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Data de Defesa - 14 de dezembro de 1993. 
COMPONENTES DA BANCA EXAMINADORA 
Prof.Titular DrREYNALDO TODESC~'l (Presidente) 
ProfTitualr Dr KRUNISLA VE ANTONIO NOBILO 
Prof Dr HAMILTONNAVARRO 
Prof Dr HENRIQUE CERVEIRA NETO 
Prof Dr. WALDIR ISAAC MALUF 
MÉDIA FINAL DE APROV ACÃO 
NOTA 
IO,O(dez) 
!O, O( dez) 
!O, O( dez) 
IO,O(dez) 
IO,O(dez) 
NOTA !0,0 (dez) e menção "distinção com louvor" 
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
FACULDADE DE ODONTOLOGIA 
A V ALIAÇÃO SOBRE O ENSINO DA PRÓTESE PARCIAL 
REMOVÍVEL EM FACULDADES DE ODONTOLOGIA 
PÚBLICAS E PARTICULARES DO ESTADO DE SÃO PAULO 
FERNANDO LUIZ BRUNETTI 
MONTENEGRO 
Tese apresentada à Faculdade de 
Odontologia da Universidade de São 
Paulo, para concorrer ao Título de 
DOUTOR, pelo Curso de \'és-
Graduação em ODONTOLOGIA, Area 
de Concentração: Prótese Dental. 
Orientador: Prof. Titular Dr. 
REYNALDO TODESCAN 
SÃO PAULO 
1993 
/ J loS 
; ' ' ' ' '' 
' Yl ~ ·~. ! ,, ) 
Catalogação-na-Publicação 
Serviço de Documentação Odontológica 
Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo 
Montenegro, Fernando Luiz Brunetti 
Avaliação sobre o ensino da prótese parcial removível em faculdades de odontolo-
gia públicas e particulares do Estado de São Paulo I Fernando Luiz Brun.etti Montene-
gro; orientador Reynaldo Todescan. --São Paulo, 1993. 
90 [7]p, ; íL 
Tese (Doutorado - Curso de Pós Graduação em Odontologia - Área de concentração 
em Prótese Dental) -- Faculdade de Odontologia da Utúversídade de São Paulo. 
I. Prótese parcial removível 2. Odontologia -Ensino 
,t tP ,:~ 
0. ,, 
CDD 617.69 
BLACKD071 
03321 
À MIRELLA, muito mais que esposa e mãe, 
amiga e companheira nesta longa jornada 
chamada VIDA. 
"Um dia, com o passar dos anos, e que na vida 
houver a lembrança desta etapa universitária e 
profissional, com ceneza você virá à mente, pois em 
tudo houve sua presença, seu apoio e a vontade de 
juntos realizannos esta conquista", 
A VOCÊ PROCURO DEDICAR 
MELHORES MOMENTOS E 
TRABALHO FAZ PARTE DELES. 
MEUS 
ESTE 
À MINHA FILHA NATHALIE 
O meu amor eterno e as minhas desculpas pelas 
horas que a privei de meu convívio. Um dia, já 
crescida. poderá ler estas linhas e entenderá tudo o 
que representa para mim. 
AOS PAIS JUDITH E unz OCT À VIO 
A vocês, que além de nos doarem a vida, se 
entregaram inteiros e renunciaram aos seus sonhos 
para que, muitas vezes, pudéssemos realizar os 
nossos. Não há como achar palavras para agradecer-
lhes nesta hora. 
AOS AVÓS PATERNOS, AMÉLIA E FERN~'IDO MONTENEGRO 
AOS AVÓS MATERNOS, OTTJLIA E NATAL BRUNETTI 
Não posso tê-los comigo neste momento, mas suas 
vidas e atitudes ajudaram a forjar um modelo, que 
perdurará por toda a minha existência. 
SAUDADES ETERNAS. 
Muitos que tiveram seu apoio em trabalhos como este, 
nesta página, exaltaram-no a seu modo: 
uns, citando sua abnegada e incansável ajuda, 
outros, a infindável paciência com os iniciantes. 
Muitos se intimidaram pela grandeza de seus conhecimentos, 
que o levaram a ser considerado em todo o continente americano. 
Todos citam sua vontade diuturna de trabalhar em Odontologia, 
bem como suas lutas árduas na vida Classista e Universitária. 
Mas nada se equipara ao sentimento que tive 
ao penetrar o seu círculo fàmiliar e poder 
compartilhar, além de um "Don Reynaldo Speciale11 , 
a sua imensa preocupação com meu presente e futuro, 
especialmente nos momentos de incerteza que passei 
Aí a persona odontológica que imaginei ter conhecido, 
transformou-se em um alguém ainda mais fascinante. 
Por tudo que consegui escrever aqui e de algo 
rpaior que seria impossível descrever com palavras, 
E com muita honra e reverência que tenho, 
como meu onipresente ORIENTADOR, 
REYNALDO TODESCAN 
I 
I 
I 
I 
I 
I 
AGRADECIMENTO ESPECIAL 
Um homem que tem de modo claro 
a maioria das virtudes pessoais e profissionais 
que um cirurgião dentista imaginaria, um dia, 
possuí-las reunidas para si. 
Seu exemplo de pulso forte e 
apoio irrestrito aos mais novos, 
bem como sua integridade universitária, 
tomaram-se objetivos comuns à maior 
parte dos que com ele conviveram 
desde o dificil início em São José dos Campos, 
passando pela A.P.C.D., FOUMC, Conselho Regional 
de Odontologia, UNlP (Objetivo ), Escola de Aperfeiçoamento 
Profissional e COAT (FOSJCarnpos). 
Um nome. Um profissional único. 
RUY FONSECA BRUNETTI 
AGRADECIMENTOS 
- Aos Profs. Drs. TETSUO SAlTO e MARIO UETI, responsáveis por minha 
iniciação em Prótese Fixa-Doutorado meu sentimento de muito ter aprendido, mas 
a total certeza que ainda existe muito a descobrir. 
- Aos Profs. Drs. ARTEMIO LUIZ ZANETTI e CARLOS GIL, pelo apoio e 
consideração durante os trabalhos referentes à Prótese Removível (Doutorado). 
- À Comissão de PÓS-GRADUAÇÃO da FOUSP que sugeriu importantes 
critérios para que o plano de pesquisa primordial fosse mais adequado 
cientificamente. 
- Aos Profs. Drs .. NICOLAU TORTAMANO, PASCOAL ARMONIA e o 
saudoso MARCIO MACHADO DE OLIVEIRA, que permitiram a confecção de 
um programa de Doutorado muito acima de minhas expectativas. 
- À Bibliotecária TELMA DE CARVALHO C AMARA, cujas detalhadas 
intervenções, ajudaram a tomar o trabalho mais em confonnidade com o padrão 
catalográfico da FOUSP. 
- Ao SETOR DE CURSOS DA FOUSP, cujas incansáveis funcionárias foram 
sempre solicitas durante todos esses anos de convívio. 
- Na parte de Informática deste trabalho, deve-se destacar a efetiva participação do 
jovem afilhado, CARLOS ROBERTO DE CUNTO MONTENEGRO. 
Complementaram as correções posteriores os familiares de OSAMU KIMURA. 
- À Sr' EMÍLIA DE FRANCO (DATAFOLHA), Dr' LEDA MARCHESINI DE 
MENDONÇA e Sr' NEUSA MORGANTE pelos importantes subsidios nos 
aspectos de estatística, tabulação e pesquisa social incluídos neste trabalho. 
- À Sr' LUIZETE PACHECO E SILVA pela inestimável colaboração na parte de 
digitação e padronização quanto à impressão. Graças a sua atuação e colaboração 
a do Sr. RUY MATHEUS DOS SANTOS E EQUIPE na impressão a laser, 
copiagem e encadernação é que esse trabalho teve esta apresentação. 
- À Sr' IVONNE FEL! CE GONÇALVES pelo auxílio na revisão da escrita. 
-Aos Srs. ADHEMAR GODOY DE PENTEADO, CARLOS MONFATO e Srt' 
MARCIA URBAN pelo apoio operacional à realização deste trabalho. Eles, ao 
longo desses seis anos, representam muito bem a maioria dos valorosos 
funcionários da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas/Sede Central. 
- Aos COLEGAS de DOUTORADO bem como aos CON1EMPORÂNEOS DE 
MESTRADO, meu reconhecimento e regozijo ao dever cumprido pela maioria de 
nós. 
- Aos Srs. NICOLAU CURY e WALDIR ROMÃO, cujas opiniões sinceras, 
baseados em suas largas experiências laboratoriais e de vida, ajudaram a abrilhantar 
um pouco mais este modesto trabalho. 
-Aos FUNCIONÁRIOS de CLÍNICA, LABORATÓRIOS e DEPARTAMENTO 
das diversas Disciplinas de Prótese da FOUSP, o meu agradecimento profundo 
pelo rápido atendimento às demandas constantes nesses seis anos de convívio. 
- Às SECRETÁRIAS do DEPARTAMENTO de PRÓTESE da FOUSP pela 
incondicional resposta às solicitações surgidas nestes anos de troca de 
experiências. Todas (Miriarn, Mines, Marisa e Célia) tomaram simples as 
complexas solicitações de meus professores. Muito Obrigado, mesmo. 
-Ao Setor de Aperfeiçoamento_e Recursos Humanos do INAMPS, bem como aos 
colegas do PAM-CONSOLAÇAO, impossível denominá-los nestas poucas linhas, 
o agradecimento pela tolerância que tiveram neste período de realização dos 
Cursos de Pós-Graduação. 
- Ao CNPq, pela Bolsa de Estudos parcial durante a realização desta pesquisa. 
"O grande perigo para muitos educadores é de, no 
fogo da ação, esquecerem praticamente o fim 
supremo de sua atividade11 
ABBÉ GASTON COUNTOIS, !942. 
SUMÁRIO 
L INTRODUÇÃO •••••••••• o ••••••••••••••••••••• 
2. REVISTADA LITERATURA ••••••••••••••••••• o •• o • 
3. PROPOSIÇÃO o t o' • o o o o o o o o o o • • • o • o o • o o o o o , , , o • o o • 
4. MATERJAL E MÉTODO ••••••••• o •••••••••••••••••• 
4.1 -Material 
4.2- Método 
5.RESULTADOS ••••••••••••••••••••••• o •• o ••••••• 
6. DISCUSSÃO ••••••••••••••••••••••••••••••• o •••• 
7. CONCLUSÕES ••••••• o o o ••••• o ••••••••••••••• o •• o 
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ••••• o •••••••••••••• 
RESUMO·. ••••••••••••••••• o ••••••••••••• o •• o •• o • 
SUMMARY •• o •••••••••••••••••••••• o ••••••• o ••••• 
ANEXO ....................................... 
APÊNDICE •••• o •••••••••••••••• o • o •••••••••••••• 
Pág. 
01 
06 
24 
25 
25 
25 
29 
61 
75 
77 
91 
92 
93 
97 
!.INTRODUÇÃO 
O estágio atual da Humanidade se caracteriza por grandes e 
súbitas evoluções em todos os campos do saber. O Homem começa a entender 
melhor os mistérios da natureza e de seu próprio Ser e, em função disso, assume 
novos posicionamentos e renova conceitos visando obter condições que tomem a 
vida mais longa e saudável, tanto tisica como mentalmente. 
A Odontologia também participa dessas evoluções: assistimos a 
uma revolução de conceitos e filosofias envolvidas no diagnóstico e na cura do 
Sistema Mastigatório* que abrange três grandes pontos: o conhecimento (baseado 
na investigação científica), a presetvação (de tudo que possa agredí-lo ou degradá-
lo) e a reabilitação (visando a devolver-lhe um melhor funcionamento e maior 
longevidade). 
O trabalho protético não pode ser visto como o simples ato de 
preencher aleatoriamente espaços desdentados com aparelhos, sem conteúdo 
biológico integrado ao SM e que, ao serem instalados, criem iatrogenias que, 
dependendo do grau, podem ter conseqüências irreversíveis. 
O profissional responsável pela reabilitação do paciente deve 
possuir conhecimentos bastante abrangentes sobre o funcionamento do SM, para 
que possa criar condições que permitam ao cliente retomar ao estado de 
nonnalidade. 
• Daqut por dian~e es..'rito dessa forma ou pela abreviatura SM. 
2 
A restauração do Sistema Mastigatório, até o mms próximo 
possível de seu estado inicial, irá permitir uma trituração e assimilação dos diversos 
nutrientes necessários, contribuindo para obter-se melhor saúde corporal e bucal. 
Ao restaurar-se a função rnastigatória, todo o corpo irá beneficiar-se, já que há 
uma relação inseparável entre esta reabilitação, a saúde bucal e a prevenção de 
uma deterioração maior desse Sistema. 
Por causa da grande variedade de combinações entre dentes 
perdidos e remanescentes, dos numerosos tipos de trabalhos protéticos disponíveis 
e da diversificação das necessidades peculiares a cada paciente, a prótese adequada 
para restaurar a normalidade de uma boca pode ser muitas vezes um processo 
bastante complexo e que envolve, ainda, muitos aspectos como idade, estado de 
saúde, sexo, situação financeira, desejos e atitudes do paciente, isto somente para 
citar-se parte dos fatores envolvidos. 
Dentro das opções para a reabilitação de arcos parcialmente 
edentados pode-se ter próteses parciais fixas e próteses parciais removíveis* . Para 
MILLER & GRASso58 (1990) as primeiras seriam indicadas para pequenos 
espaços protéticos como recolocação de dentes anteriores, para contenções, para 
pacientes com dificuldade motora e até, em alguns casos, para indivíduos com 
distúrbios nervosos. Por outro lado, as PPRs seriam basicamente indicadas para 
espaços posteriores edêntulos, conhecidos como extremidades livres, 
MONTENEGRQ59 (1989), NAVARRQ62 (1988), TODESCAN86 (1960), para 
grandes espaços protéticos ou onde haja dentes suportes não adequados às 
próteses parciais fixas (caso de crianças e adolescentes), para se obter uma 
reciprocidade bilateral, para restaurações de contornos faciais, para fechamento de 
fissuras palatinas, para casos de grandes perdas ósseas, para prótese de estudo de 
casos mais complexos, para pacientes com pouco tempo de vida, para indivíduos 
• A partir daqui escntas dessa forma ou pela abreviatura PPRs (o singular - PPR - seguirá esse critério) 
3 
com perda de dimensão vertical, para pacientes diabéticos compensados e ainda 
para aqueles que tenham usado outros tipos de prótese e não se adaptaram a elas. 
Infelizmente, muitos pacientes não compreendem ou não 
apreciam a contribuição significativa que uma PPR pode trazer para a saúde bucal, 
para a eficiência mastigatória e para a sua comodidade/tranqüilidade. Talvez o 
aspecto mais critico esteja no fato de que muitos Cirurgiões-Dentistas* tampouco 
crêem nessas vantagens/caracteristicas das próteses parctats removíveis 
(NAVARRo62, 1988) 
Dentro dos diversos tipos de PPRs, é necessário compreender a 
diferença fundamental que existe entre a prótese que se apoia somente sobre os 
dentes suportes e as próteses de extremidades livres. No primeiro caso, a força é 
transmitida ao osso através do ligamento periodontal, agindo de modo semelhante 
às próteses parciais fixas. Já no segundo tipo, existem dois suportes distintos: os 
dentes e o ligamento periodontal quase imóveis (cerca de O, 1 mm) -
MONTENEGR059 (!989), TODESCAN86 (1960), ZANETTI & LAGANÁIOO 
( 1998) - e a :fibromucosa do rebordo residual, que pode sofrer um deslocamento 
entre 1,5 e 3,0 mm, para a mesma carga mastigatória recebida pelos dentes. 
É possível imaginar-se, então, que a problemática aumenta 
bastante quando existem duas áreas posteriores no mesmo maxilar e que, segundo 
HENDERSON & STEFFEL 42 (!979) pode acontecer em 72% dos casos de 
próteses parciais removíveis. 
Apesar do grande número de casos existentes a PPR não é 
tratada pelos CDs com a devida importância, que sequer seguem os princípios 
básicos de planejamento estabelecidos por ROACH70 em 1930 ou mesmo 
Bonwin74 1896, conforme evidenciou recente pesquisa efetuada por 
NAVARRo62 (1988) em trinta laboratórios comerciais da Grande São Paulo, 
~Daqui por d1arne escrito dessa forma ou pela abreviatura CI)s; singular: CD 
4 
onde 59% dos casos eram de próteses parciais removíveis de extremidades livres 
bilaterais* . 
Esses dados coincidem com os obtidos por BARSBY & 
SCHWARZ9 (1979), na Inglaterra, que compararam laboratórios de próteses 
vizinhos a Faculdades de Odontologia. Notaram eles que os modelos lá existentes 
não possuíam as mesmas caracteristicas exibidas nos ensinamentos universitários. 
Comprovou-se assim que o que se ensinava aos alunos não era necessariamente 
transferido para seus consultórios depois de terem se graduado. 
Entre os maiores erros observados e que levam ao insucesso das 
PPRs temos: planejamEmto inadequado ou inexistente, ausência de preparo de 
boca - tanto geral como específico (preparos para apoios, planos guia, 
recontomeamentos dentais) à PPR - falta de retenção imlireta, não delineamento 
dos modelos, ausência de desenhos de orientação ou bilhetes explicativos aos 
laboratórios além de wna série de outros aspectos bastante críticos que podem 
levar uma PPR assim confeccionada a ser mais destrutiva que reabilitadora do 
Sistema Mastigatório (FRANTz37, 1975; QUJNN68, 1971; TODESCAN & 
ROMANELLI88, 1971; TODESCAN & VIEJRA89, 1972; ZANETTI & 
LAGANÁ 100, 1988). 
