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TRABALHO DE DIAGNÓSTICO INTEGRADO II-N RADIOLOGIA ODONTOLOGIA 4º SEMESTRE Professores: Lilian Tedeschi, João Paulo Bonardi, Erick Ricardo 7 DE NOVEMBRO DE 2020 ALUNA: MARIA RENATA CEZARINO LOPES RGM 22511008 UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 Sumário 1. TUMORES ODONTOGÊNICOS EPITELIAIS ................................................................................................................. 2 2. TUMORES MESENQUIMAIS ...................................................................................................................................... 5 3. TUMORES MISTOS .................................................................................................................................................. 13 4. TUMORES ODONTOGÊNICOS BENIGNOS .............................................................................................................. 16 UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 Descreva as principais características clínicas e radiográficas das seguintes lesões 1. TUMORES ODONTOGÊNICOS EPITELIAIS Ameloblastoma, Tumor Odontogênico Adenomatóide 1.1. AMELOBLASTOMA Subtipos biológicos: ▪ Ameloblastoma sólido ou multicístico ▪ Ameloblastoma unicístico ▪ Ameloblastoma periférico 1.2. Ameloblastoma Sólido Ou Multicístico 1.2.1. Características Clínicas: ▪ É uma lesão principalmente de adultos predominante entre 40 e 50 anos ▪ Em crianças são raras e císticas, se apresentando como cisto odontogênico ▪ Podem ocorrer em mandíbula ou maxila, principalmente no corpo e ramo da mandíbula ▪ Em maxilares: predominância em molares ▪ São assintomáticas -> descoberta por exames de rotina ou por expansão assintomática dos ossos ▪ Movimentação dentaria ou maloclusao podem ser sinais de início do tumor 1.2.2. Características Radiográficas: ▪ Lesões osteolíticas(reabsortivas), predominantes nos ossos gnáticos ▪ Próximas aos dentes ▪ Área radiolúcida, uni ou multiloculares, com aspecto de ‘favos de mel’ em pequenas loculações e bolhas de sabão em loculações maiores. ▪ Lesao de crescimento lento, localmente invasivo ▪ Margens definidas e escleróticas ▪ Reabsorções e deslocamentos dentários ▪ Rompimento da cortical óssea da base da mandíbula e dentes inclusos podem estar relacionados a sintomatologia da lesão ▪ Em lesões com desmoplasia do tecido conjuntivo (crescimento de tec. Fibroso associado à neoplasia maligna), com proliferação tumoral, as imagens radiográficas são mal definidas. ▪ Tratamento: excisão cirúrgica ou ressecção ▪ Taxa de recidiva mais altas com tratamento conservador. UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 Figura 1 - Ameloblastoma multilocular aspecto favo de mel em região posterior da mandíbula 1.3. Ameloblastoma Cístico Ou Unicístico 1.3.1. Características Clínicas ▪ Do total, representa 6% dos ameloblastomas ▪ Taxa de recidiva de 40% quando tratadas por curetagem (até 9 anos após cirurgia ▪ Aumento de volume dos ossos gnáticos ▪ Assintomático ▪ Indivíduos entre 20 e 40 anos ▪ Predileção pela mandíbula 1.3.2. Características Radiográficas ▪ Termo ‘cístico’ devido a frequência multilocular ▪ Provocam perfuração da cortical em 25% dos casos ▪ Geralmente relacionada a um dente impactado, podendo ser confundido com cisto dentigero ou ceratocísto odontogênico UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 Figura 2 Ameloblastoma Unicístico – multilocular Figura 3 Ameloblastoma Unicístico Unilocular 1.4. Ameloblastoma Periférico Ou Extra-Ósseo 1.4.1. Características Clínicas ▪ Predominante na gengiva e raro na mucosa jugal - figura 2 ▪ Mais comuns em adultos entre 40 e 60 anos ▪ Originário do epitélio de revestimento ou restos de Serres. ▪ Curso benigno e não agressivo ▪ Caracteriza-se como uma massa gengival indolor ▪ Gengiva mandibular – gengiva maxilar ▪ Gengiva mandibular maior que a gengiva maxilar ▪ Tratamento com excisão local ▪ Raramente há recidiva. 