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XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006 Correspondentes bancários: tecnologia e inovação contribuindo para a inclusão social e resultados dos bancos Juliana Sevilha Gonçalves de Oliveira (UNIP/FÊNIX/UNESP) - jsgo74@uol.com.br Mauro Campello (MC Serviços e Treinamento) - mcampello@yahoo.com Resumo O artigo analisa o modelo de correspondentes bancários implantado no Brasil e alguns aspectos da inclusão social e resultados para os bancos possibilitados pelo modelo. As empresas sempre buscam meios de crescer em seus segmentos e a inovação é um desses meios, pois permitem que as mesmas se diferencem e criem alternativas para tal crescimento. Os bancos utilizam de forma intensa a tecnologia, que associada à inovação, permitiu que os mesmos, com a utilização de correspondentes bancários, agregassem receita aos seus negócios, atuando em mercados antes não atendidos por serviços financeiros, e contribuíram para a inclusão social de parte considerável da população, principalmente de baixa renda e distante dos grandes centros urbanos. São analisados no trabalho aspectos relativos à inovação e da tecnologia, a conceituação, aspectos legais e uma evolução do crescimento dos correspondentes bancários, além de comentar fatores da inclusão social que o modelo permitiu. São comentados, ainda, aspectos relativos aos trabalhadores dos correspondentes bancários e à segurança dos clientes. Palavras-chave: correspondentes bancários, inclusão social, inovação, mudanças, tecnologia. 1- Introdução O país sofreu diversas e significativas mudanças nas duas últimas décadas desde a implantação do Plano Cruzado em 1986 e de muitos outros planos econômicos até o Plano Real, em 1994, que possibilitou com uma acentuada redução da inflação e sua manutenção em níveis considerados muito baixos nos últimos anos. Apesar desse quadro satisfatório, o país enfrentou várias crises econômicas externas , o que, em um mundo globalizado, acabam afetando vários segmentos internos. Os bancos conseguiram se ajustar a todos esses movimentos, obtendo alto ganho de produtividade e competitividade, conseguindo resultados elevados em seus balanços nos últimos anos, como amplamente divulgado pela mídia (CAMPELLO, 2004, p.3). Não se pode esquecer, também, que nessas duas últimas décadas citadas anteriormente, os clientes também mudaram e ficaram mais informados, mais exigentes e mais rigorosos em suas relações comerciais com a implantação do Código de Defesa do Consumidor (Lei n°. 8.078, de 11/09/1990). Também cresceu a competição entre os bancos pela busca de novos clientes e na fidelização dos atuais para não perdê-los para os concorrentes e, assim, conseguir maiores resultados com lucros cada vez maiores. Nesse período de forte crescimento verificado pelos bancos, notam-se presentes fatores inovadores em sua atuação, seja no atendimento, nos produtos, nos processos, nas estruturas, bem como em outras áreas para alcançar um crescimento contínuo e constante ao longo do tempo. XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006 2- Setor bancário: mudanças relevantes O sistema bancário brasileiro tem quase 200 anos de existência, tendo sido criado em 1808, conforme Fontela, 1977. Em função das diversas e freqüentes mudanças ocorridas durante esses dois séculos de existência, os bancos sofreram inúmeras e profundas transformações. É observado que muitos setores da economia estão em constante transformação com o objetivo de crescimento com maior competitividade, o que gera uma forte competição dentro do setor, como se verifica no caso dos bancos. A estabilização econômica em ocorrida a partir de 1994 (Plano Real) e os reflexos da globalização trouxeram inúmeras mudanças conjunturais para o sistema bancário nacional. A mais marcante delas está relacionada à origem de suas receitas. No passado, a maior receita dos bancos era oriunda do float - gerado pela alta inflação e taxa de juros. Outra fonte de receita era o spread das operações de crédito - a diferença entre o valor da taxa paga na captação do dinheiro e a taxa do empréstimo, essa muito maior que a de captação. Uma terceira fonte de receita - as tarifas pelos serviços - era praticamente nula (CAMPELLO et al, 2002). Os bancos se ajustaram muito rapidamente ao novo cenário econômico, uma vez que a queda da inflação fez com que as receitas originadas pelo float fossem reduzidas e os custos bancários permaneceram em altos níveis de valor, cita Campello (2004, p.13). Então, de acordo com Rocha (2003), os bancos iniciaram a cobrança de tarifas pelos diversos serviços prestados para recompor as perdas das