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Image GAZETA l\/IERC TlL` ANO 2 - N2 B4 z DE 17 A 23 DE NOVEMBRO DE 1997 ná O dO UDiretor Responsâvelz Lulz Fernondo Ferreiro Levy Andinos e_ Mercosul aceleram integraçao (CHUBUT ` ARGMNA) Adidmenio do “fdsi lrock” enfroquece o posiçoo dos Estddos Unidos porci o Alco (MENDOZA - ARGENTINA) ÊÉITribuno (SALTA - ARGENUNÀ) AHF4 Tflbumde-ÍII|'_!¶_ (JUJUY - ARGENTINA) Preço do exemplar: Argentino: S 2.00/2.20 (interior): Chile S 1000. Demais países: USS 2.00 + correio LOS Guillermo Piemes Pacote prejudica Argentina Janaína Figueiredo, Guido Nejamkis e Severino Goes Buenos Aires, Bariloche e Porto Alegre O conjunto de medidas econômicas anunciado pelo go- verno brasileiro, na semana pas- sada, deverá causar um significati- vo impacto sobre a Argentina: as exportações para o Brasil cairão cerca de 14%, uma perda de US$ 1,2 bilhão em 1998, de acordo com previsões do presidente da Câmara de Exportadores, Enrique Mantil- la. O maior peso recairá sobre o se- tor automobilístico e algumas montadoras já começaram a rever suas estimativas de vendas, recon- heceu o presidente da Associação de Fábricas de Automóveis (Ade- Fa), Horacio Losovisz. Apesar de temerem as conse- qüências de uma recessão no Brasil, os empresárips argentinos concordam em que as medidas de ajuste fiscal eram a única alterna- tiva a uma desvalorização do real, que traria prejuízos maiores. A comunidade financeira inter- nacional aplaudiu o pacote, mas diminuiu o peso relativo do Brasil em seus portfólios. Isso porque entende que, a curto prazo, haverá redução no crescimento e, 'portan- to, nos lucros das empresas. A crise do mercado financeiro inter- nacional, que afetou mais forte- mente o Brasil, tenderá a atrasar, em pelo menos três meses, novas decisões de investimentos conjun- tos no Mercosul. lPáginas 3 a 12 e Ana Cristina Magalhães Brasilia e Nova York s governos dos países do O Pacto Andino decidiram, na semana passada, na Venezuela, acelerar o processo político de integração entre o blo- co do Pacífico e o Mercosul. No encontro dos chefes de Estado e dos governos ibero-americanos realizado na Ilha Margarita, os líderes dos dois blocos afirrnaram que até o fim do ano será iniciado o processo de fusão da duas zonas de livre-comércio com o objetivo imediato de formar um único blo- co sul-americano para as negocia- ções com as demais. nações do hemisfério para a criação da Area de Livre Comércio das Américas (Alca) e dar seqüência aos acor- dos com a União Européia. Como forma de fortalecer suas econo- mias frente à crise que vem var- rendo as bolsas internacionais, o Brasil já anunciou um pacote de medidas econômicas. O mesmo deve ser feito pela Argentina, à semelhança do que fez 0 México após a crise “Tequila”. Ao mesmo tempo, em Washing- ton, o presidente norte-americano, Novos nichos no mercado brasileiro Hamilton Almeida Buenos Aires Em seis anos de Mercosul, as ex- portações argentinas ao Brasil cresceram 364%. No período, os produtos industriais com maior va- lor agregado foram os que mais es- paço ocuparam no mercado brasileiro, especialmente veículos e autopeças, enquanto os produtos com menor valor agregado (agropecuários) reduziram sua pre- sença. Entre 1990 e 1996, a partici- pação dos produtos agropecuários nas exportações argentinas caiu de '78% para 63%, enquanto a partici- pação dos automóveis nas expor- tações industriais, que era zero em 1990, passou para 27% em 1996. IPágina 9 '.__. -._.._r z_ .'v" " Bill Clinton, não conseguia vencer as resistências políticas intemas e retirava o projeto enviado à Câ- mara de Representantes (deputa- dos) dos Estados Unidos pedindo o “fast track”, um instrumento le- gal que dá ao Executivo autoriza- ção para negociar acordos intema- cionais de comércio com uma cláusula que impede o Congresso de modificar os seus termos. Sem essa lei, o governo de Washington enfraquece sua liderança no processo de negociação porque diminui a confiança dos demais países de que acordos comerciais Ã-I #1 ,,,.-~ ._-P não sejam posteriormente desfigu- rados pelo Congresso. Segundo o líder no Senado do Par- tido Republicano, Trent Lott, é “po- liticamente mais difícil ou mesmo impossível” passar a proposta em 1998, devido às eleições para o Con- gresso norte-americano. Isto inviabi- liza o desejo dos Estados Unidos de dar partida à Alca na reunião da Cúpula das Américas, marcada para abril de 1998, em Santiago do Chile. Na Venezuela, o presidente do Brasil, Femando Henrique Car- doso, e o da Argentina, Carlos Menem, fortaleceram o conceito do Iochpe-Maxion abre fábrica em Córdoba brasileira lochpe-Maxion A inaugurou na semana pas- sada, em Córdoba, uma fábrica de motores com capaci- dade para produzir 35 mil unidades por ano. O projeto ab- sorveu parte de um pacote de in- vestimentos de US$ 16,2 milhões, que também incluiu a abertura das instalações da Tecmisa, empresa do grupo que fabrica autopeças. o.A Metropolitan Life Insurance Company, companhia norte-ame- ricana de seguros, deverá montar no curto prazo subsidiárias no Chile e no Uruguai. A empresa já possui filiais na Argentina e no México, e recentemente anunciou que abrirá um escritório no Brasil em janeiro próximo. Q Os vinhos argentinos Michel Torino serão vendidos nos merca- dos brasileiro e paraguaio, a partir de 1998, como parte da ofensiva da Bodega La Rosa para ampliar sua presença internacional. A ex- pansão demandará um aumento da capacidade de produção dos atuais 16,5 milhões de litros anuais para cerca de 30 milhões. o A Natura, produtora bra- sileira de cosméticos, deverá triplicar suas vendas na Argenti- na, com o objetivo de disputar a liderança do competitivo merca- do local. A empresa vai inaugurar em 1999 uma nova fábrica em São Paulo, que fortalecerá sua ampliação no exterior. México, Venezuela e Colômbia são os próximos alvos da Natura. lPáginas 25, 26, 28 e 31 ¡ -I. Jcnuoføfp Mercosul político que contempla uma estreita aliança com os outros países sul-americanos. “Os passos que estamos dando no sentido dessa construção têm como moti- vação um aspecto que é mais pro- fundo, que é a integração de espíri- tos e a coincidência de sentimen- tos”, disse Femando Henrique a seu colega venezuelano Rafael Caldera. Especialistas comentavam que a crescente afinação dos enfo- ques políticos facilita a criação de uma futura Area de Livre Comér- cio Sul-Americana (Alcsa). IPrígina 32tz. “Aqui quem manda somos nós” Guillermo Piemes e Canos Alberto Júnior Brasília O ajustefiscal brasileiro ameaça pôr em risco a aliançaparlamentar que sustenta o govemo. O principal porno da discórdia e' a decisão de elevar em l0% o Imposto de Renda para Pessoas Físicas (IRPF), me- dida bastante impopular. Os parla- mentares querem que o governo volte atrás. "O presidente manda lá. A equipe econômica manda ld. Aqui mandamos nós ", disse o senador Antônio Carlos Ma- galhães, presidente do Congresso, visceralmente contra o aumento do IRPF e peça-chave na aliança do PFL com o governo. IPágina 3 Image-240 I I 2 1 GAZETA MEncANT|i_ LAT|No-A|v|En|cANA ai 0517 A 23 DE NOVEMBRO 051997 A unidade dos sul-americanos ação dos presidentes do Mercosul na cúpula ibero-americana da Il- ha Margarita, na Venezuela, fi- cou encoberta pela avalancha que desabou sobre os mercados provocada pelo efeito Dragão, como está sendo chamada a crise asiática. Ali os chefes de estado do Cone Sul receberam, de seus colegas dos demais paises sul- americanos, uma proposta para que as negociações para a unificação do Pacto Andino com o Mercosul comecem' ainda este ano. Isto quer dizer, uma decisão politica de efeito imediato para coalisão de todos os paises do sub-continente, antes de se negociar a teia legal para a integração comercial e criação de uma zona de livre-comércio em toda a região. Assimfoi a criação do Mercosul. Começou com a vontade dos governos de se integração efoi evoluindo até chegar ao ponto em que se encontra. Na próxima reunião de cúpula do Mercosul, em dezembro, em Montevidéu, será possivel verificar a profundidade do compromissoandino. Ficou decidido que na capital uruguaia, quando se re- unirem os governos do Mercosul, es- tarão presentes os ministros do Exterior e de Comércio dos demais países para dar o primeiro passo. Este será a adesão do Pacto Andino à ação negociadora do bloco do Cone Sul com as outras associ- ações regionais de paises. Se bem enten- dido, o Pacto Andino aceita que a con-. dução desse processo seja feita pelo Mercosul. A partir dai, os blocos entram nafase negociadora para compatibilizar seus sistemas tarifários e viabilizara cri- ação da Área de Livre Comércio da América do Sul (Alcsa), este também um primeiro estágio de um processo que de- verá conƒormar o Mercado Comum da América do Sul, o Amercosul. Foi significativo o pronunciamento da Ilha Margarita. A posição intransi- gente do Mercosul de somente negociar como bloco fora desacreditada. No Hemisfério Norte. foi qualificada de romântica por certos altos funcionários governamentais. Mesmo na América do Sul, alguns paises guardaram certa dis- tãncia de seus vizinhos do Cone Sul, evi- tando um comprometimento. Porém, aos poucos foi-se percebendo que essa táti- ca aumentava aforça do grupo. Porfim, 0 reconhecimento pelo presidente da nação lider do Hemisfério, Bill Clinton, dos Estados Unidos, do Mercosul como interlocutor, consolidou o valor da manobra diplomática dos quatro paises. É, portanto, um gesto oportuno a in- clusão dos demais paises sul-ameri- canos no bloco negociador. Se esta op- eração politica for conduzida com o mesmo profissionalismo, a América do Sul estará numa posição deforça queja- maisconheceu no passado. A comunidade internacionaljá recon- hece o` Mercosul como uma entidade política,'além de uma zona de livre- comércio. Esta certamente foi a per- cepçao dos lideres do Pacto ndino. Mas se alguma dúvida ainda permane- cia, elafoi varrida pelos acontecimentos da semana passada, com a invejável demonstração de unidade entre os dois rivais tradicionais no Continente. A visi- ta de estado do governo argentino ao Brasil ultrapassou o espaço de um even- to internacional desta natureza. Quando a delegação argentina desembarcou em Brasilia encontrou a capital brasileira varrida pelo vendaval. Em vez de se recolherem ao constrangimento de chegar ao pais num momento dificil, os argentinos, tendo afrente seu presi-_ dente, Carlos Saul Menem, ar- regaçaram as mangas ese somaram às autoridades locais no esforço para dar credibilidade ao programa de con- tenção da crise. ' ' Este gesto certamente consolidou a confiança dos demais paises da região na aliança estratégica que solda as nações do Cone Sul. Diretor-presidente Luiz Fernando Ferreira Levy Vice-presidente Luís María Moisés Trujillo Diretor Executivo Roberto Baraldi Diretor de Redação José Antonio Severo Diretor Comercial Hélcio Ferreira oP|N|Ão A Alca, o Mercosul e o rasil .z \`\\.