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Data de Defesa - 14 de dezembro de 1993. COMPONENTES DA BANCA EXAMINADORA Prof.Titular DrREYNALDO TODESC~'l (Presidente) ProfTitualr Dr KRUNISLA VE ANTONIO NOBILO Prof Dr HAMILTONNAVARRO Prof Dr HENRIQUE CERVEIRA NETO Prof Dr. WALDIR ISAAC MALUF MÉDIA FINAL DE APROV ACÃO NOTA IO,O(dez) !O, O( dez) !O, O( dez) IO,O(dez) IO,O(dez) NOTA !0,0 (dez) e menção "distinção com louvor" UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ODONTOLOGIA A V ALIAÇÃO SOBRE O ENSINO DA PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL EM FACULDADES DE ODONTOLOGIA PÚBLICAS E PARTICULARES DO ESTADO DE SÃO PAULO FERNANDO LUIZ BRUNETTI MONTENEGRO Tese apresentada à Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo, para concorrer ao Título de DOUTOR, pelo Curso de \'és- Graduação em ODONTOLOGIA, Area de Concentração: Prótese Dental. Orientador: Prof. Titular Dr. REYNALDO TODESCAN SÃO PAULO 1993 / J loS ; ' ' ' ' '' ' Yl ~ ·~. ! ,, ) Catalogação-na-Publicação Serviço de Documentação Odontológica Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo Montenegro, Fernando Luiz Brunetti Avaliação sobre o ensino da prótese parcial removível em faculdades de odontolo- gia públicas e particulares do Estado de São Paulo I Fernando Luiz Brun.etti Montene- gro; orientador Reynaldo Todescan. --São Paulo, 1993. 90 [7]p, ; íL Tese (Doutorado - Curso de Pós Graduação em Odontologia - Área de concentração em Prótese Dental) -- Faculdade de Odontologia da Utúversídade de São Paulo. I. Prótese parcial removível 2. Odontologia -Ensino ,t tP ,:~ 0. ,, CDD 617.69 BLACKD071 03321 À MIRELLA, muito mais que esposa e mãe, amiga e companheira nesta longa jornada chamada VIDA. "Um dia, com o passar dos anos, e que na vida houver a lembrança desta etapa universitária e profissional, com ceneza você virá à mente, pois em tudo houve sua presença, seu apoio e a vontade de juntos realizannos esta conquista", A VOCÊ PROCURO DEDICAR MELHORES MOMENTOS E TRABALHO FAZ PARTE DELES. MEUS ESTE À MINHA FILHA NATHALIE O meu amor eterno e as minhas desculpas pelas horas que a privei de meu convívio. Um dia, já crescida. poderá ler estas linhas e entenderá tudo o que representa para mim. AOS PAIS JUDITH E unz OCT À VIO A vocês, que além de nos doarem a vida, se entregaram inteiros e renunciaram aos seus sonhos para que, muitas vezes, pudéssemos realizar os nossos. Não há como achar palavras para agradecer- lhes nesta hora. AOS AVÓS PATERNOS, AMÉLIA E FERN~'IDO MONTENEGRO AOS AVÓS MATERNOS, OTTJLIA E NATAL BRUNETTI Não posso tê-los comigo neste momento, mas suas vidas e atitudes ajudaram a forjar um modelo, que perdurará por toda a minha existência. SAUDADES ETERNAS. Muitos que tiveram seu apoio em trabalhos como este, nesta página, exaltaram-no a seu modo: uns, citando sua abnegada e incansável ajuda, outros, a infindável paciência com os iniciantes. Muitos se intimidaram pela grandeza de seus conhecimentos, que o levaram a ser considerado em todo o continente americano. Todos citam sua vontade diuturna de trabalhar em Odontologia, bem como suas lutas árduas na vida Classista e Universitária. Mas nada se equipara ao sentimento que tive ao penetrar o seu círculo fàmiliar e poder compartilhar, além de um "Don Reynaldo Speciale11 , a sua imensa preocupação com meu presente e futuro, especialmente nos momentos de incerteza que passei Aí a persona odontológica que imaginei ter conhecido, transformou-se em um alguém ainda mais fascinante. Por tudo que consegui escrever aqui e de algo rpaior que seria impossível descrever com palavras, E com muita honra e reverência que tenho, como meu onipresente ORIENTADOR, REYNALDO TODESCAN I I I I I I AGRADECIMENTO ESPECIAL Um homem que tem de modo claro a maioria das virtudes pessoais e profissionais que um cirurgião dentista imaginaria, um dia, possuí-las reunidas para si. Seu exemplo de pulso forte e apoio irrestrito aos mais novos, bem como sua integridade universitária, tomaram-se objetivos comuns à maior parte dos que com ele conviveram desde o dificil início em São José dos Campos, passando pela A.P.C.D., FOUMC, Conselho Regional de Odontologia, UNlP (Objetivo ), Escola de Aperfeiçoamento Profissional e COAT (FOSJCarnpos). Um nome. Um profissional único. RUY FONSECA BRUNETTI AGRADECIMENTOS - Aos Profs. Drs. TETSUO SAlTO e MARIO UETI, responsáveis por minha iniciação em Prótese Fixa-Doutorado meu sentimento de muito ter aprendido, mas a total certeza que ainda existe muito a descobrir. - Aos Profs. Drs. ARTEMIO LUIZ ZANETTI e CARLOS GIL, pelo apoio e consideração durante os trabalhos referentes à Prótese Removível (Doutorado). - À Comissão de PÓS-GRADUAÇÃO da FOUSP que sugeriu importantes critérios para que o plano de pesquisa primordial fosse mais adequado cientificamente. - Aos Profs. Drs .. NICOLAU TORTAMANO, PASCOAL ARMONIA e o saudoso MARCIO MACHADO DE OLIVEIRA, que permitiram a confecção de um programa de Doutorado muito acima de minhas expectativas. - À Bibliotecária TELMA DE CARVALHO C AMARA, cujas detalhadas intervenções, ajudaram a tomar o trabalho mais em confonnidade com o padrão catalográfico da FOUSP. - Ao SETOR DE CURSOS DA FOUSP, cujas incansáveis funcionárias foram sempre solicitas durante todos esses anos de convívio. - Na parte de Informática deste trabalho, deve-se destacar a efetiva participação do jovem afilhado, CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO. Complementaram as correções posteriores os familiares de OSAMU KIMURA. - À Sr' EMÍLIA DE FRANCO (DATAFOLHA), Dr' LEDA MARCHESINI DE MENDONÇA e Sr' NEUSA MORGANTE pelos importantes subsidios nos aspectos de estatística, tabulação e pesquisa social incluídos neste trabalho. - À Sr' LUIZETE PACHECO E SILVA pela inestimável colaboração na parte de digitação e padronização quanto à impressão. Graças a sua atuação e colaboração a do Sr. RUY MATHEUS DOS SANTOS E EQUIPE na impressão a laser, copiagem e encadernação é que esse trabalho teve esta apresentação. - À Sr' IVONNE FEL! CE GONÇALVES pelo auxílio na revisão da escrita. -Aos Srs. ADHEMAR GODOY DE PENTEADO, CARLOS MONFATO e Srt' MARCIA URBAN pelo apoio operacional à realização deste trabalho. Eles, ao longo desses seis anos, representam muito bem a maioria dos valorosos funcionários da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas/Sede Central. - Aos COLEGAS de DOUTORADO bem como aos CON1EMPORÂNEOS DE MESTRADO, meu reconhecimento e regozijo ao dever cumprido pela maioria de nós. - Aos Srs. NICOLAU CURY e WALDIR ROMÃO, cujas opiniões sinceras, baseados em suas largas experiências laboratoriais e de vida, ajudaram a abrilhantar um pouco mais este modesto trabalho. -Aos FUNCIONÁRIOS de CLÍNICA, LABORATÓRIOS e DEPARTAMENTO das diversas Disciplinas de Prótese da FOUSP, o meu agradecimento profundo pelo rápido atendimento às demandas constantes nesses seis anos de convívio. - Às SECRETÁRIAS do DEPARTAMENTO de PRÓTESE da FOUSP pela incondicional resposta às solicitações surgidas nestes anos de troca de experiências. Todas (Miriarn, Mines, Marisa e Célia) tomaram simples as complexas solicitações de meus professores. Muito Obrigado, mesmo. -Ao Setor de Aperfeiçoamento_e Recursos Humanos do INAMPS, bem como aos colegas do PAM-CONSOLAÇAO, impossível denominá-los nestas poucas linhas, o agradecimento pela tolerância que tiveram neste período de realização dos Cursos de Pós-Graduação. - Ao CNPq, pela Bolsa de Estudos parcial durante a realização desta pesquisa. "O grande perigo para muitos educadores é de, no fogo da ação, esquecerem praticamente o fim supremo de sua atividade11 ABBÉ GASTON COUNTOIS, !942. SUMÁRIO L INTRODUÇÃO •••••••••• o ••••••••••••••••••••• 2. REVISTADA LITERATURA ••••••••••••••••••• o •• o • 3. PROPOSIÇÃO o t o' • o o o o o o o o o o • • • o • o o • o o o o o , , , o • o o • 4. MATERJAL E MÉTODO ••••••••• o •••••••••••••••••• 4.1 -Material 4.2- Método 5.RESULTADOS ••••••••••••••••••••••• o •• o ••••••• 6. DISCUSSÃO ••••••••••••••••••••••••••••••• o •••• 7. CONCLUSÕES ••••••• o o o ••••• o ••••••••••••••• o •• o 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ••••• o •••••••••••••• RESUMO·. ••••••••••••••••• o ••••••••••••• o •• o •• o • SUMMARY •• o •••••••••••••••••••••• o ••••••• o ••••• ANEXO ....................................... APÊNDICE •••• o •••••••••••••••• o • o •••••••••••••• Pág. 01 06 24 25 25 25 29 61 75 77 91 92 93 97 !.INTRODUÇÃO O estágio atual da Humanidade se caracteriza por grandes e súbitas evoluções em todos os campos do saber. O Homem começa a entender melhor os mistérios da natureza e de seu próprio Ser e, em função disso, assume novos posicionamentos e renova conceitos visando obter condições que tomem a vida mais longa e saudável, tanto tisica como mentalmente. A Odontologia também participa dessas evoluções: assistimos a uma revolução de conceitos e filosofias envolvidas no diagnóstico e na cura do Sistema Mastigatório* que abrange três grandes pontos: o conhecimento (baseado na investigação científica), a presetvação (de tudo que possa agredí-lo ou degradá- lo) e a reabilitação (visando a devolver-lhe um melhor funcionamento e maior longevidade). O trabalho protético não pode ser visto como o simples ato de preencher aleatoriamente espaços desdentados com aparelhos, sem conteúdo biológico integrado ao SM e que, ao serem instalados, criem iatrogenias que, dependendo do grau, podem ter conseqüências irreversíveis. O profissional responsável pela reabilitação do paciente deve possuir conhecimentos bastante abrangentes sobre o funcionamento do SM, para que possa criar condições que permitam ao cliente retomar ao estado de nonnalidade. • Daqut por dian~e es..'rito dessa forma ou pela abreviatura SM. 2 A restauração do Sistema Mastigatório, até o mms próximo possível de seu estado inicial, irá permitir uma trituração e assimilação dos diversos nutrientes necessários, contribuindo para obter-se melhor saúde corporal e bucal. Ao restaurar-se a função rnastigatória, todo o corpo irá beneficiar-se, já que há uma relação inseparável entre esta reabilitação, a saúde bucal e a prevenção de uma deterioração maior desse Sistema. Por causa da grande variedade de combinações entre dentes perdidos e remanescentes, dos numerosos tipos de trabalhos protéticos disponíveis e da diversificação das necessidades peculiares a cada paciente, a prótese adequada para restaurar a normalidade de uma boca pode ser muitas vezes um processo bastante complexo e que envolve, ainda, muitos aspectos como idade, estado de saúde, sexo, situação financeira, desejos e atitudes do paciente, isto somente para citar-se parte dos fatores envolvidos. Dentro das opções para a reabilitação de arcos parcialmente edentados pode-se ter próteses parciais fixas e próteses parciais removíveis* . Para MILLER & GRASso58 (1990) as primeiras seriam indicadas para pequenos espaços protéticos como recolocação de dentes anteriores, para contenções, para pacientes com dificuldade motora e até, em alguns casos, para indivíduos com distúrbios nervosos. Por outro lado, as PPRs seriam basicamente indicadas para espaços posteriores edêntulos, conhecidos como extremidades livres, MONTENEGRQ59 (1989), NAVARRQ62 (1988), TODESCAN86 (1960), para grandes espaços protéticos ou onde haja dentes suportes não adequados às próteses parciais fixas (caso de crianças e adolescentes), para se obter uma reciprocidade bilateral, para restaurações de contornos faciais, para fechamento de fissuras palatinas, para casos de grandes perdas ósseas, para prótese de estudo de casos mais complexos, para pacientes com pouco tempo de vida, para indivíduos • A partir daqui escntas dessa forma ou pela abreviatura PPRs (o singular - PPR - seguirá esse critério) 3 com perda de dimensão vertical, para pacientes diabéticos compensados e ainda para aqueles que tenham usado outros tipos de prótese e não se adaptaram a elas. Infelizmente, muitos pacientes não compreendem ou não apreciam a contribuição significativa que uma PPR pode trazer para a saúde bucal, para a eficiência mastigatória e para a sua comodidade/tranqüilidade. Talvez o aspecto mais critico esteja no fato de que muitos Cirurgiões-Dentistas* tampouco crêem nessas vantagens/caracteristicas das próteses parctats removíveis (NAVARRo62, 1988) Dentro dos diversos tipos de PPRs, é necessário compreender a diferença fundamental que existe entre a prótese que se apoia somente sobre os dentes suportes e as próteses de extremidades livres. No primeiro caso, a força é transmitida ao osso através do ligamento periodontal, agindo de modo semelhante às próteses parciais fixas. Já no segundo tipo, existem dois suportes distintos: os dentes e o ligamento periodontal quase imóveis (cerca de O, 1 mm) - MONTENEGR059 (!989), TODESCAN86 (1960), ZANETTI & LAGANÁIOO ( 1998) - e a :fibromucosa do rebordo residual, que pode sofrer um deslocamento entre 1,5 e 3,0 mm, para a mesma carga mastigatória recebida pelos dentes. É possível imaginar-se, então, que a problemática aumenta bastante quando existem duas áreas posteriores no mesmo maxilar e que, segundo HENDERSON & STEFFEL 42 (!979) pode acontecer em 72% dos casos de próteses parciais removíveis. Apesar do grande número de casos existentes a PPR não é tratada pelos CDs com a devida importância, que sequer seguem os princípios básicos de planejamento estabelecidos por ROACH70 em 1930 ou mesmo Bonwin74 1896, conforme evidenciou recente pesquisa efetuada por NAVARRo62 (1988) em trinta laboratórios comerciais da Grande São Paulo, ~Daqui por d1arne escrito dessa forma ou pela abreviatura CI)s; singular: CD 4 onde 59% dos casos eram de próteses parciais removíveis de extremidades livres bilaterais* . Esses dados coincidem com os obtidos por BARSBY & SCHWARZ9 (1979), na Inglaterra, que compararam laboratórios de próteses vizinhos a Faculdades de Odontologia. Notaram eles que os modelos lá existentes não possuíam as mesmas caracteristicas exibidas nos ensinamentos universitários. Comprovou-se assim que o que se ensinava aos alunos não era necessariamente transferido para seus consultórios depois de terem se graduado. Entre os maiores erros observados e que levam ao insucesso das PPRs temos: planejamEmto inadequado ou inexistente, ausência de preparo de boca - tanto geral como específico (preparos para apoios, planos guia, recontomeamentos dentais) à PPR - falta de retenção imlireta, não delineamento dos modelos, ausência de desenhos de orientação ou bilhetes explicativos aos laboratórios além de wna série de outros aspectos bastante críticos que podem levar uma PPR assim confeccionada a ser mais destrutiva que reabilitadora do Sistema Mastigatório (FRANTz37, 1975; QUJNN68, 1971; TODESCAN & ROMANELLI88, 1971; TODESCAN & VIEJRA89, 1972; ZANETTI & LAGANÁ 100, 1988). Diante do exposto, parece ser viável o interesse de se conhecer sob quais condições e como é ensinada a Disciplina de Prótese Parcial Removível no meio universitário do nosso Estado. Procurar-se-á, neste estudo, descobrir as possíveis causas de tão grave e estarrecedora situação no que se refere às citadas próteses, como já foi constatado por diversos autores não só no Brasil como em todo o mundo. Determinar as razões que geram destruições nos dentes e tecidos de suporte dos pacientes é uma das funções de um professor universitário • Daqui por diante escritas por extenso ou pela abreviatura PPRELBs: smgular: PPRELB. Também conhecidas como Classe I de Kennedy47 (l928). 