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Políticas Públicas para 
Educação Básica do Brasil 
durante o período da 
Pandemia do Covid-19. 
 
Fabiano Amorim Costa 
Stella Karina Leonel Wiziack 
 
 
 
Nº 08 – Dezembro/2020 
 
 
 
 
Universidade Estadual Paulista – UNESP 
Câmpus de Franca 
 
 
Diretor 
Prof. Dr. Murilo Gaspardo 
 
 
Vice-Diretora 
Profa. Dra. Nanci Soares 
 
 
Programa de Pós-Graduação em 
Planejamento e Análise de Políticas Públicas 
 
Coordenação 
Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa 
 
Vice-Coordenação 
Profa. Dra. Vânia de Fátima Martino 
 
Conselho de Curso de Pós-Graduação 
Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa 
Profa. Dra. Vânia de Fátima Martino 
Prof. Dr. Alexandre Marques Mendes 
Profa. Dra. Maria Madalena Gracioli 
 
 
 
LAP – Laboratório de Análise de Política 
 
 
 
 
 
Av. Eufrásia Monteiro Petráglia, 900 
Bairro: Jd. Dr. Antonio Petráglia 
CEP 14.409-160 
Fone: + 55 (16) 3706-8793 
posgrad.papp@gmail.com 
http://www.franca.unesp.br/pospoliticaspubli
cas 
 
 
 
NOTAS DE TRABALHO – LAP é uma publicação 
do Laboratório de Análise de Política do 
Programa de Pós-Graduação em Planejamento 
e Análise de Políticas Públicas. Seu objetivo é 
divulgar a um público amplo – acadêmico e 
não-acadêmico – informações básicas acerca 
de políticas públicas levadas a efeito por 
diferentes setores. 
Editor Responsável 
Profa.Dra. Clauciana Schmidt B. de Moraes 
Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa 
 
 
Costa, Fabiano Amorim. 
 Políticas Públicas para Educação 
Básica do Brasil durante o período da 
Pandemia do Covid-19 / Fabiano Amorim 
Costa e Stella Karina Leonel Wiziack.– 
Franca : UNESP-FCHS-Programa de Pós-
Graduação em Planejamento e Análise de 
Políticas Públicas, 2020. 
 
 15 p. – (Notas de trabalho, nº 08) 
 ISSN: 2448-0509 
 
 1. Políticas públicas. 2. Educação 
básica. 3. Educação remota. 4. 
Acessibilidade. 5. Pandemia. I. Título. II. 
Série. III. Wiziack, Stella Karina Leonel. 
 
CDD – 350 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária 
Andreia Beatriz Pereira – CRB8/8773 
 
As opiniões emitidas nesta publicação são de 
exclusiva e inteira responsabilidade dos 
autores, não expressando, necessariamente, o 
ponto de vista do programa de pós-graduação 
ou da instituição às quais está vinculada. 
É permitida a reprodução de seu conteúdo, 
desde que citada a fonte. Reproduções para 
fins comerciais são proibidas.
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 N o t a s d e T r a b a l h o L A P | PPG-PAPP 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO................................................................................................................ 02 
RESUMO............................................................................................................................ 03 
ABSTRACT......................................................................................................................... 03 
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA DO BRASIL DURANTE O PERÍODO DA 
PANDEMIA DO COVID-19.................................................................................................. 
 
04 
1. Introdução.................................................................................................................... 04 
2. Enfrentamento da pandemia......................................................................................... 05 
3. Cenário da acessibilidade e impactos educacionais..................................................... 06 
Considerações Finais........................................................................................................ 09 
Referências....................................................................................................................... 10 
Sobre os autores............................................................................................................... 13 
 
 
 
 
 
 
 