Diante do exposto, parece ser viável o interesse de se conhecer 
sob quais condições e como é ensinada a Disciplina de Prótese Parcial Removível 
no meio universitário do nosso Estado. Procurar-se-á, neste estudo, descobrir as 
possíveis causas de tão grave e estarrecedora situação no que se refere às citadas 
próteses, como já foi constatado por diversos autores não só no Brasil como em 
todo o mundo. 
Determinar as razões que geram destruições nos dentes e tecidos 
de suporte dos pacientes é uma das funções de um professor universitário 
• Daqui por diante escritas por extenso ou pela abreviatura PPRELBs: smgular: PPRELB. Também conhecidas como Classe I 
de Kennedy47 (l928). 
5 
consciente do seu papel preventivo na Odontologia e que não só da parte técnica 
pura sobrevive uma profissão mas é preciso observar se o existente no sustentáculo 
teórico de uma disciplina, com patentes conseqüências clínicas, está sendo 
realizado pelos profissionais.Procurar essas causas nos polos geradores de novos 
Cirurgiões-Dentistas parece uma preocupação bastante válida, e de cuja análise 
poderão até advir repercussões benéficas no trabalho em consultórios, laboratórios 
de prótese* e nas Faculdades de Odontologia. É o que se espera venha a acontecer 
em futuro não muito longíquo. 
• DaquJ por diante escrito dessa fonna ou simplesmente laboratórios; smgular: Jaboralório. 
2. REVISTA DA LITERATURA 
A substituição de dentes perdidos através de próteses dentárias é 
um procedimento bastante antigo e, conforme FOUCHARD36 (1746), já era 
realizada, embora empiricamente, em indivíduos da aristocracia etrusca e até 
mesmo na antiga Grécia. através de uma ligadura para conter dentes com 
mobilidade. 
Foi o próprio FOUC1JARD36 (1746) quem indicou a construção 
de um "protótipo" de PPR. com braços de grampos associados ao marfim para que 
a "prótese" tivesse maior rigidez. característica esta que permanece até os dias de 
hoje. 
Em 1889, DRISCOLL31 já discorria sobre certos princípios que 
deveriam ter os grampos, particularmente em relação à retenção e reciprocidade e 
sobre o pape] dos apoios oclusais. Em que pesem 104 anos da descrição desses 
conceitos na literatura odontológica, ainda nos dias atuais eles são negligenciados 
ou pouco levados em consideração na maioria dos casos de próteses parciais 
removíveis. 
Conceitos preventivos de higiene bucal e dos aparelhos, através 
da realização de um desenho adequado dos componentes da estrutura metálica, já 
eram sugeridos há um século por PALMER64 (1893). 
Como se pode depreender, muitos dos conhecimentos que nos 
permitem a construção de uma PPR satisfatória já existiam desde os primórdios 
das Odontologia modema. Mas coube a BONWTI..L74 (1896), agrupá-los em uma 
7 
seqüência lógica, na forma de "leis", o que, segundo SAIZAR74 (1950) deu início 
à era científica da Prótese Parcial Removível. 
Também os materiais das PPRs foram estudados e, segundo 
CRAIG & PEYTON27 (1975), foi em 1907 que HAYNES introduziu o cromo-
cobalto como liga fundível~ porém sua aplicação em Odontologia somente 
ocorreria a partir de I 932. Após grande difusão de seu uso pelo América do Norte, 
hoje ocupa a posição de liga mais usadas nas estruturas de PPRs no mundo 
também no Brasil*. 
ROACH71, em 1921, já alertava que o desenvolvimento da PPR 
nos últimos trinta anos não era o esperado - face aos enormes avanços da prótese 
fixa - mas julgava ser importante dar atenção à sua prática correta considerando 
que as estruturas metálicas naquele tempo, eram confeccionadas em ouro. No 
entanto, milhares de dentes se perdiam e tomava-se necessário que seus substitutos 
não levassem à destruição dos dentes remanescentes e dos tecidos de suporte. 
Por conta dessas preocupações, a melhora da PPR no campo 
científico deve em muito ser creditada a ROACH70 (1930), que estabeleceu 
princípios que perduram até os dias de hoje: a reciprocidade, a fixação, a 
estabilidade e o suporte, denominados "princípios biomecânicos de Roach" 
(ROACH71, 1930; NA V ARRo62, !988; SCHWARZ & BARSBY77, 1978). 
Convém assinalar, como resultado da pesquisa bibliográfica 
efetuada, a opinião de GIRARDQT38 (1941) sobre os grampos à barra ou por 
ação de ponta que, na classe odontológica, têm sua origem creditada a ROACH70 
(1930); "Na verdade, tais grampos foram criados, em sua maior parte, por 
Henrichinson em 1914, fato pouco divulgado na época entre os profissionais. A F. 
Ewing Roach coube apenas a uniformização da terminologia, chegando ao 
conjunto TULIC que conhecemos nos dias de hoje. 
• CURY N. & ROMÃO, W .. , Coorurncaçàu Pessoal. São Paulo, 1993. 
8 
Durante a década de 30, diversos autores corroboraram os 
princípios de ROACH e BADCOCK8, em 1936, já salientava que as próteses de 
vulcanite deveriam ter grampos unidos à estrutura para se evitarem os efeitos 
deletérios sobre o periodonto de proteção e suporte dos dentes remanescentes. 
Enquanto isso, WILLs99 (1938) apresentava as bases sobre o uso de delineadores 
e eixo (ou trajetória) de inserção, braços de oposição, apoios oclusais entre outros 
pontos. Em 1940, ELLIOTT32 reconhece ser o planejamento um passo de 
obrigação exclusiva do Cirurgião-Dentista, fàce às implicações biológicas dos 
casos e propõe um método simplificado para que os profissionais possam realizar 
essa tarefa rápida e adequadamente. 
MONTENEGRo59 (1989) informa que, no período 
compreendido entre 1941 e 1951, muitas soluções foram apresentadas para conter 
ou minimizar a reabsorção óssea que ocorre sob as selas das extremidades livres, 
tais como: diminuição da mesa oclusal dos dentes artificiais, extensão da sela pela 
maior área possível, selas articuladas, uso de rompe-forças, distribuição correta 
dos apoios, moldagem especializada da área desdentada até a diminuição do 
período de uso das próteses de Classe I de Kennedy. Muitos desses critérios 
continuam válidos até os nossos dias, mas o rompe-forças e as selas articuladas 
foram posteriormente condenadas, como afirma TODESCAN87 (1965). 
Talvez uma das pesquisas de opínião mais antigas sobre as PPRs, 
seja a realizada no ano de 1952 por ANDERSON & LAMMJE4, com 1947 
pacientes íniciais e 507 respostas recebidas de um questionário enviado por correio 
e com 274 casos analisados clinicamente. Desse total 42,5% eram pacientes de 
Classe I de Kennedy inferiores, o que já denotava o grande número de casos 
clínicos desse tipo de prática odontológica. 
9 
KA YREs46 ( 1956) pontifica a necessidade do conhecimento 
sobre a biomecânica das PPRELB para diminuir a ação das cargas oclusais nas 
regiões das selas. Comprovou, em laboratório, que a mesa oclusal estreitada nos 
dentes artificiais reduz a força aplicada sobre a fibromucosa e rebordos residuais. 
A importância da compensação das movimentações laterais que 
sofrem as selas em uma prótese de extremidade livre, bem como no uso de 
conectores maiores rígidos, são aspectos ressaltados por WEINBERG95 em 1956. 
No ano de 1959, ANDERSON & BATES3, em nova pesquisa 
com 461 pacientes, observaram que as próteses de Classe I de Kennedy eram as 
menos usadas pelos pacíentes com o passar dos anos, pois verificaram que o grau 
de falta de adaptação das selas (em função da reabsorção óssea ocorrida) impedia 
seu uso de uma forma cômoda. Aconselham controles periódicos e moldagens 
adequadas dessas regiões no que são apoiados por TODESCAN86 (1960) e 
CARLSSON e colab20 (1965). 
Em 1960 APPLEGATE5, chega a propor que a prótese de 
Classe I tenha suas áreas de mucosa exercitadas por massagens antes da moldagem 
definitiva, visando a criar um osso mais consistente para o suporte adequado das 
selas (bases). 
No ano seguinte (1961), autores como CARLSSON e co]ab22 e 
TOMLIN & OSBORNE90 observaram, após controles nos pacientes que haviam 
recebido PPRs anteriormente (entre 01 e 5 anos atrás), que os problemas 
apresentados eram o planejamento inadequado nos casos de extremidades livres, 
falta de moldagem adequada e ausência de reembasamentos periódicos, fatores 
estes que levariam à inflamação gengival, mobilidade e até perda dos dentes 
suportes. 
A qualidade das próteses removíveis, realizadas nos laboratórios 
de prótese, também se tornou a preocupação de diversos autores, como por 
10 
exemplo. McCRACKEN55 (1962) que, após enviar modelos de um mesmo caso 
de Classe I para vinte e oito laboratórios diferentes, obteve o triste dado de que a 
maioria dos planejamentos eram lesivos e biologicamente inadequados, o que o fez 
contra-indicar o desenho dos casos pelos protéticos, especialmente naqueles de 
PPRELBs. 
Em 1963 KRATOCHVIL 49, tendo estudado diversos casos de 
extremidades livres nos últimos anos, apresentou o grampo RPI*, no qual o apoio 
mesial seria uma solução adequada para os complexos casos de Classe I inferior, 
desde que corretamente indicado. 
A preOcupação com o ensino da PPR é primeiramente relatadaem 1964 por FISH35 que ponderou não ser possível ensinar nas Escolas a 
construção de estruturas metálicas para PPR, pois na prática diária o que se 
observa é um número bastante elevado de próteses em acrílico, cujo dano aos 
tecidos ultrapassa em muito a vantagem financeira obtida. Acrescenta que esse 
dilema educacional, ocorrido na Inglaterra, deve ser resolvido o mais rapidamente 
possível para melhor servir aos pacientes com nossos trabalhos. 
Em 1964, KYDD e colab. 51 observaram que a carga incidente 
sobre as selas das PPRELB durante a mastigação era de 57 kg/segundo/dia 
enquanto as forças de deglutição eram de 122 kglsegldia e por isso aconselhavam 
que no planejamento e nos acertos oclusais esses fatores fossem levados em 
consideração. 
O hábito de envtar instruções para os laboratórios, com 
informações clínicas e técnicas precisas, é uma grande preocupação de 
HENDERSON41 (1966), e serve ainda como sustentação moral e judicial 
reforçando o papel intransferível de planejador de seus casos de PPR que cabe ao 
Cirurgião-Dentista. 
* RJ>I significa: REST tapoio), PI..ATE (pii!Cil proximal) e I·BAR (grampo em T) 
11 
A moldagem pela técnica de modelo alterado (HENDERSON & 
STEFFEL 42, 1979) é uma boa solução clínica para os casos de Classe I, conforme 
LEUPOLD53 (1966), por propiciar uma melhor adptação das selas à fibromucosa, 
particularmente nos casos inferiores. 
POTTER67 (1967) critica a negligência dos CDs no 
planejamento de seus casos e afirma que só o profissional tem esta 
responsabilidade por conhecer a atuação dos diversos componentes das PPR sobre 
os tecidos vivos e também sobre o periodontal, o que é corroborado também por 
WAERHAUG92 (1968). 
ATKINSON & ELLIOT6 (1969) observaram que numa 
população de dez CDs fonnados há um ano nos Estados Unidos da América do 
Nane e oriundos de dez diferentes escolas (eles receberam quatro modelos e cerca 
de trinta itens para análise), que a maioria dos consultados não forneceu instruções 
adequadas ao técnico de laboratório e que a média de aceno no planejamento dos 
casos foi de 61,6%. Observaram os autores que, mesmo considerando o fato de 
serem recém-fonnados, é necessário um aumento na carga horária de Prótese 
Parcial Removível para um ensino apurado de planejamento. 
O uso de fórmulas matemáticas para o planejamento dos casos, 
somando-se ainda os aspectos biológicos de cada situação é o que apresenta 
AUGSBURGER7 (1969), como possível solução deste crucial problema. 
BOWMAN15 (1970) comparou duas pesquisas sobre o ensino 
de PPR: a primeira realizada em 1964 e a segunda, em 1969. Observou que houve 
redução na carga horária da pane teórica e incremento na pane laboratorial 
(inclusive no uso de delineadores), por meio de um questionário com vinte e um 
quesitos enviados para quarenta e três escolas dos Estados Unidos da América do 
Norte. 
12 
A indicação de apmos mesiais nas PPRELBs proposta por 
diversos autores anteriores a DERRY & BERTRAN29 (1970), é um aspecto 
muito importante realçado na pesquisa que estes fizeram por dois anos com 
quarenta e quatro casos clínicos, realizada no Royal Dental College, em Arhus, 
Dinamarca. 
SYKORA & CAL!KKOCAOGLU82 (1970) também concordam 
com outros autores que delegar a construção das PPRs aos técnicos de laboratório 
pode ser uma atitude perigosa, já que em sua pesquisa, que compreendeu o envio 
de modelos idênticos para vinte e cinco laboratórios, puderam observar que as 
diferenças no planejamento eram gritantes, face ao desconhecimento de fatores 
biológicos por parte dos técnicos e que são de inteira competência dos CDs. As 
conclusões a que chegaram são corroboradas por TODESCAN & 
ROMANELLI88 (1971) e TODESCAN & VIEIRA89 (1972), havendo tido estes 
últimos, confirmação em laboratórios de São Paulo e publicado artigo de grande 
repercussão em diversos países da América Latina. 
QUINN68(1971) analisando diversos aspectos sobre o curso de 
PPR (Graduação), considera que a pane laboratorial não simula bem as situações 
clínicas que podem ocorrer, já que próprio aluno, até aquele momento, não possui 
embasamento em Endodontía, Periodontia e Oclusão, que poderiam complementar 
o planejamento de fonna mais abrangente. O autor afirma que pelo menos dez 
casos "clínicos" devem ser efetuados em laboratório antes de o aluno se dirigir às 
atividades ambulatoriais. 
Em pesquisa realizada junto a quinhentos laboratórios de prótese 
da Inglaterra, MURPHY & HUGGETT60 (1972) observaram, por meio de um 
questionário com vinte e duas perguntas enviado pelo correio, que, em mais de 
90% dos casos, os técnicos é que fizeram o planejamento, havendo a participação 
13 
exclusiva dos CDs em apenas 3% dos modelos recebidos para construção de 
estruturas metálicas. 
Em 1973, GOODKJND39 afirma que a colocação de apmos 
mesiais e confecção de planos-guia em casos Classe I de Kennedy são fatores que 
levam à mobilidade dos dentes supones, fatos estes não só contestados por 
KROLLSO, como pela maioria dos autores consultados nesta revisão bibliográfica. 
Essa referência teve por fim mostrar o quão complexa pode ser a questão de 
planejamento de um caso clínico. 
0WALL63 (1974), considerando que o ensmo dos técnicos é 
também importante, realizou um programa de treinamento com fotos e desenhos, 
além de suporte teórico básico. Pôde observar com isso que houve um ganho na 
qualidade de planejamento de 4 ?O/o entre os técnicos, mas, mesmo assim, afirma 
que a responsabilidade deve ser sempre do profissional, pois muitos são os 
aspectos biológicos envolvidos e que só o Cirurgião-Dentista pode ter uma visão 
mais global do planejamento. 
VJEIRA91 (1974) sugere que a carga horária da atividade 
laboratorial seja diminuída em troca de um aumento das horas clínicas de PPR. Na 
maioria das Faculdades brasileiras correspondem a 9.65% do currículo total, 
quando o ideal seria um curso com 14,52% do tempo dedicado à Prótese Parcial 
Removível clínica. 
FRANTz37 ( 1975) observou, em pesquisa realizada entre 
cinqüenta e sete CDs com o mesmo caso clínico, profundas diferenças em seus 
planejamentos. Por isso aconselha, entre outros pontos, que se deva aumentar o 
tempo de aprendizado da PPR nos cursos de Graduação, a fim de que as 
discrepâncias que observou, possam ser sanadas e assim evitados danos aos 
pacientes. 
14 
A importância de uma PPR adequada para a saúde bucal pode 
ser avaliada no trabalho de WEINTRAUB & GOY AL97 (I 976) que a 
consideraram medida primordial de prevenção terciária, já que deve respeitar os 
tecidos de suporte e restaurar a função, além de exigir ajustes e controles 
periódicos, durante os quais poderão ser observados os dentes remanescentes e 
estruturas circunvizinhas. 
Dois trabalhos clínicos com PPRs, publicados em 1977, são úteis 
para mostrar o papel exercido pelos casos de Classe I na cavidade oral. No 
primeiro, SCHW ALM e colab.76 observaram, entre 64,2% de casos de Classe 1 
inferior, um aumento na quantidade de placa bacteriana e aparecimento de 
inflamação marginal de média intensidade ao redor dos dentes suportes e outros 
elementos dentários componentes da estrutura metálica. BRILL e colab.l 7 (1977) 
afirmam que as PPRs alteram a situação ecológica previamente existente, 
denotando a importância da higienização bucal, e que o acúmulo de alimentos pode 
ser diminuído com um desenho mais simplificado da estrutura metálica, com menor 
número de retentores, além do uso de bochechos e aplicações de flúor. Parte 
dessas conclusões haviam sido relatadas há 100 anos por PALMER64 (1893). 