1.4.2. Características Radiográficas ▪ Exame radiográfico característico de bolhas de sabão ou favos de mel ou, unilocular ▪ Necessária tomografia computadorizada para análise e mensuração mais precisa do local onde o tumor se localiza ▪ Geralmente imagem bem definida ▪ Expansão da cortical óssea Figura 4 TC Ameloblastoma Periférico região posterior de Mandíbula. UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 2. TUMORES MESENQUIMAIS 2.1. Cementoblastoma Benigno 2.1.1. Características Clínicas ▪ Predominância entre 20 e 30 anos de idade de ambos os sexos ▪ Mais observado na mandíbula do que na maxila ▪ Mais comum na região posterior do que na anterior ▪ Expansão da cortical óssea ▪ Ocasionalmente, apresenta dor intermitente de baixa intensidade ▪ Tratamento remoção do elemento dentário juntamente com a massa neoplásica. ▪ Não observadas recidivas 2.1.2. Características Radiográficas ▪ Lesão radiopaca ligada à raiz de um dente ▪ Normalmente cercada por um anel radiolúcido espesso e uniforme que é contíguo com o espaço do ligamento periodontal e com a frente de invasão do tumor Figura 5 Cementoblastoma relacionado dente 47 2.2. Fibroma Cementificante Ou Fibroma Ossificante São termos usados quando ilhas ósseas nesses tumores dos maxilares são redondas ou esferoidais . Ocorrem em localizações e grupos etários parecidos, exibem características clínicas comparáveis e tem o mesmo comportamento biológico. São para todas as lesões de ordem prática, a mesma lesao que o fibroma ossificante. 2.2.1. Características Clínicas ▪ Predominância entre 30 e 40 anos ▪ Ocorre mais em mulheres do que em homens ▪ Lesao expansiva de crescimento lento, porém, persistente UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 ▪ Assintomática ▪ Predominante nos ossos maxilares e craniofaciais ▪ Maxilares – inicia-se em regiões adjacentes ao dentes mais frequente na área de pre molares ▪ Provoca adelgaçamento e expansão das corticais ósseas vestibular e lingual. Perfuração e ulceração da mucosa é rara ▪ Maioria das lesões e solitária embora ocorrência de lesões simultâneas já tenha sido relatada ▪ Muito semelhante ao granuloma piogenico 2.2.2. Características Radiográficas ▪ A característica principal dessa lesão e borda nitidamente definida e bem circunscrita ▪ Podem ser radiolúcidas devido ao osso neoformado cujas calcificações ficam uniformemente dispersas. ▪ Podem aparecer radiolucidas uni ou multiloculares, e tem semelhanças com lesões odontogênicas ▪ Observa-se imagem mista radiolúcida-radiopaca quando ilhas de osso tumoral tornam-se densamente calcificadas. ▪ Raízes podem sofrer deslocamento ▪ Reabsorção dentaria pouco comum Figura 6 Fibroma Ossificante Radiopaco com áreas radiolúcidas Figura 7 Fibroma ossificante Radiolúcido 2.2.3. Variações Do Fibroma Ossificante 2.2.3.1. Fibroma Ossificante Juvenil Trabecular ▪ Ocorre em crianças e adolescentes e apenas 20% em adolescentes ▪ Lesao quase exclusivade maxila e mandíbula e rara em localizações extragnaticas ▪ Crescimento progressivo e as vezes rápido ▪ Raramente doloroso ▪ Radiograficamente, possui borda definida UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 ▪ Varia de radiopaca e radiolucida ▪ Alta taxa de recidivas ▪ Altamente celular e contém trabéculas de osso neoformado ▪ Após completa excisão, a recorrência e infrequente Figura 8 Aspectos Radiográficos A) imagem radiolúcida bem circunscrita em mandíbula; B) imagem osteolítica em maxila apresentando focos radiopacos; C) Imagem com focos radiopacos