 N o t a s d e T r a b a l h o L A P | PPG-PAPP 
 
 
2 
 
APRESENTAÇÃO 
 
O Laboratório de Análise de Política (LAP) do Programa de Pós-Graduação em 
Planejamento e Análise de Políticas Públicas (PPG-PAPP) da UNESP/Câmpus de Franca é o 
responsável pela edição de "Notas de trabalho – LAP". O objetivo dessa publicação é propiciar 
a um público amplo – acadêmico e não-acadêmico – o acesso a informações básicas acerca de 
políticas públicas levadas a efeito em diferentes setores. Como o seu próprio título anuncia, 
trata-se de notas de trabalho, ou seja, apontamentos elementares ou impressões incipientes 
de reflexões acerca de uma temática, que pesquisadores trazem a público com o intuito de 
fornecer conhecimento inicial sobre determinado assunto. Com isso, pretende-se abrir ao 
leitor as portas para um tipo de análise que ambiciona ultrapassar as fronteiras da informação 
gerada pelos meios de comunicação convencionais e, ao mesmo tempo, oferecer caminhos 
para o aprofundamento por meio da interlocução com a literatura científica. 
"Notas de trabalho – LAP" não tem periodicidade regular, tendo sua publicação 
vinculada à dinâmica de investigação e produção científica dos pesquisadores associados ao 
Laboratório de Análise de Política (LAP). 
As edições do ano de 2021 são resultados de projetos realizados nas disciplinas 
Metodologia – Análise Política do Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa e Administração e 
Gestão Estratégica da Profa. Dra. Clauciana Schmidt Bueno de Moraes, ministradas na turma 
do PPG-PAPP 2020. 
 
Editores 
 
Profa. Dra. Clauciana Schmidt Bueno de Moraes 
http://lattes.cnpq.br/3559496026857773 
Professora Assistente Doutora e Pesquisadora – IGCE/UNESP. 
Docente permanente do Programa de Pós-Graduação 
em Planejamento e Análise de Políticas Públicas - UNESP (Franca) 
 
Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa 
http://lattes.cnpq.br/7871008221742180 
Professor Associado – Livre-Docente – DECSPP/UNESP-Franca 
Coordenador e Docente permanente do Programa de Pós-Graduação 
em Planejamento e Análise de Políticas Públicas - UNESP (Franca) 
 
 
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3 
 
RESUMO 
O artigo tratará das políticas públicas para educação básica no Brasil durante o período da 
Pandemia do Covid-19. Serão abordadas as políticas públicas adotadas pelos estados e a 
condução do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação para nortear as 
ações de gestão das unidades escolares públicas e privadas. Discorrerá sobre os problemas 
diagnosticados durante o ano letivo de dois mil e vinte através da perspectiva de professores, 
alunos, família e escola. Também serão retratadas as políticas públicas adotadas para 
acessibilidade e desenvolvimento pedagógico através do uso de tecnologias digitais até o 
advindo da pandemia do Covid-19. Ademais serão tratados os impactos desencadeados pelo 
ensino remoto e as ações e direcionamentos adotados para sanar tais lacunas. 
Palavras-chave: Educação Remota, Acessibilidade, Educação Básica, Pandemia. 
 
ABSTRACT 
The article will address public policies for basic education in Brazil during the Covid-19 
Pandemic period. The public policies adopted by the states and the conduction of the Ministry 
of Education and the National Council of Education to guide the management actions of public 
and private school units will be addressed. He will discuss the problems diagnosed during the 
school year of two thousand and twenty through the perspective of teachers, students, family 
and school. Public policies adopted for accessibility and pedagogical development through the 
use of digital technologies will also be portrayed until the advent of the Covid-19 pandemic. 
In addition, the impacts triggered by remote education and the actions and directions adopted 
to remedy these gaps will be addressed. 
Keywords: Remote Education, Accessibility, BasicEducation, Pandemic. 
 
 
 
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4 
 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA DO BRASIL DURANTE O 
PERÍODO DA PANDEMIA DO COVID-19. 
 
1. Introdução 
 
As Políticas públicas são as ações governamentais desenvolvidas para enfrentar 
problemas públicos (SOUZA, 2006). Dito isso, deve se considerar que cabe ao poder público 
conduzir as ações públicas e privadas para garantir acesso aos serviços indispensáveis para o 
exercício pleno da cidadania, tais como a saúde, a habitação e a educação. As Ações estatais 
justificam-se, dessa forma, pelo reconhecimento de sua relevância, por parte da sociedade, 
para o efetivo atendimento às demandas sociais (BUCCI, 1997). “O objetivo principal da 
maioria das entidades do setor público é prestar serviços à sociedade, em vez de obter lucros 
e gerar retorno financeiro aos investidores” (BRASIL, 2019, p.19). Nesse sentido, de acordo 
com DAGNINO; CAVALCANTI; COSTA; é importante salientar que o emprego de estratégias 
entendidas como exitosas na iniciativa privada não se aplica, necessariamente, à gestão 
pública. Como dito acima, o conceito de eficiência em cada um dos casos é muito distinto. 
Na iniciativa privada a ideia de eficiência fundamenta-se nas possibilidades de geração 
de lucro. No sistema público, por sua vez, o conceito de eficiência fundamenta-se em 
solucionar problemas públicos e, por conseguinte, atender às necessidades coletivas. Isto 
posto, a gestão pública estratégica deve seguir metodologia e estratégicas específicas para 
alcançar seus objetivos. Ainda de acordo com (DAGNINO; CAVALCANTI; COSTA, 2016, p. 17) 
(…) o termo “Gestão Estratégica” possui uma dupla conotação. A 
primeira é a de se opor à de tática: curto prazo ou ganhar a batalha 
versus longo prazo ou ganhar a guerra. A segunda conotação remete 
ao fato de que a gestão pública, para ser eficaz deve entender que as 
ações do gestor se dão no âmbito de um jogo social ou político, que 
tendem a contrariar outros e que, por isto, ele terá que prever que elas 
implicarão movimentos estratégicos e reações dos mesmos. 
 