receitas citadas e compensar os pesados investimentos em tecnologia. A estabilização provocou uma propensão de aumento no volume de empréstimos, crescendo, assim, a receita por spread, Convém ressaltar, como já comentado anteriormente, que o lucro dos bancos aumentou muito durante os últimos cinco anos, conforme divulgado pela imprensa em geral. A abertura da economia no inicio da ultima década, bem como o cenário econômico de estabilidade provocaram fortes alterações no segmento bancário com fusões e aquisições e a chegada de bandeiras estrangeiras fortes. De acordo com os dados do Banco Central do Brasil (BACEN) e da Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN), o número de bancos passou de 203 em 1998 para 192 em 2000, 167 em 2002, e de 164 em 2004 (último dado disponível), ao passo que na década de 60, eram 336 instituições operando no Brasil. 3- Tecnologia Os bancos utilizam a tecnologia de forma intensa no processamento central, em sistemas de apoio à decisão e controle, na automação de processos de atendimento aos clientes, nas operações bancárias realizadas por esses, nas vendas e publicidade (CAMPELLO et al, 2002). Entre os muitos fatores utilizados pelos bancos, a tecnologia está entre os que mais permitiram um aumento competitividade, além de contribuir para sua modernização. A utilização da tecnologia pelos bancos é um elemento fundamental para crescimento, diferenciação e redução de custos (CAMPELLO, 2004, p.56). A tecnologia também se torna necessária para o desenvolvimento de novos negócios e busca de novos mercados geográficos, como destaca Costabile (2002). Mas o que é tecnologia? Segundo Ferreira (1994, p.627), é o “conjunto de conhecimentos, especialmente princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade; a totalidade desses conhecimentos”. Para Longo (1979), tecnologia é o conjunto ordenado de conhecimentos científicos, empíricos e intuitivos empregados na produção e comercialização de bens ou serviços, não devendo se confundir com instruções elaboradas destes conhecimentos, visando operacionalizar a produção e a comercialização. Sábato & Mackenzie (1981) citam que tecnologia “não é uma máquina ou diagrama, ou receita, ou um programa de computador, ou uma fórmula, ou uma patente, ou um desenho”. Tecnologia, segundo os XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006 dois autores, é muito mais que isso, compreendendo uma gama de conhecimentos organizados de diferentes tipos e provenientes de diferentes fontes, através de diferentes métodos (pesquisa, desenvolvimento, adaptação, entre outros). Nos bancos, a tecnologia envolve três aspectos diferentes: informática, telecomunicações e automação. E os mesmos investem maciçamente nessa área: R$ 2,9 bilhões em 2000, R$ 3,1 bilhões em 2001, R$ 3,5 bilhões em 2002, R$ 4,2 bilhões em 2003 e mesmo valor em 2004, segundo a FEBRABAN (2006). A tecnologia permitiu a integração das redes dos próprios bancos, integração entre diversos bancos e entre esses com seus clientes, além de redução de custos, obtenção de maiores resultados, criação de novos produtos e serviços inovadores e superação de barreiras geográficas, conforme Henrique (2001, p.11). A utilização em larga escala da tecnologia trouxe diversos efeitos em vários níveis, internae externamente aos bancos, conforme adaptado de Leite (1996) e Campello (2004, p.57): � Modificação do perfil do bancário com necessidade freqüente de qualificação do mesmo; � Modificação dos papéis e responsabilidades (estruturas internas das áreas dos bancos); � Modificação no nível do emprego, não só pelo uso da tecnologia, mas pela terceirização de atividades, privatizações e processos de fusões e aquisições ocorridos. Em 1983 o sistema bancário empregava cerca de 630 mil pessoas e em 2005 esse número foi de cerca de 403 mil (FEBRABAN, 2006); � Fortes alterações nas estruturas de custos operacionais; � Mudanças na política de remuneração; � Modificação na estrutura organizacional, tanto das agências como da retaguarda e da administração; � Extrema modificação na forma de trabalho, tanto dos gerentes como dos clientes que passam a fazer parte das operações que anteriormente eram totalmente feita pelos bancos; � Expansão dos serviços prestados com novas opções aos clientes tanto de horário como de local, com maior comodidade para os clientes. Nota-se que a tecnologia atua como importante fator de vantagem competitiva para os bancos pela diferenciação na distribuição de produtos e serviços numa forma inovadora, permitindo a personalização do atendimento e possibilitando o desenvolvimento do relacionamento com os clientes. Esses aspectos acarretaram