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1997-11-03-GM-Latino-Americana

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Image
H
 í7 7'
GAZET ERC TIL
ANO 2 _ Ne 82 ¡ DE 3 A 9 DE NOVEMBRO DE 1997 DÍGÍOI RESpOI¬BÚVB|I LLIÍ2 Femündü FGITGÍÍO LEVY
Crise financeira reduz
¬ ..¡~.,.r...'-z.àr.._¡..z!zL
(unuoum) crescimento econômico
' » I
__1p|i| eruzrenarnruuanlutminutn
<'FHUBUT ~ ^RGENT'N^> No Brosil e no Argentino. Produto Interno Bruto seró menorLos ANDES
(MEN DOZA - ARGENTINA)
Preço do exemplar:
Argentino: S 2.00/2.20
(Interior); Chile S 1000.
Demais paises:
USS 2.00 + correio
Nova disputa
entre o Brasil
e a Argentina
Nora Gonzalez e Guido Nejaml-tis
São Paulo e Buenos Aires
Um novo contencioso está
surgindo entre Brasil e Argentina.
Depois de ter sido equacionado o
problema dasobretaxa para im-
portação de açúcar brasileiro e da
abertura de um regime de exceção
para o financiamento às impor-
tações para os países do Mercosul,
mais uma disputa surge nas re-
lações internacionais.
A partir de 29 de novembro, 'a
Argentina passará a exigir um cer-
tificado de pré-embarque no caso
de qualquer importação acima de
US$ 3.000. A medida vale para
qualquer país de origem. O proble-
ma é que não está contemplada
nenhuma benesse para os sócios
do Mercosul - e cada certificado
custará o equivalente a 0,8% do
valor FOB do embarque (o ho-
norário mínimo será de US$ 250),
o que deverá encarecer as impor-
tações daquele país e, conseqüen-
temente, reduzir a competitividade
dos _ produtos brasileiros,
paraguaios e uruguaios exportados
para o país vizinho.
A Câmara de Exportadores da
República Argentina (Cera) criti-
cou a decisão, coincidindo com a
posição de empresas brasileiras na
Argentina que solicitaram ao pre-
sidente da Administração Federal
da Receita Pública da Argentina
(Afip), Carlos Silvani, a exclusão
do Mercosul do novo sistema de
controle de importações. A re-
união, além do embaixador
brasileiro na Argentina, Luiz Fe-
lipe Seixas Corrêa, foram repre-
sentantes das empresas Arisco,
Brahma, Banco do Brasil, Cotia
Trading, _Petrobrás, Banrisul e
Padilla Indústrias Gráficas.
.Pagina 3
Carlos Alberto Júnior e
Ana Cristina Magalhães
Brasília e Nova York
s bancos centrais do Merco-
O sul estão cavando trincheiras
para defender suas moedas
que iniciarn esta semana ameaçadas
pelos ataques dos especuladores. A
crise ñnanceira internacional co-
meça a fazer seus efeitos no Cone
Sul pondo em risco o maior trunfo
eleitoral dos govemantes, que são os
planos de estabilização ancorados
na estabilidade do câmbio e nos in-
vestimentos extemos.
Na semana passada o Brasil sofreu
um pesado ataque ao real, vencido
pela disponibilidade de reservas
cambiais. O cenário desta semana
ainda é de incerteza. Segundo o ana-
lista Paulo Miguel, do banco Boa-
vista InterAtlântico, em Nova York,
“os bancos centrais enfrentarão tem-
pos difíceis para defender suas
moedas no futuro próximo, especial-
mente Argentina e Brasil.” O Produ-
to Intemo Bruto (PIB) dos dois paí-
ses, já está sendo reavaliado: deve
crescer menos do que o esperado
.neste e no próximo ano. O mesmo
deve ocorrer nos EUA.
O governo brasileiro reagiu rapi-
damente aos ataques ao real, apli-
cando uma medida com credibili-
dade no mercado internacional, a al-
ta dos juros de uma taxa básica de
23,69% para 43,4% ao ano.-Na Ar-
gentina, há o temor do rompimento
da paridade do peso com o dólar,
que é a âncora da política econôrnica
do País, no caso de se iniciar um
ataque às reservas cambiais pelos
especuladores. Há, ainda., temor de
que com a alta dos juros fiquem pre-
judicadas as exportações argentinas
para o Brasil, e com isso aumente o
desemprego. No meio da tempes-
tade, o presidente brasileiro Feman-
do Henrique Cardoso, telefonou a
seu colega, argentino, Carlos Saúl
Menem, garantindo que a moeda
brasileira não será desvalorizada.
Analistas reconhecem que o
quadro econôrnico sul-americano é
melhor que o asiático, onde está o
epicentro do terremoto. Mas es-
clarecem que esses raciocínios so-
mente serão levados em conta
quando passar a turbulência. Antes
disso, os países terão que sustentar
os ataques sangrando suas reser-
IHIPOIWÇÕGS Emjogo, 0futuro do
de arroz.. setorpetroquímico
VEIO CI`€SC6l`
Francisco Góes
Porto Alegre
O Brasil vai importar mais arroz
da Argentina e do Uruguai. A pre-
visão, feita por analistas do merca-
do, baseia-se no aumento da área
plantada naqueles países.A- redução
dos estoques de arroz no Brasil tam-
bém servirá de estímulo à maior im-
portação do cereal. Estimativas in-
dicam que a safra brasileira, no pró-
ximo ano, chegaria a l'0 milhões de
toneladas. A oferta do produto na-
cional atingiria 10,9 milhões de
toneladas (900 toneladas remanes-
centes da safra anterior). O consumo
previsto, porém, é de 11,7 milhões
de toneladas, o que resultaria num
déficit de 800 mil toneladas.
lPágina 31
Severino Goes
volvimento Econômico e
Social (BNDES) deverá
decidir nesta semana as regras
para o leilão de venda das ações
da Conepar, holding do setor
petroquímico que pertencia ao
Banco Econômico, liquidado pelo
governo brasileiro. Os quase 30%
de ações que a Conepar tem da
Copene, a central de matérias-
primas do Pólo Petroquímica de
Camaçari, na Bahia, representam
muito mais do que isso. “O leilão
da Conepar decidirá ofizturo ime-
diato do setor petroquímico no
Brasil ", afirma o ministro das Mi-
nas e Energia, Raimundo Britto.
Os grupos Odebrecht e Dow
Porto Alegre
0 Banco Nacional de Desen-
4'Chemical Co. sao os maiores
interessados. Quem controlar o
pólo baiano entraráfortemente
no mercado latino-americano. A
Odebrecht e o Ultra anunciaram
que têm direito de preferência
sobre as ações do Banco
Econômico no capital da
Conepar, que pertenciam ao
Banco Amer;`.:an Express, incen-
diando ainda mais a disputa.
O diretor-superintendente da
Copesul (central de matërias-pri-
mas do Pólo do Rio Grande do Sul),
Luiz Femando Cirne Lima, acusou
a Petrobrás de estar defendendo in-
teresses da Dow. A estatal e a em-
presa norte-americana são sócias
na Petroquímica Triunfo, que está
em litígio com a Copesul.
I Página 7
vas. O presidente do Banco Central
do Chile, Carlos Massad, garantiu
que seu país possui o maior nível
de reservas de toda sua história. No
Brasil, o presidente do Banco Cen-
tral, Gustavo Franco, está operan-
do pessoalmente junto ã mesa de
câmbio da instituição. Um alto fun-
cionário do governo brasileiro
garantiu a este semanário que “o
mercado não tenha dúvidas, novas
medidas serão tomadas se _a sel-
vageria continuar''.
IPág1`.uas 5 e 6
De la Rúa
quer mais
_.,
dialogo
Ana Gerschenson
Buenos Aires
Femando De la Rúa, govemador
de Buenos Aires, e um dos princi-
pais dirigentes da Aliança (UCR-
FrePaSo) que venceu as eleições
parlamentares na Argentina, de-
fende _um maior diálogo entre os
países do Meroosul, para evitar “os
mal-entendidos, por que há, atual-
mente, falta de previsão pelo gover-
no argentino, o que provocou, em
algumas oportunidades, estremeci-
mentos dentro do mercado co-
mum”. De la Rúa é uma das princi-
pais alternativas para integrar a
próxima chapa que a Aliança for-
mará para disputar as eleições presi-
denciais argentinas em 1999.
¡Piígina 8
Image-10
DE 3 A 9 DE NOVEMBRO DE 1997 a_ ia m O oâzrz-rA uEFicANT|L LATINO-AMERICANA u 11
L Lfl
(eonfinuciçcio do pcigino 10)
As negociações para a definição
de um regime de adequação para o
açúcar entre Argentina e Brasil, que,
de acordo com decisão do CMC de
dezembro de 1996, deveriam con-
cluir-se em 31 de maio, não super-
aram as divergências, impedindo a
obtenção de resultados concretos.
No final de maio, o Congresso ar-
gentino aprovou lei que condiciona
a eliminação (não redução) das
alíquotas de importação aplicadas
ao açúcar' brasileiro e o fim dos in-
centivos à produção de álcool no
Brasil. Na sua reunião de junho, em
Assunção, o GMC recebeu o re-
latório do Grupo “ad hoc” sobre o
açúcar, constatando que o' mandato
que lhe foi conferido pela Decisão
16/96 não pode ser cumprido.
0 As restrições “horizontais” de
acesso ao mercado brasileiro, em
função do desequilíbrio extemo da
economia do País. Suscitadas pela
edição da Medida Provisória 1569,de
março último, que restringiu o prazo
de financiamento das importações
brasileiras, as preocupações com esse
lema mobilizaram empresários e ne-
gociadores oficiais dos demais países
do Mercosul e somaram-se às outras
duas questões relacionadas a acesso a
mercados e condições de competição,
configurando, naqueles países, um
ambiente de opinião francamente
crítica ao projetode integração.
Do ponto de vista brasileiro, a me-
dida é essencialmente financeira e
visa reduzir as possibilidades de ga-
nhos do importador relacionadas
com a “arbitragem” pemtitida pelo
diferencial de taxas de juros intemas
e extemas. Ao ser apresentada como
medida de ordem financeira, a de-
:isão do Brasil apresentava pouca
flexibilidade para considerações
:omerciais, inclusive para tratamen-
:o diferenciado aos demais países do
Víercosul. As negociações intemas
io Mercosul pemtiliram chegar a um
Eordo provisório (válido até 31 de
lho) sobre um tratamento favorável
tos países do Mercosul (mais Chile e
šolívia), embora restrito a impor-
ações entre US$ 10 mil e US$ 40 mil
: a operações de financiamento com
irazos inferiores al 80 dias.
