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MICOSES SUBCUTÂNEAS


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MICOSES SUBCUTÂNEAS
Esporotric��
→ Penetra na pele através de um trauma
● Esporotricose
→ predominante em locais
quentes e úmidos
→ evolução aguda a crônica
→ Complexo Sporothrix
schenckii
→ O sporothrix spp. é encontrado
em ambiente rico em matéria
orgânico vegetal, clima quente,
úmido, cascas de árvores, solo
(com plantas superiores), excretas
de animais, material de
decomposição e entre outros. É
um fungo dimórfico, encontrado
no ambiente em forma filamentosa
e no hospedeiro se transforma em
levedura.
→ Fungos decompositores
→ Inoculação do fungo no tecido
ocorre por trauma cutâneo (Só
consegue entrar através de um
trauma, não vence a barreira da
pele. Pode entrar apenas por
ferimento pré-existente no
hospedeiro, como lesão por picada
do inseto, entra o seu conídio.)
→ Fungo hialino, com hifa septada
e macroconídios
→ Além do dimorfismo que causa
maior virulência e termotolerância
(5o e/ou 37oC) , pode produzir
melanina.
→ É a forma saprofítica, que está
no ambiente em temperatura de 25
a 30 graus. Quando entra no
hospedeiro, conídio vira levedura e
essa forma leveduriforme leva a
lesões. Pode causar lesões em
gatos.
→ Maior perfil zoonótico:
transmissão do agente por
arranhões, mordedura ou contato
com o pus de lesões ulceradas
OBS: somente os gatos
transmitem e são altamente
suscetíveis à lesões ricas em
leveduras.
Epidemiologia esporotricose
→ Micose subcutânea mais
comum no Brasil.
• Presente no México, África do
Sul, Índia, Japão,
China e EUA.
• Predominante em locais de clima
quente e úmido
• Evolução subaguda a crônica
• Distribuição cosmopolita
→ Micose no mundo todo e no
Brasil até década de 90 era
conhecida como “A Doença dos
Jardineiros”, pois os primeiros
casos estavam associados a
atividades como: Floricultura ,
Agricultura e Mineração.
O Sporothrix spp. é um fungo
dimórfico saprófita encontrado
em:
▫ Locais de clima quente e úmido
▫ Solo
▫ Plantas superiores
▫ Cascas de árvores
▫ Espinhos
▫ Acúleos
▫ Excreta de animais
▫ Material em decomposição
→ S. brasilienses (maior taxa de
transmissão e perfil zoonótico):
espécie muito virulenta, que pode
causar meningite, amputações e
doenças nos ossos.
▸"Clado clínico" : S. brasiliensis, S.
chenckii, S. globosa, S luriei.
▸"Clado ambiental:" S. mexicana,
S. pallida, S. chilensis, S.humicola,
Complexo S. stenoceras.
FORMAS DE TRANSMISSÃO
→ Um dos sinais dos gatos são os
espirros, que são cheios de
leveduras.
→ o homem pode ter uma
resposta imunológica contra os
antígenos - reação de alergia -
hipersensibilidade
a) Zoonótica- Felinos
Transmitem o agente
através de arranhões,
mordeduras ou pelo
contato com o pus de
lesões ulceradas e
exsudativas.
→ Gatos mais afetados :
machos não castrados,
com mais de 2 anos de
idade e semi domiciliados
obs: Na lesão dos felinos há
grande quantidade de leveduras, o
que dificulta a ação do sistema
imunológico no controle; essas
lesões apresentam grande
quantidade do agente infeccioso.
➮Epidemiologia:
• Inoculação traumática da pele.
• Extremamente rara por inalação
que dá origem à forma pulmonar
da doença.
→ Não existem relatos de
humanos para humanos e nem de
cães para humanos.
