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OSTEOMA MANDIBULAR EM EQUINO: RELATO DE CASO. EQUINE MANDIBULAR OSTEOMA: CASE REPORT Valim, M.M., Daolio, M., Rodrigues, K.A., Alves, C.D.F., Alves, Alonso, J.M., A.L.G., Watanabe, M.J., Rodrigues, C.A., Hussni, C.A. Departamento de Cirurgia e Anestesiologia Veterinária, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus de Botucatu, SP; email: marciavalim@yahoo.com.br O osteoma é um tumor ósseo benigno, normalmente situado na cavidade sinusal de animais jovens, é composto por densos acúmulos de tecido ósseo lamelar com intensa diferenciação e com presença fibras nervosas. Também podem estar presentes tecido adiposo e vascular. Na maioria dos casos, é congênito e pode haver manifestação clínica anos mais tarde. Tem crescimento lento, contínuo e com caráter indolor. Devido à semelhança entre as características morfológicas dessa neoplasia e daquelas encontradas no fibroma ossificante e displasia fibrosa é recomendada a realização de exame histopatológico para conclusão do diagnóstico. Foi atendido no Hospital Veterinário da Unesp, Campus de Botucatu um equino sem raça definida, de 8 anos, com a queixa de aumento de volume em região mandibular, sem alteração de tamanho no período de pelo menos 6 meses. . O proprietário relatou que normorexia e não observou perda de peso; referiu também a ausência de sinais álgicos no local. Ao exame físico, foi identificado aumento de volume de consistência firme, estendendo-se intimamente ao assoalho da mandíbula. Foi realizado exame histopatológico, sendo observadas áreas de tecido fibroso envolvendo centros de calcificação primária de coloração eosinofílica e vários sistemas de Havers, com diagnóstico de Osteoma. Algumas dessas características são típicas da ossificação intramembranosa, processo formador dos ossos frontal, parietal e partes do occipital, temporal e maxilares superior e inferior. Essa neoplasia óssea também pode acometer os seios paranasais e maxila, assumindo os mesmos aspectos daqueles encontrados no osso mandibular. Contudo, tumores calcificados que acometem essas áreas são raros em equinos. O tratamento pode ser cirúrgico, através da realização da ostectomia, porém devido às dimensões da lesão no presente caso, optou-se pelo tratamento conservativo e observação da evolução do quadro. Atualmente o animal mantém a condição corporal e ingestão alimentar semelhante à observada no início do atendimento, sendo considerado o prognóstico quanto à vida favorável.
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