Os impactos da MP 1569, que
:xclui trigo, petróleo, bens de capi-
ale outros produtos relevantes na
iauta de exportação da Argentina
iara o Brasil, ainda não puderam
er avaliados, pois dependerão, em
grande medida, da disposição dos
›ancos financiadores de comércio
iara montar, para seus diferentes
lientes, esquemas de refinancia-
nento que pennitam minimizar os
feitos comerciais da medida. Cabe
egistrar que a_ União Européia e os
istados Unidos vêm contestando a
iedida brasileira e pedindo expli-
ações, na OMC, acerca do trata-
tento diferenciado concedido aos
arcei ros do Mercosul.
Na reunião do CMC, em As-_
mção, no mês de junho, o Brasil
rorrogou por três meses, a contar
Í I 7 r J I |_
s restrições brasileiras
¿__,_____. ¬___ _..- _... ._ __.. ----..- -_ -- -- --- ---------- ----_~ -- --" - - '-1
- - -3 := DGGISOGS 5 atendam, no processo de certi fi-
i¡Éi°'l'“'3z`-= liÊi'=Ê`¿_'Z|1i\I'_=L£= F2 .-Íwíiãiffii *I é"'ír I -'i-'i'~_'á' ';*`,`-\'-J 'à .:'-RT":'".fÊ" ""=Ã;'g -" PF */"`¬=‹¬'3+-f-.""""="*, _.`:`¡.'Í'1=' 1-'-Y+fz«ÉiÍ"iÉ;:4.Í .iii "¬z'~!5\`.¿f,”“;* É-:`+ E --11' 1, “ “D 1.3:-'FÃ-I'i - -' 'I -' ' if -- .E Ê*EÊ ~ .Iê¡` . `~:¬'H. -,">;: *i=`i':`É. I Ê'='=. '~ '-f : . às
, _\ _ . _. . ¬ ¬ z ' ¡
l I - u. ... ~'¬ - . ._ '-' ¬ ` - _. ¬- -_ _. . › -__ _ ...__ ..\ 1. -'l' `: .-.-- .f - \ - 5 '-
_ .,_ __”. “H , -. - ›- z gh 1; . 3;-.-` ¡...f.¬.›› '-:¡\:\'› .- I
E . . .- . . .'_ ._ ..|. .alfãfl .}..._- 1-E ._ z 'giJieliãifiš > _ . vn* . -i
treinamento aos inspetores dos
países exportadores, para que
.‹r"'V'_ Por outro lado, no mês de junho, a
,, *-zfiƒíãg i`iã*-;¡§-¿v;,ts;;i~*,i- r Argentina anunciou a_ instituição do
' ~“ Programa de Inspeção de Pré-em-
Vinhos 'Ê barque de Importações, que teria
___.._.-R.q_.-nu-nn:-ru-
areia.§.':.flft::;f..,,"“*".i>.:::,':ir°é':.*fââ venci- -fd-*S -ie =› -ffer-
gl dias, um projeto de lei qpe permita a _ _ila| 3° 3'"°°q"eS°"a(Íp°'Ê°'°"a`
internalização do Código itivimcola do Im °P°f¢mPf°535 PPV* a5°1`°'
` ' denciadas pelo govemo.Meucosut (res. 45/ss, ao GMC).
Medicamentos _ ' O custo do programa, de US$
0~Govemo brasileiro assumiu o oompromisso , 70 milhões anuais, será cobeflo
de mandar parao Congresso Nacional. em 30 P610 govemoi que O finandará por
dia' ,' ' dele' u I mtitaai intemaliza 'o . _
_. da sregltillsçläo do'-l%lEel£(ÊGSUL que regulgao Í~ m°'_° 9° aumemf' da 3"e°ad39a°` " do imposto de importação, porregistro óeâpmamosfamraoêmioos ires. 23195, z
meio até da cobrança de sobretaxa
de 0,5% do valor de parte das
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SifltëílP°$» _ _ _ .ri
,_ L 1 compras extemas. Segundo infor-,__, ,de em ãllçlias um,procedirnerrt _ d. das .
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_.su°:rev=e› 4-sait*-_efl.ri». 1 F, <'° Mflf<=°S"1 =S*flffl° 'sentes d°
~ 1, PABHÍUPUÍP da SPPTPÍHXH-
ii ii ÍÍÍÍ_ * ' -Osedois países assumiram compromisso de A 39° 9° _GMC› 3 -991083930 d°
reativar 0 grupo 'ad h0v"_ especifico que afitglša' aP'°”.'“°“ Pf°J.°*° de,'.;¿ apresentará umapmposta sobrea l¡be|?o_do Decisao com vistas a criar um
comércio açucareiro intra-MERC SUL. P .f,,.:,_, l mecanismo simplificado para 0
“Processo 'arru-dumping' li» J 51; -ff'‹ l - - - -;_z . _ _ ~ .r intercambio comercial de mer-
Have” 17903.99 '"|.°'"'a'‹i°°5-.de Í°"“a b'-latemlr .`~ cadorias 0¡-¡ ¡n¿¡-¡a5 dos Estados-
smânazaz-drama-. _ ““°"“'f°S°Pf°““”-"1*'SP°'P°'l"°'
- ›;.=1 ` " '. -F. > ' ' _'-. ~:.:-'. - ¬ .- - --
llrlr .".';z.-¬,›'
EiÊ,si..
.I-ÊÊlfi/
¡, 1' f nasemédias empresas. Apropos-
'- _ _ _ _ _ _ _ _ __ __ __ _ _ __ [3 ggfá analisada ng âmbiw dg
_ CCM, nos próximos meses.
da no argumento de que as expor-
tações dos países do Mercosul não
cumpriram nomias sanitárias e de
qualidade do país importador.
A solução consensual envolveu
a assinatura de um convênio es-
pecífico entre as partes, regulando
o sistema de inspeção e certifi-
cação na origem (Argentina,
Paraguai e Uruguai) dos produtos
c:l:meos e estabelecendo cursos de
: :._.'.':-r'l_:."5 L;_:': .-.> - - . _ '-:'zš'.- _ :-
de 3l de julho, o tratamento fa-
vorável concedido aos países do
Mercosul mais Chile e Bolívia, ar-
gumentando que a hipótese de dano
causado pelas restrições impostas
pela MP 1569 não se confirma, à
luz da evolução das exportações
dos demais países do Mercosul
para o BrasiL no período recente. A
demanda de tratamento excep-
cional para setores “estrutural-
mente afetados" pela MP será e- _
dado por ambos os govemos e le-
vado à ratificação do CMC.
Também na área de resolução de
controvérsias, a rápida superação
do impasse comercial decorrente
do recurso judicial interposto por
produtores pecuários no Chile con-
tra importações provenientes do
Mercosul é digna de registro. No
caso, a defesa do mercado domésti-
co contra importações foi respalda-
Políticas comuns
As preocupações com a eficácia
e a transparência da política co-
mercial do Mercosul, expressa
principalmente' por meio da Tarifa
Extema Comum (TEC), manifes-
taram-se, ao longo do semestre,
em três áreas de negociação:
(continuo no póglno 12)
xaminada caso a caso por uma -
çomissão específica criada, em ju-
nho, para esse fim.
Paradoxalmeute, em um semes-
tre em que as negociações acerca
do acesso aos mercados e das
condições de competição na sub-
região foram particularmente in-
tensas, o Mercosul assistiu, pela
primeira vez, ã atuação do meca-
nismo de solução de controvérsias
previsto no Protocolo de Brasília
Motivada pela inclusão, no
regime de adequação aplicável ao
setor de papel argentino, de produ-
tos que, segundo o Uruguai, não
reuniam os requisitos para sua in-
serção nesse regime, a controvér-
sia iniciou-se fonnalmente em
fevereiro de 1995, com a apresen-
tação de reclamação de empresa
uruguaia.
Os contatos bilaterais não tendo
alcançado o acordo, o CMC desi - `
nou, em confomiidade com o Prã- , ATUAÍ-|n:)DL|\/IA
tocolo de Brasília, um grupo de D¡ÇÁo “E E B GUIA DE AUTO
experts para arbitrar a controvér- Í E DO CH
sia. Antes do julgamento, em- 'N
presários dos dois países
,god num nenutumunulësuu lvllznuusul to
*--_.¡
BRASIL, AR(ÊEI\ITII\IA, PARAGUAI E IJRLJCÊIJAI.
Editado em português, espanhol, inglês, o Guia é uma publicação com informações importantes sobre
esse mercado e toda a sua estrutura organizacional, trazendo a listagem completa de nomes, cargos,
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iNClU
I TI 'l _
_ ..a economia do mercosul
___ r 7 _-_? __ 7 _ __ _ __ _ _r I* 7
Fundo Aduanerroomum
Sistemo evitorio 'o coloronçcr do TEC o um mesmo produto por mois de um pois
(conflnuaçoo do pogino 1 1)
o dos regimes especiais de impor-
tação: já emjulho de 1996, instituiu-
s_e, no âmbito da Comissão de
Comércio do Mercosul, um Comitê
Bpecial encarregado de analisar os
regimes vigentes, identificando os
produtos beneficiados a fim de
avaliar a necessidade de incorpora-
los à lista consolidada de produtos
sujeitos ao regime de_origem Mer-
cosul. Na reunião do GMC, de
dezembro de 1996, em Fortaleza,
instituiu-se ã CCM apresentação em
julho de 1997 de levantamento com-
pleto dos regimes vigentes. No en-
tanto, até a reunião do GMC, de 23 a
25 de abril de 1997, o comitê criado
na CCM não se havia reunido. Ao
mesmo tempo, as delegações de três
países-membros entendiam que o
GMC deveria ampliar o mandato
instruindo o estudo do efeito poten-
cial desses regimes e a análise pre-
liminar da conveniência de harmo-
nizar ou eliminar alguns deles, para
evitar a perfuração da-TEC.
Enquanto os resultados das nego-
ciações nesse campo parecem lentos,
o Paraguai editou, em 27 de feve-
reiro, o decreto presidencial 16.146,
que reduz a zero, até 01.01.99,
alíquotas de importação de insumos e
matérias-primas feitas por empresas
industriais e agropecuárias que te-
nham um programa de produção
apoiado pelo govemo. -De acordo
com a autoridade paraguaia, esse de-
creto representa, apenas, uma
equiparação aos mecanismos de estí-
mulo à competitividade industrial
concedidos pelos demais Estados-
membros do Mercosul (Gazeta Mer-
cantil, 28.04.97).