Sendo assim, pode-se concluir que as políticas públicas são ações estratégicas para se 
atender às demandas da população e solucionar problemas da coletividade. E como toda ação 
pública, está submetida à planificação para garantir uma “alocação realista dos recursos 
 
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5 
 
necessários” (DAGNINO; CAVALCANTI; COSTA, 2016, p. 170). Além disso, o plano visa garantir 
a eficiência dos serviços e políticas públicas e mensurar, da melhor maneira possível, o alcance 
das metas e objetivos pensados ao se implementar tais ações. 
 Entre os serviços que devem ser prestados à sociedade, estariam incluídos os (…) ” 
programas e políticas de bem-estar, educação pública, segurança nacional e defesa nacional” 
(BRASIL, 2019, p.19). A educação segue nesse sentido, como estratégia eficiente para o 
fomento da conscientização pública com o propósito de concorrer para formação de cidadãos 
mais críticos e participativos, capazes de compreender a necessidade de engajamento coletivo 
em torno das questões públicas, com vistas a pressionar os tomadores de decisão a promover 
políticas adequadas ao atendimento às demandas da sociedade. 
 
2. Enfrentamento da pandemia. 
 
O ano de dois mil e vinte apresentou grandes dificuldades verificadas na área da saúde. 
Apresentou também, desafios inesperados para as políticas e para gestores dos setores 
públicos e privados que ficarão marcados na história. A autonomia dos estados na gestão de 
medidas de enfrentamento da pandemia sem definição de agenda federal para coordenação 
dos entes federativos desencadeou a heterogeneidade de posicionamento frente a crise, de 
acordo com (PEREIRA; OLIVEIRA; SAMPAIO, 2020) 
A inação do governo federal forçou os estados, que lidam diretamente com 
os problemas causados pela pandemia, a assumirem o papel de 
coordenadores nos seus territórios. Para esse fim, o principal instrumento 
acionado pelos governadores estaduais tem sido a normatização de políticas 
de distanciamento social, que orienta a gestão municipal. 
 
 No contexto educacional uma das medidas adotadas foi transferência do ensino para 
a modalidade remota a aproximadamente 48 milhões de alunos da educação básica do Brasil 
(Anuário, 2020). Este quadro potencializou o alargamento do abismo existente entre o sistema 
público e o sistema privado de ensino brasileiro (BRASIL, 2020. p. 2). Nesta perspectiva, foram 
identificadas grandes disparidades no acesso a recursos disponíveis para os estudantes das 
duas redes. 
Dentre as dificuldades enfrentadas pelos estudantes, de acordo com levantamento 
 