em maxila D) Imagem radiolúcida com focos radiopacos em mandíbula 2.2.3.2. Fibroma Ossificante Juvenil Psamomatóide ▪ Biologicamente, é o mesmo que o fibroma ossificante ▪ Ocorre principalmente em ossos craniofaciais extragnáticos, em particular nos seios nasais e ossos periorbitários ▪ Predominante em população pouco mais velhas e comparado ao juvenil trabecular ▪ Microscopicamente, e formado por estroma relativamente celular que contém pequenas calcificações arredondadas (psamomatóides) ▪ Tratamento e excisão cirúrgica ▪ Ate 30% dos casos apresentam recorrências, as vezes múltiplas. UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 Figura 9. A) Foto frontal demonstrando aumento de volume em região maxilar direita; B) foto intrabucal da lesao em regiao maxilar direita; C) imagem tomográfica demonstrando lesão hipodensa com focos hiperdensos em seu interior. 2.3. Displasia Cementária Periapical ▪ lesao fibro óssea caracterizada pela gradativa substituição do tecido ósseo sadio por tecido fibroso – trata-se de uma condição idiopática. ▪ origem no ligamento periodontal e, pode acometer tanto maxila quanto mandíbula, isoladas ou em grupo de elementos dentais. ▪ progressivamente substituem o tecido ósseo por fibroso e, essas patologias apresentarão características diferentes de acordo com a maturação. ▪ Processo reativo ou displásico ▪ Resposta incomum do osso periapical e do cemento, a algum fator indeterminado ▪ Quando NÃO associada ao ápice do dente, o termo é displasia cemento óssea focal 2.3.1. Características Clínicas ▪ Reativa a estímulo desconhecido em ápices de dentes vitais ▪ comum na mandíbula anterior de adultos UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 ▪ sem sintomas ▪ progride de uma lesao radiolucida para lesao radiopaca ▪ Diagnosticada com exames clínicos e radiográficos ▪ Frequente afetar o ápice de mais de dois dentes ▪ Variante exuberante – displasia cemento-óssea-florida ▪ E autolimitante: ao atingir seu estágio final de maturação, não provocará aumento de volume expressivo de osso cortical ▪ Dentes ligados à lesao, respondem positivamente a testes de vitalidade pulpar 2.3.2. Características Radiográficas ▪ Radiograficamente se apresentarão com características diferentes de acordo com a sua maturação. Ou seja, com a idade. ▪ Lesões recentes apresentam aspecto radiográfico mais radiolúcidas/hipodensa (densidade inferior à considerada normal) ▪ Lesões em estágio intermediário, terão aspecto de densidade mista – radiopaca e radiolúcida/hipodenso ou hiperdenso – ▪ Lesões antigas apresentam-se predominantemente radiopacas/hiperdensas Autores classificam a DCOP em três fases: 2.3.2.1. FASE 1ª – OSTEOLÍTICA ▪ Primeiro momento existe a lise óssea. ▪ Característica predominante é radiolucidez ▪ Idêntica a uma rarefação óssea periapical oriunda de processo inflamatório ▪ O que difere clinicamente, a DCOP de uma rarefação óssea periapical e que nesta última, o elemento dental acometido não apresenta vitalidade pulpar. UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 2.3.2.2. FASE 2ª – CEMENTOBLÁSTICA ▪ Estágio intermediário representado pela densidade mista. Mostra que o tecido ósseo, no momento da aquisição radiográfica/tomográfica, está sendo substituído de forma contínua por tecido fibroso. UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 2.3.2.3. FASE 3ª – MATURAÇÃO Estágio final, que representa o ápice da aposição de tecido fibroso, na região periapical. Vê-se imagem predominantemente radiopaca (hiperdenso), envolta por halo radiolúcido (hipodenso) – toda extensão da raiz pode ser observada. UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 2.4. MIXOMA ODONTOGÊNICO ▪ Lesão mesenquimal benigna que imita a polpa dentaria ou