A delegação argentina no 'GMC
solicitou, na reunião de abril, a der-
rogação do decreto, mas o Paraguai
entende que o tema deva ser tratado
conjuntamente com os regimes es-
peciais de importação _dos demais
membros do Mercosul.
o Em relação aos assuntos adu-
aneiros: as carências de infra-estru-
tuia e de normas harmonizadas con-
tinuam a dificultar a adoção de pon-
tos de controle integrados de fron-
teira. A Declaração do Rio de
Janeiro, firmada pelos presidentes
da Argentina e do Brasil, estabele-
ceu a implementação parcial, a par-
tir de 7 de maio, de controles inte-
grados, em matéria migratória, adu-
aneira, fitossanitária e de transporte,
na fronteira Paso de Los Libres-
Uruguaiana, o principal ponto de
trãnsito rodoviário das mercadorias
transacionadas bilateralmente. Pre-
via-se, ainda, a operação, em prazo
curto, dos controles integrados em
Puerto Iguazu-Foz do Iguaçu.
A resoluçãg SI97 do GMC criou,
ainda, dois novos pontos de fron-
teira com controle integrado entre
Argentina e'Brasil, aprovando uma
vasta lista de pontos com essas ca-
racteristicas .
Na reuniao de Assunçao, em ju
' _ Editoria de Artafüazerta Irllortarlil Latino-Ameriema"“*--i=~r--r‹rgg;:='¬â'â2'°-~~-'---z~.¬wff-,rf __' - f --=-_- ---- f -- - - .-¬..--~. , - ' ^ - _ WF- _ _ gun.-r _-ru¬ ;¿_ - -zw , Í ___ z .-¡ - _-. --__ .¬- -..----_* _. _-_ __-__ - ,,._ _
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_ - . .. . -. - _. , .. :z . ' = ' ze . §-: = . .
POIIÍOS de ÍI'OI'ltQII'aS O0I'l'I OOIIÍIOÍGS IIIÍOQÍGÚOS IIO ÍIBIGOSIIÍ .
3:? ¿¿ .'.-_ L- -:›_`_`*¬:-f'-._ _ .P .,¡-.-. -'f‹:-' - -- .ñgñ -É
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Fonte: Anexo da Resolução N°B/97 do GMC
.nho, discutiu-se a criação de um
Fundo Aduaneiro Comum, que
funcionaria como um mecanismo
de alocação, entre os países-mem-
bros, das receitas geradas pela co-
brança da TEC por qualquer um
dos países. Com isso, evitar-se-ia a
cobrança da TEC a um mesmo pro-
duto por mais de um país e a exi-
gência de certificado de origem
para todos os produtos. A proposta
técnica de criação do Fundo ainda
não foi concluída, prosseguindo os
trabalhos sob responsabilidade dos
Bancos Centrais da sub-região.
Além disso, firrnou-se, pela de-
cisão l/97 do CMC, convênio de
cooperação e assistência recíproca
entre as administrações aduaneiras
'dos países do Mercosul, a tim de
combater os' ilícitos aduaneiros
(contrabando).
o Em relação aos regulamentos
sobre práticas desleais e salva-
guardas: após a adoção, em dezem-
bro de 1996, do Regulamento Co-
mum Relativo à Aplicação de Medi-
das de Salvaguardas Provenientes de
Países Não-Membros do Mercosul,
o Comitê Técnico n° 6 da CCM 'vem
desenvolvendo um projeto que esta-
belece as funções do Comitê de De-
fesa Comercial e de Salvaguardas
criado pela Decisão CMC n. 17196.
A esse c_omitê competirá avaliar a
existência de dano ou de ameaça de
dano grave, conduzindo a investi-
gação quando a adoção da medida
de salvaguarda for examinada para o
Mercosul como um todo.
No que se refere às práticas
desleais de comércio - subsídios e
'odumping -, o CT n 6 continua exa-
minando as propostas apresentadas
com vistas ã elaboração de um
regulamento comum.
Na área de defesa do consumidor,
o CT n°~' 7 da CCM pouco avançou
no primeiro semestre, na elaboração
de propostas para os temas não-con-
sensuais do protocolosub-regional,
tendo o GMC instruído, em sua re-
união de junho, à CCM' prioridade
para essa ques-tão, tendo em vista
sua relevância para a consolidação
e o aprofundamento da União Adu-
áneira.
Ao final do semestre, a impressão
predominante é a de um começo
lento nas negociações relacionadas
à implementação de políticas
comerciais comuns e à superação de
_-,znz-me _ za» -z
pontos autorizados pelo GMC
r r ` 1 . :
Ó' z
práticas e regimes que acabam por
afetar o livre fluxo de bens dentro do
Mercosul, assim como as condições
de competição vigentes na sub-
região.
Harmonização de políticas e apro-
fundarnentoda União Aduaneira.
O Programa de Ação pelo Mer-
cosul até o ano 2000, adotado pelo
GMC, em dezembro de 1995, esta-
belece, entre outras coisas, o apro-
fundamento da União Aduaneira
como uma meta do processo de in-
tegração. Temas como comércio
de serviços, investimentos, meio
ambiente, assuntos trabalhistas,
entre outros, fazem parte dessa
agenda, recebendo, porém, até o
momento, reduzida prioridade dos
govemos nacionais.
O tema do aprofundamento da
União Aduaneira voltou a ganhar
destaque na Declaração do Rio de
Janeiro, na qual se afirma que “o eixo
da estratégia do Mercosul 'deve pas-
sar por seu aprofundamento” em di-
reção ao seu “objetivo final”, que é a
.construção do Mercado Comum. O
mesmo tema é retomado na Decla-
ração Presidencial divulgada ao tér-
tnino da cúpula do Mercosul em As-
sunção, emjunho último, na qual o
aprofundamento da integração é as-
sociado, “entre outras iniciativas”, à
abordagem de áreas como serviços,
compras govemamentais e políticas
públicas que distorcem as condições
de concorrência.
Associando o objetivo do apro-
fundamento à preservação da iden-
tidade do Mercosul em um proces-
so marcado pelo regionalismo
aberto, a Declaração do Rio de
Janeiro elege _dois eixos para
avançar' na “obtenção de acordos":
o comércio de serviços, com vistas
a “uma crescente abertura do mer-
cado regional (...) aos fornece-
dores do mercado comum”, e as
compras governamentais.
O grupo “ad hoc” de serviços re-
cebeu instruções para concluir, até
o final de 1997, o Acordo sobre
Serviços, dando-se início, em l998,
à definição de compromissos nessa
área. Já a questão das compras go-
vernamentais será tratada pelo
grupo “ad hoc" sobre Políticas
Públicas que Distorcem a Competi-
tividade, tendo o GMC instruído oreferido grupo a elaborar e subme-
ter-lhe posteriormente proposta re-
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-ti -relação-do
i ' V (abril 97)-
. . _ . ¬__ .¡, _ :_
S
_, _
lativa ao modo de abordagem do
tema no âmbito do Mercosul.
Na reunião de junho do GMC,
este definiu os seguintes prazos para
que o Grupo “ad hoc” desenvolva
seus trabalhos, no segundo semestre
de 1997: defirrir, até 30 de setembro,
os conteúdos, critérios, metodologia
e procedimentos para o tratamento
do tema e, até 31 de dezembro, ela-
borar acordo sobre classilicação das
políticas públicas, programa de ne-
gociação e data de conclusão desta.
Em outra área, a decisão dos go-
vernos dos Estados-membros (e
mais a Bolívia) de transformar o
Fonplata em “Banco de Desen-
volvimento do Mercosul”, anuncia-
da em março último, reforça a
agenda do aprofundamento e pode
agregar ao processo de integração
uma nova dimensão, relacionada a
projetos e iniciativas cuja con-
cepção seja tributária de uma visão
fundamentalmente sub-regional.
Os objetivos do Banco' de Desen-
volvimento do Mercosul seriam: fa-
vorecer a consolidação da inte-
gração regional, que estará mais
bem configurada com um compo-
nente financeiro; mobilizar recursos
intemacionais em condições conve;
nientes para os seus prestatáriošf
atrair capitais de outros países e blo-
cos econômicos aproveitando, par-
ticularmente, o âmbito propício que
oferecem as negociações do Merco-
sul; intensificar as vantagens com-
petitivas sobre a base de um deta-
lhado conhecimento dos países da
sub-região; e atuar, de modo com-
plementar, com outros organismos
intemacionais de crédito na identifi-
cação e elaboração de anteprojetos,
co-financiamento e nas transferên-
cias de linhas de crédito.
Ainda na área institucional, a
Secretaria Administrativa do Mer-
cosul (SAM) entrou em funciona-
mento no primeiro semestre do ano,
tendo já editado o primeiro número
do Boletim Oficial do Mercosul. O
GMC aprovou,'em suas reuniões
nesse período, algumas regras bási-
cas para a contratação do pessoal da
SAM e para o seu funcionamento,
em termos administrativos.
Além disso, decidiu-se, em As-
sunção, em junho, restabelecer a
rotina de reuniões de ministros da
Economia e presidentes de Bancos
Centrais dos países do bloco, como
mecanismo de consulta e diálogo
entre os Estados-membros na es-
fera macroeconômica.
Nessa mesma área, a terceira re-
união plenária do Foro Consultivo
Econômico e Social do Mercosul
(FCES) reuniu-se em Assunção,
em abril, tendo produzido, nessa
ocasião, suas primeiras recomen-
dações ao GMC, relativas à estraté-
gia de negociação na Area de Livre
Comércio das Américas (Alca) e às
barreiras e restrições não-tariíárias
ainda vigentes na sub-região.
No que se refere à Alca, o FCES
defendeu a preservação das
preferências intra-Mercosul no
processo e a adoção da metodologia
de negociação por etapas; o fomen-
to da participação da-sociedade civil
nas negociações, por meio do Foro
Empresarial e do Foro de Entidades
Representativas dos Trabalhadores;
e a necessidade de reforçar a agenda
de aprofundamento e de integração
da infia-estrutura do bloco.
Quanto às barreiras e restrições
não-tarifárias, a FCES defendeu
diretrizes de harmonização ou a
eliminação dos entraves aos fluxos
de comércio intra-regionais,
apoiando, ainda, o estabelecimen-
to de mecanismo institucional de
consulta e coordenação a ser
acionado antes da implementação
de novas norrnas que possam re-
sultar em barreiras não-tarifárias.