5 consciente do seu papel preventivo na Odontologia e que não só da parte técnica pura sobrevive uma profissão mas é preciso observar se o existente no sustentáculo teórico de uma disciplina, com patentes conseqüências clínicas, está sendo realizado pelos profissionais.Procurar essas causas nos polos geradores de novos Cirurgiões-Dentistas parece uma preocupação bastante válida, e de cuja análise poderão até advir repercussões benéficas no trabalho em consultórios, laboratórios de prótese* e nas Faculdades de Odontologia. É o que se espera venha a acontecer em futuro não muito longíquo. • DaquJ por diante escrito dessa fonna ou simplesmente laboratórios; smgular: Jaboralório. 2. REVISTA DA LITERATURA A substituição de dentes perdidos através de próteses dentárias é um procedimento bastante antigo e, conforme FOUCHARD36 (1746), já era realizada, embora empiricamente, em indivíduos da aristocracia etrusca e até mesmo na antiga Grécia. através de uma ligadura para conter dentes com mobilidade. Foi o próprio FOUC1JARD36 (1746) quem indicou a construção de um "protótipo" de PPR. com braços de grampos associados ao marfim para que a "prótese" tivesse maior rigidez. característica esta que permanece até os dias de hoje. Em 1889, DRISCOLL31 já discorria sobre certos princípios que deveriam ter os grampos, particularmente em relação à retenção e reciprocidade e sobre o pape] dos apoios oclusais. Em que pesem 104 anos da descrição desses conceitos na literatura odontológica, ainda nos dias atuais eles são negligenciados ou pouco levados em consideração na maioria dos casos de próteses parciais removíveis. Conceitos preventivos de higiene bucal e dos aparelhos, através da realização de um desenho adequado dos componentes da estrutura metálica, já eram sugeridos há um século por PALMER64 (1893). Como se pode depreender, muitos dos conhecimentos que nos permitem a construção de uma PPR satisfatória já existiam desde os primórdios das Odontologia modema. Mas coube a BONWTI..L74 (1896), agrupá-los em uma 7 seqüência lógica, na forma de "leis", o que, segundo SAIZAR74 (1950) deu início à era científica da Prótese Parcial Removível. Também os materiais das PPRs foram estudados e, segundo CRAIG & PEYTON27 (1975), foi em 1907 que HAYNES introduziu o cromo- cobalto como liga fundível~ porém sua aplicação em Odontologia somente ocorreria a partir de I 932. Após grande difusão de seu uso pelo América do Norte, hoje ocupa a posição de liga mais usadas nas estruturas de PPRs no mundo também no Brasil*. ROACH71, em 1921, já alertava que o desenvolvimento da PPR nos últimos trinta anos não era o esperado - face aos enormes avanços da prótese fixa - mas julgava ser importante dar atenção à sua prática correta considerando que as estruturas metálicas naquele tempo, eram confeccionadas em ouro. No entanto, milhares de dentes se perdiam e tomava-se necessário que seus substitutos não levassem à destruição dos dentes remanescentes e dos tecidos de suporte. Por conta dessas preocupações, a melhora da PPR no campo científico deve em muito ser creditada a ROACH70 (1930), que estabeleceu princípios que perduram até os dias de hoje: a reciprocidade, a fixação, a estabilidade e o suporte, denominados "princípios biomecânicos de Roach" (ROACH71, 1930; NA V ARRo62, !988; SCHWARZ & BARSBY77, 1978). Convém assinalar, como resultado da pesquisa bibliográfica efetuada, a opinião de GIRARDQT38 (1941) sobre os grampos à barra ou por ação de ponta que, na classe odontológica, têm sua origem creditada a ROACH70 (1930); "Na verdade, tais grampos foram criados, em sua maior parte, por Henrichinson em 1914, fato pouco divulgado na época entre os profissionais. A F. Ewing Roach coube apenas a uniformização da terminologia, chegando ao conjunto TULIC que conhecemos nos dias de hoje. • CURY N. & ROMÃO, W .. , Coorurncaçàu Pessoal. São Paulo, 1993. 8 Durante a década de 30, diversos autores corroboraram os princípios de ROACH e BADCOCK8, em 1936, já salientava que as próteses de vulcanite deveriam ter grampos unidos à estrutura para se evitarem os efeitos deletérios sobre o periodonto de proteção e suporte dos dentes remanescentes. Enquanto isso, WILLs99 (1938) apresentava as bases sobre o uso de delineadores e eixo (ou trajetória) de inserção, braços de oposição, apoios oclusais entre outros pontos. Em 1940, ELLIOTT32 reconhece ser o planejamento um passo de obrigação exclusiva do Cirurgião-Dentista, fàce às implicações biológicas dos casos e propõe um método simplificado para que os profissionais possam realizar essa tarefa rápida e adequadamente. MONTENEGRo59 (1989) informa que, no período compreendido entre 1941 e 1951, muitas soluções foram apresentadas para conter ou minimizar a reabsorção óssea que ocorre sob as selas das extremidades livres, tais como: diminuição da mesa oclusal dos dentes artificiais, extensão da sela pela maior área possível, selas articuladas, uso de rompe-forças, distribuição correta dos apoios, moldagem especializada da área desdentada até a diminuição do período de uso das próteses de Classe I de Kennedy. Muitos desses critérios continuam válidos até os nossos dias, mas o rompe-forças e as selas articuladas foram posteriormente condenadas, como afirma TODESCAN87 (1965). Talvez uma das pesquisas de opínião mais antigas sobre as PPRs, seja a realizada no ano de 1952 por ANDERSON & LAMMJE4, com 1947 pacientes íniciais e 507 respostas recebidas de um questionário enviado por correio e com 274 casos analisados clinicamente. Desse total 42,5% eram pacientes de Classe I de Kennedy inferiores, o que já denotava o grande número de casos clínicos desse tipo de prática odontológica. 9 KA YREs46 ( 1956) pontifica a necessidade do conhecimento sobre a biomecânica das PPRELB para diminuir a ação das cargas oclusais nas regiões das selas. Comprovou, em laboratório, que a mesa oclusal estreitada nos dentes artificiais reduz a força aplicada sobre a fibromucosa e rebordos residuais. A importância da compensação das movimentações laterais que sofrem as selas em uma prótese de extremidade livre, bem como no uso de conectores maiores rígidos, são aspectos ressaltados por WEINBERG95 em 1956. No ano de 1959, ANDERSON & BATES3, em nova pesquisa com 461 pacientes, observaram que as próteses de Classe I de Kennedy eram as menos usadas pelos pacíentes com o passar dos anos, pois verificaram que o grau de falta de adaptação das selas (em função da reabsorção óssea ocorrida) impedia seu uso de uma forma cômoda. Aconselham controles periódicos e moldagens adequadas dessas regiões no que são apoiados por TODESCAN86 (1960) e CARLSSON e colab20 (1965). Em 1960 APPLEGATE5, chega a propor que a prótese de Classe I tenha suas áreas de mucosa exercitadas por massagens antes da moldagem definitiva, visando a criar um osso mais consistente para o suporte adequado das selas (bases). No ano seguinte (1961), autores como CARLSSON e co]ab22 e TOMLIN & OSBORNE90 observaram, após controles nos pacientes que haviam recebido PPRs anteriormente (entre 01 e 5 anos atrás), que os problemas apresentados eram o planejamento inadequado nos casos de extremidades livres, falta de moldagem adequada e ausência de reembasamentos periódicos, fatores estes que levariam à inflamação gengival, mobilidade e até perda dos dentes suportes. A qualidade das próteses removíveis, realizadas nos laboratórios de prótese, também se tornou a preocupação de diversos autores, como por 10 exemplo. McCRACKEN55 (1962) que, após enviar modelos de um mesmo caso de Classe I para vinte e oito laboratórios diferentes, obteve o triste dado de que a maioria dos planejamentos eram lesivos e biologicamente inadequados, o que o fez contra-indicar o desenho dos casos pelos protéticos, especialmente naqueles de PPRELBs. Em 1963 KRATOCHVIL 49, tendo estudado diversos casos de extremidades livres nos últimos anos, apresentou o grampo RPI*, no qual o apoio mesial seria uma solução adequada para os complexos casos de Classe I inferior, desde que corretamente indicado. A preOcupação com o ensino da PPR é primeiramente relatadaem 1964 por FISH35 que ponderou não ser possível ensinar nas Escolas a construção de estruturas metálicas para PPR, pois na prática diária o que se observa é um número bastante elevado de próteses em acrílico, cujo dano aos tecidos ultrapassa em muito a vantagem financeira obtida. Acrescenta que esse dilema educacional, ocorrido na Inglaterra, deve ser resolvido o mais rapidamente possível para melhor servir aos pacientes com nossos trabalhos. Em 1964, KYDD e colab. 51 observaram que a carga incidente sobre as selas das PPRELB durante a mastigação era de 57 kg/segundo/dia enquanto as forças de deglutição eram de 122 kglsegldia e por isso aconselhavam que no planejamento e nos acertos oclusais esses fatores fossem levados em consideração. O hábito de envtar instruções para os laboratórios, com informações clínicas e técnicas precisas, é uma grande preocupação de HENDERSON41 (1966), e serve ainda como sustentação moral e judicial reforçando o papel intransferível de planejador de seus casos de PPR que cabe ao Cirurgião-Dentista. * RJ>I significa: REST tapoio), PI..ATE (pii!Cil proximal) e I·BAR (grampo em T) 11 A moldagem pela técnica de modelo alterado (HENDERSON & STEFFEL 42, 1979) é uma boa solução clínica para os casos de Classe I, conforme LEUPOLD53 (1966), por propiciar uma melhor adptação das selas à fibromucosa, particularmente nos casos inferiores. POTTER67 (1967) critica a negligência dos CDs no planejamento de seus casos e afirma que só o profissional tem esta responsabilidade por conhecer a atuação dos diversos componentes das PPR sobre os tecidos vivos e também sobre o periodontal, o que é corroborado também por WAERHAUG92 (1968). ATKINSON & ELLIOT6 (1969) observaram que numa população de dez CDs fonnados há um ano nos Estados Unidos da América do Nane e oriundos de dez diferentes escolas (eles receberam quatro modelos e cerca de trinta itens para análise), que a maioria dos consultados não forneceu instruções adequadas ao técnico de laboratório e que a média de aceno no planejamento dos casos foi de 61,6%. Observaram os autores que, mesmo considerando o fato de serem recém-fonnados, é necessário um aumento na carga horária de Prótese Parcial Removível para um ensino apurado de planejamento. O uso de fórmulas matemáticas para o planejamento dos casos, somando-se ainda os aspectos biológicos de cada situação é o que apresenta AUGSBURGER7 (1969), como possível solução deste crucial problema. BOWMAN15 (1970) comparou duas pesquisas sobre o ensino de PPR: a primeira realizada em 1964 e a segunda, em 1969. Observou que houve redução na carga horária da pane teórica e incremento na pane laboratorial (inclusive no uso de delineadores), por meio de um questionário com vinte e um quesitos enviados para quarenta e três escolas dos Estados Unidos da América do Norte. 12 A indicação de apmos mesiais nas PPRELBs proposta por diversos autores anteriores a DERRY & BERTRAN29 (1970), é um aspecto muito importante realçado na pesquisa que estes fizeram por dois anos com quarenta e quatro casos clínicos, realizada no Royal Dental College, em Arhus, Dinamarca. SYKORA & CAL!KKOCAOGLU82 (1970) também concordam com outros autores que delegar a construção das PPRs aos técnicos de laboratório pode ser uma atitude perigosa, já que em sua pesquisa, que compreendeu o envio de modelos idênticos para vinte e cinco laboratórios, puderam observar que as diferenças no planejamento eram gritantes, face ao desconhecimento de fatores biológicos por parte dos técnicos e que são de inteira competência dos CDs. As conclusões a que chegaram são corroboradas por TODESCAN & ROMANELLI88 (1971) e TODESCAN & VIEIRA89 (1972), havendo tido estes últimos, confirmação em laboratórios de São Paulo e publicado artigo de grande repercussão em diversos países da América Latina. QUINN68(1971) analisando diversos aspectos sobre o curso de PPR (Graduação), considera que a pane laboratorial não simula bem as situações clínicas que podem ocorrer, já que próprio aluno, até aquele momento, não possui embasamento em Endodontía, Periodontia e Oclusão, que poderiam complementar o planejamento de fonna mais abrangente. O autor afirma que pelo menos dez casos "clínicos" devem ser efetuados em laboratório antes de o aluno se dirigir às atividades ambulatoriais. Em pesquisa realizada junto a quinhentos laboratórios de prótese da Inglaterra, MURPHY & HUGGETT60 (1972) observaram, por meio de um questionário com vinte e duas perguntas enviado pelo correio, que, em mais de 90% dos casos, os técnicos é que fizeram o planejamento, havendo a participação 13 exclusiva dos CDs em apenas 3% dos modelos recebidos para construção de estruturas metálicas. Em 1973, GOODKJND39 afirma que a colocação de apmos mesiais e confecção de planos-guia em casos Classe I de Kennedy são fatores que levam à mobilidade dos dentes supones, fatos estes não só contestados por KROLLSO, como pela maioria dos autores consultados nesta revisão bibliográfica. Essa referência teve por fim mostrar o quão complexa pode ser a questão de planejamento de um caso clínico. 0WALL63 (1974), considerando que o ensmo dos técnicos é também importante, realizou um programa de treinamento com fotos e desenhos, além de suporte teórico básico. Pôde observar com isso que houve um ganho na qualidade de planejamento de 4 ?O/o entre os técnicos, mas, mesmo assim, afirma que a responsabilidade deve ser sempre do profissional, pois muitos são os aspectos biológicos envolvidos e que só o Cirurgião-Dentista pode ter uma visão mais global do planejamento. VJEIRA91 (1974) sugere que a carga horária da atividade laboratorial seja diminuída em troca de um aumento das horas clínicas de PPR. Na maioria das Faculdades brasileiras correspondem a 9.65% do currículo total, quando o ideal seria um curso com 14,52% do tempo dedicado à Prótese Parcial Removível clínica. FRANTz37 ( 1975) observou, em pesquisa realizada entre cinqüenta e sete CDs com o mesmo caso clínico, profundas diferenças em seus planejamentos. Por isso aconselha, entre outros pontos, que se deva aumentar o tempo de aprendizado da PPR nos cursos de Graduação, a fim de que as discrepâncias que observou, possam ser sanadas e assim evitados danos aos pacientes. 