tecido conjuntivo folicular ▪ Podem ocorrer tanto em tecidos moles quanto tecido ósseo ▪ Os que acometem tecido ósseo são exclusivos dos maxilares e acredita-se que tenha origem do ectomesenquima pulpar ou por células mesenquimais indiferenciadas do ligamento periodontal. ▪ E odontogênico e relativamente comum 2.4.1. Características Clínicas ▪ Faixa etária entre 10 e 50 anos ▪ Localmente agressiva e indolor ▪ Representa de 1 a 17% de todos os tipos de tumor ▪ Os mixomas de tecido mole, não possuem relação com a odontogênese, que são os que acometem as outras regiões do corpo; tem rara prevalência na cavidade oral ▪ E infiltrativa e pode recorrer após tratamento inadequado ▪ Sem predileção por sexo 2.4.2. Características Radiográficas ▪ Radiograficamente, essa lesao sempre se apresenta radiolúcida apesar de poder haver grande variedade de padrões ▪ Pode aparecer como lesao bem delimitada, alguns com margens discretamente corticalizadas, ou difusa ▪ Frequentemente é multilocular com padrão de ‘favos de mel’ ▪ Pode aparecer com padrão de ‘bolhas de sabão’, ‘raquete de tênis’ ▪ Expansão ou perfuração da cortical e deslocamento ou reabsorção das raízes podem ser encontrados. UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 3. TUMORES MISTOS 3.1. Odontoma ▪ Tumores odotogênicos mistos pois são compostos de tecido mineralizado tanto de origem epitelial quanto mesenquimal (mesênquima forma tecido conjuntivo) ▪ São uma mistura de esmalte e dentina ▪ Biologicamente, os odontomas podem ser considerados hamartomas, isto é, uma proliferação tortuosa e exuberante de tecidos odontogênicos normais - esmalte, dentina, cemento e polpa - em vez de neoplasias ▪ São Lesões calcificadas que podem surgir de 2 maneiras diferentes: como numerosos dentes rudimentares ou em miniatura – odontomas compostos ▪ Ou apresentar conglomerações amorfas (sem forma definida), de tecido mineralizado – odontomas complexos ▪ São tumores odontogênicos comuns 3.1.1. Características Clínicas ▪ Lesões de adultos e crianças; maioria descoberta na 2 década de vida UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 ▪ Retardo na erupção de algum dente, onde aproximadamente, 50% dos odontomas estão associados a dentes não irrompidos ▪ Maxila mais afetada do que mandíbula ▪ Odontomas compostos tem predileção pelas áreas anterior dos ossos gnaticos ▪ Odontomas complexos, pelas áreas posteriores ▪ Sem predileção por sexo ▪ Sinais clínicos incluem dente decíduo ou impactado e, tumefação do rebordo alveolar. ▪ Geralmente não produzem sintomas 3.1.2. Características Radiográficas▪ Odontomas compostos aparecem como minúsculos dentículos em um único local ▪ Esse local geralmente, está próximo de áreas com dentes, entre raízes ou sobre a coroa de um dente impactado ▪ Odontomas complexos aparecem nas mesmas regiões, mas sob forma de massa amorfa e opaca ▪ Em lesões amadurecidas, são radiopacas/hiperdensas ▪ Lesões descobertas em estágios iniciais, são primariamente radiolúcidas com áreas focais de radiopacidade representando calcificações iniciais da dentina e do esmalte. UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 Imagem predominante hiperdensam composta por diversos dentículos, em processo alveolar da mandíbula, região anterioir. Imagem compatível com odontoma composto Figura 10 Massa radiopaca, homogênea, de aspecto ovóide, observada em região de molares superiores de lado direito. Nota-se que o dente 18 está deslocado de sua trajetória de erupção. Odontoma complexo UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 Figura 11 Massa radiopaca, homogênea, de aspecto circular, observada na região correspondente ao dente 28, estando o mesmo deslocado de sua trajetória de erupção. Odontoma complexo 