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6 
 
realizado pelo Conselho Nacional de Juventude (Conjuve, 2020, p. 45), foram identificadas: a 
falta de tempo para poder estudar; equipamento disponível inadequado para realização de 
atividades escolares (celular, computador, internet); dificuldades encontradas pelos 
professores em ministrar aulas eficientemente à distância; ausência de ambiente propício aos 
estudos em casa e dificuldades para se tirar dúvidas com os professores sem contato 
presencial. Além disso, o baixo envolvimento das famílias com as atividades escolares, por 
vezes motivado pelo baixo nível de instrução formal dos pais, ou por trabalharem em setores 
considerados indispensáveis ou por outras razões, foi mais uma barreira encontrada pelos 
estudantes (GATTI, 2020). 
Devido a não obrigatoriedade das aulas na modalidade síncrona, o acompanhamento 
de acesso dos estudantes foi realizado por meio da entrega das atividades, o que não garante 
o aprendizado. O mundo se viu compelido a modificar, em um reduzido espaço de tempo, os 
sistemas de ensino, estratégias didáticas, as ferramentas e plataformas virtuais com vistas a 
adequar o sistema educacional ao ensino remoto. Em meio a pandemia, conforme (GATTI, 
2020) 
Várias medidas e orientações advieram, nesse período de pandemia que 
atravessamos, tanto do Ministério da Educação como do Conselho Nacional de 
Educação para o funcionamento das instituições educadoras na emergência 
das condições de isolamento social impostas pela situação social criada por 
essa pandemia. (...) respeitando a autonomia das escolas e dos sistemas de 
ensino, são apresentadas sugestões relativamente detalhadas para realização 
de atividades presenciais e não presenciais na educação básica, quanto à 
reorganização dos calendários escolares e o replanejamento curricular no 
contexto da atual pandemia. 
 
As estratégias de gestão pública e privada e as políticas públicas definidas para a saúde 
e educação dentre outras, tiveram que ser repensadas. Abriu-se diante dos nossos olhos um 
mundo novo com novos desafios que exigiu e que continua exigindo novas estratégias para 
atender às atuais demandas da sociedade em meio à pandemia. 
 
3. Cenário da acessibilidade e impactos educacionais. 
 
 Diante do enquadramento das escolas pela OMS no início da pandemia como um ambiente 
de risco, o Ministério da Educação como alternativa para não houvesse interrupção das aulas 
 
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7 
 
substituiu a modalidade presencial pela remota, tendo como uma das ferramentas os meios digitais, 
por meio da Portaria nº 343, de 17 de março de 2020(BRASIL,2020). Frente à medida de fechamento 
das escolas, comércios e serviços, permanecendo aberto somente os caracterizados como essenciais, 
na percepção de (ARRUDA, 2020, p. 258) 
“O isolamento social promoveu transformações econômicas severas 
imediatas, com a parada obrigatória de inúmeros setores, modificou nossa 
relação com a arte, devido à ausência do compartilhamento presencial de 
experiências de fruição e, no caso da educação, promove desconstruçõessob 
a forma como o ensino e a aprendizagem são vistos socialmente”. 
Antes da pandemia do covid-19 o acesso à internet era tratado como uma ferramenta 
de aprendizagem de diversificação pedagógica e poucas escolas incorporaram a metodologia 
on-line em seus currículos. Diante do contexto de isolamento social passou a ser fator decisivo 
para a garantia do direito a educação posto que foi uma das alternativas mais adotadas pelos 
estados para dar continuidade do ano letivo. 
Na modalidade remota de ensino além das aulas síncronas e assíncronas foram 
adotados outros instrumentos auxílio pedagógico como programas pela TV, rádio e material 
impresso. A pandemia descortinou a desigualdade de acesso à internet pelos jovens e 
domicílios brasileiros, estudos realizados pelo Centro Regional de Estudos para o 
Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) identificou 134 milhões de usuários 
de Internet o que representa 74% da população com 10 anos ou mais, ainda de acordo com o 
mesmo estudo no ano de 2019 sobre as tecnologias de informação e comunicação nos 
domicílios na região sudeste 46% dos domicílios possuíam computador, más quando 
questionados qual o principal dispositivo utilizado para acessar a internet o celular foi quase 
unanimidade em todas as regiões do Brasil, vaiando de 79% na região sul até 90% na região 
do norte do país. 
Um dos fatores relevantes que influenciam no aprendizado na modalidade ead de 
ensino é a acessibilidade às plataformas com equipamentos e sinal de qualidade. Segundo 
relatório para o enfrentamento da pandemia publicado pela Comissão Econômica para a 
América Latina e o Caribe 
“... as velocidades no patamar de 5,5 Mbps são classificadas na categoria de 
conectividade “baixa”, que permitem utilizar funções como e-mail, consumo 
básico de vídeos e streaming, mas que não são adequadas para tele trabalho 
ou educação remota. As velocidades ideais seriam a partir de 18,5 Mbps para 
tele trabalho ou educação remota de forma não simultânea e acima de 25 
Mbps para trabalho remoto e educação remota de forma simultânea”. (Cetic, 
 