14 A importância de uma PPR adequada para a saúde bucal pode ser avaliada no trabalho de WEINTRAUB & GOY AL97 (I 976) que a consideraram medida primordial de prevenção terciária, já que deve respeitar os tecidos de suporte e restaurar a função, além de exigir ajustes e controles periódicos, durante os quais poderão ser observados os dentes remanescentes e estruturas circunvizinhas. Dois trabalhos clínicos com PPRs, publicados em 1977, são úteis para mostrar o papel exercido pelos casos de Classe I na cavidade oral. No primeiro, SCHW ALM e colab.76 observaram, entre 64,2% de casos de Classe 1 inferior, um aumento na quantidade de placa bacteriana e aparecimento de inflamação marginal de média intensidade ao redor dos dentes suportes e outros elementos dentários componentes da estrutura metálica. BRILL e colab.l 7 (1977) afirmam que as PPRs alteram a situação ecológica previamente existente, denotando a importância da higienização bucal, e que o acúmulo de alimentos pode ser diminuído com um desenho mais simplificado da estrutura metálica, com menor número de retentores, além do uso de bochechos e aplicações de flúor. Parte dessas conclusões haviam sido relatadas há 100 anos por PALMER64 (1893). BASKER & DA VENPORT lO (1978) consideram muito critico o método de comunicação entre o CD e o protético conforme pesquisa que realizaram na Inglaterra. na qual 31,8% dos casos eram de PPRELB: 54% dos CDs não enviaram qualquer informação aos técnicos, enquanto somente 21% o faziam de modo claro. Reforçam também o ponto de que ao CD compete o planejamento, calcado emseu conhecimento biológico. Afirmam que deve ser melhorado o nível de ensino de Graduação sobre esse tema e sugerem que o CD e seu técnico freqüentem periodicamente cursos em conjunto para reciclagem e troca de experiências. 15 SCHWARZ & BARSBY77 ( 1978), analisando 1858 modelos de catorze diferentes laboratórios, observaram que somente 36% dos CDs enviaram instruções escritas e que apenas 4,8% dos modelos possuíam preparações de apoios. Consideram que o CD é o único responsável por suas próteses e por isso alertam toda a Classe para se preocupar mais com o planejamento dos casos de PPR Uma outra pesquisa feita sobre o ensino de PPR em dezessete Faculdades do Reino Unido, por BARSBY & SCHW ARZ9 (1979), apresentou resultados totalmente opostos aos observados com CDs e laboratórios, pois 90 a 99% das escolas propõem que sejam dadas instruções escritas para os técnicos , que todas usam bons livros-texto para o ensino e que nove escolas indicam modelos de estudo montados em ASA*. Catorze delineiam seus modelos de estudo, enquanto a maioria absoluta das escolas delineiam os modelos de trabalho. Do mesmo modo, todas ensinam a preparação para apoios. Onze aplicam os conceitos de planos-guia, enquanto quinze escolas, os de recontorneamentos dentais. Quanto ao planejamento inicial, cerca de treze escolas o indicam antes do envio dos modelos de laboratório. Os casos de PPRELB são tratados de modo diferenciado por oito escolas, mas em todas, esse tipo de prótese tem um ensino bastante específico em nível de Graduação. Analisando durante vinte anos cerca de 1050 CDs no Reino Unido, SCHWARZ & BARSBY78 (1980) observaram que 76,2% desses profissionais responderam que muito do que é ensinado nas Faculdades sobre PPR não é levado para sua prática diária, pois sequer usam modelos de estudo (a maioria) e só raramente são feitas preparações para apoio. Também, o tempo que gastam com seus casos de PPR é de até 01 hora (44,9% dos CDs), de 01 a 2 horas (48,7%) e de 2 a 3 horas (4,9%) incluindo toda a fase clínica de construção dessas • ASA é a abreviatura de Articulador Sarni-Ajustável 16 próteses. Os autores afirmam que há grande disparidade entre o que é ensinado nas Escolas e o que é aplicado, de fato, nos consultórios sobre as PPRs. BUDTZ-JORGENSEN18 (1981) observa a preseoça de estomatites e quelites angulares de origem iatrogênica, a ocorrência de perda de dimensão vertical, a falta de adaptação das selas e a cobertura da saída de glândulas salivares em diversos pacientes portadores de próteses parciais removíveis. Apesar da importância do planejamento ser citada desde o século passado, somente em 1982 é que a ACADEMIA DE PRÓTESE DENTÁRIA I dos Estados Unidos da América do Norte tomou essa providência, junto com mais outros 47 princípios que englobam toda a Prótese Parcial Removível, obrigatória para o clínico geral (e não só para especialistas) visando dar ao paciente o melhor tratamento possível. Em 1983, COT1MORE e colab26 pesquisaram CDs formados nos anos 60 e os graduados na década de 70 (com diferença média de 7 anos entre os grupos). Obsetvaram que os CDs são treinados inadequadamente nas Faculdades, que a qualidade da PPR realizada é influenciada por razões financeiras; que 48% dos CDs não delineiam seus modelos e que 39% não desenham nem indicam a estrutura metálica de seus casos clínicos para os técnicos de prótese. Para WATT & MacGREGQR94 (1984) o planejamento da PPR tem caracteristicas bastante individuais e cada CD pode ter idéias diferentes para solução de um mesmo caso clínico. Salientam que todos deveriam seguir os conceitos teóricos que regem o planejamento, mas que os estudantes devem ser ensinados a confrontar os diversos aspectos que estão envolvidos. Para que isso aconteça, maior tempo clínico e laboratorial deve ser destinado ao ensino das PPRs visando a melhor treinar os futuros profissionais. 17 Em 1985, LECHNER52 realizou um estudo com 167 pacientes que receberam PPR na Faculdade de Odontologia de Sidney (Austrália). Observou que, após 2 anos de uso, 81% das próteses ainda tinham boa adaptação e reafirmam a necessidade de se criar um programa de controle dos casos clínicos, particularmente nos de Classe I inferiores. Procurava confirmar, com essa medida, a necessidade de ou não de reembasamentos, o que é corroborado por WE!NfRAUB96 (1985); este ainda afirma que a PPR é uma modalidade de tratamento que deve contribuir para a Odontologia preventiva e conservadora. Por isso o controle apurado e constantes dos casos toma-se necessário na prática de bons profissionais. PEZZOLI e colab66 (1986) observaram, através de diversos tipos de estudos com a técnica de fotoelasticidade em PPRELB, que os apoios mesiais propiciam melhor distribuição de carga mastigatória do que os apoios distais. Também a retenção indireta participa ativamente na dissipação das forças incidentes sobre as extremidades livres, no que são corroborados por FEINGOLD e colab.33 (1986), que ainda fazem ponderações sobre a importância dos planos- guia na face distal dos dentes suportes, baseados nos estudos fotogramétricos que realizaram. KATSEV45 (1987) reitera que o CD deve estar bem ernbasado para o pianejamento de casos de PPRELB, para que essas próteses possam assím cumprir sua função primordial, a de preservação das estruturas bucais. NA v ARRo62 ( 1988), após pesquisa realizada em 30 laboratórios de prótese da Grande São Paulo, onde 884 modelos com PPRs foram analisados (dos quais 59% eram de Classe I), concluiu que não houveram progressos significativos no campo da PPR no Brasil nos últimos 16 anos33 (TODESCAN & VIEJRA89, 1972); que a negligência dos CDs com relação ao planejamento dos casos é quase absoluta; que somente 6,2% dos casos tiveram um 18 modelo classificado como adequado; que apenas 4, 7% dos profissionais fizeram preparações para apoios nos dentes suportes e que cerca de 99,1% dos modelos não apresentaram sinais de confecção de planos-guia, recontomeamentos, providências consideradas indispensáveis para o sucesso dos casos de PPR. O autor enfatiza ainda a necessidade de os técnicos de prótese freqüentarem mais cursos de atualização bem como a de uma reformulação do ensino universitário com maior carga horária para o ensino das PPRs. Para ZANETTI & LAGANÁ!OO (1988), o planejamento deve ser considerado a espinha dorsal da PPR porque é a partir dele que serão traçadas as diretrizes dos procedimentos clínicos e laboratoriais indispensáveis para próteses que funcionem adequadamente, levando o SM à normalidade. Ressaltam também, que o CD que se propõe a realizar uma PPR deve ter profundos conhecimentos sobre todas as especialidades clínicas e mesmo as básicas, para poder realizar o planejamento mais indicado. BASKER e colabll (1988), em uma pesqwsa sobre 330 modelos de PPRs, realizadas em laboratórios da Inglaterra, observaram muitos aspectos importantes: somente O, 7% dos CDs fizeram o planejamento dos casos e 75,6% dos trabalhos tiveram apenas a atuação dos técnicos em prótese; 37% dos casos eram de Classe I inferior e destes 44% tinham apoios mesiais, 33% possuíam apoios distais e 23% não apresentavam qualquer preparação para apoio. Também cerca de 68% dos grampos indicados eram circunferenciais. Apesar dos números obtidos, consideram ter havido melhora da situação do planejamento das PPRs com relação à sua pesquisa de I O anos atrás, mesmo quando verificaram que 60% dos CDs não enviaram instruções específicas para os técnicos de laboratório. Tendo em vista a complexidade de fatores mecânicos e biológicos envolvidos no planejamento dos casos de PPR, BEAUMONT13 (1989) idealizou um programa de computador que indicasse as diversas opções para cerca 19 de I 60 situações clínicas mais comuns, embora concordasse ser esse um pequeno passo para um total de 65.534 combinações de casospossíveis de existirem em um único arco (HENDERSON & STEFFEL 42 1979). Me KINSTRY e co1ab56 (1989} analisaram a influência da experiência clínica sobre a capacidade de alunos de Graduação poderem planejar melhor suas PPRs. Concluíram que, após um ano de atividade clínica, esses alunos demonstram maior destreza quanto a diversos aspectos do desenho da PPR o que reforçou a idéia de que o planejamento deve sempre enfocar a realidade clínica. Lamentaram o fato de que nos Estados Unidos da América do Norte tivesse havido uma redução nas horas de ensino de PPR nos cursos de Graduação, o que, segundo os autores, fatalmente levará mais casos a serem resolvidos pelo técnico de prótese e não por um CD capacitado científica e tecnicamente. MILLER & GRASso58 (1990) reforçam mais uma vez o importante papel de um ensino universitário detalhado sobre o planejamento das PPRELBs que. segundo os autores, são os casos mais críticos de serem resolvidos favoravelmente pelos clínicos gerais. Para WALTER93 (1990) o p1anejarnento é uma decisão clínica e extensão lógica dos exames orais e dos modelos de estudo, envolvendo noções com as quais os técnicos de laboratório não estão familiarizados, pois trabalham sobre modelos de gesso, não podendo, dessa fonna, levar em consideração o deslocamento da mucosa que é, como se sabe, de quatro a vinte vezes maior que o dos dentes suportes para uma mesma carga mastigatória. Alerta também, para o fato de que o CD precisa despender mais tempo no planejamento dos casos, uma vez que a experiência clínica, somada a um aprendizado constante em cursos, írá contribuir muito para seu desenvolvimento. Reitera que os princípios biomecânicos estabelecidos por ROACH70 em 1930, são fundamentais e servem para orientar os CDs que se preocupam em realizar PPRs mais adequadas para seus pacientes. 20 WICKS & PENNELL98 (I 990) apresentaram um programa de computador tipo CAD-CAM* de grande auxílio no planejamento dos casos, em laboratórios de próteses dos Estados Unidos da América do Norte, Canadá e da Inglater:ra. O programa não é abrangente para a totalidade dos casos, nem dispensa a participação de um CD na análise dos aspectos biológicos envolvidos. JOURDA44 (1991) que também faz uso de computadores para facilitar o planejamento, dirigiu seu trabalho para os conectores maiores, realizando estudos tridimensionais das cargas aplicadas. que permitiu a indicação de conectores maiores mais adequados para as situações compreendidas no programa utilizado. A comunicação entre os técnicos de prótese e os CDs pode ser melhorada pelo uso de computadores on-line, conforme afinnam ROGERS & HAWKJNs73 (1991), cujos programas facilitam o aprendizado cientifico e o diálogo com protesistas, ortodontistas e implantodontistas, agilizando a confecção e entrega dos trabalhos enviados. Ainda em 1991, TEDESco84 afirmava que o objetivo científico dos professores devia ser feito em conjunto com uma extensa reforma cunicular, procurando a integração das ciências básicas com as clínicas para poder formar Cirurgiões-Dentistas competentes, com rigorosa formação científica que os habilitasse a serem "solucionadores de problemas clínicosn. CURY** (1992) afirma que em seu laboratório (mesmo julgando como bom o nível o atual das Faculdades brasileiras) não mais de 5% dos modelos para construção de estruturas metálicas de PPR são acompanhados de instruções escritas esclarecedoras ou que possam dar ao menos a idéia do planejamento pretendido (e dentro destes 5% de bons casos muito são de professores • Os programas de compu~ gráfica CAD-CAM em Odontologia são variações daqueles existentes na indústria amomotiva, aeroespacial e/ou outras, com a criação da planta expandida dos componentes da estrutura metálica da PPR e o ensaio, de como llgJriam sob uma mesma. carga mastigatória ** CURY N_ Comunicação Pessoal. São Paulo, 1992. 21 universitários/especialistas). Pondera que nos últimos quinze anos não observou mudanças expressivas nesse ponto, pois considera essa orientação importante para os casos de próteses parciais removíveis. A obtenção de informações de cadeiras pré-clínicas e básicas e sua posterior aplicação nos casos clínicos parece ser um problema de todas as áreas odontológicas, afirmam COHEN & FQRD25 (1992). Sua solução parece estar em uma reforma curricular que vise criar profissionais com raciocínio rápido e bem fundamentado, independentemente do fato de novos recursos educacionais (vídeos, vídeo-discos, programas de computadores) estarem disponíveis a cada ano letivo. Mesmo nos dias atuais, pesquisas como a de MUR TOMAA e colab.61 (1992) nos mostram que a necessidade de se controlarem as PPRs clinicamente é cada vez maior pois observam que mais de 80% dos pacientes as higienizam apenas uma vez por dia. Para solucionar esses problemas sugerem que os grupos de ensino preventivo que atuarn junto a comunidade também se preocupem com essas constatações clínicas, devendo as Faculdades de Odontologia passarem a adequar seus ensinamentos para suprir essa importante lacuna preventiva social. Apesar de ser um fato de domínio da Classe Odontológica há muitos anos, a pesquisa de PALMQUNST e colab.65 (1992) mostrou claramente que numa população de 3000 habitantes de uma cidade da Suécia, os usuários de PPR são os indivíduos mais idosos, de menor renda e menor nível educacional, o que acontece também no que se refere ao aspecto preventivo odontológico. As análises apresentadas pelos autores se baseiam em dados muito específicos incluindo o pagamento de impostos municipais e a renda de cada habitante. 22 MOJ\'TENEGRO e colab.