`l".*\_\*`l1`Ê-"~]~ . Dl '_z_ ' A .z, .'_"-'v .'.', \- .iq . ¶ÉäI¡'_':|'~_i'.›' '. _ -_ ' ›'_-',§:-_'.:.-§-.z.- 9..='z\_-F' '-:-:z=-'1-'.-:-.-. . - ø”- W. \_\ .:_-..¡-_|_; '.'-'-'15.5.-'i ".-r I 1 Éi I1 .'3, 'r ,z. › ›.'f.~...-,›,,- - , . >'.'._'.'\' . ' - . `.`-'›|":: ¡-IN . _".'l`-'=.-'- =:-L'--"`Í' 7.,//,Ú; _-_'.°¡._"'-_-.:_ z_-. 'E J; ;¡_.~\j_›.Ê;~¿_ I- . -, -C 1'  r e " '\`p,:F._É? -___...í-'-Í . ,'¡›;-v'-..._`._ ` Jr.-¡__“ ~ --.¬ " ' - . '_ __¿,_:›-sp.`.l¬,_..._J_\|fi:'2':r.'-.'.'. zz- ` ___'.r-~« _`¿ _ ,"§-ƒ.".'.-'-f= s=='.f;â=.¿-z;=.- é. š r:-:`:'zf.j=¿:_-I-.. :._«,.: '_z(‹:"§› .¬1`-'-'.T_.'._-:'- z _ J --,,_:›¿ .' , J. ";?.~_:-:$.:I_-'.-. .?'-...›._.-,- _ .¿,,_-, ›~:-`z - '¬'-"'-"'.`-Z~:-.. ;f¿'~" ' ".-'.=`.2t i.':Ê-f1"#-i`.-'..::- -fi-' ¬'~" " :` ë.”*rt ' zu *"ͬ`-`5'-"~""'*'1ë*-af» il:-'-" Í\"Ê'.- 'l""-'Í'I‹-;="'-`¬E -.il-fill ¬. ' -.'_,' u:_-_- .`.-_' ".`_.. i'\ Í _: .'.'- ,Í '.\ zwuuši .ql-!:fL_EE: __._:.__;.L|_`_ 5-, ...__.:'|I_\ _._|~.. .¡.:J .Zn \\'r.-`|`_ -|r.".j__.` 'H-H ";: Y \ ' J -;-.-. gi _* 1. ¬_ '-.E-¬.'=':' '.-.:.-'-I'_-:. ' ' ¿›:.':;.`.:.“¡`-" ` 'JVIV̀ f_-72,:-ff zzi..-e,¡i¿§;›z'‹.e-, --/.:1f1'.-1,-:I-'-'› 'j.-l)v-‹‹.;z;¡'¡-1;~z::'.:'F`-¿'i,`_,.-_. I1In.I. "_|_fl__¡','*'.'!"':\1.I"c1'J'.'f¡¡ii*.,;¿”içf§¬+.rui-_.',¿,',:z,~\,(EJ,raã1rl\=-lag'\flà\,,"1"'I'-`F'' ."¡-: ..-¬â;/j:r'\Í;I','_I '-=r I -.LW .. -'I-\,__ . . .. - . . . .1-, VA _ _ J l 'F2-_. 1 7 /V* Q -. ' _ =`:-- -' -4.-. '-"JÍÊ 1'_.. ._-_ . M . -__ `_`__:__.ä_:_:\.¡_:_.¿_._. _ . .-. '-' T' . .¡ *- .-. - É ..- -:_-.-E, '.'."\;`zf~.~'i`.i{:. -I z ll.'.`.:':|.' iai; . ',,,.._. . .'l .eg N 1' .. .-.›- . H. _. _-_ ff -a '-' 'ri ':`¿:"'.-'bflfli ~ - i "-ç-' '-'..-'5 -\ 0 ` 1 . .- 1 -._ à .; sf -iii.¬?›.".ú Canos Eduardo Moreira Ferreira* constituiçao da A rea de Livre Comércio das Améri- cas (Alca) só terá sentido, para 0 Brasil e os demais paises do Mercosul, como parte de umproje- . to de integração global. A simples ' abertura comercial tende a apro- fundar as diferenças de porte e poderio das economias envolvi- - das, sem que-se tenha, ao mesmo tempo, assegurada a realização de programas destinados a recuperar e estimular o crescimento dos paí- ses menos desenvolvidos. Espera-se, por isso, que as au- toridades sejam extremamente re- alistas e pragmáticas. Abertura - comercial, sim, desde que haja . reciprocidade de norte-ameri- da Silva (551 1) 547-3742 ; Rlo de Janeiro, Alexandre Cadena (5521) 515 -253_3: Brasília. Henrique Aguiar (5561) 314-1010; Curitiba. Lulz Thadeu Falat (5541) 342-5667; Porto Alegre. Angela Baldino (5551) 231- 4677; Florianópolis, Miriam Minuzze. (5548) 224-6555; Belo Horizonte. Clara anabrava (5531) 281- 2000: Salvador. Carmoslna Lisboa da Cunha (5571) 341-3250; Recife. Rosangela Lima (5581)224-4087. Fortaleza. Paulo Barreto (5585) 261-8840; Belem, Fernando Monteiro (5591) 212-0561; Representantes Comerciais: Argentina: Bahia Blanco: Mercado Comum (54 91) 51-4418: Chubut: El Chubut. Juan Gor- dillo (54 965) 34-802 ou 34-803: Juiuy: J. Storni Br Cla. (54 88) 23-0103; Mendoza: Enrique Chrabolowsky (0685) 15-600; Solto: El Tribuno-, Gola. comercial (5487) 24-6244/45: Son Juan: Marcelo Fretes (54 64) 21- 2181; Santa Fé: lnnovar S.R.L. (54 41) 25-6090/91. Uruguai: El Observador. Pablo Bartol (59 82) 94-7000 tax (59 82) 94-3420. Paraguai: El Dia Guillermo Cortes el./tax (59 521) 603400. Distribuição: Distribuido- ra Gazeta Mercantil (Brasil): Pablo Santoro (Buenos Alres); Distribuidora lnterplazas Sociedad Anoni- _ ma (Interior da Argentina). Assinaturas: Portugues 0800 143-000; Espanhol (54 ) 374 0300. 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Edi- tora de Arte: Glaucia Mario Andrade; Departamento Comercial: Arg7entina: Maria Deg/ui (gerente) (541) 374-0300; Brgsjlr- Elisabete Junqueira (gerente nacional) (551 1) 54 -3223; Sõo Paulo. alério Elisgq 1 4- i. . . . .'_- .--'s.-, 1 ~.--;-_-_-.- . ~- .1. ›-_ .;.~_._×_.__-.;<_- .z-,_ Ê;1›¬1=.f!*.s~i¡,-:,.;.,_-- ._._.¿¡.›.›-Q.. › Il -..1'|'- I ' - 3)- - ` ' z ' .*.;-_._..', J,\|“À-N?' _ '.',_ ._z_- - ,.~ › ¿.¿ -¡*,›..'.*‹' -.- . ¬-"- '.' ' .. 1 ' '."'I." ` _ . _`.'._ I-'-:,¡'. ° ' 'J - '. .F - . . jr". "-.- ›¡ “ :_ canos e canadenses, sobretudo em relação aos produtos agrícolas da região, e principalmentea promessa de investimentos substanciais na infra-estrutura fisica dos países com menor ca- pacidade de competição. A 'passagem do presidente norte-americano pelo Brasil teve o mérito de desarmar osespiritos e eliminar o clima de radicalismo que vinha caracterizando os preparativos de sua visita. Entre- tanto, não depende de nossos vi- sitantes estrangeiros derrubar as barreiras internas, como o abo- minável Custo Brasil, que impede que nossos produtos sejam com- petitivos internacionalmente. De- pende de nós. Parece evidente que uma das questões centrais é a de saber co- rno os paises menos industrializa- dos serão preparados para a inte- gração. Em outros termos, como serão viabilizados os enormes in- vestimentos que terão de serfeitos na ampliação ou recuperação da infra-estrutura fisica e na recon- versão das industrias da maioria dos países, a fim de resguardar suas economias, tomando-as mais eficientes e competitivas. O Banco Interam.ericano de Desenvolvimento (BID) estima que serão necessários investi- mentos anuais de US$ 65 bilhões, só em infra-estrutura, na_Améri- ca Latina e no Caribe, no periodo imediatamente anterior à implan- tação da Alca. As deficiências na infra-estrutu- ra configuram o que os especialis- tas classificam de diferencial de competitividade e, em princípio, justificam a defesa do ano de 2005 como limite para o início da im- plantação da Alca. Urgente, do nosso ponto de vista, é definir fontes de recursos parafinanciar aqueles investimentos. As infor- mações disponiveis revelam que, dos investimentosfeitos até agora em infra-estrutura, somente 10% sãofinanciados por bancos defo- mento, como o BID, e 15% pela iniciativa priirada, . cabendo os restantes 75% aos governos. E a escassez de recursos impede que os govemos assumam. sua parte. O caminho natural é a realiza- ção de reformas que permitam aumentar a receita tributária, por um lado, e reduzir os gqstos dos governos, por outro. E o que o Brasil precisa fazer, e sabemos que esse é um caminho politica- mente difi'cil e naturalmente lento. E, por mais rapidamente que se ande, não serão gerados recursos no volume e no prazo desejados para bancar grandes obras em portos, aeroportos, estradas etc. Convém insistir, por isso, na im- portãncia das reformas constitu- cionais para o País, como as do sistema tributário, da Previdência e do Estado, e especialmente a aceleração do programa de priva- tização, que é, no horizonte visível, a única saída para o govemo obter recursos suficientes para bancar projetos de maior envergadura. A dificuldade reside nofato de que, além desses projetos, o governo precisa de recursos também para recuperar 0 sistema de saúde, melhorar a educação, a segu- rança, a habitação etc. A atração de recursos externos para essas áreas aparece como solução na- tural, como está sendofeito com a privatização das telecomuni- cações, da energia e de rodovias, por exemplo. ` No contexto das negociações para a criação da Alca, contudo, 0 empresariado defende a idéia de estender ao BID a tarefa de “canalizar recursos para finan- ciar esses investimentos comfun- dos provenientes, em sua maioria, das economias produtiva efinan- ceiram.ente mais dotadas". Traduzindo: se os Estados Unidos e o Canadá queremfazer da Alca um. instrumento de desenvolvimen- to econômico e social do conti- nente, devem criar mecanismos para destinar capitais afundoper- dido parafinanciar os investimen- tos em infra-estrutura dos países que não estão preparados para a concorrência. 0 mesmo vale para os setores mais frágeis da economia, que terão de fazer a chamada recon- versão, preparando-se, material e tecnologicamente, para en- frentar a nova situação. Parece óbvio que é impossivel pensar-se em livre comércio sem, antes, fa- zer-se um grande esforço de am- pliação ou recuperação da infra- estrutura dos paises de industri- alização tardia, a menos que se pretenda negar a esses paises a possibilidade_ de ter um sistema produtivo eficiente. Ao Brasil cabe impedir que o parque pro- dutivo sofra prejuizos maiores do que os já causados pela abertura intempestiva do mercado. Portanto, a questão do prazo para a implantação da Alca deve ser encarada sem preconceitos e compragmatismo. A Alca pode até vir antes de 2005. Mas só se o Brasil, o Mercosul e os demaisi paises da América Latina obti- verem vantagens efetivas para suas economias. E umpreço que os Estados Unidos. como maior potência do hemisfério, devem necessariamente pagar. 