redução de custos, crescimento nos negócios e da rentabilidade, aumento da base de clientes e, para os mesmos, maior facilidade de acesso aos bancos, com a redução da necessidade de ir até às agências para realização de operações simples, como a obtenção do saldo em conta corrente ou uma aplicação financeira, cita Campello et al (2002). O nível de automação do sistema bancário brasileiro o torna um dos maiores prestadores de serviços do país, além de ser considerado um dos mais avançados tecnologicamente do mundo, conforme Henrique (2001, p.10). A tecnologia atua como elemento gerador de qualidade nos serviços prestados, o que possibilita que os bancos coloquem à disposição de seus clientes diversas alternativas de atendimento, entre eles: o cartão magnético, internet banking, fax (informações diversas sobre posição financeira), telefone (saldos e movimentações diversas), terminais pontos de venda (PDV), centrais telefônicas de serviços, caixas eletrônicos, transferência eletrônica disponível (TED), débito automático de contas (DAC), Customer Relationship Management (CRM) e os correspondentes bancários. De acordo com Costabile (2002), os bancos, através de grandes investimentos e desenvolvimento em tecnologia realizados ao longo dos últimos anos, tornaram possível que XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006 as operações realizadas em seus equipamentos sejam feitas de forma mais rápida e segura com a implantação de grandes redes de dados e com uso de satélites. 4- Inovação Porter (2000) comenta que muitos segmentos tem um comportamento parecido como mercados de commodities, como por exemplo, os bancos, em função da grande similaridade entre seus produtos e dos preços praticados no segmento. As empresas que atuam nestas condições devem sempre rever suas estratégias, e se for o caso, até mesmo se reinventando, como que buscar novas formas novas de atuar (PRAHALAD & HAMMEL, 2005). A constante inovação é uma forma de se diferenciar. Mas o que é inovação? Inovação pode ser considerada como um meio enxergar o que todo mundo vê e pensar uma coisa diferente (VON OECH, 1990, p.19). Pode-se exemplificar esse fato com Gutemberg ao inventar a imprensa, associando dois princípios independentes: a prensa do vinho e o cunho de imprimir moedas para criar uma idéia diferente e nova. Gutemberg, talvez depois de tomar um copo de vinho, pode ter pensado: “E se eu pegasse esses cunhos de moeda e colocasse vários sob a pressão na prensa de vinho? Será que a imagem ficaria impressa no papel?”. Essa combinação, que poderia parecer uma loucura para todos os demais, resultou na prensa tipográfica e no tipo móvel (VON OECH, 1990, p.18). Outra definição para inovação, de acordo com Ferreira (1994, p.363), é “novidade; ato ou efeito de inovar; introduzir novidade”. Por outro lado, Simantob & Lippi (2003, p.12) citam inovar como “ter uma idéia que seus concorrentes ainda não tiveram e implantá-la com sucesso”. A principal diferença da última definição para as anteriores é justamente o fato da utilização de forma prática da inovação, isto é, obter com a inovação resultados positivos em se tratando de uma empresa, comparativamente com seus concorrentes. Fregni (2006), por sua vez, cita que a inovação é vencer com criatividade o jogo do mercado e isso envolve a capacidade da empresa de se renovar, de se adaptar, de se preparar para o futuro, ou seja, de construir o futuro. Simantob & Lippi (2003, p.58) comentam que não é suficiente ser criativo para inovar, já que criatividade sem foco é desperdício puro de energia. Tanto que, para Fregni (2006), a empresa inovadora é criativa, mas criatividade e inovação não são sinônimos. Criatividade, o alimento para a inovação, é a capacidade de pensar de forma diferente, bem como ver e entender novos caminhos. E inovação é a capacidade de trilhar os caminhos vistos e entendidos através da criatividade, ou seja, sua aplicabilidade de forma a obter resultados para o negócio, conforme Fregni (2006). Simantob & Lippi (2003, p.12) classificam a inovação sob quatro aspectos distintos: � Inovação de produtos ou serviços – consiste em desenvolver produtos ou serviços novos que satisfaçam as necessidades dos clientes; � Inovação de processos – refere-se à busca de novos meios de produção de produtos ou novas formas de relacionamento na prestação de serviços; � Inovação de negócios – diz respeito ao desenvolvimento de novos negócios que tragam uma vantagem competitiva sustentável com diferenciação; � Inovação em gestão - está relacionada com novas estruturas de poder e liderança. Os mesmos autores ainda citam que a inovação tem dois papéis importantes para as