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● Ossos e Fraturas ● ● Ossos: são formas especializadas de tecido conjuntivo compostos basicamente por cálcio e fósforo. ➤ Ossificação: Se diz respeito ao processo de formação e crescimento do osso. ☞ Intramembranosa: Inicia-se a partir das cé- lulas mesenquimais das faixas de tecido conjunti- vo que se transformam em osteoblastos na matriz, que se calcifica. Ocorre principalmente nos ossos chatos e curtos. ☞ Endocondral: Inicia-se a partir de células me- senquimais cartilaginosas que se calcificam. Ocor- re principalmente nos ossos longos. ➤ Estrutura Óssea: Apresenta-se dividida em 3 partes principais: ☞ Metáfise: Osso esponjoso de transição. ☞ Diáfise: É a haste longa do osso, constituída por tecido compacto resistente, em seu centro há a presença do canal medular e irrigação sanguí- nea. ☞ Epífise: São as extremidades, centros de crescimento, responsáveis por articular e unir o esqueleto. Apresenta uma fina camada de osso compacto envolvendo o osso esponjoso revesti- dos por uma cartilagem epifisial. Disco Epifisário: É a região de tecido cartila- ginoso que simboliza a área de crescimento du- rante a ossificação. Obs: é possível de ser obser- vado em exames de ima- gem, sendo necessário atenção para não con- fundir com fraturas. ● Alterações Radiográficas: São produzi- das a partir de reações ósseas semelhante em di- ferentes etiologias, exigindo exames hitopatológi- cos para diferenciação. ➤ Osteopenia: É a redução da radiopacidade resultante da destruição ou reabsorção óssea, ge- ralmente associadas a doenças metabólicas, traumáticas, neoplásicas, infecciosas ou de atrofia. Osteoporose: Deficiência de mineralização do osso resultante de senilidade, hipertireoidismo, anorexia, sedentarismo e hipoestrogenismo. Osteomalácia: Doença metabólica de mineralização incompleta e inadequada da porção orgânica do tecido ósseo adulto, associado a desnutrição ou hipovitami- noses. Osteólise: Doença de redução da massa ós- sea por reabsorção pelos osteoclastos e incapaci- dade de substituir por novas células; por esse motivo costuma ocorrer nas epífises. Está associa- do a artrites, neoplasias, senilidade e obesidade. ➤ Esclerose Óssea: É o aumento da radiopacidade resultante da mineralização aumentada por estresse con- tínuo dobre o osso. ➤ Reação Periosteal: É uma neoformação óssea contínua de res- posta a processos agres- sivos. Pode ser lisa, quando o processo é be- nigno; avançando para quebradiça a medida em que o grau de seve- ridade aumenta. ● Condições que Afetam o Osso: Muitas vezes é observado as reações periosteais. ➤ Osteomielite: Processo inflamatório do canal medula e/ou osso adjacente. Pode ser supurativa, bacteriana ou fúngica, de origem traumática ou hematógena. Quando é reacional aos implantes ortopédicos é denominada metalose. ☞ Aspectos Radiográficos: Lise óssea no inte- rior, reação periosteal suave, margem esclerótica limitando a infecção, sequestro ósseo com área de aumento da radiopacidade, destruição cortical, edema e enfisema subcutâneo. ➤ Neoplasias: Comumente osteossarcoma, é altamente metastático e difícil de distinguir da osteomielite. Afetam principalmente a metáfise de ossos longos. ☞ Aspectos Radiográficos: Padrão heterogê- neo com osteólise, neoformação óssea ou misto. Há edema, fraturas patológicas e reação de Triân- gulo de Codman. ➤ Fraturas: Indica a quebra de um osso, po- dendo ser classificadas de diversas formas. ☞ Tipo de Lesão: Completa, com perda da continuidade das estruturas. Incompleta, com manutenção de parte da continuidade. Hiperparatireoidismo Hipovitaminose D ☞ Presença de Ferida: Aberta, com comunica- ção com o exterior e aparição de sombra aérea na radiografia. Fechada, sem comunicação com o meio externo. ☞ Quantidade de Fragmentos: Simples, apenas dois fragmentos. Cominutiva, com mais de dois fragmentos. ☞ Direção da Fratura: Transversa, o ângulo é reto em relação ao eixo. Oblíqua, o ângulo é incli- nado em relação ao