
Rodas, peças automotivas e aeronáuticas.
23
http://w
ww.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&
pid=S
0370-44672001000200005
Anel da lata de alumínio – possui mais Mg, o que é positivo para 
a reciclagem da lata inteira, pois Mg oxida mais fácil. Sem o 
Mg, o Al oxidaria.
Adição de cloretos:
Cloro remove Mg e inclusões de TiB2, Al2O3, MgO e AlC3. 
TITÂNIO
PF = 1660oC; d20 = 4,54 g/cm3;
Minério: rutilo (Austrália-TiO2),ilmenita (FeTiO3);
24
Usos: motores e estrutura de aeronovaes, equipamentos 
militares, tubulações para troca de calor, reatores, 
bioaplicações (implantes)...
Altamente resistente à esforços mecânicos, a corrosão e à 
temperatura e é relativamente leve;
www.caoodontologia.com.br/implantodontia.htm
Forma soluções sólidas com Al, Zr, Mo, Cu, C, V, Nb etc. 
aumentando a dureza e a resistência. 
NIÓBIO
25
http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/monopolio-brasileiro-do-niobio-gera-
cobica-mundial-controversia-e-mitos.html (*)
PF = 2478oC; 
d20 = 8,6 g/cm3;
 Metal mole e dúctil, inerte, muito resistente à corrosão;
Minérios: columbita e pirocloro (Brasil):
Pirocloro → Nb2O5 + FeO + Al → Fe-Nb + Al2O3
Principal produtor: Brasil – 98% das reservas (840 Mt)
~90 % da produção (100 kt/ano)
Utilizações = ligas para aços (ferroligas para aços micro-
ligados ~80% do consumo de Nb – refratários e estruturais), 
ligas super-condutoras, joalheria etc.
AÇOS
Definição: liga Ferro e Carbono com até 2,11% de carbono.
Além de C, no Fe estão presentes outros elementos de liga 
(adicionados intencionalmente ou não): Mn, S, Si, P, Ni, Cu, Cr, 
Sn etc em quantidades pequenas e que podem provocar 
alterações significativas nas propriedades.
PF ~ 1500oC;
d20 ~ 8 g/cm3;
Minério empregado – hematita (Fe2O3) – Brasil;
Altos fornos – fornos tubulares de até 40m de altura, onde 
se produz o ferro-gusa (produção chega a 1.3000 ton/dia.forno);
Aciaria – onde o gusa é transformado em aço.
26
Além do minério, no alto forno também é colocado um agente 
redutor (carbono) em excesso (por ordem de preferência):
Ferro
Gusa
Num alto forno ocorrem várias reações, sendo as principais:
C + ½ O2  CO
Fe2O3 + 3 CO  2 Fe + 3 CO2
É adicionado oxigênio, para a combustão do excesso de 
carbono e geração do calor necessário para a reação 
(temperatura chega a 2.000oC);
coque (vem da retirada de voláteis do carvão mineral ou do petróleo)
carvão mineral 
carvão vegetal
gás natural, hidrogênio → ferro esponja
Coque de Carvão Mineral
Coque de petróleo
Coqueificação: aquecimento do carvão mineral, podendo chegar 
a temperaturas de até ~1300 oC, o que retira voláteis e % C.
Beneficiamentode subproduto sólido da destilação do 
petróleo, com % C semelhantes do coque de carvão mineral. 
Mais utilizado em cimenteiras.