empresas, uma vez que as mesmas estão sempre preocupadas com seus resultados, com a conquista de novos mercados e com as ações dos concorrentes. A inovação ajuda a empresa a gerar riqueza de forma contínua e manter-se à frente de seus concorrentes. XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006 A inovação se constitui um diferencial competitivo para as empresas em geral, principalmente aquelas que atuam em um mercado “comoditizado”, como os bancos. A inovação e a tecnologia assumem um papel importante na atuação dos bancos, tornando-se um diferencial competitivo. Esse fato é destacado por Simantob & Lippi (2003, p.17), onde, no Fórum de Inovação da FGV/EAESP (2002), o Banco do Brasil foi citado no aspecto inovação em tecnologia, com a utilização pioneira de ferramentas web (portal e leilão eletrônico) para aperfeiçoar o relacionamento com agentes do agronegócio. 5- População e bancos: uma situação que precisava ser revista Um grande número de fatores favoráveis permitiam que ocorressem mudanças nas relações entre a população e os bancos em geral, principalmente a população mais carente e distante dos grandes centros. Para Brito (2006), grande parte das transações bancárias podem ser realizadas fora do ambiente das agências dos bancos e existia uma carência da população por locais de atendimento. Este fato é citado por Campello (2004, p.27) em relação à cidade de Autazes, município amazonense de economia baseada na pecuária, com 13 mil habitantes, onde a agência bancária mais próxima ficava a oito dias de barco, além de Japerí, localizada no estado do Rio de Janeiro, que, apesar de seus 84 mil habitantes, não figurava no mapa financeiro brasileiro até meados de 2002. De acordo com Salomão (2006), existe um total de 45 milhões de brasileiros não bancarizados, isto é, sem acesso aos serviços bancários além de que grandeparte da população não se identifica com os bancos. Também falta interesse por parte dos bancos em receber algumas contas e ter um grande número de pessoas em suas agências. Feltrin (2006) destaca outros fatores que favoreceriam uma mudança mais concreta, como o nível de crescimento do produto interno bruto (PIB) que apresenta uma tendência positiva; a inflação está sob controle em níveis muito baixos; a queda da taxa média de desocupação nos últimos anos; o aumento do rendimento médio da população (renda média real habitual total), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); existência de forte desigualdade na distribuição de renda (renda domiciliar per capita); existência de políticas públicas que objetivam mitigar essa desigualdade (programa bolsa família, aumento real do salário mínimo, programa primeiro emprego entre outros). A população de baixa renda tem restrições aos bancos, sendo algumas barreiras reais e simbólicas, como a porta giratória, a segurança e o luxo da maioria das agências, além de, em alguns casos, conhecerem as regras da relação cliente-banco, mas não encontrarem vantagens no aspecto custo-benefício da relação (SALOMÃO, 2006). Brito (2006) comenta que para uma população economicamente ativa (PEA) de 75,5 milhões, cerca de 28,1 milhões tem renda de até dois salários-mínimos e estão na informalidade. Ou seja, alguma coisa poderia e deveria ser feita, de um lado para minimizar as desigualdades e, por outro, para aproveitar algumas condições propícias que se apresentavam. 6- Correspondentes Bancários A união da tecnologia e da inovação permitiu um novo modelo de atuação para os bancos - os correspondentes bancários - já citados anteriormente. Os correspondentes bancários se tornaram uma nova forma de expansão para os bancos, que permite maior capilaridade com novos pontos de venda e atingindo uma parte da população que anteriormente não tinha como acessar os serviços bancários, possibilitando um rápido crescimento geográfico com menores custos de instalação, cita Campello et al (2002). XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006 Os correspondentes bancários são estabelecimentos comerciais diversos, como padarias, farmácias, supermercados, lojas de conveniência, lojas de material de construção, cartórios entre outros habilitados a prestar muitos dos serviços oferecidos por um banco. A Caixa Econômica Federal (CAIXA) e o Bradesco utilizam também estabelecimentos específicos como correspondentes bancários. A CAIXA usa a rede de casas lotéricas enquanto que o Bradesco, as agências de Correios. Segundo Salviano Jr. (2005) e Feltrin (2006), o conceito de correspondente bancário já é utilizado pela rede bancária há muito tempo, através do envio e recebimento de ordens de pagamento e da cobrança de cheques (os