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8 
 
2020) 
Nos últimos anos a política educacional deu ênfase a acessibilidade dentro do 
ambiente escolar por meio dos programas de fomento ao uso de ferramentas digitais, dentre 
eles podemos destacar o PROUCA um computador por aluno. Segundo o Ministério da 
Educação o programa foi instituído pela Lei n° 12.249, de 14 de junho de 2010 com auxílio do 
fundo nacional para o desenvolvimento da educação tinha por objetivo promover a inclusão 
digital pedagógica e o desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem de alunos e 
professores das escolas públicas brasileiras, mediante a utilização de computadores portáteis 
denominados laptops educacionais. 
Ainda baseado em informações do Ministério da Educação, voltado para a formação e 
para o uso didático-pedagógico das Tecnologias da Informação e Comunicação no ambiente 
escolar o Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo 
Integrado) contemplava o aporte de equipamentos tecnológicos às escolas com a instalação 
de laboratórios de informática assim como conteúdos e recursos multimídia e digitais através 
do portal do professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo Domínio Público e pelo Banco 
Internacional de Objetos Educacionais. 
Outra iniciativa do ministério da educação foi o Programa de Inovação Educação 
Conectada que tem como proposta universalização do acesso à internet de alta velocidade e 
fomentar o uso pedagógico de tecnologias digitais nas escolas de educação básica, através 
do da infraestrutura para receber conexão de internet, ainda de acordo com o planejamento 
projetado pelo ministério da educação 
“Sua implementação passou por três fases: (1) indução (2017 a 2018) para 
construção e implantação do Programa com metas estabelecidas para 
alcançar o atendimento de 44,6% dos alunos da educação básica; (2) 
expansão (2019 a 2021) com a ampliação da meta para 85% dos alunos da 
educação básica e início da avaliação dos resultados; e (3) sustentabilidade 
(2022 a 2024) com o alcance de 100% dos alunos da educação básica, 
transformando o Programa em Política Pública de Inovação e Educação 
Conectada”( BRASIL,2020). 
 
 
 
 
 
 
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9 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A situação de pandemia alterou aspectos substantivos das políticas públicas brasileiras, 
obrigando os gestores públicos a adaptarem-se à nova e dura realidade desses tempos. As 
medidas de enfrentamento da pandemia revelaram as disparidades entre os estudantes da 
rede pública e privada de ensino, visto que alunos das escolas públicas muitas vezes estão 
expostos a condições de vulnerabilidade e na maior parte dos casos não dispõem das 
ferramentas necessárias para o acompanhamento adequado das aulas remotas e, não 
obstante a isto privando-se dos aspectos sociais da aprendizagem. É importante lembrar que 
“as limitações na capacidade de implementar atividades não presenciais ao longo do período 
de isolamento social poderão afetar de modo desigual as oportunidades de aprendizagem dos 
alunos” (BRASIL, 2020, p. 2) e que deste modo, cabe ao poder público definir estratégias no 
sentido de se mitigar tais diferenças e propor políticas que fomente a aquisição de 
equipamentos pelas famílias e, o acesso individual dos discentes a internet com velocidade 
compatível para atividades educacionais no ambiente doméstico e não somente nas 
instituições de ensino. 
 A incorporação das tecnologias não somente como diversificação metodológica está 
previsto na base comum curricular em sua competência geral número cinco, que prevê: 
“Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e 
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas 
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e 
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e 
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva”. (BNCC, 2018) 
 
Para que o aprendizado ocorra de forma significativa o investimento deve se alongar a 
capacitação e remuneração docente e, conferir o uso da tecnologia no ambiente escolar, 
reconhecer sua importância sem desconstruir a relevância do professor. 
 
 
 
 
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10 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANUÁRIO. Anuário Brasileiro da Educação Básica - 2020. São Paulo: Todos pela Educação; 
Editora Moderna, 2020. Disponível em: https://todospelaeducacao.org.br/noticias/anuario-
2020-todos-pela-educacao-e-editora-moderna-lancam-publicacao-com-dados-fundamentais-
para-monitorar-o-ensino-brasileiro/.Acesso em 23 jan. 2021. 
 