* (1993) em pesquisa realizada junto a cirurgiões-dentistas presentes no XV Congresso Paulista de Odontologia, divididos pelas regiões sul e sudeste do Brasil, puderam observar que a maioria dos entrevistados desconhece conceitos básicos de PPR, inclusive nomes/formas de grampos, independentemente do ano de formatura. Nos formados há mais de 20 anos, isso é ainda mais critico, o que dá um certo alento ao meio universitário nos últimos anos, já que ROMÃO** (1993) afuma que entre os pouquíssimos casos que recebe com planejamento inicial, e com preparações para apoio reconhece, entre os modelos adequados, aqueles de CDs geralmente ligados às Disciplinas de Prótese Parcial RemovíveL Finalmente, nunca é demais alertar que tais preocupações sobre a qualidade do trabalho de PPR deverão ser base para os sistemas de seguro profissional já existentes na Suécia, nos Estados Unidos da América do Norte, dentre outros países do mundo, conforme afirmam CROSNTRÕN e colab_28 (1992). Neles há a garantia e o respectivo seguro quanto ã má-prática dos CDs e dos técnicos de laboratórios de prótese, contra os quais os pacientes podem recorrer tanto pela via govemarnentaJ (com implicação dos Conselhos de Odontologia) como por advogados. Para se precaver contra ambos, o profissional dispende grandes quantias de dinheiro por ano, para pagar as companhias seguradores, bem como ainda passa por exames regulares e se recicla, obrigatoriamente, em profundidade. Por esse motivo é tempo de se fazer uma avaliação quanto ao que ocorre em nosso país e nos prepararmos para um futuro diferente, não permitindo que as companhias de seguro tirem proveito econômico dessa situação. Por isso nós - professores universitários - devemos nos auto- *MONTENEGRO F.LB.; TOOESCA."N", R.; TODESCAN SOBRINHO, A; OUVElRA JR. W.T.; MONTENEGRO, M.B. Uma pesqmsa sobre a prótese parcial removível entre Clnlfgiôe&-dentistas das regiões sul e sudeste do Bra.~il, em fase de redação fmal, São Paulo, 1993. **ROMÃO W. Comunicação Pessoal. São Paulo, 1993. 23 analisar para abordar também aspectos comerciais, juridicos e éticos em nosso convívio diário com os alunos de Graduação e Pós-Graduação. 3. PROPOSIÇÃO Após o levantamento bibliográfico, e porexistirem ainda dúvidas a respeito do Ensino da Prótese Parcial Removível em nosso meio, propusemo-nos a realizar uma pesquisa sobre o tipo e as características de como é ministrada nos cursos de Graduação, tanto em Universidades Públicas quanto em Universidades e Faculdades de Odontologia Particulares do Estado de São Paulo. 4. MATERIAL E MÉTODO A presente pesquisa envolveu, basicamente, uma consulta junto às Disciplinas de Prótese Parcial Removível em Universidades Públicas e Particulares, bem como em Faculdades de Odontologia Particulares do Estado de São Paulo, para uma avaliação do Ensino com o objetivo de encontrar as possíveis causas dos grandes problemas clínicos observados nos portadores de próteses parciais removíveis. 4.1 -Material 4.2- Método a. Cartas explicativas/introdutórias às Instituições de Ensino. b. Questionário sobre características gerais do ensino e resolução de um caso clínico-padrão proposto. c. Envelopes pré-endereçados e selados para retomo dos questionários. d. Softwares - Harvard Graphics e Word Star. Partindo da premissa de que a situação do ensino da PPR no Brasil é pouco divulgada, especialmente nos diversos aspectos didáticos, pareceu- nos, a exemplo do trabalho realizado por BARSBY & SCHWARZ9 (1979) no Reino Unido, ser coerente traçar iguais parâmetros para o estudo de nossa 26 realidade. Mesmo considerando como de alto nível o ensino de PPR em grande parte das Faculdades Paulistas, o trabalho proposto envolve limitações várias. Assim a entrevista pessoal com os responsáveis pelas Disciplinas de cada Faculdade, seria bastante complexa face às grandes distâncias de nosso Estado, em que pesem as grandes vantagens de um contato direto com os entrevistados. Por outro lado, a tabulação dos dados ficaria dificultada já que a diversidade de opiniões nos obrigaria a retomar à presença de entrevistados anteriores para conhecer seu pensamento sobre a análise de outros, o que tornaria o trabalho um provável ir e vir, com resultados a longo prazo, além de exigir um altíssimo gasto financeiro. Dessa forma, face aos problemas da entrevista, optamos pelo questionário que, por apresentar geralmente perguntas fechadas - com respostas definídas - facilita o processo de tabulação e estudo percentual posterior. Além dessa importante característica. tem fácil aplicação pms não é necessária a calibração de entrevistadores. Seu custo é relativamente baixo, comparando-o com os dispendiosos e demorados deslocamentos que as entrevistas extgmam. Com base na experiência de diversos pesquisadores, pudemos concluir que o envio do questionário sem envelope de retorno e até mesmo sem o selo postal dificulta bastante sua devolução. Também o envio de uma carta de apresentação - estabelecendo os objetivos da pesquisa aos respondentes - realça a importância que cada resposta terá da conjuntura a ser estudada. De antemão considera-se a necessidade de solicitar o retomo de algumas respostas por telefone e/ou novas canas, já que a estrutura burocrática de algumas escolas poderia provocar o atraso na entrega ou até mesmo perda dos questionários. Isso sem contar, infelizmente, com a esperada apatia de algumas 27 Faculdades e sua resistência inexplicável a pesquisas com vlstas a uma análise da situação brasileira. Para um correto endereçamento obteve-se, junto à Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas e Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, listagem das vinte e duas Faculdades de Odontologia de nosso Estado*, que foram contactadas previamente por telefone para confirmação de endereços e do responsável pelo curso de Graduação de Prótese Parcíal Removível de cada unidade. Essa medida teve por finalidade evitar retornos por endereçamento errado e obter referências precisas do responsável que deveria responder o questionário, incluindo o acesso por telefone. Objetivando conseguir um perfil, o mais verdadeiro possível do Ensino universitário de PPR, foi formulado um questionário com cerca de vinte questões que abrange ainda: estudo da carga horária, corpo docente, bibliografia fornecida aos alunos, critérios do ensino de planejamento dos casos de PPRs, impressões (resposta aberta) dos docentes sobre a situação atual da PPR e a discussão de um caso padrão de PPRELB. Com isso poder-se-ia estudar as variações no ensino de cada Faculdade e confrontar as respostas - por grupos - com a bibliografia utilizada no trabalho. O número de perguntas enviado (vinte) está condizente com outros trabalhos semelhantes, como os de LEVIN & SAVER55 (1969), SCHWARZ & BARSBy78 (1980), MURPHY & HUGGETT60 (1972), BOWMAN15 (1970) e BARSBY & SCHWARZ9 (1979) nos quais elas oscilavam de quinze a trinta e duas, mas sempre concentradas, ora nos aspectos didáticos, ou muitas vezes nos casos clínicos, mas nunca abordando ambos os aspectos, como no questionário do presente trabalho. • As esoolas .-eOOm-inauguradas de Bauru e Guarulhos, não receberam questionários_ pois as Disciplinas de Próli:se Parcial Removível nio baVIam ainda se iniciado quando do envio dos questionários. 28 A . .escolha de um caso clínico de Classe I* se baseou nos seguintes aspectos: I. por serem os casos mais complexos na prática diária, pela diversidade entre o suporte mucoso e o dental; 2. por serem os casos mais estudados na maioria dos trabalhos consultados, sejam aqueles de análises clínicas ou desempenho laboratorial e até mesmo de planejamentos comparados; 3. por serem os casos clínicos mrus comuns na prática diária (oscilando a participação no total de casos da PPR de 72% (HENDERSON & STEFFEL 42 1979) a 90% (LEC1fNER52 1985). Pela objetividade das perguntas pode-se criar parâmetros para a tabulação de dados, codificação em folha apropriada para a elaboração de um banco de dados e sua posterior análise interativa em um microcomputador, o que ajudará na confecção de quadros de apresentação dos resultados, basicamente por porcentagem , perante o total de respostas recebidas. Da confrontação entre os dados encontrados procurar-se-á obter conclusões que elucidem ou procurem dar caminhos/explicações das causas que levam, conforme atestam diversos trabalhos apresentados nos últimos vinte anos, a tantas críticas às PPRs instaladas nas bocas dos pacientes ou em modelos analisados nos laboratórios de prótese. O modelo de questionário enviado às Faculdades de Odontologia do Estado de São Paulo se encontra no item Anexo (ao final do trabalho). Observação: Compuseram o univerro considerado na pesquisa (no momemo de envio dos quesúonários): I. Universidades Estaduais: USP(Capital, USP(Bauru),USP(Ribeirão Preto), UNESP(São Joaé dos Campo), llNESP(Araçatu.ba), UNESP( Araraquara) e UNICAMP{Piracicaba) 2. Universidades particulares: UNICAMP(Taubaté), UMC{Mogí das (.'urzes), USI'(Bragança Paulista), PUCC{Campinas, UCCI3(l.taquera.), USCI3(Santos), UNIP(Objetivo) 3. &colu Particulares: OSEC(Santo Amaro), Barreto&, Marli ia, Presidente Predent:e, F.l...ona I .....te, Lins, Araras, Metodista *Desenhos bâsicos illiciais do DI". Paulo Mutarelli, postenormente modificados pelo Dr. Reynaldo Todescan, Dr. l'emando Moruenegro e Dr' Mirella Montenegro. 5. RESULTADOS As tabulações dos dados encontrados nos questionários são apresentados, a seguir, por quadros computadorizados realizados com o software "HARVARD GRAPIDCS" com letreiros originários de programa "WORD ST AR", os quais, posteriormente, foram reduzidos em máquina copiadora XEROX6015. Para o enVJo dos questionários procurou-se observar se as entregas pessoais seriam mais efetivas que as correspondências encamínhadas pelo correio. Ambos os envelopes eram semelhantes, mas imaginou-se, inicialmente, que a entrega pessoal ao responsável pela Disciplina de Prótese Parcial Removível poderia diminuir o prazo de resposta e os costumeiros índices de perda ou extravio em pesquisasdesse tipo. Também a tabulação dos dados com a divisão entre as diversas Instituições de Ensino (Universidades Estaduais*, Universidades Particulares e Escolas Particulares**) teve a finalidade de procurar-se saber, quadro a quadro, se existem ou quais são os percentuais de variações entre as Discíplinas de Prótese Parcial Removível do Estado de São Paulo. No quadro 1, os critérios de enVlo dos questionários - pessoalmente e pelo correio - foram analisados, considerando-se um total de vinte e dois questionários. O maior índice de envio por correio, para as Escolas •Cada Uruvenridade Estadual de Sio Paulo tem várias Faculdades de Odontologia, como é de conhecimento público. Neste trabalho, oo citar-se, uma, duas, n ... UnivCTSidade Estadual: leia-se uma, duas, n ... Faculdade de Odontologia Estadual. u As F..soolas Particulares, assun chamadas neste tópico do trabalho, são aquelas Faculdades de Odontologia nio ligadas às Universidades, quer st;jarn públícas ou particulares. 30 Particulares, deveu-se à distância destas da Capital, enquanto as Universidades Particulares foram as mais envolvidas por uma entrega pessoal, que atingiu 45,45% do total de questionários. Questionário Q-1 Critério de envio UE=UnJverll.dades Eataduais. UP=UnJvenJdades Particularea 40 El':EKOJaa Particulares 20 CORREIO • AUXIliada pelos DRS.Reynaldo Todeoc~~n,Ruy F. BruMiti,Henrlque Cerveira Netto. No quadro 2, pode-se observar que o número de extravios/perdas de questionários, ainda pelos critérios de entrega pessoal e pelo correio, manteve-se igual (15,78%) para todo o material enviado, porém nota-se um número sígnificantemente maior de perdas/extravios no que diz respeito às Escolas Particulares. É importante considerar que este quadro foi baseado nos dezenove questionários recebidos como resposta. Deve-se citar também que, mesmo entre aqueles entregues pessoalmente, houveram perdas/extravios e que os responsáveis, em sua matona, não puderam precisar as causas do ocorrido. Concedeu-se o prazo de 60 dias sem resposta como critério de possível 31 perda/extravio e uma vez confirmada por contato telefônico, novas cópias do questionário foram enviadas. Q-2 Questionário liE='UnJver&ldadcs Estaduais. l.JI>=Urúvers.ld.ade! Particulares EP=Eseolaa Partlcularea ENTI'IEGA PESSOAL ENTI'IEGA VIA CORREIO Extravios/Perdas* *Referente ao• recebidos para ané.llae(1 G questlonértos) Os prazos para retorno, de acordo com a categoria de Instituição de Ensino, estão no quadro 3. Nele consta que o maior número de respostas recebidas se deu no intervalo entre trinta e sessenta dias (especialmente no tocante às Universidades Particulares), seguido do período entre sessenta e um e noventa dias, tendo o intervalo de zero a trinta dias valores muito próximos do periodo máximo. Notar que 37,5% dos questionários de Escolas Particulares não tiveram retomo, mesmo considerando terem recebido três contatos telefônicos (sendo ao menos dois pessoais ao responsável) e duas solicitações por carta. Desta forma os índices de resposta foram distribuídos: Universidades Estaduais - 100% dos questionários enviados bem como as Universidades Particulares. Já nas Escolas Particulares o índice foi de 62,5%*. Assim sendo, o total de respostas • Não recebidas as respostas das Escolas Particulares de Barretos. Marília e Presidente Prudente. 32 abrangeu 86,36% da amostragem, valor este muito significativo perante outros trabalhos constantes da literatura consultada. , QUESTIONARIO Q-3 PRAZOS PARA RETORNO (em %) 120~--------------------------------~~------, 8oJ~-----------------------------+ UE=Un1versidade! Estaduab. 1 1 · UP=Univen.ldadcs Particulares 60 EP=~lu Particulares 40 20 o UE •i UP 11!1111 EP 1;;, I i 42.85 14.28 20 28.57 57.14 20 61 a 90 * Sem volta 28.57 28.57 22.5 • DIAS o o 37.5 O quadro 4 refere-se ao estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removível, que abordará o ano e semestre em que o aluno toma conhecimento dessa matéria. Os valores mais significativos estão concentrados no terc-eiro ano do curso de Graduação, equivalente ao quinto semestre (com 52,63%}, seguidos pelos quarto ano (sétimo semestre) com 31,57%. O menor índice está no segundo ano (quarto semestre), com apenas 5,26% das respostas. Note-se que nas Universidades Estaduais e Particulares o curso, em geral, tem início no terceiro ano (quinto semestre) enquanto nas Escolas Particulares, a Disciplina se inicia no 100 100 62.5 33 quarto ano (sétimo semestre) que ocupa o segundo lugar no índice geral no quadro (31,57%). Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removfvel INICIO 00 CURSO (EM ") Q-4 UF.~II»>•<nl<lod<o Eslad.o!•- 1 'P;=!lnl•<nld•d" P&rtl=l..,.., I j EP'-Eiffi" r&rtJ""''"'' I 20 o .... 52.83 10.S2 O quadro 5 mostra em quais semestres é mais comum o término do curso de PPR, podendo-se observar sua maior incidência no oitavo semestre (quarto ano) com 73,69% das Instituições de Ensino, seguida pelo sétimo semestre (quarto ano) com apenas 26,31%. Nas Instituições Particulares a finalização do oitavo semestre é de 100% enquanto nas Universidades Estaduais o término no sétimo semestre ocorre em 71,42%. Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removível TÉRMINO DO CURSO (EM %) Q-5 120 ' UE o I UP IIli EP •I ' {1) 3AJeo• •I ' ' (2) 4A/7°* • i ·I ' (3 4A/8°* OI o o o o o *ano/semestre o 2&.31 73.69 34 No estudo da carga horária total de PPR (quadro 6) observa-se que o curso pode ter de noventa a quinhentos e cinqüenta horas/aula/mês*. Desta fonna, foram criados três segmentos cornos seguintes percentuais gerais: Noventa a cento e vinte horas com 15,71, de cento e vinte e uma a duzentos e quarenta horas com 5,26 das respostas recebidas. É interessante notar que 100% das Universidades Estaduais têm carga total entre cento e vinte e uma e duzentas e quarenta horas, porcentagem essa um pouco menor nas Universidades Particulares (71,42) e nas Escolas Particulares (60), tomando este intervalo o mws cnmum entre todas as Instituições de Ensino. Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removível CARQA HORARIA TOTAL (EM 1(,) Q-e 120oé!C•; cc,,:-.. c""c-,,-roc-,~-.-c.-~-•• -.'1 1 ~~1.·1:'·:'·•·' ' •<I \1"=Uni•<r~dod<o PUU<ui.,..ol EP..lswlu rar<I<Uior<o 1 20 15.71 78.94 A Disciplina de Prótese Parcial Removível se divide, geralmente, em três blocos distintos: a parte teórica, a laboratorial e a clínica que serão analisadas nos próximos seis quadros, No quadro 7 observa-se a carga horária teórica que é, para a maioria das Instituições, de vinte e uma a quarenta horas (63,15%), sendo de 57,14% para as Universidades Estaduais, 42,85% para as Universidades • Daqui por diame citados por horas de modo Simplificado. Válido igualmente para os quadros. 35 Particulares e 100% nas Escolas Particulares. A segunda faixa mais freqüente é de cinqüenta e uma a sessenta horas nas Universidades Particulares. Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removível CAAQA HOFIÁRIA I!SP"ecii'ICA ~ARn- TI!ÓRICA(em ho.-taulal ..... ) * UE I 14.28 57.14 14.28 14.28 I !!!I ' ue 14.2 42.85 14.28 28.!57 ' ., •I >00 ' ' ' ' ' {1) 10a20hrs. •I ' 10.52 ' (2) 21 a o40 hrs. ., ' 63.1!5 ' {3)41 aSO hra. DI ' 10.152 ! (4) 51 a60 nra. DI 15.78 •em Oto No quadro 8 pode-se observar a duração da parte teórica, que tem totais semelhantes (47,36%) tanto para um como para dois semestres, sendo ministrada em três semestres em apenas uma Universidade Estadual. Nas demais Estaduais e Particulares é, na maioria (57,14%), ministrada em 01 semestre, enquanto em 80% das Escolas Particulares tem dois semestres de duração. Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removível. (}8 I UE~uruverúdadeo Eotaduolo. I L'f';<UnJvenldod<J Putlculoru EP-E=ln PlMlcWores 1 aemeatre • 2 semestres 100 3 semestres • DURA.QÀO DA PARTE 'TEÓRICA (EM8&MESTRE8) * ~7.14 !57.14 28.57 42.85 80 14.28 o o •em" 36 Já a parte laboratorial ocupa carga horária, em média, de quarenta a sessenta horas em 64,77% de todas as Instituições de Ensino do Estado (quadro 9), enquanto cerca de 28,57% vão de sessenta e uma a cem horas. Convém assinalar que tanto para as Universidades Estaduais como para as Particulares, a carga para a primeira faixa é de 57,14%, enquanto na segunda é de 42,85%; para as Escolas Particulares têm-se 80% com o intervalo de quarenta a sessenta horas e 20% de cento e uma a duzentas e vinte horas. ESTUDO DA DISCIPLINA DE PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Q-g · C~:~A HORÁRIA ESPEcfFICA-PARTE LABORATORIAL • r ---------, 1 1 ., "uru,·or>!d>du E>l•d""''- 1 l'l'~trnJvenJ~•úo• )'.,Ucui"o•l L::.I~•E>eolo• P•Hioul>re> I iue IUP ,EP ! 111 40 a ao Hrs. I 121 61 a 100 Hra. i (31 101 a 220 Hra. 40 20 --D 67.14 67.14 80 42.86 42.86 o o o 20 [ "I 64.77 ~ 28.57 ~L_ ____ _o ______ _L ______ ~--·-··-·~ Apesar da importância da fase laboratorial no ensmo de Graduação, no quadro 10 nota-se que em 76,19% das Instituições ela se estende por apenas 01 semestre tendo as Universidades e Escolas Particu1ares iguais percentuais para um semestre (71,42) e dois semestres (28,57), Nas Universidades Estaduais esse percentual favorável a um semestre de duração é ainda maior 37 (85,71). Em apenas uma Universidade Estadual o curso laboratorial tem duração de dois semestres. ESTUDO DA DISCIPLINA DE PROTESE PARCIAL REiyfOVÍVEL Q-10 DURAyAO DA PARTE LABORATORIAL (EM SEMESTRES) • 100 UE=UnJvers.ldades Est..duaJs. 60 UP=UnJvenldades Particulares EP=E.scoln ParttcuJarea 40 20 o 1 semestre ., 2 semestres g' UE 86.71 14.28 UP EP TOTAL 71.42 71.42 78.19 28.57 28.57 23.81 • em(%) O quadro 11 mostra um aspecto curioso pois, embora tenha mator importância no aprendizado, a parte clínica com menor carga horária (quarenta e oito horas) é a que apresenta notada incidência entre todas as Instituições Estaduais (57,89%), seguida de 36,84% na faixa de oitenta e uma a 120 horas. Já a terceira faixa de carga horária clínica (cento e vinte e uma a 330 horas) é encontrada apenas em uma Escola Particular. Torna-se interessante notar 38 a alternância entre os percentuais da primeira e segunda faixas para Universidades Estaduais e Particulares. Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removlvel CARGA HORÁRIA ESPECIRCA ·PARTE CÚNICA • Q-11 UE-Un!vort.Jd•doo f(oladuals. t.'l'"'Uruvorll<l•dos f'...Ucubreo EI'=Ea<»lu PorUaú•..,• UP EP 20 157.ea ..... A duração da pane clinica pode ser observada no quadro 12, segundo o qual 63,15% das Instituições de Ensino têm apenas um semestre contra 36,84% com dois semestres. O percentual dominante (um semestre de duração) tem maior incidência nas Escolas Particulares (80) e de igual valor (57, J 4) para os · dois tipos de Universidades. Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removivel. OURAQÀo DA PARTE CÚNICA(EM IIEMESTRES) • 0·12 [l;;., """''""''; '-"'d""' ••m % i l"P=t "'"'~d><lo• l'otU<ut,...,, · ! fi'•> ""'" l'•ru<u"''" No quadro 13, procura-se mostrar qual a Bibliografia básica usada nas diversas Instituições de Ensino do Estado de São Paulo. Nota-se que os 39 ' livros-texto mais indicados _em 100% das Universidades e Éscolas Particulares são os de HENDERSON & STEFFEL 42(1979) e o de FIORI34 (1983) enquanto nas Universidades e Escolas Particulares e Estaduais os valores são de 85,7% (para o primeiro) e 57,1% (para o segundo). Outro livro-texto bastante indicado é o de ZANETTI & LAGANÁIOO (1988) e o de MILLER & GRASSQ58 (1990). Deve- se destacar o fato de serem escritos em Português. Para os livros escritos em Inglês ou em outras línguas a indicação é bem menor, mesmo considerando o Espanhol como idioma acessível aos alunos. Também a data de publicação do livro influi na sua indicação: tanto os livros mais antigos como os mais novos (mesmos em Português) são pouco citados pelos responsáveis pela Disciplina de Prótese Parcial Removível que responderam aos questionários. Obs.: Neste quadro, os livros de oito a quinze foram mostrados com tabela indo apenas de O a 20%, para melhor visualização dos result"ados entre eles. Dessa forma, apenas a primeira parte (livros de O 1 a 07) foi apresentada em escala de O a 100%. Q.13 ·Bibliografia Bá 0-14 40 O quadro 14 mostra os totais de indicação dos livros-texto*. Bibliografia Básica Total Geral "" . ,. -- ' ' ' .. ' . -· . ' ... -, ' ; ., '-. ;: .. '- -, ' ' . :-,. . . - ·~" {Q) I {115) l---t(J,I52 ! (10) I (11) (12)1-'.lf..H (13) I (14) 1 ' (1) Henderson & Stelfel ( 1979) (2)Fiori (1983) í~)Zaueui &La~uÍ(1988) (3)Mil!er & Grasso (l990) (4)11\"!!l~r (1975) ( 6)App!~gm~( 1965) (7)Rebo•~ío(l963) (8)Tnmllki(l971) (')Prieskel(l977) (lO)Dyl<ema & Colab(l'J70) (ll)Zarb & Colab {1978) (12)Jolwson & Slrallon (1988) (U)Oried~r & Cmotti{l973) (l4)Rudd & Morrow(!98l i (15)Despla!a( 1989) Muitas Instituições de Ensino fazem uso de apostilas de clínica e laboratório, bem como de roteiros de laboratório, para complementar o ensino dos livros-texto e aulas dos docentes da Disciplina. No quadro 15 temos a exemplificação desses materiais e as escolas de origem por tipo de Instituição de Ensino. Material Complementar de Aprendizado • Q 15 •em% * Para maiores esclarecimentoo sOOre oslivn>S-teKto citados, ver apêndice_ A)Foori __ Biomocoruco B)UNIP_ .Roterroo d• oula C)!JNITAU ... Aporula D)VNESP ... Anocotubo. .. apo.rti!as • E)F"..L .. Aporulo F)UNESp._.,Sao Jore dor Compor ... Desenho p p R. G)UMC --ROI<'II"O L<obcmotor"io . H)UNE:>P .. ,Arro~ .. Aporlolo. r;:;:,..,,,,.,., ... Eoto~ooh. 1 I L'l"=llru•"""'"••l'utl<Ul.,<ol 1 EI'=E>a>J., Putlruh,., ' 41 Já o quadro 16 mostra o total geral desses materiais complementares com quadro indo de O a 35%, para melhor visualização. Material Complementar de Aprendizado Q-16 Total Geral * •• 30 •• 20 ,. 10 • o ._,. A)Fton .BK•mecamca B)üNl? ... Rot~Jroo de oula ' .. ,, , .. '''/· • ,; ;j C)UNITAU ... ;..,osti!a D)UNESP ... Aracatuba. .. upost!las ~ E.JFZL. .. ApostJlo F)UNESP .... :Jao Jo•e do• Campos ... Desenho P.P R G)UMC .Rote1r.:> Laboratorw H)UNESP ... Aran.quo:-a .. Apos~tla •ctimca ~ La~or~tono No quadro 17 pretende-se analisar se as atividades de aulas teóricas, de laboratório e clínicas são concomitantes nas diversas Instituições de Ensino. A parte teórica e laboratorial são as mais freqüentes (52,63%), seguidas por percentuais próximos entre si as atividades de teoria e clínica (26,31) e teoria/laboratório/clínica (21,05). o terceiro tipo de atividades (teoriali.aboratório/clinica), que poderia denotar um possível maior aproveitamento aos alunos, não ocorre nas Universidades Estaduais e existe em percentuais 42 menores do que a parte teórica/laboratorial na maioria das Instituições , e já é aplicada nas Universidades e Escolas Particulares. Aspectos Didáticos Diversos Q-17 Concomitância das Atividades* VE=UnJverllklades Estaduais. I UP--Univeraldades Particulares EJ>:=EIICOIII Parttcu.lares UE UP EP (1) Teortetl..eborat6rto (2) Teorletctfnlca (S) Teorte,IL.abJCifn. o UI • • • D 57.14 42.85 o 57.14 14.28 28.!57 40 20 40 52.03 28.31 21.05 *em% Muito do aproveitamento final do aluno pode advir do fato de ele seguir uma linha única de orientação no seu aprendizado. Isso é, em parte, observado no quadro 18 quando procura-se saber se os professores da parte teórica/laboratorial seriam os mesmos da parte clínica. Observa-se que na maioria das Instituições ( 60%) isso ocorre, enquanto um grupo totalmente diferente se apresenta em apenas 9,52% das respostas recebidas. Esta interação é mais notável 43 nas Escolas Particulares (80%) do que nas Universidades, SeJam Estaduais ou Particulares. ASPECTOS DIDATICOS DIVERSOS Q-18 INTERA9ÃO ENTREOS PROFESSORES • i t!E•U"''''"'"'"" '""'d"'" 1 1 UP=l-'ru•·"~"'"" Po,.rul..-.ol I EP-=Lo<clu Pat1!<uh,.., I (1)SIM - ,: (2) Os mesmos•outros ~ 1 :13) Nao =:=1 42.85 20 'Sl,.-profo elfnl<O o'ilo oo mumoo "- taort. o lobontd'rlo Ntorol(nl<l ÇQI" profoooono dlforonto• 14.28 o 30.47 9.52 • em O/o O quadro 19, que é o primeiro de uma série que abordará o planejamento em PPR, trata da possibilidade de existência de uma filosofia única entre todos os docentes, sejam eles teóricos, laboratoriais ou clínicos. Nota-se que as respostas disseram que ela existe em 89,47% das Instituições de Ensino. Nas Escolas Particulares a maioria plena (100%) ocorreu, enquanto nas Universidades Estaduais ou Particulares alcançou cerca de 85,71% das opções. Planejamento em Prótese Parcial Removível Q-19 Filosofia Unificada de Planejamento * I ue DI I UP !iml I ~~Sim:l ! {2) Nàa .( 85.71 >OO I tiE~Unlvo..,ldodeo E<,.""''':-1 UP=Unl>er~d•deo Pani<Ul.,..,l I Ef'='F.O<OI.,J•an~ouJ..,, 14.28 o "em% 69.47 10.52 44 Muitos podem ser os aspectos que dificultam o aprendizado do planejamento em PPR No quadro 20 procurou-se agrupar os mais significativos. O mais citado é a Biomecânica seguido pelos conceitos/aplicação de planos-guia e recontomeamentos dentais. Ainda os conhecimentos sobre os usos dos retentores extra-coronários e o domínio dos diversos conectores maiores aparecem listados pelos respondentes. Planejamento em Prótese Parcial Removível Q-20 ASPECTOS DIFfCEIS NO ENSINO/APRENDIZADO* 80 60 40 20 luEOI I UPI(l EP•I 71.42 57.14 60 o 14.28 o '("m 'I!,) •RG.A~poanos gul••·,.u:x:mt0 r.,.,.m .. nto. 1 'R.S.I.=Retentorel Extra-Coronlfrlo11> mu lndlell.ç3n J.JE.><Unlnrllidod .. Eotaduoi1. 1 Ul'-UnJwonJdodeo Putlcu.l....,, Ef'o'Rscoloo Putlcultr•• Colocando em termos de total geral o conteúdo do quadro 20 , pode-se visualizar, no quadro 21, que a Biomecânica é citada por 63,15% das Instituições de Ensino, tendo percentuais iguais os planos-guia_.~ 45 recontomeamento dentais e os retentores extracoronários (15, 78) e os conectores maiores aparecem com cerca de 5,26 das respostas. Planejamento em Prótese Parcial Removível Q-21 ASPECTOS DIFfCEIS NO ENSINO/APRENDIZADO* Total Geral 70 80 50 40 30 20' 10: o' Biomecalnica P.G.R R.S.I Conectores Maiores No quadro 22 pode-se notar quais são os meios didáticos mais eficientes no ensino de planejamento das PPRs, com destaque para aqueles com claro envolvimento clínico (seminários e discussão de casos clínicos e atividade clínica pura) cuJos valores em muito sobrepujam os meios teóricos (aulas e seminários). As Escolas Particulares lideram (100%) nos seminários/discussão de 46 casos clínicos , embora percentuais altos também ocorram em ambos os tipos de ' ' Universidades. PLANEJAMENTO EM PROTESE PARCIAL REMOVIVEL Q-22 MEIOS DIDÁTICOS MAIS EFICIENTES • 120 100 I UE-UIJIVenld.- Eal.aduab. 60 I)PaUnhrenld.od.,. P~ EJ'ooEM:oiOI Pani<Uiaru i 40 71.42 100 • EM("') o o o o I I Analisando o total geral dos meios didáticos mais eficientes para o planejamento em PP R, o quadro 23 realça o percentual de 85,71 dos seminários e discussão de casos clínicos frente aos 14,28 das atividades clínicas nos pacientes. A visualização do percentual zero dos meios teóricos sinaliza o enfoque prático dado no Ensino de planejamento das próteses parciais removíveis. PLANEJAMENTO EM PRÓTESE PARCIAL REMOVfVEL Q-23 MEIOS DIDÁTICOS EFICIENTES. o A.T. 8.T . • .... ( .. 1 Total Geral A 1 -Aulas Tcd'rlca> ST~Scmlnklo• Toôrlcm SD=Scmln.Dlscu•s!o C~so• Clfnlco• AC.."=Atlvlrlado• Ofnlc~• (Jlor mai~r !cmp~) 47 Como último tópico abordando o plan~amento nas Instituições de Ensino do Estado de São Paulo, foi pedida uma avaliação sobre o desempenho dos alunos ao final do curso de PPR no julgamento dos professores responsáveis pelas Disciplinas (quadro 24). Nota-se que o resultado "REGULAR" teve um percentual de 51,42 muito próximo dos 48,56 de "BOM", que denota a auto- análise dos docentes perante a co~plexidade dO tema. Nenhuma Instituição de Ensino considerou o desempenho "RUIM" em suas respostas. Os maiores percentuais de "REGULAR" foram observados nas Universidades Particulares (85,71). PLANEJAMENTO EM PRÓTESE-PARCIAL REMOV[VEL Q-24 A\lallaqão desempenho alunos em planlil)amento apó'a termino do curso (em%) í1J!!oUnWor1!dodeo E!Uduolo. 1 I UP;UnJvonJ~ode• I'U"!!cul>reol I f.I">Eocol•• PlrlleuJ.,..., 1 86.71 o 40 o 51.42 o I A queStão 12, que era do tipo resposta livre (aberta) fazia considerações sobre os possíveis fatores que levam os Cirurgiões-Dentistas a não realizarem em seus consultórios - conforme comprovam diversas pesquisas realizadas no Brasil e no exterior - as PPRs de forma aproximada do que foi ensinado nas Instituições. As respostas englobam quatro grupos de fatores: l. relativas ao próprio CD; 2) os relativos aos laboratórios; 3) os envolvidos no 48 próprio Ensino Universitário e, 4) os intrínsecos às próprias PPRs. Os destaques de cada grupo terão valor percentual de citação entre parênteses*. 