chamados bancos correspondentes). A primeira regulamentação foi através da Circular 220/1973 (CMN) que permitia apenas a cobrança de títulos e execução de ordens de pagamento vedando qualquer outro tipo de operação. A Resolução 2.640/1999 (BACEN) aumenta o leque de serviços somente em praças não assistidas por bancos, porém só autoriza o serviço para bancos comerciais, bancos múltiplos e caixas econômicas. Já a regulamentação que chegaria ao modelo atual tem início com a Resolução 2.707/2000 que estende o modelo para todas as praças. A Resolução 2.953/2002 permite a conferência dos documentos de identificação do cliente para abertura de conta e estendeu o modelo para cartórios. A Resolução 3.110/2003 estendeu a autorização para bancos de investimento, sociedades de crédito e financiamento e associações de poupança e empréstimos. Finalmente a Resolução 3.156/2003 concedeu autorização para todas as instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo BACEN. Assim, qualquer empresa pode atuar como correspondente bancário, integrante ou não do Sistema Financeiro Nacional, porém a contratação de um estabelecimento comercial como correspondente bancário só pode ser realizada por uma instituição financeira. Os correspondentes bancários podem desenvolver as seguintes atividades, de acordo com Salviano Jr. (2005): � Recepção e encaminhamento de propostas de aberturas de contas de depósitos à vista e de poupança; � Recebimentos e pagamentos relativos às contas de depósitos à vista, a prazo e de poupança, bem como aplicações e resgates em fundos de investimentos; � Recebimentos, pagamentos e outras atividades decorrentes dos convênios de prestação de serviços mantidos pelo contratante (a instituição financeira) na forma da regulamentação em vigor; � Execução ativa ou passiva de ordens de pagamento em nome do contratante; � Recepção e encaminhamento de pedidos de empréstimos e de financiamentos; � Análise de crédito e cadastro; execução de serviços de cobrança; � Recepção e encaminhamento de propostas de emissão de cartões de crédito; � Outros serviços de controle, inclusive processamento de dados das operações pactuadas; � Outras atividades a critério do BACEN. O modelo possibilitou, por exemplo, que em novembro de 2001, o padeiro e proprietário da Panificadora Dois Irmãos - o “seu” Ridaildo Barros de Oliveira - tornar-se o "banqueiro de Solidão”, pequeno município do sertão de Pernambuco, distante 412 km da capital. Ele e a mulher, dona Maria Anemília, passaram a ser os responsáveis por realizar as operações no equipamento instalado pela CAIXA em sua panificadora. Na mesma época, na cidade de Normandia - um dos pontos mais altos do país, situado aos pés do Pico da Neblina, no estado de Roraima, fronteira com a Venezuela - foi instalado um correspondente bancário da CAIXA (COSTABILE, 2002). O modelo do correspondente bancário apresenta vantagens para todos os participantes do modelo: o estabelecimento comercial, os clientes do mesmo e para os bancos. Levando-se em XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006 consideração Bernardino (2006), Salomão (2006), Brito (2006) e Gadanha (2006), são destacadas a seguir algumas vantagens para as partes envolvidas no modelo. 6,1- Estabelecimento comercial Para o estabelecimento comercial destacam-se: serviço remunerado propiciando um rendimento adicional; maior fluxo de clientes no estabelecimento; elevação do volume de vendas dos produtos comercializados; instrumento de fidelização para os clientes; diferencial mercadológico em relação aos concorrentes; oportunidade de negócio para os pequenos e médios comerciantes; valorização do ponto de venda. 6.2- Clientes Para os clientes dos estabelecimentos, as vantagens seriam: acesso ao sistema financeiro de forma simplificada com possibilidade de abertura de conta corrente com menor custo; oportunidade de acesso a empréstimos; pagamento de contas próximo ao local de moradia ou trabalho; conveniência; comodidade; conforto; flexibilidade de horário e dias de atendimento; melhor aproveitamento de tempo conjugando o atendimento bancário com a oportunidade de realizar compras (dependendo da natureza do estabelecimento); atendimento em estabelecimento que já mantém relacionamento. 