eixo. Espiralada, a linha de fratura gira ao longo do eixo. ☞ Localização, Osso e Membro: Local anatô- mico do osso (diáfise, metáfase, epífise); iden- tificação do osso acome- tido e o membro associ- ado. ☞ Desvio do Fragmento: Com desvio em relação ao ei- xo. Sem desvio. ☞ Avulsão: Apresenta de remoção do fragmen- to do osso. ☞ Epifisárias: Movimentação na cartilagem e- pifiseal, podendo ter fratura nas porções ósseas adjacentes. É classificado em: I – separação sim- ples, II – separação com fratura metafisária, III – separação com fragmentação epifiseal, IV – sepa- ração com fragmentação metafisária e epifiseal, V – compressão entre epífise e metáfise sem des- locamento. ● Afecções Articulares ● ● Articulações Sinoviais: Realizam a comu- nicação entre extremidades ósseas e são compos- tas por cartilagem de revestimento e cápsula ar- ticular formada por camada fibrosa externa e revestida por camada serosa (membrana sinovial), que secreta o líquido articular lubrificante. Obs.: Normalmente não são visualizados durante os exames de imagem. Reparo de Fraturas Sequências radiográficas: Pré-operatório imediato → 2-3-4 semanas após operação → até a cura Fase Hemorrágica 7 a 10 dias Há extravasamento de sangue e início da formação do calo ósseo Fase Cartilagínea 10 a 30 dias A hemorragia é contida e hematoma começa a involuir. O calo passa a ser granulado e vascularizado. Calo Ósseo Provisório 30 a 40 dias Células osteoprogenitoras em repouso são ativadas em osteoblastos e passam a produzir matriz óssea no tecido granulado do calo Calo Ósseo Definitivo 40 a 120 dias O calo é reorganizado e é totalmente calcificado ● Doença Articular Degenerativa: Enfer- midade que apresenta perda e/ou fragmentação da cartilagem articular; os- teoartrose degenerativa pri- mária (sem condição predis- ponente) ou secundária (com condição prévia); ou osteofi- tose. Achados radiográficos: estreitamento ou perda total do espaço articular, prolife- ração óssea periosteal, for- mação de osteófitos margi- nais, irregulardades no osso subcondral, lise ou esclerose do osso subcondral. ➤ Alterações Infecciosas e Inflamatória: ☞ Artrites Infecciosas: Apresentam distensão da cápsula articular com dor e geralmente se originam por fe- ridas de estruturas vizinhas ou por via hematógena. Aspectos Radiográficos: Poucas evidên- cias em casos agudos, perda do detalhamento das estruturas internas e reação periosteal e osteomielite. Séptica: Geralmente hematógena por infec- ção do cordão umbilical ou ferimentos locais por injeções. Asséptica: Geralmente traumá- tica por má conformação óssea ou imunomediada. ➤ Alterações Congênitas: ☞ Luxações: É a perda do contato entre duas extremidades que se articulam, sendo diagnostica- do com no mínimo duas ou mais projeções radio- gráficas. Podem estar associadas a fraturas bem evidentes ou não, e muitas vezes há histórico de traumatismos. Luxação Congênita Patelar: Ocorre principal- mente em cães. Pode evoluir para deformidades ósseas graves e fraturas. As projeções devem ser crânio-caudal, médio-lateral e skyline (tangencial). Etiologia: má formação troclear femoral, alinha- mento deficiente femotibial, rotação medial da tíbia e doença articular degenerativa. ➤ Alterações do Desenvolvimento: ☞ Necrose Asséptica da Cabeça Femoral: É co- mum em animais de pequeno porte, principal- mente cães da raça Poodle e Yorkshire. Pode ser uni ou bilateral, e há perda do suprimento vascular epifisário de etiologia incerta. Aspectos Radiográficos: Ra- diopacidade diminuída por os- teólise na cabeça femoral, achatamento da cabeça femo- ral, arrasamento acetabular, aumento de espaço articular,sinais de doença articular de- generativa e pode haver fra- gmentação. ☞ Displasia do Cotovelo: Qualquer desordem relativa ao crescimento do cotovelo: Não-União do Processo Ancôneo: Durante o crescimento deve haver fusão do processo ancôneo com a diáfise ulnar em 4 a 6 meses de idade. Quando o processo não é realizado há instabilidade e fragmentação, onde a articulação