'Presidente da Federaçao e do Centro das Indústrias do Estado de Sao Paulo (Fiesp). Image-241 É DE 1? A 23 DE NovEMBno DE 199? OnOm Ea GAzErA u|EncANT|L LAT|No-A|v1En|cANA n 3 sp duasfaces do pacote econômico Ana- Cristina Magalhães Nova York ma coisa é o que a comu- - nidade financeira interna- cional está dizendoz' a maioria aplaudiu o pacote de me- didas anunciado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso; ou- tra coisa é o que ela está fazendo: diminuiu o peso relativo do Brasil em. seus portfólios. Os dois fatos não são necessariamente contra- ditórios. Embora o pacote seja vis- to como positivo, seus melhores efeitos virão a longo prazo. A cur- to prazo, haverá redução no cresci- mento e, portanto, nos lucros das empresas. Emest Brown, analista do Mor- gan Stanley Dean Witter, reviu sua previsão para o crescimento do Produto Interno do País (PIB) de 3% para 1%, em 1998. Um terço da redução refere-se direta- mente aos cortes nos orçamentos previstos no pacote e dois terços à elevação das taxas de' juros. O “Opl"€SlCl€l'll€ manda v que 0bt¡,'|\¡im05 analista prevê queda no consumo, com crescimento de apenas 1,5%, diminuição dos gastos do governo em 2%, e nenhum crescimento nos investimentos. Um pouco mais otimista está Tim Love, chefe do departamento de pesquisa para a América Latina do ING Barings, que prevê um crescimento de 2% para o ano que vem. No meio fica o Banco Boa- vista InterAtlãntico, com um crescimento previsto de 1,5%. .Os analistas concordam em que o pacote traz fortes ajustes fiscais, que buscam cortes no valor de US$ 18 bilhões nas despesas do governo em 1998. Acreditam tam- bém que, diante da situação, au- mentam as chances de 0 Congres- so votar as reformas .propostas pe- lo governo. O grande número de medidas anunciado, cinqüenta, permite que Ào resultado' positivo não dependa apenas de algumas medidas específicas. A idéia geral é de que, se cerca de 70% das pro- nos mandamos aquz ” Guillermo Piemes e Carlos Alberto Júnior Brasilia ajuste fiscal lançado pelo govemo Femando Henrique Cardoso ameaça descarrilar a aliança parlamentar que o susten- ta quando aindafalta um longo tre- cho para completar as vitais refor- mas tributária e administrativa: “O presidente manda' ló. A equipe econômica manda lá. Aqui man- damos nós ”, dejiniiu categorica- mente o senadorAntônio Carlos Ma- galhães, presidente do Congresso e uma das peças-chave da aliança governamental como caudilho do PFL, um dos três partidos que sus- tentam o govemo. Magalhãesfez o comentário ao subir o tom das nego- ciações sobre o recente pacotefisc-:al e um de seus pontos mais polêmicos, como o aumento do Imposto de Ren- dapara equilibrar a economia. Os politicos estão preocupados, além da situaçãofinanceira, com as as eleições gerais dopróximo ano. O pacotefiscal mostrou em sondagens de opinião pública que 54% da po- pulação acham que as medidas pre- jitdicaram a reeleição de Fernando Henrique. Apenas 17% acham que o presidente será beneficiado. “Todas as vezes que atendemos aos maispo- bres os mais ricos gritam. como se fosse em nome do povo, para im- pedir que se mudem as coisas ”, co- meutou opresidente eprincipalfigu- ra do PSDB, irritado com as criticas po rlamentares. O lider Geddel Vieira Lima, do partido de apoio, o PMDB, respondeu que o presidente “não é o detentor do monopólio do patriotismo e não pode agora nos impedir depensar O governo e o Congresso devem se bater ainda durante alguns dias até que se chegue a um acordo sobre o aumento ou não do Imposto de Ren- da para Pessoas Fisicas (IRPF).A proposta do governo e' aumentar a alíquota em 10%, o que elevaria a arrecadaçãofederal em cerca de R3 1,2 bilhão. A reação negativa entre os parlamentoresfoi imediata. _ Alternativas das mais diversas surgiram ao longo da semana. A primeira delasfoi trocar o aumento no IRPF pela elevação na Con- tribuição Provisória sobre Movi- mentação Financeira (CPMF). A CPMF É um imposto de 0,2% cobra- do sobre todos os cheques emitidos no pais. O governo recusou sob a alegação de que aspessoasjuridicas também seriamprejudicadas. A sugestão que começara a ser discutida nofim de semanaprevia a elevação do Imposto de Importação (H) sobre produtos supérfluos em mais dois pontos percentuais no lu- gar do aumento do IRPF. Um dos poucos consensos entre Executivo e Legislativo refere-se ao projeto que dispõe sobre o crime de lavagem de dinheiro - incluído pelo governo no pacote de medidas econômicas. Depois de mais de um ano empacado no Congresso, o pro- jetofoi aprovado na quinta-feira. I postas forem implementadas, isso ajudará o governo a gerar um grande superávit primário, o que compensará um maior pagamento de juros para rolar a dívida interna. Assim, segundo os analistas, a economia voltará a crescer a par- tir do terceiro trimestre de 1998. Para Brown, nesse período o crescimento do PIB será de 3%, contra os 3,5% estimados anteri- ormente, e de 6,3% no último trimestre. Para 1999, Brown es- pera um crescimento de 4,9%. Já o J P Morgan, mais conservador, entende que esse número será de apenas 1,5%, pois, devido ã alta dos juros, apolítica fiscal aperta- da e um setor bancário enfraque- cido, a atividade econômica só pode diminuir. ' Isso tem um impacto direto no portfólio dessas instituições. A Daiwa Securities Americas redu- ziu o peso das ações brasileiras de 35% para 30%. O mesmo fez o Deutsche Morgan Grenfell, que diminuiu sua alocação de 41% para 32%. E o ING Barings re- duziu para neutro o peso brasileiro no seu portfólio modelo para ações da América Latina, que antes de- tinha uma posição acima da mé- dia. Ao mesmo tempo, o banco de investimento aumentou sua posição nas `ações da Eletrobrás e Petrobrás e manteve uma posição acima da média para a Telebrás, que foi' negociada a US$ 93.87 na bolsa de Nova York, na última quinta feira. Um ganho de mais de US$ 10 de um dia para outro. Essa volatilidade deve ainda persistir por algum tempo, dizem os analistas. Só quando os mer- cados se acalmarem e a liquidez aumentar é que se terá uma idéia de quanto a taxa de juros cairá ainda este ano. O pacote veio re- forçar a idéia de que o governo pretende manter o real, hoje so- brevalorizado em torno de 8%. O cenário mundial não é favorável, mas a adoção das medidas anun- ciadas pode sinalizar aos investi- dores que o Brasil conseguiu passar no teste. I *_I V : -----_ '_ ___ ` .Quenamos. oontarles Ia certificaci 'ISO 9001 >' >,¡_ ,¿-. . ,,.¿-T.” . L l \ '-n-al."_ -'N-um-Ig., .Í E A ..""*""'\~\-u¶...__Í'' .. OJ" qi-t Í_¶__ wi«....¡,“__ . ¬ -›-_-3. ._,, "'*“"¬'~I~n1-nu “ll I i ""' ""-lim 5 õ.`El-'Kg-,z,_.¡¿_a.w 3 _ unqih' nv 'bd Í.'\o~fi{,`ä_.;.' ":-i~\¡1.'‹¡¡,¡ viu* :?."“*N-ip I . _ _ _ _L¿._ _ Pong,-Í* _ I i' ."'“$›:\ I .'^\ .-al _- :~¬ ..._ , H “'\A‹.¡“* 4: mf *fat `Í ,f €j{”ff1fz›a›.›.z‹zt g r " tum* r W klItÍ\.¶~:;m:r;¶-“1;¿i M 1 Qwvbú i 1 ¡_ 0*Wir . ¬ :H-11:' ff' = *It¿_'Í*ƒ'*f“k-- áz¡q¡,;__z¿.J_fl,”""~^f_ê‹'s'‹rr,›á;¡›¡;'¿, '“'“"-'-'ra - ' *'*°¡.'f=1-tri?-H, 4 :of . ä=r'n¡¬-z-3 ¿,;¿bwMa.¶‹li-›..g , ' "-"'-9' -5.' ` v...._. - :'¬l-I‹.q¡,¡q¡' "¬~I_:› .- “Km .‹ Nuk ...Y '.f\\.\¡::!$1f;?Í'1\¡ ¡& l:""Í3-i(,¡¡,”`_h_" ' _ ›.n.-z¬-r..-...ç ¬__W_J1~¢-ig-...,¿,,__¶'_'n Í ' "'*.».z.,., . ' - . ?"*-3f"l'l!ivy¡,,_, "°'i'-'K-~¬ U6 iv . 5 ._êa'$~$'z§ í§s›'š"'.› :- - ai-.za ";=' Image-242 É 4 n GAZETA MERCANTIL |_ATrNo-AMEFr|cANA e 9517 A 23 DE NQVEMBHO 951997 Janaina Figueiredo Buenos Aires ajuste fiscal brasileiro de- verá reduzir o valor das exportações argentinas ao país vizinho em US$ 1,2 bilhão. Tanto o presidente da Câmara de Exportadores da Argentina, En- rique Mantilla, como 0 analista econômico Roberto Lavagna adiantaram que, em 1998, es- pera-se uma queda em torno de 14% nas vendas ao principal só- cio da Argentina no Mercosul. O próprio presidente argenti- no, Carlos Menem, reconheceu, durante sua visita ao Brasil, que “não se pode falar dos proble- mas brasileiros sem falar dos problemas argentinos”. Menem apoiou expressamente as medi- das “muito semelhantes às que assumimos há alg__um tempo e que deverão beneficiar toda a comunidade do Mercosul”. Embora as declarações presi- denciais tenham procurado provocar um efeito tranqüili- zador no setor exportador ar- gentino, as projeções de analistas e de funcionários mostram o con- trário. O panorama para o fim de 1997 não deverá ser afetado, já que os negócios estão fechados e deixam muito pouca margem para alterações. Por ora, os ecos do ajuste brasileiro só con- seguiram elevar as taxas de juros de 7% para entre 10% e 15%. “Tudo dependerá da maturi- dade do setor político brasileiro para a aprovação do ajuste”, afirmou Mantilla. Segundo o presidente 'da Cámara Exporta- dora, se o Brasil acelerar a im- plementação das medidas, crescerá em torno de 2% em 1998. Mas, se o Congresso adota uma postura de obstrução, o crescimento poderá ficar em um insólito 0%. Caso se confirmem esses cál- culos, a Argentina veria suas ex- portações reduzidas em torno de l4%. “As projeções indicam que as vendas perderiam cerca de USj$ 1,2 bilhão, ficando em torno de US$ 7 bilhões”, apontou o analista econômico Roberto Lavagna. Os produtos mais afe- tados seriam: carros, autopeças, pneus, televisores, geladeiras, alimentos, laticínios, leite em pó, massas, azeite de oliva, tecidos e fios. Segundo Lavagna, o cresci- mento argentino poderá retro- ceder cerca de 0,5%. Nos primeiros oito meses do ano, e por questões indepen- dentes da crise da Bolsa, já caíram: 5,60% .os laticínios, 18% as frutas frescas, 10% os 3 ueda nas exportações Ajuste afefafá venelee ee Brasil devem diminuir em 14% Venda dog 031105 cereais e 18% os materiais de plástico e artificiais. A reorien- tação dos produtos será um dos desafios que o governo deverá driblar em 1998. “Os bens de consumo poderão ser vendidos ã Rússia e aos mer- cados potenciais do Sudeste Asiático. O setor de automóveis deverá procura_r um espaço na América Latina”, garantiu o di- retor de Exportações da Secre- taria de Comércio Exterior, Os- car Polverini. Segundo ele, o crescimento do país não está na lista de vítimas do ajuste brasileiro. Já uma possível diminuição das exportações de- verá ter como paliativo fortes es- tímulos ao setor, como a efetiva devolução do imposto sobre as vendas externas. Embora ameace o nível das vendas externas para 1998, a de- cisão adotada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso foi, em- geral, bem recebida. “Era um tema pendente na agenda de Brasília”, concordam com una.