BASKER & DA VENPORT lO (1978) consideram muito critico 
o método de comunicação entre o CD e o protético conforme pesquisa que 
realizaram na Inglaterra. na qual 31,8% dos casos eram de PPRELB: 54% dos 
CDs não enviaram qualquer informação aos técnicos, enquanto somente 21% o 
faziam de modo claro. Reforçam também o ponto de que ao CD compete o 
planejamento, calcado emseu conhecimento biológico. Afirmam que deve ser 
melhorado o nível de ensino de Graduação sobre esse tema e sugerem que o CD e 
seu técnico freqüentem periodicamente cursos em conjunto para reciclagem e troca 
de experiências. 
15 
SCHWARZ & BARSBY77 ( 1978), analisando 1858 modelos de 
catorze diferentes laboratórios, observaram que somente 36% dos CDs enviaram 
instruções escritas e que apenas 4,8% dos modelos possuíam preparações de 
apoios. Consideram que o CD é o único responsável por suas próteses e por isso 
alertam toda a Classe para se preocupar mais com o planejamento dos casos de 
PPR 
Uma outra pesquisa feita sobre o ensino de PPR em dezessete 
Faculdades do Reino Unido, por BARSBY & SCHW ARZ9 (1979), apresentou 
resultados totalmente opostos aos observados com CDs e laboratórios, pois 90 a 
99% das escolas propõem que sejam dadas instruções escritas para os técnicos , 
que todas usam bons livros-texto para o ensino e que nove escolas indicam 
modelos de estudo montados em ASA*. Catorze delineiam seus modelos de 
estudo, enquanto a maioria absoluta das escolas delineiam os modelos de trabalho. 
Do mesmo modo, todas ensinam a preparação para apoios. Onze aplicam os 
conceitos de planos-guia, enquanto quinze escolas, os de recontorneamentos 
dentais. Quanto ao planejamento inicial, cerca de treze escolas o indicam antes do 
envio dos modelos de laboratório. Os casos de PPRELB são tratados de modo 
diferenciado por oito escolas, mas em todas, esse tipo de prótese tem um ensino 
bastante específico em nível de Graduação. 
Analisando durante vinte anos cerca de 1050 CDs no Reino 
Unido, SCHWARZ & BARSBY78 (1980) observaram que 76,2% desses 
profissionais responderam que muito do que é ensinado nas Faculdades sobre PPR 
não é levado para sua prática diária, pois sequer usam modelos de estudo (a 
maioria) e só raramente são feitas preparações para apoio. Também, o tempo que 
gastam com seus casos de PPR é de até 01 hora (44,9% dos CDs), de 01 a 2 horas 
(48,7%) e de 2 a 3 horas (4,9%) incluindo toda a fase clínica de construção dessas 
• ASA é a abreviatura de Articulador Sarni-Ajustável 
16 
próteses. Os autores afirmam que há grande disparidade entre o que é ensinado nas 
Escolas e o que é aplicado, de fato, nos consultórios sobre as PPRs. 
BUDTZ-JORGENSEN18 (1981) observa a preseoça de 
estomatites e quelites angulares de origem iatrogênica, a ocorrência de perda de 
dimensão vertical, a falta de adaptação das selas e a cobertura da saída de 
glândulas salivares em diversos pacientes portadores de próteses parciais 
removíveis. 
Apesar da importância do planejamento ser citada desde o século 
passado, somente em 1982 é que a ACADEMIA DE PRÓTESE DENTÁRIA I dos 
Estados Unidos da América do Norte tomou essa providência, junto com mais 
outros 47 princípios que englobam toda a Prótese Parcial Removível, obrigatória 
para o clínico geral (e não só para especialistas) visando dar ao paciente o melhor 
tratamento possível. 
Em 1983, COT1MORE e colab26 pesquisaram CDs formados 
nos anos 60 e os graduados na década de 70 (com diferença média de 7 anos entre 
os grupos). Obsetvaram que os CDs são treinados inadequadamente nas 
Faculdades, que a qualidade da PPR realizada é influenciada por razões financeiras; 
que 48% dos CDs não delineiam seus modelos e que 39% não desenham nem 
indicam a estrutura metálica de seus casos clínicos para os técnicos de prótese. 
Para WATT & MacGREGQR94 (1984) o planejamento da PPR 
tem caracteristicas bastante individuais e cada CD pode ter idéias diferentes para 
solução de um mesmo caso clínico. Salientam que todos deveriam seguir os 
conceitos teóricos que regem o planejamento, mas que os estudantes devem ser 
ensinados a confrontar os diversos aspectos que estão envolvidos. Para que isso 
aconteça, maior tempo clínico e laboratorial deve ser destinado ao ensino das PPRs 
visando a melhor treinar os futuros profissionais. 
17 
Em 1985, LECHNER52 realizou um estudo com 167 pacientes 
que receberam PPR na Faculdade de Odontologia de Sidney (Austrália). Observou 
que, após 2 anos de uso, 81% das próteses ainda tinham boa adaptação e 
reafirmam a necessidade de se criar um programa de controle dos casos clínicos, 
particularmente nos de Classe I inferiores. Procurava confirmar, com essa medida, 
a necessidade de ou não de reembasamentos, o que é corroborado por 
WE!NfRAUB96 (1985); este ainda afirma que a PPR é uma modalidade de 
tratamento que deve contribuir para a Odontologia preventiva e conservadora. Por 
isso o controle apurado e constantes dos casos toma-se necessário na prática de 
bons profissionais. 
PEZZOLI e colab66 (1986) observaram, através de diversos 
tipos de estudos com a técnica de fotoelasticidade em PPRELB, que os apoios 
mesiais propiciam melhor distribuição de carga mastigatória do que os apoios 
distais. Também a retenção indireta participa ativamente na dissipação das forças 
incidentes sobre as extremidades livres, no que são corroborados por FEINGOLD 
e colab.33 (1986), que ainda fazem ponderações sobre a importância dos planos-
guia na face distal dos dentes suportes, baseados nos estudos fotogramétricos que 
realizaram. 
KATSEV45 (1987) reitera que o CD deve estar bem ernbasado 
para o pianejamento de casos de PPRELB, para que essas próteses possam assím 
cumprir sua função primordial, a de preservação das estruturas bucais. 
NA v ARRo62 ( 1988), após pesquisa realizada em 30 
laboratórios de prótese da Grande São Paulo, onde 884 modelos com PPRs foram 
analisados (dos quais 59% eram de Classe I), concluiu que não houveram 
progressos significativos no campo da PPR no Brasil nos últimos 16 anos33 
(TODESCAN & VIEJRA89, 1972); que a negligência dos CDs com relação ao 
planejamento dos casos é quase absoluta; que somente 6,2% dos casos tiveram um 
18 
modelo classificado como adequado; que apenas 4, 7% dos profissionais fizeram 
preparações para apoios nos dentes suportes e que cerca de 99,1% dos modelos 
não apresentaram sinais de confecção de planos-guia, recontomeamentos, 
providências consideradas indispensáveis para o sucesso dos casos de PPR. O 
autor enfatiza ainda a necessidade de os técnicos de prótese freqüentarem mais 
cursos de atualização bem como a de uma reformulação do ensino universitário 
com maior carga horária para o ensino das PPRs. 
Para ZANETTI & LAGANÁ!OO (1988), o planejamento deve 
ser considerado a espinha dorsal da PPR porque é a partir dele que serão traçadas 
as diretrizes dos procedimentos clínicos e laboratoriais indispensáveis para próteses 
que funcionem adequadamente, levando o SM à normalidade. Ressaltam também, 
que o CD que se propõe a realizar uma PPR deve ter profundos conhecimentos 
sobre todas as especialidades clínicas e mesmo as básicas, para poder realizar o 
planejamento mais indicado. 
BASKER e colabll (1988), em uma pesqwsa sobre 330 
modelos de PPRs, realizadas em laboratórios da Inglaterra, observaram muitos 
aspectos importantes: somente O, 7% dos CDs fizeram o planejamento dos casos e 
75,6% dos trabalhos tiveram apenas a atuação dos técnicos em prótese; 37% dos 
casos eram de Classe I inferior e destes 44% tinham apoios mesiais, 33% possuíam 
apoios distais e 23% não apresentavam qualquer preparação para apoio. Também 
cerca de 68% dos grampos indicados eram circunferenciais. Apesar dos números 
obtidos, consideram ter havido melhora da situação do planejamento das PPRs 
com relação à sua pesquisa de I O anos atrás, mesmo quando verificaram que 60% 
dos CDs não enviaram instruções específicas para os técnicos de laboratório. 
Tendo em vista a complexidade de fatores mecânicos e 
biológicos envolvidos no planejamento dos casos de PPR, BEAUMONT13 (1989) 
idealizou um programa de computador que indicasse as diversas opções para cerca 
19 
de I 60 situações clínicas mais comuns, embora concordasse ser esse um pequeno 
passo para um total de 65.534 combinações de casospossíveis de existirem em um 
único arco (HENDERSON & STEFFEL 42 1979). 
Me KINSTRY e co1ab56 (1989} analisaram a influência da 
experiência clínica sobre a capacidade de alunos de Graduação poderem planejar 
melhor suas PPRs. Concluíram que, após um ano de atividade clínica, esses alunos 
demonstram maior destreza quanto a diversos aspectos do desenho da PPR o que 
reforçou a idéia de que o planejamento deve sempre enfocar a realidade clínica. 
Lamentaram o fato de que nos Estados Unidos da América do Norte tivesse 
havido uma redução nas horas de ensino de PPR nos cursos de Graduação, o que, 
segundo os autores, fatalmente levará mais casos a serem resolvidos pelo técnico 
de prótese e não por um CD capacitado científica e tecnicamente. 
MILLER & GRASso58 (1990) reforçam mais uma vez o 
importante papel de um ensino universitário detalhado sobre o planejamento das 
PPRELBs que. segundo os autores, são os casos mais críticos de serem resolvidos 
favoravelmente pelos clínicos gerais. 
Para WALTER93 (1990) o p1anejarnento é uma decisão clínica e 
extensão lógica dos exames orais e dos modelos de estudo, envolvendo noções 
com as quais os técnicos de laboratório não estão familiarizados, pois trabalham 
sobre modelos de gesso, não podendo, dessa fonna, levar em consideração o 
deslocamento da mucosa que é, como se sabe, de quatro a vinte vezes maior que o 
dos dentes suportes para uma mesma carga mastigatória. Alerta também, para o 
fato de que o CD precisa despender mais tempo no planejamento dos casos, uma 
vez que a experiência clínica, somada a um aprendizado constante em cursos, írá 
contribuir muito para seu desenvolvimento. Reitera que os princípios biomecânicos 
estabelecidos por ROACH70 em 1930, são fundamentais e servem para orientar os 
CDs que se preocupam em realizar PPRs mais adequadas para seus pacientes. 
20 
WICKS & PENNELL98 (I 990) apresentaram um programa de 
computador tipo CAD-CAM* de grande auxílio no planejamento dos casos, em 
laboratórios de próteses dos Estados Unidos da América do Norte, Canadá e da 
Inglater:ra. O programa não é abrangente para a totalidade dos casos, nem dispensa 
a participação de um CD na análise dos aspectos biológicos envolvidos. 
JOURDA44 (1991) que também faz uso de computadores para 
facilitar o planejamento, dirigiu seu trabalho para os conectores maiores, 
realizando estudos tridimensionais das cargas aplicadas. que permitiu a indicação 
de conectores maiores mais adequados para as situações compreendidas no 
programa utilizado. 
A comunicação entre os técnicos de prótese e os CDs pode ser 
melhorada pelo uso de computadores on-line, conforme afinnam ROGERS & 
HAWKJNs73 (1991), cujos programas facilitam o aprendizado cientifico e o 
diálogo com protesistas, ortodontistas e implantodontistas, agilizando a confecção 
e entrega dos trabalhos enviados. 
Ainda em 1991, TEDESco84 afirmava que o objetivo científico 
dos professores devia ser feito em conjunto com uma extensa reforma cunicular, 
procurando a integração das ciências básicas com as clínicas para poder formar 
Cirurgiões-Dentistas competentes, com rigorosa formação científica que os 
habilitasse a serem "solucionadores de problemas clínicosn. 
CURY** (1992) afirma que em seu laboratório (mesmo julgando 
como bom o nível o atual das Faculdades brasileiras) não mais de 5% dos modelos 
para construção de estruturas metálicas de PPR são acompanhados de instruções 
escritas esclarecedoras ou que possam dar ao menos a idéia do planejamento 
pretendido (e dentro destes 5% de bons casos muito são de professores 
• Os programas de compu~ gráfica CAD-CAM em Odontologia são variações daqueles existentes na indústria amomotiva, 
aeroespacial e/ou outras, com a criação da planta expandida dos componentes da estrutura metálica da PPR e o ensaio, 
de como llgJriam sob uma mesma. carga mastigatória 
** CURY N_ Comunicação Pessoal. São Paulo, 1992. 
21 
universitários/especialistas). Pondera que nos últimos quinze anos não observou 
mudanças expressivas nesse ponto, pois considera essa orientação importante para 
os casos de próteses parciais removíveis. 
A obtenção de informações de cadeiras pré-clínicas e básicas e 
sua posterior aplicação nos casos clínicos parece ser um problema de todas as 
áreas odontológicas, afirmam COHEN & FQRD25 (1992). Sua solução parece 
estar em uma reforma curricular que vise criar profissionais com raciocínio rápido 
e bem fundamentado, independentemente do fato de novos recursos educacionais 
(vídeos, vídeo-discos, programas de computadores) estarem disponíveis a cada ano 
letivo. 
Mesmo nos dias atuais, pesquisas como a de MUR TOMAA e 
colab.61 (1992) nos mostram que a necessidade de se controlarem as PPRs 
clinicamente é cada vez maior pois observam que mais de 80% dos pacientes as 
higienizam apenas uma vez por dia. Para solucionar esses problemas sugerem que 
os grupos de ensino preventivo que atuarn junto a comunidade também se 
preocupem com essas constatações clínicas, devendo as Faculdades de 
Odontologia passarem a adequar seus ensinamentos para suprir essa importante 
lacuna preventiva social. 
Apesar de ser um fato de domínio da Classe Odontológica há 
muitos anos, a pesquisa de PALMQUNST e colab.65 (1992) mostrou claramente 
que numa população de 3000 habitantes de uma cidade da Suécia, os usuários de 
PPR são os indivíduos mais idosos, de menor renda e menor nível educacional, o 
que acontece também no que se refere ao aspecto preventivo odontológico. As 
análises apresentadas pelos autores se baseiam em dados muito específicos 
incluindo o pagamento de impostos municipais e a renda de cada habitante. 
22 
MOJ\'TENEGRO e colab.* (1993) em pesquisa realizada junto a 
cirurgiões-dentistas presentes no XV Congresso Paulista de Odontologia, divididos 
pelas regiões sul e sudeste do Brasil, puderam observar que a maioria dos 
entrevistados desconhece conceitos básicos de PPR, inclusive nomes/formas de 
grampos, independentemente do ano de formatura. Nos formados há mais de 20 
anos, isso é ainda mais critico, o que dá um certo alento ao meio universitário nos 
últimos anos, já que ROMÃO** (1993) afuma que entre os pouquíssimos casos 
que recebe com planejamento inicial, e com preparações para apoio reconhece, 
entre os modelos adequados, aqueles de CDs geralmente ligados às Disciplinas de 
Prótese Parcial RemovíveL 
Finalmente, nunca é demais alertar que tais preocupações sobre a 
qualidade do trabalho de PPR deverão ser base para os sistemas de seguro 
profissional já existentes na Suécia, nos Estados Unidos da América do Norte, 
dentre outros países do mundo, conforme afirmam CROSNTRÕN e colab_28 
(1992). Neles há a garantia e o respectivo seguro quanto ã má-prática dos CDs e 
dos técnicos de laboratórios de prótese, contra os quais os pacientes podem 
recorrer tanto pela via govemarnentaJ (com implicação dos Conselhos de 
Odontologia) como por advogados. Para se precaver contra ambos, o profissional 
dispende grandes quantias de dinheiro por ano, para pagar as companhias 
seguradores, bem como ainda passa por exames regulares e se recicla, 
obrigatoriamente, em profundidade. Por esse motivo é tempo de se fazer uma 
avaliação quanto ao que ocorre em nosso país e nos prepararmos para um futuro 
diferente, não permitindo que as companhias de seguro tirem proveito econômico 
dessa situação. Por isso nós - professores universitários - devemos nos auto-
*MONTENEGRO F.LB.; TOOESCA."N", R.; TODESCAN SOBRINHO, A; OUVElRA JR. W.T.; MONTENEGRO, M.B. 
Uma pesqmsa sobre a prótese parcial removível entre Clnlfgiôe&-dentistas das regiões sul e sudeste do Bra.~il, em fase 
de redação fmal, São Paulo, 1993. 
**ROMÃO W. Comunicação Pessoal. São Paulo, 1993. 
23 
analisar para abordar também aspectos comerciais, juridicos e éticos em nosso 
convívio diário com os alunos de Graduação e Pós-Graduação. 
3. PROPOSIÇÃO 
Após o levantamento bibliográfico, e porexistirem ainda dúvidas 
a respeito do Ensino da Prótese Parcial Removível em nosso meio, propusemo-nos 
a realizar uma pesquisa sobre o tipo e as características de como é ministrada nos 
cursos de Graduação, tanto em Universidades Públicas quanto em Universidades e 
Faculdades de Odontologia Particulares do Estado de São Paulo. 