Manifestações Clínicas:
→ Formação de lesões ulceradas
→ única lesão (cutânea fixa)
→ nódulo sem úlcera mas com o
tempo vira úlcera
→ acomete qualquer parte do
corpo
→ forma linfocutânea ascendente
atinge os vasos linfáticos,
formando nódulos linfáticos (evolui
da cutânea fixa)
→ Quando inoculado, há forma
extracutânea (saem da pele,
causando formas pulmonares,
oculares)
Extracutânea:
- Surge após disseminação
hematogênica do
fungo, inalação de conídios,
contiguidade com
lesão cutânea ou inoculação direta
- Frequente em imunodeprimidos
- Os sintomas são relacionados ao
órgão ou tecido
acometido acompanhado de febre
e comprometimento geral
- Osteoarticular, pulmonar, ocular,
mucosa, nervosa
Formas atípicas:
- Síndrome oculoglandular de
Parinaud
- Infecção articular
- Linfocutânea bilateral
• Cutânea disseminada:
- Pouco comum, relacionada com
comprometimento do sistema
imunológico
- Pode haver comprometimento do
estado geral
- Mais frequente na transmissão
por gatos
- Após inoculação através da pele
– disseminação por via
hematogênica
- Lesões inicialmente subcutâneas,
amolecidas
que ulceram depois de semanas
- Curso subagudo e indolente
Fatores que predispõe os
indivíduos a infecção sistêmica:
• Diabetes
• Etilismo
• Idade avançada
• Uso prolongado de
corticosteróides
• Imunodepressão
• Diagnóstico:
- Teste cutâneo (esporotriquina):
▪ Antígeno para injeção
intradérmica,
a partir de filtrados da fase
miceliana ou leveduriforme
▪ Leitura após 48 horas
+ = exposição ao fungo
- = exclui esporotricose cutânea
Falso-positivo: contato sem
infecção
Falso-negativo: formas cutâneas e
disseminada
Diagnóstico diferencial:
- Leishmaniose (forma fixa)
- Hanseníase(forma linfocutânea)
- Sífilis
- Tuberculose
- Blastomicose
- Nocardiose
- Criptococose
• Diagnóstico:
- Dados clínicos
- Epidemiológicos
- Laboratoriais
Micológico direto – pouco
recomendado
(humanos)
• Cultura – Padrão ouro
• Histopatológico (Mostra
inflamação inespecífica com
microabcessos e células gigantes
Corpos asteroides (fenômeno de
Splendore-Hoepli))
• Sorológico
→ swab de lesão
→ biópsia do subcutâneo
(histopatológico e sorologia)
obs: no histopatológico vê as
leveduras no tecido
Diagnóstico:
- Diagnóstico micológico (cultura)
Meios de cultura:
Ágar Sabouraud-dextrose +
Cloranfenicol e Ágar Mycosel
(25°C)
Materiais biológicos analisados:
- Pus
- Escarificação
- Biópsia
- Escarro
- Líquor
➢Microscopia (25°C):
▪ Hifas hialinas, septadas,
ramificadas, medindo de 1,5 a
2mm de espessura.
▪ Conídios medem de 2 a 6 μm,
em cachos, semelhantes a
margarida.
Tratamento:
- Iodeto de Potássio – Formas
cutâneas; baixo custo
- Itraconazol – Formas cutâneas;
bem tolerado
- Terbinafina – 250mg a 1000mg
SID
- Casos mais graves: itraconazol
(200mg a 400mg
SID);
→ anfotericina B
Tratamento para gestantes:
- Termoterapia (42 a 43°C) – bolsa
de água quente
ou infravermelho (15-20 minutos,
3x ao dia)
- Curetagem de lesões
- Crioterapia (de 15 a 20
segundos, a cada 15-30
dias)
- Anfotericina B desoxicolato após
12 semanas.
Prevenção e controle:
- Uso de luvas, roupas longas e
calçados
- Tratamento e isolamento de
gatos doentes
- Evitar contato físico com gatos
infectados
- Descontaminação das
instalações com hipoclorito
de sódio
- Notificação de casos para
controle de surtos
→ O gato saudável NÃO transmite
esporotricose
- Esporotricose tem cura!!!
- Transportar gatos doentes em
caixa de transporte plástica e
não de madeira
- Castração de gatos
- Cremação de animais mortos
portadores de esporotricose
- Políticas de conscientização da
população em relação a
posse responsável, abandono de
animais doentes e carcaças
ESTERILIZAÇÃO DE MACHOS X
FÊMEAS
▪ CONSCIENTIZAÇÃO GUARDA
RESPONSÁVEL
▪ PROGRAMAS DE
ESTERILIZAÇÃO EFICIENTES
▪ GRATUIDADE
▪ FORTALECIMENTO DE ONGS
PROTETORAS
Cromomic��
Outros nomes: Cromoblastomicose,
micose de Carrión, blastomicose negra,
dermatite verrucosas, micose de Lane-
Pedroso, doença de Fonseca,
Cladosporiose, formigueiro e pé muscogo;
• Micose subcutânea crônica;
• Característica: lesões nodulares,
verrucosas, papilomatosas
e ulceradas;
→ Penetram através de traumatismo na
pele
→ Pele eritematosa
→ Nodulo verrucosa
→ Disseminação por via linf e sang,
alcançando tecido ósseo, podendo levar a
amputação
Etiologia, principais agentes:
Família Dematiaceae: Fungos Demáceos
Filamentosos saprófitas no solo
Inoculação traumática (+ em
trabalhadores rurais)
• Fonsecaea pedrosoi (mais importante
no Brasil);
• Fonsecaea compacta;
• Phialophora verrucosa;
• Cladosporium carrionii;
• Rhinocladiella aquaspersa.
Diagnóstico Laboratorial
1. Exame Micológico Direto (Constitui
a principal indicação de
cromoblastomicose)
2. histopatológico (Exame
histopatológico de fragmentos do
tecido lesionado
hematoxilina-eosina (HE)) →
Aspectos observados na biópsia:
hiperceratose e hiperplasia
pseudoepiteliomatosa observados
no estrato córneo e na epiderme
3. Cultura– APÓS 4 SEMANAS
→ Macromorfologia: nenhuma
característica diferencial das
espécies.
→ Micromorfologia: determinação
do gênero
obs: O exame histopatológico é
de grande importância,
pois partes mais profundas
da pele são retiradas por
biópsia. As estruturas observadas
são as mesmas do exame
direto
.
Tratamento cromomicose
1. Tratamentos para acometimento tópico:
• Láser de dióxido de carbono
• Terapia fotodinâmica
• Crioterapia
• Cirurgia
• Aquecimento tópico
2. Tratamentos para acometimento
sistêmico:
• Anfotericina B
• Tiabendazol
• 5-Flucitosina