apresenta um “pedaço solto”. É comumente bilateral e deve ser avaliado a hiperflexia em projeção médio-lateral. Achados radiográficos: linha de separação radiotransparente entre ulna e ancôneo com margens escleróticas e sinais de doença articular degenerativa em casos crônicos. Processo Coronóide Fragmentado: É a fragmen- tação do processo coronóide comumente bilateral e é de difícil visualização, sendo necessário proje- ção oblíqua craniolateral-caudomedial. Osteocondrose do Úmero Distal: É a não-união do epicôndilo umeral medial, um defeito ósseo que apresenta linha radiotransparente em proje- ção crâ- niocau- dal. ☞ Displasia Coxofemoral: Condição osteoarti- cular que afeta cães e gatos onde há má formação articular que leva a instabilidade da articulação coxofemoral por incongruência entre cabeça fe- moral e acetábulo. Pode desenvolver doença arti- cular degenerativa secundária. Achados radiográ- ficos: Ângulo de Norberg (de 12 a 18 meses de idade), o ângulo entre a linha que une o centro das cabeças femorais e a borda acetabular cranial é menor que 105° e há menos de 50% da cabeça do fêmur dentro do acetábulo com arrasamento acetabular e osteófitos, além disso apresenta a Linha Morgan; Método de distração PennHip (a partir dos 4 meses de idade), onde o equipamento distrator avalia o grau de frouxidão articular por aproximar os fêmures e induzir subluxação em imagem radiográfica capaz de calcular um índice a partir da divisão da distância entre as os centros das circunferências limítrofes do espaço articular e o raio, sendo o resultado de 0 a 0,31 como baixo risco. Grau A: Articulações nor- mais, com acetábulo profundo, cabeça do fêmur esférica, congruência da articulação e ângulo Norberg maior que 105°. Grau B: Articulações pró- ximas da normalidade com li- geira incongruência e ângulo Norberg aproximado a 105°. Grau C: Displasia leve, discreta subluxação com in- congruência de cabeça fe- moral e acetábulo, e ângulo Norberg >100 e <105 Grau D: Displasia mo- derada com incongruência evidente e subluxação, ace- tábulo pouco profundo, ca- beça femoral achatada, colo femoral engrossado e ân- gulo Norberg de 95° a 99° Grau E: Displasia grave com sinais de luxação, acha- tamento da borda acetabu- lar e deformação da cabeça femoral. Ângulo Norberg menor que 95°. ➤ Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial/ Anterior: Ocorre por traumas e o diagnóstico clínico é feito por meio de movimentos de gaveta e compressão tibial. Achados radiográficos: ede- ma do tecido intrarticular em casos iniciais, deslo- camento cranial da tíbia em relação ao fêmur e si- nais de doença articular degenerativa em croni- ficação. ● Esqueleto Axial ● ● Crânio Geral: Estrutura complexa com muita sobreposição de estruturas importantes. Apresen- ta pouca variação entre espécies, porém há variação considerável entre raças de cães, sendo o dolicocéfalico de focinho longo e cabeça estreita; o braquicefálico de focinho achatado; e o meso- cefálico com cabeça e focinhos moderados. ➤ Posicionamentos: São variáveis de acordo com a estrutura a ser observada. É importante se atentar ao alinhamento, podendo se utilizar de almofadas e espumas para melhor resultado. ☞ Laterolateral: Feixe é centralizado entre o conduto auditivo e o olho, dorsal ao arco zigomático. A mandíbula deve es- tar aberta se a ar- ticulação for de in- teresse. ☞ Dorsoventral: Feixes cen- tralizados entre os olhos e canais auditivos. Podem ser visíveis a simetria, conchas nasais maxilares e dentes in- cisivos maxilares. ☞ Ventrodorsal: Feixes centra- lizados entre olhos e canais au- ditivos. Podem ser avaliados os seios, abóbada craniana, man- díbula, dentes incisivos inferio- res, regiões nasais e etmoidais. ☞ Rostrocaudal (Frontal): Feixe perpendicular ao longo da linha do palato duro e centralizado entre os olhos. Podem ser avaliados o seio frontal, processo odontoide, forame magno, bolha timpâ- nica e abóbada craniana. ☞ Oblíquas: Possibilita a demonstração de es- truturas sem