1. Quanto ao Cirurgião-Dentista: Foram citados mais de vinte aspectos. Os maís comuns são: a) A prótese é considerada "de segunda categoria, de "periferia11 , "social" para o CD (26,31). b) Desinteresse do CD pela PPR (21,05). c) Os CDs têm dificuldade para planejar/execurar PPRs bem feitas; há negligência por parte dos CDs porque delegam o planejamento ao protético; têm necessidade imperiosa de terminar rapidamente os casos (15,78).complexidade do preparo de boca; simplificação dos procedimentos para reduzir os custos operacionais (10.52%}. d) Remuneração baixa pelas PPRs; 2. Quanto aos laboratórios/técnicos de prótese dentária: a) Poucos laboratórios são realmente qualificados para realizar boas PPRs (26,31) b) Técnicos podem ser influência negativa sobre o recém- formado (15,78). c) Os técnicos fazem próteses insatisfatórias sobre modelos inadequados e não procuram informar o ato aos CDs (10.52). d) Protéticos não conscientizados dos meleficios de PPR inadequada, têm a formação técnica deficiente (10,52). • Algumas lnstilllio;:ões deixaram esta quest.ilo em branco ou responderam parte de cada grupo. Desta forma, as percentuais expressas abaixo referem-se aos que foram <..-itados contra o total de t 9 quesuonãrios recebidos. As somas de cada grupo ou de grupo ou dos grupos lliiU'e si nào segue o critério de I OO"AI, ponanto_ 49 3. Quanto ao Ensino Universitário a) Deficiência entre ensino teórico e a prática do dia-a-dia; carga horária restrita; docentes não padronizados entre si; professores de outras cadeiras, e até de Prótese, reforçam um caráter precário e pouco sofisticado das PPRs (21,05%). b) Dificuldade de ensinar os diversos planejamentos possíveis; necessidade urgente de mudança curricular; poucos cursos objetivos sobre planejamento existentes na educação continuada (15,78). Quanto à própria prótese parcial removível a) Estudo biomecâníco complexo; diversos planejamentos corretos para um mesmo caso clínico; dificuldade de fazer bom preparo de boca; dificuldade de compra de delineadores a baixo custo; excessiva base teórica quando comparada à Prótese Fixa (15,78). ANÁLISE DE UM CASO CLÍNICO Visando a observar como é ministrada aos alunos de Graduação a resolução de um caso clínico de PPR, foi elaborado um questionário que aborda tópicos implicados na resolução do mesmo como: tipo de dentes no arco antagônico, curva ântero-posterior, estado periodontal dos dentes remanescentes, delineamento dos dentes, necessidade de confecção/localização de planos-guia, recontomeamentos, retentores diretos, retentores indíretos, apoios, conectores maiores, selas ou bases, tipos de dentes artificiais, necessidade e materiais para 50 uma moldagem especializada nos casos deClasse I inferior,que são os ma1s freqüentes dentro de toda a Prótese Parcial RemovíveL 1. Planos-guia No quadro 25 pode-se observar que a indicação de planos-guia é feita pela maior parte das Instituições de Ensino (84.21%), destacando-se as Particulares com 100%. Nas Universidades Estaduais o índice é um pouco menor que o anterior (7!,52%) Análise de um caso clínico Q-25 Planos Guias -necessidade de confecção * 80 40 UE=Univerl.ldades Estaduais. UP:=Univerl.ldades Particularea EP=Escolu ParUculues *em% EP 100 o O quadro 26 mostra a localização dos planos-guia nos dentes 4J, f4, dentre os que indicaram sua confecção, teve nas faces distal ("D") e disto-lingual 51 ("DL") iguais porcentuais (36,84), seguidas pela lingual ("L") com 15,78 e na conjugação disto-lingua1 e lingual com 1 0,52. Análise de um caso clínico Q-2s Planos Gulas-Locallzaçê.o:nos dentes 4"]4" * (1)Faces 'OL' e "L", (2) Face 'L" (3) Face "DL" , (4) Face "D" • em 0/0 O quadro 27 assinala que os planos-guia na face disto-lingual e lingual são mais comuns nas Universidades Estaduais; na face lingual, nas Universidades Particulares; nas faces disto-lingual são mais comuns nas Escolas Particulares e na face distal são iguais nas Universidades Estaduais e Particulares. Q.-2 7 PLANOS -GUIAS -TOTAL GERAL* 80 I 60 DFe.ces 'DL'e"L' III Faces 'L' •Faces'OL' •Face •o• I • em o,.o UE-Illol......,odooiWodu.alo. 1 UP-IJ,o!oenl<lodeo Porua.lo"'' 1 EP>oEscoo .. """'""""'' No quadro 28, que mostra a necessidade da confecção de recontomeamentos para o caso clínico considerado, obteve uma aceitação positiva 52 de 84,21% das Instituições de Ensino, enquanto apenas 15,78% os contra- indicaram. Notar como os valores positivos (indicação) e negativos (contra- indicação) são bastante semelhantes entre as Instituições. Análise de um caso clínico_ Q-2 a Recontorneamentos-necessidade de confecção "' As faces indicadas para os recontorneamentos, conforme o quadro 29, foram: unicamente a lingual ( 11L")- 81,25% com maior constância nas Universidades Estaduais (37,5%), porém distante das Universidades particulares (com 18,75%). Para as faces vestibular("V11), lingual ("L") e distal (''D") - como um conjunto- somente as Universidades Particulares indicaram recontomeamentos com 18,75% Análise de um caso clínico Q-29 Recontorneamentos-localizaçâo nos dentes '474'" * Total O lUC mil I UP • EP • *(em%) 37.5 18.75 25 I UE-Un1Yenlclodoo htaduOio. I Ul'oollnlvenldadeo Pmlall.,.... EP..EO<otoo P&rUa&IONI 53 Conforme o quadro 30, os retentores diretos, situados basicamente nos dentes 414, foram de oito tipos diferentes. Os mais citados foram aqueles em "T" para as Universidades Estaduais (57,1%); nas Universidades e Escolas Particulares foi o grampo "T -Longo" com 42,8% e 40%, respectivamente). As Escolas Particulares ainda mostram índices razoáveis (200/o) de indicação dos grampos "RPI", "I" e "Y". Os retentores menos citados foram: "7", "RPT" e "Martinet-Na11y" Análise de um caso clínico Q-30 Retentores diretos para os dentes '414 * O quadro 31 mostra os totais gerrus dos retentores diretos indicados, com 31,5% para o 11 T", 26,3% para o "T-Longo" e 15,7% para o "RPI". Os demais retentores extracoronários apresentaram percentuais gerais de 5.26. Análise de um caso clínico Q-31 Retentores diretos para os dentes 414 * *(em%) 54 O quadro 32 mostra quais foram os retentores indiretos indicados pelas Instituições. Notar os altos índices de apoios Mesial ("M") e Distal ("D") e Barra lingual dupla contrapondo-se às baixas indicações de apoios Lingual ("L") e apoios Mesial C'M"). Intermediam as respostas com grampo contínuo de Kennedy, apoio mesial em caninos e Barra contínua de Kennedy. Análise de um caso clínico Q-32 Retentores indiretos * i'S'J'Ccp;::;;;:[fJ''J'C"C"C~~'CJ[SS""l Retentor Indlrero .:~ (l}Apolos L em 3!-f (l)Apolo1 M em J!J' ''"'''' (J)ApolosMeDem"3JT "'Ci'fl'Ci (4)Barn Conti\tua de Kennedy '' (5)Barn Lingual Dupla (ó)Grampo Conti'nuo de Kennedy (7)Apolo M em"1Ff" Ul>oUnJ'Orald .... o Esi.od"Ol~ UJ'oallnlvenldod01 Partl<ulltftJ 1 1'.f'o.Eaco~a,r11'11<111.,.. 1 No total geral dos retentores indíretos (quadro 33) observam-se os percentuais gerais de cada tipo de retentores indicados pelas diversas Instituições. Lideram os apoios mesiais e distais de caninos, seguidos pela barra lingual dupla tendo sido indicados por apenas 5,26% das Instituições o apoio 11L'1 de caninos e o apoio Mesial ( 11M 11 ) de pré-molares. Análise de um caso clínico Q-33 Retentores indiretos * -TOTAL Retentor lndlreto (l)Apolos L em 3]3" (2)Apolos M em :'JTl" (J)Apolos Me D em"'"3JT (4)Barra Contínua de Kennedy (5)Barra Lingual Dupla (6)Grampo Contínuo de Kennedy (7)Apoto M em V D 55 A distribuição dos apoios indicados pelas Instituições é o que se pode observar no quadro 34, onde se notam alguns aspectos curiosos: os apoios mesiais nos pré-molares e linf,7ttais de caninos são os mais freqüentes, mas os mesiais de pré-molares somados aos mesiais e distais de caninos são somente indicados nas Escolas Particulares, enquanto que os mesiais de pré-molares e caninos são somente indicados nas Universidades Particulares. O apoio distal nos pré-molares encontra apenas uma pequena citação nas Universidades Estaduais (28,57%). Q Análise de um caso clínico -34 Fixação e suporte>~< •em% Fixação e Suporte : (1 )M de 4!4,Med :JjJ (2)M de ;fjl,L de "3f,r (3)M de 4J4,M de~ (4)D 'IJ'I UE=Untvenldadea Estaduais. i UP=Unlversidades Particulares EP=Escolaa Particulares No total geral, visto no quadro 35, os apoios mais freqüentes são os mesiais de pré-molares e mesiais/distais de caninos com 47,36%, seguidos pelos 56 mesiais e pré-molares e linguais de caninos (26,31 %), tendo os distais dos pré- molares apenas 10,52% de todas as Instituições de Ensino. Análise de um caso clínico Q-35 Fixação e suporte-TOTAL GERAL* Fixal(â'o e Suporte: (1 )M de 4!4,Me03]3 (2)M de 4j<I,L de ""3]3" (J)M de 4]4,M de""3]3" (4)D 0]'1 Face ao grande número de retentores extracoronários indicados, a reciprocidade analisada em nível de braços de oposição seria contraproducente e não conclusiva; por isso optou-se apenas pela reciprocidade cruzada, que é dada pelos conectores maiores (tanto para o arco superior como inferior). O quadro 36 procura mostrar os tipos mais indicados pelas Instituições. O mais aplicado é a barra lingual clássica, seguida pela placa lingual, sendo ainda citado o grampo contínuo de Kennedy e o rompe-forças (em "Outros"). Análise de um caso clínico (}36 Reciprocidade-conector maior Indicado * Conector Maior (l)Barra Lingual Clássica (2)Grampo contútuo de Kennedy (3)Placa Lingual (4)0Utros r \JF.•Unlvoro!d•~ .. EllodUOU. I UJ'ooUnlv..,ddad<> Portlcul.,.> I E"""EI.«llu l'•rtiCUI>m : 57 Pelo total geral do o quadro 3 7 pode-se notar que a barra lingual clássica obteve 68,42% das indicações para o caso clínico considerado. A placa lingual obteve índices na casa de 15,78%, seguido pelo grampo contínuo de Kennedy - que é basicamente um retentor indireto - com 10,52%. Fechando o quadro temos o rompe-forças (não especificado o tipo) com 5,26% (referente a uma Universidade Particular). RECIPROCIDADE (}37 "" .. 50 :~ 40 ;· soi H 20 10 ~- 0 :o:(,:::) =!!'- I Total DI ..... ! * TOTAL GERAL •om,. Conector Maior (l)Barra Lingual Classlca (2)Grampo continuo de Kennedy (3)Placa Lingual (4)0utros Com relação ao tipo de selas (ou bases) para o caso clínico proposto, diversas sugestões foram feitas no quadro 38: selas metálicas, plásticas ou metaloplásticas (mistas). Observa-se que a mais indicada foi a mista (68,42%), seguida pela plástica (31,57%), assinalando ainda que as metálicas não tiveram qualquer indicação das Instituições. Os percentuais das mistas são iguais para 58 UniversidadesEstaduais e Particulares, diminuindo para as Escolas Particulares, nas quais aumenta, ínevitavelmenté, as selas plásticas. Análise de um caso clínico Q-38 Selas/Bases * "em O/o UE=Unlvert.ldades Estaduait. lJP':Unlversidades Particulares EP=EICOias Particularel A análise do quadro 39, que aborda os dentes artificiais indicados rnostra 1 basicamente., três tipos de dentes: resina acrílica, porcelana e oclusal metálica. Os maiores percentuais foram os dentes de resina acrílica (68,42), oclusal metálica (26,31) e os dentes de porcelana foram citados apenas por uma Universidade Estadual, ficando com o valor final de 5,26%. Os índices de dentes de resina acrílica aumentam nas Universidades e Escolas Particulares em relação às 59 Estaduais, mas - de qualquer forma - se mantêm razoavelmente constantes por toda a amostragem considerada. Análise de um caso clínico Q-39 Dentes Artificiais * O último tópico a ser abordado (quadro 40) foi a indicação ou não de moldagem especializada para a área desdentada e o resultado, apesar de ter sido imaginado como favorável à realização desse procedimento de grande valia clínica, causou surpresa, pois a unanimidade foi total na amostragem feita: 100% das Instituições de Ensino do Estado de São Paulo (que responderam a pesquisa). Análise de um caso clfnico Q-40 Moldagem especlallzada-lndlcaçâo * UE=L'ol.ouldod" fuUduoJ~ I IJ!'2Uoln<>lrl•"'• P..-....,.,..,1 il!">U<ola• Pll"'l<Uiar<o I Já a unanimidade observada anteriormente foi perdida ao se perguntar qual o material a ser usado nesta moldagem. O número de materiais 60 citados foi muito grande e procurou-se do quadro 41 apenas posicionar os mais freqüentes na amostragem Foi um trabalho complexo pois muitas Instituições misturam diversos produtos para este procedimento. Desta forma, os números do quadro servem apenas como uma orientação para se saber quais são os materiais mais usados, de uma maneira genérica, nessa atividade. Análise de um caso clínico * Q41 Moldagem eepecializada-Materiaie maia usados UE-UnJverúdades EsU.duats. 1 llP=UnJveraidades Particubrel EP=Eacolas Particul•re• 67.14 14.28 28.57 •podem aer indtcadoa um ou mala rnatariai•. •em% 6. DISCUSSÃO No decorrer da pesquisa foi possível observar, confrontando-a com a literatura consultada, que sua estrutura básica possuía diversos pontos comuns, mas nenhum dos artigos tínha a mesma abrangência, que envolve tanto aspectos diretamente ligados à Disciplina de Prótese Parcial Removível, como também aqueles pertirientes ao planejamento de um caso clínico, ambos em um mesmo trabalho científico. Com base na experiência de diversos colegas professores dessa Disciplina, procurou-se restringir o número de retentores extra-coronários a serem indicados, através de desenhos dos dentes remanescentes em cinco vistas, a marcação da linha equatorial protética nas faces dentais em todos os desenhos, bem como na face distal dos últimos dentes suportes, que são inovações não encontradas, com este grau de detalhamento, em toda a extensa literatura - mais de 205 fontes consultadas. Mais que o aparente ineditismo destes pontos, o objetivo foi, na verdade, procurar elucidar ao máximo os respondentes procurando ver se assim poder-se-ia diminuir as 5 variações entre os mesmos. Por tais motivos foram inseridas informações complementares sobre o grau de reabsorção óssea (desenho do contorno da mucosa), em diversas vistas, como um possível fator de restrição a determinados retentores. Também o arco antagônico e suas características - número e estado clínico dos dentes, curvas ântero-posterior e látero-lateral permitem uma 62 visualização global do caso clínico, para que as respostas e seus tabulamentos posteriores sejam conclusivos em uma análise apurada Esta pesquisa, bem como inúmeras outras realizadas por diversos autores, teve como ponto de partida o conhecido dano que as PPRs podem causar às diversas estruturas bucais, quando não corretamente realizadas. ADDY & BATES2 (1979), BATES & ADDY12 (1978), BUDTZ-JORGENSEN & ISIDOR19 (1990), CARLSSON e colab21 (1962), CAVALARJs23 (1973), KRAJICEK48 (1972), RISSIN e colab69 (1979), ROBERTS72 (1978), TOMLIN & OSBORNE90 (1961) e WAERHAUG92 (1968) são alguns dos autores consultados que mostraram o potencial iatrogêníco das PPRs, seja pelo lado clínico, laboratorial, conceituai ou de controles posteriores dos casos. Interessante é notar que ao lado desse extenso grupo que pode ainda ser acrescido da maioria dos autores pesquisados, contrapõem-se a opinião de CHANDLER & BRUDVIK24 {1984) que, ao analisarem, clinicamente, cerca de noventa e duas PPRs após oito a nove anos de uso, concluíram que não existiu evidência clínica direta de que as próteses sejam as responsáveis por qualquer dano aos dentes remanescentes e estruturas periodontais de suporte. Com relação ao universo utilizado nesta pesquisa - Instituições de Ensino Odontológico do Estado de São Paulo - deve-se salientar que este Estado é o que maior número de Instituições possui no País e que, analisando em termos de média, são as mais antigas do Brasil, independente do tipo de Instituição considerado. Espera-se, portanto, serem elas as que reúnem o maior número de pesquisadores em PPR. Também o número de Instituições consideradas -vinte e duas - é significativo perante outros trabalhos consultados, nos quais oscilava de oito a dezoito Instituições, no máximo. É válido citar que a Disciplina de Prótese Parcial Removível da FOUSP pretende - a partir deste modesta colaboração como 63 um "plano-piloto" - estender outras pesquisas semelhantes a todo o Brasil, país que possui o o maior número de Faculdades de Odontologia do mundo*. Outros motivos que levaram-nos a circunscrever a pesquisa ao Estado de São Paulo foi a possibilidade de aumentar significativamente o número de retornos a serem tabulados, já que as distâncias e contatos pessoais tomaram possível obter-se, mesmo com um certo grau de dificuldade, 86,36% de respostas sobre o total enviado, média que tem valor expressivo, tanto perante o universo da pesquisa como para outros trabalhos consultados, que possuem retornos de 40% (MURPHY & HUGGETT60, 1972) a 91% (COTTMORE e co1ab26, 1983), com a média situada ao redor de 72,5% (BRENNAN & SPENCER 16 1992). A utilização de questionários nesta pesquisa é apoiada por diversos autores, face às distâncias físicas, custos e tabulação de dados das eotrevistas pessoais, como afirmam HIRANo43 (1979}, ROBERTS72 (1978), SLATTER & SHUVAL80 (1976), BOWMAN15 (1970), e MANN57 (1973). Mesmo considerando as vantagens práticas do questionário, foi incluída uma pergunta de resposta livre, com a finalidade de procurar-se obter as opiniões pessoais de cada respondente e que foram de grande auxílio para a discussão ora apresentada. O número de perguntas formuladas - vinte - situa-se na média da maioria dos trabalhos semelhantes publicados, onde variam de quinze a trinta e duas. Sabe-se que outras perguntas poderiam ter sido acrescentadas, mas foi procurado ater -se àquelas que pareciam serem mais significativas dentro de um universo inicial de mais de quarenta e cinco questões. Por outro lado, trabalhos como o de HIRANQ43 (1979} e de MANN57 (1973) mostraram ser desaconselhável realizar pesquisas com tal carga de solicitações já que um alto •FONTE: JORNALCROSP 16(56):1-3, dez. 1992. 