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O câncer é multifatorial, inúmeros agentes são oncogênicos, Agentes causais/ estímulos: causam alterações genéticas - instabilidade genética. Essa instabilidade altera genes relacionados à produção de substâncias diversas. Ex: fatores de crescimento, receptores para fatores de crescimento, proteínas que apresentam função dentro do citoplasma - transdução, transcrição, reparo do DNA defeituoso e regulação da apoptose (apoptose desregulada aumenta a sobrevivência da célula). Essa mutação faz com que a célula prolifere de uma forma desordenada, pois escapam do sistema imune, gerando uma massa tumoral que pode adquirir outras mutações, tornando o quadro mais complexo. As células que apresentam hiperplasia e displasia apresentam risco maior de desenvolver essas alterações, pois o ambiente hostil faz com que uma célula mais sensível produza mais proteínas e sofra mais mitoses. Assim, o câncer é oriundo de uma única célula que sobreviveu aos mecanismos de reparo apresentados pelo corpo, conseguindo se proliferar. Derivados do petróleo Hidrocarbonetos aromáticos Aminas aromáticas:naftilamina Nitrosaminas: conservantes Outros: aflatoxina b1, toxina do amendoim produzida pelo fungo Aspergillus flavus, predispõe ao hepatocarcinoma/carcinoma hepatocelular. Uma das causas de câncer é o escape das células cancerígenas da apoptose, perpetuando as mutações genéticas. A hibridização in situ comprovou o envolvimento do HPV em casos de câncer - condiloma acuminado. . 1.Farmacológicos - quimioterápicos podem causar instabilidade genética, resultando no surgimento de outro tumor. 2.Não-farmacológicos: Agentes químicos sozinhos não causam instabilidade genética, é necessário a interação sequencial das substâncias de iniciação e promoção. Se a sequência das substâncias iniciadoras(promovem instabilidade genética) e promotoras (propagam a carcinogênese - fixam o dano genético) for invertida, o câncer não irá se desenvolver. Agentes causais e Oncogênese Andreinna Ryanne Imunopatologia Neoplasias II Causas Agentes Químicos Ex.: pessoas que moram perto de torres de alta tensão estão mais suscetíveis ao desenvolvimento de câncer. Ex.: profissionais da radiologia estão suscetíveis ao câncer de tireoide. Grupo 1: somente a presença da substância iniciadora não induz o desenvolvimento de câncer. Grupo 2: se for aplicado somente uma vez um agente iniciador e o promotor repetidas vezes com intervalos regulares/frequência alta, o tumor irá se desenvolver. Grupo 3: se uma instabilidade genética for causada por uma substância iniciadora, havendo um período de latência, e ,depois de muito tempo, um agente promotor for aplicado regularmente, o tumor irá se desenvolver. A instabilidade genética pode durar vários anos. Grupo 4: se um agente promotor for aplicado primeiro e depois um agente iniciador, o tumor não se desenvolve. Grupo 5: se o agente promotor for aplicado de forma isolada, o tumor também não se desenvolve. Grupo 6: se for aplicado um agente iniciador e o agente promotor em frequência baixa, o tumor não se desenvolve. Existem raras substâncias que são, simultaneamente, promotoras e iniciadoras - carcinógenos completos. 1.Comprovado: radiação aumenta o risco de desenvolvimento de câncer. A coleção de matriz óssea no processo de reparo de um calo ósseo, histologicamente, é idêntica a de um Osteossarcoma, podendo ser confundidos. Adenocarcinoma pode surgir devido à lesão traumática no tórax, como facadas - Carcinoma bronquioloalveolar Úlcera de Marjolin: derivada de queimaduras, pode predispor ao carcinoma epidermóide Pacientes que usam muito inibidor de bomba de prótons (antiácidos, como omeprazol) estão mais suscetíveis ao câncer de estômago, pois o ácido clorídrico é uma proteção natural. Água contaminada também torna o indivíduo suscetível a essa bactéria e consequente ao desenvolvimento de câncer. 