a sobreposição do lado contrala- teral, sendo utilizadas na avaliação das articu- lações temporomandibulares, bolhas timpânicas, seios frontais e borda dorsal das órbitas. ➤ Fraturas: Vão se apresentar com sobreposi- ções ósseas, necessitando de projeções oblíquas. A presença de linhas radioluscentes indica afas- tamento dos fragmentos, enquanto as radiopacas, sobreposição. Em casos de hemorragia pode haver aumento da radiopacidade. Obs.: não se deve confundir com fontanelas, áreas de tecido não ossificado presentes em suturas cranianas. ➤ Luxações: São deslocamentos de articula- ções que raramente exigem projeções oblíquas para visualização, mas pode ser necessário realizar imagens de boca aberta e fechadas para compara- ção. ➤ Corpos Estranhos: São pouco comuns e ge- ralmente são rapidamente observados. Costu- mam ocorrer em boca, faringe e cavidade nasal. ➤ Neoplasias: São pouco comuns, mas quando ocorrem, apresenta aspectos líticos ou prolifera- tivos com lesões em tecidos moles adjacentes. A radiopacidade normal é diminuída. ● Cavidade Nasal: Estrutura dividida em duas metades simétricas separadas pelo osso vômer (septo nasal). ➤ Posicionamentos: É necessário investigação completa com projeção oclusal; as posições oblí- quas são uteis para as estruturas; a ventrodorsal deve ser de boca aberta. ➤ Infecções: Podem causam opacidades, sen- do o septo linha demarcatória para comparação entre lados. Assim é importante de atentar a processos bilaterais. ● Seios Paranasais: Estrutura localizada nos ossos maxilares, etmoide e frontais. É parcialmen- te dividido em compartimentos. ➤ Posicionamentos: Projeção rostrocaudal e lateral. ● Sistema Auditivo: Os canais auditivos exter- nos são preenchidos por ar e de fácil visualização. A bula timpânica apresenta dilatação bulbosa com ar. Em caso de avaliação da membrana timpânica é necessário uma canalografia da orelha com contraste positivo. ➤ Posicionamentos: Projeção rostrocaudal e lateral. ➤ Otite: Quando externa há inflamação com e- dema e exsudação no canal come estreitamento. Quando interna a orelha média é afetada, apre- sentando aumento da radiopacidade da bula tim- pânica por esclerose óssea. ● Dentes: São avaliados em projeções oblíquas e se dividem em decíduos e permanentes. Ca- ninos: 28 decíduos e 42 permanentes. Felinos: 26 decíduos e 30 permanentes. Equinos: 24 decíduos e 26-44 permanentes. Bovinos: 32 dentes perma- nentes. ➤ Periodontite: Afeta a gengiva, membrana pe- riodontal, cemento e dentina. Ocorre rarefação do osso alveolar, perda da radiopacidade da lâmina dura e o espaço periodôntico fica mais largo. ➤ Lesão de Reabsorção Dentária: É prima- riamente de felinos, e aqui ocorre a reabsorção dos elementos do dente de etiologia desconheci- da. ● Coluna Vertebral: Apresenta variação na quantidade de vértebras nas diferentes espécies. Espécie Cervical Torácica Lombar Sacral Caudal Equinos 7 18 6 5 15-20 Bovinos 7 13 6 5 18-20 Ovinos 7 13 6-7 4 16-18 Caprinos 7 13 7 4 12 Suíno 7 14-15 6-7 4 20-23 Cães 7 13 7 3 20-23 Gatos 7 13 7 3 20-23 ➤ Posicionamentos: O animal deve estar pre- parado com sedação ou anestesia. A coluna deve ser mantida o mais reto possível, podendo ser utilizado espumas para ajuste. ➤ Exame Contrastado: Usado para avaliar as estruturas radioluscentes como tecidos moles ecanal medular. ☞ Mielografia: Utiliza de meio de contraste pa- ra delineação do canal, aplicado no espaço subaracnóide, na cisterna magna ou na região lombar. É contraindicado em processos infeccioso ou de aumento da pressão intracraniana. ☞ Epidurografia: Utiliza de contrate no inte- rior do espaço epidural para avaliação de lesões em cauda equina. ➤ Doenças Degenerativas: Podem ocorrer nos discos intervertebrais ou no corpo vertebral. ☞ Discos Intervertebrais: São normalmente ra- dioluscentes. Tipo Hansen I: É uma degeneração extru- siva com calcificação do núcleo central e do anel fibroso, há ruptura do anel e extravasamento de disco para o interior do canal medular. Pode causar