27
B
alanço E
nergético N
acional –
2018 -
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e.gov.br
95% do consumo
Balanço Energético Nacional – 2018 - www.mme.gov.br
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B
alanço E
nergético N
acional –
2018 -w
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e.gov.br
2017 Carvão 
Metalúrgico
Coque de 
Carvão
Produção (Mt) 0 10,4
Importação (Mt) 11,6 0,7
Exportação (Mt) 0 0
Queima do carvão ou coque
Redução do minério Fe
Redução do Si, P e Mn
Escorificação
2 Fe2O3 + CO  3 Fe3O4 + CO2
Fe3O4 + CO  3 FeO + CO2
FeO + CO  Fe + CO2
2 MnO2 + C  2 MnO + CO2
2 MnO + C  2 Mn + CO2
SiO2 + 2 C  Si+ 2 CO
P2O5 + 5 C  2 P + 5 CO
CaCO3  CaO + CO2
CaO + SiO2  CaSiO3
C + O2  CO2
CO2 + C  CO
Algumas reações
Alto-forno
29
Escória
Resíduo sólido rico em calcário;
 600 kg de escória são produzidos para cada 1.000 kg de aço;
11,3 milhões de toneladas anuais;
16% para base e sub-base de ruas/estradas;
13% para nivelamento de terrenos
60% para cimenteiras
Restante: leito ferroviário. 
Feito de materiais refratários de altíssimo 
desempenho, transporte o aço líquido do alto-
forno para a aciaria enquanto, em seu interior, 
são realizadas várias reações, como redução 
do teor de carbono.
Carro Torpedo
30
Aciaria – onde o gusa líquido é refinado em aço no teor de 
carbono necessário, basicamente por reações de oxidação (O2
por baixo). É onde são introduzidos elementos de liga (ferros-
liga). Além do gusa, a aciaria pode ser alimentada com o ferro 
esponja, sucata e/ou calcário.
Tipos de Aço
Aço Carbono – na sua composição possui apenas quantidades 
limitadas de C, Si, Mn, Cu, S e P. Outros elementos existem 
apenas em quantidades residuais.
Aço Baixo carbono – até 0,2% de C. São os mais usados. 
Excelente soldabilidade e trabalhabilidade. 
Aço Alto Carbono – mais que 0,5% de C, duros e frágeis, para 
ferramentas.
Aço liga - liga de ferro-carbono com elementos de adição (Ni, 
Cr, Mn, W, Mo, V, Si, Co e Al) que confere características 
especiais, tais como: resistência à tração e à corrosão, 
elasticidade e dureza. Encontrados em praticamente todos os 
segmentos industriais. Aços de alta liga são aqueles cuja soma 
dos elementos ultrapassa 5%. 
31
Liga Fe-C com mais de 2,11% de C e menos de 6,67% de C e 
com teores de silício um pouco inferiores aos de carbono (1 a 
3%).
Ferros Fundidos
Usos dos Ferros Fundidos:
Bases de Máquina, peças estruturais com pouca solicitação
Vantagens: 
baixo preço, pois não é preciso uma redução tão grande
baixa temperatura de fusão, a mínima com 4,3%C (eutético);
Desvantagens
Propriedades mecânicas relativamente inferiores
(+ frágeis que aços)
E A RECICLAGEM?
3R em metais
Redução do Uso – uso tem aumentado desde sempre, mas em 
alguns mercados (em especial embalagens) os metais foram 
substituidos por outros materiais.
Reutilização – possível, geralmente após restauração da 
superfície oxidada, pintada ou revestida. Restauração 
superficial pode ser feita por raspagem, fusão, decapagem e 
eletroerosão e nova pintura/revestimento;
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Consumo de 
Energia e 
emissões na 
reciclagem e no 
uso de matéria 
virgem com 
metais ferrosos 
(valores por 
tonelada 
produzida)
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FERROSOS
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A Reciclagem de Materiais é um Negócio.
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Reciclagem de Materiais é Oportunidade de Negócio
quando existe :
Sucata Valorizada;
Mercado Demandando;
Abundância de Matéria-Prima;
Legislações que auxiliam;
Cobre, Alumínio
Aço e outras ferrosos
PET
Pneus
Educação.
Todos os resíduos
Qualquer que seja a força motriz da reciclagem, o material 
reciclado tem que ter propriedades finais competitivas, não 
necessariamente com o material virgem.
Essa competitividade possível em termos de propriedades se 
soma à vantagens ambientais, propaladas ou não por 
estratégias de marketing.
Reciclagem, porém, é uma atividade industrial que gera 
impactos ambientais, normalmente menores que os envolvidos 
na fabricação de materiais virgens.
Separação de Resíduos é Importante, senão fundamental !