4. TUMORES ODONTOGÊNICOS BENIGNOS 4.1. Displasia Cemento-Óssea Florida Ou Cementoma Gigantiforme ▪ Parece ser uma forma espalhada da displasia cemento óssea periapical, e pode envolver a arcada completa ▪ Predileção pelo sexo feminino ▪ Displasia cemento óssea florida, tem hipovascularização e, portanto, são propensas à necrose ao menor estímulo agressor. ▪ Osso trabecular e reposto por tecido cemento-ósseo acelular e denso, em um fundo de tecido conjuntivo fibroso. ▪ Biopsia e extração são contra indicadas, melhor tratamento para assintomáticos, e o acompanhamento do caso. 4.1.1. Características Clínicas ▪ Diversos pontos similares entre a DCP e a DOF ▪ Pode acometer regiões anteriores e posteriores da mandíbula, sendo, a maioria em posteriores ▪ Relatos de envolvimento sincrônico em mandíbula anterior também ▪ Tendência de envolvimento bilateral, quase que simétricos ▪ Não e raro, lesões nos 4 quadrantes posteriores ▪ Pode ser completamente assintomática ▪ Predileção por negros e asiáticos ▪ Sem sintomas ▪ Paciente pode se queixar de uma dor intermitente de difícil localização no osso afetado UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 ▪ Fistula alveolar, expondo o osso avascular amarelo na cavidade oral, podendo ser notado grau de expansão em uma ou mais áreas envolvidas. ▪ Se a lesao se tornar secundariamente infectada, características de osteomielite poderão se desenvolver incluindo ulceração da mucosa, trajetos fistulosos, com supuração e dor 4.1.2. Características Radiográficas ▪ Normalmente é bilateral ▪ Na mandíbula, as lesões ocorrem acima do canal alveolar inferior ▪ Não é raro encontrar lesões nos 4 quadrantes posteriores ▪ Mistas com fino halo radiolúcido na periferia ▪ Lesão pode se tornar quase totalmente radiopaca ▪ Se mesclar com osso adjacente aparentemente normal ▪ Geralmente, existe espaço do ligamento que separam os dentes adjacentes. ▪ Pode observar-se fusão do cemento-ósseo sobre a raiz do dente em lesões avançadas. (semelhante à hipercementose) ▪ Áreas edêntulas e dentadas podem ser afetadas, independente se tem dentes ou não. ▪ Áreas radiolúcidas definidas, numa exploração cirúrgica, revelam-se como cistos ósseos simples (ver figura anterior) ▪ Podem ser simples ou múltiplos, e bem grandes ▪ cistos simples - obstrução da drenagem fluido intersticial por fibro-óssea UNIVERSIDADE DE FRANCA - CURSO DE ODONTOLOGIA DISCIPLINA: DIAGNOSTICO ODONTOLÓGICO INTEGRADO II Aluna: Maria Renata Cezarino Lopes RGM 22511008 Referências Bibliográficas Pereira DL. Avaliação clínica e radiográfica de pacientes afetados por displasia óssea florida – estudo retrospectivo e multicêntrico colaborativo. Dissertação (Mestrado em Estomatopatologia) – Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba. São Paulo, 2016. -Oliveira, CNA. Epidemiologia das lesões fibro-ósseas benignas dos maxilares. Dissertação (Mestrado em Estomatologia) – Universidade Federal de Minas Gerais , Faculdade de Odontologia. Minas Gerais, 2016. Neville BW, Damm DD, Allen AM, Bouquot JE. Patologia Oral e Maxilofacial. 3 ED. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Capítulo 15 (Cistos e Tumores Odontogênicos). Pag. 679-741) Souza IF in: Radiologia Odontológica, 6ª ED, São Paulo: Artes Médicas. Capítulo 24 (Aspectos radiográficos das lesões ósseas maxilomandibulares). Págs. 483-526. Papaiz EG, Capella LRC, Oliveira RJ. Atlas de Tomografia Computadorizada por Feixe Cônico para o Cirurgião dentista. São Paulo: Editora Santos, 2011. Capítulo 8 (Tumores Odontodênicos). Págs. 106-122. Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.20, n.2, p. 30-34, abr./jun. 2020 Brazilian Journal of Oral and Maxillofacial Surgery – BrJOMS
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