Na área de meio ambiente, o Sub-
grupo de Trabalho número 6 discutiu
o documento “Protocolo Adicional
ao Tratado de Assunção no -Aspecto
Ambiental”, que trata dos instrumen-
tos jurídicos necessários a facilitar o
processode integração na área ambi-
ental e que deu origem à Recpmen-
dação 9/97 do SGT. Esse Protocolo
foi levado ã consideração do GMC,
na reunião de junho, em Assunfio,
tendo a delegação argentina solicita-
do prazo adicional para analisar r
docrrmento, que voltará à agenda da
proxima reunião.
Também no SGT número 6, em
virtude das diferenças entre as legis-
lações ambientais dos Estados-
membros, optou-se por discutir as
medidas consideradas restrições
não-tarifárias individualmente. `
Além disso, o SGT aprovou a
adoção das normas da série ISO
_l4(D0 como instrumento para facili-
tar o intercâmbio comercial entre os
países do Mercosul e como referên-
cia para a implantação de programas
de rotulagem ambiental (selos
verdes) em cada país do Mercosul.
Na área de educação, a Reunião
de Ministros do Mercosul aprovou,
em junho, o “Protocolo de Admis-
são de ,Títulos e Graus Univer-
sitários para o Exercício de Ativi-
dades Acadêmicas nos Países do
Mercosul”, enquanto, na área pre-
videnciária, permanece em suspen-
so a aprovação do acordo quadripar-
tite discutido, mas não aprovado, em
Fortalem, em dezembro último. I
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Mr ' o Mnrico
DE 3 A 9 DE NOVEMBRO DE 1997
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André Lacerda
Belo Horizonte
inas Gerais foi um dos
M primeiros estados a perce-
ber a força do Mercosul.
Logo após a assinatura do tratado
que deu origem ao bloco, chegou a
responder por l 1% das exportações
brasileiras para a região. O melhor
desempenho foi alcançado em
1993, quando as empresas mineiras
venderam US$ 599,7 milhões para
Argentina, Paraguai e Unrguai. Daí
em diante, a curva de exportações
despencou. No ano passado, Minas
participou com apenas 7,2% dos
US$ 7,3 bilhões que o Brasil
*andou a seus parceiros do bloco.
a direáo contrária, 0 estado pas-
sou a comprar cada vez mais dos
seus vizinhos: as importações
procedentes do bloco cresceram
52,5% entre 1993 e 1996.
O quadro mudou, e Minas Gerais
deverá este ano bater o recorde de
vendas ao bloco. Até setembro últi-
mo, foram exportados US$ 586,5
milhões. E mais do que a soma de
1996 e 52% acima das exportações
efetuadas entre janeiro e setembro
daquele ano. “E um dos melhores
resultados dos últimos quatro anos
de comércio do estado com o Mer-.
cosul”, avalia Elisa Maria Pinto da
Rocha, coordenadora do setor ex-
terno da Fundação João Pinheiro
(FJP). No primeiro semestre, a par-
:icipação das exportações de Mi-
ias no total vendido pelo Brasil
para o Mercosul galgou dois pon-
:os percentuais em comparação
:om janeiro a jullio de 1996, al-
:ançando 8,8%.
A retomada das vendas do esta-
lo para o bloco deve-se, em boa
parte, ao setor de material de trans-
porte e veículos. No primeiro se-
mestre do ano, o segmento somou
US$ 132 milhões ao superávit
mineiro com o Mercosul. Trata-se
de corrente de comércio ancorada
basicamente na Fiat Automóveis,
graças à integração das unidades
da empresa em Betim e em Córdo-
ba, na Argentina.`Sob impacto da
fabricação do Siena, iniciada em
dezembro passado, o equilibrado
fluxo de comércio da 'Fiat na
região deverá triplicar: este ano, as
exportações para o bloco serão de
US$ 300 milhões, em relação a
US$ 93 milhões em 1996.
Outro quinhão pode ser credita-
do na conta dos produtos alimentí-
cios, liderados pelo café: o produto
rendeu, entre janeiro e julho últi-
mos, US$ 940,3 milhões às expor-
tações globais de Minas. A soma é
duas vezes e meia superior às ven-
Í4 
1
› Exportações recorde para o bloco
Estodo volto o oumentor porticipoçõo nos vendors lorosileiros oo Mercosul
das realizadas em igual período de
1996. O aumento do preço do pro-
duto no mercado intemacional tam-
bém ajudou Minas a melhorar seu
desempenho dentro do bloco em
US$ 24 milhões.Foi também signiñcativa a con-
tribuição do fumo: as exportações
do estado para o Mercosul multi-
plicaram-se por quatro, quando
comparadas ao primeiro semestre
do ano passado. Também nesse ca-
so as vendas são concentradas. De
Uberlândia, no Triângulo Mineiro,
partiram US$ 16 milhões enrola-
dos em cigarros da Souza Cruz. A
recuperação das exportações
mineiras deu-se ã revelia do
tropeço de dois importantes itens
da pauta: minérios e têxteis, con-
fecções e calçados. “Em geral,
quando as exportações de minério
vão mal, todo o resto também vai
mal”, compara Elisa Rocha.
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A Argentina
Paraguai
Parszde destino Jan/Set'97i
(emuss m¡rnõês)~
Janlset 96
Não se pense, com isso, que Mi-
nas se despede de sua estreita de-
pendência em relação aos setores
tradicionais de sua economia, co-
mo a_ mineração e a indústria
siderúrgica. “Nossa pauta de ex-
portação reflete a base produtiva e
de recursos naturais do estado. E
preciso mais de uma geração para
que isso mude”, completa a
pesquisadora. Junte-se a isso a
timidez do empresário mineiro em
transpor as montanhas que cercam
o estado. “Os produtos tradi-
cionais de Minas chegaram ao seu
limite. E preciso retomar a busca
de novos mercados para artigos de
maior valor agregado, que deman-
dam esforço bem maior”, diz o
consultor Anderson Rossi, da
L.Rossi y Asociados.
Se não há ainda uma revolução
em marcha no estado, onde os pro-
dutos básicos respondem por 41%
L¿_¿.5¬---.I - - .._»_¿__ f ¡¿. . ¬..r- -~¿. ¡¡. _:_ .-§ `_:¬.¿...z - z ._ - . _ .._ . . ';_ Z L V:
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1996
rs de origem Jan/Set 97
Uruguai ,_ À ¿9.549
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494,966
54,137
37,408
28,072
40,725
Jan/Set 97
267,027
9,049
17 086
1 79,840
5,578
Fonte: Sec-exfDecexm|inisterio da Indústria e do Corrrércio do Brasil.
I
,_ -----eiëfrzfi^z.:“.›-=rez=¢=!¡s-4!* I- ¿, ij' .,-.:=.v.=.',..; -'f==_
317,481 432,752
38,844
53,033
1996
357,503
1 2,831
21,623
do valor exportado, começam a
pipocar na pauta de exportações al-
gumas novidades. Já chegaram, por
exemplo, às cozinhas argentinas os
exaustores fabricados pela Suggar
em Minas Gerais. O café colhido
nos 48 municípios da região do cer-
rado deve, em breve, debutar nas
prateleiras dos supermercados de
Buenos Aires. Poderá ser servido
junto .com os pães de queijo da
Fomo de Minas, empresa que fatu-
rará este ano US$ 40 milhões.
A pauta de produtos que Minas
compra de seus parçeiros do Mer-
cosul quase não se alterou nos últi-
mos anos. As máquinas, aparelhos
e instrumentos mecãnicos, basica-
mente para siderurgia e indústria
automobilística, representam 40%
do que é importado da Argentina.
Veículos e automóveis ocupam um
quinto do fluxo, pouco acima de
laticínios, com 17% do total. “Essa
é _uma estrutura que não muda
E=rfr‹=-rede Mefeazeia meant' lziifrzwmfrafra muito ao longo dos anos”, ressalta
-rf ~¿-.; "??§.. ."-ê;'a_.ê'z,z ._, aaaaa.z¿..=;:...¬z
Elisa Rocha, da FJP A Argentina
É-z :Pá . Eluxpide='.°°merc|°-7§:=- 'nas forneceu 92% dos US$ 195 mi-
lhões comprados ao bloco pelo es-
tado até setembro.
Na estreita fatia remanescente,
cabe ao Uruguai vender principal-
mente produtos de origem
primária - leite, carne e miudezas,
farinha de trigo e malte. Equi-
valem a 57% de tudo o que o esta-
do compra daquele país, de onde
ainda provêm obras de ferro fun-
dido (8,4% do total) e calçados e
artefatos, com 7,3%. O Paraguai
responde por 3% das importações
procedentes do bloco, com abso-
luta concentração em tecidos de
algodão: 90%, segundo a Fun-
dação João Pinheiro. I
7 7 7 “ _ L 7 7_ L _ *I
Image-'13
. .mmas no mercosul
Know-how mineiro para a Argentina
André Lacerda
Belo Horizonte
reativação da siderurgia ar-
A gentina nesta década tem
um pouco do know-how
mineiro. Privatizada em outubro
de l992,_ quando ainda se chamava
Somisa, a Siderar (Siderúrgicas
Argentinas) conta com a partici-
pação da Usiminas no seu capital.
A empresa mineira é dona de 5,3%
das ações. Cabe ao grupo Techint,
de origem italiana, a fatia ma-
joritária, de 89,8%, enquanto outra
gigante brasileira, a Companhia
Vale do Rio Doce, detém o per-
centual restante.
A participação da Usiminas na
recuperação da única siderúrgica
da Argentina se deu principal-
mente através do fornecimento de
assistência técnica. A parceria
movimentou a rota aérea entre San
Nicolás, onde está instalada a
Siderar, e Ipatinga, cidade mineira
que abriga a unidade industrial da
Usiminas. Nos primeiros anos
após a criação da Siderar contava-
se às centenas o número de técni-
cos em trânsito.
Embora mais tímido agora, o
fluxo ainda se mantém: hoje a
Usiminas cuida de assessorar' a
Siderar na área de segurança no tra-
balho. “Criamos uma parceria de in-
teresse estratégico, que ajudou a
reerguer a siderurgia argentina, em
vez de buscar uma guerra de preços
em que todo mundo perderia", diz
João Jackson Amaral, diretor de
comercialização da Usiminas;
A Usiminas se sente bastante à
vontade quando o assunto é sobre
tecnologias de fabricação de aço,
desenvolvimento de produtos e as-
sessoria de meio ambiente - espe-
cialidades largamente aproveitadas
pela empresa da' Argentina. A
Siderar fez bom 'uso desse
conhecimento. Depois de ver sua
produção despencar a quase zero
nas mãos de gestores estatais, fez
as pazes com _a eficiência e fabrica
hoje entre 2 e 2,5 milhões de
toneladas anuais de aço. A Siderar
consegue, com essa produção,
suprir toda a demanda a_rgent_ina e
ainda criar excedentes para expor-zzçâo. sf--.=;;
Ajudar a remontar 'o. potencial
siderúrgico da Argentina: fazia
parte dos interesses da empresa de
Minas Gerais quando embarcou na
privatização da Siderar. “É mais
lógico atender a América Latina do
que exportar para o Sudeste Asiáti-
co”, avalia Amaral. As exportações
da Usiminas para o país vizinho se
lirnitam a aços de aplicação especí-
fica, como os destinados à _fabri-
cação de tubo_s, sem similar no rol
de produtos da Siderar.
