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LEIOMIOSSARCOMA CECO - CÓLICO NO CÃO – RELATO DE CASO. CAECUM - COLIC LEIOMYOSARCOMA IN DOG - CASE REPORT Santos, I.F.C., Bambo, O., Monteiro, G., Lampeão, A., Cardoso, J.M.M. Departamento de Clínica e Cirurgia, Faculdade de Veterinária, Universidade Eduardo Mondlane, Moçambique. Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – UNESP – Botucatu. São Paulo. Brasil. ivansantos7@hotmail.com. O leiomiossarcoma (LMS), é um tumor maligno da musculatura lisa, que ocorre com frequência em cães com idade acima de 10 anos, sem predisposição de raça e sexo. A origem do LMS é controversa. Alguns autores defendem a teoria de malignicidade de um leiomioma pré-existente. Por outro lado, a opinião da maioria dos autores é de que a transformação maligna do leiomioma em leiomiossarcoma não é comum. Os sinais clínicos são inespecíficos, mas podem incluir dor abdominal, anemia crônica, diarréia, quebra do equilíbrio protéico-calórico e eletrolítico, febre, massa palpável no abdômen e melena. O diagnóstico é realizado por ressonância magnética, tomografia computarizada, endoscopia, ultrassom e radiografia abdominal. O diagnóstico conclusivo é mediante o exame histopatológico após biopsia. O tratamento consiste na excisão cirúrgica do tumor, com uma margem de segurança de 4cm. A quimioterapia, usando apenas doxorrubicina ou com dacarbazina, é utilizada como terapia adjuvante, podendo aumentar o tempo de sobrevida do paciente. Porém, os estudos referentes à utilização de quimioterapia em animais com LMS ainda não são conclusivos. O LMS intestinal possui um mau prognóstico, relacionado com o estado avançado quando diagnosticado. O objetivo do trabalho foi relatar um caso de leiomiossarcoma ceco-cólico em um cão. Foi atendido no HV, um cão, sem raça determinada, de 12 anos de idade, pesando 30kg. O proprietário relatou presença de diarréia hemorrágica e emagrecimento progressivo com uma duração de 15 dias. O animal já havia sido tratado, noutro lugar, com vermífugo, antibióticos, incluído sulfas, mas sem melhorias. Durante a palpação do abdômen, evidenciou-se uma massa na região do cólon. Posteriormente, foi realizado um exame ultrassonográfico abdominal, e as imagens ultrassonográficas confirmaram a presença de uma massa muito vascularizada de aproximadamente 15 a 20cm de diâmetro, na região do cólon ascendente, sugestivo a formação tumoral. A pedido do proprietário foi realizado a eutanásia. Na necropsia observou-se uma massa localizada entre o ceco e o cólon ascendente, de consistência dura, de 15cm de diâmetro e o epiplon encontrava-se aderido à superfície externa da massa. Ao corte, a massa apresentava uma coloração esbranquiçada e projetava-se da serosa para o lúmen intestinal. Histopatologicamente, evidenciou-se uma proliferação de células de aspecto fusiforme, com pleomorfismo evidente e intensa proliferação tecidual ao nível das fibras musculares lisas. Com base nos achados anatomopatológicos e histopatológicos o tumor foi classificado como leiomiossarcoma ceco-cólico.