6.3- Bancos As vantagens para os bancos são: possibilidade de acesso a locais ainda sem qualquer tipo de serviço financeiro; novos negócios; aumento de receitas; novas oportunidades; aumento da cobertura geográfica; transferência de fluxo de pessoas das agências para outros locais de atendimento; menores custos de instalação; redução de custos operacionais; aumento da abrangência/capilaridade (a capilaridade do varejo é a grande vantagem do serviço financeiro); melhor aproveitamento de sua capacidade instalada; melhor estrutura de custos; maior visibilidade; foco. Nota-se que os correspondentes bancários possibilitam ganhos para os participantes e usuários do modelo, porém são ganhos mesuráveis em diferentes escalas para cada parte envolvida 7- Evolução dos correspondentes bancários O modelo de correspondentesbancários teve uma rápida evolução no Brasil, porém já vem sendo utilizado em muitos outros países, como por exemplo, a França (La Poste), a Alemanha (Deutsche Postbank), o Japão, a Holanda (ING Postbank), a Inglaterra (Tesco, Sainsburybank, Marks & Spencer e Loblaws) e a Jordânia (Pay-Here), entre outros. Alguns volumes financeiros e de clientes, de acordo com Brito (2006): o La Poste tem 43,7 milhões de correntistas e US$ 200 bilhões de depósitos; o Deutsche Postbank, 13 mil pontos e US$ 45 bilhões de depósitos; no Japão o modelo tem 24 mil agências postais, US$ 2 trilhões de depósitos, 125 milhões de correntistas e detém cerca de 20% de todos os ativos financeiros; o ING Postbank, oito milhões de correntistas e US$ 22,5 bilhões de depósitos controlando cerca de 30% do mercado de poupança e instrumentos de pagamentos; na Inglaterra são US$ 3,5 bilhões de poupança, US$ 24,5 milhões em seguros de vida e US$ 269 milhões em receitas financeiras. Uma diferença forte entre o modelo na Europa e no Brasil é que lá o modelo de correspondente bancário foi mais difundido utilizando agências do correio e aqui, pela grande rede de estabelecimentos comerciais, o modelo foi mais diversificado com a utilização de outros tipos de estabelecimentos comerciais pelas instituições financeiras além das agências dos correios. Esse fato já mostra um aspecto de inovação em relação ao modelo europeu. A Tabela 1 apresenta a evolução do modelo nos últimos seis anos no Brasil comparativamente com a evolução das agências tradicionais. XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006 CORRESPONDENTES AGÊNCIAS ANO QUANT % ANO ANT QUANT % ANO ANT 2000 13.731 - 16.396 - 2001 18.653 36% 16.841 3% 2002 32.511 74% 17.049 1% 2003 36.474 12% 16.829 -1% 2004 46.035 26% 17.260 3% 2005 54.271 18% 17.572 2% Fonte: BACEN (2006), Brito (2006); % ANO ANT- variação sobre ano anterior Tabela 1 – Evolução dos correspondentes bancários e agências Os dados da Tabela 1 permitem verificar que o número de agências cresceu apenas 7% entre os anos 2000 e 2005 em relação ao crescimento de 295% do número de correspondentes bancários. O mercado bancário estima que esse número deva ultrapassar a casa de 120.000 estabelecimentos no final de 2006. Observa-se que no caso brasileiro, mesmo com pouco tempo em relação aos países acima citados, apresenta uma rede bem maior que alguns deles. Não se deve deixar de considerar os aspectos sociais, culturais e econômicos entre os demais países e o Brasil, além de suas dimensões continentais. Com base na população estimada de 181,6 milhões de habitantes (IBGE), o número médio de habitantes por correspondente bancário é de 3.345 e, no caso das agências bancárias, 10.333. 8- Resultados e inclusão social O modelo apresenta um ganho significativo para os bancos que é o baixo custo de instalação de um correspondente bancário. De acordo com Motta (2006), a instalação de uma agência bancária tradicional tem um custo estimado entre R$ 300 mil e R$ 400 mil. O custo estimado para um posto de atendimento bancário é em torno de R$ 70 mil. Já o investimento com um correspondente bancário, considerando o tipo de relação de extrema responsabilidade com treinamento e subsídio para a segurança, como fazem alguns poucos bancos, fica na casa dos R$ 18 mil. Mais um ganho para os bancos é a criação de um processo de fidelização de seus novos clientes, conforme Umberti (2004). Esse processo é composto por três fases. Na primeira é desenvolvido no cliente o hábito de freqüentar o supermercado, a lotérica, a farmácia, a padaria, a agência dos correios ou outro tipo de comércio também com o objetivo de realizar suas operações bancárias, agora no correspondente bancário. Assim, o cliente é seduzido a estabelecer o primeiro vínculo com o banco, através da abertura de uma conta corrente sem burocracias. Na segunda fase o banco promove a ativação das contas abertas e a manutenção das mesmas, uma vez que grande parcela delas, de população de baixa renda, estão sujeitas às eventuais crises econômicas. Na terceira e última fase nota-se o vínculo estabelecido e a relação amadurecida. Desta forma o banco tem condições de oferecer novos produtos ou serviços sem o risco inicial da primeira fase, como o cartão de crédito, de