ARRUDA, E.P. Educação remota emergencial: elementos para políticas públicas na educação 
brasileira em tempos de Covid-19. Revista EmRede, v. 7, n. 1, p. 257-275. Disponível em: 
file:///C:/Users/stell/Downloads/621-Texto%20do%20artigo-3318-1-10-
20201014%20(1).pdf. Acesso em 21jan.2021 
 
BUCCI, Maria Paula Dallari. Políticas públicas e direito administrativo. Revista de Informação 
Legislativa, a. 34, n. 133, p. 89-98, 1997. Disponível em 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/198. Acesso em 13 jan. 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Casa Civil. Decreto n°9.204, de23 de novembro de 2017. Institui o 
Programa de Inovação Educação Conectada. Brasília (DF). Disponível em 
http://educacaoconectada.mec.gov.br/#o-programa. Acesso em 23 jan. 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Parecer 11/2020, de 7 de 
julho de 2020. Orientações Educacionais para a Realização de Aulas e Atividades Pedagógicas 
Presenciais e Não Presenciais no contexto da Pandemia. Brasília (DF), 2020. Disponível em: 
https://todospelaeducacao.org.br/noticias/anuario-2020-todos-pela-educacao-e-editora-moderna-lancam-publicacao-com-dados-fundamentais-para-monitorar-o-ensino-brasileiro/. 
Acesso em 23 jan. 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Portaria nº 343 17 de março 
de 2020. Dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas em meios digitais 
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 N o t a s d e T r a b a l h o L A P | PPG-PAPP 
 
 
 
11 
 
enquanto durar a situação de pandemia do Novo Corona vírus - COVID-19. Brasília (DF), 2020. 
Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-343-de-17-de-marco-de-
2020-248564376. Acesso em 23 jan. 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Lei n° 12.249, de 14 de junho de 2010. Dispõe sobre criação 
do Programa Um Computador por Aluno – PROUCA. Brasília (DF). Disponível em: 
http://www.fnde.gov.br/programas/proinfo/eixos-de-atuacao/programa-um-computador-
por-aluno-prouca?tmpl=component&print=1/. Acesso em 23 jan. 2021. 
 
BRASIL. Ministério da Fazenda Secretaria do Tesouro Nacional. Manual de Contabilidade 
Aplicada ao Setor Público. 8. ed. 2019. Disponível em: 
https://sisweb.tesouro.gov.br/apex/f?p=2501:9::::9:P9_ID_PUBLICACAO:31484. Acesso em 
12 de jan. 2021. 
 
CETIC. TIC Kids Online Brasil 2019. Crianças e adolescentes. Disponível em: https:// 
cetic.br/media/docs/publicacoes/2/20201123093441/resumo_executivo_tic_kids_online_20
19.pdf. Acesso em: 21 jan. 2021. 
 
CONJUVE. Juventudes e a Pandemia do Corona vírus. Relatório de Resultados, Junho de 2020. 
Disponível em: <https://4fa1d1bc-0675-4684-8ee9-
031db9be0aab.filesusr.com/ugd/f0d618_41b201dbab994b44b00aabca41f971bb.pdf>. 
Acesso em: 24 jan. 2021. 
 
DAGNINO, R.; CAVALCANTI, P. A; COSTA, G. Gestão Estratégica Pública. São Paulo: Fundação 
Perseu Abramo, 2016. Disponível em: https://fpabramo.org.br/publicacoes/wp-
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 N o t a s d e T r a b a l h o L A P | PPG-PAPP 
 
 
 
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distanciamento social diante da COVID-19: aspectos políticos e técnico-administrativos. Rev. 
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 N o t a s d e T r a b a l h o L A P | PPG-PAPP 
 
 
 
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SOBRE OS AUTORES 
 
Fabiano Amorim Costa é mestrando do Programa de Pós-Graduação em Planejamento e 
Análise de Políticas Públicas e graduado em História, ambos pela Universidade Estadual 
Paulista Júlio de Mesquita Filho. Graduando em Pedagogia, possui especialização em Ensino 
de História e especialização em Inspeção Escolar. Trabalha há mais de 20 anos com a educação 
básica na rede pública e particular de Ensino. É Diretor da Escola Estadual São José desde 2012. 
Tem experiência no ensino de História do Brasil e Geral no Ensino Médio e cursos Pré-
Vestibulares. Atua como pesquisador no grupo de Laboratório de Análise de Políticas, da 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. 
 
Stella Karina Leonel Wiziack é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Planejamento 
e Análise de Políticas Públicas, possui graduação em Pedagogia pela Universidade Cidade de 
São Paulo (2013), Especialização em Gestão Escolar (2010), graduação em Engenharia de 
Alimentos pelo Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos (1998). Atualmente 
é professor titular do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza e coordenador 
pedagógico do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Tem experiência na 
área de Ciência e Tecnologia de Alimentos, com ênfase em Tecnologia de Alimentos e também 
em Gestão Pedagógica.

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