compressão ou meningite. Tipo Hansen II: É uma degeneração intru- siva lenta onde não ocor- re calcificação do núcleo, mas sim uma saliência do anel fibroso que ao invés de romper gera com- pressão medular por herniação. ☞ Espondilose Deformante: São neoformações ósseas ventrais dos corpos vertebrais, principal- mente das vértebras torácicas e lombares. ☞ Espondilose Lombossacral: São estenoses vertebrais na região lombossacral presentes em compressão da cauda equina. Estudos radiográfi- cos demonstram hiperflexão e hiperextensão, e utilizam contrastes epidural. ➤ Infecções: São de origem hematógena ou por ferimentos. Em casos de osteomielite o corpo ósseo é afetado com lise, proliferação e esclerose adjacente, podendo culminar em meningine e mielite. Quando discoespondilite a infecção en- volve o disco e extremidades vertebrais, os as- pectos radiográficos mostras espaço vertebral mais curto, lise óssea cronificando em esclerose. ➤ Fratura e Luxação: São causadas por traumas e se apresentam por desalinhamento com efeito em degrau. ● Doenças Metabólicas ● ● Conceitualização: São doenças associadas ao mecanismo de cálcio e o seu desequilíbrio em níveis no osso e séricos. Em exames de imagem conseguem ser evidenciados a partir da perda de cerca de 50% do cálcio intraósseo. ● Hiperparatiroidismo Secundário Nu- tricional: É uma condição de animais geralmen- te jovens que estão sob alimentação desbalance- ada com déficit de cálcio e excesso de fósforo. ➤ Fisiologia: Níveis baixos de cálcio sérico esti- mulam a paratireoide para produção do para- tormônio que regulam os osteoclastos para dimi- nuírem os níveis de cálcio ósseo em favor do aumento do cálcio sérico. ➤ Características Clínicas: Animais estão a- parentemente bem nutridos, porém podem apre- sentar dores por microfraturas e deformações ósseas. ➤ Características Radiográficas: Redução generalizada da radiopacidade, fraturas patoló- gicas, coluna vertebral em curvatura ventral e estreitamento da pelve irreversível. ● Hiperparatiroidismo Secundário Re- nal: A cadeia do paratormônio é hiperativada por retenção de fósforo aumentada na insuficiência renal crônica, forçando a retirada do cálcio ósseo para o sérico. Aqui, as alterações ocorrem par- ticularmente no esqueleto axial e não de maneira generalizada. ➤ Características Radiográficas: Diminuição da radiopacidade principalmente do crânio, perda da lâmina dura dental, mandíbula de “borracha” e calcificação distrófica com mineralização da parede da aorta. ● Raquitismo: Doença rara relacionada à de- ficiência de vitamina D, visto que animais não sintetizam na pele. A hipovitaminose D provoca redução da absorção de cálcio pelo intestino, consequentemente incapacitando a mineralização dos ossos. ➤ Características Clínicas: Defor- midade óssea com aumento do volume da articulação e desvio genu varum (dentro) e genu vagum (fora) ● Osteodistrofia Hipertrófica: Acomete a- nimais de grande porte em fase de crescimento ósseo. É de etiologia desconhecida e provoca a metáfise de ossos longos, gerando necrose, remo- delamento e alargamento. ➤ Características Radiográficas: Em fase a- guda apresenta áreas de osteólise em zona meta- fisária e aparece uma segunda linha radiotrans- parente de necrose próximo ao disco epifisário. Em fase crônica há aumento de volume e esclerose ● Osteopatia Hipertrófica: É uma doença periosteal secundária de etiologia desconhecida, sendo originalmente de vínculo com doenças intratorácicas. ➤ Características Radiográficas: Reação pe- riosteal com face irregular, diáfise de ossos longos e falanges. ● Hipervitaminose A: Condição rara comum em felinos alimentos exclusivamente com fígado. A vitamina A diminui a atividade osteoclástica e aumenta a atividade osteoblástica, portanto a absorção e remodelamento ósseo são interrompi- dos e o osso fica mineralizado. ➤ Características Radiográficas: Reação pe- riosteal nas vértebras, anquilose das articulações sinoviais.
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