- nimidade analistas e exporta- dores. O otimismo foi reforçado pelo compromisso de Cardoso de eliminar o fantasma da desvalorização do real, que teria afetado a estabilidade monetária de toda a região. I Guido Nejamkis _ San Carlos de Bariloche s montadoras de automóveis instaladas na Argentinajá começaram a se preocupar. Como reconheceu o presidente da Associação de Fábricas de Auto- motores (AdeFa), Horacio Los-o- visz, as medidas de ajuste fiscal que o Brasil adotou terão um forte im- pacto nas exportações - e na pro- dução - de automóveis das indús- trias argentinas locais. De fato, al- gumas fábricas instaladas no paísjá começaram a rever seus cálculos de vendas ao exterior. De acordo com as previsões da Secretaria de Indústria, anteriores ã crise das Bolsas que explodiu no mundo todo, em 1998 a Argentina exportar-ia ao Brasil entre 380 mil e 400 mil veículos. Essa cifra repre- sentaria entre US$ 3,8 bilhões e US$ 4 bilhões. A nova realidade no Brasil, em' função das altas taxas de juros para a compra de bens de con- sumo duráveis e a maior pressão de impostos sobre os consumidores,modificou as projeções. Agora, ape- sar de as montadoras ainda não se terem animado a fazer novas pro- jeções, calcula-se que as vendas não superarão US$ 3,2 bilhões, que re- presentam 320 rnil unidades. Jorge Rendo, gerente de Relações 'Internacionais da Fiat Auto, explicou ã Gazeta Mercantil Latino-Ameri- cana que “preocupam as altas taxas dejuros para os créditos de consumo, e também o aumento das alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos ln- dustrializados), que provocará uma alta de 4%, em média, no preço das unidades que chegam ao consumidor brasileiro. Apesar disso, não há o cancelamento de exportações, embo ra esteja prevista uma redução da de- manda de automóveis”. A Fiat Auto exporta da sua fábrica em Feireyra (província de Córdoba) 6 mil au- tomóveis por mês ao Brasil. Em l-998, suas vendas mensais para esse destino chegarão a 10 mil unidades. Alberto García Carmona, gerente de Relações Institucionais da Gene- ral Motors, garantiu que ainda é difí- cil mensurar se a crise que afeta o Brasil provocará uma queda nas ven- das da montadora. A GM fabrica em Córdoba “pick- ups” e, a partir de 1998, exportará ao Brasil o modelo Corsa, que pro- duzirá na fábrica de Alvear, próximo ã cidade de Rosario, província de Santa Fé. Em 1998, a GM tem pre- visto fabricar na Argentina 110 rnil veículos. Antes da crise e do plano de ajuste brasileiro, suas projeções indi- cavam que seriam enviados ao Brasil 60% dessa produção. I Empresários argentinos apóiam as medidas Argumeniom que umcl clesvcrlorizclçõo clo recll ircrrio prejuízos muito maiores pesar de os empresários argentinos temerem uma recessão no Brasil, con- cordam em que as medidas de ajuste fiscal adotadas na semana passada pelo governo de Fernan- do Henrique Cardoso eram a única alternativa a uma desva- lorização do real, o que consi- deravam muito mais prejudicial_. Segundo 'os cálculos mais otimistas dos representantes das empresas mais poderosas do país, que se reuniram nesta cidade para o Colóquio Anual da Idea (Instituto para o Desen- volvimento Empresarial da Ar- gentina), uma redução do nível de -atividade no mercado brasileiro provocaria uma diminuição dc U$S 1, 2 bilhão nos embarques argentinos com destino ao Brasil. Os setores mais prejudicados serão os au- tomóveis e os alimentos. “As medidas brasileiras po- dem afetar minimamente as ex- portações argentinas, mas ninguém pode ser tão obtuso em um momento de crise como este para privilegiar uma posição se- torial acima da estabilidade do Mercosul; O Brasil fez`o que de- via fazer”, considerou Jorge Brea, presidente da Shell Ar- gentina. Segundo ele, as expor- tações de petróleo cru para o Brasil- de U$S 1.,l bilhão no ano passado- não vão diminuir. Amadeo Vásquez, um dos homens fortes do Banco'Río, disse que “as dúvidas sobre se as medidas adotadas por Malan terão êxito não sejustificarn no :¿=' -.'.-7-f=-se.-'Í fel. Í- - :.;z\\ “-.z.z -. ..=-ezf' _ .. 'z-..-'-z ,_ ;_.'__f'-. -¡_= I, .-'..- . -T`- ;-"9"¬ ....-¡:_=: _ ..'‹-'-:-_-; 1 -:.'. 1.1,' _\_'_-.-_.-¿_;Í¿-¿.`zz- ' z./_ ¡-_. /..;' ' f. . '_ . --.-.--__ .--_ 1 - . -.ro _- ' _.. __ ~._ "'Iu- . -_. `. _ ~¬_›. _ . .'.-'¬›- _; _ Í.§?:'i'Í':-lflliifillz.-.:. 'IE-'' -*-.~,z;'zf.'-_ ' ' .-'r' zzr-_¿. - -, -'r ' - 1"' ' _' . L' T sf - - , .-_ 5-;_1~'__. ;-.-Il'."Í-;'- .J `“' r' . ' -'fr .' -I!-'I'-\., `#1-i' '.-.' *¿_. _-___)-¡¡,f.-_? "-'-_¿;^;".`¡-*sf :'i¡:f-fêz. - ;_'-;-f,f.__¬§_~_Ê¿' ¿.:n¡_‹-4. '.¿¡ " ..-rf- 4- às sp"-_ L* _ __'_ . . -*__ :- . `; .\- _. _ ? .'_,'.- -1-'¿¡_. .:." --.. -'_-=. -' ›.-=. _ .-.z:- . _ _-iii; ' "-'---.`.';I-.'¡*._=--' F. 9; ~.- '.' - . -_- ' ._¡`_,._./. I -;_.¡_ 5 ¿¡ _|›1_|~¡ - _ '..r' ' __ _ ~'.'_..--,'_j¡."'_¿ -.'_.'¿;_`:.-'..'_.f'._à F ,-'df-'..;:_. " 5 :L if; _'- _-f.¿._-":". -¡'f_!_ __-.¬.. _ - _»_-_-..-.- _-.- -. .:.-,r. _ ..-.¬--._--:_-`. '-,. , _ L . .-_-z-z.:---_'_'..~....:- _. _ G ."_:7;.-:_=.'~=.-'_-.:_ :=-'.;.'-.'.'-?-'r1==-!.¬-..'f "' _u-.-\.¬;¡'.,.' L '_ _.-"-_-_”,-"..ø_ ";-.'.ä|.-1-. _-. -._-.'T_'¿'-_i:_-z' ' '.'-'.'.L-.H-i. I-'.Z.';'!'-.g':='_... :__ ___* `_,.____ .- _ - . -"___ . .¡_.,._-__.. _ ¬--- - - '-.'..-- .-_ z-_-.:".'=- '_ . H_ 35-; ,ft-.'_.'_j-f.'_-z.'.', _. _z'_\ .¬-..-. ._'f_ -_Ç"-. .\f-.-" -'ii _,-'S-..' " -"'.'.".: -'_ . '. '.-.'.--'¿1 '-Í' ' .'. \' _.-_¿--_1.l'Ír...'rr . '.'- .,_|.-...,`._-..J.'_|_*._' ' _' ,.-_-'._G_'_|'-;' §_";¬'.*' I.| -'. _ .'Ç-- -.-'.,|-__.¡~'-_-' .-.' _; ;-.'.'- 1'--1-2--1 .' 1' :.-.i__s _. ,_-.z .‹-».f_...- :... ._'~- -*.-_._._':.._:-_.....- |-. ,.._. I _¿-_-- _: ._-sz: 1 ._,._ H-".\'.`\I_'.~\_-\_' I_'.`..-' .'. '-Ã.'~_I'.-_' z_'_' \"'-'-\.".':".'T:"'- I' Ã`." . '-Í." -"1-7.'-'ll'-'Y' - .'_-_¿~ ¡ .;,-‹.-;-. .,.'.» ¿:.-'_.'-.: ‹._¡ _'.¿: .-- _-._-'¡.'\,'_-_¿¡_- .1 ,. - .-_- _ _.z__._..--_---_\....:-1.'-.:;.,-__..-' Í-,'..' ,-'-'-:\--.- ›- r.¬'-¬.:-:--'-.._.~,.__¬.-. .--`. ,_ -__. . --.'-_ .“- .- . ,_-_;. .': ': . \ n-“J'._ š'_'_','-.;.\_J_.;-:_-_-, '_ _‹_-'._'. :-_'_'.. - .- - _-. "-_'¡~-_'t;¿.¿ .'. .':.-.'. . I Alejandro Mazoral _seu conceito, e sim na sua apli- cação prática: tem-se que veri- ficar o que os aliados políticos de Cardoso fazem no Congresso e se votam algumas medidas im- populares, como aumentar im- postos ou despedir empregados públicos, às vésperas de um ano eleitoral. Creio que uma coisa que daria maior respaldo por parte dos mercados ao plano se- ria uma participação mais ativa do FMI na sua implementação”. Enrique Pescarmona, presi- dente das Indústrias Metalúrgi- cas Pescarmona (Impsa), reco- nheceu que as medidas imple- mentadas por Malan “nos afe- tam, já que nossos clientes no Brasil nos pedem que finan- ciemos em reais e não em dólares, o que faz com que te- nhamos que assumir o risco cam- bial brasileiro”. Apesar disso, o empresário de Mendoza, que possui uma fábrica de autopeças na cidade de Recife, considerou que “o Brasil vaisair dessa crise mais rápido do que se imagina”. Os funcionários públicos ar_- gentinos são mais otimistas que os empresários. Para o subse- cretário de Comércio Exterior, Alejandro Mayoral, “a crise do Brasil amplia-se: sua enorme economia informal ajudará a driblar a recessão. Além do mais, uma diminuição nas ex- portações argentinas ao País não causará grande impacto nas pre- visões de crescimento da Ar- gentina para este ano”. Jorge Hugo Herrera Vegas, embai- xador argentino no Brasil, que também esteve em Bariloche, destacou que, “se houver re- cessão, será por muito pouco ternpo”. (G.N.) I 7;-‹f+ --e f fa'-'-'-f--Y-=e¬*-:'s'v=-feira. -z .¬ ;" 4' ~ Ê E, l ` :.'. . _ _- . - .fit¬| J q - _ ~ã-›‹'2 4.a: _:.7 ' es ' -z al ` .`ffl_ ¡'. “T ' . _ . _-: 5-..¿5(_¿"¿ . . . ‹ O«rm “sv Y *ti-; , ¬ í 1 r í I Ajudando o Mundo a se Comunicar Image-243 I DE 17 A 23 DE NovErv|eHo DE 1397 GAZETA MEHcANT|L LAT|No-A|v|En|cANA 1 5 ¡- Menor ritmo de fusoes no setor financeiro Mara Luquet * Flio de Janeiro recente volatilidade dos mer- cados globais deve desace- lerar o ritmo dos negócios de fusões e aquisições no setor finan- ceiro latino-americano. Este é um setor que vem passando por fortes transformações, com a entra_da.de grandes grupos financeiros intema- cionais na região e a própria fusão entre grupos locais. Mas, desde a crise deflagrada pelas economias asiáticas, várias instituições finan- ceiras amargaram perdas pesadas, e há fortes rumores de que muitas en- frentam sérios problemas de li- quidez. Este é um ingrediente novo e importante que deverá colocar um freio, mesmo que temporário, nas fusões e aquisições nesse setor. Luis Antônio de Almeida Braga, vice-presidente e um dos donos do Banco Icatu, um dos mais ativos bancos de investimentos no Brasil, diz, no entanto, que os negócios em todos os outros setores deverão con- tinuar aquecidos na região. “A crise de liquidez em algumas instituições deverá esfriar os negócios de fusões e aquisições no setor financeiro, mas só até ficar claro onde estão os prejuízos”, afirma. Para ele, prevalece o enorme potencial econômico da região nas decisões de investimentos e muitas ope- rações estão a caminho. Os analistasdo banco Morgan Stanley Dean Witter concordam com Braga. Eles acreditam que, de- pois que a poeira baixar, prevale- cerão os fundamentos econômicos que sustentam a confiança do banco na América Latina. Em relatório fechado no dia 31 de outubro, desta- cam as reformas econômicas em an- damento, o bem-sucedido combate dos govemos ã inflação e o aumento dos investimentos como ingredi- entes que levarão a um crescimento saudável do PIB. As