__ En»-'muzamroammumzzmrrf- 7- ..i'!"*.1"'- '-.'r*..'.f' - r-¬-_ ~-'z'¬ '-_ ~.-,--r ~¬- - -: f -.-- -- ._ ¬ _1- __ ,_ _ _._ - -
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Forno: Usiminas *até seternl:|ro_
Com a demanda interna
brasileira a temperaturas elevadís-
simas, a curva das exportaçoes da
Usiminas segue ladeira abaixo. Em
1996 foram 803 mil toneladas,
metade do que era há cinco anos.
Nos sete primeiros meses deste ano
o volume não passou das 382 mil
toneladas. “As vendas externas es-
tão em queda porque o mercado in-
temo está muito comprador.” Nun-
ca, nos últimos anos, a Usiminas
vendeu tão pouco para fora: as ex-
portações correspondem hoje a'
apenas 12% de sua produção. Nos
primeiros anos da década de 80 o
percentual chegava a 55%.
Atualmente a Argentina é o segun-
Aço inox no Mercosul
s cozinhas da Argentina e
Add Uruguai têm uma pitada
de tempero mineiro. Não se
trata, ainda, de um intercâmbio
culinário. Em baixelas e pias está
presente o aço inoxidável produzi-
do pela Acesita (Companhia Aços
Especiais Itabira), a única no conti-
nente a fabricar o produto. De todo
o aço inox consumido na Argenti-
na, 30% saem da Acesita, que tam-
-bém fomece 75% do produto usado
no Uruguai (exceto para a fabri-
cação de tubos). '
O Mercosul absorve hoje 30% de
tudo o que a Acesita vende ao exten-
or, cerca de 9 mil toneladas de aço
inoxidável por ano. Em l996, a Ace-
sita exportou US$ 23,9 milhões para o
bloco. Quase 86% foram destinados ã;
Argentina, que também consome
chapas elétricas da empresa mineira
Bloco obsorve 30% dos exportações do Acesito
Essa é uma relaçao que vem se
aprofundando nos últimos dois
anos. Em 1995, a Acesitajuntou-
se ao grupo Pell Hermanos para
criar a Acesita Argentina, respon-
sável por comercializar naquele
país os aços produzidos em Itabi-
ra, Minas Gerais. Os brasileiros
detêm 30% ' da sociedade; o
restante da participação acionária
cabe aos parceiros locais. Quando
se considera apenas o mercado de
tipos de aço em que a Acesita atua,
a meta é atender a 70% da deman-
da argentina até o final de 98.
“Estamos dando maior im-
portância ao Mercosul. Argentina
e Uruguai são hoje considerados
mercados domésticos da Acesita”,
diz Luiz Ricardo de Souza, ge-
rente de exportação de aço inoxi-
dável da empresa. Ser tratado co-
mo mercado doméstico significa
ter a mesma prioridade de fomeci-
mento que os consumidores
brasileiros, explica ele. No
Uruguai, para onde a Acesita em-
barca 900 toneladas de aço inox
por ano, o atendimento é feito
através de um representante.
A participação do Mercosul nas
exportações deve cair para 25% do
total, estima Souza, e, a intenção da
Acesita é tentar se apossar de merca-
dos atualmentedistantes de suas
possibilidades. E o caso, por exem-
plo, dos Estados Unidos e de outros
países daAmérica Latina. A siderúr-
gica aposta nos ganhos compara-
tivos, como, por exemplo, a posição
geográfica em relação a- seus princi-
pais concorrentes, as siderúrgicas
européias, sul-africanas, mexicanas
e espanholas. (A_L_) rs
_.. . ,__-_ . _ __ _ _.-,.¡.¿. ._ _;
1995. z _-_--.~.z-. .19961-.zw ..¬z.=
'‹.`* . -!- .".'f . " -'”:."".' r :É-"-"`:r¿r4_""'-‹!¬Ê '- : :' -?':' I ' C'
do maior cliente extemo da Usimi-
nas: comprou 66,7 mil toneladas de
aço ao longo dos sete primeiros
meses deste ano. Embora perca ape-
nas para os Estados Unidos, que
adquiriram 20% das exportaçõrs da
Usiminas, o mercado argentino não
comporta., por ora, rnais nenhumqui-
lo de aço. A América Latina res-
ponde por 36% do que a empresa
vendeu para o exterior e que lhe ren-
deram US$ 194 milhões até setem-
bro. No continente, Chile e México
são outros parceiros importantes.
O cochilo da siderurgia brasileira
acabou beneficiando os produtos
oriundos da União Européia. “A
verdade é que a siderurgia nacional
u _- ; '_ _.1i.1r'._'-.~ _-;"_'i,c= 1,'-`§}“-gi-'§~'¿,f‹_
- _ - 2.' - '_ .-. _- .¬-..'¬'r z . --›_- -- _- 33? az t
nao está tendo capacidade de aten-
der à demanda interna", reconhece
o diretor da Usiminas, que produziu
3,7 milhões de toneladas de aço e
faturou R$ 2 bilhões em 1996. A
empresa mineira forma com a
Companhia Siderúrgica Nacional
(CSN) e a Cosipa, da qual é contro-
ladora, o triunvirato da siderurgia
pesada brasileira, responsável pela
produção de cerca de 1 1 milhões de
toneladas anuais de aços planos.
João Amaral prevê novo fôlego
para as exportações da Usiminas a
partir do início da construção do
gasoduto Brasil-Bolívia e sua de-
manda de 235 mil toneladas de aço.
As vendas extemas devem passar a
consumir 20% da produção da com-
panhia. A Usiminas, junto a outras
grandes siderúrgicas latino-ameri-
canas, pode disputar a venezuelana
Sidor, prestes a ser privatizada.
“Vamos participar, mas é difícil
dizer que nosso interesse é operar”,
comenta o executivo. `
A Usiminas tem em andamento
investimento de US$ 1,3 bilhão
para instalação de um novo lami-
nador. Penrritirá à empresa
fornecer chapas galvanizadas para
a indústria automobilística,
segmento em que a siderúrgica de
Minas Gerais já trafega com desen-
voltura. Seus produtos dominam
hoje 65% do mercado no setor. I
Andrade Gutierrez em
fase de reestruturação
I
possível que entre todas as
E empresas mineiras com atu-
ação no exterior, um dos
nomes mais lembrados seja o do
grupo Andrade Gutierrez (AG),
exibido, por exemplo, nas placas
da hidrelétrica de Itaipu e suas 18
turbinas de 700 megawatts cada,
ainda hoje a maior do mundo. Atu-
almente, a companhia atravessa
uma das mais decisivas fases de
seus 49 anos de história: optou por
reestruturar sua área intemacional,
concentrando sua atuação no con-
tinente latino-americano.
O grupo ainda não definiu como
ficarão suas atividades interna-
cionais. Apenas se sabe que a'
América Latina interessa, e muito.
A empresa tem hoje em andamento
duas obras de vulto no Mercosul.
No Paraguai, constrói 56 quilôme-
tros da estrada que liga as cidades
de Pilar e San Ignácio. As obras do
trecho, equivalente a pouco mai;
de um terço da extensão total da
rodovia, devem ser concluídas em
junho do próximo ano.
Em Alto Cachapoal, no Chile, a
AG integra empresa de três sócios -
junto com Vattenfally, da Suécia, e
NRG Energy, dos EUA - responsá-
vel por implantar um complexo
hidrelétrico com 368 megawatts de
capacidade instalada. Serão duas
unidades geradoras, com a primeira,
de 195 'megawatts de capacidade, en-
trando em operação no ano 2000
para atender ã demanda da Codelco,
produtora chilena de cobre. As obras
civis ficarão a cargo da Construtora
Andrade Gutierrez. (A_L.) E
Muilincâciorral procura execuiivos que não falem um irliomu... A i
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Idiomas 1. Traducões _ Publicacões
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I .
oEa As oE Novemeao DE 199? GAZETA MEacANT|L LAT|Nc>AMEa|cANA¡ 15
Fiatatrai fornecedores Msfcfides Spfífltfif
O mesmo progromcr é adotado em Betim e Córdoba Qntfa p()I' Juiz de, FOÍH,
André Lacerda
Belo Horizonte
o começo da década,`a Fiat
N Automóveis colocou em
marcha um programa de
atração de fornecedores para as
cercanias de sua fábrica em Be-
tim. Batizado de “mineirização”,
o projeto foi coroado com êxito.
Hoje, são 71 empresas instaladas e
recolhendo impostos para os
cofres do estado. Situação
semelhante está acontecendo em
Córdoba, na Argentina, onde a
empresa fabrica o Siena, modelo
três volumes da família 178, que
deu origem ao Palio.
Para as proximidades da
unidade argentina, inaugurada em
dezembro do ano passado, já se
dirigiram até agora trinta fomece-
dores, capacitados a colocar os
componentes dentro da fábrica no
sistema just-in-time. E a “cordo-
bização”. Hoje vêm de Córdoba
os Siena comercializados no
Brasil. A linha de montagem ar-
gentina funciona ao ritmo de 350
unidades por dia. Em meados do
próximo ano, a média diária de-
verá estar batendo em 500 a 550
veículos. “Trata-se de uma fábri-
ca preparada para produzir 1,1
mil carros, desde que sejam feitos
novos investimentos”, afirma
Jonas Carvalho, diretor de com-
pras da Fiat. _
Toda a ação da Fiat no conti-
nente é controlada a partir de Be-
tim. Estratégias e comando são
traçados na mesa do engenheiro
Giovanni Razelli, o todo-
poderoso superintendente da
montadora.-Tudo isso porque o
primeiro carro mundial da marca,
o Palio, foi totalmente desenvolvi-
do em Minas e lançado aqui em
abril do ano passado. Em Betim,
flnll-V
Giovanni Hazelli
na região metropolitana de Belo
Horizonte, são fabricados atual-
mente 2.300 carros por dia - dos
quais 65% Palio e a station Wagon
Weekend. Esses números aju-
daram a Fiat a bater, em setembro,
seu recorde de venda de au-
tomóveis no Brasil. A Fiat Au-
tomóveis fatura US$ 6 bilhões por
ano no país.