Quanto melhor a separação, + puro o reciclado ↑ valor agregado
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Qualquer que seja a força motriz da reciclagem, o material 
reciclado tem que ter propriedades finais competitivas, não 
necessariamente com o material virgem.
Essa competitividade possível em termos de propriedades se 
soma à vantagens ambientais, propaladas ou não por 
estratégias de marketing.
Reciclagem, porém, é uma atividade industrial que gera 
impactos ambientais, normalmente menores que os envolvidos 
na fabricação de materiais virgens.
Separação de Resíduos é Importante, senão fundamental !
Quanto melhor a separação, + puro o reciclado ↑ valor agregado
Reciclagem de Metais
São RECICLÁVEIS todos os metais
elementos puros;
ligas com os mesmos elementos e composições diferentes. 
Exemplo: Aço + Fe fundido;
ligas de elementos diferentes: Aço-Cr + Aço-Si → Aço-Cr-Si;
Metais revestidos (geralmente precedida de raspagem ou decapagem química).
Baseada na fusão da sucata.
Atualmente, com métodos de redução (química ou eletrolítica)
mais baratos e dada a alta demanda, a sucata metálica é
considerada fonte secundária de suprimento.
Coleta de sucata e reciclagem é realidade desde que a
metalurgia existe.
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FERROSOS
Sucatas são normalmente divididas em ferrosas e não
ferrosas (IMÃS);
Aço inoxidável austenítico não “pega” ímã : separação por 
brilho e peso;
Se a separação das sucatas ferrosas (aços e ferros fundidos)
é difícil ou onerosa → funde todas juntas e ajusta-se depois o
teor de carbono e outros elementos de liga;
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Separação/Alimentação
Mecânica 
Separação/Alimentação
Magnética
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www.nortefer.com.br
Se a separação é bem feita, sucata
ferrosa é fundida no forno e a
composição é acertada. Algo
semelhante ao que acontece no
refino do gusa.
Tem-se um metal bem similar ao que seria produzido pelo gusa
e possivelmente apto a usos nobres (a ser confirmado por
ensaios), inclusive para contato direto com alimentos. Com
sucata industrial pode até se falar em reciclado idêntico ao
original.
Para outros metais, em especial elementos puros (como o
cobre), isso também pode acontecer.
Na solidificação, elementos se 
arranjam em solução sólida. Eles 
não “sabem” se vieram da sucata ou 
do minério. 
NÃO FERROSOS
Os não ferrosos tem que ser melhor separados (Cu, Al, Ti...), 
pois muitos não formam ligas úteis e/ou comercializáveis;
Ligas de não ferrosos eventualmente presentes nas sucatas 
têm separação complicada (p.ex., separar Cu de Latão, de 
Bronze; Al de duralumínio etc);
Separação de não ferrosos pode ocorrer com base no peso 
específico, cor e aplicação (p.ex: fios, de Cu ou Al);
Cu, Al → alguns produtos usam os elementos puros ou quase 
puros → sucata muito valorizada.
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Para todos os metais:
Importante a retirada de inorgânicos (p.ex. terra) e orgânicos;
Na reciclagem de sucata de ligas de elementos diferentes, 
funde-se todas juntas e na solidificação pode-se formar novo 
arranjo que permite a acomodação de todos os elementos (ex: 
Aço-Cr + Aço-Si → Aço-Cr-Si). 
Na reciclagem de metais revestidos recuperação do 
revestimento normalmente não compensa, mas é possível;
Impurezas, elementos em excesso ou não compatíveis 
formam escória ou gases;
Enfardamento pode ser importante para o transporte;
Reciclagem pode se repetir infinitamente e pode ocorrer sem 
perda de propriedades;
1 kg de sucata  1 kg de reciclado – há oxidação (perda de massa).
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Prensa 
Fardos
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Disponível em www.cempre.org.br
Produto, Material Estimativa de 
Reciclagem 
no Brasil em 
2015
(%)
Principais Produtos 
Reciclados no país
Latas de Aço 46,7 Novas latas
Latas de Alumínio 97,9 Novas latas

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