4. MATERIAL E MÉTODO 
A presente pesquisa envolveu, basicamente, uma consulta junto 
às Disciplinas de Prótese Parcial Removível em Universidades Públicas e 
Particulares, bem como em Faculdades de Odontologia Particulares do Estado de 
São Paulo, para uma avaliação do Ensino com o objetivo de encontrar as possíveis 
causas dos grandes problemas clínicos observados nos portadores de próteses 
parciais removíveis. 
4.1 -Material 
4.2- Método 
a. Cartas explicativas/introdutórias às Instituições de Ensino. 
b. Questionário sobre características gerais do ensino e resolução de 
um caso clínico-padrão proposto. 
c. Envelopes pré-endereçados e selados para retomo dos 
questionários. 
d. Softwares - Harvard Graphics e Word Star. 
Partindo da premissa de que a situação do ensino da PPR no 
Brasil é pouco divulgada, especialmente nos diversos aspectos didáticos, pareceu-
nos, a exemplo do trabalho realizado por BARSBY & SCHWARZ9 (1979) no 
Reino Unido, ser coerente traçar iguais parâmetros para o estudo de nossa 
26 
realidade. Mesmo considerando como de alto nível o ensino de PPR em grande 
parte das Faculdades Paulistas, o trabalho proposto envolve limitações várias. 
Assim a entrevista pessoal com os responsáveis pelas Disciplinas de cada 
Faculdade, seria bastante complexa face às grandes distâncias de nosso Estado, em 
que pesem as grandes vantagens de um contato direto com os entrevistados. Por 
outro lado, a tabulação dos dados ficaria dificultada já que a diversidade de 
opiniões nos obrigaria a retomar à presença de entrevistados anteriores para 
conhecer seu pensamento sobre a análise de outros, o que tornaria o trabalho um 
provável ir e vir, com resultados a longo prazo, além de exigir um altíssimo gasto 
financeiro. 
Dessa forma, face aos problemas da entrevista, optamos pelo 
questionário que, por apresentar geralmente perguntas fechadas - com respostas 
definídas - facilita o processo de tabulação e estudo percentual posterior. 
Além dessa importante característica. tem fácil aplicação pms 
não é necessária a calibração de entrevistadores. Seu custo é relativamente baixo, 
comparando-o com os dispendiosos e demorados deslocamentos que as entrevistas 
extgmam. 
Com base na experiência de diversos pesquisadores, pudemos 
concluir que o envio do questionário sem envelope de retorno e até mesmo sem o 
selo postal dificulta bastante sua devolução. 
Também o envio de uma carta de apresentação - estabelecendo 
os objetivos da pesquisa aos respondentes - realça a importância que cada resposta 
terá da conjuntura a ser estudada. 
De antemão considera-se a necessidade de solicitar o retomo de 
algumas respostas por telefone e/ou novas canas, já que a estrutura burocrática de 
algumas escolas poderia provocar o atraso na entrega ou até mesmo perda dos 
questionários. Isso sem contar, infelizmente, com a esperada apatia de algumas 
27 
Faculdades e sua resistência inexplicável a pesquisas com vlstas a uma análise da 
situação brasileira. 
Para um correto endereçamento obteve-se, junto à Associação 
Paulista de Cirurgiões-Dentistas e Conselho Regional de Odontologia de São 
Paulo, listagem das vinte e duas Faculdades de Odontologia de nosso Estado*, que 
foram contactadas previamente por telefone para confirmação de endereços e do 
responsável pelo curso de Graduação de Prótese Parcíal Removível de cada 
unidade. Essa medida teve por finalidade evitar retornos por endereçamento errado 
e obter referências precisas do responsável que deveria responder o questionário, 
incluindo o acesso por telefone. 
Objetivando conseguir um perfil, o mais verdadeiro possível do 
Ensino universitário de PPR, foi formulado um questionário com cerca de vinte 
questões que abrange ainda: estudo da carga horária, corpo docente, bibliografia 
fornecida aos alunos, critérios do ensino de planejamento dos casos de PPRs, 
impressões (resposta aberta) dos docentes sobre a situação atual da PPR e a 
discussão de um caso padrão de PPRELB. Com isso poder-se-ia estudar as 
variações no ensino de cada Faculdade e confrontar as respostas - por grupos -
com a bibliografia utilizada no trabalho. 
O número de perguntas enviado (vinte) está condizente com 
outros trabalhos semelhantes, como os de LEVIN & SAVER55 (1969), 
SCHWARZ & BARSBy78 (1980), MURPHY & HUGGETT60 (1972), 
BOWMAN15 (1970) e BARSBY & SCHWARZ9 (1979) nos quais elas oscilavam 
de quinze a trinta e duas, mas sempre concentradas, ora nos aspectos didáticos, ou 
muitas vezes nos casos clínicos, mas nunca abordando ambos os aspectos, como 
no questionário do presente trabalho. 
• As esoolas .-eOOm-inauguradas de Bauru e Guarulhos, não receberam questionários_ pois as Disciplinas de Próli:se Parcial 
Removível nio baVIam ainda se iniciado quando do envio dos questionários. 
28 
A . .escolha de um caso clínico de Classe I* se baseou nos 
seguintes aspectos: 
I. por serem os casos mais complexos na prática diária, pela diversidade entre o 
suporte mucoso e o dental; 
2. por serem os casos mais estudados na maioria dos trabalhos consultados, sejam 
aqueles de análises clínicas ou desempenho laboratorial e até mesmo de 
planejamentos comparados; 
3. por serem os casos clínicos mrus comuns na prática diária (oscilando a 
participação no total de casos da PPR de 72% (HENDERSON & STEFFEL 42 
1979) a 90% (LEC1fNER52 1985). 
Pela objetividade das perguntas pode-se criar parâmetros para a 
tabulação de dados, codificação em folha apropriada para a elaboração de um 
banco de dados e sua posterior análise interativa em um microcomputador, o que 
ajudará na confecção de quadros de apresentação dos resultados, basicamente por 
porcentagem , perante o total de respostas recebidas. 
Da confrontação entre os dados encontrados procurar-se-á obter 
conclusões que elucidem ou procurem dar caminhos/explicações das causas que 
levam, conforme atestam diversos trabalhos apresentados nos últimos vinte anos, a 
tantas críticas às PPRs instaladas nas bocas dos pacientes ou em modelos 
analisados nos laboratórios de prótese. 
O modelo de questionário enviado às Faculdades de Odontologia 
do Estado de São Paulo se encontra no item Anexo (ao final do trabalho). 
Observação: 
Compuseram o univerro considerado na pesquisa (no momemo de envio dos quesúonários): 
I. Universidades Estaduais: USP(Capital, USP(Bauru),USP(Ribeirão Preto), UNESP(São Joaé dos Campo), 
llNESP(Araçatu.ba), UNESP( Araraquara) e UNICAMP{Piracicaba) 
2. Universidades particulares: UNICAMP(Taubaté), UMC{Mogí das (.'urzes), USI'(Bragança Paulista), PUCC{Campinas, 
UCCI3(l.taquera.), USCI3(Santos), UNIP(Objetivo) 
3. &colu Particulares: OSEC(Santo Amaro), Barreto&, Marli ia, Presidente Predent:e, F.l...ona I .....te, Lins, Araras, Metodista 
*Desenhos bâsicos illiciais do DI". Paulo Mutarelli, postenormente modificados pelo Dr. Reynaldo Todescan, Dr. l'emando 
Moruenegro e Dr' Mirella Montenegro. 
5. RESULTADOS 
As tabulações dos dados encontrados nos questionários são 
apresentados, a seguir, por quadros computadorizados realizados com o software 
"HARVARD GRAPIDCS" com letreiros originários de programa "WORD 
ST AR", os quais, posteriormente, foram reduzidos em máquina copiadora 
XEROX6015. 
Para o enVJo dos questionários procurou-se observar se as 
entregas pessoais seriam mais efetivas que as correspondências encamínhadas pelo 
correio. Ambos os envelopes eram semelhantes, mas imaginou-se, inicialmente, 
que a entrega pessoal ao responsável pela Disciplina de Prótese Parcial Removível 
poderia diminuir o prazo de resposta e os costumeiros índices de perda ou extravio 
em pesquisasdesse tipo. 
Também a tabulação dos dados com a divisão entre as diversas 
Instituições de Ensino (Universidades Estaduais*, Universidades Particulares e 
Escolas Particulares**) teve a finalidade de procurar-se saber, quadro a quadro, se 
existem ou quais são os percentuais de variações entre as Discíplinas de Prótese 
Parcial Removível do Estado de São Paulo. 
No quadro 1, os critérios de enVlo dos questionários -
pessoalmente e pelo correio - foram analisados, considerando-se um total de vinte 
e dois questionários. O maior índice de envio por correio, para as Escolas 
•Cada Uruvenridade Estadual de Sio Paulo tem várias Faculdades de Odontologia, como é de conhecimento público. Neste 
trabalho, oo citar-se, uma, duas, n ... UnivCTSidade Estadual: leia-se uma, duas, n ... Faculdade de Odontologia Estadual. 
u As F..soolas Particulares, assun chamadas neste tópico do trabalho, são aquelas Faculdades de Odontologia nio ligadas às 
Universidades, quer st;jarn públícas ou particulares. 
30 
Particulares, deveu-se à distância destas da Capital, enquanto as Universidades 
Particulares foram as mais envolvidas por uma entrega pessoal, que atingiu 45,45% 
do total de questionários. 
Questionário 
Q-1 Critério de envio 
UE=UnJverll.dades Eataduais. 
UP=UnJvenJdades Particularea 40 
El':EKOJaa Particulares 
20 
CORREIO 
• AUXIliada pelos DRS.Reynaldo Todeoc~~n,Ruy F. BruMiti,Henrlque Cerveira Netto. 
No quadro 2, pode-se observar que o número de 
extravios/perdas de questionários, ainda pelos critérios de entrega pessoal e pelo 
correio, manteve-se igual (15,78%) para todo o material enviado, porém nota-se 
um número sígnificantemente maior de perdas/extravios no que diz respeito às 
Escolas Particulares. É importante considerar que este quadro foi baseado nos 
dezenove questionários recebidos como resposta. Deve-se citar também que, 
mesmo entre aqueles entregues pessoalmente, houveram perdas/extravios e que os 
responsáveis, em sua matona, não puderam precisar as causas do ocorrido. 
Concedeu-se o prazo de 60 dias sem resposta como critério de possível 
31 
perda/extravio e uma vez confirmada por contato telefônico, novas cópias do 
questionário foram enviadas. 
Q-2 
Questionário 
liE='UnJver&ldadcs Estaduais. 
l.JI>=Urúvers.ld.ade! Particulares 
EP=Eseolaa Partlcularea 
ENTI'IEGA PESSOAL 
ENTI'IEGA VIA CORREIO 
Extravios/Perdas* 
*Referente ao• recebidos para ané.llae(1 G questlonértos) 
Os prazos para retorno, de acordo com a categoria de Instituição 
de Ensino, estão no quadro 3. Nele consta que o maior número de respostas 
recebidas se deu no intervalo entre trinta e sessenta dias (especialmente no tocante 
às Universidades Particulares), seguido do período entre sessenta e um e noventa 
dias, tendo o intervalo de zero a trinta dias valores muito próximos do periodo 
máximo. 
Notar que 37,5% dos questionários de Escolas Particulares não 
tiveram retomo, mesmo considerando terem recebido três contatos telefônicos 
(sendo ao menos dois pessoais ao responsável) e duas solicitações por carta. Desta 
forma os índices de resposta foram distribuídos: Universidades Estaduais - 100% 
dos questionários enviados bem como as Universidades Particulares. Já nas 
Escolas Particulares o índice foi de 62,5%*. Assim sendo, o total de respostas 
• Não recebidas as respostas das Escolas Particulares de Barretos. Marília e Presidente Prudente. 
32 
abrangeu 86,36% da amostragem, valor este muito significativo perante outros 
trabalhos constantes da literatura consultada. 
, 
QUESTIONARIO 
Q-3 PRAZOS PARA RETORNO (em %) 
120~--------------------------------~~------, 
8oJ~-----------------------------+ 
UE=Un1versidade! Estaduab. 1
1
· 
UP=Univen.ldadcs Particulares 60 
EP=~lu Particulares 
40 
20 
o 
UE •i 
UP 11!1111 
EP 1;;, I i 
42.85 
14.28 
20 
28.57 
57.14 
20 
61 a 90 * Sem volta 
28.57 
28.57 
22.5 
• DIAS 
o 
o 
37.5 
O quadro 4 refere-se ao estudo da Disciplina de Prótese Parcial 
Removível, que abordará o ano e semestre em que o aluno toma conhecimento 
dessa matéria. Os valores mais significativos estão concentrados no terc-eiro ano do 
curso de Graduação, equivalente ao quinto semestre (com 52,63%}, seguidos pelos 
quarto ano (sétimo semestre) com 31,57%. O menor índice está no segundo ano 
(quarto semestre), com apenas 5,26% das respostas. Note-se que nas 
Universidades Estaduais e Particulares o curso, em geral, tem início no terceiro 
ano (quinto semestre) enquanto nas Escolas Particulares, a Disciplina se inicia no 
100 
100 
62.5 
33 
quarto ano (sétimo semestre) que ocupa o segundo lugar no índice geral no quadro 
(31,57%). 
Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removfvel 
INICIO 00 CURSO (EM ") 
Q-4 
UF.~II»>•<nl<lod<o Eslad.o!•-
1 'P;=!lnl•<nld•d" P&rtl=l..,.., I 
j EP'-Eiffi" r&rtJ""''"'' I 
20 o .... 
52.83 
10.S2 
O quadro 5 mostra em quais semestres é mais comum o término 
do curso de PPR, podendo-se observar sua maior incidência no oitavo semestre 
(quarto ano) com 73,69% das Instituições de Ensino, seguida pelo sétimo semestre 
(quarto ano) com apenas 26,31%. Nas Instituições Particulares a finalização do 
oitavo semestre é de 100% enquanto nas Universidades Estaduais o término no 
sétimo semestre ocorre em 71,42%. 
Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removível 
TÉRMINO DO CURSO (EM %) 
Q-5 
120 
' 
UE o 
I 
UP IIli 
EP •I 
' {1) 3AJeo• •I ' ' (2) 4A/7°* • i ·I 
' (3 4A/8°* OI 
o 
o 
o 
o 
o 
*ano/semestre 
o 
2&.31 
73.69 
34 
No estudo da carga horária total de PPR (quadro 6) observa-se 
que o curso pode ter de noventa a quinhentos e cinqüenta horas/aula/mês*. Desta 
fonna, foram criados três segmentos cornos seguintes percentuais gerais: Noventa 
a cento e vinte horas com 15,71, de cento e vinte e uma a duzentos e quarenta 
horas com 5,26 das respostas recebidas. É interessante notar que 100% das 
Universidades Estaduais têm carga total entre cento e vinte e uma e duzentas e 
quarenta horas, porcentagem essa um pouco menor nas Universidades Particulares 
(71,42) e nas Escolas Particulares (60), tomando este intervalo o mws cnmum 
entre todas as Instituições de Ensino. 
Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removível 
CARQA HORARIA TOTAL (EM 1(,) 
Q-e 
120oé!C•; 
cc,,:-.. c""c-,,-roc-,~-.-c.-~-•• -.'1 1 ~~1.·1:'·:'·•·' ' •<I 
\1"=Uni•<r~dod<o PUU<ui.,..ol 
EP..lswlu rar<I<Uior<o 1 
20 
15.71 
78.94 
A Disciplina de Prótese Parcial Removível se divide, geralmente, 
em três blocos distintos: a parte teórica, a laboratorial e a clínica que serão 
analisadas nos próximos seis quadros, 
No quadro 7 observa-se a carga horária teórica que é, para a 
maioria das Instituições, de vinte e uma a quarenta horas (63,15%), sendo de 
57,14% para as Universidades Estaduais, 42,85% para as Universidades 
• Daqui por diame citados por horas de modo Simplificado. Válido igualmente para os quadros. 
35 
Particulares e 100% nas Escolas Particulares. A segunda faixa mais freqüente é de 
cinqüenta e uma a sessenta horas nas Universidades Particulares. 
Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removível 
CAAQA HOFIÁRIA I!SP"ecii'ICA ~ARn- TI!ÓRICA(em ho.-taulal ..... ) * 
UE I 14.28 57.14 14.28 14.28 I 
!!!I ' ue 14.2 42.85 14.28 28.!57 ' ., •I >00 ' ' ' ' ' {1) 10a20hrs. •I ' 10.52 ' (2) 21 a o40 hrs. ., ' 63.1!5 ' {3)41 aSO hra. DI ' 10.152 ! 
(4) 51 a60 nra. DI 15.78 
•em Oto 
No quadro 8 pode-se observar a duração da parte teórica, que 
tem totais semelhantes (47,36%) tanto para um como para dois semestres, sendo 
ministrada em três semestres em apenas uma Universidade Estadual. Nas demais 
Estaduais e Particulares é, na maioria (57,14%), ministrada em 01 semestre, 
enquanto em 80% das Escolas Particulares tem dois semestres de duração. 
Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removível. 
(}8 
I UE~uruverúdadeo Eotaduolo. I 
L'f';<UnJvenldod<J Putlculoru 
EP-E=ln PlMlcWores 
1 aemeatre • 2 semestres 100 
3 semestres • 
DURA.QÀO DA PARTE 'TEÓRICA (EM8&MESTRE8) * 
~7.14 !57.14 
28.57 42.85 80 
14.28 o o 
•em" 
36 
Já a parte laboratorial ocupa carga horária, em média, de 
quarenta a sessenta horas em 64,77% de todas as Instituições de Ensino do Estado 
(quadro 9), enquanto cerca de 28,57% vão de sessenta e uma a cem horas. 