As capacidades de produção de
Córdoba e Betim são integradas, o
que significa dizer que a Fiat dire-
ciona para cada uma delas deter-
minada linha de produtos, embora
as fábricas sejam altamente
flexíveis. “Amanhã podemos fazer
Palio e Siena em qualquer uma das
duas”, diz Carvalho. De Minas
seguem, por exemplo, peças es-
tampadas e conjuntos. E, da Ar-
gentina, vêm os motores. “Tudo o
que não é conveniente produzir
num lugar é feito no outro.” O que
não muda, porém, é base tecnoló-
gica das duas linhas. A Fiat repete
na Argentina suas bem-sucedidas
estratégias de associações colo-
cadas em prática no Brasil.
“Estamos otimizando para que,
X21 I" El
%
com a especializaçao, façarnos uma
produção mais centrada e seleciona-
da”, explica Carvalho. A estrutura
da Fiat no continente se completa
com a unidade.da Venezuela, onde
são montados Palio e Siena em
regime de CKD. Para lá seguem
peças suficientes para a montagem
de 100 carros por dia, ritmo que
tende a crescer pelo menos 50%
com a linha de Córdoba funcionan-
do a pleno vapor. Há ainda um
narnoro da empresa com o México,
considerado a porta de entrada do
mercado 'norte-americano.
A estratégia de produção da Fiat
rendeu mais frutos para o setor de
autopeças, um dos que mais
crescem hoje no Estado de Minas
Gerais. Algumas das marcas ins-
taladas em Betim atravessaram a
fronteira e chegaram também a
Córdoba, como a Soplast e a_ Uni-
vel, do grupo Valeo. “Quem tra-
balha no projeto 178 está habilita-
doa atuar em nível global com a
Fiat”, comenta o diretor de com-
pras da montadora. Há os casos
em que se aproveita a sinergia en-
tre uma empresa global, uma em-
presa local e outra com atuação
num terceiro lugar. _
A partir do próximo ano, o Es-
tado de Minas Gerais deve pas-
sar a ter peso ainda maior no
mundo Fiat. Prevê-se que já em
meados de 1998 comecem a ser
produzidos os primeiros comer-
ciais leves da nova fábrica da
empresa em Belo Horizonte - in-
vestimento de US$ 200 milhões.
M`as nao é só. Em 1999, uma no-`
va unidade em Betim produzirá
motores de nova geração, consti-
tuindo-se numa base de expor-
tação e também em mais um
fornecedor mineiro para a
família Palio. I
" usto es d Suggar
|\/Ioior porte clcrs exportoçoes voi porror cr Argentino
consumidor argentino
O talvez não saiba, mas quan-
do compra exaustores das
marcas Styllo, Zenith, Pardo e
Domec está levando para casa pro-
dutos genuinamente mineiros. As
três marcas apenas rotulam as
mercadorias fabricadas em Belo
Horizonte pela Suggar. As expor-
tações começaram no início desta
década e devem render este ano
US$ 4 milhões ã empresa de Mi-
nas Gerais. Desse total, 75% vêm
da Argentina.
O acordo de comercialização
dos produtos Suggar em ter-
ritório argentino garante, segun-
do Lúcio Costa, o proprietário da
empresa, assistência técnica e
maior facilidade de penetração
dos exaustores no mercado. Na
mão contrária, chegam a Minas-
Gerais as centrífugas secadoras
da Godini, de Córdoba, vendidas
aqui com a marca Suggar e com
padronagem ao gosto do freguês
brasileiro. Ao ritmo anual de 12
mil peças, geram um fluxo de
US$ 3 milhões.
Embora também comercialize
fogões, secadoras, máquinas de
lavar roupa e fornos elétricos, a
Suggar fez sua fama com os
exaustores para cozinha. Criada
19 anos atrás, a empresa já é dona
de 74% do mercado desse produ-
to no Brasil. “Suggar é hoje
sinônimo de exaustor”, diz Costa.
A empresa prevê um faturamento,
este ano, de US$ 104 milhões. As
exportações devem ser ligeira-
mente menores do que as de 1996
(US$ 4,2 milhões) por causa,
principalmente, da concorrência
de marcas italianas.
Os exaustores são os líderes de
exportação da empresa: para fora
do Brasil seguem 24,2 mil
unidades por ano. Paraguai, Portu-
gal e países do Caribe também
compram secadoras, que respon-
dem por 15% das vendas extemas.
O ecletismo da marca não pára nas
cozinhas. A empresa aproveita a
ociosidade de parte de seus
galpões na capital mineira para
fabricar peças inj etoras terrnoplás-
ticas para a Fiat Automóveis. São
600 mil unidades por ano desti-
nadas à linha do Palio. (A.L.) I
Mercedes-Benz está
A usando Juiz de Fora, na
5 Zona da Mata de Minas
Gerais, como porta de entrada
no Brasil dos veículos comerci-
ais leves produzidos pela fábrica
da marca na Argentina. Seguin-
do o protocolo de intenções fir-
mado entre o governo mineiro e
a montadora, que definiu a es-
colha do estado como desti-
natário do investimento de US$
820 milhões da empresa alemã,
as importações de Sprinter pro-
duzidas no país vizinho estão
sendo internalizadas naquela
cidade. Em Juiz de Fora, a Mer-
cedes ergue atualmente sua
fábrica de 70 mil veículos anu-
ais, _que_ produzirá o primeiro
carro, do modelo Classe A, em
dezembro do próximo ano.
Entre janeiro e outubro deste
ano, 6 mil Sprinter desembar-
caram no país através da cidade
mineira. Até o final do ano serão
mais 3 mil. Em 1998, _segundo in-
forma a assessoria de imprensa da
Mercedes-Benz, deverão ser im-
portadas 12 mil unidades. Para
serem comercializadas, os veícu-
los passam por um centro de
preparação instalado próximo ao
terreno onde está sendo construída
a montadora e utilizado para 0 re-
cebimento dos carros._ (A.L.) I
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I
16 n GAZETA MERcANr|L LATINO-AMEFHCANA ln I s m uI DE 3 A 9 DE NovEMeno DE 1997
André Lacerda
Belo Horizonte
- istura de queijo, polvilho,
M leite e ovos, o pão de quei-
jo é uma das mais apreci-
adas iguarias da culinária de Minas
Gerais. Era, até pouco tempo, espe-
cialidade de avós zelosas e hábeis
na cozinha. Congelado, hoje faz a
festa de cafés da manhã, lanches e
coquetéisde qualquer amador em
forno e fogão. Em 1998, a Fomo de
Minas, maior fábrica de pão de
queijo congelado do Brasil, pro-
mete.fazer os consumidores latino-
americanos também reféns de seus
quitutes.
O primeiro país-alvo no conti-
nente será o Peru. “Estamos nos
'finalmentes'”, diz o gerente com-
ercial e de marketing da empresa,
Rogério de Andrade Botelho.
Pesquisas de mercado já
mostraram a cara do público-alvo e
em que nichos 0 produto da Fomo
de Minas deve ser saboreado. “De
uma forma geral, o pão de queijo é
uma grande novidade para o con-
sumidor de fora do Brasil. Mas, co-
mo leva queijo, é bem recebido.”
Logo a seguir na lista de priori-
dades está a Argentina, provavel-
mente o segundo alvo da investida
no continente. O produto já foi
registrado no país; o contrato com
o distribuidor está acertado e a
embalagem, pronta. “Esse é um
trabalho caro e demorado. Acredi-
tamos que volumes consideráveis
de venda só mesmo a partir do se-
gundo semestre do próximo ano”_,
diz Hélder Mendonça, propri-
et-ário da Forno de Minas.. Antes
disso, com sua fábrica a pleno 'va-
por, Mendonça se voltará para os
consumidores de São Paulo e do
Ri_b de Janeiro.
0 /A receita da vovó
A marca tem hoje mais de seten-
ta representantes espalhados pelo
Brasil, onde já é distribuída em 23
dos 27 estados. Além disso, a em-
presa acaba de abrir sua filial em
Fortaleza. a quinta - as outras es-
tão em Brasília, São Paulo, Rio de
Janeiro e Salvador. “Não nos pre-
ocupamos em levar nosso pão de
queijo. Os prováveis parceiros
acabam conhecendo-o aqui mes-
mo em Minas”, diz Botelho.
Até agora, no exterior, apenas
italianos provaram o sabor do
quitute mineiro. Para o país foram
exportados dois contêineres: o
primeiro com 5 toneladas e o se-
gundo com 11 toneladas. A partir
de agora os embarques devem pas-
sar a ser regulares e, dentro de
pouco tempo, o pão de queijo da
Forno de Minas desembarca na
Austrália pelas mãos de dois repre-
sentantes brasileiros. Entretanto, a
prioridade no próximo ano, salien-
ta Botelho, é 0 Mercosul.
Para isso, a empresa conta com a
ampliação de sua capacidade d_e
produção. A partir de dezembro
estarão saindo da fábrica da Fomo
de Minas, na região metropolitana
de Belo Horizonte, 45 toneladas de
pão de queijo - todos os dias. Com
R$ 3 milhões foi possível multi-
plicar por dois a capacidade de
produção, estrangulada depois de
sete anos de atividade da empresa.
A nova fábrica terá fôlego para
fabricar 80 toneladas diárias de
pão de queijo.
Quando o jovem empresário
Hélder Couto Mendonça co-
meçou a comercializar a iguaria -
a partir da receita de sua mãe, em
1990 - a Forno de Minas produzia
apenas 40 quilos por dia. “Era
quase experimental”, lembra. A
mistura exata de queijo e polvilho
(farinha preparada com base na
mandioca) da receita de dona
Maria Dalva fez crescer a massa
de dinheiro da empresa. O fatura-
mento deverá atingir R$ 40 mi-
lhões este ano - dez vezes mais do
que há três anos e quase o dobro
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L _ .
Cafe do cerrado chega
a gôndolas argentinas
consumidor argentino
O poderá em breve encontrar
nas gôndolas de supermer-
cados pacotes de- café torrado a
partir dos melhores grãos colhidos
no planeta. Os produtores do cer-
rado de Minas Gerais - 48 municí-
pios do Triângulo Mineiro e Alto
Paranaíba - estão fechando com o
grupo torrefador argentino
Cabrales, de Mar del Plata, contra-
to.para a comercialização do café
da região no país vizinho.