estimativas dos analistas do Morgan sobre a taxa potencial de crescimento da América Latina de 1997 a 2006 é 60% maior do que a taxa efetivamente registrada de 1987 a 1996. Brasil, México e Ar- gentina, as maiores economias da região, deverão experimentar au- mentos substanciais no -crescimento - que vão de mais de 50% para o México a 100% para o Brasil. O Morgan define a taxa potencial de crescimento como a taxa de cresci- mento média anual do PIB sobre um período específico de tempo que um país pode conseguir, dado' um certo nível de estoque de capital, assumin- do que as atuais condições econômi- cas prevaleçam. A América Latina já está experi- mentando uma expansão mais forte, insiste o banco: o crescimento em 1997 deverá estar entre os mais altos registrados na década. Esse cresci- mento tem sido possível graças à implementação de agressivas refor- mas de mercado (que começaram um pouco mais cedo no Chile), de-' pois de um doloroso período de ajuste econômico nos anos 80. O Morgan acredita que`a Améri- ca Latina tem os componentes económicos necessários para tomá-la uma área de investimento atraente. Seu potencial de cresci- mento está aumentando, o poder de compra melhorando sensivel- mente, a produtividade cresce e a inflação permanece em patamares administráveis. _ I ' ' Ponoromo Seforlcrl f`¡ o “Preocupaçao sim, mas sem alarde” Oscarltílas Montevidéu inda que com algumas nuanças, a maioria dos analistas econômicos uruguaios concorda que o pacote fiscal brasileiro retardará a economia local. A princípio, os setores que registrarão perdas serão o automotivo, o de ves- tuário e o têxtil. A temporada turística também poderá ser afe- tada na medida em que as de- cisões brasileiras tenham um im- pacto recessivo na Argentina, já que o maior fluxo de visitantes ao Uruguai provém daí. A Cámara de Industrias do Uruguai (CIU) já pediu ao go- verno de Julio María Sanguinetti a redução da carga imposta para melhorar a competitividade da produção doméstica. Na semana passada, o presidente do sindi- cato fabril, Diego Balestra, definiu a conjuntura sub-regio- nal como “um inquie_tante cenário que mostra um ajuste brasileiro que afetará a demanda de produtos do Uruguai”. O próprio presidente uruguaio admitiu que “nunca se sai ileso de uma situação regional como a atu- al”. No entanto, garantiu que seu governo “assume com preocu- pação, mas sem alarde”, o ajuste decidido pelo Brasil, já que, devido às reformas estruturais empreendi- das pelo país, “aborda-se a crise a partir de uma posição mais forte”. I nu' Iri e afetaMerco ul Severino Goes Porto Alegre cri se do mercado financeiro internacional, que afetou mais fortemente o Brasil e cujos efeitos ainda deverão perdu- rar por muito tempo, deverá atrasar, em, pelo menos, três meses, novas decisões de investi- mentos conjuntos no Mercado Co- mum do Sul (Mercosul). Analistas e empresários consultados pela Gazeta Mercantil Latino-Ameri- cana são unânimes em afirmar que somente em fevereiro ou março do próximo ano o quadro econômico do bloco estará mais desanuviado e em condições de balizar o planeja- mento das empresas. “O fio do trapezista ainda é uma linha muito tênue”, disse a este semanário o consultor Mauro Laviola, da ML Consultoria e da Associação de Exportadores Brasileiros (AEB). O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e do Conselho de Integração Internacional da Con- federação Nacional da Indústria (CNI), Oswaldo Moreira Douat, acredita que ainda é cedo para avaliar, em toda a sua extensão, os efeitos que a crise terá na econo- mia do bloco. Segundo ele, as bol- sas de valores 'da região, princi- palmente o mercado acionário do Brasil, ainda deverão sofrer um forte ajuste para baixo. “Quando isto acontecer, é que se saberá a redução real da massa de recursos ã disposição para investimentos e o que era dinheiro especulativo”, afirmou. “Isto é o que vai determi- nar o que acontecerá com o Mer-' cosul”, prosseguiu. Na opinião do empresário Sér- gio Correa, presidente da .rt 'shi- . .'f "- .;.:“,. '-_-.:-. = ~. " .. ,kl .ft `*'.-É 1 -zr. “iii-. -zr, diretor-superintendente da lnnova Petroquímica - uma associação en- tre a Companhia Petroquímica do Sul (Copesul) e o grupo Pérez Companc, da Argentina -, Flávio Lucena Barbosa, a elevação da TEC deverá “reforçar as empresas = do Mercosul” no caso dos produtos 1"»' '.'6-'¬ -1 - ¡ _- ' f .-. . .: ' "' 1 na? u FJ .` rH; ;": l _ 1;-‹ ¿-,É:-='» "~;:.`i."i,' ',1'ó'..`-I` I_' ¡'.__ _:4-^ri.'. -luné-HI' _}¶<___:..____ __;.:¿.¡.›§_.__¿___-_ . .tP”.:Nr 1~57.L^L..."-___\_.\._;___`_ -Ir-.J"-"`”ir' ,s._. ,gn,_,_,=_ E?';'¡|:_Í'..__)'"¡_ Ê.-'if'||-_` 'ln ¡/. ____|_ _*-__|\- ;-_-\É-fítf-a~»›-r-_¬.."__.L__¡_,.¡.'\ siii*-'R .___ rerrfiit“ÁF, try'̀ i"r petroquimicos. Embora os produtores aprovem a elevação da TEC, o consultor ff avio a isse ue exrs emMauro L ` l d' q ` t - “f-*"äi1"j-°:,l.Í'Í-¶_é;-'¿1.í?¡(.;.'§.›. outros aspectos a serem levados ` .-_-'.-==-'.1_z- :'12 -`-1.; . _,;~'.-_-_.‹›;-_ em consideraçao. No caso do '¬ -- ' -..' _, \I.- '- '.-_ -'- -L .'21-I_.";,('.,. -.à ¡ _" ' ' ' 71 _ ff-Í ,f _Q;r¬¡L4¡.f ~'-.-.¬-5 ‹‹'.'=a -‹=_,--':--ze -'_ -~ --.,'|: '›'.'- '.-'-'s:_'.\' ~-‹-,;`;| ,_="'. _-. ~,i¡'jz¡..-;_-".L.,. -'ti -: ;-z:-~. ~ .~ -' -,-¬ _, -.“:'-;-z;_-'. - -r--,--'-2 J" . . 1. `:- ' 4-' .- 5 JI - " _ - 4 - . 1 _. ¬ . _ ` . |",\ .U ni- 'lis I. .- -¬- ' Oswaldo Moreira Douat Belquímica - empresa do pólo petroquímico do Rio Grande do Sul -, o comércio entre os países da região deverá reduzir-se drasti- camente a curto prazo. Isto terá re- flexos, segundo Correa, na tendência de crescimento que vi- nha sendo demonstrada pela economia argentina, acarretando, ainda, uma redução no superávit que a Argentina vem mantendo nas trocas comerciais com o Brasil. “Vejo a situação numa perspectiva otimista. A tendência é que o mercado brasileiro, que é o maior do Mercosul, fique muito complicado em dezembro e janeiro. Mas, em fevereiro, a situ- ação deve melhorar”, disse. O aumento na Tarifa Externa Comum (TEC), de acordo com Correa, deverá favorecer os produ- tores locais de petroquímicos, que sofrem forte concorrência dos pro- dutores internacionais. “Esse au- mento diminuirá a pressão dos pro- dutores de fora do bloco e ajuda os produtores locais a protegerem seu mercado”, afirmou. Na opinião do Uruguai e do Paraguai, economias que dependem de produtos da Ar- gentina e do Brasil, tal dependên- cia poderá aumentar ainda mais devido ao aumento da TEC. Para o Brasil, disse Laviola, o aumento poderá ser prejudicial, encarecen- do o custo de matérias-primas e insumos importados. Isto porque, além da TEC, no Brasil, os produ- tos ainda sofrem a incidência do Imposto sobre Produtos Industri- alizados (IPI) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A Argentina, na opinião do consultor, seria a mais beneficia- da, porque, com o aumento da TEC, poderá eliminar os proble- mas que teria com a Organização Mundial de Comércio (OMC) ca- so mantivesse a cobrança da taxa de estatística de 3% sobre as im- portações que realiza. “Os inves- timentos produtivos deverão ficar retraídos por um prazo não inferior a três meses. Embora o governo brasileiro tenha tomado medidas para proteger a moeda, ainda existe uma expectativa de desvalorização do real e os in- vestidores deverão ficar mais re- ceosos”, disse Laviola. I “ .z. _.;:;.,;:¡.¿.;.`;.;:;.,;.;.,¡.;¿,;:;.;.;.;: -: .- ~c;~¡f_‹›_ (.'*'~_ :'_¡_ Í¡- ;,¡r_ zzr-:r¡::¡:r-:z¡.. .. . r.. : - F . E 7 E Í E 7 7 7 Í T l';; _;z._.5zz›;z=z';;Ê',>.~꧛;~.s=z.!;=:=‹=.!=:=:=-=z=-=:r§:=:=-IÊIÍÊfz; \z ~ 'Ê .l ~: :^ :':.:1z:u: r ~ 'l - :'34- â.¡.<'t:f:f:"I'*Pit-¿'¡f""'¡$:Íͧ=E$ÊiE=ÊiiÊ¡¡i¡i'ëiíãiiíi~ i É ' fi if iii: ' '21 i^""Í¡l'|ÊÉiÍÉ*í'i-E' - É ' É Í É 2.1: ¬¡--Ê{›;ç- Ê*-ÊÊ .âz . . rã." ',..;.:|.- : .. . I a=a=â=s=s=s=s=ss=s=s=sf.z^;=.:=z===z=sâag?š§fÊÍ: ti â;,;¡ ' ` ' '11:1:I.':i:i:i:i:i:i:i:=:i:i:i'í:':¡.¡:i:-:1 .` 5.--.›. H 'z._¿ '.- [`\' -5É:Í:1:¡:=:í:i:¡'=:2=;í:¡:i'í:'r-:"=:1'F:i»;¿:-`›:"l ' 'F.. ..:;:;:_:;:;:;:;:;:›\;:-:--:5-:-:;:-¢ ^ 9*-›l * 3 5:' :-:‹:-.›: tz:-: . z .rpg › * fi “ ?l`£` - .››. ç g' :vv :Le 2. ;:§:§:§:§:¿:-:¿.§:š'É;§:;.1:i'íf:;_j' :='~ :_ EH ;~ 1; šdfffzi-:i¡Í¡l,l-“il3 ll À l . É. HIOI'elfa III eI'IIaCIOI'Ias.5=5'a=a=s=:fs='=z.z-:às:¡g¿5zz=z¿. ~-afã . zz, -tz~,1‹,‹.,.*.lzz...~ ¿¿.,çâ.,,,<z.z,. .-. z ¿, ~ - =~~¿ ~ _"'=:=:i:i:i:i:i1.:i¡': -r~:=.>~ --1-z.,..z " :-.^. .. . . ' ...=¡‹£~ 2; 'I-'1';= -: , .,':-^;'_ _ _: _' 1i5=:.zz=;z;;,;z.,=-;:;.â==¿¡'~:=Á§;¿êé- =: %3,'~=l:r.iii-.lâizríšq-*aff_ -;=¬ ^- m 5ai:sá-ë.'z==.z§2-*.'.-:.:;'-.zzêãä-¬¬.* "'=1* 2áÍ.i.~zf:¢I›'-.‹*^='°-‹ * ~ ''1'i*i",.; 1.?? ã¿',:¡älS-',E]í.Êi _. =I;::§._: ' š<›.zfí :§.$Í:›'- " › " cI.3.Íit`w'š`í É .ez â. I=?>:;'fE.;lz__-z' =z-3:55-.=5-.=:5 =:5 5% gs ._ _. F' W 1 :x-' ;~;-"Ê'fi:_?-'I;.›3›1f.S;:;..':›¿:§::-:§§::§';§šE::;›:§£;¡::§ *-É '=':-* *rir _ -‹~ ng Améfiça Latina, ' idade única de encontrar . f‹qzrJelreram o setor na Europa, EUA e Asia. , í _. j::§: . :¡ Lil ` , " ' . - .ê.'= fi ' ' z de Tecfloloova em Seou faflcfl¡ _ Ç' t -__ ~ ‹ - - ~ .'\ eu*AuM?-== ea-‹‹‹'f“' -az 6 dB CIGZGITI b |'O Dias 3 e 6 - das 14 as 20h Brasil mas 4 ° 5 das 14 as 21 “Í“`l.š5-=.=`-=-= lt .-`*-;-- Í1=.~ .. ~ zz.›.,.;.z=zz~z,;â,=.5z§. -. ' .: ;:›.› ._ _ _ _ . .. . . *,iëgi;tsáo1ier_epie;pocotesespeciais de viagens. Con tante o escritorio do Varig" metes' fieóetgittecoa 3233.$- sem “WR , › t - .-.,.- 1:5 . :i'_-,;.z.___., ,r ;¬ `¡ . 'I-i ..~:=:- És-\`:':"'. as :Ziza-zziiifi"r`¡':L-:L::-:Í.l . . *az-^ z: 5;. 2 5- 1-' ft- va ‹› -\ -\ ea Fórum - Tel.: +55 ro) 21 224-sra4 Éš ~ .Í!3»,Ê=›s› T1""=§Í*5=5§5==í"5'55i5=55=5E5=5=5:5:5=5E=š5išišíšfiíitšiš'ÊEÍ" ' 1 *É '*- .. i' ._ _ 3.[ * .:5;"Íi55i-';:5§'gÍ;:i _Ii š` ' -1 =š;e*rl_¬.rÍiando este ou om ara o fax: +55 O 21 533-6409V-». --. .,..,.›‹ Q 1 I Q I I n I I-i 0 it Á ici I I ¡ I \I r nN n D D I I ¡ ¡ ¡ n U ¡ ¡ ¡ ¡ ¡ ¡ ¡ Ia ¡ D a n n 0 U nz n Q I:-:':_;: ` -` 15% '_' .1.i.'^= -liãi'. r› __ 5 ° _ _¬' . 