acordo com Umberti (2004). Com isso o banco consegue lucros maiores com o processo de fidelização dos clientes, além de outras vantagens já citadas. A grande rede de correspondentes bancários atualmente instalada possibilitou um ganho social com o acesso de inúmeras pessoas, e famílias, aos serviços por eles prestados. Esse fato, de acordo com Costabile (2002), permitiu que houvesse uma mudança da situação anterior com forte presença da concentração de renda na sociedade brasileira. Em torno do ano 2002, uma parcela de 80% das famílias com renda mensal superior a dez salários mínimos tinha conta-corrente em algum banco, enquanto que, cerca de 21 milhões de famílias XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006 com renda inferior a dez salários mínimos o índice de acesso aos serviços bancários era próximo de 20%. Havia uma concentração da rede bancária tradicional no sudeste com cerca de 60% do total de agências e, em 1999, o número de municípios brasileiros sem qualquer tipo de atendimento bancário era de aproximadamente 1.700. Assim, o modelo permitiu que milhares de brasileiros passassem a se utilizar de serviços bancários de maneira mais eficiente, transparente e humana (COSTABILE, 2002). A grande cobertura geográfica possibilitada pelos correspondentes bancários permitiu a inclusão social, além de um processo de cidadania, pois facilita a transferência direta aos cidadãos dos diversos benefícios governamentais gerando condições para a melhoria da qualidade de vida e aumento da auto-estima. Também não se deve deixar de citar a possibilidade de geração de emprego e renda, pois o crescimento do número de correspondentes bancários pode vir a criar novos empregos em diversas regiões nos estabelecimentos comerciais participantes do modelo. Para os usuários de menor renda, é mais simples e cômodo utilizar os correspondentes bancários, pois muitos estão bem próximos de suas casas ou locais de trabalho, além de não apresentarem as longas filas comuns nos bancos e longe da atmosfera sisuda das agências bancárias (COSTABILE, 2002). Nesses casos, o atendimento humano é essencial para clientes que ainda não estão familiarizados com os serviços automatizados, o que nem sempre é possível nas agências tradicionais. O modelo, numa visão global, tornou possível, desde o final de 2002, para a população dos 5.561 municípios brasileiros contar com serviços bancários sem necessidade de se deslocar para outros municípios, além de abrir novos mercados para os bancos e também para o comércio local em muitos desses municípios, com possibilidade de geração de emprego e renda. 9- O trabalho e a segurança nos correspondentes bancários Com a abertura de inúmeros correspondentes bancários surgem algumas questões relativas aos aspectos trabalhistas, das condições de trabalho e de segurança. De acordo com Motta (2006), em relação à questão trabalhista, a FEBRABAN acredita que, como a atuação dos trabalhadores dos correspondentes bancários é uma atividade acessória à atividade principal do estabelecimento contratado, seus empregados estão vinculados à outra categoria profissional e não à dos bancários. Segundo o diretor do BACEN, Sérgio Darcy, o correspondente bancário tem que ter atuação acessória, pois caso tenha exclusividade, vira franchising. O Sindicato dos Bancários de São Paulo observa que a implantação massiva de correspondentes bancários é uma forma barata encontrada pelos bancos de esvaziar as agências de clientes, principalmente os menos rentáveis, e, tão logo, de bancários. O Sindicato alerta para o risco dos bancos trocarem funcionários das agências pelos dos correspondentesbancários. Motta (2006) ressalta o aspecto da segurança, uma vez que os trabalhadores dos correspondentes bancários estão ligados ao comércio e passaram a fazem trabalho de bancário. Há o risco do atendimento de clientes por funcionários não qualificados para isso. O Código de Defesa do Consumidor cita regras claras em relação aos direitos dos clientes e o cumprimento das normas de proteção aos clientes - seja para garantir segurança ou qualidade na prestação de serviços - é de responsabilidade solidária entre os correspondentes bancários e instituições financeiras. Outro aspecto nessa discussão é o fato de que algumas prefeituras terem definido um tempo máximo de atendimento aos clientes nas agências bancárias. Isso acaba sendo outra vantagem para os bancos, pois os correspondentes bancários estão fora da legislação de segurança e dos XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006 tempos definidos de espera para atendimento. Alguns órgãos de defesa do consumidor defendem a extensão da aplicação da “lei das filas”, como é conhecida, também para os correspondentes bancários. Segundo Chaves (2005), a questão é polêmica e muitos serão os debates para a construção de consensos, notadamente pela percepção bem diferenciada do papel social dos correspondentes bancários e da perspectiva dos trabalhadores empregados neste novo segmento da economia brasileira. 