Convém assinalar que tanto para as Universidades Estaduais como para as 
Particulares, a carga para a primeira faixa é de 57,14%, enquanto na segunda é de 
42,85%; para as Escolas Particulares têm-se 80% com o intervalo de quarenta a 
sessenta horas e 20% de cento e uma a duzentas e vinte horas. 
ESTUDO DA DISCIPLINA DE PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Q-g · C~:~A HORÁRIA ESPEcfFICA-PARTE LABORATORIAL • 
r ---------, 
1 1 ., "uru,·or>!d>du E>l•d""''-
1 l'l'~trnJvenJ~•úo• )'.,Ucui"o•l 
L::.I~•E>eolo• P•Hioul>re> I 
iue 
IUP 
,EP 
! 111 40 a ao Hrs. 
I 121 61 a 100 Hra. 
i (31 101 a 220 Hra. 
40 
20 
--D 67.14 67.14 80 42.86 42.86 o o o 20 
[ "I 64.77 
~ 28.57 
~L_ ____ _o ______ _L ______ ~--·-··-·~ 
Apesar da importância da fase laboratorial no ensmo de 
Graduação, no quadro 10 nota-se que em 76,19% das Instituições ela se estende 
por apenas 01 semestre tendo as Universidades e Escolas Particu1ares iguais 
percentuais para um semestre (71,42) e dois semestres (28,57), Nas Universidades 
Estaduais esse percentual favorável a um semestre de duração é ainda maior 
37 
(85,71). Em apenas uma Universidade Estadual o curso laboratorial tem duração 
de dois semestres. 
ESTUDO DA DISCIPLINA DE PROTESE PARCIAL REiyfOVÍVEL 
Q-10 DURAyAO DA PARTE LABORATORIAL (EM SEMESTRES) • 
100 
UE=UnJvers.ldades Est..duaJs. 60 
UP=UnJvenldades Particulares 
EP=E.scoln ParttcuJarea 
40 
20 
o 
1 semestre ., 
2 semestres g' 
UE 
86.71 
14.28 
UP EP TOTAL 
71.42 71.42 78.19 
28.57 28.57 23.81 
• em(%) 
O quadro 11 mostra um aspecto curioso pois, embora tenha 
mator importância no aprendizado, a parte clínica com menor carga horária 
(quarenta e oito horas) é a que apresenta notada incidência entre todas as 
Instituições Estaduais (57,89%), seguida de 36,84% na faixa de oitenta e uma a 
120 horas. Já a terceira faixa de carga horária clínica (cento e vinte e uma a 330 
horas) é encontrada apenas em uma Escola Particular. Torna-se interessante notar 
38 
a alternância entre os percentuais da primeira e segunda faixas para Universidades 
Estaduais e Particulares. 
Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removlvel 
CARGA HORÁRIA ESPECIRCA ·PARTE CÚNICA • 
Q-11 
UE-Un!vort.Jd•doo f(oladuals. 
t.'l'"'Uruvorll<l•dos f'...Ucubreo 
EI'=Ea<»lu PorUaú•..,• 
UP 
EP 20 
157.ea ..... 
A duração da pane clinica pode ser observada no quadro 12, 
segundo o qual 63,15% das Instituições de Ensino têm apenas um semestre contra 
36,84% com dois semestres. O percentual dominante (um semestre de duração) 
tem maior incidência nas Escolas Particulares (80) e de igual valor (57, J 4) para os · 
dois tipos de Universidades. 
Estudo da Disciplina de Prótese Parcial Removivel. 
OURAQÀo DA PARTE CÚNICA(EM IIEMESTRES) • 
0·12 
[l;;., """''""''; '-"'d""' ••m % i l"P=t "'"'~d><lo• l'otU<ut,...,, · 
! fi'•> ""'" l'•ru<u"''" 
No quadro 13, procura-se mostrar qual a Bibliografia básica 
usada nas diversas Instituições de Ensino do Estado de São Paulo. Nota-se que os 
39 
' livros-texto mais indicados _em 100% das Universidades e Éscolas Particulares são 
os de HENDERSON & STEFFEL 42(1979) e o de FIORI34 (1983) enquanto nas 
Universidades e Escolas Particulares e Estaduais os valores são de 85,7% (para o 
primeiro) e 57,1% (para o segundo). Outro livro-texto bastante indicado é o de 
ZANETTI & LAGANÁIOO (1988) e o de MILLER & GRASSQ58 (1990). Deve-
se destacar o fato de serem escritos em Português. Para os livros escritos em 
Inglês ou em outras línguas a indicação é bem menor, mesmo considerando o 
Espanhol como idioma acessível aos alunos. Também a data de publicação do livro 
influi na sua indicação: tanto os livros mais antigos como os mais novos (mesmos 
em Português) são pouco citados pelos responsáveis pela Disciplina de Prótese 
Parcial Removível que responderam aos questionários. 
Obs.: Neste quadro, os livros de oito a quinze foram mostrados 
com tabela indo apenas de O a 20%, para melhor visualização dos result"ados entre 
eles. Dessa forma, apenas a primeira parte (livros de O 1 a 07) foi apresentada em 
escala de O a 100%. 
Q.13 ·Bibliografia Bá 
0-14 
40 
O quadro 14 mostra os totais de indicação dos livros-texto*. 
Bibliografia Básica 
Total Geral "" 
. ,. -- ' 
' ' .. ' . -· . ' ... -, ' ; ., '-. ;: .. '- -, ' ' . 
:-,. . . -
·~" 
{Q) I 
{115) l---t(J,I52 
! 
(10) I 
(11) 
(12)1-'.lf..H 
(13) I 
(14) 1 
' 
(1) Henderson & Stelfel ( 1979) 
(2)Fiori (1983) 
í~)Zaueui &La~uÍ(1988) 
(3)Mil!er & Grasso (l990) 
(4)11\"!!l~r (1975) 
( 6)App!~gm~( 1965) 
(7)Rebo•~ío(l963) 
(8)Tnmllki(l971) 
(')Prieskel(l977) 
(lO)Dyl<ema & Colab(l'J70) 
(ll)Zarb & Colab {1978) 
(12)Jolwson & Slrallon (1988) 
(U)Oried~r & Cmotti{l973) 
(l4)Rudd & Morrow(!98l i 
(15)Despla!a( 1989) 
Muitas Instituições de Ensino fazem uso de apostilas de clínica e 
laboratório, bem como de roteiros de laboratório, para complementar o ensino dos 
livros-texto e aulas dos docentes da Disciplina. No quadro 15 temos a 
exemplificação desses materiais e as escolas de origem por tipo de Instituição de 
Ensino. 
Material Complementar de Aprendizado • 
Q 15 
•em% 
* Para maiores esclarecimentoo sOOre oslivn>S-teKto citados, ver apêndice_ 
A)Foori __ Biomocoruco 
B)UNIP_ .Roterroo d• oula 
C)!JNITAU ... Aporula 
D)VNESP ... Anocotubo. .. apo.rti!as • 
E)F"..L .. Aporulo 
F)UNESp._.,Sao Jore dor Compor ... Desenho p p R. 
G)UMC --ROI<'II"O L<obcmotor"io . 
H)UNE:>P .. ,Arro~ .. Aporlolo. 
r;:;:,..,,,,.,., ... Eoto~ooh. 1 
I L'l"=llru•"""'"••l'utl<Ul.,<ol 
1 EI'=E>a>J., Putlruh,., ' 
41 
Já o quadro 16 mostra o total geral desses materiais 
complementares com quadro indo de O a 35%, para melhor visualização. 
Material Complementar de Aprendizado 
Q-16 Total Geral * 
•• 
30 
•• 
20 ,. 
10 
• 
o 
._,. 
A)Fton .BK•mecamca 
B)üNl? ... Rot~Jroo de oula 
' .. ,, , .. '''/· • ,; ;j C)UNITAU ... ;..,osti!a 
D)UNESP ... Aracatuba. .. upost!las ~ 
E.JFZL. .. ApostJlo 
F)UNESP .... :Jao Jo•e do• Campos ... Desenho P.P R 
G)UMC .Rote1r.:> Laboratorw 
H)UNESP ... Aran.quo:-a .. Apos~tla 
•ctimca ~ La~or~tono 
No quadro 17 pretende-se analisar se as atividades de aulas 
teóricas, de laboratório e clínicas são concomitantes nas diversas Instituições de 
Ensino. A parte teórica e laboratorial são as mais freqüentes (52,63%), seguidas 
por percentuais próximos entre si as atividades de teoria e clínica (26,31) e 
teoria/laboratório/clínica (21,05). o terceiro tipo de atividades 
(teoriali.aboratório/clinica), que poderia denotar um possível maior aproveitamento 
aos alunos, não ocorre nas Universidades Estaduais e existe em percentuais 
42 
menores do que a parte teórica/laboratorial na maioria das Instituições , e já é 
aplicada nas Universidades e Escolas Particulares. 
Aspectos Didáticos Diversos 
Q-17 Concomitância das Atividades* 
VE=UnJverllklades Estaduais. I 
UP--Univeraldades Particulares 
EJ>:=EIICOIII Parttcu.lares 
UE 
UP 
EP 
(1) Teortetl..eborat6rto 
(2) Teorletctfnlca 
(S) Teorte,IL.abJCifn. 
o 
UI • • • D 
57.14 42.85 o 
57.14 14.28 28.!57 
40 20 40 
52.03 
28.31 
21.05 
*em% 
Muito do aproveitamento final do aluno pode advir do fato de ele 
seguir uma linha única de orientação no seu aprendizado. Isso é, em parte, 
observado no quadro 18 quando procura-se saber se os professores da parte 
teórica/laboratorial seriam os mesmos da parte clínica. Observa-se que na maioria 
das Instituições ( 60%) isso ocorre, enquanto um grupo totalmente diferente se 
apresenta em apenas 9,52% das respostas recebidas. Esta interação é mais notável 
43 
nas Escolas Particulares (80%) do que nas Universidades, SeJam Estaduais ou 
Particulares. 
ASPECTOS DIDATICOS DIVERSOS 
Q-18 INTERA9ÃO ENTREOS PROFESSORES • 
i t!E•U"''''"'"'"" '""'d"'" 1 
1 UP=l-'ru•·"~"'"" Po,.rul..-.ol 
I EP-=Lo<clu Pat1!<uh,.., I 
(1)SIM -
,: (2) Os mesmos•outros ~ 
1 
:13) Nao =:=1 
42.85 
20 
'Sl,.-profo elfnl<O o'ilo oo mumoo "- taort. o lobontd'rlo 
Ntorol(nl<l ÇQI" profoooono dlforonto• 
14.28 
o 
30.47 
9.52 
• em O/o 
O quadro 19, que é o primeiro de uma série que abordará o 
planejamento em PPR, trata da possibilidade de existência de uma filosofia única 
entre todos os docentes, sejam eles teóricos, laboratoriais ou clínicos. Nota-se que 
as respostas disseram que ela existe em 89,47% das Instituições de Ensino. Nas 
Escolas Particulares a maioria plena (100%) ocorreu, enquanto nas Universidades 
Estaduais ou Particulares alcançou cerca de 85,71% das opções. 
Planejamento em Prótese Parcial Removível 
Q-19 Filosofia Unificada de Planejamento * 
I ue DI 
I UP !iml 
I ~~Sim:l 
! {2) Nàa .( 
85.71 
>OO 
I tiE~Unlvo..,ldodeo E<,.""''':-1 UP=Unl>er~d•deo Pani<Ul.,..,l 
I Ef'='F.O<OI.,J•an~ouJ..,, 
14.28 
o 
"em% 
69.47 
10.52 
44 
Muitos podem ser os aspectos que dificultam o aprendizado do 
planejamento em PPR No quadro 20 procurou-se agrupar os mais significativos. 
O mais citado é a Biomecânica seguido pelos conceitos/aplicação de planos-guia e 
recontomeamentos dentais. Ainda os conhecimentos sobre os usos dos retentores 
extra-coronários e o domínio dos diversos conectores maiores aparecem listados 
pelos respondentes. 
Planejamento em Prótese Parcial Removível 
Q-20 ASPECTOS DIFfCEIS NO ENSINO/APRENDIZADO* 
80 
60 
40 
20 
luEOI 
I UPI(l 
EP•I 
71.42 
57.14 
60 
o 
14.28 
o 
'("m 'I!,) •RG.A~poanos gul••·,.u:x:mt0 r.,.,.m .. nto. 1 'R.S.I.=Retentorel Extra-Coronlfrlo11> mu lndlell.ç3n 
J.JE.><Unlnrllidod .. Eotaduoi1. 1 
Ul'-UnJwonJdodeo Putlcu.l....,, 
Ef'o'Rscoloo Putlcultr•• 
Colocando em termos de total geral o conteúdo do quadro 20 
, pode-se visualizar, no quadro 21, que a Biomecânica é citada 
por 63,15% das Instituições de Ensino, tendo percentuais iguais os planos-guia_.~ 
45 
recontomeamento dentais e os retentores extracoronários (15, 78) e os conectores 
maiores aparecem com cerca de 5,26 das respostas. 
Planejamento em Prótese Parcial Removível 
Q-21 ASPECTOS DIFfCEIS NO ENSINO/APRENDIZADO* Total Geral 
70 
80 
50 
40 
30 
20' 
10: 
o' 
Biomecalnica P.G.R R.S.I Conectores Maiores 
No quadro 22 pode-se notar quais são os meios didáticos mais 
eficientes no ensino de planejamento das PPRs, com destaque para aqueles com 
claro envolvimento clínico (seminários e discussão de casos clínicos e atividade 
clínica pura) cuJos valores em muito sobrepujam os meios teóricos (aulas e 
seminários). As Escolas Particulares lideram (100%) nos seminários/discussão de 
46 
casos clínicos , embora percentuais altos também ocorram em ambos os tipos de 
' ' Universidades. PLANEJAMENTO EM PROTESE PARCIAL REMOVIVEL 
Q-22 MEIOS DIDÁTICOS MAIS EFICIENTES • 
120 
100 
I 
UE-UIJIVenld.- Eal.aduab. 60 
I)PaUnhrenld.od.,. P~ 
EJ'ooEM:oiOI Pani<Uiaru i 
40 
71.42 
100 
• EM("') 
o 
o 
o 
o 
I I 
Analisando o total geral dos meios didáticos mais eficientes para 
o planejamento em PP R, o quadro 23 realça o percentual de 85,71 dos seminários 
e discussão de casos clínicos frente aos 14,28 das atividades clínicas nos pacientes. 
A visualização do percentual zero dos meios teóricos sinaliza o enfoque prático 
dado no Ensino de planejamento das próteses parciais removíveis. 
PLANEJAMENTO EM PRÓTESE PARCIAL REMOVfVEL 
Q-23 MEIOS DIDÁTICOS EFICIENTES. 
o 
A.T. 8.T . 
• .... ( .. 1 
Total Geral 
A 1 -Aulas Tcd'rlca> 
ST~Scmlnklo• Toôrlcm 
SD=Scmln.Dlscu•s!o C~so• Clfnlco• 
AC.."=Atlvlrlado• Ofnlc~• (Jlor mai~r !cmp~) 
47 
Como último tópico abordando o plan~amento nas Instituições 
de Ensino do Estado de São Paulo, foi pedida uma avaliação sobre o desempenho 
dos alunos ao final do curso de PPR no julgamento dos professores responsáveis 
pelas Disciplinas (quadro 24). Nota-se que o resultado "REGULAR" teve um 
percentual de 51,42 muito próximo dos 48,56 de "BOM", que denota a auto-
análise dos docentes perante a co~plexidade dO tema. Nenhuma Instituição de 
Ensino considerou o desempenho "RUIM" em suas respostas. Os maiores 
percentuais de "REGULAR" foram observados nas Universidades Particulares 
(85,71). 
PLANEJAMENTO EM PRÓTESE-PARCIAL REMOV[VEL 
Q-24 A\lallaqão desempenho alunos em planlil)amento apó'a termino do curso (em%) 
í1J!!oUnWor1!dodeo E!Uduolo. 1 
I UP;UnJvonJ~ode• I'U"!!cul>reol 
I f.I">Eocol•• PlrlleuJ.,..., 1 
86.71 
o 
40 
o 
51.42 
o 
I 
A queStão 12, que era do tipo resposta livre (aberta) fazia 
considerações sobre os possíveis fatores que levam os Cirurgiões-Dentistas a não 
realizarem em seus consultórios - conforme comprovam diversas pesquisas 
realizadas no Brasil e no exterior - as PPRs de forma aproximada do que foi 
ensinado nas Instituições. As respostas englobam quatro grupos de fatores: l. 
relativas ao próprio CD; 2) os relativos aos laboratórios; 3) os envolvidos no 
48 
próprio Ensino Universitário e, 4) os intrínsecos às próprias PPRs. Os destaques de 
cada grupo terão valor percentual de citação entre parênteses*. 