1 ti. E , ¡¬¿\ ,..,......>.š-C5. lflšz-1-zš-1;;-"_Í'¡ .› * "1¬-`~ " “z- fl' “ _' .z:-`;=§'_I;j§:.ir=¡r_`-az' ',~" zf' zilríi'. . -,lina_¢"lf_._š Q Q ¡ I I I Q 0 D 0 Q 11 u I F . _.. :.-. ___.:.1 ääqgãiãi-_-f.13>{;_š_;¿,*~.1555: I I D I I I I I I D U C I Q I I Ç I I I C O I I O I I I I I I I I C I Q I I C Í I C I I O I I I I Ç I I I I I I I II 'Íl:."¿::;1-:z.`;.i E-'J lili :r:; ' -lí!-'Í`¿[?Ílf,l¡I[` --'j _v." 5. ' ill 'Z _ _ _ n _?I [IIIÍ QUI IIIIc Iill I IQ III; UIQ ou : I Q l u ¡ c Q I I O I 0 ‹ Q I 1 o D Ç Q ou l ø | _- :--: '-:~:;:-:ur-::-.:-::_:.1¬›* __¿.~'¬^ -~ _--*¿: ¿ 5 new-› _¿:, _: ¬ J g 1,:_.Íí;é‹r-:.¿¿iaaãaaãaaiaaãzazzzizaãits..-*T z,§jz_ä5=___.i.=2§*.z ‹¿._=ä¿t1E§§.=*; 5- ii. _ Í _ *_ Í _ _ _ _ -er _ af Image-244 6 I GAZETA MERCANTIL LATINO-AMERICANA Om DE 17 A 23 DE NOVEMBRO DE 1997 É 1 O Chile nao aceita Ef@ii°S S°bf@ as Aumento do TEC irriio governo chileno Vfindas d() Pfifu Macarena Herrnosilla EI Diario' ó com a imediata revisão dos programas de eliminação de tarifas acordados com o Mer- cosul e o compromisso de conce- der compensações, o Chile aceitará a decisão de aumentar as alíquotas da Tarifa Extema Comum (TEC). Com a TEC mais alta, o governo argentino vai compensar a Taxa de Estatística, um imposto cobrado sobre todas as importações para fi- nanciar estudos na área de comér- cio exterior. A OMC já decidira pela eliminação da taxa, o que causaria um prejuízo anual entre US$ 400 milhões e US$ 500 mi- lhões. Durante sua passagem por Brasília, 0 ministro da Economia da Argentina, Roque Fernández, disse que a decisão da OMC equi- vale a uma redução. - Segundo o ministro da Econo- mia do Chile, Alvaro García, com 0 aumento tarifário “não restará mais o que aceitar, devendo ter início um processo de renegoci- ação do acordo com o bloco”. De acordo com o aitigo 47 letra J do Acordo de Livre Comércio en- tre 0 Chile e 0 Mercosul, a Comis- são Administradora do tratado poderá “revisar o programa de li- beralização comercial nos casos em que uma das partes modifique 'na Decisão parcial OscarViIas Moritevidéu Os ministros da Economia do Mercosul, reunidos em Montevidéu na última sexta- feira, decidiram que o Paraguai e o Uruguai man- terão transitoriamente os níveis atuais da Tarifa Exter- na Comum (TEC), enquanto a Argentina fará modifi- cações “a curto prazo”. O Brasil obteve dos seus sócios a autorização para ele- var em 3% todas as alíquotas substancialmente, de modo seleti- vo e/ou generalizado, suas tarifas”. O secretário de Estado garantiu que os benefícios tarifários acer- tados no convênio atenuarão o efeito de uma alta de tarifas. Isso se reflete em que, por exemplo, um produto chileno que enfrenta atualmente uma taxação de 10%, com uma preferência de 50%, deve pagar apenas 5%. Se 0 TEC aumenta para 13%, pela soma da taxa estatística, deve-se aplicar a mesma preferência, fazendo com que 0 residual suba para 6,5%, ao da TEC e a Argentina deverá fazer o mesmo. O Uruguai e o Paraguai conseguiram que a medida fosse flexibilizada para só entrar em vigor de- pois que os setores técnicos dos ministérios da Economia considerem sua “modalidade e extensão”, explicou o mi- nistro de Economia uru- guaio, Luis Mosca. Segundo ele, 0 tema deverá ser nego- ciado em dezembro, durante reunião do Conselho do Mer- cado Comum.- contrário-de terceiros países, que deverão assumir totalmente a no- va tarifa, por não contarem com tratados com o bloco. O chanceler chileno, José Miguel Insulza, acredita que 0 obstáculo tarifário não prejudicará o acordo que 0 país tem com a união tarifária, mas dificultará ain- da mais uma possível entrada ple- na do Chile. Além disso, à medida que aumentem as tarifas, haverá um maior desvio do comércio in- tra-regional, advertiu. I 'Rede de Diórios Econômicos Uniao do einpiesaiiado Fiesp e UIA firmom protocolo poro desenvolver o comércio Femando Lopes São Paulo e o Encontro das Américas, realizado em maio deste ano, em Minas Gerais, serviu para garantir um lugar de destaque ao empresariado do Mercosul na mesa de discussõeslsobre o processo de formação da Area de Livre Comér- cio das Américas (Alca), o pacote fiscal anunciado semana passada pelo govemo do presidente Feman- do Henrique Cardoso mostrou que os empresários brasileiros e ar- gentinos continuam unidos defen- dendo com firmeza o estreitamento das relações no bloco. Um dia após o anúncio oficial das medidas que serão adotadas no Brasil, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e a União In- dustrial Argentina (UIA) firmaram um protocolo de cooperação que tem por objetivo “promover o crescimento, desenvolvimento e promoção do comércio de bens e serviços e dos investimentos” entre os dois países. Se assinado antes da crise mundial que abalou o mercado financeiro, talvez 0 acordo passasse despercebido. Em meio aos raios e trovoadas que anunciam recessão . :- \:;"'f.."".v' 'W _. -.J 'É- -. 1̀\O \\O `' \~ _ ‹_.\. ` .r ~._-.'¿';'_-':-_.-. ,¡\.`*.'.'.É-I",.'Z::_ -'§'¡'¿:.'_-_:‹z'.1-;.'* .-¿..__.---=z-E_-.,"É-'- :̀Í-'¬. .. I. I. z:Í.1.. 1'--sl \\-. ._:" ‹‹'.-'-:-.:-¬ z-...':'.¿ l_.1 ‹̀._g_:_.I_._.nf\\\?'-*"..«-P* -fwa:fz- :.- _. W .YH z›_'.--..=:'.=_ zí'-1. ,- f .'."'*!'55-"'Í"' '.Í Í**! ."" `-faz; - -- .,__ ,wr- afã* fi”-'-' . '.-__'f7^".'.'"" ..‹'?z;- -.: 1"-'T ` I' I' - c --1' ." '. ' ' *'~='¬.. ~i.'‹'='-'-.-.-'èI-. ›~"1' .fl '=. - ¿'f'.iÍ.2`. 7* Z' ,,'I'._'-..› 'i I ,-.¡¡ _| _-.. '. --.I-.rf 'L-zí ,taí ",_ *`-' ,ge-'.-_'-f;*f=:.~z'..-_ ' . ,+'.'_~‹.-aff . ›j. A .,-z-..':“- W.-¬ = J- =- --.r/.-. ~*=`\`- | JT/ .-.~- .qfif -A " \_\'|r.¬-'.'2"_~'f'. '~\Ãg_Z". -'Â'-.S If'-7'-' `. "-""7'z|-l7".'.- .z'?â=,'.-.`¿-Í-;'.'.=-.¢'*Ét<.\~,»`›.É "',‹iz'-"=Ê¡=.-.-' "-'-.-.far =--.r.-' |" . .'-\ ""` ".f_..;.'~z;z".~'-Ç-.__,-" Â'-É-"-' .‹ J?- , '=-.sc *- '- ' ‹ 2--r ' .- .J;:'---;_'.-“- ..- _!~-“'ë'-,ltz-` É 'L-114!. .-.~"*='>;'~'”-*-z'...@;z.\¿-nf-2* : - . '\ .ffèš z * "'._"!T'i'\:~:;Â.;_-':-'- .-` 11 ~.;S:?›,"_J_:.;..f‹›$'.`< \\': .S _tis.tjsa,ç _'.'_\..)‹r~° 51.''_v¡.j,-' _d'.1'"'.f'_. '.z\v°'5;||f.¶ '--›,¡ Í'/UÚ?I /áffffyè R -`-I' `\` ¡ I 'Ê -I '* B. \”\- fi?` \ _-a'_ '5›\¡-* v fr; '., \` 1: _- ' T \ › .'_-_.' :__\ ,i._ 3.- ¡ ~ ' .`<Ê,` *IÊÊ-~ a-_' ›_'. 'Í:':.`.zš" -- _-','._§Q- :'.:¬- .,.. -...-\ _\"~' ~ *': f '.I:=.~-._ _ \ 3 A I. '.J|;:Ê¡›Í;::z'r.-` l\:1"\ l .° ` ".-.¬ " , ._ 'fg-'.-.1.~.|@ .=1~:- ' _ .-\.. _ '.;:- z=' .'-H - \.~'z\`\,,_ . , fi j 1 . J_, .,| Carlos Eduardo Moreira Ferreira no curto prazo, entretanto, o docu- mento veio como um sinal positivo aos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Carlos Menem. “Mesmo com 0 pacote fiscal, a unidade de pensamento entre em- presários brasileiros e argentinos foi mantida”, afirmou Carlos Edu- ardo Moreira Ferreira, presidente da Fiesp. Segundo ele, o pacote fis- cal é amargo e terá reflexos nos 128 setores representados pela Fiesp, mas medidas realmente tinham de ser adotadas por Brasília. Algumas delas vieram inclusive com atraso. “Precisamos das reformas tri- butária, administrativa e da Previ- dência. Até quando nos queixare- mos de não termos feito a lição de casa?”, perguntou Ferreira. A principal preocupação da Fiesp, como Ferreira repetiu semana passa- da, é com o aumento das taxas de ju- ros, que já eram consideradas ele- vadas pelo empresariado brasileiro antes do pacote. “O presidente da República mostrou disposição de baixá-las. Que elas voltem pelo menos aos patamares antigos”, de- clarou. As críticas não significam, entretanto, oposição ao pacote fiscal. No Encontro das Américas, em maio, as divergências entre os empresários brasileiros e 0 govemo de Femando Henrique Cardoso também não di- vidiram a posição do país ou do bloco perante os outros países americanos. Pela reação da classe empresarial argentina ao pacote, segundo Fer- reira _ de apoio às medidas ado- tadas -, não será desta vez que haverá uma ruptura. Ao contrário. O Mercosul, “esse importante bloco que não é mais ignorado no mun- do”, sairá fortalecido da crise pela reação do govemo brasileiro. I Gestion* Lima m crescimento econômico menor no Brasil e na Argenti- na, em função da crise nas bolsas, vai acarretar uma queda no nível de consumo desses mercados, limitando as possibilidades de diver- sificação das exportações peruarias para esses dois mercados, avalia o analista intemacional Elmer Cuba. Um ponto favorável é o fato de que praticamente se tenha descartado a opção do Brasil e da Argentina de desvalorizarem suas moedas. Caso sejam mantidos o_s planos econômi- cos, exportar ao Brasil e a Argentina não seria tão caro como o fazer ao Sudeste Asiático, onde a desva- loiização encarece as importações. Em agosto último, 0 Brasil foi o sétimo paísicomprador de produtos peruanos. E, também, o principal sócio comercial do Mercosul, já que com o Brasil é feito cerca de 60% do intercâmbio de bens entre o Peru e o Mercosul. Nos oito primeiros meses de 1997, as vendas peruanas ao mercado brasileiro atingiram US$ 168 milhões, constituindo 3,6% do total das exportações do Peru. Da demanda brasileira de produ- tos peruanos, 86% estão concen- trados em cátodos e seções de cátodos de cobre refinado, mine- rais de zinco e seus concentrados, minerais de cobre e prata bruta. Essa estrutura das exportações do Peru ao Brasil permite prever que as vendas ao país vizinho seriam afetadas em uma magnitude im- 'portante no caso de serem cumpri- 6- das as seguintes suposições:` Por um lado,- a projetada diminuição do crescimento econômico no Brasil fará com que as empresas brasileiras, especial- mente a indústria pesada, deman- dem menores volumes de metais em_ 1998. Por- outro lado, é óbvio que a queda dos preços 'interna- cionais dessas matérias-primas, fenômeno que já' ocorria meses antes da crise asiática mas que foi acerituado. porela, afetará o mon- tante das transaçoes. As compras peruanas de produtos procedentes do Brasil concentram-se -em papéis e papelões, veículos para transporte de pessoas, maquinário