E a primeira vez que o café do
cerrado chegará a prateleiras inter-
nacionais' identificado por um selo
de procedência. Quem comprá-lo
poderá degustar bebida de quali-
dade máxima, segundo atestam os
concursos anuais da italiana Illy-
cáffè. Os grãos do cerrado
chegaram na frente em todas as
sete avaliações feitas pela empresa
no Brasil desde o início da década.
Atualmente, a Expocaccer, em-
presa de 'exportação criada pelo
Conselho das Associações dos
Cafeicultores do Cerrado (Cac-
cer), já vende café em grãos para a
Argentina. Quinzenais, os embar-
ques vêm sendo realizados há um
ano, importados pelo grupo
Cafecol. Em 1997 seguiram para
lá 6,8 mil sacas.
O café colhido no cerrado
mineiro - estado responsável por
40% da produção do Brasil, líder
no ranking mundial da cultura -
ainda é mínimo no mercado ar-
gentino. O país, acostumado a
grãos de café de qualidade nunca
acima de mediana, consome 550
mil sacas por ano. Um terço desse
total é comercializado pela
Cabrales, futura sócia dos
mineiros.
O Caccer, união de associações
de produtores que ajudou o cerra-
do a galgar o mercado cafeeiro
mundial, pretende ver pelo menos
10% do mercado argentino con-
sumindo seus grãos. “Nosso con-
trato com a Cabrales é um bom
caminho para conseguirmos isso
em cinco anos”,- avalia Sebastião
Martins Ribeiro, presidente do
Expocaccer. A empresa mineira
está iniciando embarques também
para o Japão, onde, com a
chancela do selo de qualidade da
Illycaffè, vai atuar no mercado de
cafés especiais. (A.L.) I
Resende aposta em
carne industrializada
Resende Alimentos
prepara-se para entrar no
emercado argentino d
carnes industrializadas. A em-
presa, sediada em Uberlândia,
está finalizando contrato para
fornecer frangos empanados
para uma rede de “fast food”
com atuação na Argentina. “De-'
vemos finalizar as negociações
este mês e abrir um novo merca-
do para nossos artigos”, diz José
Henrique Torquete Miralha, res-
ponsável pela área de produtos
de consumo da empresa. A Re-
sende não revela o nome de seu
provável cliente, com o qual
poderá -vir a trabalhar também no
Brasil.
Os frangos empanados vão
tornar-se apenas mais um item
na pauta de exportações da em-
presa mineira. “Todo produto de
praticidade tem seu lugar e estas
serão nossas grandes novidades
para o Mercosul”, diz Miralha.
Com avançado “know-how” de
genética avícola, a Resende
fornece metade das matrizes de
corte - que dá origem ao frango
que será engordado - usadas no
mercado brasileiro. A liderança
mundial do Brasil na atividade
coloca a Resende em posição
igualmente destacada.
Um décimo das vendas de ma-
trizes, ovos férteis e ovos SPF
(para a produção de vacinas) da
Resende segue para o exterior.
Argentina, Bolívia e Chile são os
maiores clientes no continente,
de onde provêm US$ 3 milhões
do faturamento anual da empre-
sa. A Resende faturou, no ano
passado, US$ 170 milhões e pre-
vê que este ano US$ 250 milhões
entrem em caixa. A lista de arti-
gos exportados pela empresa
completa-se com óleo de soja e
tocofenol - outro derivado da
oleaginosa.
A estimativa da Resende é de
que, a partir do próximo ano, so-
brem mais frangos e suínos para
exportar. A projeção resulta da
entrada em operação do novo
abatedouro da empresa, com ca-
pacidade para processar 50 mil
toneladas de carne industrializa-
da e produzir 100 mil toneladas
de carne “in natura” ao ano. O
investimento permitirá à empre-
sa colocar cerca de 150 novos
tipos de produto nas prateleiras
de supermercados. A nova
unidade ainda está funcionando
com um quinto de sua força total
e só deverá estar trabalhando a
plena capacidade dentro de três
anos. (A.L.) I
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DE a A 9 DE Novervieno DE 1991 É If' GAZETA MEi=icANT|L LAT|No-AiviER|cANA u 17
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+ -vcachaç servida comcharme
Associaçao de produtores preserva forma artesanal de fabricar a bebida
Andre Lacerda
pisco. O México, tequila, e
Minas Gerais, cachaça. Be-
bida alcoólica destilada feita a partir
do suco da cana-de-açúcar fermen-
tado, a cachaça conservou em Minas
sua mais cara tradição: _o envelheci-
mento em tonéis de madeira por
processos estritamente artesanais,
sem a adição de componentes
químicos. Ganhou, com isso, a
condição de aguardente de melhor
qualidade feita no Brasil. Misturada
ao limão, dá vida à caipirinha, bebi-
da brasileira típica.
Atualmente existem duzentas
marcas de cachaça em Minas Gerais,
onde são destilados 120 milhões de
litros por ano. Pode parecer muito,
mas é apenas uma gota no mar de 2
bilhões de litros que o Brasil produz.
Um litro de cachaça mineira, destila-
da nos moldes tradicionais, não sai
por menos de US$ 6 - o dobro da
média das carrinhas produzidas nas
grandes fábricas de São Paulo e do
Nordeste brasileiro. Há aquelas sem
concorrência, como a Havana: desli-
Belo Horizonte
% Escócia tem uísque. O Chile,
“I
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ladas em Salinas, no norte do estado,
cada uma de suas 7 mil garrafas (600
mililitros) feitas por ano chega a ser
arrematada por até US$ 70.
O Brasil exportou, nos sete
primeiros meses deste ano, 8,6 mil-
hões de litros de cachaças e canin-
has, que renderam US$ 6,84 mil-
hões. Do total vendido ao exterior,
Minas destilou apenas 592 litros. As
exportações brasileiras têm o
Paraguai como o principal consurni-
dor - um terço do total -, seguido do
Uruguai, que bebe 18% da
aguardente vendida pelo país;
O_s produtores mineiros fizeram a
opção por organizar primeiro a
própriacasaparasódepois pensarem
vender aos estrangeiros. “Temos a
cautela de, quando formos ao exteri-
or, chegar para ficar, e não só mandar
nossas cachaças para que elas em-
poeirem nas prateleiras”, explica o
presidente da Federação das Associ-
ações Mineiras de Produtores de
Cachaça de Qualidade (Ampaq),
Walter Caetano Pinto. O estado só
estará apto a exportar, segundo ele,
na virada do riiilênio, mesmo assim
sem fazer muita força: “Somos muito
 ma volta ao passado
Facit exporta as antigas maquinas de escrever manuais
era da informática está
A lançando no buraco negro
da extinção produtos co-
mo as máquinas de escrever
manuais. Mas não em Minas
Gerais. Daqui ainda saem algu-
mas das meio milhão de
unidades fabricadas anualmente
no mundo. A Facit, antiga sub-
sidiária da Facit AB da-Suécia,
produz em Juiz de Fora 40 mil
máquinas por ano. Do total, 60%
seguem para o exterior - princi-
palmente países da Asia e Africa
- e rendem R$ 5 milhões para os
combalidos cofres da empresa.
O Mercosul compra cerca de
2.500 unidades por ano.
Embora à primeira vista esse
pareça ser um mercado mori-
bundo, a Facit aposta em outro
cenário. “Hoje se fala numa
perspectiva de mercado de, no
máximo, 15 anos. Mas no final
dos anos 70 estimava-se que
não chegaríamos ao final do
século”, contesta Francisco
Abrantes, diretor financeiro da
empresa. As máquinas de escr-
ever têm pelo menos mais cinco
anos pela frente, prevê ele. “O
mercado vai diminuir, mas algu-
mas empresas ainda vão ficar
por mais tempo.”
Segundo Abrantes, além da Fa-
cit apenas duas empresas ~ a
Olímpia no México e _ outra
unidade da marca sueca na India -
continuam a produzir máquinas
de escrever manuais. Chineses
também têm uma linI1a, mas para
a fabricação de máquinas
portáteis. No ano passado, a
Olivetti tomou-se a última grande
empresa a pular fora do barco do
setor. A fábrica de Juiz de Fora
também pro-
duz 25 mil
mimeó-
grafos a
álcool por ano.
Cerca de cinco anos atrás, a Fa-
cit percebera que, se tentasse
seguir em frente apenas com suas
máquinas de escrever, teria pro-
blemas. Por isso, voltou-se para a
produção de autopeças, de onde
provém hoje um quarto do seu fa-
turamento - R$ 13 milhões no
ano passado. Fornece atualmente
para a linha do Palio, o carro
mundial da Fiat, para a Iochpe e
para a Sivef. Mas sonha mesmo é
com a Mercedes-Benz, a qual
proveria com peças estampadas.
“Nossa grande expectativa é a
Mercedes”, diz Abrantes.
Para tanto, tenta negociar a en-
trada de um sócio na empresa.
Não há restrições. “Aceitamos
qualquer tipo de coisa", diz o di-
retor da Facit. O motivo do
aperto é a singular situação
da empresa, administrada em
regime de autogestão depois
de quase ter sucumbido nas
mãos da Sharp, que com-
prara a fábrica dos suecos.
As dificuldades acumuladas
na época da gestão anterior
ainda não deixaram a empresa
navegar no azul. No ano pas-
sado teve prejuízo de R$ 500
mil e este ano o resultado ain-
da não ser positivo.
O Mercosul pesa pouco no que
a Facit exporta. Paraguai e
Uruguai sequer compram da em-
presa. A Argentina é oparceiro
significativo no bloco. E um am-
biente bem diferente do de um
outro país consumidor, a ln-
donésia. Lá 70% das moradias não
têm energia elétrica e uma
máquina de escrever ainda é capaz
de quebrar um bom galho. Mesmo
no Brasil as administrações públi-
cas ainda enviam máquinas para
repartições espalhadas pelo interi-
ordo País. (A.L.) - _I
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bem pagos no mercado intemo”.
A explicação para o zelo é que
caninhas e aguardentes industriais
estavam manchando a boa fama dos
produtores. A diferença entre um
litro de cachaça artesanal e um de
industrial está basicamente no
processo. No primeiro caso, leva-se
de 15 a 40 horas para transformar o
suco de cana-de-açúcar - que não
pode ser queimada - em bebida al-
coólica, sempre em aiambiques de
cobre. Nas fábricas, tudo não gasta
mais do que duas horas.
Em seus dez anos de existência, a
Ampaq selou 40 marcas mineiras
com certificado de garantia de quali-
dade, seleto clube cujas portas só se
abrem depois de uma rodada de
provas ecornaoenezadequeo ritual
de fabricação artesanal foi respeita-
do. O comitê de qualidade inclui des-
de técnicos agrícolas a químicos e
degustadores. Minas está mnobando
sofisticação no quesito: foi o
primeiro estado brasileiro a formar
uma equipe sensorial de provadores
de cachaças, habilitada na Fundação
Centro Tecnológico (Cetec).