64 grau de dispersão e cansaço dos respondentes seria rapidamente alcançado, prejudicando o retomo e futura tabulação posterior. A discussão dos diversos tópicos que serão feitos a seguir não segue a ordem do questionário, já que o intuito é apenas salientar os pontos de maior interesse prático. Um aspecto a se notar é o da Bibliografia básica, na qual ressalta o grande volume de literatura estrangeira traduzida para o Português, através dos livros de HENDERSON & STEFFEL 42 (1979)com 94,79% e MJLLER E GRASso58 (1990) com 52,63% das Instituições. Livros-texto em língua inglesa e/ou em castelhano estão indicados com certa freqüência como se vê em APPLEGATE* (15,78%), REBOSSIO* (10,72%), MJLLER* (26,31%) e PRIESKEL* (10,52%). Convém assinalar que o livro dos norte-americanos HENDERSON & STEFFEL 42 (1979), cuja tradução é a mais indicada em nossas Instituições de Ensino, teve na, Inglaterra, em pesquisa realizada por BARSBY & SCHW ARZ9 ( 1979) percentuais de indicação ao redor de 22,22, enquanto o livros dos ingleses OSBORNE & LAMMIE* alcançou 44,44 dentre dezoito Faculdades consideradas no Reino Unido. Isso apenas corrobora nossa observação de que há uma tendência de se prestigiarem os autores do pais na Bibliografia básica. Nesta pesquisa isso também ocorreu pois obtivemos ótimos percentuais os livros de autores brasileiros como FIORJ34 (1983), com 84,21 (no total geral da pesquisa o segundo livro mais indicado), ZANETTI & LAGANÁlOO (1988) com 57,89 e TAMAKI* tendo 10,52. É válido salientar que a data de publicação dos livros acima considerados (ex.ceção para TAMAKI*) é bem mais rec-ente que as primeiras edições de HENDERSON & STEFFEL 42 (1979) no Brasil, o que poderia explicar a ainda •Para maiores detalhes sohre estes livros-texto, ver apêndice. 65 menos numerosa indicação dos mesmos. Este tópico seria interessante de ser analisado dentro de dez anos, para observar o grau de penetração dos autores brasileiros na Bibliografia básica das Faculdades paulistas e brasileiras. Abordando agora aspectos relativos à Disciplina de Prótese Parcial Removível, observou-se que as cargas horárias, sejam as de atividades teóricas, laboratoriais e clínicas, são praticamente semelhantes entre as diversas Instituições, respeitando-se as durações de cada parte. Dessa forma, não se pode estabelecer claramente, por exemplo, que a carga clínica de uma Universidade Estadual seja muito diferente naquela de uma Universidade ou Escola Particular. A única exceção a esta afirmativa foi verificada na carga horária clínica de uma Escola Particular com trezentos e trinta horas/aula/mês, enquanto nas demais instituições esta carga se situava na faixa intermediária de cento e vinte horas. Contatos posteriores com docentes dessa Escola mostraram - ainda de modo extraoficial - que houve uma interpretação errônea do responsável pela Disciplina no cálculo da carga horária clínica. No que se refere ao estudo das cargas horárias é bom assinalar que todos os valores citados pelos respondentes, para qualquer tipo de atividade, estão abaixo dos índices citados por VIEIRA91 (1974) para uma Disciplina de PPR considerada como ideal. Esse autor que fez um profundo estudo curricular de todas as Disciplinas de uma Faculdade de Odontologia, estabelecendo parâmetros de uma escola citada como "adequada para um bom aprendizado de Odontologia". Esta maior carga horária, especialmente na parte clínica, proposta por esse autor, é tema corroborado não só por diversos autores consultados (BARSBY & SCHWARZ9, 1979; LEVJN & SAVER54, !969 e NAVARRQ62, 1988) como também pela maioria dos respondentes na pergunta de resposta livre, resultando assim num verdadeiro consenso, de que a carga horária clínica é pequena e deve ser aumentada, em nome de um melhor aprendizado por parte dos alunos de 66 Graduação. Isto em parte é salientado no quadro 23 onde os seminários com casos clínicos são citados como meio eficiente de aprendizado por parte dos alunos. Para um melhor desempenho dos alunos, os respondentes - em sua maior parte - também fazem uso de meios auxiliares como apostilas, manuais e roteiros (de laboratório e clínica), sendo esta mais uma pergunta inédita perante a literatura c-Onsultada. Pelas respostas recebidas observa-se que as Instituições de Ensino paulistas procuram - cada uma de acordo com suas próprias condições - infonnar seus alunos de uma maneira adequada a como melhorarem sua destreza frente à PPR seja laboratorial e/ou clínica, além do que poderiam evoluir com a leitura dos livros-texto indicados na Bibliografia, mostrando que estes meios complementares são de grande valia para o Ensino. Mesmo havendo esta preocupação na Docência, os artigos mostram o claro desinteresse do Cirurgião-Dentista pela adequada construção das próteses parciais removíveis e isso leva a pensar o porquê desse fato ocorrer. Uma possível resposta seria a própria complexidade dos assuntos relativos à PPR, como observado no quadro 21, onde o estudo da Biomecânica é classificado como um dos aspectos mais difíceis no planejamento dos casos (63, 15%), apesar de os livros-texto (e muitas apostilas/manuais) dedicarem de quarenta a cento e quinze páginas somente para este tópico (HENDERSON & STEFFEL 42, 1979; F!Oru34, 1983; ZANETTI & LAGANÁ!OO, 1988 e APPLEGATE*). O volume de destaque à Biomecânica das PPRs suplanta temas como retentores extracoronários e conectores maiores (com percentuais de 15,78 e 5,26, respectivamente). É importante salientar que existem, entre conectores maiores. menores, retentores extra-coronários e selas mais de cinqüenta e dois tipos diferentes - dentre os mais destacados - a serem considerados. Se o tempo total da Disciplina de Prótese Parcial Removível é curto, como média, como desejar que os alunos possam • Para maiores detalhes S()bre este livro-texto, ver apêndice. 67 dominar a correta indicação destes cinqüenta e dois tipos de componentes acrescidos de fatores biológicos gerais e aqueles específicos ao caso? Esta grande variedade de tipos de retentores diretos e também indiretos pode ser claramente identificada ao observar-se os quadros 30 a 33 onde -mesmo após ter sido dada uma série de dados restritivos na apresentação do caso clínico - o número de retentores diretos citados foi de oito, bem como sete retentores indiretos. Esse fato leva a pensar se não seria possível, talvez - diminuir a carga horária teórica - por uma menor carga de infonnação - dada aos alunos nesses dois temas, para que as opiniões não sejam tão divergentes, mesmo considerando terem os professores universitários grande conhecimento de Prótese Parcial Removível. MONTENEGRO e colab.* (1993) procuraram questionar o conhecimento sobre retentores diretos junto a Cirurgiões-Dentistas, formados em diferentes épocas, e puderam perceber que o grau de desconhecimento, acerca de muitos dos retentores citados no quadro 30, é praticamente total. Por outro lado é preocupante ver que os técnicos em prótese são os responsáveis por mais de 90% dos planejamentos (NA V ARRo62, 1988), mas só realizam, na prática, não mais de três tipos dos grampos citados pelos respondentes para esse caso clínico (COTTMORE e colab26, 1983); STADE & DJCKEY81, 1990). Também muitos dos Cirurgiões-Dentistas entrevistados na pesquisa acima (cerca de 45%) mostraram desinteresse claro em responder sobre os retentores, alegando que "isto é tarefa do técnico e não penso sobre este assunto desde a Faculdade". Esses fatos levam então a indagar se não há uma falta de envolvimento dos docentes na vida acadêmica dos CDs, por não procurarem reforçar o conhecimento ou simplificar o número de componentes/planejarnentos possíveis visando ao que possa ser futuramente incluído em sua vida profissional, como ocorre, por exemplo, nos ~Trabalho em elaboração. V a: Revista da Literatura, p.22. 68 procedimentos de Endodontia e Dentística* e que pode ser verificado em diversos trabalhos de pesquisa com Cirurgiões Dentistas (ATKINSON & ELLIOT6, 1969; BASKER & DAVENPORTIO, 1988; COTTMORE e colab26, 1983; FRANrz37 1975; SCHWARZ & BARSBY78, 1980; STADE & DICKEY81, 1990). Talvez pudesse ser o arcabouço teórico do Curso de PPR ou a complexidade do tema versus a habilidade própria de cada docente de como transferir estes conhecimentos que tome o planejamento das PPRs algo tão dificil aoCirurgião-Dentista não ligado à vida universitária desta Disciplina? Aparentemente as questões ora levantadas fogem ao objetivo deste trabalho, mas com certeza devem ser relevadas neste momento. O quadro 24 avalia o desempenho dos alunos no tocante ao planejamento das PPRs após o ténnino do Curso, no qual a classificação de "REGULAR" tem 51,42% das respostas. Isto pode ser um indício de como os próprios docentes percebem seus alunos após as atívidades clínicas, laboratoriais e teóricas. Apesar do percentual de "BOM11 ser também alto, parece ser possível depreender, que se houvesse aumento da carga horária clínica, a situação poderia inverter-se (esta análise se baseou também na pergunta de resposta livre do questionário). Mesmo se um caso básico como este de Classe I de Kennedy gera tamanhas diferenças entre os docentes, o que não dizer dos casos mais complexos dessa e outras Classes de Kennedy? E se forem somados o estado do rebordo, mobilidade dos dentes suportes, tipos/ características do arc.o antagônico e de oclusão, quais seriam as respostas e como transferir todos estes dados aos alunos de Graduação? Somente uma refonna curricular ampla, com aumento das "'Professores das Áreas em Cursos de Pós-Graduação da APCD. São Paulo, Comunicação Pessoal. 1992 e 1993. 69 cargas clínicas, parece ser a solução encontrada pelos respondentes e em inúmeros trabalhos científicos consultados. Também para os apoios (quadro 34 e 35) as variações seguem o que acontecia aos retentores diretos e indiretos. Isto se coaduna com os exames de modelos em laboratórios de prótese e planejamentos de técnicos em prótese observados na literatura (BASKER e coiabll, 1988; McCRACKENss, 1962; MURPHY & HUGGETT60 1972· NAVARRo62 1988· ÔWALL63 1974· , ' ' , ' ' ROGERS & HAWKINS73, 1991; SCHWARZ & BARSBY77, 1978; STADE & DICKEy81, 1990; TODESCAN & VIEIRA89, 1972). A complexidade do preparo de boca é outro aspecto critico que pode ser visto na prática diária NAVARRo62, (1988) e TODESCAN & VIEIRA 89 ( 1972), mas há uma grande concordância sobre a indicação de planos- guia e recontomeamentos nas Instituições de Ensino do Estado, se bem que nem sempre a sua localização seja a mais adequada para o caso (BARSBY & SCHWARZ9, 1979: BEN-UR e colab.14, 1991; CHANDLER & BRUDVJK24, 1984; SCHWARZ & BARSBY79, (1984); THOMPSON & KRATOCHV!l}5, 1977). Até a própria visualização clínica de um preparo para apoio terminado em contrapartida de sua simulação laboratorial é mais um fator que dificulta um correto domínio do preparo de boca específico à Prótese Parcial Removível. Todos os aspectos citados até o momento demonstram alguns dos fatores a serem considerados em clínica e laboratório de PPR, mas outros podem ser abstraidos dos resultados: há uma elevada taxa de respondentes que alegam haver, de fato, uma filosofia única, entre os docentes, no ensino de planejamento em suas Instituições e que os docentes da parte clínica são os mesmos da parte técnico-laboratorial (ou a estes se somariam outros professores para as ativídades clínicas). Seria isso - a padronização dos docentes entre si - realmente possível para um mesmo caso clínico, se foi obtido entre dezenove 70 professores mais de sete planejamentos diferentes? Seria possível dizer que todos os docentes conhecem o grampo Martinet-Nally (citado por duas Escolas), se ele pouco é citado na maioria dos livros-texto nos quais a maioria dos docentes estudou? Seria o fato do responsável pela Disciplina conhecer este grampo, bem como outros fatos relativos ao planejamento, uma garantia que todos os docentes também o conheçam e consigam transferir para o aluno da mesma forma e com a mesma eficiência? Este mesmo problema - calibração dos docentes - é que o autor desta pesquisa, por exemplo, sentiu ao corrigir as provas de planejamento de PPR: como criar um gabarito eficiente para correção, já que um mesmo caso clínico, pode ter diversos planejamentos corretos e com base científico-biológica adequada? Novamente se foge da temática básica do trabalho, mas, na verdade, tudo está interrelacionado quando envolve o ser humano (TEDESC084, 1991; MANN57, 1973; IDRANo43 1979). Muitos dos fatos aqui relatados sobre a situação critica da PPR na prática diária são de conhecimento da Classe há mais de trinta anos, uma vez que o trabalho mais antigo (de análise clínica) encontrado seja o de ANDERSON & LAMMIE4 (1952), mas como afirmar se houveram mudanças, se, em 1988 NAVARRo62 observou no Brasil (Grande São Paulo) que mais de 90% dos modelos enviados aos laboratórios visitados eram de qualidade inferior ao mínimo necessário para longevidade de uma PPR? Trinta anos ou mais de um século DRISCOJ..L31 (1889) e PALMER64 (1893) não seriam suficientes para mudar uma situação? Infelizmente, parece