in- dustrial (tratores e lagartas), pás car- regadoras e açúcar refinado. Deve ser levado em conta, tam- bém, que uma crise no Brasil afetará diretamente a Argentina, devido aos estreitos vínculos comerciais entre os' dois países e à semelhança nas suas políticas cambiais, definidas por um tipo de câmbio fixo. A Ar- gentina é o segundo sócio comercial peruano do Mercosul. Os produtos peruanos com maior demanda no mercado argentino são os óleos crus de petróleo ou de mine- rais betuminosos, minerais de zinco e seus concentrados, penicilinas, prata bruta, cochonilha-do-carmin e palmitos preparados ou conserva- dos. Em menor proporção exporta chumbo bruto, sulfato de chumbo e cátodos e seções de cátodos. A estrutura das exportações a Ar- gentina é diversificada se for com- parada com as exportações para o Brasil. Pelo lado das importações da Argentina, 0 Peru demanda cada vez mais crescentes quantidades de pro- dutos alimentícios, especialmente milho amarelo, óleo de soja e trigo. Levando em conta a recente in- clusão da agroindústria na Lei de Promoção do setor agrícola, será necessário esperar que os investi- dores fiquem animados em produzir esses bens para então substituir as importações. Enquanto isso, a ba- lança comercial peruana com a Ar- gentina continuará sendo deficitária. Antes da crise asiática, as re- -lações' comerciais com o Mercosul apresentavam uma marcante tendência de aumento das expor- tações peruanas e de diminuição das importações"procedentes do blocoz Caso se confirmem as pro- jeções nega-t.ivas com relação às economias argentina e brasileira, e cas'o`não se recuperem os preços dos metaiš em 1998, essa tendência se reverteria,'acentuando-se o dé- ficit'comercial_com o`Mercosul. I ,I . ` ' Rede de Diórios Económicos Menem elogia Cardoso NoraGonzaIez São Paulo presidente argentino, Carlos Menem, terminou sua visita ao Brasil par- ticipando do encerramento do seminário empresarial argenti- no-brasileiro “Mercosulz Apro- fundamento, Consolidação e In- serção Internacional”. Em meio a empresários dos dois países, Menem elogiou a “coragem” do presidente Fernando Hen- rique Cardoso na implemen- taçao do pacote de medidas de ajuste anunciado semana passa- da. O presidente apoiou inte- gralmente as medidas adotadas pelo Brasil e, referindo-se aos especuladores, foi taxativo: “No pasarán.” “O Mercosul depende das economias sadias de seus in- tegrantes”, justificou Menem. O presidente brasileiro não ficou atrás nos elogios. “Já nem sei mais como agradecer a cons- tante solidariedade do presi- dente Menem”, disse. I Image 245 Í DE 1? A 23 DE NOVEMBRO DE 199? O mIa GAZETA MEncANT|L LATINO-AMEt=t|cANA 1 1 SflflC°fVa1V@fld_@f Fretes mais caros m€nOS 80 Bfaslj Diesel sobe 3,5% evoi inchor custos dos emprescts Hamilton Almeida Buenos Aires Sancor - Cooperativas A Unidas Ltda., maior empresa láctea da Argentina - terá que frear 0 ritmo das suas expor- tações ao Brasil, em conseqüência do pacote de medidas econômicas anunciado na semana passada. De- pois de registrar este ano uma ex- pansão de 20% nas vendas ao Brasil, não deve haver crescimento no próximo ano, acredita 0 presidente da cooperativa, Adolfo V. Ferrero. O mercado brasileiro absorve 70% das exportações da empresa, que so- mam US$ 75 milhões por.ano. A expectativa de recessão no Brasil modifica radicalmente a evolução dos negócios das empre- sas lácteas argentinas. Com 0 Mer- cosul, as exportações desses pro- dutos ao país vizinho aumentaram vertiginosamente de US$ 26 mi- lhões, em 1993, para US$ 150 mi- lhões, no ano passado, acumulando um crescimento de 476%, segundo dados do Indec. Somente a Sancor comercializou cerca de US$ 52 milhões no exercício fiscal encer- rado em julho último, entre leiteem pó, leite em pó sem gordura, manteiga, queijos e soro de queijo. Apesar dessa expectativa não promissora, Ferrero declarou que 0 impacto será suportado com a espe- rança de um futuro melhor. “Não tra- balhamos para 0 dia seguinte”, afir- mou. “As exportações ao Brasil têm potencial futuro”, disse. Ele comen- tou também que a Argentina já sofreu um processo de ajuste seme- lhante ao adotado no Brasil, cujo teor das medidas “tende a ser recessivo". A Sancor possui uma subsidiária em São Paulo desde 1986. Com sede em Sunchales, província de Santa Fé, lidera 0 setor de lácteos da América Latina com o proces- samento de 4,7 milhões de litros de leite por dia. E fatura aproxi- madamente US$ 950 milhões por ano. Além do Brasil, os seus pro- dutos chegam a mais de_trinta país- es em cinco continentes. No próxi- mo ano, a capacidade de recepção de leite será aumentada para 7,2 milhões de litros por dia. I Francisco Góes Porto Alegre pacote de medidas anuncia- O do na semana passada pelo governo brasileiro deverá obrigar as empresas de transporte de cargas do país a repassar aos clientes 0 aumento de custos decorrente das novas medidas. A questão é saber se as transportado- ras têm margens que permitem ab- sorver os novos custos por um tem- po detemiinado ou se, ao contrário, precisarão repassar 0 aumento de forma imediata. “Tudo vai depen- der da negociação”, avalia Romeu Luft, presidente da Associação Na- cional do Transporte Rodoviário de Cargas (NTC) do Brasil. Uma das medidas que afetará as transportadoras é 0 aumento do óleo diesel, que, antes do pacote, participava com cerca de 15% no custo total de um frete feito em caminhão. (com capacidade para 12 toneladas) entre São Paulo e Uruguaiana, ponto estratégico no comércio exterior do Brasil com os demais países do Mercosul. Pe- lo pacote, 0 preço do diesel au- mentará 5,12% na refinaria, 0 que provocará um impacto médio ao consumidor de 3,5%. Este aumen- to pode representar um desembol- so adicional de R$ 22 por cami- nhão numa viagem de ida e volta entre São Paulo e a fronteira do Rio Grande do Sul com a Argenti- na, segundo cálculos do setor. Os transportadores também estão preocupadps com o aumento da car- ga tributária, inserido no pacote, e a entrada em vigor de novos pedágios no Rio Grande do Sul. Luft avalia que o repasse puro e simples dos novos custos aos clientes não é fácil. A preocupação dos transporta- dores refere-se as conseqüências da desaceleração da economia: se a in- dústria reduzir 0 nível de atividade, 0 setor de serviços, entre os quais 0 de transporte, será certamente afetado. No plano extemo, as empresas trans- portadoras temem que a restrição as importações diminua a entrada de caminhões pela fronteira do Brasil. Os transportadores gostariam, porém, de que o setor de serviços de cargas fosse tratado como exporta- dor, o que poderia garantir alguns benefícios. Na prática-, as empresas transportadoras pleiteiam acesso às operações de Adiantamento de Con- trato de Câmbio (ACCS), 0 que foi permitido no pacote aos produtores de insumos. Luiz Alberto Mincar- one, presidente ' da Associação Brasileira de Transportadores Inter- nacionais (ABTI), afirma que 0 ACC daria as empresas um impulso financeiro, garantindo-lhes compe- titividade frente às companhias de outros países. Hoje, 0 Chile é um forte concor- rente das empresas brasileiras nesse setor. O mecanismo do ACC permitiria que a empresa adiantasse junto ao banco 0 câm- bio correspondente a um embar- que futuro. Francisco Javier Gor- richo, diretor da divisão interna- cional da empresa Tora Trans- portes Industriais Ltda., com sede em Contagem, em Minas Gerais, destaca a importância do ACC para 0 setor. Gorricho entende que sua empresa, que faz_fretes para Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile, terá de repassar os novos custos para os clientes. I Folografudo no Hotel Sheraton l\-'\iram:1r. Santa l\'lÕniCa, CalifóYU o Luoân IDEAL PARA sr=.N¬rAR E PENSAR, com Amnrâuanros ¬roTA|.mENrE Eoulmoos PARA ous voct Possâ EN FRENTAR sr-:us Nseocios t"S"°i ”**›u-É Sheraton IIÍJTELEI ló Illš.l-.It)l'I'l'£i III!! l..iguc para Úalllll-3-3535 “U \›'|5iÍ`E' TÍUSSÚ ÉIÍC na lnlefnül \\'\\"\\›'.SheÍ`Ê|~l0n-CÚÍTÍ i Image-246 B I GAZETA MERCANTIL LATINO-AMERICANA Ia DE 17 A 23 DE NOVEMBRO DE 1997 ácito acordo contra acrise Guillermo Piemes _ de se fazer alguma desvalorização. Brasilia Chegar a essa moeda comum im- Argentina e- 0 Brasil op- e plica queo Brasil, aArgentinae os taram por uma harmoniza- 2 outros sócios do bloco com-irjam ção economica, legal e política completa para enfrentar os tremores e os futuros terremotos do mundo globalizado. Além de medidas imediatas que terão um efeito importante, como a elevação da tarifa externa comum do Mercosul ou 0 respaldo ao pa- cote fiscal brasileiro, os presi- dentes Carlos Menem e Femando Henrique Cardoso pisaram fundo no acelerador da plena integração que mudará profundamente as atu- ais realidades legais e econômicas. O “Mercosul político” foi 0 con- ceito que dominou as conversações entre os próprios presidentes e seus mais altos colaboradores, seja na re- união de gabinete conjunto, em al- moços e jantares oficiais ou nos in- tervalos do tranqüilo jogo de golfe entre uma dúzia dos homens que têm o controle do processo integrador. “Solidariedade incondicional” foi a definição de Menem ao se referir ao forte ajuste fiscal brasileiro, quando se encontrava com seus principais colaboradores e quatro convidados especiais, preparando- alta política e 0 golfe com freqüência cami- nham juntos, e isso acon- teceu também na recente visita do presidente argentino Carlos Menem à capital brasileira. Menem e a cúpula diplomáti- ca do seu govemo aproveitaram as primeiras horas de uma enso- laradamanhã para começar a jomada mais relaxados, jogando golfe, na companhia doschefes da diplomacia brasileira. O presidente argentino, que recen- se para 0 único momento de rela- xamento da visita, jogar golfe sobre 0 “green” bem cuidado do Clube de Golfe de Brasília. Menem jogou golfe bem, princi- palmente quando colocou a bola a um palmo da bandeira, ao executar uma tacada de aproximação no bu- raco 15. Menem