1. Quanto ao Cirurgião-Dentista: 
Foram citados mais de vinte aspectos. Os maís comuns são: 
a) A prótese é considerada "de segunda categoria, de "periferia11 , 
"social" para o CD (26,31). 
b) Desinteresse do CD pela PPR (21,05). 
c) Os CDs têm dificuldade para planejar/execurar PPRs bem 
feitas; há negligência por parte dos CDs porque delegam o planejamento ao 
protético; têm necessidade imperiosa de terminar rapidamente os casos 
(15,78).complexidade do preparo de boca; simplificação dos procedimentos para 
reduzir os custos operacionais (10.52%}. 
d) Remuneração baixa pelas PPRs; 
2. Quanto aos laboratórios/técnicos de prótese dentária: 
a) Poucos laboratórios são realmente qualificados para realizar 
boas PPRs (26,31) 
b) Técnicos podem ser influência negativa sobre o recém-
formado (15,78). 
c) Os técnicos fazem próteses insatisfatórias sobre modelos 
inadequados e não procuram informar o ato aos CDs (10.52). 
d) Protéticos não conscientizados dos meleficios de PPR 
inadequada, têm a formação técnica deficiente (10,52). 
• Algumas lnstilllio;:ões deixaram esta quest.ilo em branco ou responderam parte de cada grupo. Desta forma, as percentuais 
expressas abaixo referem-se aos que foram <..-itados contra o total de t 9 quesuonãrios recebidos. As somas de cada 
grupo ou de grupo ou dos grupos lliiU'e si nào segue o critério de I OO"AI, ponanto_ 
49 
3. Quanto ao Ensino Universitário 
a) Deficiência entre ensino teórico e a prática do dia-a-dia; carga 
horária restrita; docentes não padronizados entre si; professores de outras cadeiras, 
e até de Prótese, reforçam um caráter precário e pouco sofisticado das PPRs 
(21,05%). 
b) Dificuldade de ensinar os diversos planejamentos possíveis; 
necessidade urgente de mudança curricular; poucos cursos objetivos sobre 
planejamento existentes na educação continuada (15,78). 
Quanto à própria prótese parcial removível 
a) Estudo biomecâníco complexo; diversos planejamentos 
corretos para um mesmo caso clínico; dificuldade de fazer bom preparo de boca; 
dificuldade de compra de delineadores a baixo custo; excessiva base teórica 
quando comparada à Prótese Fixa (15,78). 
ANÁLISE DE UM CASO CLÍNICO 
Visando a observar como é ministrada aos alunos de Graduação 
a resolução de um caso clínico de PPR, foi elaborado um questionário que aborda 
tópicos implicados na resolução do mesmo como: tipo de dentes no arco 
antagônico, curva ântero-posterior, estado periodontal dos dentes remanescentes, 
delineamento dos dentes, necessidade de confecção/localização de planos-guia, 
recontomeamentos, retentores diretos, retentores indíretos, apoios, conectores 
maiores, selas ou bases, tipos de dentes artificiais, necessidade e materiais para 
50 
uma moldagem especializada nos casos deClasse I inferior,que são os ma1s 
freqüentes dentro de toda a Prótese Parcial RemovíveL 
1. Planos-guia 
No quadro 25 pode-se observar que a indicação de planos-guia é 
feita pela maior parte das Instituições de Ensino (84.21%), destacando-se as 
Particulares com 100%. Nas Universidades Estaduais o índice é um pouco menor 
que o anterior (7!,52%) 
Análise de um caso clínico 
Q-25 Planos Guias -necessidade de confecção * 
80 
40 
UE=Univerl.ldades Estaduais. 
UP:=Univerl.ldades Particularea 
EP=Escolu ParUculues 
*em% 
EP 
100 
o 
O quadro 26 mostra a localização dos planos-guia nos dentes 4J, 
f4, dentre os que indicaram sua confecção, teve nas faces distal ("D") e disto-lingual 
51 
("DL") iguais porcentuais (36,84), seguidas pela lingual ("L") com 15,78 e na 
conjugação disto-lingua1 e lingual com 1 0,52. 
Análise de um caso clínico 
Q-2s Planos Gulas-Locallzaçê.o:nos dentes 4"]4" * 
(1)Faces 'OL' e "L", (2) Face 'L" (3) Face "DL" , (4) Face "D" 
• em 0/0 
O quadro 27 assinala que os planos-guia na face disto-lingual e 
lingual são mais comuns nas Universidades Estaduais; na face lingual, nas 
Universidades Particulares; nas faces disto-lingual são mais comuns nas Escolas 
Particulares e na face distal são iguais nas Universidades Estaduais e Particulares. 
Q.-2 7 PLANOS -GUIAS -TOTAL GERAL* 
80 
I 
60 
DFe.ces 'DL'e"L' III Faces 'L' •Faces'OL' •Face •o• I 
• em o,.o UE-Illol......,odooiWodu.alo. 
1 UP-IJ,o!oenl<lodeo Porua.lo"'' 
1 EP>oEscoo .. """'""""'' 
No quadro 28, que mostra a necessidade da confecção de 
recontomeamentos para o caso clínico considerado, obteve uma aceitação positiva 
52 
de 84,21% das Instituições de Ensino, enquanto apenas 15,78% os contra-
indicaram. Notar como os valores positivos (indicação) e negativos (contra-
indicação) são bastante semelhantes entre as Instituições. 
Análise de um caso clínico_ 
Q-2 a Recontorneamentos-necessidade de confecção "' 
As faces indicadas para os recontorneamentos, conforme o 
quadro 29, foram: unicamente a lingual ( 11L")- 81,25% com maior constância nas 
Universidades Estaduais (37,5%), porém distante das Universidades particulares 
(com 18,75%). Para as faces vestibular("V11), lingual ("L") e distal (''D") - como 
um conjunto- somente as Universidades Particulares indicaram recontomeamentos 
com 18,75% 
Análise de um caso clínico 
Q-29 Recontorneamentos-localizaçâo nos dentes '474'" * 
Total O 
lUC mil 
I
UP • 
EP • 
*(em%) 
37.5 
18.75 
25 
I UE-Un1Yenlclodoo htaduOio. I 
Ul'oollnlvenldadeo Pmlall.,.... 
EP..EO<otoo P&rUa&IONI 
53 
Conforme o quadro 30, os retentores diretos, situados 
basicamente nos dentes 414, foram de oito tipos diferentes. Os mais citados foram 
aqueles em "T" para as Universidades Estaduais (57,1%); nas Universidades e 
Escolas Particulares foi o grampo "T -Longo" com 42,8% e 40%, 
respectivamente). As Escolas Particulares ainda mostram índices razoáveis (200/o) 
de indicação dos grampos "RPI", "I" e "Y". Os retentores menos citados foram: 
"7", "RPT" e "Martinet-Na11y" 
Análise de um caso clínico 
Q-30 Retentores diretos para os dentes '414 * 
O quadro 31 mostra os totais gerrus dos retentores diretos 
indicados, com 31,5% para o 11 T", 26,3% para o "T-Longo" e 15,7% para o "RPI". 
Os demais retentores extracoronários apresentaram percentuais gerais de 5.26. 
Análise de um caso clínico 
Q-31 Retentores diretos para os dentes 414 * 
*(em%) 
54 
O quadro 32 mostra quais foram os retentores indiretos 
indicados pelas Instituições. Notar os altos índices de apoios Mesial ("M") e Distal 
("D") e Barra lingual dupla contrapondo-se às baixas indicações de apoios Lingual 
("L") e apoios Mesial C'M"). Intermediam as respostas com grampo contínuo de 
Kennedy, apoio mesial em caninos e Barra contínua de Kennedy. 
Análise de um caso clínico 
Q-32 Retentores indiretos * 
i'S'J'Ccp;::;;;:[fJ''J'C"C"C~~'CJ[SS""l Retentor Indlrero .:~ (l}Apolos L em 3!-f 
(l)Apolo1 M em J!J' 
''"'''' (J)ApolosMeDem"3JT 
"'Ci'fl'Ci (4)Barn Conti\tua de Kennedy 
'' (5)Barn Lingual Dupla 
(ó)Grampo Conti'nuo de Kennedy 
(7)Apolo M em"1Ff" 
Ul>oUnJ'Orald .... o Esi.od"Ol~ 
UJ'oallnlvenldod01 Partl<ulltftJ 
1 1'.f'o.Eaco~a,r11'11<111.,.. 1 
No total geral dos retentores indíretos (quadro 33) observam-se 
os percentuais gerais de cada tipo de retentores indicados pelas diversas 
Instituições. Lideram os apoios mesiais e distais de caninos, seguidos pela barra 
lingual dupla tendo sido indicados por apenas 5,26% das Instituições o apoio 11L'1 
de caninos e o apoio Mesial ( 11M 11 ) de pré-molares. 
Análise de um caso clínico 
Q-33 Retentores indiretos * -TOTAL 
Retentor lndlreto 
(l)Apolos L em 3]3" 
(2)Apolos M em :'JTl" 
(J)Apolos Me D em"'"3JT 
(4)Barra Contínua de Kennedy 
(5)Barra Lingual Dupla 
(6)Grampo Contínuo de Kennedy 
(7)Apoto M em V 
D 
55 
A distribuição dos apoios indicados pelas Instituições é o que se 
pode observar no quadro 34, onde se notam alguns aspectos curiosos: os apoios 
mesiais nos pré-molares e linf,7ttais de caninos são os mais freqüentes, mas os 
mesiais de pré-molares somados aos mesiais e distais de caninos são somente 
indicados nas Escolas Particulares, enquanto que os mesiais de pré-molares e 
caninos são somente indicados nas Universidades Particulares. O apoio distal nos 
pré-molares encontra apenas uma pequena citação nas Universidades Estaduais 
(28,57%). 
Q 
Análise de um caso clínico 
-34 Fixação e suporte>~< 
•em% 
Fixação e Suporte : 
(1 )M de 4!4,Med :JjJ 
(2)M de ;fjl,L de "3f,r 
(3)M de 4J4,M de~ 
(4)D 'IJ'I 
UE=Untvenldadea Estaduais. i 
UP=Unlversidades Particulares 
EP=Escolaa Particulares 
No total geral, visto no quadro 35, os apoios mais freqüentes são 
os mesiais de pré-molares e mesiais/distais de caninos com 47,36%, seguidos pelos 
56 
mesiais e pré-molares e linguais de caninos (26,31 %), tendo os distais dos pré-
molares apenas 10,52% de todas as Instituições de Ensino. 
Análise de um caso clínico 
Q-35 Fixação e suporte-TOTAL GERAL* 
Fixal(â'o e Suporte: 
(1 )M de 4!4,Me03]3 
(2)M de 4j<I,L de ""3]3" 
(J)M de 4]4,M de""3]3" 
(4)D 0]'1 
Face ao grande número de retentores extracoronários indicados, 
a reciprocidade analisada em nível de braços de oposição seria contraproducente e 
não conclusiva; por isso optou-se apenas pela reciprocidade cruzada, que é dada 
pelos conectores maiores (tanto para o arco superior como inferior). O quadro 36 
procura mostrar os tipos mais indicados pelas Instituições. O mais aplicado é a 
barra lingual clássica, seguida pela placa lingual, sendo ainda citado o grampo 
contínuo de Kennedy e o rompe-forças (em "Outros"). 
Análise de um caso clínico 
(}36 Reciprocidade-conector maior Indicado * 
Conector Maior 
(l)Barra Lingual Clássica 
(2)Grampo contútuo de Kennedy 
(3)Placa Lingual 
(4)0Utros 
r \JF.•Unlvoro!d•~ .. EllodUOU. I 
UJ'ooUnlv..,ddad<> Portlcul.,.> I 
E"""EI.«llu l'•rtiCUI>m : 
57 
Pelo total geral do o quadro 3 7 pode-se notar que a barra lingual 
clássica obteve 68,42% das indicações para o caso clínico considerado. A placa 
lingual obteve índices na casa de 15,78%, seguido pelo grampo contínuo de 
Kennedy - que é basicamente um retentor indireto - com 10,52%. Fechando o 
quadro temos o rompe-forças (não especificado o tipo) com 5,26% (referente a 
uma Universidade Particular). 
RECIPROCIDADE 
(}37 
"" .. 
50 :~ 
40 ;· 
soi 
H 20 
10 ~-
0 :o:(,:::) =!!'-
I Total DI ..... ! 
* TOTAL GERAL 
•om,. 
Conector Maior 
(l)Barra Lingual Classlca 
(2)Grampo continuo de Kennedy 
(3)Placa Lingual 
(4)0utros 
Com relação ao tipo de selas (ou bases) para o caso clínico 
proposto, diversas sugestões foram feitas no quadro 38: selas metálicas, plásticas 
ou metaloplásticas (mistas). Observa-se que a mais indicada foi a mista (68,42%), 
seguida pela plástica (31,57%), assinalando ainda que as metálicas não tiveram 
qualquer indicação das Instituições. Os percentuais das mistas são iguais para 
58 
UniversidadesEstaduais e Particulares, diminuindo para as Escolas Particulares, 
nas quais aumenta, ínevitavelmenté, as selas plásticas. 
Análise de um caso clínico 
Q-38 Selas/Bases * 
"em O/o 
UE=Unlvert.ldades Estaduait. 
lJP':Unlversidades Particulares 
EP=EICOias Particularel 
A análise do quadro 39, que aborda os dentes artificiais 
indicados rnostra 
1
basicamente., três tipos de dentes: resina acrílica, porcelana e 
oclusal metálica. Os maiores percentuais foram os dentes de resina acrílica (68,42), 
oclusal metálica (26,31) e os dentes de porcelana foram citados apenas por uma 
Universidade Estadual, ficando com o valor final de 5,26%. Os índices de dentes 
de resina acrílica aumentam nas Universidades e Escolas Particulares em relação às 
59 
Estaduais, mas - de qualquer forma - se mantêm razoavelmente constantes por 
toda a amostragem considerada. 
Análise de um caso clínico 
Q-39 Dentes Artificiais * 
O último tópico a ser abordado (quadro 40) foi a indicação ou 
não de moldagem especializada para a área desdentada e o resultado, apesar de ter 
sido imaginado como favorável à realização desse procedimento de grande valia 
clínica, causou surpresa, pois a unanimidade foi total na amostragem feita: 100% 
das Instituições de Ensino do Estado de São Paulo (que responderam a pesquisa). 
Análise de um caso clfnico 
Q-40 Moldagem especlallzada-lndlcaçâo * 
UE=L'ol.ouldod" fuUduoJ~ I 
IJ!'2Uoln<>lrl•"'• P..-....,.,..,1 
il!">U<ola• Pll"'l<Uiar<o I 
Já a unanimidade observada anteriormente foi perdida ao se 
perguntar qual o material a ser usado nesta moldagem. O número de materiais 
60 
citados foi muito grande e procurou-se do quadro 41 apenas posicionar os mais 
freqüentes na amostragem Foi um trabalho complexo pois muitas Instituições 
misturam diversos produtos para este procedimento. Desta forma, os números do 
quadro servem apenas como uma orientação para se saber quais são os materiais 
mais usados, de uma maneira genérica, nessa atividade. 
Análise de um caso clínico * 
Q41 Moldagem eepecializada-Materiaie maia usados 
UE-UnJverúdades EsU.duats. 
1 llP=UnJveraidades Particubrel 
EP=Eacolas Particul•re• 
67.14 
14.28 
28.57 
•podem aer indtcadoa um ou mala rnatariai•. •em% 
6. DISCUSSÃO 
No decorrer da pesquisa foi possível observar, confrontando-a 
com a literatura consultada, que sua estrutura básica possuía diversos pontos 
comuns, mas nenhum dos artigos tínha a mesma abrangência, que envolve tanto 
aspectos diretamente ligados à Disciplina de Prótese Parcial Removível, como 
também aqueles pertirientes ao planejamento de um caso clínico, ambos em um 
mesmo trabalho científico. 
Com base na experiência de diversos colegas professores dessa 
Disciplina, procurou-se restringir o número de retentores extra-coronários a serem 
indicados, através de desenhos dos dentes remanescentes em cinco vistas, a 
marcação da linha equatorial protética nas faces dentais em todos os desenhos, 
bem como na face distal dos últimos dentes suportes, que são inovações não 
encontradas, com este grau de detalhamento, em toda a extensa literatura - mais de 
205 fontes consultadas. Mais que o aparente ineditismo destes pontos, o objetivo 
foi, na verdade, procurar elucidar ao máximo os respondentes procurando ver se 
assim poder-se-ia diminuir as 5 variações entre os mesmos. Por tais motivos foram 
inseridas informações complementares sobre o grau de reabsorção óssea (desenho 
do contorno da mucosa), em diversas vistas, como um possível fator de restrição a 
determinados retentores. 
Também o arco antagônico e suas características - número e 
estado clínico dos dentes, curvas ântero-posterior e látero-lateral permitem uma 
62 
visualização global do caso clínico, para que as respostas e seus tabulamentos 
posteriores sejam conclusivos em uma análise apurada 
Esta pesquisa, bem como inúmeras outras realizadas por diversos 
autores, teve como ponto de partida o conhecido dano que as PPRs podem causar 
às diversas estruturas bucais, quando não corretamente realizadas. ADDY & 
BATES2 (1979), BATES & ADDY12 (1978), BUDTZ-JORGENSEN & 
ISIDOR19 (1990), CARLSSON e colab21 (1962), CAVALARJs23 (1973), 
KRAJICEK48 (1972), RISSIN e colab69 (1979), ROBERTS72 (1978), TOMLIN 
& OSBORNE90 (1961) e WAERHAUG92 (1968) são alguns dos autores 
consultados que mostraram o potencial iatrogêníco das PPRs, seja pelo lado 
clínico, laboratorial, conceituai ou de controles posteriores dos casos. Interessante 
é notar que ao lado desse extenso grupo que pode ainda ser acrescido da maioria 
dos autores pesquisados, contrapõem-se a opinião de CHANDLER & 
BRUDVIK24 {1984) que, ao analisarem, clinicamente, cerca de noventa e duas 
PPRs após oito a nove anos de uso, concluíram que não existiu evidência clínica 
direta de que as próteses sejam as responsáveis por qualquer dano aos dentes 
remanescentes e estruturas periodontais de suporte. 