Cada um dos selos atestando a
qualidade que envolve as garrafas
de cachaça rende dinheiro para um
fundo administrado pela Ampaq
para promover a bebida. “Res-
gataram-se o produto e o produtor”,
diz Caetano. Os 8 mil cachaceiros
mineiros dão emprego, segundo es-
tima a federação, a 120 mil pessoas.
A média anual de produção é de IS
mil liuos. Sob os efeitos da cachaça
mineira, o Ministério da Agricultura
do Brasil desenha um programa na-
cional para aprimorar a produção da
bebida em todos os cantos do país.
Os próximos passos da Ampaq
serão a certificação por idade e por
origem, mais identificada pelos
efeitos do uso de diferentes madeiras
nos tonéis de envelhecimento. A
federação também patenteou uma
garrafa especialmente desenhada
para enobrecer a cachaça _-até hoje
muito comercializada em nada char-
mosos vasilhames âmbar de cerveja
Os mineiros ainda planejam criarcir-
cuitos turísticos com trilhas passando
por alarnbiques. Cada propriedade
será classificada por gomos de cana-
de-açúcar, numa alusão às estrelas
comtunente usadas para os hotéis. I
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A qualidade do inox Acesita pode ser encontram em todo lugar. Em
utensílios domésticos, em equ'pamantos industriais, na construção civil,
em instalações urbanas. E a tada dia que passa são descobertas novas
aplicações para esse aço. Porque o inox Acesita è versátil, bonito e. “'
sem ae ruas. mam' mais durável e resistente. Pode ,f
estar certo: onde tem aço inox, tem Acesita. E onde Â.
tem Acesita, tem qualidade.
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Localiza chega à enezuela
André Lacerda
Belo Horizonte
Localiza Rent a Car desem-
A barca até o final deste ano
na Venezuela. É o 11° e úl-
timo passo de sua cstratégiade ex-
pansão pelo continente latino-
americano, iniciada cinco anos
atrás na Argentina. A associação
com um parceiro venezuelano,
que atua no segmento de locação
de automóveis, está praticamente
acertada - embora a Localiza ain-
da não revele o nome de seu novo
sócio. De uma tacada, a empresa
sediada em Minas Gerais estará
chegando a vinte endereços
naquele país.
A placa verde e amarela da Lo-
caliza está pendurada hoje em 411
escritórios instalados em onze
países - 81 fora do Brasil, explo-
rados por franqueados. São 24 mil
carros, destinados ao aluguel e à
terceirização de frotas, filão cada
vez mais cobiçado pelas empresas
do setor. Em toda a América do
Sul, somente as Guianas ficaram
de fora da arrancada da Localiza.
“São mercados ainda muito incipi-
entes que não justificam nossa
chegada lá”, justifica Aristides
Newton, vice-presidente de fran-
chising da Localiza.
Nos próximos dois anos, a em-
presa deverá diminuir seu apetite. O
período até a virada do século será
reservado para consolidação da
rede de atendimento e para a análise
de novas oportunidades - provavel-
mente na América Central. “Por ora
não devemos seguir para novos
países”, adianta Newton. O número
de agências, porém, deve continuar
crescendo, sempre no ritmo das
franquias. Do total de lojas, apenas
51, espalhadas por 18 capitais
brasileiras, são próprias. Nessas, a
intenção é aumentar a frota.
Em março último, a Localiza
ganhou sangue novo. A norte-
americana Donaldson, Lufkin and
Jenrette Securities Corporation
comprou 33% das ações da empre-
sa. Como resultado, US$ 51,2 mil-
hões foram injetados na locadora.
No início de outubro, mais US$
100 milhões entraram nos cofres
da Localiza, vindos do lançamento
no mercado norte-americano de
“senior notes" com vencimento
em 2005. '-'Nosso novo sócio nos
deu maior respaldo na comu-
nidade financcira internacional e
acesso a linhas de crédito privile-
giadas", comenta o vice-presi-
dente de franchising.
A marca já chegou ã Argentina,
ao Uruguai, ao Paraguai, a Aruba,
à Bolívia, ao-Equador, ao Peru, ao
Chile, à Colômbia e ao México.
No ano passado, a Localiza fatu-
rou R$ 311 milhões - 6% a menos
do que no exercício anterior. Para
este ano a projeção é de estabili-
dade: o faturamento deve alcançar
R$ 340 milhões até 0 final de
dezembro, engordado pelos negó-
cios das quinze lojas da empresa
que vendem' carros usados.
A Localiza foi criada em 1973.
Durante seis anos contentou-se com
o mercado local - principal ca-
racterística das quase 900 empresas
do setor que atuam no Brasil -para, só
enão, iniciar sua expansão pelo ter-
ritório nacional. Foram necessários
mais dois anos para chegar ao maior
mercado consumidor do país, São
Paulo. Com escritórios instalados em
todo o Nordeste e parte do Sul do
Brasil, a Localiza já era, no início da
década de 80, a maior locadora de
veículos brasileira.
A empresa mineira repete em
boa parte dos países onde hoje
opera a liderança que mantém no
Brasil. É assim, por exemplo, na
Argentina, onde chegou em 1992:
colocou 1.500 carros de sua frota
rodando nos Pampas em menos de
um ano e foram abertas 60 agên-
cias em oito meses.
Visto de hoje pode parecer
pouco, mas o mercado argentino
não alojava naquela época mais do
que 800 veículos. “Era um merca-
do pouco desenvolvido e a Loca-
liza cresceu vendendo a idéia de
que alugar carros não era bom só
para turista. Podia ser interessante
também para as-empresas”, lem-
bra Annie Millet, franqueada da
Localiza em Buenos Aires. A em-
presa mineira é hoje dona de 45%
de todo o mercado de locação de
automóveis da Argentina, que
abriga cerca de 3,5 mil veículos.
As franquias abertas nos últimos
dois anos mostram que a empresa
aumentou a cautela na hora de dar
novos passos. "Algumas vezes não
encontramos os parceiros ideais”,
explica Aristides Newton. Foi pre-
ciso, por exemplo, trocar o master-
franqueado do Uruguai, que abriga
atualmente três agências da marca.
Na Argentina, o grupo Maori
deixou a operação das lojas e pas-
sou a dedicar-se apenas à sociedade
na masterfranquia. `
Assim como será na- Venezuela, a
chegada ao Chile foi pavimentada
com a associação a um sócio local, a
Tattersall, igualmente de larga tra-
jetória na atividade. Na Colômbia,
de braços dados com a Confinan-
ceira, a meta é abrir dez novas agên-
cias no próximo ano. Nesses casos,
o que interessa ao parceiro es-
trangeiro é, principalmente, o know-
how e a tecnología em locação de
veículos, explica o vice-presidente
de franchising da marca. I
A arrancada de Bruno Junqueira
ela primeira vez um piloto de
P Minas Gerais pode levar
para a 'casa o título de
campeão da Fónnula 3 sul-ameri-
cana. Bruno Junqueira está com
uma mão na taça, sonho que
persegue há três temporadas e que
pode se realizar na corrida marca-
da para o próximo dia 23, em Flo-
rianópolis. E a penúltima prova do
campeonato (a derradeira acon-
tece no Rio, em 7 de dezembro), e
Junqueira ocupa a dianteira com
larga margem de vantagem: 24
pontos sobre o piloto argentino
Gabriel Furlan. Cada vitória rende
20 pontos ao vencedor.
Essa tem sido uma temporada fe-
liz para o atleta brasileiro. Em dez
corridas, largou na frente oito
vezes, venceu cinco e em duas
ocasiões ocupou o segundo lugar
no pódio. Com o desempenho, Jun-
queira está pavimentando seu ca-
minho para os circuitos da Fórmula
3000 européia - último passo antes
da Fórmula 1. O piloto segue para a
Europa no ano que vem c sonha
com a F-l daqui a dois anos.
A Fórmula 3000 pode ajudar o
piloto a abrir as portas da F-1 de
maneira mais tranqüila. Damon
Hill e Mika Hakkinen, por exem-
plo, pularam das curvas da 3000
para as pistas de testes das equipes
do primeiro time do automobilis-
mo mundial. Deu no que deu: logo
estavam nos cockpits principais
das escuderias. “Essa é também
uma forma de entrar sem ter de
colocar dinheiro”, conta Jun-
queira. Para debutar na Europa, o
piloto ainda depende de acertar al-
gumas cotas de patrocínio que
fechem a conta dos US$ l,l mi-
lhão necessários para que ele
acelere seu carro.
Bruno Junqueira tem quatro
equipes em vista: _,
....
-=-ea
as britânicas Super Nova, Marko,
Edenbridge, e a italiana Draco. Os
testes serão feitos este mês e
Bruno já levará no macacão o pa-
trocínio ` de Petrobrás, Café 3
Corações e Gazeta Mercantil, to-
das empresas brasileiras que o
acompanham este ano na tempo-
rada latino-americana. Enfrentar
as provas na Europa custa 'três
vezes mais do que correr a sul-
americana.
Nesta temporada somente o
mineiro Gabriel Furlan, de 32
anos, tem chances de levantar a
taça da F-3. O piloto da Argenti-
na busca saborear a conquista
pela quarta vez. Há sete anos
._ - -.z -;..:¿›.-z- '--.«;;':'..:›fiK
u -I!
correndo na sul-americana,
Furlan venceu em 1989, 1994 e
1996. Em todos os aspectos é um
veterano quando comparado a
Junqueira, doze anos mais novo.
Bruno disputa a Fórmula 3 sul-
americana pela terceira vez: foi
quarto lugar em 1995 e quinto no
ano seguinte.
A Fórmula 3 sul-americana é con-
siderada uma espécie de Taça Liber-
tadores da América - principal
tomeio de futebol do continente - do
automobilismo. Nela os carros têm
força para alcançar 250
quilômetros por hora,
com potência de 180
cavalos. Já
.W tn As
PETHGBÊA8 z- «z-
os 700 cavalos da F-1 permitem aos
bólides chegar a velocidades de
até 340 quilômetros por hora.
Além dos louros, vencer a F-3
sul-americana rende ao campeão
a licença para correr as provas da
F-1. Criada em 1987, a categoria
foi disputada este ano por 25 pilo-
tos - doze da Argentina, dez do
Brasil, dois do Chile e um do Peru
-, com provas transmitidas para
176 países. Brasileiros e argenti-
nos dividem o ranking da F-3,
mas individualmente a primazia
cabe a Furlan. (A.L.) I

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