10- Considerações finais O modelo atualmente em implantação prevê que um estabelecimento comercial apenas pode trabalhar com um banco, porém pode-se no futuro ter um modelo híbrido, ou seja, um correspondente trabalhando com mais de um banco. Como existem vários nichos no mercado, se um banco não trabalhar em algum deles, o correspondente bancário poderia vir a trabalhar com outro banco que opere neste nicho, com possibilidade de oferecer produtos diversificados aos seus clientes. A inovação permitirá a criação de produtos específicos para os correspondentes bancários e seus clientes, levando em consideração as necessidades de um público específico e de regiões distintas. A tecnologia possibilitou redução de tempo e custos de investimentos. Assim, a implantação do modelo atual de correspondentes bancários reduziu a zero o número de municípios sem estabelecimentos bancários. Se fosse utilizado o modelo de agências tradicionais, essa conquista não teria ocorrido em pouco tempo, sendo necessário maior tempo para isso, e um maior custo envolvido. Com base no baixo custo por transação nos correspondentes bancários (BRITO, 2006), o potencial de crescimento do modelo é muito grande, considerando, também, a rede de estabelecimentos comerciais desenvolvida e bem capilarizada e o alto número de habitantes ainda não bancarizados. Pelo ponto de vista social, o modelo se mostrou como uma das formas mais promissoras de atendimento às populações com baixo índice de desenvolvimento humano (IDH), especialmente as mais distantes dos grandes centros. Com o novo modelo os bancos conseguem, com a retirada de parte dos clientes das agências, aqueles menos lucrativos, uma expansão de negócios com os mais lucrativos, inclusive com serviços de maior qualidade na percepção dos mesmos. Esse aspecto vai de encontro, de certa forma, á inclusão social verificada com os correspondentes bancários, uma vez que existe uma discriminação entre clientes mais lucrativos, atendidos nas agências, e os menos lucrativos que são atendidos nos correspondentes bancários. Há uma possibilidade de crescimento para produtos específicos para classes menos favorecidas, em muitos casos as maiores usuárias dos correspondentes bancários, como o microcrédito, um instrumento de inclusão social. Apesar do crescimento do modelo ter ocorrido principalmente nas classes D e E (população de baixa renda), que em sua maioria se encontrava fora do sistema financeiro, existe a expectativa de instalação do modelo em shoppping centers, com parcerias com estabelecimentos focados nas classes A e B. Algumas das instituições financeiras participantes do modelo já esperam receber propostas de aberturas de contas via comércio e saques via cartão nos caixas das lojas conveniadas. Isso tende a reduzir o volume de numerário nos estabelecimentos comerciais, minimizando os riscos de assaltos e aumentando a segurança nos mesmos. XIII SIMPEP - Bauru, SP, Brasil, 06 a 08 de novembro de 2006 Outro fator que permite possibilidades de expansão do modelo é o fato de que 1.382 municípios no país tem menos que 5.000 habitantes. Assim, com apenas dois correspondentes, em tese, seria possível o atendimento desses pequenos municípios, uma vez que a média de habitantes por correspondente bancário é de 3.345. Além disso, são 1.658 municípios sem agências bancárias ou postos de atendimento, conforme dados de Salviano Jr. (2005), que podem receber outros correspondentes. Mesmo com muitas vantagens apresentadas anteriormente, algumas ameaças estão presentes e necessitam de uma análise específica, como: pressão das concessionárias de serviços públicos por uma tarifa de remuneração menor, pressão dos estabelecimentos comerciais por uma tarifa maior, aspectos trabalhistas, risco de exercício da atividade principal do estabelecimento comercial como correspondente bancário além do fato acima citado de exclusividade do estabelecimento com um único banco. Os correspondentes são, de certa forma, um instrumento de inclusão social, mas há muito que fazer nessa área. O país ainda tem cerca de seis milhões de pessoas sem energia elétrica. Referências bibliográficas BERNARDINO, A. M. Correspondente bancário. In: Seminário Banking Anywhere. São Paulo: 29 mar. 2006. 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