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Página inicial BUSINESS MODEL CANVAS Professora : Me. Patricia Prado Objetivos de aprendizagem Explicitar o surgimento do Canvas e trazer reflexões sobre o desenvolvimento e o avanço da tecnologia no mundo dos negócios. Apresentar as etapas referentes à construção de valores e mostrar como o mindset tradicional deve ser sempre questionado, potencializando a inovação. Apresentar novas maneiras de pensar a estrutura de um negócio de maneira criativa e lúdica. Apresentar novos modelos de negócios baseados na evolução e no desenvolvimento tecnológico. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: História do Business Model Canvas Estrutura do Canvas - construção de valores Estrutura do Canvas - construção do negócio Padrões de modelos existentes Introdução O mercado e a economia estão cada vez mais focados na busca de novos modelos de negócios e inovação. Veículos de comunicação estampam em suas capas que se vive a era da inovação, da informação, da tecnologia, do conhecimento, entre outras classificações. Mas como converter tudo isso em benefícios e valores para as pessoas? Como inventar, projetar e implementar sistematicamente novos modelos de negócios? Como questionar e transformar antigos sistemas? Como transformar ideias em modelos de negócios que mudam o jogo e que desafiam o status quo? Os questionamentos em torno desses tópicos são diversos e não existe receita de bolo para fazer isso acontecer, mas existem ferramentas e metodologias que podem auxiliar nessa descoberta. O Design é um caminho bastante promissor nesse sentido, pois carrega em sua essência a intenção de solucionar problemas de maneira criativa e inovadora, considerando questões de negócios, sustentabilidade e rentabilidade. A conta composta por essas variáveis é difícil de fechar. Afinal, é complicado e arriscado investir em algo que pode se mostrar tão lucrativo ou um verdadeiro fiasco. Antes de começar a explanação sobre negócios, design e geração de valores, é importante alinhar conceitos como criatividade e inovação, que são complementares, mas não iguais. A criatividade é intrínseca ao ser humano, todos somos criativos, mas a forma com que concretizamos as nossas ideias é que faz com que algo seja inovador. A criatividade faz parte do campo das ideias, enquanto a inovação está https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial https://getfireshot.com no campo material, no processo pelo qual essa ideia se torna realidade. Durante nossa jornada de estudos, vamos conversar bastante sobre as questões que envolvem o mundo dos negócios e a construção de valores para as pessoas, misturando essas duas temáticas com tecnologia, conhecimento, criatividade e inovação. Além, é claro, de abordar as ferramentas e metodologias que serão os condutores da conversa. Avançar DOWNLOAD PDF UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://drive.google.com/file/d/1wBq1xxw_ksIWIZol3y0Nly5XUI68JgMX/view?usp=sharing Página inicial HISTÓRIA DO BUSINESS MODEL CANVAS Em um dia qualquer de 1950, um empresário foi a um restaurante que sempre frequentava, mas ao pagar a conta percebeu que tinha deixado todo o dinheiro em casa. Como estava com os documentos, pediu para deixar um deles no estabelecimento como garantia de que retornaria mais tarde para efetuar o pagamento. Nesse momento, nascia a ideia do sistema de pagamento via cartão de crédito que mais tarde se tornaria o Diners Club. No início, o sistema de cartão funcionava apenas para algumas pessoas, mas em alguns anos estaria na mão de todos e se tornaria uma das formas de pagamento mais comuns. Os modelos de negócios podem surgir das mais diferentes fontes, mas é preciso estar atento para poder trazer para a realidade algo que ainda está no campo das ideias. O desafio aumenta quando o empreendedor precisa fazer surgir novos modelos ao mesmo tempo em que trabalha para manter o próprio negócio vivo. Um (mau) exemplo foi o fim da Kodak, uma empresa que fechou os olhos para a tecnologia e para novas formas de tratamento de imagem e acabou tendo de fechar as portas. Para manter uma aparência pretensamente sólida, muitas empresas ainda insistem em não ajustar seu processo e entregas de valor, o que as faz correr o risco de perder espaço para startups e novas empresas. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Um exemplo prático de nova ideia que pega um setor econômico inteiro de surpresa foi o Napster, um sistema criado por dois adolescentes com o intuito de compartilhar as suas músicas em MP3 de maneira descentralizada. Quando a disseminação do Napster começou a atingir financeiramente a indústria fonográfica, esse setor, ao invés de enxergar na novidade um belo modelo de negócios, optou por uma guerra jurídica a fim de fechar o sistema e manter o controle da distribuição fonográfica. O embate jurídico mostrou o quanto mesmo os gigantes dessa indústria estavam despreparados para lidar com um novo público e mercado. Chegaram ao ponto de acusar os consumidores de ladrões antecipadamente, uma vez que o compartilhamento nasceu como uma nova forma de distribuição, portanto não havia leis que o regulamentavam ou mesmo o proibissem: estava na zona cinzenta do que não era legalmente liberado nem ilegal. É certo que o compartilhamento de músicas abalou as estruturas de um modelo tradicional de negócios. Afinal, as pessoas passaram a desfrutar da facilidade de dispor das músicas específicas que desejavam sem precisar comprar um CD inteiro para isso. Com base nessa nova forma de consumo, nasceram outros modos de distribuição de música que evoluíram até chegar ao Spotify, iTunes, Deezer e outros sistemas. Segundo Neil Netanel, advogado especializado em propriedade intelectual e autor de livros sobre o tema, somente agora o mercado está percebendo que a solução não é marginalizar ferramentas, mas apostar em novos modelos que atuem dentro da legalidade e que compensam a experiência ao usuário final. A seguir, vemos que o gráfico da Recording Industry Association of America evidenciou ano após ano essa tendência do interesse dos usuários. Ocorre, porém, que inicialmente essa indústria estava tão presa à ideia de sua logística que demorou a vislumbrar o grande potencial de negócio que o streaming estava oferecendo. Figura 2 - Números de downloads de singles e de álbuns https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: Recording Industry Association of America. Assim, era notável que um grande mercado estava se desfazendo a olhos vistos, dentro de um curto período de tempo. Salienta-se que não só as gravadoras tiveram de rever sua forma de negócio; também os artistas precisaram participar ativamente da distribuição, o que não era corriqueiro antes. Atualmente, os próprios artistas distribuem e financiam seus trabalhos pelas mais diversas plataformas e formatos. Fonte: a autora. Toda a inovação nessa área só foi possível em função da tecnologia, que viabilizou o streaming , o carregamento portátil através de pen drives e, mais recentemente, por bluetooth . À medida que surgiam, essas tecnologias deixavam cadáveres no caminho (alguns processos ou negócios tradicionais). Por isso é tão importante sereinventar e conhecer novas ferramentas que ajudam a identificar filões de mercado. Essas histórias servem de introdução ao framework do Business Model Canvas (BMC), uma vez que ele oferece o panorama de toda uma cadeia sem deixar de lado a importância de lembrar dos valores que os negócios devem entregar às pessoas. Ressalta-se que não adianta ter um processo bem-estruturado se, ao fim dele, não se entrega o devido valor ao consumidor final. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com O BMC é um modelo comercial proposto por Osterwalder e Pigneur (2010) com o objetivo de auxiliar na descrição, na análise e no desenho de modelos de negócios, estruturando a cadeia de valor que será entregue ao consumidor final. Pode-se classificar esse modelo em três grandes categorias: os padrões de negócios, baseados em conceitos e lideranças inovadoras; técnicas, que auxiliam durante o desenvolvimento do projeto; estratégia ou reinterpretação através da lente do framework ; e generalização de processos, que podem ser ampliados facilmente. Figura 3 - Desenho do Canvas é baseado em padrões, design, estratégia e processo Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 8). Essas categorias são bases para a construção do Canvas, que ajudam a identificar os nove blocos de construção básicos que mostram a lógica de como a empresa pretende ganhar dinheiro. Os nove blocos cobrem as quatro áreas principais de uma Figura 4 - Blocos da construção do BMC https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 16). Osterwalder e Pigneur (2010) explicam que cada bloco é responsável por entregar sucesso por meio de proposições de valores. O BMC possui uma estrutura em que fica explicito cada bloco e permite observar e esboçar ideias de negócios em um quadro. O processo se faz visível para todo o grupo nele envolvido, o que torna o BMC um método colaborativo e democrático. Geralmente, é aplicado para identificar novos modelos de negócios ou oportunidades dentro de um negócio existente. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com ESTRUTURA DO CANVAS - CONSTRUÇÃO DE VALORES O BMC é um framework criado para facilitar o desenvolvimento de novos modelos de negócios. A grande vantagem está na simplicidade de aplicação e na composição multidisciplinar dos grupos, pois busca ter visões diferentes sobre o negócio. Ou seja, o BMC procura alcançar a visão das áreas financeira, de logística, de parceiros e assim por diante. Esse framework utiliza conceitos que fundamentam o design thinking , tais como empatia, colaboração, processo cocriativo e prototipação rápida, para verificar se a proposta do negócio funciona corretamente. No BMC, a ideia central é considerar questões humanas como relacionamentos, estruturas e recursos pessoais, ao invés de analisar apenas dados. Por isso, o BMC tem mais abrangência e maior eficiência na aplicação. Portanto, antes de aplicá-lo, é preciso entender os blocos que compõem o BMC e as suas divisões. Segundo Osterwalder e Pigneur (2010), o BMC tem dois lados. No lado esquerdo é trabalhada a parte lógica, portanto, são apresentados os seguintes blocos: segmento do consumidor, proposição de valor, canais, relacionamento com o cliente e os fluxos de receitas. No lado direito, estão as questões relacionadas a negócios, consideradas a parte emocional. Estes são os blocos: atividades-chave, parceiros- chave, recursos-chave e o custo da estrutura. A construção de valor pode ser feita no início de uma empresa ou ser redirecionada ao longo do tempo. Os valores que a marca vende passam por um produto ou um ideal. Percebe-se que certas grandes marcas deixaram de falar sobre o serviço e passaram a contar histórias que criam links emocionais com os usuários. Um exemplo bem conhecido é o do Banco Itaú, que deixou de lado o discurso sobre serviços financeiros para vencer outras ideias, como a de que ler para uma criança pode mudar o mundo, ideia que acompanha um programa de distribuição de livros infantis. Assim, a instituição financeira fomenta a inovação vendendo a ideia de que é preciso ter tempo para as coisas boas da vida, entre outros discursos que fogem ao comum do seu negócio. A Coca-Cola também reconhecidamente faz uso em seus modelos de negócios de questões que envolvem felicidade e demais valores que ultrapassam o que se espera de um refrigerante. A partir desses exemplos, é possível refletir sobre os valores que grandes marcas têm se dedicado a vender. Fonte: a autora. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Figura 6 - Lados lógicos e emocionais do BMC Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 48). A primeira imagem apresenta os lados do cérebro e a imagem seguinte mostra a planificação do BMC. Vê- se que o canvas é considerado uma maneira poderosa de identificar potenciais de negócios porque apresenta de maneira visual uma construção abrangente, que vai desde a estrutura da empresa, com custos e tudo o mais, até trazer à tona a forma que esse negócio se apresentará para o segmento identificado, utilizando aspectos emocionais e lógicos. Além disso, o modelo busca trabalhar nichos específicos de mercado, incentivando ainda mais a escalabilidade do negócio. Segmento Consumidor Figura 7 - Parte do canvas que está destinada ao segmento do consumidor https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 20). As configurações desse bloco procuram agrupar os clientes em segmentos distintos a partir de necessidades comuns, comportamentos comuns ou outros atributos. O modelo de negócios define um ou vários segmentos, grandes ou pequenos. O importante é delinear a proposta a fim de focar em resolver os problemas de nicho, como: mercado de massa, que são modelos de negócios focados nesses mercados e que não visam distinguir entre diferentes segmentos, amplamente utilizados no setor eletrônico; nicho de mercado, que objetiva atingir um mercado bem específico; segmentado, que são modelos que distinguem entre mercado e segmentos que têm necessidades e problemas levemente diferentes, isto é, as proposições de valores são as mesmas, com pequenas variações de serviço. Imagine que você forneça microprecisão de sistemas, uma área bem específica, mas que atende pequenas e grandes indústrias no setor de automação. Diversificado, esse modelo serve a dois segmentos. Por exemplo, a Amazon dispõe do seu varejo on-line e de outro segmento de armazenamento e uso de servidores sob demanda em nuvem. Trata-se de uma plataforma multifacetada, que atende mais de um lado do segmento. Alguns exemplos: uma empresa de cartão de crédito que precisa de uma base grande de clientes e outra de comércio que aceite o cartão; ou redes que precisam de alimentação e usuários para conseguir anunciantes, como redes sociais. Ambos os lados são importantes para que o modelo funcione. Proposição de Valor Figura 8 - Parte do canvas que está destinada à proposição de valor https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 22). Este bloco da construção do Canvas está focado na entrega de produtos e serviços que criam valor para um segmento. A proposição de valor é o motivo pelo qual clientes escolhem um produto ao invés do concorrente. É capaz de criar a impressão de que o serviço é exclusivo. Geralmente, os valores podem ser quantitativos, como preço, velocidade de serviço, entrega, ou qualitativos, como design ou experiência. Existem outras variáveis que pode ser identificadas para medir diversos valores, por exemplo: inovaçõese novidades, desempenho, personalização, fazendo o trabalho, design, status, preço, redução de custos e riscos, acessibilidade, conveniência e usabilidade. Canais Figura 9 - Parte do canvas que está destinada à proposição de valor https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 26) O objetivo do bloco de canais é descrever como a empresa vai se comunicar e alcançar os segmentos que entregam a proposta de valor definida. Isto é, quais serão os canais de comunicação, distribuição e de vendas, em suma, toda a interface da empresa com os potenciais clientes. É importante definir os canais e qual será o tom de voz desse relacionamento, pois são os pontos de contato com o cliente que desempenham um papel importante na experiência do cliente. Nesse momento é importante se questionar: como os segmentos querem ser alcançados? Como os canais são integrados e quais funcionam melhor? Como a comunicação está se integrando à rotina dos clientes? Os canais apresentam cinco fases distintas, que podem ser observadas na Figura 10, a seguir: Figura 10 - Tipos e fases dos canais Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 27). Observe que cada canal é responsável por algumas fases, mas isso não inviabiliza a aplicação de um canal para determinado tipo de comunicação. Pode-se distinguir os canais diretos e indiretos, bem como os canais próprios e de parceiros. Os canais próprios podem ser diretos, como vendas internas ou um site próprio, ou podem ser indiretos, como lojas de varejo. Os canais de parceiros geralmente são indiretos e abrangem diversas opções, como distribuição por atacado, varejo ou sites pertencentes a parceiros. O truque é encontrar o equilíbrio de custo e benefício e fazer com que sejam fáceis de integrar, de maneira que o cliente tenha uma experiência única. Relacionamento com o Cliente https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Figura 11 - Parte do canvas que está destinada ao relacionamento com o cliente Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 28). O bloco do relacionamento com o cliente é a parte que estabelece o contato entre a empresa e seus potenciais clientes. Relações podem ser estabelecidas de maneira pessoal ou automatizada. Em ambos os casos, deve-se atentar ao tom de voz que se quer utilizar. O relacionamento pode ser impulsionado pelas seguintes motivações: Aquisição do cliente; Retenção de clientes; Aumentar as vendas (upselling). Seguindo a ideia de relacionamento pessoal ou automatizado, você pode adotar diferentes métodos, como: assistente pessoal, que é uma relação com interação humana; assistente pessoal dedicado, em que uma pessoa está dedicada ao atendimento de um determinado cliente, o que representa um tipo mais profundo e íntimo de relacionamento e se desenvolve ao longo de um bom período de tempo; self-service , em que o cliente é proprietário de todo o fluxo de compra e tem um relacionamento indireto; serviços automatizados, que é quando ocorre a mistura da sofisticação do self-service com a automatização de processo; serviços inteligentes, que utilizam recursos de inteligência artificial para antecipar problemas e escolhas do cliente; comunidades, ou seja, comunidades de usuários para facilitar as conexões entre os clientes; e cocriação, em que o cliente se torna uma fonte de processos decisórios e um influenciador da marca, criando um valor para ela entre os usuários da sua rede. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Fluxos de Receita Figura 12 - Parte do canvas que está destinada a fluxos de receita Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 30). Os fluxos de receita representam o dinheiro que a empresa gera a partir do segmento selecionado (os custos devem ser subtraídos das receitas para existir ganhos). Cada tipo de fluxo de receita pode ter mecanismos de preços diferenciados, como preços fixos e dinâmicos, conforme a tabela a seguir: Tabela 1 - Mecanismos de precificação https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 33). Pode-se identificar alguns tipos de fluxo de receita. Entre eles, estão: taxas de utilização (quanto mais o cliente usa, mais paga); taxa de assinatura, que é gerada por venda contínua de acesso a serviços; empréstimo e arrendamento, que é criado temporariamente concedendo a alguém o direito de uso; licenciamento, em que é oferecida aos clientes permissão para usar propriedade intelectual; taxas de corretagem, que derivam da intermediação de serviços realizados em nome de duas ou mais partes; e publicidade, que resulta de taxas de publicidade por um tempo determinado de exposição de produto, serviço ou marca. Esses cinco blocos pertencem ao eixo de relacionamento com o cliente e trazem as informações necessárias para fazer o modelo de negócios girar. Mas também precisam do eixo que tem relação com a estrutura da empresa, como atividades-chave, parceiros-chave, recursos-chave e o custo da estrutura. Dessa forma, para poder obter uma visão completa de como o modelo de negócios vai operar, é importante mapear esses outros itens. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com ESTRUTURA DO CANVAS: CONSTRUINDO O NEGÓCIO Dentro da estrutura de uma empresa, é preciso estabelecer as atividades básicas para que o negócio possa operar. É básico, por exemplo, conhecer recursos, parceiros e custos que a empresa precisa ter para operar e entregar o serviço ou produto necessário para que a experiência do cliente seja bem significativa. O BMC é um framework que ajuda a expor essas áreas e visa discutir as melhores soluções e propostas para que o negócio seja viável, aplicável e sustentável. Recursos-chave Figura 14 - Recursos-chave do BMC Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 34). A construção dos recursos-chave constitui os ativos mais importantes e necessários para que um modelo comercial seja sustentável. Todo modelo de negócios necessita de recursos essenciais para o funcionamento. Existem quatro tipos de ativos que auxiliam nesse mapeamento: físicos , relacionados a instalação, edifícios, veículos, máquinas, sistemas, redes de distribuição; intelectuais , que são recursos como marcas, proprietários de conhecimento, patentes, direitos autorais, parcerias entre outros; https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com humanos , que são pessoas especializadas e que entendem do negócio e de suas áreas; e financeiros , visto que alguns modelos de negócios exigem recursos como linhas de crédito, pool de estoque e funcionários. Esses recursos são importantes para ter uma ideia de quanto a construção da proposta de valor custará para se tornar real. Atividades-chave Figura 15 - Atividades-chave do BMC Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 36). Nesse bloco são descritas as atividades mais importantes que uma empresa deve desempenhar para que o modelo de negócio funcione. Todo modelo de negócio exige uma série de atividades que envolvem a produção, plataforma utilizada, solução de problemas, consultorias, distribuição, entre outros. A produção tem relação com a concepção, elaboração e entrega do produto em escala considerável para a distribuição. Existem áreas responsáveis na solução de problemas e que precisam ter gestão e gerenciamento do conhecimento e treinamento contínuo. Parceiros-chave Figura 16 - Parceiros-chave do BMC https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 38). As parcerias nascem de uma rede de fornecedores que auxiliamno desenvolvimento do negócio. Por diversos motivos, as parcerias estão se tornando um pilar muito importante nos novos modelos de negócios. As alianças nascem para otimizar os recursos, reduzir riscos ou adquirir matérias-primas. Segundo Osterwalder e Pigneur (2010), pode-se distinguir quatro tipos de parcerias: 1. Alianças estratégicas entre não concorrentes; 2. Coopetição: é uma estratégia que alia tanto a competição como a cooperação e é um conceito muito utilizado na Teoria dos Jogos; 3. Empreendimentos conjuntos para desenvolver novos negócios; 4. Relações comprador-fornecedor para garantir suprimentos confiáveis. Ao se construir uma parceria ou manter um fornecedor que também é um cliente, o relacionamento contribui para otimizar a alocação de recursos e atividades. Pode-se dizer que é uma otimização e economia em escala. Outro formato interessante é o que visa a redução de risco e incerteza. São parcerias em que se procura reduzir o risco de forma competitiva, portanto não é incomum concorrentes formarem alianças estratégicas. Já a parceria de aquisição de recursos constitui atividades descritas em acordos comerciais. Estrutura de Custo Figura 17 - Estrutura de custo do BMC https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: Osterwalder e Pigneur (2010, p. 40). Para operar um modelo de negócios, deve-se observar e descrever os custos mais importantes que ocorrem durante sua a operação. Para criar, entregar, manter e se relacionar gerando valor para o cliente e receita para a empresa, é preciso calcular os custos para definir quais são os principais recursos, atividades e parcerias-chave. Na categoria custos, é possível classificar alguns deles: o custo-dirigido se concentra em minimizar os custos sempre que possível, enquanto o valorado não tem muita preocupação com os custos, pois se concentra em criação de valor. A estrutura dos custos tem algumas características que são: custos fixos, os que permanecem os mesmos apesar do volume de bens ou serviços produzidos; custos variáveis, que variam proporcionalmente com o volume de bens ou serviços produzidos; economias de escala, que são vantagens de custo que um negócio desfruta como resultado da sua expansão; e economias de alcance, as vantagens de custo das quais um negócio se beneficia devido ao maior âmbito de suas operações. Toda a estrutura do BMC visa traçar uma diretriz de ação estratégica e fomenta a criação de novos modelos de negócios. Pode-se perceber que as características e a estrutura auxiliam no pensamento criativo e analítico. Por isso, é tão importante ter perfis multidisciplinares para construir modelos de negócios competitivos. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com PADRÕES DE MODELOS EXISTENTES O BMC tem sido utilizado por empresas em diferentes tipos de segmentos e para diversos objetivos. Nessas aplicações foram identificados alguns padrões que podem auxiliar no entendimento da dinâmica da construção de novos modelos de negócios. Os conceitos em que esses padrões estão baseados incluem o negócio desagregado, a cauda longa, plataforma multi-faces, gratuitos e modelos abertos. Esses são apenas alguns modelos que o BMC ajudou a identificar e não se descarta a possibilidade de novos modelos surgirem. Negócios Desagregados Esse conceito sustenta a existência de três fundamentos que resultam em diferentes tipos de empresas. Assim, é preciso identificar se a empresa busca relacionamento com o cliente, inovação de produtos e negócios ou infraestrutura. Cada um dos nichos tem seu potencial econômico, competitividade e questões culturais. Nada impede que eles coexistam dentro de uma única corporação, mas costumam ser desagregados em entidades separadas para evitar conflito de interesses. A Cauda Longa Esse modelo de negócio se concentra em atender um mercado de nicho em que o objetivo é oferecer uma grande quantidade de produtos que vendem muito pouco, mas que, unidos, geram um alto valor de vendas. Esse tipo de venda pode ser tão lucrativo quanto o modelo tradicional. Também exige baixo custo de inventário e plataformas fortes para tornar os produtos disponíveis sempre que forem buscados. Chris Anderson, autor do livro “Cauda longa”, apresenta um gráfico que mostra que as vendas de segmento podem trazer muitos lucros, por vezes até superando produtos populares. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com É possível perceber que o gráfico é dividido em duas partes: cabeça e a cauda. Na parte à esquerda (cabeça), estão explícitos produtos e serviços que são bem populares e, à direita, na “cauda longa”, são apresentadas empresas que trabalham nesse conceito, oferecendo serviços de nicho especializados. Fonte: a autora. Plataforma Multifaces É um modelo que combina dois ou mais grupos distintos, porém interdependentes, de clientes. Na prática, funciona com o objetivo de atender dois grupos que, quando interagem, geram valor entre si. A plataforma cria valor quando facilita as interações entre os diferentes grupos e cresce à medida que atrai usuários. Geralmente, não há cobrança pela participação de um dos lados. Apesar de esse modelo de negócios não ser novo, foi potencializado com o avanço da tecnologia. Empresas como Google, Amazon, Nubank, alguns games e o eBay utilizam bastante esse formato para aproximar usuários e empresas. Produtos Gratuitos como Modelo de Negócios Esse modelo é baseado em obter algo gratuito na compra de outro produto. Por exemplo, comprar um serviço para obter um produto. A indústria do entretenimento tem se beneficiado muito desse modelo: uma amostra são as bandas que oferecem músicas gratuitas, como o Radiohead, Nine Inch Nails, entre outras. Os jogos on-line são outro nicho que se beneficia da distribuição gratuita, como quando permitem partidas gratuitas em troca de o usuário assistir a anúncios. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com Outro gigante que oferece serviços e produtos gratuitamente é o Google. Um exemplo são os e-mails gratuitos com até 15GB de espaço, com a possibilidade de o usuário contratar um espaço maior caso goste das ferramentas que utiliza gratuitamente. Esse formato é chamado de freemium (há um serviço gratuito, mas o usuário pode optar por melhorá-lo se pagar por isso). Muitas empresas tradicionais têm optado por não apoiar, segundo Osterwalder e Pigneur (2010), a “vaporização do valor” e a “desmonetização” de indústrias inteiras. Essa dinâmica é bem perceptível nos veículos de comunicação tradicionais, como o jornal impresso. No contexto atual, observa-se a fuga gradual de anunciantes do universo impresso para o digital. Ocorre que, como esse comportamento dos anunciantes ainda não está estabilizado, a indústria da comunicação vive testando formatos para poder equilibrar as contas. Há veículos que oferecem algumas matérias gratuitas, mas cobram pelas especiais; outros permitem que o leitor acesse gratuitamente só uma certa quantidade de matérias em um dado período de tempo. Enfim, existe a busca incessante por fazer o negócio continuar rentável. Oferecer serviços ou produtos de maneira gratuita e lucrar com isso não é um trabalho simples ou estúpido, como muitos pensam. Para que esse ecossistema funcione, é preciso inverter a visão de compradores e vendedores. Segundo Osterwalder e Pigneur (2010), o usual nas economias construídas gratuitamente é um sistema de três partes em que um terceiro paga para participar de um mercado criado por uma troca gratuita entre as duas primeiras partes. No caso do jornal impresso, antigamente havia a produção editorial paga pelo assinante, enquanto a distribuição e a logística eram pagas pelo anunciante.Ou seja, a ideia não é que os veículos vendam papéis e revistas aos leitores, o que esse setor faz é vender leitores aos anunciantes. É um modelo de negócios em que todos pagam para participar. No novo formato digital, veículos e leitores continuam formando uma via, mas não se estabeleceu um equilíbrio entre veículos, leitores e anunciantes. É uma conta que ainda não fecha. Modelos de Negócios Abertos Esse modelo visa conciliar e capturar valores de maneira sistemática junto com parceiros externos por meio de colaboração. Esse processo pode acontecer de maneira outside-in, em que ideias externas são trazidas para dentro da empresa, ou inside-out, quando se oferecem a terceiros ideias ou ativos que se encontravam ociosos dentro da empresa. Cunhado por Henry Chesbrough, o conceito de inovação aberta significa a abertura de processos de uma empresa para terceiros. O autor argumenta que, em tempos de conhecimento distribuído, as organizações têm mais chances de se tornar competitivas quando valorizam e exploram melhor o conhecimento interno e externo. Isso porque existe muito valor envolvido no desenvolvimento intelectual e no compartilhamento de informações. Esse movimento é perceptível e palpável em ambientes de inovação e tecnologia, como coworkings ou incubadoras, que potencializam a troca de informação entre conhecimentos e especialidades. Por isso que atualmente pessoas estão deixando seus empregos e ingressando em uma realidade mais dinâmica e atualizada. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial/atividades?authuser=0 Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/unidade-1?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial/atividades?authuser=0 Página inicial ATIVIDADES 1. Em 1950, um empresário esqueceu o dinheiro em casa e, para pagar um jantar, acabou criando a ideia que deu início aos cartões de crédito. Qual empresa nasceu nesse momento? a) Mastercard. b) Visa. c) American Express. d) Diners Club. e) Todas estão incorretas. 2. O framework do Business Model Canvas visa facilitar o desenvolvimento de novos modelos de negócios. Sobre esse framework , é correto afirmar que: a) Sua grande vantagem está na simplicidade de aplicação e de composição multidisciplinar dos grupos, pois busca ter visões diferentes sobre o negócio. b) Tem o objetivo de facilitar a visualização do negócio de maneira particular e individual. c) Facilita na prototipação de negócios com foco em lucrar, sem preocupações com os valores oferecidos. d) Utiliza conceitos do design thinking , pois busca trazer empatia e capital de giro ao processo de desenvolvimento de um modelo de negócios. e) Todas estão corretas. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 3. Durante a aplicação do BMC, a construção básica do negócio é exposta. De quais etapas são compostas essa aplicação? a) Financeira, fiscal, contábil, recursos humanos e atendimento. b) Relacionamento com o cliente, parceiros-chave e atividades-chave. c) Estrutura de custo, parceiros-chave, atividades-chave e recursos-chave. d) Fluxos de caixa, canais, contábil e parceiros-chave. e) Todas estão corretas. 4. Empresas como Netflix, Spotify, iTunes, Amazon e Google Adwords se encaixam em um padrão de modelo de negócios que surgiu por meio do BMC. Cite qual modelo de negócio é esse: a) Cauda longa. b) Plataforma multifaces. c) Negócios abertos. d) Produtos gratuitos. e) Nenhuma das alternativas. Resolução das atividades Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial/resumo?authuser=0 Página inicial RESUMO Durante esse estudo, foram explorados os conceitos que visam construir produtos e serviços que entregam valor ao consumidor. A partir de histórias e cases reais, foram introduzidos alguns conceitos de criatividade e inovação que resgatam a visão de que o mercado não está mais tão reativo e quer lutar contra empresas acostumadas à hegemonia. Essa transição nem sempre é fácil e tranquila. Um dos momentos mais emblemáticos dessa reação do mercado foi com a entrada do streaming na indústria do entretenimento, fato que inverteu completamente a lógica da distribuição e confecção de discos. Essa inovação nasceu de uma necessidade do usuário, que de pronto percebeu diversos benefícios com a nova tecnologia. Mais importante do que saber como estruturar uma empresa é estar com o olhar apurado para identificar oportunidades de negócios em ambientes inexplorados ou que ainda não foram explorados da maneira correta. Por isso, algumas ferramentas auxiliam e potencializam a identificação de áreas que ainda estão sedentas por novas ideias. O Business Model Canvas (BMC) é uma dessas ferramentas que traz luz a áreas de mercado que necessitam de inovação. O BMC busca praticar o lado esquerdo e o direito de cada modelo, considerando características humanas, permeando as necessidades do usuário. Esses são fatores que ajudam a entender se o negócio é viável e aplicável. A prática do BMC leva à discussão e à quebra de paradigmas para o surgimento de modelos que têm potencial para agregar valor ao negócio, ao produto ou ao serviço, e até mesmo a novos modelos nunca praticados antes. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/resumo?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico?authuser=0 Página inicial Material Complementar Leitura Change by Design Autor: Tim Brown Editora: Harper Collins Publishers Sinopse : Este livro apresenta a ideia de pensamento de design. Trata-se do processo colaborativo pelo qual sensibilidades e métodos do designer são empregados para combinar as necessidades das pessoas com o que é tecnicamente viável e uma estratégia comercial viável. Em suma, o pensamento de design converte necessidade em demanda. A abordagem do autor é centrada no ser humano para a resolução de problemas que ajudam pessoas e organizações a se tornarem mais inovadoras e mais criativas. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/eu-indico?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Leitura The Innovation Expedition - A visual toolkit to start innovation Autor: Gijs Van Wulfen Editora: Bis Publisher Sinopse : A obra faz pela inovação o que o best-seller de Alexander Osterwalder fez para a modelagem de negócios: torna muito acessível um assunto de negócios complicado. Para isso, conta a história de forma visual e apresenta um método que é testado e funcional. Na Web A New Approach to Designing Business Models Nesse link estão disponibilizados alguns Canvas e vídeos que mostram como a ferramenta pode ser aplicada na prática. Acesse Na Web Free! Why $0.00 is the future of business Nesse artigo, Chris Anderson conta como angariar clientes oferecendo produtos gratuitos, uma forma de lucrar a partir da entrega de valores. Acesse https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/eu-indico?authuser=0 https://getfireshot.comhttps://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fstrategyzer.com%2Fcanvas%2Fbusiness-model-canvas&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGwzEtCuTLa7sBFn5Ytk4308S1jRA https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.wired.com%2F2008%2F02%2Fff-free%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFS-x0IAqokp5I1ZgFm4sccGbE4jg Na Web Desagregação da Corporação Artigo publicado por John Hagel III e Marc Singer, que visa apresentar os conceitos e como foi construída a ideia de desagregação de uma corporação. Aprofunda diversos conhecimentos sobre o tema. Acesse Na Web A New Approach to Designing Business Models Alex Osterwalder apresenta o Business Model Canvas e mostra como a ferramenta potencializa a identificação de novos modelos de negócios. Acesse Na Web Chris Anderson é físico e escritor do livro “A Cauda Longa: do mercado de massa ao mercado de nicho”. Foi editor da revista Wired e condensou algumas de suas experiências em um vídeo do TED Acesse Avançar https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/eu-indico?authuser=0 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fhbr.org%2F1999%2F03%2Funbundling-the-corporation&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNEZ_QeLpijhIYvYTlc8qcpb4j9tzA https://www.youtube.com/watch?v=fEnDHgTR3bg https://www.youtube.com/watch?v=CIZAZYsKM84 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias?authuser=0 UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/eu-indico?authuser=0 https://getfireshot.com Página inicial REFERÊNCIAS ANDERSON, C. A cauda longa . A nova dinâmica de marketing e vendas: como lucrar com a fragmentação dos mercados. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. BROWN, T. Change by design : how design thinking transforms organizations and inspires innovation. New York: HarperCollins Publishers, 2009. BROWN, T. Design thinking : uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CHAN, W. A estratégia do oceano azul : como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. HIGA, F. Como capturar valor da inovação . Harvard Business Review, v. 89, n. 9, p. 62-64, set. 2011. LINS, C.; ZYLBERSTAJN, D. Sustentabilidade e geração de valor : a transição para o século XXI. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. MAEDA, J. As leis da simplicidade : design, tecnologia, negócios, vida. São Paulo: Novo Conceito Editora, 2007. OSTERWALDER, A.; PIGNEUR, Y. Business Model Generation : A Handbook for Visionaries, Game Changers, and Challengers. New Jersey: John Wiley & Sons, Inc., 2010. PINHEIRO, T.; ALT, L. 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Jeff Fromm, consultor da FutureCast, lembra que consumidores e trabalhadores da nova geração estão mais preocupados com uma troca saudável e não tanto com o consumo desenfreado e sem preocupações. Nesse sentido, pesquisas apresentam resultados surpreendentes no que se refere à preferência de consumo. A geração em questão se mostra mais exigente e demanda ética e transparência das empresas. Isso acontece, segundo Fromm, porque o consumidor de hoje tem mais acesso à informação do que em qualquer outro momento da história. Hoje é possível comparar preço, qualidade e ainda consultar o feedback dos últimos consumidores do item que se deseja comparar. Além disso, leva-se em conta a ideologia que envolve produtos e serviços. Muitos jovens levantam questões sobre meio ambiente, por exemplo. Portanto, o produto que tem embalagem demais já conta com um ponto negativo para esse público. Da mesma forma, empresas que apoiam causas (como a igualdade de gênero) têm nisso um facilitador para seu discurso de venda. Existe, portanto, a necessidade de identificar e quantificar valores. Alex Osterwalder explica que alguns valores podem ser quantitativos (preço, velocidade de serviço, entrega) ou qualitativos (design e experiência). Mas há outras maneiras de identificar valores, por exemplo: Inovações e novidades: satisfazem as necessidades das pessoas que não eram percebidas até a utilização do produto. Os telefones celulares são exemplo disso, pois criaram uma indústria inteira com uma cadeia de valor bem consistente. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Desempenho: um caminho tradicional e bastante utilizado pelas empresas, pois é uma maneira de aproveitar os materiais e produtos existentes e potencializá-los. Personalização: são adaptações e customizações que podem ser realizadas. Nesse quesito, é bom tomar cuidado para não desvirtuar o valor inicial da proposta, e tornar a solução um Frankenstein. Nos últimos anos, o conceito de personalização e customização ganhou espaço, pois proporciona a liberdade de adaptação à realidade do cliente e ainda mantém o produto escalável. Fazendo o trabalho: esse valor ocorre quando um cliente é especialista em construir algo maior, mas não tem habilidade para executar uma parte do processo. Por exemplo, quando uma indústria monta um carro, mas não cria as peças. Design: apesar de ser um valor qualitativo, o design é um elemento que deve estar em constante medição e avaliação, pois pode destacar (e muito) o produto e serviço dos atributos do concorrente. Status: atualmente, as marcas estão mudando seu discurso e, ao invés de falar sobre seus produtos, trazem os conceitos que querem associar à sua marca. Muitas pessoas consideram o status como soberba ou riqueza, mas existem marcas que apoiam o meio ambiente ou a responsabilidade para com alimentos, e tantas outras que fortalecem ideias bem importantes para o presente contexto. Preço: o mesmo valor a um preço mais baixo é uma maneira bem comum de satisfazer necessidades de clientes sensíveis ao preço. É bom estar sempre atento a essa proposição, pois ela impacta na cadeia de valor e na qualidade do produto ou serviço. Redução de custos: ajudar clientes a reduzir custos é uma maneira bem importante de gerar valor. O Salesforce, por exemplo, vende um gerenciador de relacionamento com clientes. Isso auxilia os clientes na compra e no reporte de problemas, com a liberdade de gerenciar o próprio CRM. Redução de risco: alguns segmentos de mercado estão muito preocupados com a redução de riscos. Issopode ser aplicado nos mais variados campos, entre eles medicina e transportes. Uma maneira que passa a sensação da redução de risco é oferecer garantias de que o produto vai funcionar bem ou que estará seguro. Acessibilidade: palavra do momento, pois diversos produtos estão focando seus esforços em melhorar esse quesito. Assim, disponibilizam formas de gerar resultados satisfatórios ao negócio, ampliando a população atendida. Conveniência e usabilidade: busca entregar artefatos mais convenientes ou fáceis de usar, podendo criar valor substancial aos produtos. Assim, o iPod e o iTunes, da Apple, oferecem aos clientes agilidade na busca, na compra e na criação de uma playlist digital. Esses valores podem ser utilizados para avaliar como está o negócio ou ajudar na construção de um modelo completamente novo. Disrupção, compartilhamento, streaming, redes, novas plataformas, experiência e tempo são palavras que estão reconstruindo o mundo dos negócios. Áreas como automobilística, educacional, jurídica e segurança pública ainda estão sedentas por uma revolução, mas alguns setores, como as montadoras automobilísticas, identificaram a necessidade de aliar seus projetos à tecnologia e ao desejo das novas gerações e estão na corrida para construir carros mais baratos, sustentáveis e que não sejam tão agressivos ao meio ambiente. PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial/editorial?authuser=0 Página inicial EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; PRADO , Patricia. Business Design na Geração de Valor. Patricia Prado Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/editorial?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 39 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Business. 2. Design. 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 745.4 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p�gina-inicial/editorial?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv1/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Página inicial LEAN STARTUP Professora : Me. Patricia Prado Objetivos de aprendizagem Explicitar os conceitos do Lean Startup, como ele surgiu e como pode ser aplicado em um contexto real. Apresentar o que é um MVP e por que ele é tão importante no mundo das startups. Apresentar modelos que podem ser aplicados na construção das métricas de sucesso de um produto. Elucidar os conceitos de aprendizagem rápida e mostrar como ela pode potencializar a aceitação do público. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: O método do Lean Startup Construir um MVP Medir, como construir métricas Aprender: erre rápido e corrija mais rápido ainda Introdução O avanço da tecnologia não mudou apenas a maneira como nos comunicamos e interagimos com produtos e serviços, mas também o mundo dos negócios e a forma como pensamos em estruturar empresas. Conceitos como compartilhamento, comunicação em rede, inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT), entre tantas outras palavras e expressões, estão despontando na vida das pessoas e ampliando significativamente o mundo dos negócios. Para conseguir sucesso em um mundo tão dinâmico e que se transforma o tempo todo, é preciso estar sempre atento às questões de novas tecnologias e às necessidades humanas. Em 2011, o livro “The Lean Startup”, de Eric Ries, tornou-se uma das maiores referências para startups, as empresas que visam criar novos produtos e serviços em situações de extrema incerteza. Nesse contexto, ferramentas tradicionais de planejamento e controle dificilmente funcionam. O Lean Startup viabiliza uma abordagem que auxilia na criação e no gerenciamento de novos negócios e que oferece aos empreendedores recursos suficientes para tomar decisões mais rápidas. O método é baseado em entregar uma proposta de solução em uma versão mais simplificada, chamada de Mínimo Produto Viável (MVP). Nesse formato, a ideia é validada diretamente com o consumidor e com mais rapidez. Um dos pilares da metodologia são os feedbacks constantes. Durante a construção, o importante é fazer, medir e aprender com muita rapidez. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial https://getfireshot.com Na construção do MVP, toda a equipe absorve muitas informações e aprende o que ajustar e como seguir. É imprescindível estabelecer métricas que possam demonstrar questões de causa e efeito. Devido a essa característica, o Lean Startup é um método de desenvolvimento investigativo para estudar e resolver problemas ao longo do caminho. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial/unidade-2?authuser=0 Página inicial O MÉTODO DO LEAN STARTUP Comumente, empreendedores se mostravam muito reticentes às normas da administração tradicional, pois acreditavam que burocratizariam ou reprimiriam a criatividade do negócio. O Lean Startup se apresenta como uma ferramenta para pessoas que desejam empreender e construir seu próprio negócio, porém, alguns conceitos são aplicados a grandes empresas que buscam inovação. Segundo Ries (2011, p. 13), o conceito de startup está focado em uma instituição humana projetada para criar novos produtos e serviços em condições de extrema incerteza. Em entrevista à revista Pequenas Empresas Grandes Negócios (PEGN), Ries ressalta que startups não têm a obrigação de dar certo. São, antes de tudo, experiências, portanto não é fácil apontar o que acontecerá com elas. O Uber é um case de negócio que mudou de formato e público. À medida que a startup foi crescendo e aprendendo com os erros, dinâmica e modelo de negócios foram se adaptando. No início, a ideia de negócio era viabilizar uma plataforma para que passageiros chamassem carros de luxo (o aplicativo informava a localização do passageiro via GPS). O primeiro desafio dos sócios Travis Kalanick e Garrett Camp foi convencer motoristas a adotarem o serviço. Mas notou-se que a grande jogada estava em possibilitar o transporte de forma que o passageiro não tivesse que tirar dinheiro da carteira para https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 pagar pelo serviço. Dentro do Vale do Silício, aideia despertou o interesse de investidores, que perceberam nela um potencial de crescimento. Por meio desse exemplo, podemos abordar um ponto fundamental do Lean Startup: os clientes finais apresentam feedbacks e informações valiosas para que decisões sejam tomadas de forma coerente. Sem essa validação, o Uber não seria o que é hoje. Ou seja, seu sucesso da startup provém desses feedbacks. Fonte: a autora. Ries (2011) aponta que a busca pela perfeição e pelo desejo de satisfazer as necessidades dos clientes pode ocasionar desvios ou desvirtuar completamente o valor inicial da proposta, além, é claro, de ocasionar atrasos desnecessários. No caso das startups, isso pode ser perigoso, pois a ideia original é errar, aprender e corrigir com muita rapidez. Por isso, ir devagar e com cautela é temerário. Até grandes indústrias de software perceberam que esse movimento pode ser perigoso, por isso algumas estão se aproximando da atuação das startups. Há o receio do “efeito Kodak”: ninguém quer ser surpreendido por um novo concorrente que vire do avesso o modelo de negócio do setor. Nesse contexto, feedbacks cíclicos auxiliam na evolução de produtos e no nascimento de ideias ou recursos provenientes do sistema. Mudar profundamente o formato do negócio já tem um verbo próprio: pivotar. Ressalta-se que os clientes também amadurecem com a evolução do sistema. É comum, porém, que após um tempo as startups comecem a ter medo de mudar radicalmente recursos básicos. Nesse caso, apresenta-se mais uma das premissas do Lean Startup, que é não ter medo de mudar. À medida que o mundo dos negócios ganha novos formatos, torna-se cada vez mais difícil prever o futuro. Consequentemente, os métodos tradicionais de administração não têm conseguido acompanhar tanta inovação e agilidade. Segundo Ries (2011), planejamento e previsão são mais precisos quando existe um histórico operacional longo e estável, o que é não é a realidade de uma startup. Por isso, a proposta defendida por Ries (2011) tem três frentes: visão, direção e aceleração. Por visão, ele defende a ideia de articular uma nova maneira de as startups medirem os progressos e a aprendizagem validada. A busca por aprendizagem é uma experimentação para descobrir como desenvolver um negócio sustentável. Já o conceito de direção está baseado no feedback feito pela via do Mínimo Produto Viável (MVP), enquanto se segue o ciclo construir, medir e aprender. Com esse panorama, é possível saber que direção seguir e se o negócio está progredindo ou não. O MVP oferece uma maneira de tomar decisões em um ambiente mais estável possível. Por sua vez, a aceleração acontece quando o negócio começa a ter forma e clientes. A preocupação começa a ser a manufatura e o reconhecimento do poder dos pequenos lotes de entrega, além de já ser o momento de expandir a estrutura organizacional. Percebe-se que o grande valor apresentado nessa ferramenta é o de entregar um produto que as pessoas desejam. Por isso, o MVP é posto à prova o tempo todo: a equipe capta constantes informações sobre a utilização do produto e persiste em trabalhar para melhorá-lo. E isso não acontece apenas com o produto, mas com o modelo de negócios. Tudo vai se remodelando à medida que o MVP se torna consistente. O Lean Startup é um conjunto de práticas que envolve desde a ideia do negócio até a construção e a coleta das métricas para avaliação do produto e do modelo de negócios. Ele opera ao trazer três conceitos básicos: construir, medir e aprender. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com Figura 2 - Ciclo do Lean Startup Fonte: Ries (2011, p. 57). O ciclo tem como foco a conquista de aprender a construir com a máxima eficiência. Para isso, se baseia nos feedbacks dos usuários. Os valores que essa metodologia traz são extremamente impactantes para o mundo dos negócios, pois consideram tanto os ganhos tecnológicos quanto os relacionados a pessoas e regras de negócios. O equilíbrio dessa tríade é o sucesso e o mais importante é descobrir onde investir as energias. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com CONSTRUIR O MVP A base da inovação não é apenas ter uma ideia genial, mas conseguir construí-la e fazer com que ela seja desejada pelas pessoas. Isso não é tarefa fácil. Atualmente, observamos empreendedores com boas ideias, mas que sofrem seguidas decepções ao correrem atrás de investimentos. Em uma mesa de negociação, uma boa ideia por si só não se sustenta, ela tem que de ser viável, aplicável e desejável. Quem não consegue explicar como será feito, avaliar quanto custará e adiantar uma previsão de lucro não consegue fundamentar seus argumentos. É assim que uma ideia que poderia ser realmente genial vai por água abaixo. Por isso, muitos empreendedores costumam construir um MVP para conferir se a sua ideia tem sustentabilidade, ou seja, se ela realmente resolverá um problema entregando um valor às pessoas e se elas estão dispostas a pagar por isso. E o mais importante: quanto pagariam por isso. O MVP é uma versão bem simplificada do produto com as características e necessidades básicas para que o produto/ serviço possa ser inserido no mercado. Sua finalidade é validar hipóteses de valor e crescimento. Nessa fase o foco é investigar fatores quantitativos e qualitativos que fornecem aos empreendedores uma visão de como as hipóteses estão sendo validadas pelo cliente. Trata-se de uma forma de oferecer recursos para detectar falhas antes do lançamento oficial do produto/serviço. Essa troca de informação é constante e incansável. É uma fase que pode gerar muitas dúvidas e ainda fazer com que o empreendedor desperdice tempo com questões que não são prioritárias. Por isso, ter uma visão clara do valor que se quer entregar é importantíssimo para não gastar energia desnecessária. Durante muito tempo, o foco do desenvolvimento de produtos e serviços estava centrado na tecnologia, o que obrigava os usuários a aprender a utilizar o artefato posto à venda. Geralmente, as pessoas investiam horas em treinamentos. Atualmente, esse mindset mudou: desenvolvimento e produção estão focados em entregar valor ao usuário e poupar tempo é um valor extremamente importante. Afinal, ninguém quer gastar horas estudando para fazer algo simples. O atalho é um exemplo é muito utilizado na internet para mostrar a diferença entre um trajeto projetado e outro realmente utilizado pelas pessoas. Essa analogia é importante porque leva a refletir como nem sempre um projeto que demorou para ser feito, teve grande investimento, é bonito e benfeito acaba escolhido pelas pessoas. Elas querem algo que poupe tempo, economize esforço e seja fácil de ser usado. Por isso, nem sempre é preciso investir muito dinheiro para entregar valor. O MVP se mostra uma ferramenta poderosa para entender o trajeto que as pessoas desejam e quanto pagariam por isso. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com O MVP oferece um rascunho da proposta original, mas isso não significa que o resultado possa ser malfeito, com falhas ou recursos mal desenvolvidos, porque isso também impacta nas definições de projeto. É importante entregar um MVP que represente a visão final do produto e que, por meio dele, seja possível resolver o problema que se propõe a solucionar. Geralmente no primeiro momento os empreendedores criam uma landing page para gerar leads. De maneira bem simplificada, pode-se dizer que o Lead é um potencial consumidor que tem interesse na proposta. Depois que a base de leads é composta, informações valiosas são extraídas dela, como o perfil dos usuários, as expectativas e o tipo de retorno que foi alcançado. Contudo, mais do que gerar leads para sentir a temperatura do mercado, é preciso fazer com quea ideia forneça valor para os clientes e lucro para a empresa. Muitas startups surgiram e, antes mesmo de construir o MVP, a ideia já estava se vendendo, por isso o sucesso foi um disparate. Observe empresas com o Nubank, Airbnb e Uber e note que antes de um sucesso ocorreram muitos fracassos. Deve-se estar preparado para isso, visto que uma startup trabalha com um nível de risco muito alto. MEDIR - COMO CONSTRUIR MÉTRICAS Durante a construção do MVP, é possível identificar pontos que podem ser quantificados para medir o impacto das entregas tanto do ponto de vista de produção quanto dos consumidores. O ideal é que todo o ciclo seja operacionalizado o mais rapidamente possível para que aconteça a aprendizagem, mas isso só acontece se for baseado em dados. As observações, por sua vez, trazem diversos insights para a evolução do produto. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com Na criação dos critérios e métricas de avaliação, deve-se estar atento para um ponto: a descrição das funcionalidades, o que se espera do projeto e como devem ser medidos os resultados. Cabe avaliar se a funcionalidade é válida para o MVP, pois o objetivo é o aprendizado e validar as hipóteses de negócios e somente as métricas ajudarão nessa questão. O fato é que não se deve ir longe demais. É preciso construir uma sequência de funcionalidades, criar agrupamentos e ordená-los de maneira que a equipe possa segui- los, bem como contar com uma ideia sobre a evolução do MVP. Uma questão muito importante abordada durante esse ciclo é o design centrado no usuário. Esse quesito é bem qualitativo e deve ser bem-estruturado, de forma que forneça informações relevantes para o produto/serviço. Deve-se observar as ações e os pontos que melhoram e simplificam a vida das pessoas. Autor do livro “As leis da Simplicidade”, John Maeda (2007) afirma que estamos tão acostumados a inserir funcionalidades que isso nos dá a sensação de que estamos pagando bem por uma gama de recursos, dos quais, na realidade, usamos poucos. O autor defende que é necessário sintetizar e abstrair os recursos, oferecendo simplicidade ao invés de encher o usuário de recursos inúteis. Após definir as funcionalidades, deve-se conectar os resultados às hipóteses de negócio. Caroli (2017, p. 163) auxilia nessa construção ao estruturar as perguntas (e respostas) que precisam ser feitas: Nós acreditamos que… [visão do MVP] Vai conseguir… [resultado esperado] Saberemos que isso aconteceu com base em... [métricas para validar as hipóteses do negócio] Com essa descrição, Caroli deixa claro que é preciso levantar por que determinada funcionalidade deve ser construída, qual o valor que entregará e com base em que dados pode-se garantir que ela atingiu o sucesso. Além de auxiliar a comprovar as hipóteses que estão sendo testadas, a proposta também oferece as variáveis de ajuste que organizam o crescimento da startup. Em cada ciclo, essas variáveis são acionadas para comprovar se o desenvolvimento está seguindo o que foi planejado. Outro método útil nessa tarefa é o da contabilidade para inovação, sugerido por Ries (2011). Trata-se de uma abordagem quantitativa, que permite observar as variáveis de ajuste que estão dando resultados. Esse método possibilita a criação dos marcos de aprendizagem que são úteis para os empreendedores avaliarem os progressos de maneira precisa e objetiva. Para ilustrar a técnica, o autor traz o exemplo de uma empresa manufatureira já bem-estabelecida que se mostraria crescendo em proporção de vendas. A taxa de crescimento depende principalmente de três coisas: a rentabilidade proporcionada por cada cliente, o custo de obter novos clientes e a taxa de repetição de compra dos clientes existentes. Quanto maiores esses valores, mais rápido a empresa crescerá e mais lucrativa será. Em resumo, as forças que devem ser avaliadas são essas. Entretanto, vale destacar que uma empresa que se propõe a intermediar o relacionamento entre compradores e vendedores, como faz o Mercado Livre, tem um modelo de crescimento distinto. Nesse caso, o sucesso depende da rede que se cria entre os dois lados para a realização de negócios. Os interesses variam dependendo do lado em que se encontram: os vendedores querem mais compradores e os compradores querem uma maior concorrência. O cenário resulta em maior disponibilidade de produtos e menores preços. Para esse tipo de negócio, o importante é medir se os https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com efeitos de rede estão funcionando bem. As evidências quanto a isso vêm pela alta taxa de retenção de novos compradores e vendedores, isto é, se as pessoas aderem ao produto com muito pouco atrito. Segundo Ries (2011), a contabilidade para a inovação funciona em três passos: Mínimo Produto Viável: além de todos os benefícios, os MVP trazem os dados reais a respeito de onde a empresa está e onde quer chegar. Regular as variáveis e o motor para a direção ideal: essa etapa pode gerar diversas tentativas, mas é após esse amadurecimento que a startup alcança um ponto de decisão. Pivotar ou perseverar: se a startup passou pelos dois passos anteriores, isso significa que está aprendendo e fazendo progressos de maneira efetiva. Caso contrário, a equipe percebe que é preciso fazer uma mudança, que deve pivotar e recomeçar o processo em uma nova direção. Essas questões ficam bem aparentes ao fim do ciclo de construir-medir-aprender, sendo que pivotar é uma questão difícil para os empreendedores. O fato, porém, é que se as hipóteses se mostram falhas, a estratégia original deve ser repensada. Esse método cria maneiras eficazes de reconhecer mais cedo os momentos em que se deve pivotar uma ideia, gerando menos desperdício de esforço, tempo e dinheiro. O ciclo do Lean Startup proporciona a absorção de muito conhecimento e os grandes aprendizados que levam o produto adiante. APRENDER: ERRE RÁPIDO E CORRIJA MAIS RÁPIDO AINDA O desenvolvimento de um produto envolve diversos profissionais. Os de marketing visam medir qual tipo de comunicação está dando mais retorno. Os de engenharia se comprometem com a performance e a eficiência do sistema. Unem-se à equipe de design, que busca facilitar a utilização das funcionalidades. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com Todos estão focados em fazer um produto de sucesso. No entanto, às vezes pode ser difícil encarar a realidade e ter de fazer decisões difíceis, ainda mais se o produto já está na mão dos clientes. No mundo das startups, isso não é mau sinal, pois quer dizer que ainda há tempo para ajustar o caminho e seguir em frente. É nessa questão que a etapa de aprendizagem do Lean Startup atua. Segundo Ries (2011, p. 33), “a aprendizagem é um consolo sem graça para os funcionários que seguem um empreendedor rumo ao desconhecido”, pois todos investem tempo e energia, visto que todos dependem da inovação para sobreviver. O objetivo central da startup é aprender em um ambiente de alto risco e, quanto mais rapidamente esse processo acontecer, mais chances existem de alcançar uma entrega de valor mais consistente. Na verdade, nota-se quais elementos da estratégia estão funcionando e quais devem ser descartados. Lembre-se: é preciso descobrir o que o cliente realmente deseja e quanto está disposto a pagar. O mais importante nessa fase é reconhecer qual fator entrega mais valor para os clientes sem muito desperdício. No contexto da tecnologia, existe o desenvolvimento ágil que auxilia na identificação dos pontos mais sensíveis. Se somada aos métodos de design centrado nos usuários (DCU), essa dinâmica é potencializada. Isso porque, com o DCU, pode-se construir uma jornada do usuário, que é uma técnica em que são identificados os pontos de contatocom os clientes, tornando explícito o que deixa o usuário satisfeito ou insatisfeito. A jornada para o desenvolvimento ágil aponta quais funcionalidades precisam de mais esforço e atenção. Por exemplo: considere o início do desenvolvimento de uma plataforma de comunicação interna de uma empresa, isto é, de um canal interno de comunicação entre os funcionários com agendas compartilhadas e chats. Uma manobra inicial do desenvolvimento pode ter sido unificar agendas e oferecer aos funcionários um acesso rápido aos contatos. Após a finalização dessa entrega, começou a jornada de aprendizagem. Durante a construção com os usuários finais, foram identificadas funcionalidades que eles sequer acessaram para realizar suas atividades normalmente e outras que eles sentiram dificuldades para usar. De posse dessas conclusões, grande parte do esforço da equipe de desenvolvimento se voltou para os pontos mais críticos, enquanto os outros permaneciam em segundo plano – sendo que parte deles foi até pivotada. Assim, a energia foi empenhada em aprimorar funcionalidades que realmente entregariam mais valor aos usuários. Por outro lado, os pontos que causavam desperdício de tempo foram minimizados ao extremo. Para que esses pontos sejam descobertos, faz-se necessário um tempo de reflexão e análise que acaba por trazer muita aprendizagem à equipe. Fornecer segurança e deixar a equipe ver e aprender isso auxilia no investimento correto do esforço. Essa etapa é importante porque, quando começamos a entender melhor as demandas e expressá-las de maneira correta, amplia-se a capacidade de aprimorar os produtos de maneira objetiva, assegurando menos desperdício e mais assertividade a todo o processo. Pode-se dizer que o método científico é levado a sério no Lean Startup. Tudo é entendido como experimento. Da ideia até a construção das campanhas, passando pelas funcionalidades do produto, tudo é tratado de maneira experimental. Começa-se com uma hipótese bem-definida que remete aos procedimentos experimentais que são testados de maneira empírica. Todo o processo está empenhado em descobrir um negócio sustentável que gire em torno de uma visão. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial/atividades?authuser=0 Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/unidade-2?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial/atividades?authuser=0 Página inicial ATIVIDADES 1. O Lean Startup é uma metodologia que visa trabalhar na busca de validação de ideias e modelos de negócios. Sobre o conceito de startup, é correto afirmar que: a) É focado em uma instituição de capital financeiro projetado para criar novos produtos e serviços em um cenário de máxima certeza. b) É um conceito novo que está focado em criar negócios em ambientes incertos, mas oferecendo uma ideia de total segurança. c) É um conceito que está focado em uma instituição humana projetada para criar novos produtos e serviços em condições de extrema incerteza. d) Está focado em oferecer muita segurança para investidores, mas o cenário geralmente é incerto e cheio de novas informações. e) Todas estão corretas. 2. No mundo das startups, não basta dispor de uma ideia. Existe a necessidade de construir e validar todo o modelo. Em uma mesa de negociação, a ideia deve: a) Ser viável, aplicável e desejável. b) Ser desenvolvida, testada e pivotada. c) Ser de fácil aplicação e ser muito barata. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 d) Gerar lucro de maneira muito rápida. e) Todas estão corretas. 3. Para a comprovação de que as hipóteses estão funcionando e entregando o valor a que se propõem, são utilizadas métricas. Ries (2011) apresenta um exemplo delas: a) A taxa de crescimento depende de lucro, taxa de conversão e leads. b) A taxa de crescimento depende de rentabilidade, custo e taxa de repetição. c) A taxa de crescimento depende de aprendizagem, medição e construção. d) A taxa de crescimento depende de capital humano, segurança e entregas. e) Todas estão corretas. 4. O Lean Startup é uma metodologia que auxilia empreendedores a converter ideias em negócios. O objetivo central dessa metodologia é: a) Aprender em um ambiente de alto risco. Quanto mais rápido esse processo acontecer, mais chances tem-se de alcançar uma entrega de valor mais consistente. b) Entregar produtos com alto grau de complexidade e qualidade. c) Pivotar ideias que não entregam valor e criar produtos fiéis à estratégia inicial sem desviar dos objetivos. d) Ter claro o que se deve entregar e seguir sem considerar as informações adquiridas ao longo do processo. e) Todas estão corretas. Resolução das atividades Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial/resumo?authuser=0 Página inicial RESUMO Ao longo da história da administração de empresas, o que imperou foi a devoção por grandes números. O mundo digital exige análise cuidadosa e visão de futuro apurada porque existe o risco de que decisões sejam tomadas por impulso ou sedução. Um leque tão amplo de dados pode induzir a equívocos, por isso é tão importante ter objetivos claros e definidos. O Lean Startup é uma metodologia que guia os empreendedores e auxilia na construção de métricas, potencializando uma leitura de dados e de cenários mais assertiva. O grande diferencial dessa ferramenta está na visão holística de todo o processo. Por meio de sua prática, o empreendedor consegue analisar desde os dados de marketing até a produção do produto. Ademais, é possível analisar o contexto em que o produto está atuando. Essa capacidade potencializa a identificação de problemas e de funcionalidades que não são prioridades, o que auxilia os gestores a focar esforços em entregas que oferecem mais valor aos consumidores. Também auxilia na identificação de ajustes que devem ser feitos ao longo do processo. Essas questões são evidenciadas por meio das métricas construídas na intenção de medir os resultados esperados. Durante a aplicação do Lean Startup, o cenário pode mudar repetidamente, o que muitas vezes frustra a equipe de desenvolvimento e os investidores. Por esse motivo, é sempre bom reportar e comunicar as decisões, que muitas vezes podem até partir da equipe, uma vez que são os profissionais que estão envolvidos diretamente no desenvolvimento e nos estudos com os usuários. Mas nada disso funciona se os empreendedores não estiverem de olho no mercado e nas novas tecnologias para identificar os movimentos. É essencial estar atento ao que os concorrentes estão planejando e manter sempre uma visão de futuro quanto às atividades desempenhadas dentro da startup. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/resumo?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico?authuser=0 Página inicial Material Complementar Leitura Mapeamento de Experiências Autor: Jim Kalbach Editora: Alta books Sinopse : Clientes que têm experiências inconsistentes e interrompidas com produtos e serviços ficam compreensivelmente frustrados. Mas a situação piora para as empresas quando elas não conseguem identificaro problema porque estão focadas demais nos processos comerciais. Este livro prático mostra como usar diagramas de alinhamento para transformar as valiosas observações do cliente em ideias de ação. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/eu-indico?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Leitura Design Centrado no Usuário Autor: Travis Lowdermilk Editora: O’Reilly Novatec Sinopse : A obra apresenta uma visão única sobre a forma como pesquisas junto aos usuários podem ser combinadas a conceitos de design, focando na lógica fundamental e no conhecimento por trás do assunto. Trata-se de uma leitura obrigatória para qualquer pessoa que esteja criando produtos para seus usuários, pois ajuda a compreender por que o foco no usuário é tão importante no design Na Web Design Disruptors Ano: 2017 Sinopse: O futuro dos negócios está sendo escrito por empresas que, intencionalmente ou não, agitam bilhões de dólares na indústria da tecnologia. A obra apresenta histórias de companhias que, combinadas, valem mais de um trilhão de dólares por oferecerem uma vantagem: o poder de desenho transformativo. O filme revela uma perspectiva sobre as abordagens de design de empresas que estão superando concorrentes por causa desse valor, entre as quais Airbnb, Google, Uber e Netflix, entre outras. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/eu-indico?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/eu-indico?authuser=0 https://getfireshot.com Página inicial REFERÊNCIAS ANDERSON, C. A cauda longa . A nova dinâmica de marketing e vendas: como lucrar com a fragmentação dos mercados. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. BROWN, T. Change by design : how design thinking transforms organizations and inspires innovation. New York: HarperCollins Publishers, 2009. BROWN, T. Design thinking : uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CAROLI. P. Direto ao ponto : criando produtos de forma enxuta. São Paulo: Casa do Código, 2017. CHAN, W. A estratégia do oceano azul : como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante. 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Durante um estudo sobre entrega de valor, é impossível não citar as novas maneiras que as pessoas estão utilizando para se comunicar, consumir e trabalhar. Atualmente, vivemos um cenário dinâmico e imprevisível. Isso significa que nada impede que artefatos que um dia não funcionaram ou não deram certo sejam revisitados e se tornem moeda de troca. Um exemplo são as interfaces touchscreen ou ecrã tátil, citadas pela primeira vez em um artigo de 1965 de E. A. Johnson. A implementação dessas tecnologias ocorreu em 1975, mas a popularização só veio com o advento dos smartphones. Figura 6 - Tela touchscreen em uma loja no Japão https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Contribuiu para isso a visão de Steve Jobs, que tinha como premissa facilitar a vida das pessoas com artefatos fáceis e sensíveis ao desejo humano. Desse exemplo, compreende-se que quando uma empresa consegue se conectar às emoções e ao desejo dos clientes, a recompensa é sem precedentes. Imagine o diferencial de um banco que percebe o quanto é desagradável para o cliente perder horas em um fila para efetuar um pagamento ou abrir uma conta, sendo que as tarifas para ter acesso aos serviços bancários continuam altas. Assim, o banco sai na frente se age para resolver isso (por exemplo, mostrando que é possível desburocratizar processos, quando a responsabilidade sobre eles é delegada ao próprio cliente). Esses insights se manifestam até na maneira da empresa se comunicar, como no caso de uma indústria de refrigerante que mostra o quanto as pessoas que bebem seu produto são felizes. Com tantas oportunidades de criar novos valores, as empresas estão buscando gerar conexões por meio da entrega de serviços que auxiliam e facilitam a vida das pessoas. No discurso isso parece simples, mas é difícil e desgastante alcançar esse ideal. Muitas empresas se pegam tateando em terrenos desconhecidos, o que pode ocasionar episódios extremamente desagradáveis, como o daquela marca que quis se mostrar a favor do discurso sobre diversidade de gênero e acabou passando uma percepção bem diferente. Atualmente, os consumidores estão mais atentos a incoerências e buscam transparência sobre o custo que determinado produto ou serviço apresenta. Segundo um estudo da Fung Global Retail & Technology (2016), cerca de 26% da população mundial pertence à geração Z, composta por jovens que nasceram entre 1995 e 2010. São eles que têm ditado as novas regras de negócio, pois têm muita influência no poder de compra. Ao contrário da geração Y (cujos integrantes são chamados de Millennials), a geração Z é mais realista e pragmática, tem discurso mais aberto, além de mais humor e leveza. Conhecem como ninguém as artimanhas do mundo digital e são extremamente engajados a causas, sejam elas musicais, de entretenimento, filosóficas ou éticas. Por isso, muitas marcas estão mudando o discurso para poder atingir esse público cada vez mais bem- informado. Afinal, trata-se de um público que, em face de qualquer dúvida sobre produto/serviço ou empresa, pesquisa na internet e descobre falhas e avaliações ruins. Essa situação é a que torna inócuo o comportamento de empresas que se esforçam para atender bem clientes fiéis e recorrentes ao mesmo tempo em que se contentamem ser ignoradas por uma grande parte dos possíveis clientes. Os Zs não temem desistir de uma carreira de sucesso por seis meses trabalhando fora do país. Também não têm problemas em comprar um produto sem marca, mas dedicado a ter baixo impacto ambiental. Por isso mesmo topariam andar com sapatos feitos de materiais recicláveis. Destaca-se que nunca na história https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com houve uma gama tão discrepante de público consumidor, uma vez que estão convivendo no mesmo planeta a geração Z, a X e os babyboomers, que estão por aí também usando o Tinder. Voltando à geração Z, é importante ressaltar que ela também está mudando o formato da produção industrial. Aos 23 anos, Laurin Hahn estudava engenharia, mas decidiu seguir seu instinto e angariou 800 mil euros em uma campanha coletiva para fabricar um carro elétrico movido a energia solar. Testou, fez o carro funcionar, divulgou a notícia e conquistou 1,5 milhão de euros para começar uma frota. A internet acumula casos como o de Hahn e, devido a esse e outros motivos, as gigantes da tecnologia estão se aproximando de startups e profissionais com esse tipo de atuação, à procura de remodelar discursos e processos. Essas empresas estão se movimentando na intenção de conseguir se adaptar à nova dinâmica econômica e ao mercado que surge com essa geração. PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial/editorial?authuser=0 Página inicial EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; PRADO , Patricia. Business Design na Geração de Valor. Patricia Prado. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/editorial?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 26 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Business. 2. Design. 3. EaD. I. Título CDD - 22 ed. 745.4 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p�gina-inicial/editorial?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv2/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Página inicial A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL Professora : Me. Patricia Prado Objetivos de aprendizagem Apresentar e auxiliar na identificação de oportunidades a partir da estratégia do Oceano Azul. Apresentar ferramentas que podem auxiliar os empreendedores a alcançar o Oceano Azul. Capacitar para a descoberta de valores dentro de demandas latentes. Apresentar conceitos de inovação e mostrar como ela se relaciona com a entrega de valor. Mostrar alguns casos e comportamentos de mercado. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: Criando Oceanos Azuis Ferramentas e modelos de análise Além das demandas Inovação de valor Dinâmicas de mercado Introdução Nos últimos anos, tem sido perceptível a busca de grandes indústrias por reformular processos e se adaptar a uma realidade econômica bem diferente da que conhecíamos. Pode-se dizer que hoje tudo é tão dinâmico que, quando se percebe, já se ficou para trás. Mas particularmente as grandes indústrias sentem dificuldade de acompanhar esse movimento. Por estarem tão tradicionalmente bem-acomodadas é que se arriscam a perder espaço para alguma inovação. Todos temem o chamado “efeito Kodak”, mas nem todos sabem como evitá-lo. Pela abordagem mais simplista, parece claro que qualquer uma dessas empresas tem o caminho aberto para começar a reestruturação de um processo, aprender mais sobre clientes, fazer experimentos. Isso porque, teoricamente, dispõem de mais dinheiro para investir em experimentações no seu chão de fábrica. Sabe-se, porém, que o costume desse setor não é o de promover mudanças profundas em seus processos. Grandes empresas geralmente acabam se aproximando de startups, de incubadoras ou até mesmo incentivando ideias inovadoras, mas pensam duas vezes ao mexer na sua estrutura, porque o processo nem sempre é assim tão florido. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial https://getfireshot.com A estratégia do Oceano Azul parte do princípio de que pode ser conveniente desbravar espaços inexplorados de mercado que apresentam demanda e crescimento com potencial altamente lucrativo. A característica marcante do Oceano Azul é o fato de a competição ser irrelevante, uma vez que as regras ainda estão sendo estabelecidas. Em contraposição a esse cenário está o Oceano Vermelho, um lugar onde as fronteiras setoriais são definidas e as regras do jogo são conhecidas e aceitas. Nesse ambiente, as empresas tentam superar suas rivais para garantir uma fatia maior de mercado. Daí a metáfora que se faz com as cores: enquanto no Oceano Vermelho as batalhas podem gerar derramamentos de sangue, no Oceano Azul tudo é uma novidade (por vezes paradisíaca) à espera de ser desvendada. Que ninguém se engane: mesmo quando a área é novidade, o mundo dos negócios nunca pode ser considerado um ambiente estável. Pelo contrário, sempre existiu e existirá uma busca insaciável por novidades e novos desdobramentos. Da força motriz desse mundo tão cheio de novos arranjos é que nasce a capacidade de explorar novos mercados e descobrir novas maneiras de fazer negócios. Atualmente, a grande diferença está em conhecer e trazer o público-alvo para perto. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial/unidade-3?authuser=0 Página inicial CRIANDO OCEANOS AZUIS Frente à deterioração corporativa e com o poder de mercado mudando de mãos (das empresas para os consumidores), os desafios com gestão e produção ficaram muito acentuados. Há dez anos, W. Chan Kim e Renée Mauborgne (2005) escreveram o livro “A Estratégia do Oceano Azul”, que se tornou uma das obras mais influentes no mundo dos negócios. A estratégia apresentada pelos autores mostra como as empresas podem ganhar vantagem competitiva sem desafiar seus rivais e ainda descobrir mercados inexplorados, o que chamam de Oceano Azul. Um caso famoso de conquista do Oceano Azul tem a ver com a reinvenção do Cirque du Soleil. Membro de um setor enfraquecido, o empreendimento se renovou e aumentou em 22 vezes sua receita em um período de dez anos. Em vez de manter as táticas de competir com o mercado existente ou tentar angariar clientes dos rivais, o Cirque explorou um mercado de nicho, o que tornou a concorrência irrelevante. Segundo Kim e Mauborgne (2005), há duas maneiras de criar oceanos azuis. Uma delas é lançar indústrias completamente novas ou criadas a partirde um Oceano Vermelho, o que acontece quando uma empresa se expande. O marketing é a ferramenta que tradicionalmente as empresas utilizam para enfatizar a venda do produto em uma segmentação específica, mas hoje isso não é tão eficaz nem significa ampliação de mercado. Isso porque enfatizar vendas não é a mesma coisa que identificar um nicho e trabalhar com ele. As estratégias que têm se mostrado bem-sucedidas são as que se concentram em uma segmentação bem específica e de nicho. Carvalho, Vandoski, Reis e Francisco (2011) apresentam um quadro em que é possível visualizar as grandes diferenças entre o Oceano Vermelho e o Oceano Azul. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Quadro 1 - Estratégia do Oceano Vermelho vs. Oceano Azul Fonte: Carvalho, Vandoski, Reis e Francisco (2011, p. 30). É importante destacar que nem sempre essa identificação está atrelada ao desenvolvimento tecnológico. A cadeia de café Starbucks e o já citado Cirque du Soleil são exemplos de que é possível agregar valor e se diferenciar dos concorrentes sem utilizar tecnologia de ponta. A tecnologia pode ser usada para potencializar a experiência durante um espetáculo, por exemplo, mas o objetivo central do negócio é entretenimento e não tecnologia. Kim e Mauborgne (2005) afirmam que inovação de valor é bem diferente de inovação tecnológica. Novos produtos e serviços bem-sucedidos expandem ou abrem espaço de mercado, oferecendo um salto em produtividade, simplicidade, facilidade de uso, conveniência, diversão ou convivialidade ambiental. Alguns teóricos têm uma visão negativa sobre os novos modelos porque, ao nascerem, acabam sacrificando ou remodelando uma cadeia inteira de produção. O mencionado exemplo da Kodak é um dos mais famosos casos em que a tecnologia eliminou uma indústria - a do filme fotográfico. Porém, é preciso aprofundar a reflexão: a criação de um novo mercado não significa a destruição da antiga cadeia, uma vez que desbloqueia-se uma nova demanda e um novo processo. Figura 2 - Kodak https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com Um bom exemplo de remodelação de estruturas tradicionais é o que o Nubank tem feito com o setor financeiro: desburocratizando processos, oferecendo comodidade e conveniência aos seus usuários. A indústria do crowdfunding é outro modelo emergente de investimento. Há ainda a Youse, com o novo modelo de adquirir seguros. Ou seja, existem tantos outros empreendimentos que estão focados em oferecer facilidade e conveniência aos usuários e desburocratizando processos. Imagine a comodidade que as empresas de TV a cabo poderiam oferecer se trabalhassem canais sob demanda ao invés de apenas empurrar canais que os usuários nem assistem? Quantos outros canais poderiam comercializar? Modelos de negócios muitas vezes são remodelados ou destruídos completamente em função da demanda e, atualmente, os consumidores estão cada vez mais criteriosos. Um erro muito comum dos gestores é acreditar que com a redução de custos e a criação de mais recursos e serviços, estarão entregando mais valor aos clientes. Criar estratégias de mercado e entendê-las como baixo custo é um erro. Ao tratar da simplicidade nos negócios, John Maeda (2007) explica que a maioria das empresas buscam aumentar os serviços, o portfólio e os recursos dos seus produtos, enquanto na realidade o que deveriam buscar é o contrário. O caminho a seguir é o da abstração e sintetização de recursos. Em suma, a estratégia do Oceano Azul busca encontrar espaços de mercados inexplorados, o que pode ser necessário frente às crescentes demandas de consumidores. Os modelos de negócios e as formas de entregar valor aos clientes estão sendo remodelados e reconstruídos. A estratégia do Oceano Azul é uma das maneiras de buscar diferenciação e competitividade em mercados que ainda estão sendo construídos. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com FERRAMENTAS E MODELOS DE ANÁLISE Dentro dos modelos tradicionais de negócios - os chamados Oceanos Vermelhos - as ferramentas analíticas que preenchem lacunas das estratégias são bem conhecidas (pode-se citar o modelo de Cinco Forças, entre outros). Para quem quer navegar nos mistérios do Oceano Azul, algumas ferramentas estão sendo estudadas e é possível destacar algumas que apresentam resultados promissores. Adianta-se que a estratégia dessas ferramentas é a de minimizar os riscos, não assumi-los cegamente. Matriz de Avaliação de Valor A matriz é um instrumento de diagnóstico que auxilia na avaliação e no desenvolvimento de uma estratégia mais consistente. Essa ferramenta apresenta o objetivo de identificar a situação atual de um mercado conhecido, o que permite uma visualização de áreas em que os concorrentes estão investindo, ao mesmo tempo em que auxilia na criação de atributos onde a competição acontece. Kim e Mauborgne (2005) apresentam um exemplo bem simples que mostra como a matriz funciona. Na figura a seguir, são apresentadas informações sobre a indústria vinícola americana. No eixo horizontal está a variedade de atributos nos quais o setor investe. No eixo vertical está a escala do nível de oferta de cada atributo dentro da percepção dos consumidores. Um nível alto representa que a empresa tem mais oferta para os consumidores. No caso do preço, a pontuação mais alta mostra que o preço é maior. Figura 4 - Matriz de Avaliação de Valor da indústria vinícola americana no final da década de 1990 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: Kim e Mauborgne (2005, p. 39). Um dos pontos mais importantes da matriz é a construção dos atributos, que deve ser baseada em estudos e dados obtidos do mercado. Eles são fundamentais para a compreensão dos pontos estratégicos dos vinicultores. Com isso, a curva de valor fica à mostra através de uma representação gráfica da performance e do valor oferecidos em cada atributo. Dentro da massa de vinicultores concorrentes, as marcas de vinhos premium, quando visualizadas no gráfico sob a ótica do mercado, apresentam o mesmo perfil estratégico. Ou seja, têm preços altos e proporcionam ótima oferta em todos os atributos. Essa mesma dinâmica acontece nos vinhos populares, que também têm o mesmo investimento nos principais atributos. Percebe-se que todos os concorrentes seguem a mesma linha e estão sincronizados nos mesmos objetivos. Segundo Kim e Mauborgne (2005), posicionar-se com essas condições, imitar os concorrentes e tentar superá-los, oferecendo mais por menos, não produzirá resultados. Assim, fica muito difícil desbravar um novo espaço de mercado inexplorado. Para reestruturar o fundamento, o setor deve reorganizar sua visão estratégica e avançar para setores alternativos e de não clientes do setor. A partir desse momento, a empresa desenvolve novos caminhos e direciona para um setor específico que rompe as fronteiras tradicionais do setor. Avaliando a matriz, pode-se criar uma visão de como produzir um produto que seja agradável e irreverente e que todos se sintam bem em beber e atenda uma gama de consumidores que ainda não apreciam vinho? Dessa maneira, a empresa sai do ambiente rival e começa a olhar para um nicho de mercado até então inexplorado. Modelo das Quatro Ações https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com O modelo das Quatro Ações vem auxiliar a matriz com o objetivo de reestruturar os elementos que entregam valor ao consumidor. Para romper e se diferenciar gerando dessa maneira uma nova curva de valor, Kime Mauborgne (2005) sugerem a realização de quatro perguntas-base, que vão contra a lógica estratégica do modelo tradicional: Que atributos considerados indispensáveis pelo setor devem ser eliminados? Que atributos devem ser reduzidos bem abaixo dos padrões setoriais? Que atributos devem ser elevados bem acima dos padrões setoriais? Que atributos nunca oferecidos pelo setor devem ser criados? Com isso os autores geraram um quadrante, representado na figura abaixo, que possibilita visualizar a construção da nova curva de valor por meio dos princípios Reduzir, Criar, Elevar e Eliminar. Para trabalhar nas bases fundamentais da Matriz de Avaliação de Valor, é preciso considerar a eliminação de atributos que regem o setor. Ressaltase que às vezes um atributo só é mantido porque as empresas estão imitando umas às outras e o consumidor já não o percebe mais como um valor. Isso quer dizer que os atributos são mantidos por concorrência e não por valor investido ao consumidor final. Figura 5 - Modelo das Quatro Ações Fonte: Kim e Mauborgne (2005, p. 42). Eliminar é o momento de pensar em reduzir os excessos e buscar questionar o status quo da estrutura dos atributos, procurando identificar novos valores que podem atingir novos consumidores. Com essa reflexão, cria-se novos atributos de valor com foco específico nesse nicho. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com Trabalhar as quatro ações em conjunto permite que se explore de maneira sistêmica alternativas capazes de gerar novos valores e que ofereçam experiências únicas, enquanto a estrutura de custo se mantém baixa. Segundo Kim e Mauborgne (2005, p. 43), aliar a Matriz de Avaliação de Valor ao Modelo das Quatro Ações significa a descoberta de novas leituras sobre “velhas verdades não questionadas”. ALÉM DAS DEMANDAS Um elemento-chave da estratégia do Oceano Azul é ir além das demandas. Esse é um fator que faz toda a diferença para construir a inovação de valor. De início, o importante é questionar as práticas convencionais e verificar como os clientes estão reagindo ao atual comportamento do negócio. Ou seja, questionar a maneira atual e se aproximar dos consumidores que se quer alcançar. Pode soar estranho, mas a ideia dessa estratégia é avançar na direção oposta às diretrizes atuais. Ao invés de investir nos clientes e em sanar todas as necessidades, o ideal é buscar os não clientes. Dessa maneira, há possibilidades de ultrapassar as fronteiras das demandas existentes para criar um novo nicho. Um exemplo dessa abordagem é como a Gol fez para entrar em um nicho de mercado até então não cogitado pelas empresas aéreas. Nada como uma grande crise para movimentar um mercado e foi essa oportunidade que a Gol aproveitou. Frente ao desafio de uma concorrência completa e supercompetitiva, a empresa olhou para outro lado e percebeu que aumentar o valor de passagens não resolveria o problema, então trataram de explorar segmentos que estavam sendo negligenciados pelas concorrentes. Começaram a buscar novos clientes com a estratégia de preço baixo e nenhum luxo, a fazer atendimento pela internet, a lançar promoções e viagens noturnas, além de outras ações. O resultado foi bem- sucedido, pois a empresa conseguiu ativar clientes que não teriam acesso a isso nas outras companhias. A gama de não clientes oferece diversas oportunidades, mas como trabalhar com o Oceano Azul exige uma inversão do mindset no mundo dos negócios, para Kim e Mauborgne (2005, p. 113) é difícil encontrar empresas capacitadas para gerar bons insights e transformar uma “demanda latente em demanda real”. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com Por isso, é importante aprofundar os conhecimentos no perfil desses consumidores. Os autores apontam três níveis de não clientes. No primeiro nível, estão os quase convertidos, ou seja, os que estão próximos do mercado e pré-dispostos a participar. Geralmente são clientes que já usam o mínimo de recursos ou ofertas do setor e sempre estão buscando o melhor. Se encontrarem algo melhor, não hesitarão em utilizá-lo. No segundo nível estão os refratários, que são os que não querem ou não podem ter acesso às ofertas porque não as aceitam ou porque elas estão além das suas condições. Em um terceiro nível estão os inexplorados, os não clientes mais afastados do seu setor. Figura 7 - Níveis de não clientes Fonte: Kim e Mauborgne (2005, p.114). Não há regras para focar em qualquer um dos níveis, mas o ideal é concentrar a atenção no nível que tem mais potencial de se transformar em clientes. Nesse ponto, a melhor opção a fazer é verificar os padrões de ocorrência e os aspectos mais comuns entre os níveis. Assim será mais fácil a transição entre os níveis e a sua expansão. Sempre é interessante deixar os níveis na projeção do negócio. Tão logo o produto ou serviço começar a converter os clientes e a mantê-los, tem-se um indicativo de que angariar novas oportunidades tornaria o produto ou serviço escalável, ou seja, com possibilidades bem seguras de crescimento. Ao construir uma Matriz de Avaliação de Valor que explore de maneira visual como grandes empresas tratam seus atributos e com o Modelo das Quatro Ações, é possível identificar as fronteiras dos não clientes, o que amplia a possibilidade de pesquisar e compreender como se comportam, como resolvem seus problemas e o potencial de atratividade que o produto ou serviço pode oferecer a eles. Além de poder transformar demandas latentes em reais, constroem-se padrões que potencializam o poder de escala da solução. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com A queda de movimento no mercado imobiliário encontrou um oceano cheio de concorrentes. Consciente disso, o Airbnb veio com uma ideia contrária. Adotando a estratégia do Oceano Azul, criou um sistema que permite às pessoas disponibilizarem espaços em sua própria casa para alugar. A ideia inovou o modelo de negócios e tornou a concorrência irrelevante apenas ao permitir que as pessoas negociassem seus próprios espaços com interessados em acomodações. Isso com certeza deixou preocupados muitos empresários tradicionais do meio imobiliário, que passaram a se questionar como fazer frente a esse tipo de concorrência. Fonte: a autora. INOVAÇÃO DE VALOR Um pilar central da estratégia do Oceano Azul é a inovação por meio da geração de valores. Segundo Kim e Mauborgne (2005), existem duas visões específicas sobre a inovação de valor: a estruturalista e a reconstrutivista. A estratégia da visão estruturalista tem fundamento nas economias industriais, que apresentam um paradigma entre estrutura, conduta e desempenho. Isso resulta na dinâmica de oferta e demanda, moldando a forma como vendedores e compradores interagem e negociam. As mudanças dentro dessa dinâmica ocorrem por fatores externos ou por transformações nas condições da negociação, geralmente mediados por tecnologia. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com Em contrapartida, a estratégia da visão reconstrutivista acredita no crescimento interno, ou seja, que as forças capazes de mudar uma estrutura econômica e a visão do mercado podem partir de dentro de um sistema. Segundo Mccraw (2012), afirma que o economista Joseph A. Schumpeter, criador da Teoria da Destruição Criativa, diz que a inovação de valor parte de fatores internos e que seu principal agente é o empreendedorismo criativo. No entanto, esse modelo ainda é um ambiente nebuloso, pois a repetição de um padrão de inovação pode não funcionar em um contexto diferente. Kim e Mauborgne (2005, p. 212) afirmam que tanto a visão estruturalista quanto a reconstrutivista têm importante influência na maneira como as corporações serelacionam com a sua estratégia. A visão estruturalista tem muita relação com o determinismo ambiental, o que conduz o pensamento estratégico baseado na concorrência. Ao avaliar posicionamentos, competitividade, práticas e espaços de mercado, esse ponto de vista é o que determina a estratégia de uma empresa que aplica a visão estruturalista. Dentro dessa ideia, é possível identificar como atuar, quais os cenários mais atraentes, e quais atuam na diferenciação de custo. Aqui, custo e valor são encarados como ponto de partida para a competitividade. A estratégia do Oceano Azul se identifica mais com a visão reconstrutivista, pois nela as regras do jogo se alteram a partir do comportamento de consumo e de práticas mercadológicas, isto é, à medida que a estrutura do mercado se adapta, a reconstrução acontece. Dessa forma, afirmam Kim e Mauborgne (2005, p. 213), com o estímulo da demanda, a estratégia de inovação de valor “expande os mercados existentes e cria novos mercados”. A visão dos inovadores de valor está concentrada na criação de valor por meio de nova riqueza, ou seja, os concorrentes são irrelevantes. Por trabalhar em um cenário instável e que se adapta rapidamente às demandas de valor, a visão reconstrutivista tem alto risco, no entanto, viabiliza ganhos elevados para um negócio que consegue lidar bem com essa agilidade. A inovação de valor traz em sua base o choque entre custos e o valor para o comprador. É uma busca incansável para equilibrar a expectativa do consumidor com o custo que isso tem para ser desenvolvido. A imagem a seguir, apresentada por Kim e Mauborgne (2005), exemplifica como o choque entre os custos e o valor gera a inovação. Na parte superior, a redução do custo é feita pela eliminação ou redução dos fatores que são oriundos da concorrência sangrenta de um setor. Na parte inferior, o valor de compra é elevado pela criação de ofertas a que o setor nunca teve acesso. O equilíbrio dessas duas forças gera o valor de inovação de uma solução. Figura 9 - Inovação de valor https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: Kim e Mauborgne (on-line)¹. Para que a inovação aconteça, é preciso haver pessoas que articulem o processo de transformação de ideias em resultados. Apenas ser criativo não resolve. É preciso colocar essa criatividade em um contexto real, transformando-a em resultados comerciais com fluxos bem-desenhados. A inovação atua exatamente nisso, trazendo do contexto das ideias uma prática real. Além disso, ainda é preciso medir se os resultados são positivos e se a entrega de valor está sendo satisfatória para o usuário final. DINÂMICAS DE MERCADO A dinâmica do mercado de inovação confronta diversas regras atuais do mercado, tais como as que consistem em fixar preços elevados, limitar o acesso dos consumidores, maximizar o lucro, entre outras. Nesse contexto de rivalidade, o frescor da inovação traz para os negócios palavras como conhecimento, informação e colaboração, que são o cerne de toda a inovação. Para empresas que têm raízes profundas nos conceitos tradicionais de administração e gestão, é difícil conceber que pode haver colaboração entre concorrentes. Não se concatena a ideia de que o conhecimento de uma empresa misturado com o processo de outra pode potencializar a inovação de um setor inteiro. Chegar na frente não é mais suficiente, o ideal é chegar e se sustentar. Nesse processo, diversos outros caminhos podem surgir e abrir espaço para um novo nicho de mercado. Na estratégia do Oceano Azul, em que a rivalidade não rege as normas segundo as quais o conhecimento é compartilhado, tem-se um potencial de escala gigantesco e aprendizagem constante. Nessas condições, as empresas visam buscar uma grande massa de compradores, expandindo esse nicho com oferta de valor a preços acessíveis. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com Para a Endeavor, o produto com potencial de escala é aquele que organiza o processo produtivo de tal forma que reduz custos e, na hora de aumentar a produção, já está preparado para fazê-lo sem custo adicional, potencializando o poder da entrega de valor por um custo irrisório. Segundo a organização, três características apontam se o produto tem boa escalabilidade. A primeira é se ele é ensinável, o que equivale a poder compartilhar o conhecimento de maneira rápida e maleável. A segunda é se é valioso, o que se entende como o valor gerado pela oportunidade que, aliada ao conhecimento, transforma o negócio em uma peça única na engrenagem da inovação. Por fim, a terceira característica é ser replicável, o que significa ter um processo bem-estruturado e que ainda pode ser reproduzido para gerar receita recorrente. Isso é o que caracteriza a escala e demonstra que o mercado está em expansão. O conceito de escala é tão perseguido e desejado pelos empreendedores porque ele permite que as empresas entrem em mercados com uma vantagem gigante, que é a de alcançar um público de centenas, milhares ou, quem sabe, milhões ao mesmo tempo. Com isso, alcança-se patamares inimagináveis de faturamento sem precisar ter de mexer nos custos do empreendimento na mesma proporção. A Netflix é um caso de sucesso de escalabilidade, pois montou um negócio baseado no streaming que milhares de pessoas podem acessar ao mesmo tempo, ou seja, milhares de pessoas conseguem consumir um mesmo serviço de diversos dispositivos e ainda simultaneamente. A estratégia do Oceano Azul é focada em ir na contramão dos monopólios tradicionais. Isso quer dizer não restringir a empresa a produzir algo com preço elevado, mas agregar valor e ter um preço acessível para os consumidores. É um fluxo em que todos ganham: Uber ou Airbnb geram renda tanto para quem trabalha quanto para o aplicativo, fora o valor agregado entregue ao consumidor final. Furquim (2013) afirma que, em momentos de grande agitação e incerteza mercadológicas, as empresas buscam conhecimento além de suas fronteiras na intenção de identificar as melhores oportunidades de negócios. Na figura a seguir, o autor mostra as relações que diferentes mercados têm entre si e os elementos que podem gerar impacto dentro de cada segmento. Em decorrência dessas relações, as empresas buscam identificar novas oportunidades. No círculo maior estão os atores e as vigilâncias. Pode-se dizer que são os agentes externos que podem impactar na dinâmica do negócio. No círculo no interior, estão os agentes internos que influenciam no negócio. Isso leva em conta também os novos entrantes, que são os negócios do mesmo nicho que chegam ao mercado. Figura 11 - O ambiente mercadológico https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: Furquim (2013, p.16). O desenvolvimento e a sustentabilidade da inovação dependem das interações desse ambiente mercadológico e se baseiam nos pilares do conhecimento, da busca pela inovação e identificação de oceanos nunca (ou pouco) navegados. Estar atento às novas tecnologias e aos movimentos do mercado auxilia na identificação de oportunidades, mas elas sempre estarão envolvidas em alto risco e instabilidade. Por isso, sempre é bom dar passos pequenos e mais consistentes do que fazer o todo e acabar não entregando o valor projetado e idealizado no início do projeto. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/unidade-3?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial/atividades?authuser=0 Página inicial ATIVIDADES Durante o desenvolvimento da estratégia do Oceano Azul, alguns casos de sucesso foram apontados. O caso mais emblemático foi o do(a): a) Kodak. b) Cirque du Soleil. c) Tesla. d) Macintosh. e) Todas estão corretas. 2. Aestratégia do Oceano Azul oferece ferramentas para se alcançar um nicho de mercado inexplorado. As duas ferramentas mais importantes são: a) Matriz de Avaliação de Valor e Modelo das Quatro Ações. b) Modelo das Quatro Ações e Jornada do Usuário. c) Matriz de Avaliação de Valor e Análise SWOT. d) Modelo das Quatro Ações e Business Model Canvas. e) Todas estão corretas. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 3. A abordagem do Oceano Azul auxilia na visualização de mercados que fogem das regras do jogo no mercado tradicional. Uma empresa aérea foi pioneira em identificar um nicho de mercado. Essa empresa foi a: a) TAM. b) Azul. c) Trip. d) Avianca. e) Todas estão incorretas. 4. Toda estratégia possui pilares que a sustentam e, no Oceano Azul, não é diferente. A inovação pode acontecer por meio da geração de valores. Existem duas visões da inovação de valor: a) Estruturalista e Filosófica. b) Estruturalista e Reconstrutivista. c) Estruturalista e Inovativa. d) Estruturalista e Definitiva. e) Todas estão incorretas. 5. A inovação de valor contesta diversas regras dos modelos tradicionais de negócios. As regras do mercado atual são: a) Fixar altos preços, controlar e restringir acesso, maximização extrema e gestão agressiva. b) Fixar preços elevados, limites de acesso pelos consumidores e maximização de lucro. c) Fixar os preços, limitar e restringir acessos, maximizar os lucros e inovação. d) Fixar preços elevados, limitar o acesso, inovar na gestão e maximizar os lucros. e) Nenhuma das alternativas. Resolução das atividades Avançar https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial/resumo?authuser=0 UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com Página inicial RESUMO O mundo dos negócios sempre foi um ambiente instável e cheio de riscos, portanto, empresários sempre trabalharam para reduzir essa instabilidade e poder investir com o máximo de segurança. Rivalidades e uma competição extremamente acirrada entre as empresas tradicionais se refletiam em uma verdadeira luta para destruir a concorrência, formando dessa maneira o chamado Oceano Vermelho. Kim e Mauborgne (2005) intitularam “oceanos vermelhos” os ambientes em que a concorrência sangra para conseguir um espaço e de Oceano Azul os mercados inexplorados. Em seus artigos e livros, Kim e Mauborgne mostram casos e ferramentas que auxiliam na descoberta de novos modelos de negócios focados em segmentos bem específicos e em inovação de valor. Entende-se que só é possível agregar valor a um determinado produto ou serviço quando se consegue entender o que as pessoas precisam e quanto estão dispostas a pagar pela solução. A Matriz de Avaliação de Valor apresenta uma visão de como os mercados tradicionais atuam e de quais são os atributos de valor que aplicam. Sendo assim, os pontos identificados durante o entendimento dos públicos podem auxiliar na criação de novos atributos e apontar novos direcionamentos. Aliando a matriz ao Modelo das Quatro Ações, é possível seguir o rumo da inovação com objetivos e formas de medir a aprendizagem durante o percurso. A inovação no Oceano Azul visa descoberta e aprendizagem e, por isso, ela sempre está em ambiente de alto risco. No entanto, também preza pelo mínimo de custo durante o processo e visa entregar valor. É uma abordagem sistemática que insere insights da psicologia humana e, com isso, é capaz de reinventar modelos de negócios que tornam a concorrência irrelevante. O Oceano Azul se concentra em encontrar oportunidades em ambientes com enorme possibilidade de crescimento, bem como auxilia a expansão do pensamento para processos criativos em busca de rupturas. A intenção é avançar do Oceano Vermelho para o Oceano Azul. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/resumo?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico?authuser=0 Página inicial Material Complementar Filme Os Grandes da Indústria Ano: 2012 Sinopse: O filme parte do ponto de vista de que a América não foi descoberta, mas construída por grandes industriais como Rockefeller, Vanderbilt, Carnegie, Astor, Ford e Morgan. Sinônimos do chamado “sonho americano” (o que não os impede de serem figuras controversas), eles se fiaram em visões ousadas para criar indústrias que serviram de base para a economia mundial de sua época: combustível, estradas de ferro, aço, transportes, automóvel e finanças. Por sua influência, esses grandes industriais estabeleceram políticas econômicas, se envolveram em eleições presidenciais e deixaram marcas nos acontecimentos mais importantes do século. Acesse https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/eu-indico?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fmobile.seuhistory.com%2Fprogramas%2Fgigantes-da-industria&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFQnrqbCuChdv2-BDtHGzhI22QPXA Na Web René Mauborgne fala, em entrevista, sobre a Blue Ocean Strategy. Acesse Na Web Para conhecer as ferramentas da Estratégia do Oceano Azul, acesse o link disponível em: Acesse Na Web The Explainer: Blue Ocean Strategy Conteúdo extra (em vídeo) da Harvard Business Review (HBR) sobre a Blue Ocean Strategy, considerada uma forma de criar espaço de mercado incontestável e tornar a concorrência irrelevante. Acesse Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/eu-indico?authuser=0 https://getfireshot.com https://www.youtube.com/watch?v=d2UIlKHnx8E https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fpt.blueoceanstrategy.com%2Ftools%2Fvalue-innovation%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNF4uHt-stlpJA5efWJl8RDysFr-Kw https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fhbr.org%2Fvideo%2F5278216527001%2Fthe-explainer-blue-ocean-strategy&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNGIR4jJDK0_5vmNJq7zSWsFhf57-g https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias?authuser=0 Página inicial REFERÊNCIAS ANDERSON, C. A cauda longa . 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Quem pesquisa e adquire informações sobre os consumidores se permite ter insights de novos produtos ou serviços, o que é um processo muito mais eficaz para identificar oceanos azuis. As ferramentas que Kim e Mauborgne (2005) auxiliam no processo -- como a Matriz de Avaliação de Valor e o Modelo das Quatro Ações. Mas tão importante quanto saber usar essas ferramentas é conhecer o consumidor. Seguem alguns passos que pode ajudar nesse processo: Usar os dados a favor Ao invés de forçar a extração de informações para defender sua ideia, utilize isso para garantir que as decisões que você toma estão bem embasadas. Garimpe informações que sejam relevantes para o negócio e que identifiquem com mais critérios os usuários e o mercado de nicho em que se quer investir. Aliar números ao contexto Nunca defina suas decisões com base apenas em dados: tente entender todo o cenário. Não raramente os dados apontam para uma direção, mas é o contexto que diferencia o que é latente ou esporádico. Sempre esteja atento a esses dois momentos, um de pesquisa e outro bem analítico. Ultrapasse a fronteira Busque sempre visualizar áreas não exploradas. Observe os não clientes e identifique suas dores, aproveite as oportunidades que saíram desse ambiente e projete suas ideias sob essa ótica. Outra questão bem importante para ir além é vivenciar a experiência do outro. Certa vez, um usuário de um aplicativo popular de mobilidade entrou no carro e descobriu que o dono da empresa estava pilotando o veículo porque queria vivenciar a experiência de um motorista do seu app. Esse tipo de experiência é único e traz https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 diversos insights , além de apontar os problemas mais corriqueiros do sistema. Depois de viver a experiência, é chegar no escritório e cruzá-la com o número de reclamações para se obter uma direção bem mais assertiva do que se deve trabalhar, e com mais atenção ao produto. Agiu da mesma forma o novo editor de um jornal que, recém-chegado à cidade, pegou o primeiro ônibus da manhã e passou o dia todo ouvindo histórias da comunidade em todos os coletivos que pegou. Dessas viagens saíram algumas das manchetes dos próximos dias. Esse tipo de experiência é única e auxilia no momento de decisão. O preço deve estar atrelado ao valor Muitas vezes achamos que nosso produto é revolucionário e deve ter um preço que pague todas as contas e o investimento feito, mas será que os clientes enxergam da mesma maneira? O mais importante da precificação é ir testando e sentindo a temperatura e o retorno dos clientes. Nesse ponto, o que se avalia é o nível de desejabilidade da solução. Quando os problemas acontecem Gestores já estão bem acostumados a lidar com problemas, mas dentro de ambientes de inovação isso ocorre o tempo todo. Os problemas envolvem questões como conflitos de interesses entre os stakeholders , falta de recursos e infraestrutura, assuntos que envolvem a equipe e interesses externos. Por isso, ter uma visão holística do todo pode auxiliar nas tomadas de decisão, especialmente quando os argumentos estão fundamentados em pesquisas quantitativas e qualitativas. Kim e Mauborgne apresentam uma ferramenta que auxilia na avaliação de liderança do Oceano Azul, que é a Matriz de Liderança Futura. Trata-se de um instrumento que mostra, de maneira visual, as ações e atividades que estão diretamente ligadas ao desempenho organizacional e aos resultados das ações dentro do mercado. Nela ficam explicitadas as ações que geram muito valor ou que nada contribuem e que podem ser reduzidas ou eliminadas. Ambiente de inovação e colaboração Construir um ambiente em que as pessoas interajam e colaborem entre si é um trabalho árduo, uma vez que compartilhar uma cultura e implementá-la pode dar mais trabalho do que se imagina. Isso pode ser ainda mais complicado se a empresa já existir e estiver envolta em uma cultura mais tradicional. Em um primeiro momento, a equipe pode não aderir a culturas dinâmicas e multidisciplinares, mas, para quebrar a resistência, uma alternativa é trazer as pessoas para discutirem questões estratégicas de suas áreas. Dessa forma, elas se sentem parte da decisão e batalharão para que funcione. Portanto, a estratégia do Oceano Azul traz diversas ferramentas que auxiliam na construção de soluções que questionam o status quo da indústria atual e ainda fomentam soluções que geram muito valor com baixo custo. As ferramentas são maneiras de se chegar ao Oceano Azul, no entanto, deve-se ter bastante responsabilidade e cautela na aplicação da estratégia, pois é necessário estar atento às inovações tecnológicas e ter bastante repertório de negócios para conseguir identificar oportunidades em ambientes extremamente instáveis e de alto risco. PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial/editorial?authuser=0 Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial/editorial?authuser=0 Página inicial EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; PRADO , Patricia. Business Design na Geração de Valor. Patricia Padro. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/editorial?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 32 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Business. 2. Design. 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 745.4 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p�gina-inicial/editorial?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv3/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Página inicial GROWTH HACKING Professora : Me. Patricia Prado Objetivos de aprendizagem Explicitar os benefícios do Growth Hacking. Identificar mecanismos e ferramentas de aquisição de growth. Apresentar ferramentas que auxiliam na construção da ativação de hacking. Explicitar a importância da retenção e apresentar algumas ferramentas que potencializam esse processo. Capacitar a identificação de modelos de negócios mais comuns. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Plano de estudo A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: Conceitos de Growth Hacking Aquisição de Hacking Ativação de Hacking Retenção de Hacking Monetização de Hacking Introdução Com o aumento de soluções digitais, os profissionais que analisam o mercado e o comportamento das soluções frente aos consumidores sentiram a necessidade de adaptar algumas metodologias. Essa adaptação visa oferecer um acompanhamento da dinâmica do mercado e ainda garantir que a entrega de valor esteja acontecendo com eficiência. Growth Hacking foi um termo cunhado por Sean Ellis e Morgan Brown que significa, em uma tradução livre, “hacker de crescimento”. O autor prefere um marketing que se define por ser orientado a experimentos e, frente a isso, o método tem o foco de analisar o potencial de impacto em um segmento e o crescimento escalável em uma solução. A aplicação do Growth Hacking é composta de um processo de experimentação extremamente rápido e utiliza canais de marketing para obter dados e mapear as possibilidades que tornam mais eficaz fazer um negócio decolar. Algumas ferramentas utilizadas se baseiam em técnicas de marketing de baixo custo, como publicidade direcionada, virais e mídias sociais. Empreendedores que estão testando e analisando novas possibilidades de solução utilizam muito os meios digitais para sentirem a temperatura de aceitação de uma proposta. Se ela se mostra aceitável e desejável pelo público, pode nascer uma outra grande proposta. Segundo Ellis e Brown (2010), o foco do Growth Hacking é reduzir o custo da aquisição de https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial https://getfireshot.com clientes de forma que seja sustentável a longo prazo, ou seja, que consiga adquirir, ativar, reter e monetizar uma solução com um poder de crescimento e de escalabilidade extremamente alto. Por isso, profissionais que escolhem trabalhar com o Growth Hacking devem ser especializados em diversos canais de marketing e possuir experiência em interação e relacionamento com o público, a fim de que sejam capazes de testar hipóteses rapidamente. E-mail marketing, SEO, estratégias virais, atendimento personalizado, canais de comunicação, entre outros, são maneiras de aumentar o número de usuários cadastrados na rede e que posteriormente possam se tornar clientes. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial/unidade-4?authuser=0 Página inicial CONCEITOS DE GROWTH HACKING O Growth Hacking (abreviado para GH neste texto, por razões didáticas) é uma metodologia inovadora que conta com dados de tráfego de rede e movimentos do mundo digital. Seu objetivo fundamental é criar experimentos rápidos para alcançar um crescimento em escala. Pode ser aplicado em novos produtos ou na melhoria de produtos legados – o importante é conseguir conquistar o crescimento. Tanto que os preceitos do GH, como ritmo, autonomia, aprendizagem, entre outros, podem ser aplicados em qualquer departamento ou equipe de projeto, desde que sejam criados experimentos que possam ser aplicáveis e replicáveis. O GH impulsionou empresas como Pinterest, BitTorrent, Uber, Linkedin e tantos outros gigantes do Vale do Silício. O sucesso da aplicação da metodologia foi impulsionado pelo potencial da geração metódica e rápida de testes que antecedem o lançamento de produtos. As experimentações auxiliam na investigação do comportamento das pessoas frente a novas ideias e processos. Metodologias como o Agile e Lean Startup têm processos interativos similares, mas as abordagens estão focadas em aspectos diferentes: enquanto a primeira foca em processos de desenvolvimento de software, a segunda se centra no modelo de negócio. Já o GH visa o crescimento, focando os esforços em aquisição, retenção e crescimento de receita e clientes. Apesar de o GH apontar processos e uma direção para a aplicação, nem sempre é implementado da mesma maneira. Algumas empresas têm especificidades que podem exigir o ajuste dos processos, mas de maneira geral os elementos do GH passam pela criação de uma equipe multifuncional ou de equipes que https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 estão juntas no desenvolvimento de uma solução. Outro ponto bem importante é a utilização de pesquisas qualitativas e quantitativas para alcançar uma visualização profunda do comportamento e das preferências dos consumidores. Também é necessário propiciar uma rápida interação para que possam ser geradas as ideias que serão testadas com uso de métricas rigorosas. O primeiro ponto a ser visualizado quando se busca implementar o GH é ter um guia bem-definido. Ellis e Brown (2017) fizeram diversas experiências em empresas como Dropbox, Facebook, Linkedin, entre outras, o que rendeu o mapeamento de algumas ideias importantes: Máquina de Crescimento Imparável O GH não trata somente do simples crescimento da base de clientes. Segundo Ellis e Brown (2017), o método diz respeito a formas de envolver, relacionar, ativar e conquistar clientes. A ideia é gerar uma dinâmica constante em que clientes sempre retornam e ainda trazem outros novos. A metodologia também permite a aprendizagem de como se tornar adaptável e agir rapidamente para conquistar um cliente e fazer com que ele seja um agente de mudança da solução. Para os autores, o fundamental para as equipes é encontrar potenciais de crescimento e fazer testes contínuos nos lotes em que a solução está presente. Uma das vantagens do GH é realmente colocar o consumidor como fonte de informação, buscando avaliar seu comportamento e captar feedbacks, aplicar novas metodologias e experimentar novas tecnologias. Lembrando: o consumidor nem sempre é quem paga pela solução e esse é um ponto extremamente importante. Isso porque, quando o cliente que paga pela solução pede por algum recurso, é necessário avaliar se isso é realmente interessante para o usuário final. Imagine um sistema de atendimento hoteleiro: quem utiliza o sistema são os recepcionistas, mas é o gerente do hotel que pede alguma alteração. Antes de sair resolvendo o problema, é necessário verificar se o pedido é pertinente ou apenas um capricho.É preciso se atentar a isso porque essas informações podem direcionar sua solução para um trajeto equivocado. Ressalta-se que não existe a necessidade de montar equipes ou subequipes focadas no GH. O movimento pode ser inserido como uma cultura dentro da equipe. Contudo, alguém deve ficar responsável por analisar os dados coletados e atuar como o facilitador para a equipe, a fim de ajudar a criar insights de melhoria ou de novas propostas. Dessa forma, a composição das equipes pode variar. É possível formar desde unidades dedicadas até grupos constituídos por pessoas de outras áreas, que podem ser configuradas de maneira independente. No entanto, em empresas maiores - que já têm uma cultura bem disseminada e um processo bem consistente -, pode-se enfrentar resistência ao inserir conceitos de Growth Hacking, pois existe o risco de https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com alguns líderes se sentirem desconfortáveis em perder espaço para a colaboração. No entanto, vale a recomendação de que todos só têm a ganhar com esse processo. Sobrevivendo à Disrupção Essa questão é bastante discutida no mundo de negócios tradicionais. Gigantes como IBM e Walmart começaram a trabalhar com o GH para não perder espaço para empresas que estão criando modelos disruptivos e trazendo muitos diferenciais para os consumidores. Boa parte das empresas está ligada de alguma forma a tecnologia, conexões em rede, produtos em nuvem, entre outras novidades, que estão balançando as estruturas tradicionais. Para não levar sustos, os grandes líderes do mercado estão tendo que adotar métodos e processos que auxiliam a identificar novas direções. A Tesla, por exemplo, implementou protótipos de um carro elétrico autodirigível e os monitora remotamente por meio de mensagens aos proprietários, informando-os sempre que há uma nova atualização ou necessidade de ajuste ou reparo. Ser Veloz é Necessário No cenário atual, a experimentação traz respostas rápidas, mas é preciso ter em mente que esse processo deve ser muito rápido para que também possa ser implementado. Achar formas de levantar soluções e testar sua viabilidade traz muita competitividade ao negócio. É essencial implementar melhorias o tempo todo, além de focar no crescimento. Mineração de Dados é Ouro É muito mais interessante utilizar os dados a seu favor do que forçá-los a dizer algo em que você acredita. Produtos inteiros e excelente ideias são descartadas pela leitura equivocada de dados, por isso fazer a pergunta certa é o grande diferencial. Entender o contexto e cenário em que os produtos estão inseridos é importantíssimo para uma leitura coerente, em que se descarta leituras condicionadas a uma ideia. Dentre todas essas questões consideradas por Ellis (2010), percebe-se que existem critérios específicos quanto à aplicação do Growth Hacking. Além disso, o autor traz um gráfico que mostra como são as etapas e qual o papel do marketing e da engenharia na construção desse fluxo. Nota-se que o marketing fica bem focado na aquisição, ao mesmo tempo em que engenheiros e gerentes de produtos estão focados na ativação, retenção e na monetização da solução. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com Figura 2 - Growth Hacking: 19 dicas essenciais para alavancar sua startup Fonte: Brown e Ellis (2017, p. 65). Isso não significa que cada equipe trabalha em uma caixinha diferente: existe muito trabalho em equipe porque a análise e o compartilhamento de informações acontece com todo o grupo, de forma a gerar ideias para cada fragmento do Growth Hacking. Ou seja, todos estão focados no crescimento e na melhoria contínua do produto. AQUISIÇÃO DE HACKING https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com Adquirir clientes não é tarefa fácil, mas é, claro, valiosa para todas as empresas. No entanto, avaliar o custo da aquisição de um novo cliente é imprescindível. Imagine se você gastar mais para conseguir um cliente do que está lucrando com a vinda dele? Com certeza, tem-se um problemão. A solução aplicada por empresas tradicionais é aumentar o preço da sua solução, mas em tempos de entrega de valor, isso torna muito fácil que o cliente migre para outra empresa. Ellis e Brown (2017) trazem um exemplo: se uma empresa gasta R$ 400 para trazer cada novo cliente e cobra R$ 90 pela assinatura premium, a relação custo-benefício não se sustenta. Cada vez mais, o custo com publicidade aumenta e as maneiras de atingir uma massa de clientes se torna mais complexa. Isso não quer dizer que não se trata de um investimento inválido, uma vez que muitas ferramentas hoje estão bem por causa de uma ação publicitária e comunicação de massa benfeita e cara (WhatsApp e Waze são exemplos disso). Nesse caso específico, isso acontece porque as empresas, em um primeiro momento, precisavam ter usuários alimentando o sistema e as campanhas ajudaram nisso. Em outra obra, Ellis comenta que “o valor que uma empresa deve gastar na aquisição de clientes não é uma questão de fórmula pré-ordenada, é uma função de muitas variáveis” (ELLIS, 2010, p. 284). O cenário competitivo e o estágio de crescimento são duas variáveis que auxiliam muito na definição desse processo. Tom de Voz Um dos aspectos mais importantes é entender como deverá ser a conversa com o seu consumidor. Por isso, muitos profissionais e autores insistem na importância de descobrir os aspectos que motivarão a experimentação e, disso, extrair informações de comportamento que podem tornar ainda mais próxima a conversa com o público. Essa questão é muito importante, visto que o lapso de tempo que a solução tem para se vender é tão curto, que a mensagem deve ser tão assertiva e despertar a curiosidade imediatamente. Isso não é nenhuma novidade na área do marketing, mas em tempos de timelines e “curtições”, o tempo ficou ainda mais reduzido. Canais Compreendido o tom de voz a ser utilizado, é a hora de mergulhar no contexto digital de forma a entender qual o melhor caminho para que a mensagem seja entregue e tenha retorno rápido. Segundo Ellis e Brown (2017), existem duas fases nesse processo de identificação dos melhores canais: a descoberta e, logo na sequência, a otimização. Durante a descoberta, o objetivo é entender quais são os canais mais utilizados pelo público-alvo. Na fase de otimização, o trabalho é maximizar a relação entre a eficácia da comunicação e canal com o custo. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com Com o intuito de viabilizar um trajeto coerente, Ellis e Brown (2017) reuniram e ordenaram as possibilidades existentes em três categorias básicas: viral (boca a boca), orgânico e pago. Cada uma das categorias tem potencial de aquisição e pode trabalhar com formatos diferenciados de comunicação, entre os quais infográficos, vídeos ou textos. Tabela 1 - As três categorias de canais Fonte: Ellis e Brown (2017, p. 303). A próxima etapa é o estreitamento baseado no comportamento do consumidor. Quando o Dropbox lançou a solução que é o carro-chefe da empresa, as pessoas não estavam procurando por isso no Google, ou seja, pagar ads não era a solução. A equipe decidiu apostar nos programas de publicidade por meio de afiliados depois de ter percebido que potenciais clientes usavam produtos que eram complementares ao Dropbox. Assim, os objetivos foram alcançados porque a estratégia gerou uma promoção cruzada e facilitou o acesso a esses clientes. Ellis e Brown (2017) apresentam uma tabela em que expõem comportamentos de usuários e canais que podem ser explorados. Nela estão os questionamentos mais comuns frente ao comportamento dos usuários: o que as pessoas estão procurando, quais são as plataformas que elas utilizam,entre outros. Assim, uma vez definido o canal e como ele será explorado, chega-se ao momento de experimentar e analisar como serão os resultados. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com Tabela 2 - Comportamento do usuário e canais para explorar Fonte: Ellis e Brown (2010, p. 307). Todas essas alternativas visam oferecer a possibilidade de experimentar um conjunto de táticas. Cada uma delas pode apontar resultados, mas é preciso ser bem específico nos critérios para chegar a uma boa decisão e priorizar os recursos. Dessa maneira, é possível otimizar, expandir a comunicação e focar os esforços nos canais mais promissores. Todas as ferramentas que o Growth Hacking apresenta são técnicas que visam estudar e compreender o comportamento dos clientes frente à solução oferecida. Por isso, são apresentadas diferentes técnicas tanto para aquisição, ativação, retenção e monetização. Cada etapa oferece maneiras de se extrair o maior número de informações, com mais qualidade. Na aquisição, busca-se identificar os lugares em que os potenciais clientes podem estar presentes, fazendo uso de técnicas como propaganda, virais, SEO, vendas diretas e parcerias, todas importantes para a compreensão do contexto. Dentro da aquisição, é necessário estipular métricas como tráfego no site, números de downloads, quantos cadastros estão acontecendo dentro de um tempo X, quanto estão custando os ads . Tudo isso deve ser calculado para ter uma base de quanto está custando cada aquisição. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com ATIVAÇÃO DE HACKING A ativação de clientes resulta de uma aquisição realizada com sucesso e de uma recepção memorável. A ideia de ativação é converter a base de leads (de maneira bem simplificada, definem-se os leads como aquisições feitas por meio de material promocional), que surge do contato pelo site ou da base já construída pela empresa. São os leads que potencializam e qualificam a ativação. Por isso, a abordagem de ativação dependerá do modelo de negócio da empresa. Se for um modelo tradicional, como o de atacado, pode-se ativar o Growth Hacking para vender mais unidades para os clientes. No entanto, no caso de empresas do universo digital que trabalham com o conceito Software como Serviço (SaaS), é preciso conquistar na aquisição e conduzir o cliente até a compra. Alguns tipos de serviços na etapa de aquisição utilizam uma versão freemium (gratuita até um limite) da solução. Por exemplo, o Mailchimp, uma empresa que oferece serviços de captação de leads e automatização de newsletter , entre outros recursos, oferece aos seus clientes uma versão completa da ferramenta até o limite de 2 mil cadastrados na ferramenta. Ao ultrapassar esse limite, o cliente deve realizar algum tipo de assinatura para continuar usando os recursos da solução. Esse tipo de solução precisa ter uma versão freemium bem consistente e impactar na experiência de uso da solução. Geralmente, os clientes ficam e se engajam na solução porque percebem que a proposta os atende de maneira bem eficaz. Segundo Ellis e Brown (2010), o modelo de negócio impacta no planejamento e nas táticas que serão usadas, mas independentemente do formato, tudo parte de um mergulho profundo na busca por um diagnóstico fiel e preciso. Somente assim é possível gerar ideias e colocá-las em prática para poder validar essas hipóteses e criar o que se chama de momento WOW (quando o cliente fica entusiasmado com a solução porque os recursos superam completamente as expectativas). https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com A experiência começa quando o cliente tem o primeiro contato com qualquer produto da empresa, seja pelo site, e-mail ou quaisquer ads em redes sociais. Nesse ponto, tudo deve ser bem fluido e prático para o cliente. Para garantir uma experiência a contento, existem diversas ferramentas de testes. Uma delas é a Jornada do Cliente, que é capaz de identificar os momentos mais críticos e ajustá-los para guiar o cliente até a ativação. A construção da jornada do cliente começa com o mapeamento das etapas que o cliente percorre durante a utilização da solução. O mapa é bem visual, a fim de possibilitar a exploração dos pontos de contato e da interação do cliente. Nesse processo é construída uma linha do tempo com o antes, durante e depois da interação. Além da linha do tempo, é possível criar linhas utilizando as variáveis que foram desenvolvidas pela equipe. Por exemplo, na imagem abaixo existe apenas a linha do tempo e a linha de como a solução funciona, pode ser inserida uma linha com objetivos de cada etapa (gerar lead, aquisição, retenção, identificação das oportunidades ou como está sendo a experiência para o cliente em cada momento). Figura 5 - Jornada do cliente Fonte: Ghisi (2016, on-line)1. ]Fonte: a autora ¹Em: https://www.dialetto.com.br/blog/experiencia-do-usuario/ . Acesso em: 22 nov. 2017. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fwww.dialetto.com.br%2Fblog%2Fexperiencia-do-usuario%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNHcVXUyiPjFZ9vuHJVeEzMBXNkTrQ Para a ativação de hacking ter êxito é importante não absorver o por que os usuários estão se comportando de determinada maneira em determinado ponto de contato; segundo Ellis e Brown (2017), o mais interessante é entender como estão se comportando e ajustar o recurso com base nas observações. Com esse objetivo, a concentração de esforços nas experimentações é mais eficiente; por meio delas, é possível extrair as mudanças que terão maior impacto na usabilidade. Por mais que a equipe tenha experiência e conheça bem os mecanismos e as barreiras de ativação da solução, ainda é importante realizar as experimentações, pois a história pode ser bem diferente. Em uma solução hipotética desde uma visita inicial, inscrição, ativação e retenção, toda essa cadeia de contato com o cliente é chamada de funil de conversão. Um bom exemplo para observar a taxa de conversão é o Uber: no aplicativo, temos diversas etapas que podem impactar na experiência levando à desistência do uso. Na linha do tempo de antes: encontrar o aplicativo na loja, fazer o download, instalar. Durante: criar uma conta, inserir endereço e localizar um carro. Depois: analisar motorista, conferir valor e receber e-mail. A ativação de utilização acontece quando o cliente faz o cadastro no aplicativo inserindo os dados e posteriormente chamando um carro. Ellis e Brown (2017) afirmam que, para rastrear a taxa de conversão, deve-se considerar qual foi a rota que o cliente utilizou para chegar até o aplicativo, quais os canais, etc. Essa informação pode fazer toda a diferença na taxa de ativação e descobrir qual o canal que traz alto impacto para reforçá-lo. Além disso, o autor reforça outros dados que podem ser analisados como os clientes ativos, os que ativaram mas não estão utilizando, aqueles que nunca ativaram ou que simplesmente deletaram a conta. A ativação de hacking se preocupa especificamente com cada ponto da adesão e como cada cliente se comporta frente a essas etapas. O Google Analytics é uma ferramenta gratuita e que pode ajudar na avaliação e na visualização do fluxo e das taxas de aceitação da solução. Portanto, para ter sucesso na ativação de hacking, é preciso estar atento à jornada e aos pontos de contato mais críticos e focar os esforços para conseguir alcançar melhores resultados das experimentações. RETENÇÃO DE HACKING https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com Uma empresa sempre tem novos clientes, mas a grande pergunta é se conseguirá mantê-los. A maioria dos negócios tem uma grandetaxa de perda dos novos clientes, o chamado churn . Existem muitas pessoas no mercado buscando reduzir essa taxa, porque a grande retenção, na maioria dos casos, é o fator que traz rentabilidade para o negócio. A retenção é uma atividade que está ligada ao desenvolvimento, é como se fosse uma pitada de marketing dentro do mundo da engenharia. É o momento em que a solução se torna necessária e desejada e dessa maneira faz com que os clientes voltem sempre. Perguntas como: como posso aumentar a experiência para que o usuário queira voltar? Como fazer com que fiquem na solução e não procurem outro tipo de serviço? Na retenção estão os momentos WOW, são eles que fazem com que o cliente fique. Por isso, quem está trabalhando diretamente com essas taxas deve estar bem ciente dos dados que devem ser monitorados, e buscar descobrir quais são os pontos de contato que mais convertem ou que repelem os clientes. Imagine um site de e-commerce especializado em livros: o cliente pesquisa um livro sobre psicologia, mas deixa o carrinho vazio, ou seja, não realiza a compra. A equipe envolvida nessa análise de retenção deve entender por que o cliente não realizou a compra, podem existir diversos motivos, mas a equipe deve estar ciente de que não é nenhum problema com a ferramenta ou com a jornada do cliente. No entanto, é possível deixar o produto à mostra e sugerido para esse cliente quando ele retornar. Outro ponto importante é entender os gatilhos que fazem com aquele cliente volte para o site. Segundo Ellis e Brown (2017), quanto mais se retém clientes, mais oportunidades você ganharia, mais receita teria, seja vendendo produtos ou serviços, renovações de inscrições contínua, ou trazendo mais receita publicitária. Sobre as vantagens e a importância de reter clientes já não há dúvida, mas como potencializar a retenção? Diversos autores discutem sobre os momentos WOW, mas para isso a equipe deve estar expert no quesito jornada, todos devem entender bem como é o fluxo e as regras de negócios e balancear com as expectativas do cliente. Um exemplo de novos serviços, e além de novo, disruptivo, é o Uber. Um aplicativo que conecta motoristas e as pessoas. Certa vez um indivíduo utilizou o aplicativo pela primeira vez e ficou extremamente satisfeito e impressionado. O aplicativo foi fácil de usar, o indivíduo ficou impressionado por poder acompanhar o motorista e ainda ver que ele estava chegando. Para fechar essa experiência WOW, não foi necessário ter troca física de dinheiro no final da corrida. Esse foram os pontos mais impressionantes para esse caso, mas já existem diferentes histórias de momentos WOW com o app. Alguns citam o tempo de espera, outros a qualidade do serviço durante o trajeto, poder opinar sobre o atendimento e deixá-lo público para que outro usuário tenha ideia de como é viajar com o motorista. Enfim, é uma solução que utiliza muito bem as métricas e experimentações para oferecer uma experiência única. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com Existem diversas maneiras de trazer momentos WOW durante a jornada: Onboarding: momento em que o cliente está ativando o cadastro, os e-mails enviados, a maneira que ele é recepcionado dentro da solução, o tom de voz. São questões que devem ser consideradas ao projetar essa experiência. Atendimento: ter maneiras simples de entrar em contato, nada de esconder o e-mail, isso é um tiro no pé. Ter relacionamento com os clientes nas redes sociais; também é importante ter definido o tom de voz. Atualmente, diversas empresas estão usando o bot para conversar e direcionar a conversa. O Warem utiliza muito bem esse recurso, vale dar uma zapeada por lá e verificar como é a abordagem. Suporte técnico: uma área cheia de informações valiosas. Antes ter o suporte técnico como um fornecedor do que um ponto que apenas recolhe problemas. Devem ser participativos e se envolver no desenvolvimento, tratá-los como uma caixinha separada não funciona e deixa todo o processo sem integração. Figura 7 - Amazon prime Esses são pontos extremamente importantes para gerar o WOW do cliente. Essas questões trazem muita diferença, veja o caso da Amazon, que tem o poder de retenção muito grande. O programa de assinatura da empresa, Amazon Prime, um case de grande sucesso, em grande parte se dá em função do frete gratuito em milhares de itens, mas também oferece benefícios auxiliares. Para se ter uma ideia, 70% dos assinantes da versão freemium convertem em assinaturas e 90% dos ativos renovam após um ano, ou seja, a retenção é de 90%. Esse número é muito alto e tudo em função das dinâmicas e experiências oferecidas pela solução. Setenta e três por cento dos assinantes de teste gratuito se convertem em assinantes pagantes e noventa e um por cento dos assinantes do primeiro ano renovam por um segundo ano. O que é ainda mais impressionante é que a retenção continua a aumentar, já que os clientes mais longos foram assinantes, com a taxa de renovação dos clientes. Questões como a retenção de clientes não é um processo fácil e simples, é preciso muito estudo e um mergulho profundo na utilização da solução; mais importante que isso é não ter amarras ou amor a ideia alguma. É preciso mergulhar de uma maneira sem preconceitos ou ideias já articuladas e formuladas. Além disso, aplicar a regra de experimentação, testar, aprender e aplicar. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com RETENÇÃO DE HACKING Mais do que adquirir, ativar e reter; deve-se gerar receita com esse processo. A monetização tem ligação direta com o modelo de negócio; nele estão definidos a maneira como o dinheiro chegará à empresa. Por exemplo, se a sua solução envolve compras de produtos, o objetivo será de conduzir o cliente a comprar mais, se for um sistema de SaaS, é preciso conduzir o cliente a fazer a assinatura e renová-la. Segundo o Sebrae, existem diversos modelos de negócios: Modelo de franquias: onde um empreendedor paga uma taxa para usar em seu favor uma marca e processos comerciais já consolidados. Modelo de recarga: o equipamento é somente um meio para se obter uma receita recorrente, seja em créditos de celular ou na compra de toners e cartuchos de tinta. Modelo de classificados: em que se usa um meio impresso ou digital para mostrar anúncios, e o cliente paga proporcionalmente ao destaque que deseja. Modelo de assinatura: usado tanto por jornais e revistas quanto TV: garante-se a receita previamente ao vender informação em pacotes, dando um desconto para seu consumo repetido. Vale lembrar que a inovação dos modelos de negócios está sendo alcançada com a aplicação do Business Model Canvas (BMC); nele são tratados diversos pontos que auxiliam na visualização de novas oportunidades de negócios. No entanto, voltando à questão de monetização, ao criar a jornada do cliente, é importante destacar todas as oportunidades que possam trazer receitas. Depois de fazer o mapeamento básico da jornada, segundo Ellis e Brown (2017), é preciso analisar onde a empresa está ganhando mais dinheiro, e onde pode ser inseridas pitadas de experiência, entregando ainda mais valor as etapas em existem ganhos potenciais. Quando são identificados os recursos que agregam muito valor à solução, a equipe pode potencializar esses pontos embutindo novas experiências, e isso só acontece por meio de experiências reais. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com Com os dados e a avaliação das oportunidades, é possível identificar nichos de clientes como: aqueles que se cadastraram, mas ainda não utilizaram a solução ou aqueles que buscaram e selecionaram algum item, mas não finalizaram a compra. Dentro da monetização, isso é chamado de coortes; dentro desses conjuntos de coortesrealizados, é possível fazer ações específicas para cada comportamento. Tudo isso visando o engajamento dos usuários, são eles que irão influenciar os novos e a retenção de clientes. As linhas de coorte também pode levar em consideração os dados demográficos como localização, idade, gênero, itens que já compram, os recursos mais utilizados, origem de tráfego ou até mesmo o dispositivo utilizado. Ellis (2010) afirma que as linhas de coortes auxiliam no entendimento e na identificação de padrões nas taxas de retenção e também nas correlações com a receita de cada um dos grupos de coorte. Essas questões trarão insights para projetar novas experiências. Existem também alguns mecanismos de aplicação para gerar monetização: Espaços publicitários: anúncios, o formato mais tradicional; marketing de afiliação, que visa conduzir para a finalização de algum requisito (download, assinatura de news ); incentivos de tráfego, que visa troca de moedas e recompensas e é muito utilizado em jogos; publicidade nativa, aquela que oferece conteúdos adicionais. Agenciadores: são plataformas que combinam vendedores e compradores, como agências de RH, Mercado livre, versão premium do Linkedin, pagamento por mailing, entre outros. Licenças ou assinaturas: geralmente utilizadas por serviços SaaS e B2B e apresentam versões freemium , pagamentos por usuários, pagamento por licença de uso, entre outros. Essas são algumas ferramentas que podem gerar monetização para a solução e também servir como fio condutor de novos negócios. Uma outra opção é a realização de pesquisa diretamente com os clientes e mapear quais os recursos que têm mais valor para eles e cruzar com os dados coletados de ferramentas internas como o Analytics. Toda a estrutura de monetização visa criar táticas para converter os usuários de maneira bem eficaz. Por isso, ficar atento aos pontos da jornada é imprescindível para o sucesso, além disso, também é bom ficar antenado nas novas ferramentas de big data que podem trazer informações valiosas; mas, claro, sempre com cuidado para não ser invasivo. Também é bom analisar o quanto o cliente está disposto a pagar pela solução, pois as vezes pensamos que é pouco, mas para o cliente é muito e vice-versa. O valor que o cliente coloca na solução pode variar de acordo com as necessidades e com o mercado. Também nunca se esqueça que sintetizar é mais importante do que entupir os clientes de recursos; em um mundo tão dinâmico, o tempo é muito valorizado, então simplifique. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/unidade-4?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial/atividades?authuser=0 Página inicial ATIVIDADES 1. Com a evolução e a introdução dos meios digitais na vida das pessoas, os produtos e serviços estão sendo remodelados; para isso, contam com metodologias como o Growth Hacking. Sobre ele, é correto afirmar que: a) É uma metodologia inovadora que conta com dados de tráfego de rede e movimentos do mundo digital com o objetivo fundamental de criar experimentos rápidos para alcançar crescimento em escala. b) É uma metodologia que visa desenhar a jornada do cliente, buscando manipulá-lo para a compra ou assinatura de produtos, mesmo ele não tendo interesse. c) É uma metodologia inovadora que conta com dados pessoais dos usuários para manipular e fazer com que comprem produtos desnecessários. d) É uma metodologia inovadora que conta com dados dos clientes para aumentar o número de recursos e com isso poder cobrar mais pela solução. e) Nenhuma das alternativas. 2. Adquirir clientes não é uma tarefa fácil, no entanto, boa parte das empresas precisam disso. Por isso, é importante: a) Avaliar o custo de produção. b) Avaliar o valor da entrega para o cliente. c) Avaliar o custo de publicidade. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 d) Avaliar o custo de aquisição de novos clientes. e) Todas as alternativas estão corretas. 3. Somente adquirir um cliente, dentro do Growth, não é suficiente. Para que o funil de conversão aconteça, é preciso que haja a ativação do cliente. Isso significa que: a) É preciso converter cliente em usuário do sistema. b) É preciso entender o uso da ferramenta para monetizar. c) É preciso converter a base de leads em clientes ativos. d) É a qualificação do cliente por meio da solução. e) Todas as alternativas estão corretas. 4. Uma empresa sempre tem novos clientes, mas a grande dificuldade é fazer com que eles permaneçam, por isso é preciso estar atento ao churn. O churn é: a) A taxa de permanência de clientes. b) A taxa de perda de clientes. c) A taxa de dados enviada pelo suporte. d) A taxa de desistência do tráfego. e) Todas as alternativas estão corretas. 5. Mais do que adquirir, ativar e reter, é importante gerar receita. Esse processo é chamado de: a) Monetização. b) Aquisição. c) Ativação. d) Retenção. e) Todas as alternativas estão incorretas. Resolução das atividades https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial/resumo?authuser=0 Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/atividades?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial/resumo?authuser=0 Página inicial RESUMO Durante os estudos, percebemos que para obter sucesso no Growth Hacking, é preciso estar atento às necessidades dos usuários e aos movimentos do mercado. Também é importante perceber que nem sempre o usuário final é quem paga pela solução, por isso ter cuidado com as demandas de clientes que não utilizam efetivamente os recursos oferecidos pela proposta. A metodologia do Growth visa trabalhar sobre o conceito de criar, fazer e aprender rapidamente, muito aplicado em startups que precisam validar ideias e potencializar o crescimento. Isso impulsionou o crescimento de empresas como o Uber, Airbnb, Pinterest e tantas outras do Vale do Silício. As experimentações estão ancoradas no crescimento rápido de aquisição, ativação, retenção e monetização. Cada etapa tem sua especificidade, na aquisição a busca está em aumentar a base de leads e identificar quais os canais que serão utilizados, o tom de voz, como será a comunicação com os usuários. Na ativação, os pontos mais importantes são mapeados e visualizados em uma jornada do cliente, nela são projetadas as experiências que visam conduzir à ativação ou à compra de um determinado produto ou serviço. Nessa fase, são trabalhadas as questões de onboarding, as taxas de conversão e também podem ser identificados os pontos com maior desistência e retenção de usuários. Ferramentas como o Analitycs são utilizadas para a captura de dados. Na retenção são trabalhados os momentos WOW e a busca incansável da redução das taxas de churn , pois é nessa fase que estão os fatores que fidelizam os clientes e fazem com que fiquem na ferramenta, aumentando a rentabilidade do negócio. Por fim, a monetização está focada em fazer o modelo de negócio funcionar, então é importante estar atento ao modelo que está sendo aplicado para poder extrair maior rentabilidade usando as ferramentas como publicidade, assinatura, franquias, entre outras. Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/resumo?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial/eu-indico?authuser=0 Página inicial Material Complementar Leitura Growth Hacker Marketing: A Primer on the Future of PR, Marketing, and Advertising Autor: Ryan Holiday Editora: Portfolio; Reprint edition Sinopse : Uma nova geração de megabrands como Facebook, Dropbox, Airbnb e Twitter não gastou um centavo no marketing tradicional. Sem comunicados de imprensa, sem comerciais de TV, sem outdoors. Em vez disso, eles contam com uma nova estratégia de hacking de crescimento - para alcançar muitas pessoas, apesar dos modestos orçamentos de marketing. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/eu-indico?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 Na Web Sean Ellis talks about the 3 stages of Growth Hacking Success Ano: 2016 Sinopse: Video de Sean Ellis falando sobre o Growth e suas etapas. Durante uma conferência no StartCon, Ellis traz uma reflexão sobre erros e acertos com o Growth. Acesse Na Web Comunidade do Growth Hacking A comunidade está à disposição para ajudar as equipes a desbloquear o potencial de crescimento das startups. Existem mais de 200.000 membros e profissionais que auxiliam nessa jornada. Acesse Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/eu-indico?authuser=0 https://getfireshot.com https://www.youtube.com/watch?v=i0nxESR9sFs https://www.google.com/url?q=https%3A%2F%2Fgrowthhackers.com%2Fposts&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNETo4u_xaAx3ZwPlWhk3XSNqtkS3A https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial/refer%C3%AAncias?authuser=0 Página inicial REFERÊNCIAS ANDERSON, C. A cauda longa . A nova dinâmica de marketing e vendas: como lucrar com a fragmentação dos mercados. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. BROWN, T. Change by design : how design thinking transforms organizations and inspires innovation. New York: HarperCollins Publishers, 2009. BROWN, T. Design thinking : uma metodologia poderosa para decretar o fim das velhas ideias. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CHAN, W. A estratégia do oceano azul : como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. 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A solução visa automatizar as ferramentas de marketing digital como redes sociais, newsletter, ads, entre outros serviços. O MailChimp utiliza o funil de retenção e o seu grande diferencial é que você pode ter acesso a todos os recursos das ferramentas de uma maneira freemium , e quando atingir 2.000 mil leads cadastrados é que começará a pagar uma taxa pelo serviço. Mas durante essa jornada, até alcançar essa quantidade de leads, a solução já estará bem-integrada com o processo de comunicação da empresa e é bem difícil migrar de ferramenta. Toda empresa sabe o quanto é difícil fazer esse tipo de movimento, migrar banco de dados, contas, histórico de comunicação, entre outras informações valiosas para a empresa. Então, boa parte dos clientes que ativaram e que utilizam a ferramenta acabam não trocando por vários motivos. Em todo caso, o importante é mostrar como eles utilizam o Growth e existe um ponto que é muito interessante. Durante as pesquisas e experimentações, a equipe identificou que um dos pontos mais sensíveis e que causam muito estresse aos usuários da ferramenta era o momento de enviar uma campanha; segundo o depoimento dos usuários, é um dos momentos em que existe muita insegurança. O Freddie High Five é, na opinião da equipe, uma das melhorias mais gratificantes que tiveram retorno quase que imediato na experiência de uso. Imagine o tempo que leva para construir o conteúdo, depois criar o layout da news, milhares de revisões, configurar a segmentação do público e de repente chega aquele botão gigante dizendo para você enviar, então você clica para enviar e ainda vem uma mensagem dizendo: você está certo disso? Realmente é um momento bem sensível. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 O que a equipe fez foi testar verbos que minimizassem essa sensação, e chegaram a “Está pronto para lançar?”, com o ícone de um foguete. Isso já deixou uma sensação de que a campanha realmente está um sucesso e que só falta você lançar para que todos vejam. Mesmo oferecendo um tom mais descontraído, ainda há seriedade e credibilidade. Foram diversos testes até chegar na melhor mensagem. Abaixo a equipe disponibilizou uma imagem com os rascunhos das imagens que foram testadas para obter o sucesso de minimizar o estresse do envio. Figura 1 - Rascunhos das ideias para o envio de campanhas do MailChimp Fonte: MailChimp (2017, on-line) O processo foi idear com bastante rapidez, por isso preferiram utilizar o lápis para isso. Começaram a esboçar diversas ideias sem julgamentos ou precisão, o objetivo era de ter uma montanha de ideias em um curto espaço de tempo. A ideia não era ter algo finalizado, mas uma ideia de algo que deixaria a equipe feliz. Revisaram todos os rascunhos até encontrar aqueles que fizessem rir. Então, foram para o computador finalizar. Figura 2 - Envio de campanhas https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com Fonte: MailChimp (2017, on-line). Durante os testes, a equipe já começou a ter resultados nas redes sociais de clientes que estavam muito satisfeitos apenas com esse ajuste. Às vezes pensamos que temos de ser cheios de recursos e coisas sérias, e algo tão simples pode passar uma sensação muito mais confortável do que apenas aquele feedback seco e sem graça que vemos por aí. Portanto, tenha em mente que você pode ser simpático,próximo e muito empático sem perder o tom de seriedade que determinado recurso necessita. Tudo isso pode-se alcançar se construir o Growth Hacking de maneira responsável. PARABÉNS! Você aprofundou ainda mais seus estudos! Avançar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/aprofundando?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial/editorial?authuser=0 Página inicial EDITORIAL DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ . Núcleo de Educação a Distância; PRADO , Patricia. Business Design na Geração de Valor. Patricia Prado. Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/editorial?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0 34 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Business. 2. Design. 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 745.4 CIP - NBR 12899 - AACR/2 Pró Reitoria de Ensino EAD Unicesumar Diretoria de Design Educacional Equipe Produção de Materiais Fotos : Shutterstock NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Retornar UNICESUMAR | UNIVERSO EAD https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p�gina-inicial/editorial?authuser=0 https://getfireshot.com https://sites.google.com/fabrico.com.br/bdngdv4/p%C3%A1gina-inicial?authuser=0