Com relação ao universo utilizado nesta pesquisa - Instituições 
de Ensino Odontológico do Estado de São Paulo - deve-se salientar que este 
Estado é o que maior número de Instituições possui no País e que, analisando em 
termos de média, são as mais antigas do Brasil, independente do tipo de Instituição 
considerado. Espera-se, portanto, serem elas as que reúnem o maior número de 
pesquisadores em PPR. Também o número de Instituições consideradas -vinte e 
duas - é significativo perante outros trabalhos consultados, nos quais oscilava de 
oito a dezoito Instituições, no máximo. É válido citar que a Disciplina de Prótese 
Parcial Removível da FOUSP pretende - a partir deste modesta colaboração como 
63 
um "plano-piloto" - estender outras pesquisas semelhantes a todo o Brasil, país que 
possui o o maior número de Faculdades de Odontologia do mundo*. 
Outros motivos que levaram-nos a circunscrever a pesquisa ao 
Estado de São Paulo foi a possibilidade de aumentar significativamente o número 
de retornos a serem tabulados, já que as distâncias e contatos pessoais tomaram 
possível obter-se, mesmo com um certo grau de dificuldade, 86,36% de respostas 
sobre o total enviado, média que tem valor expressivo, tanto perante o universo da 
pesquisa como para outros trabalhos consultados, que possuem retornos de 40% 
(MURPHY & HUGGETT60, 1972) a 91% (COTTMORE e co1ab26, 1983), com 
a média situada ao redor de 72,5% (BRENNAN & SPENCER 16 1992). 
A utilização de questionários nesta pesquisa é apoiada por 
diversos autores, face às distâncias físicas, custos e tabulação de dados das 
eotrevistas pessoais, como afirmam HIRANo43 (1979}, ROBERTS72 (1978), 
SLATTER & SHUVAL80 (1976), BOWMAN15 (1970), e MANN57 (1973). 
Mesmo considerando as vantagens práticas do questionário, foi incluída uma 
pergunta de resposta livre, com a finalidade de procurar-se obter as opiniões 
pessoais de cada respondente e que foram de grande auxílio para a discussão ora 
apresentada. 
O número de perguntas formuladas - vinte - situa-se na média da 
maioria dos trabalhos semelhantes publicados, onde variam de quinze a trinta e 
duas. Sabe-se que outras perguntas poderiam ter sido acrescentadas, mas foi 
procurado ater -se àquelas que pareciam serem mais significativas dentro de um 
universo inicial de mais de quarenta e cinco questões. Por outro lado, trabalhos 
como o de HIRANQ43 (1979} e de MANN57 (1973) mostraram ser 
desaconselhável realizar pesquisas com tal carga de solicitações já que um alto 
•FONTE: JORNALCROSP 16(56):1-3, dez. 1992. 
64 
grau de dispersão e cansaço dos respondentes seria rapidamente alcançado, 
prejudicando o retomo e futura tabulação posterior. 
A discussão dos diversos tópicos que serão feitos a seguir não 
segue a ordem do questionário, já que o intuito é apenas salientar os pontos de 
maior interesse prático. 
Um aspecto a se notar é o da Bibliografia básica, na qual ressalta 
o grande volume de literatura estrangeira traduzida para o Português, através dos 
livros de HENDERSON & STEFFEL 42 (1979)com 94,79% e MJLLER E 
GRASso58 (1990) com 52,63% das Instituições. Livros-texto em língua inglesa 
e/ou em castelhano estão indicados com certa freqüência como se vê em 
APPLEGATE* (15,78%), REBOSSIO* (10,72%), MJLLER* (26,31%) e 
PRIESKEL* (10,52%). 
Convém assinalar que o livro dos norte-americanos 
HENDERSON & STEFFEL 42 (1979), cuja tradução é a mais indicada em nossas 
Instituições de Ensino, teve na, Inglaterra, em pesquisa realizada por BARSBY & 
SCHW ARZ9 ( 1979) percentuais de indicação ao redor de 22,22, enquanto o livros 
dos ingleses OSBORNE & LAMMIE* alcançou 44,44 dentre dezoito Faculdades 
consideradas no Reino Unido. 
Isso apenas corrobora nossa observação de que há uma tendência 
de se prestigiarem os autores do pais na Bibliografia básica. Nesta pesquisa isso 
também ocorreu pois obtivemos ótimos percentuais os livros de autores brasileiros 
como FIORJ34 (1983), com 84,21 (no total geral da pesquisa o segundo livro mais 
indicado), ZANETTI & LAGANÁlOO (1988) com 57,89 e TAMAKI* tendo 
10,52. É válido salientar que a data de publicação dos livros acima considerados 
(ex.ceção para TAMAKI*) é bem mais rec-ente que as primeiras edições de 
HENDERSON & STEFFEL 42 (1979) no Brasil, o que poderia explicar a ainda 
•Para maiores detalhes sohre estes livros-texto, ver apêndice. 
65 
menos numerosa indicação dos mesmos. Este tópico seria interessante de ser 
analisado dentro de dez anos, para observar o grau de penetração dos autores 
brasileiros na Bibliografia básica das Faculdades paulistas e brasileiras. 
Abordando agora aspectos relativos à Disciplina de Prótese 
Parcial Removível, observou-se que as cargas horárias, sejam as de atividades 
teóricas, laboratoriais e clínicas, são praticamente semelhantes entre as diversas 
Instituições, respeitando-se as durações de cada parte. Dessa forma, não se pode 
estabelecer claramente, por exemplo, que a carga clínica de uma Universidade 
Estadual seja muito diferente naquela de uma Universidade ou Escola Particular. A 
única exceção a esta afirmativa foi verificada na carga horária clínica de uma 
Escola Particular com trezentos e trinta horas/aula/mês, enquanto nas demais 
instituições esta carga se situava na faixa intermediária de cento e vinte horas. 
Contatos posteriores com docentes dessa Escola mostraram - ainda de modo 
extraoficial - que houve uma interpretação errônea do responsável pela Disciplina 
no cálculo da carga horária clínica. 
No que se refere ao estudo das cargas horárias é bom assinalar 
que todos os valores citados pelos respondentes, para qualquer tipo de atividade, 
estão abaixo dos índices citados por VIEIRA91 (1974) para uma Disciplina de 
PPR considerada como ideal. Esse autor que fez um profundo estudo curricular de 
todas as Disciplinas de uma Faculdade de Odontologia, estabelecendo parâmetros 
de uma escola citada como "adequada para um bom aprendizado de Odontologia". 
Esta maior carga horária, especialmente na parte clínica, proposta por esse autor, é 
tema corroborado não só por diversos autores consultados (BARSBY & 
SCHWARZ9, 1979; LEVJN & SAVER54, !969 e NAVARRQ62, 1988) como 
também pela maioria dos respondentes na pergunta de resposta livre, resultando 
assim num verdadeiro consenso, de que a carga horária clínica é pequena e deve 
ser aumentada, em nome de um melhor aprendizado por parte dos alunos de 
66 
Graduação. Isto em parte é salientado no quadro 23 onde os seminários com casos 
clínicos são citados como meio eficiente de aprendizado por parte dos alunos. 
Para um melhor desempenho dos alunos, os respondentes - em 
sua maior parte - também fazem uso de meios auxiliares como apostilas, manuais e 
roteiros (de laboratório e clínica), sendo esta mais uma pergunta inédita perante a 
literatura c-Onsultada. Pelas respostas recebidas observa-se que as Instituições de 
Ensino paulistas procuram - cada uma de acordo com suas próprias condições -
infonnar seus alunos de uma maneira adequada a como melhorarem sua destreza 
frente à PPR seja laboratorial e/ou clínica, além do que poderiam evoluir com a 
leitura dos livros-texto indicados na Bibliografia, mostrando que estes meios 
complementares são de grande valia para o Ensino. 
Mesmo havendo esta preocupação na Docência, os artigos 
mostram o claro desinteresse do Cirurgião-Dentista pela adequada construção das 
próteses parciais removíveis e isso leva a pensar o porquê desse fato ocorrer. Uma 
possível resposta seria a própria complexidade dos assuntos relativos à PPR, como 
observado no quadro 21, onde o estudo da Biomecânica é classificado como um 
dos aspectos mais difíceis no planejamento dos casos (63, 15%), apesar de os 
livros-texto (e muitas apostilas/manuais) dedicarem de quarenta a cento e quinze 
páginas somente para este tópico (HENDERSON & STEFFEL 42, 1979; F!Oru34, 
1983; ZANETTI & LAGANÁ!OO, 1988 e APPLEGATE*). O volume de destaque 
à Biomecânica das PPRs suplanta temas como retentores extracoronários e 
conectores maiores (com percentuais de 15,78 e 5,26, respectivamente). É 
importante salientar que existem, entre conectores maiores. menores, retentores 
extra-coronários e selas mais de cinqüenta e dois tipos diferentes - dentre os mais 
destacados - a serem considerados. Se o tempo total da Disciplina de Prótese 
Parcial Removível é curto, como média, como desejar que os alunos possam 
• Para maiores detalhes S()bre este livro-texto, ver apêndice. 
67 
dominar a correta indicação destes cinqüenta e dois tipos de componentes 
acrescidos de fatores biológicos gerais e aqueles específicos ao caso? 
Esta grande variedade de tipos de retentores diretos e também 
indiretos pode ser claramente identificada ao observar-se os quadros 30 a 33 onde 
-mesmo após ter sido dada uma série de dados restritivos na apresentação do caso 
clínico - o número de retentores diretos citados foi de oito, bem como sete 
retentores indiretos. Esse fato leva a pensar se não seria possível, talvez - diminuir 
a carga horária teórica - por uma menor carga de infonnação - dada aos alunos 
nesses dois temas, para que as opiniões não sejam tão divergentes, mesmo 
considerando terem os professores universitários grande conhecimento de Prótese 
Parcial Removível. 
MONTENEGRO e colab.* (1993) procuraram questionar o 
conhecimento sobre retentores diretos junto a Cirurgiões-Dentistas, formados em 
diferentes épocas, e puderam perceber que o grau de desconhecimento, acerca de 
muitos dos retentores citados no quadro 30, é praticamente total. Por outro lado é 
preocupante ver que os técnicos em prótese são os responsáveis por mais de 90% 
dos planejamentos (NA V ARRo62, 1988), mas só realizam, na prática, não mais de 
três tipos dos grampos citados pelos respondentes para esse caso clínico 
(COTTMORE e colab26, 1983); STADE & DJCKEY81, 1990). Também muitos 
dos Cirurgiões-Dentistas entrevistados na pesquisa acima (cerca de 45%) 
mostraram desinteresse claro em responder sobre os retentores, alegando que "isto 
é tarefa do técnico e não penso sobre este assunto desde a Faculdade". Esses fatos 
levam então a indagar se não há uma falta de envolvimento dos docentes na vida 
acadêmica dos CDs, por não procurarem reforçar o conhecimento ou simplificar o 
número de componentes/planejarnentos possíveis visando ao que possa ser 
futuramente incluído em sua vida profissional, como ocorre, por exemplo, nos 
~Trabalho em elaboração. V a: Revista da Literatura, p.22. 
68 
procedimentos de Endodontia e Dentística* e que pode ser verificado em diversos 
trabalhos de pesquisa com Cirurgiões Dentistas (ATKINSON & ELLIOT6, 1969; 
BASKER & DAVENPORTIO, 1988; COTTMORE e colab26, 1983; 
FRANrz37 1975; SCHWARZ & BARSBY78, 1980; STADE & DICKEY81, 
1990). 
Talvez pudesse ser o arcabouço teórico do Curso de PPR ou a 
complexidade do tema versus a habilidade própria de cada docente de como 
transferir estes conhecimentos que tome o planejamento das PPRs algo tão dificil 
aoCirurgião-Dentista não ligado à vida universitária desta Disciplina? 
Aparentemente as questões ora levantadas fogem ao objetivo deste trabalho, mas 
com certeza devem ser relevadas neste momento. 
O quadro 24 avalia o desempenho dos alunos no tocante ao 
planejamento das PPRs após o ténnino do Curso, no qual a classificação de 
"REGULAR" tem 51,42% das respostas. Isto pode ser um indício de como os 
próprios docentes percebem seus alunos após as atívidades clínicas, laboratoriais e 
teóricas. Apesar do percentual de "BOM11 ser também alto, parece ser possível 
depreender, que se houvesse aumento da carga horária clínica, a situação poderia 
inverter-se (esta análise se baseou também na pergunta de resposta livre do 
questionário). 
Mesmo se um caso básico como este de Classe I de Kennedy 
gera tamanhas diferenças entre os docentes, o que não dizer dos casos mais 
complexos dessa e outras Classes de Kennedy? E se forem somados o estado do 
rebordo, mobilidade dos dentes suportes, tipos/ características do arc.o antagônico 
e de oclusão, quais seriam as respostas e como transferir todos estes dados aos 
alunos de Graduação? Somente uma refonna curricular ampla, com aumento das 
"'Professores das Áreas em Cursos de Pós-Graduação da APCD. São Paulo, Comunicação Pessoal. 1992 e 1993. 
69 
cargas clínicas, parece ser a solução encontrada pelos respondentes e em inúmeros 
trabalhos científicos consultados. 
Também para os apoios (quadro 34 e 35) as variações seguem o 
que acontecia aos retentores diretos e indiretos. Isto se coaduna com os exames de 
modelos em laboratórios de prótese e planejamentos de técnicos em prótese 
observados na literatura (BASKER e coiabll, 1988; McCRACKENss, 1962; 
MURPHY & HUGGETT60 1972· NAVARRo62 1988· ÔWALL63 1974· , ' ' , ' ' 
ROGERS & HAWKINS73, 1991; SCHWARZ & BARSBY77, 1978; STADE & 
DICKEy81, 1990; TODESCAN & VIEIRA89, 1972). 
A complexidade do preparo de boca é outro aspecto critico que 
pode ser visto na prática diária NAVARRo62, (1988) e TODESCAN & 
VIEIRA 89 ( 1972), mas há uma grande concordância sobre a indicação de planos-
guia e recontomeamentos nas Instituições de Ensino do Estado, se bem que nem 
sempre a sua localização seja a mais adequada para o caso (BARSBY & 
SCHWARZ9, 1979: BEN-UR e colab.14, 1991; CHANDLER & BRUDVJK24, 
1984; SCHWARZ & BARSBY79, (1984); THOMPSON & KRATOCHV!l}5, 
1977). Até a própria visualização clínica de um preparo para apoio terminado em 
contrapartida de sua simulação laboratorial é mais um fator que dificulta um 
correto domínio do preparo de boca específico à Prótese Parcial Removível. 
Todos os aspectos citados até o momento demonstram alguns 
dos fatores a serem considerados em clínica e laboratório de PPR, mas outros 
podem ser abstraidos dos resultados: há uma elevada taxa de respondentes que 
alegam haver, de fato, uma filosofia única, entre os docentes, no ensino de 
planejamento em suas Instituições e que os docentes da parte clínica são os 
mesmos da parte técnico-laboratorial (ou a estes se somariam outros professores 
para as ativídades clínicas). Seria isso - a padronização dos docentes entre si -
realmente possível para um mesmo caso clínico, se foi obtido entre dezenove 
70 
professores mais de sete planejamentos diferentes? Seria possível dizer que todos 
os docentes conhecem o grampo Martinet-Nally (citado por duas Escolas), se ele 
pouco é citado na maioria dos livros-texto nos quais a maioria dos docentes 
estudou? Seria o fato do responsável pela Disciplina conhecer este grampo, bem 
como outros fatos relativos ao planejamento, uma garantia que todos os docentes 
também o conheçam e consigam transferir para o aluno da mesma forma e com a 
mesma eficiência? Este mesmo problema - calibração dos docentes - é que o autor 
desta pesquisa, por exemplo, sentiu ao corrigir as provas de planejamento de PPR: 
como criar um gabarito eficiente para correção, já que um mesmo caso clínico, 
pode ter diversos planejamentos corretos e com base científico-biológica 
adequada? Novamente se foge da temática básica do trabalho, mas, na verdade, 
tudo está interrelacionado quando envolve o ser humano (TEDESC084, 1991; 
MANN57, 1973; IDRANo43 1979). 
Muitos dos fatos aqui relatados sobre a situação critica da PPR 
na prática diária são de conhecimento da Classe há mais de trinta anos, uma vez 
que o trabalho mais antigo (de análise clínica) encontrado seja o de ANDERSON 
& LAMMIE4 (1952), mas como afirmar se houveram mudanças, se, em 1988 
NAVARRo62 observou no Brasil (Grande São Paulo) que mais de 90% dos 
modelos enviados aos laboratórios visitados eram de qualidade inferior ao mínimo 
necessário para longevidade de uma PPR? Trinta anos ou mais de um século 
DRISCOJ..L31 (1889) e PALMER64 (1893) não seriam suficientes para mudar 
uma situação? Infelizmente, parece que não o foram em nosso País. 
Quando se iniciou este trabalho, procurou-se distinguir os 
diferentes tipos de Instituições de Ensino Odontológico - Universidades Estaduais, 
Universidades Particulares e Escolas Particulares- (também uma distinção inédita 
perante outros trabalhos) para ver se existiriam mudanças notáveis no que é 
ensinado aos alunos. A par de pequenas diferenças (quadros 4, 8, 11, 24, 30, 32, 
71 
34,39), nas grandes questões didáticas ou clínicas as respostas foram 
estatisticamente iguais; isto talvez se deva ao fato de os professores terem 
formações em locais comuns ( e também mínistram aulas em diversas Escolas) e 
haver uma grande semelhança nas Bibliografias básicas e, às vezes, até no material 
didático de apoio (apostilas, roteiros e manuais). 