jogou pesado para apoiar as medidas adotadas pelo governo de Cardoso, sem esconder que a Argentina deverá sentir a re- temente jogou com Bill Clinton em Bariloche, exibiu uma vis- tosa camisa verde, azul e branca e formou 0 primeiro trio de jo- gadores com- 0 chanceler brasileiro Luiz Felipe Lampreia e 0 embaixador argentino em Brasília, Jorge Herrera Vegas. Os outros dois grupos dejo- gadores foram integrados pelo secretário-geral do Itamaraty, Sebastião do Rego Barros, 0 embaixador brasileiro em Buenos Aires, Carlos Alberto dução do ritmo de crescimento do seu principal sócio e comprador de produtos agrícolas. Menem e Car- doso dobraram as apostas no Mer- cosul para enfrentar as incertezas dasbolsas, a especulação interna- cional, a competitividade comer- cial mundial e a pressão cambiáiia. Cardoso lembrou que, em 1995, 0 Brasil foi solidário com a Ar- gentina quando 0 colapso mexi- cano e sua onda especulativa pres- Leite Barbosa, os diplomatas ar- gentinos Jorge Campbell, Alfre- do Morelli e Alberto Dumont e 0 editor sênior deste semanário, Guillermo Piernes. Menem foi preciso nos seus 'drives' e teve boas tacadas de aproximação ao 'green', mas quem, entre to- dos, jogou melhor foi 0 min- istro Dumont, que fez justiça _ aos seus nove de *handicap'. O campo agradou a todos, apesar de, por falta de tempo, só terem sido jogados 12 buracos”. sionaram as reservas argentinas na sua proteção do peso e que essa será sempre a reação entre os dois países. Nos encontros reservados ou no Congresso, 0 presidente ar- gentino expôs que se deve avançar para a moeda comum do Mercosul, que não é exatamente uma moeda única para os quatro países do blo- 'c0. Mas essa moeda comum afas- taria qualquer fantasma catastrófi- co regional no caso da necessidade para 0 entendimento europeu de Maastrich, ou seja, a harmonização de políticas cambiárias,fiscais, taxas de juros a longo prazo e a manutenção da dívida externa em valores inferiores a 30% do Produ- to Intemo Bruto (PIB). Para acelerar e aprofundar 0 Mer- cosul, os presidentes defendem que seja harmonizada a liberalização do setor de serviços, com a livre circu- lação de pessoas. Para os cidadãos do Mercosul, deverá ser eliminado qualquer tipo de entrave. No reservado almoço presiden- cial, ficou sobre a mesa a aspi- ração de que todos os cidadãos dos países tenham os mesmos di- reitos à aposentadoria, a saúde, a educação e a votar e ser votado, assim como a obrigação tri- butária. Para acelerar 0 andamen- to da implantação da estrutura le- gal necessária, os ministros da Justiça ' da Argentina, Raúl Granillo Ocampo, e Iris Resende, do Brasil, comprometeram-se a imprimir mais velocidade a todos os passos nas suas áreas. I ¬ Image-247 E DE 17 A 23 DE NovE|v|3Fro DE 1997 n0 GAZETA MEF=|cANT1L LAT|No-A|v|En|cANA n 9 Argentina descobre novos nichos Hamilton Almeida exportações argentinas ao Brasil registram uma notá- vel expansão de 364%, o que con- trasta com a evolução global das vendas externas, da ordem de 92%. Nesse período, os produtos de origem industrial demons- traram maior dinamismo com ain- corporação de 32 novos produtos na pauta de exportações (nichos de mercados antes não explorados, como veículos e autopeças, princi- palmente). Já os produtos agropecuários incorporaram ape- nas nove novos nichos, entre eles o leite. O Brasil absorve 53% das exportações argentinas de bens de alto nível de elaboração. Do au- mento de 92% das exportações ar- gentinas, só o Brasil contribuiu com 45%: Esta é uma das conclusões do estudo “Evolução das Expor- tações Argentinas ao Brasil em Nichosde Alto Nível de Elabo- ração. Ganhadores e Perdedores”, elaborado pelos economistas Edgardo Figueroa e Jerónimo Morales Rins, da Fundación An- Buenos Aires E m seis anos de Mercosul, as 'Hílllllfflfllfãs-a9l'6Pe°UáI`¡fi5 ir Manufatúras _in'‹:Iustriais finais AT Mantém dinamismo Y Leite em pó Files de peixe congelado' ` Carne bovina congelada Azeitonas em conserva ¡ Produtos de padaria ¡ Peixe congelado ' Passas de uva Maionese embalada Bombons e cararnelos Alimentos preparados Peixe refrigerado Pêssegos em calda , Vinhos finos engarrafados * Outras frutas em conserva ! Tomates inteiros ou em pedaços I ú I Perdem dinamismo Queijos Extrato de tomate Manteiga Azeite de oliva embalado Mosto.de uva Nichos perdidos Subprodutos de carne bovina Ameixa passa com caroço Condimentos compostos Ervilhas em conserva Preparados para sopas Ameixas-passas Legumes em conserva Damascos-passas Sidra engarrafada Novos nichos Leite integral Alimentos preparados com cacau Batatas elaboradas Chicletes Figados Mussarela Sorvete em embalagens de 2Kg Massas Prod. à base de cereais Chocolate Conservas de peixe Chocolate branco O peso dos automóveis ntreosanosde1990e 1996, E os produtos agropecuários complexos sofreram uma diminuição de participação na pauta de exportações argentinas de 78% para 63%. Apesar disso, houve aumento no volume de operações de US$ 239 milhões para US$ 645 milhões (169%). Por outro lado, as peças e com- ponentes de automóveis regis- traram uma evolução de US$ 14 milhões para US$ 60 milhões (328%) no mesmo período, dina. Em 1990, a Argentina pos- suía 135 nichos de exportação para o Brasil. Em 1996, esse número aumentou para 178. No total, foram criados 82 novos nichos (exemplos: automóveis, medicamentos, leite, turbinas hidráulicas, válvulas de pressão, painéis de instrumentos e carbu- radores), mas se perderam outros 140 (subprodutos de carne bovina, com os nichos de exportaçao saltando de 16 para 27. Já os negócios com produtos industriais finais aumentararn ex- plosivamente de US$ 119 mi- lhões para US$ 1,273 bilhões (969%). Amparado pelo regime automobilístico do Mercosul, as exportações de automóveis acu- mularam, no ano passado, US$ 766 milhões (as vendas eram nu- las em 1990), e as de medicamen-_ tos ficaram em segundo lugar nesse setor, passando de US$ 53 ervilhas em conserva, contro- ladores automáticos de tempe- ratura e papel-imprensa). Por outro lado, 63 nichos apre- sentarani maior dinamismo (leite em pó, filé de pescado congelado, came bovina congelada, motores, caixas de câmbio, calçados e pneumáticos) e 32 perderam di- namismo (extrato de tomate, quei- jos, garrafas de vidro, caixas de milhões para US$ 54,5 milhões. Os automóveis e os medica- mentos representaram, em 1996, 91% do total das manufaturas de origem industrial (MOI). Os bens de capital também apresentaram um forte crescimento, de US$ 77 milhões para US$ 383 milhões (397%), a reboque dos produtos automotrizes. Os novos nichos surgidos nesse segmento per- tencem, justamente, ao complexo automobilístico (caminhões e chassis). (I-I.A.) papelão ondulado, sacos de polipropileno e tomos de controle numérico). A maior natalidade e mortalidade de nichos aconteceu no segmento das manufaturas de origem industrial. Entre os anos de 1990 e 1996, a participação relativa dos produ- tos automobilísticos passou de 12% para 66% do total, enquanto os produtos agropecuários finais sofreram uma redução de 41% para 19%. “O crescimento evi- denciado nas exportações ao Brasil de produtos de alto nível de elaboração é explicado em 86% pelos produtos industriais e quase 80% pelo setor automo- bilístico", destaca o trabalho. “Esta transformação só foi pos- sível graças as exportações do complexo automobilístico, que se multiplicaram por 25.” Motorizadas pelo Mercosul, o aumento das vendas ao Brasil “não foi acompanhado de um au- mento da participação dos produ- tos de alto nível de elaboração no total exportado”, concluem Figueroa e Rins. Já “as expor- tações de baixo ou 'nulo nível de elaboração incrementaram sua participação”, aprofundando a primarização dos negócios. Entre 1990 e 1996, o peso das expor- tações de nula ou baixa elabo- ração passou de 43% a 46%, en- quanto as de muito alto nível de elaboração sofreram uma redução de 6,4% para 5,3%. Mas as expor- tações de alto nível de elaboração tiveram uma participação cres- cente: de 29% para 32%. I Edltüria de Al'1G.i`GaZ61B Mercantil L31i.|10-Americana E¿|¡1°r¡_a da N-|e¡G¡¡¡a¡¡¡ Mama"-¡¡| Lm¡¡-¡,°_¿n-,W-¡c¿na ; . . _ (nichos de' exportação dealto nível de 'elaboração - em milhares de USS) F T (nichos de exportação de alto nível de elaboração - em milhares de U$$) l Valor 22.155 34.73947.-740 -30.0432.100 5.933_ 4.000 1.1071.090 2.3311.700 1.3551.333 617 696 31.166 17.691 5.602 4.300 1.260 7.653 3.962 2.072 1 .335 1 .309 1 .006 729 660 555 70 340 700 160 99 150 0 370 "\IO8O 7,_2 11,4 15,6 9,6 0,7- 2.0 1,3 0,4 0,3 0,6 0,6 0,6 0,5 0,3 0.3 10,2 5,6 1,6 1,4 0,4 2,5 1,3 0,7 0,4 0,4 0,3 0,2 0,2 0,2 0,0 0-,1 0.2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 Çomportamentoinichos 1990 _ 1996 1 % Valor- % 136.191 116.655 93;406 64.146 19.266 10.646 6.563 7.256 6.619 6.349 _ 5.900 4.620 1.651 1.061 960 21 .359 1 .606 3.922 2.254 623 150 0 12 50 0 0 211 0 13 26.300 21 .103 20.150 12.253 10.239 6.199 7.430 6.607 5.020 3.934 2.990 2.094 L Aumentam o dinamismo 13_5 É Toalhas higiênicas, fraldas e absorventes 1 1 I4 1 Calçado 9,1 = Pneus para automóveis 52 * Manufaturas de plásticos 1,9 - Outros impressosAditivos para óleos lubrificantes : Herbicidas ›_ Livros " Revistas Filmes para raios X Manufaluras de ferro ou de aço Reagentes para diagnóstico Inseticidas Manufaturas de borracha Tubos sem costura Papel para decorações Papéis e cartolinas estocadas 2 1 Perdem dinamismo 0'2 ¡' Garrafas de vidro _ 0'4 1 Papel para impressao 0,2 0,0 _0;vw--_ -.- 1,1 0,6 0,7 0,6 0,6 0,6 0,4 0,2 0,1 0,0 Filmes para artes gráficas Caixas de cartão ondulado ¡ 'Sacolas de polipropileno ' ' ` Papel sulfito p/embalar Frascos de vidro Outros condensadores elétricos Máq. de lavar roupa até 10Kg Cámaras de ar p/veículos Papeis e cartões Nichos perdidos Unidades periféricas Papel impresso ` Seringas hipodármicas i 1 Brinquedos c/mecanismo e som ' Bandeias de papelão . ' Fungicidas
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