que não o foram em nosso País. Quando se iniciou este trabalho, procurou-se distinguir os diferentes tipos de Instituições de Ensino Odontológico - Universidades Estaduais, Universidades Particulares e Escolas Particulares- (também uma distinção inédita perante outros trabalhos) para ver se existiriam mudanças notáveis no que é ensinado aos alunos. A par de pequenas diferenças (quadros 4, 8, 11, 24, 30, 32, 71 34,39), nas grandes questões didáticas ou clínicas as respostas foram estatisticamente iguais; isto talvez se deva ao fato de os professores terem formações em locais comuns ( e também mínistram aulas em diversas Escolas) e haver uma grande semelhança nas Bibliografias básicas e, às vezes, até no material didático de apoio (apostilas, roteiros e manuais). Imagina-se então que, quando pesquisa semelhante for estendida a todo o País ou forem realizadas mais enquetes com Cirurgiões-Dentistas, talvez maiores discrepâncias possam ser observadas entre as diversas Instituições de Ensino Odontológico. A análise do quadro 39, que se refere aos dentes artificiais, mostra que a maioria dos respondentes indicaram dentes posteriores de resina acrílica ( 68,42% ), enquanto em uma carga mastigatória desta intensidade (já que os antagônicos são naturais) o ideal seria a indicação de uma face oclusal metálica (ou "até mesmo" dentes de porcelana) conforme é reconhecido por diversos autores. Infelizmente sabe-se o quão difícil tem sido indicar dentes artificiais adequados nas clínicas de nossas Instituições de Ensino, por tratar-se, sua clientela básica, de população carente, para a qual o custo dos dentes de resina é mais acessível, mas infelizmente nem a perda de dimensão vertical de oclusão com o desgaste toma possível indicar dentes com oclusal metálica nestes ambulatórios. Também a indicação de moldagem especializada da área desdentada, apesar de ser unânime entre os respondentes ( 100%) e correta do ponto de vista clínico LEuPOLo53 (1966) e MILLER & GRAsso58 (1990), sabe-se que, com enorme freqüência BARSBY & SCHWARZ9 (1979), NAVARRQ62 (1988) e TODESCAN & VJEJRA89 (1972) não é observável nos modelos enviados a laboratório de prótese. Por isso julga-se válido citar a opinião de SAMI e colab}S (1990) que contra-indicam o uso de moldagem única com siliconas de adição em casos de extremidades livres, pelas alterações produzidas 72 em todas as direções, conforme as medições microscópicas que fizeram em estudo laboratoriaL A terminologia pode ser um fator intrínseco de respostas inadequadas nos questionários conforme afirmam IDRAN043 (1979), MANN57 (1973) e MURTOMAA e colab61 (1992) o que pode se verificar no quadro 38: a alta taxa de selas plásticas (31, 57%) deve estar assocíada a sinonímia desconhecida aos respondentes, pois é notório que as PPRELBs não podem usar selas desse tipo e sim as metalo-plásticas (ou plásticas com reforço metálico). Neste trabalho procurou-se ao máximo usar sinonímias comuns ao país e por isso o caso clínico teve um índice de respostas compatíveis tão alto, quando comparado a outros trabalhosexistentes na literatura. Com relação aos conectores maiores, considerados os responsáveis pela reciprocidade cruzada FIORJ34 (1983); HENDERSON & S'IEFFEL 42 (1979) e MILLER & GRASsoS8 (1990), houve um pequeno número de tipos indicados. Credita-se a esta situação o fato de ser o caso no arco inferior, cujas características levam, basicamente, à indicação de uma barra lingual clássica. Se o caso fosse no arco superior, o número de respostas diferentes em si seria, com certeza, bem maior. Os apoios que, segundo ROACH70 (1930), são os responsáveis pela fixação e supone das PPRs, citados nos quadros 34 e 35, seguiram as variações possíveis em função dos retentores diretos e indiretos indicados anteriormente. Mas é válido assinalar que os apoios em faces linguais dos dentes J1 J3 e aqueles nas faces distais de 414 são contra-indicados por diversos autores consultados (BEN-HUR e colabl4, 1991; CARLSSON e colab21, 1962; KRAJICEK48, 1972; TEBROCK e colab83, 1979). Assim sendo, as observações dos respondentes sobre retentores diretos ou indiretos, apoios e conectores maiores apenas reforçam mais uma vez a 73 complexidade do estudo biomecânica das PPRs e o conseqüente planejamento dos casos. Como se viu pelas respostas recebidas, as soluções podem ser variadas, tratando-se - inclusive - de um mesmo caso clínico bastante restritivo como o proposto no questionário. Essa questão - planejamento - talvez uma das mais envolventes na área acadêmica de PPR, tem sido abordada de um modo mais abrangente pelo uso de computadores e programas ainda simples conforme os trabalhos de BEAUMONT13 (1989), AUGUSBURGER7 (1969), WICKS & PENNELL98 (1990) e JOURDA44 (1991). Estes programas ainda envolvem poucos casos e não têm como englobar todo o número de situações clínicas que podem ocorrer. Portanto, pode-se considerar que, apesar da aparente semelhança entre as Instituições de Ensino de nosso Estado, a realidade clínica observada em laboratórios de prótese ou entrevistas com Cirurgiões-Dentistas é bastante distante do meio universitário e pode envolver muitos fatores externos, tais como: profissionais negligentes, profissionais desinformados, profissionais que delegam responsabilidades a técnicos não bem informados tecnicamente, uso de técnica laboratorial e materiais inadequados e falta de senso crítico do possível dano de uma PPR não integrada ao todo do Sistema Estomatognático. Jamais seria o objetivo deste trabalho ditar normas a serem seguidas no futuro, mas pode-se imaginar que é chegado o momento de refletir seriamente sobre a situação atual da Prótese Parcial Removível em nosso meio, procurando através de medidas concretas mudar as atitudes dos profissionais, de técnicos de prótese e alterar os currículos clínicos para que, dentro de várias décadas, o mau conceito da PPR dentro da comunidade possa ser alterado, voltando a tê-la como instrumento clínico de excelência na reabilitação dos parcialmente edentados, para os quais, a Prótese Parcial Removível se configura como uma boa opção terapêutica. 74 "PROCURAR EM SI A CAUSA DAS FALHAS DOS ALUNOS: QUE SURPREENDENTES DESCOBERTAS SE FARIAM SE OS EDUCADORES ESTUDASSEM UM POUCO MAIS A FUNDO OS PROBLEMAS DO APRENDIZADO NA SUA CLASSE E QUE FREQÜENTEMENTE TAMBÉM SÃO OS SEUS PROBLEMAS". PEDRO F!NKLER, !966. 7. CONCLUSÕES Baseado na pesqutsa efetuada e em conceitos emítidos pelos diversos autores consultados nas referências bibliográficas, parece ser possível chegar às seguintes conclusões: - As condições de Ensino de Prótese Parcial Removível nas Instituições paulistas· analisadas pennitem concluir que são semelhantes aos padrões nac.:ionais e internacionais; - Parece não existirem diferenças didáticas significativas entre as Universidades Estaduais. Universidades Particulares e Faculdades Particulares do Estado de São Paulo no que tange ao ensino da Prótese Parcial Removível; - A Biomecânica e as diversas possibilidades de planejamentos para um mesmo caso clínico parecem ser fatores que exijam reflexão mais profunda por parte do Corpo Docente paulista, com vistas a criação de uma metodologia que gere melhor desempenho e motivação do aluno e conseqüente aplicação pelo Cirurgião-Dentista por toda sua vida profissional; - Parece ser consenso geral que se toma necessária uma reforma curricular ampla para dotação de maior carga horária às atividades clínicas e/ou discussão de casos clínicos com conseqüente diminuição do conteúdo teórico e adequação das atividades laboratoriais com vistas a um melhor desempenho clínico posterior à Graduação e - Fica evidencíado, pela opinião dos respondentes e nos trabalhos consultados, que a situação critica da Prótese Parcial Removível na prática diária 76 não está diretamente ligada às condições agora existentes nas Instituições de Ensino e que estas devem procurar encontrar as possíveis causas dessa estarrecedora situação por constituírem um grupo mais identificado cientificamente que aquele dos profissionais formados ou dos técnicos em prótese dentária. 8. 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Observou-se que o nível dos cursos de Graduação está adequado aos padrões esperados: que não existem diferenças significativas· entre os diversos tipos de Instituições de Ensino; que a Biomecânica é o aspecto mais critico do aprendizado e que também é necessário dispender-se maior tempo clínico com os alunos, o que implicaria uma reformulação curricular, adequando-a a uma posterior aplicação prática nos consultórios. Também se notou que a questão é multifatorial e exige o envolvimento de outras à.reas de pesquisa antes de tomar possível traçar novas diretrizes para o Ensino Universitário de Prótese Parcial RemovíveL SUMMARY An investigation was made in ali Schools of Dentistry of São Paulo State to know about the didatic conditions of the teaching ín Removable Partia! Prosthodontics, with a response ratio of 86,36%. It was observed that the Graduated Course levei is suitable to the expected models, that doesn't exist significant differences between various types of Teaching lnstitutions; that biomechanics is the most criticai aspect in the act of leaming and that is also necessary to expend more clinical time with the students, implicating in a curriculum reformulation adapted to the posterior application in dental office's practices. It was also noted that the problem is multifactorial and involves other research areas before create new guidelines to the Graduate teaching ofRemovable Partial Prosthodontics. ANEXO QUESTIONÁRIO FACULDADES DE ODONTOLOGIA 1. A Disciplina de PPR * se inicia no semestre do Ano e termina no semestre do~ ano de Graduação. -- -- -- 2. Carga Horária total de PPR dentro da Cadeira/Dísciplina de Prótese Dental horas/aula/mês 3. Carga Horária Individual em P.P.R.: a. Parte Laboratorial: Hrslaulalmês, durando semestres(s) b. Parte Teórica: Hrs/aula/mês, durando semestres(s) c. Parte Clínica: __ hrs/aula/mês, durando_ semestre(s) 4. Concomitância de Atividades durante o Curso: ( ) Parte Teórica e Laboratorial ( ) Parte Teórica e Clínica () Parte Teórica, Clínica e Laboratorial 5. Os Professores participantes na parte teórico/laboratorial são os mesmos das atividades clínicas? ()sim ( ) os mesmos somados a outros ()não 6. Acredita que todos os docentes envolvidos no ensino de PPR compartilhem de filosofia única quanto ao planejamento de um mesmo caso clínico? ()sim ()não 7. Citar livro(s) Texto mais usados de fato, no Curso de Graduação (nome livro, autor, ano) 8. São usadas apostilas/manuais/roteiros no desenvolvimento do Curso: ()não ()sim (tipo(s), nome(s): * PPR: Ahrev!atuu de~ Parcial Removivel Sinonímia: APR- Aparelho Parcial Removível 9. Quais os pontos que julga serem mais difíceis no ensino de planejamento de PPR aos alunos: ( ) Biomecânica ( ) Planos Guias/Recontomearnentos Dentais ( ) Retentores e suas indicações ()Conectores Maiores (Barras) ()Outros 10. Para um melhor aprendizado sobre planejarnento em PPR, qual (quais) o(s) meio(s) que julga mais eficiente(s): ( ) Aulas teóricas ( ) Seminários teóricos ( ) Seminários/Discussão de Casos Clínicos ( ) Maior tempo de atividades clínicas 11. Ao término dos ensinamentos e atividades clínicas, como julgaria ser o desempenho de seus alunos frente ao planejamento destas próteses: ()BOM ()REGULAR ()RUIM 12. Quais seriam os prováveis motivos, segundo seu pensamento, que levam a maioria dos clínicos-conforme diversas pesquisas realizadas - a não se preocuparem em confeccionar suas PPRs de modo semelhante (ou ao menos próximo) do que aprenderam na vida universitária? PLANEJAMENTO DE UM CASO DE PPR DE EXTREMIDADE LIVRE INFERIOR IMPORTANTE: As respostas a serem dadas devem ser baseadas exclusivamente no que é ensinado aos alunos de Graduação de sua Escola e não serem influenciados por conhecimentos mais aprofundados no assunto. A) APRESENTAÇÃO DO CASO ARCO INFERIOR InformaçõesComplementaren- Os dentes remanescentes não possuem mobilidade patológica. - Arco antagônico: é totalmente dentado, com curvas ântero- posterior e látero-lateral normais. MO~ -- - ·- .,_ =;~r " I' - :::··' ~ VISTA VESTIDULAR ESQUERDA J:\~1 cS?~CTA VISTA LINGUAL ESQUERDA "(;::;1 l~v VISTA DISTAL DE 4J4 Em função do caso considerado pergunta-se: B) ESTUDO DA LINHA EQUATORIAL PROTÉTICA 13.0s dentes remanescentes necessitam de: a) Planos (Superficies) Guia ()não ( ) sim (citar dentes e fàces) b) Recontomeamentos (adequações) :()não ()sim (citar dentes e faces) C) SISTEMA DE RETENÇAO 14. Retentores Diretos: (dentes e tipos de grampos indicados): 15. Retentores Indiretos (Dentes e tipos de grampos/dispositivos): D) SISTEMA DE FIXAÇÃO/SUPORTE 16. Apoios (Dentes e faces)------------------ E) RECIPROCIDADE 17. Qual o conector maior (barra) mais indicada no caso: ( ) Barra Lingual Clássica ( ) Grampo Contínuo de Kennedy ( ) Placa Lingual ( ) Outros (citar nome) F) SISTEMA DE EST ABILIZAÇAOIESTABILIDADE 18. Sela (Base) indicada ()Metálica ()Plástica ()Mista (metaloplástica) 19. Há necessidade de moldagem especializada da área desdentada? ()não ()sim (citar material( ais) utilizado(s): 20. Dentes artificiais para o caso: ( ) Resina acrílica ( ) Porcelaoa ( ) Superficie metálica OBSERVAÇÕES FINAIS - Agradecemos muito sua colaboração - Por favor colocar o questionário dentro do envelope pré-selado anexo, fechando- o com cola. Obrigado. APÊNDICE Esclarecimentos sobre os quadros 13 e 14 A) Livros texto citados pelos respondentes L HENDERSON, D. & STEFELL, V.L. MC CRACKENS - prótese parcíal removível, 5. ed., São Paulo, Artes Médicas, 1979. 2. FlORI. S.R Atlas de prótese parcial removível, São Paulo, Pancast, 1983. 3. MILLER, E.L. & GRASSO, J.E. Prótese parcial removível, 2. ed.1São Paulo, Ed. Santos, 1990. 4. MILLER E. L. Prótesis parcial removible, Buenos Aires, Interamericana, 1975. 5. ZANETTI, A.L. & LAGANÁ, D.C. Pl;uwjamento: prótese parcial removível, São Paulo, Sarvier, 1988. 6. APPLEGATE, O.C. Essentials of removable partia! prosthesis, 3.ed., Philadelphia, W.B. Saunders, 1965. 7. REBOSSIO, A.D. Prótesis parcial removible, 3.ed., Buenos Aires, Mundi, 1963. 8. TAMAKI, T. Prótese parcial fixa e removível, São Paulo, Sarvier, 1971. 9. PRIESKEL, H.W Precísion attacbments in dentistry, 3.ed., London, Henry Kimpton, 1977. 10. DYKEMA, R.W, CUNNINGHAN, D.M1 JOHNSTON, J.F. Ejercício moderno de la prótesis parcial removible1Buenos Aires, MundL 1970. 11. ZARB, G.A.; BERGMAN, B.; CLAYTON, J.A. Prosthodontic treatment for partially edenwlous patients, Saint Louis, C. V. Mosby, 1978. 12. JOHNSON, D.L. & STRATTON, R.J. Fundamentos da prótese removível, São Paulo, Quintessência, 1988. 13. GRIEDER, R. & CINOTTI, R. Prótesis periodontal, Buenos Aires1 Mundi, 1973. 14. RUDD, K.D. & MORROW, RM. Dental laboratory procedures, Philadelphiaf.V Mosby, 1981. 15. DESPLATS, M. A prótese parcial removível na prática diária1 São Paulo, Pancast, 1989. B) Idiomas dos livros-texto B.l. - Ponuguês: nos livros:1,2,3,5,8, 12,1 S. Espanhol- 4,7,10,13, Inglês- 6, 9, 11,14 Autorizo a reprodução xerografica pelos interessados. São Paulo,/!./ de dezembro de J 993. FERNANDO LUIZ BRUNETTI MONTENEGRO