Imagina-se então que, quando pesquisa semelhante for estendida 
a todo o País ou forem realizadas mais enquetes com Cirurgiões-Dentistas, talvez 
maiores discrepâncias possam ser observadas entre as diversas Instituições de 
Ensino Odontológico. 
A análise do quadro 39, que se refere aos dentes artificiais, 
mostra que a maioria dos respondentes indicaram dentes posteriores de resina 
acrílica ( 68,42% ), enquanto em uma carga mastigatória desta intensidade (já que 
os antagônicos são naturais) o ideal seria a indicação de uma face oclusal metálica 
(ou "até mesmo" dentes de porcelana) conforme é reconhecido por diversos 
autores. Infelizmente sabe-se o quão difícil tem sido indicar dentes artificiais 
adequados nas clínicas de nossas Instituições de Ensino, por tratar-se, sua clientela 
básica, de população carente, para a qual o custo dos dentes de resina é mais 
acessível, mas infelizmente nem a perda de dimensão vertical de oclusão com o 
desgaste toma possível indicar dentes com oclusal metálica nestes ambulatórios. 
Também a indicação de moldagem especializada da área 
desdentada, apesar de ser unânime entre os respondentes ( 100%) e correta do 
ponto de vista clínico LEuPOLo53 (1966) e MILLER & GRAsso58 (1990), 
sabe-se que, com enorme freqüência BARSBY & SCHWARZ9 (1979), 
NAVARRQ62 (1988) e TODESCAN & VJEJRA89 (1972) não é observável nos 
modelos enviados a laboratório de prótese. Por isso julga-se válido citar a opinião 
de SAMI e colab}S (1990) que contra-indicam o uso de moldagem única com 
siliconas de adição em casos de extremidades livres, pelas alterações produzidas 
72 
em todas as direções, conforme as medições microscópicas que fizeram em estudo 
laboratoriaL 
A terminologia pode ser um fator intrínseco de respostas 
inadequadas nos questionários conforme afirmam IDRAN043 (1979), MANN57 
(1973) e MURTOMAA e colab61 (1992) o que pode se verificar no quadro 38: a 
alta taxa de selas plásticas (31, 57%) deve estar assocíada a sinonímia desconhecida 
aos respondentes, pois é notório que as PPRELBs não podem usar selas desse tipo 
e sim as metalo-plásticas (ou plásticas com reforço metálico). Neste trabalho 
procurou-se ao máximo usar sinonímias comuns ao país e por isso o caso clínico 
teve um índice de respostas compatíveis tão alto, quando comparado a outros 
trabalhosexistentes na literatura. 
Com relação aos conectores maiores, considerados os 
responsáveis pela reciprocidade cruzada FIORJ34 (1983); HENDERSON & 
S'IEFFEL 42 (1979) e MILLER & GRASsoS8 (1990), houve um pequeno 
número de tipos indicados. Credita-se a esta situação o fato de ser o caso no arco 
inferior, cujas características levam, basicamente, à indicação de uma barra lingual 
clássica. Se o caso fosse no arco superior, o número de respostas diferentes em si 
seria, com certeza, bem maior. 
Os apoios que, segundo ROACH70 (1930), são os responsáveis 
pela fixação e supone das PPRs, citados nos quadros 34 e 35, seguiram as 
variações possíveis em função dos retentores diretos e indiretos indicados 
anteriormente. Mas é válido assinalar que os apoios em faces linguais dos dentes J1 
J3 e aqueles nas faces distais de 414 são contra-indicados por diversos autores 
consultados (BEN-HUR e colabl4, 1991; CARLSSON e colab21, 1962; 
KRAJICEK48, 1972; TEBROCK e colab83, 1979). 
Assim sendo, as observações dos respondentes sobre retentores 
diretos ou indiretos, apoios e conectores maiores apenas reforçam mais uma vez a 
73 
complexidade do estudo biomecânica das PPRs e o conseqüente planejamento dos 
casos. Como se viu pelas respostas recebidas, as soluções podem ser variadas, 
tratando-se - inclusive - de um mesmo caso clínico bastante restritivo como o 
proposto no questionário. Essa questão - planejamento - talvez uma das mais 
envolventes na área acadêmica de PPR, tem sido abordada de um modo mais 
abrangente pelo uso de computadores e programas ainda simples conforme os 
trabalhos de BEAUMONT13 (1989), AUGUSBURGER7 (1969), WICKS & 
PENNELL98 (1990) e JOURDA44 (1991). Estes programas ainda envolvem 
poucos casos e não têm como englobar todo o número de situações clínicas que 
podem ocorrer. 
Portanto, pode-se considerar que, apesar da aparente semelhança 
entre as Instituições de Ensino de nosso Estado, a realidade clínica observada em 
laboratórios de prótese ou entrevistas com Cirurgiões-Dentistas é bastante distante 
do meio universitário e pode envolver muitos fatores externos, tais como: 
profissionais negligentes, profissionais desinformados, profissionais que delegam 
responsabilidades a técnicos não bem informados tecnicamente, uso de técnica 
laboratorial e materiais inadequados e falta de senso crítico do possível dano de 
uma PPR não integrada ao todo do Sistema Estomatognático. 
Jamais seria o objetivo deste trabalho ditar normas a serem 
seguidas no futuro, mas pode-se imaginar que é chegado o momento de refletir 
seriamente sobre a situação atual da Prótese Parcial Removível em nosso meio, 
procurando através de medidas concretas mudar as atitudes dos profissionais, de 
técnicos de prótese e alterar os currículos clínicos para que, dentro de várias 
décadas, o mau conceito da PPR dentro da comunidade possa ser alterado, 
voltando a tê-la como instrumento clínico de excelência na reabilitação dos 
parcialmente edentados, para os quais, a Prótese Parcial Removível se configura 
como uma boa opção terapêutica. 
74 
"PROCURAR EM SI A CAUSA DAS FALHAS DOS 
ALUNOS: QUE SURPREENDENTES DESCOBERTAS 
SE FARIAM SE OS EDUCADORES ESTUDASSEM 
UM POUCO MAIS A FUNDO OS PROBLEMAS DO 
APRENDIZADO NA SUA CLASSE E QUE 
FREQÜENTEMENTE TAMBÉM SÃO OS SEUS 
PROBLEMAS". 
PEDRO F!NKLER, !966. 
7. CONCLUSÕES 
Baseado na pesqutsa efetuada e em conceitos emítidos pelos 
diversos autores consultados nas referências bibliográficas, parece ser possível 
chegar às seguintes conclusões: 
- As condições de Ensino de Prótese Parcial Removível nas 
Instituições paulistas· analisadas pennitem concluir que são semelhantes aos 
padrões nac.:ionais e internacionais; 
- Parece não existirem diferenças didáticas significativas entre as 
Universidades Estaduais. Universidades Particulares e Faculdades Particulares do 
Estado de São Paulo no que tange ao ensino da Prótese Parcial Removível; 
- A Biomecânica e as diversas possibilidades de planejamentos 
para um mesmo caso clínico parecem ser fatores que exijam reflexão mais 
profunda por parte do Corpo Docente paulista, com vistas a criação de uma 
metodologia que gere melhor desempenho e motivação do aluno e conseqüente 
aplicação pelo Cirurgião-Dentista por toda sua vida profissional; 
- Parece ser consenso geral que se toma necessária uma reforma 
curricular ampla para dotação de maior carga horária às atividades clínicas e/ou 
discussão de casos clínicos com conseqüente diminuição do conteúdo teórico e 
adequação das atividades laboratoriais com vistas a um melhor desempenho clínico 
posterior à Graduação e 
- Fica evidencíado, pela opinião dos respondentes e nos trabalhos 
consultados, que a situação critica da Prótese Parcial Removível na prática diária 
76 
não está diretamente ligada às condições agora existentes nas Instituições de 
Ensino e que estas devem procurar encontrar as possíveis causas dessa 
estarrecedora situação por constituírem um grupo mais identificado cientificamente 
que aquele dos profissionais formados ou dos técnicos em prótese dentária. 
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100. ZANETTI, A.L. & LAGANÁ, D.C. Planejamento: prótese parcial 
removível. São Paulo, Sarvier, l988.p.x, 1-23,99-150. 
RESUMO 
Foi realizada uma e pesquisa nas Faculdades de Odontologia do 
Estado de São Paulo sobre as condições didáticas do Ensino de Prótese Parcial 
Removível, com um índice de resposta de 86,36%. Observou-se que o nível dos 
cursos de Graduação está adequado aos padrões esperados: que não existem 
diferenças significativas· entre os diversos tipos de Instituições de Ensino; que a 
Biomecânica é o aspecto mais critico do aprendizado e que também é necessário 
dispender-se maior tempo clínico com os alunos, o que implicaria uma 
reformulação curricular, adequando-a a uma posterior aplicação prática nos 
consultórios. Também se notou que a questão é multifatorial e exige o 
envolvimento de outras à.reas de pesquisa antes de tomar possível traçar novas 
diretrizes para o Ensino Universitário de Prótese Parcial RemovíveL 
SUMMARY 
An investigation was made in ali Schools of Dentistry of São 
Paulo State to know about the didatic conditions of the teaching ín Removable 
Partia! Prosthodontics, with a response ratio of 86,36%. It was observed that the 
Graduated Course levei is suitable to the expected models, that doesn't exist 
significant differences between various types of Teaching lnstitutions; that 
biomechanics is the most criticai aspect in the act of leaming and that is also 
necessary to expend more clinical time with the students, implicating in a 
curriculum reformulation adapted to the posterior application in dental office's 
practices. It was also noted that the problem is multifactorial and involves other 
research areas before create new guidelines to the Graduate teaching ofRemovable 
Partial Prosthodontics. 
ANEXO 
QUESTIONÁRIO FACULDADES DE ODONTOLOGIA 
1. A Disciplina de PPR * se inicia no semestre do Ano e termina no 
semestre do~ ano de Graduação. -- -- --
2. Carga Horária total de PPR dentro da Cadeira/Dísciplina de Prótese Dental 
horas/aula/mês 
3. Carga Horária Individual em P.P.R.: 
a. Parte Laboratorial: Hrslaulalmês, durando semestres(s) 
b. Parte Teórica: Hrs/aula/mês, durando semestres(s) 
c. Parte Clínica: __ hrs/aula/mês, durando_ semestre(s) 
4. Concomitância de Atividades durante o Curso: 
( ) Parte Teórica e Laboratorial 
( ) Parte Teórica e Clínica 
() Parte Teórica, Clínica e Laboratorial 
5. Os Professores participantes na parte teórico/laboratorial são os mesmos das 
atividades clínicas? 
()sim 
( ) os mesmos somados a outros 
()não 
6. Acredita que todos os docentes envolvidos no ensino de PPR compartilhem de 
filosofia única quanto ao planejamento de um mesmo caso clínico? 
()sim 
()não 
7. Citar livro(s) Texto mais usados de fato, no Curso de Graduação (nome livro, 
autor, ano) 
8. São usadas apostilas/manuais/roteiros no desenvolvimento do Curso: 
()não 
()sim (tipo(s), nome(s): 
* PPR: Ahrev!atuu de~ Parcial Removivel 
Sinonímia: APR- Aparelho Parcial Removível 
9. Quais os pontos que julga serem mais difíceis no ensino de planejamento de PPR 
aos alunos: 
( ) Biomecânica 
( ) Planos Guias/Recontomearnentos Dentais 
( ) Retentores e suas indicações 
()Conectores Maiores (Barras) 
()Outros 
10. Para um melhor aprendizado sobre planejarnento em PPR, qual (quais) o(s) 
meio(s) que julga mais eficiente(s): 
( ) Aulas teóricas 
( ) Seminários teóricos 
( ) Seminários/Discussão de Casos Clínicos 
( ) Maior tempo de atividades clínicas 
11. Ao término dos ensinamentos e atividades clínicas, como julgaria ser o 
desempenho de seus alunos frente ao planejamento destas próteses: 
()BOM 
()REGULAR 
()RUIM 
12. Quais seriam os prováveis motivos, segundo seu pensamento, que levam a 
maioria dos clínicos-conforme diversas pesquisas realizadas - a não se 
preocuparem em confeccionar suas PPRs de modo semelhante (ou ao menos 
próximo) do que aprenderam na vida universitária? 
PLANEJAMENTO DE UM CASO DE PPR DE EXTREMIDADE LIVRE 
INFERIOR 
IMPORTANTE: As respostas a serem dadas devem ser baseadas exclusivamente 
no que é ensinado aos alunos de Graduação de sua Escola e não serem 
influenciados por conhecimentos mais aprofundados no assunto. 
A) APRESENTAÇÃO DO CASO 
ARCO INFERIOR 
InformaçõesComplementaren- Os dentes remanescentes não 
possuem mobilidade patológica. 
- Arco antagônico: é totalmente 
dentado, com curvas ântero-
posterior e látero-lateral normais. 
MO~ 
-- - ·- .,_ 
=;~r " I' - :::··' ~ 
VISTA VESTIDULAR ESQUERDA 
J:\~1 
cS?~CTA 
VISTA LINGUAL ESQUERDA 
"(;::;1 l~v 
VISTA DISTAL DE 4J4 
Em função do caso considerado pergunta-se: 
B) ESTUDO DA LINHA EQUATORIAL PROTÉTICA 
13.0s dentes remanescentes necessitam de: 
a) Planos (Superficies) Guia 
()não 
( ) sim (citar dentes e fàces) 
b) Recontomeamentos (adequações) 
:()não 
()sim (citar dentes e faces) 
C) SISTEMA DE RETENÇAO 
14. Retentores Diretos: (dentes e tipos de grampos indicados): 
15. Retentores Indiretos (Dentes e tipos de grampos/dispositivos): 
D) SISTEMA DE FIXAÇÃO/SUPORTE 
16. Apoios (Dentes e faces)------------------
E) RECIPROCIDADE 
17. Qual o conector maior (barra) mais indicada no caso: 
( ) Barra Lingual Clássica 
( ) Grampo Contínuo de Kennedy 
( ) Placa Lingual 
( ) Outros (citar nome) 
F) SISTEMA DE EST ABILIZAÇAOIESTABILIDADE 
18. Sela (Base) indicada 
()Metálica 
()Plástica 
()Mista (metaloplástica) 
19. Há necessidade de moldagem especializada da área desdentada? 
()não 
()sim (citar material( ais) utilizado(s): 
20. Dentes artificiais para o caso: 
( ) Resina acrílica 
( ) Porcelaoa 
( ) Superficie metálica 
OBSERVAÇÕES FINAIS 
- Agradecemos muito sua colaboração 
- Por favor colocar o questionário dentro do envelope pré-selado anexo, fechando-
o com cola. Obrigado. 
APÊNDICE 
Esclarecimentos sobre os quadros 13 e 14 
A) Livros texto citados pelos respondentes 
L HENDERSON, D. & STEFELL, V.L. MC CRACKENS - prótese parcíal 
removível, 5. ed., São Paulo, Artes Médicas, 1979. 
2. FlORI. S.R Atlas de prótese parcial removível, São Paulo, Pancast, 1983. 
3. MILLER, E.L. & GRASSO, J.E. Prótese parcial removível, 2. ed.1São 
Paulo, Ed. Santos, 1990. 
4. MILLER E. L. Prótesis parcial removible, Buenos Aires, Interamericana, 
1975. 
5. ZANETTI, A.L. & LAGANÁ, D.C. Pl;uwjamento: prótese parcial 
removível, São Paulo, Sarvier, 1988. 
6. APPLEGATE, O.C. Essentials of removable partia! prosthesis, 3.ed., 
Philadelphia, W.B. Saunders, 1965. 
7. REBOSSIO, A.D. Prótesis parcial removible, 3.ed., Buenos Aires, Mundi, 
1963. 
8. TAMAKI, T. Prótese parcial fixa e removível, São Paulo, Sarvier, 1971. 
9. PRIESKEL, H.W Precísion attacbments in dentistry, 3.ed., London, 
Henry Kimpton, 1977. 
10. DYKEMA, R.W, CUNNINGHAN, D.M1 JOHNSTON, J.F. Ejercício 
moderno de la prótesis parcial removible1Buenos Aires, MundL 1970. 
11. ZARB, G.A.; BERGMAN, B.; CLAYTON, J.A. Prosthodontic treatment 
for partially edenwlous patients, Saint Louis, C. V. Mosby, 1978. 
12. JOHNSON, D.L. & STRATTON, R.J. Fundamentos da prótese 
removível, São Paulo, Quintessência, 1988. 
13. GRIEDER, R. & CINOTTI, R. Prótesis periodontal, Buenos Aires1 
Mundi, 1973. 
14. RUDD, K.D. & MORROW, RM. Dental laboratory procedures, 
Philadelphiaf.V Mosby, 1981. 
15. DESPLATS, M. A prótese parcial removível na prática diária1 São Paulo, 
Pancast, 1989. 
B) Idiomas dos livros-texto 
B.l. - Ponuguês: nos livros:1,2,3,5,8, 12,1 S. 
Espanhol- 4,7,10,13, 
Inglês- 6, 9, 11,14 
Autorizo a reprodução xerografica pelos interessados. 
São Paulo,/!./ de dezembro de J 993. 
FERNANDO LUIZ BRUNETTI MONTENEGRO

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