2.Especulado: trauma e calor 1.Bacteriano: Helicobacter pylori - habita onde não tem o ácido clorídrico 2.Viral: Agentes Físicos Agentes Biológicos Fatores de crescimento (principal mecanismo) Receptores de fatores de crescimento: C-erb B2 (mama, ovário, pulmão) Proteínas transdutoras de sinais - ras (TGI), c-abl (LMC). Mutações puntiformes Translocações (linfoma de Burkitt) A instabilidade genética faz com que a célula produza em excesso: Ativação dos proto-oncogenes - causa efeitos secundários, como supressão da apoptose, e outros relacionados a proliferação celular: A ativação do oncogene por agente físico, químico ou biológico induz a codificação do fator de crescimento e este ativa a célula que irá produzir mais proteínas (se prepara para o processo de mitose). HPV - predispõe ao câncer de colo do útero, laringe, boca, vagina , pele HBV - predispõe ao hepatocarcinoma/carcinoma hepatocelular EBV - predispõe ao Linfoma de Burkitt Retrovírus (HIV) - predispõe ao linfoma primário no SNC, sarcoma de Kaposi Vários agentes carcinógenos que atuam na célula normal ativam determinados oncogenes que favorecem a produção de determinadas substâncias e proteínas, principalmente as que promovem a multiplicação celular. Além da capacidade aumentada de produzir mitose , haverá inibição da apoptose e supressão imunológica - fuga dos linfócitos citotóxicos. Assim, essa transformação levará a expansão clonal e ao câncer. Por que essa proliferação mata? Porque pode resultar em fenômenos locais (relacionados a anatomia) e sistêmicos (desnutrição intensa que leva à deficiência imunológica e, em casos bem avançados, o indivíduo não morre da infecção, mas ele fica tão caquético que não consegue respirar, a musculatura respiratória se torna atrófica e ele acaba falecendo por insuficiência respiratória). Carcinogênese a Nível Molecular Oncogênese eProto - oncogenes Fator de crescimento + receptor + proteína transdutora. O fator de crescimento se liga ao seu receptor, havendo a transdução do sinal, ou seja, sinalização para o núcleo e este estimula a divisão celular - replicação do DNA e produção de várias proteínas que induzem o processo de mitose. A quantidade de fatores está normal, mas os receptores para os fatores de crescimento estão em excesso. Assim, utiliza-se ao máximo os fatores de crescimento presentes e isso aumenta a transdução de sinal, estimulando o núcleo da mesma forma citada anteriormente - proliferação e preparação para o processo de mitose descontrolada , duplica o DNA e produz proteínas. Uma mutação aumenta a transdução do sinal mediante aumento da quantidade de proteínas transdutoras, que irão otimizar a ligação do fator de crescimento ao seu receptor. O sinal chega em excesso, causando a superestimulação do núcleo, havendo, então, o processo de mitose. A mutação irá produzir uma proteína que, por si só, ativa a transcrição do sinal (estimulação direta), promovendo a formação de RNA anormal em excesso e este irá produzir mais proteínas mutantes, estimulando a mitose. Um oncogene codifica a proteína bcl-2 e esta é produzida em grande quantidade (antagonista da apoptose), inibindo a morte celular. Assim, as mitocôndrias não conseguirão liberar o citocromo C e a célula terá uma longevidade inadequada. apoptose exagerada, como ocorre em doença degenerativas - Alzheimer, Parkinson e etc. Diversificação que ocorre nas células cancerígenas. Consiste no surgimento de várias linhagens de células neoplásicas através de mutações, fazendo com haja uma variabilidade muito grande em termos de capacidade de crescimento celular. As células também adquirem novas propriedades através da ativação dos proto oncogenes, o que favorece o crescimento tumoral. As células, portanto, variam em morfologia e proliferação e em um determinado momento, a quimioterapia pode não ser bem sucedida. Na fase inicial do câncer, as células apresentam as mesmas anormalidades genéticas, são bioquimicamente idênticas, mas não morfologicamente. Outras mutaçõespodem ocorrer porque continua havendo a ação de fatores de crescimento e outros fatores no DNA que favorecem a ocorrência de várias mitoses. Assim, quanto maior a proliferação, maior o risco de desenvolvimento de cópias defeituosas no DNA. As células cancerígenas progridem e formam cópias de si mesmas e quanto mais rápido o processo, maior o risco de aparecer uma célula defeituosa. A somação de mutações acelera o crescimento, promovendo a divisão cada vez mais rápida pela ativação de novos proto oncogenes Isso faz com que a quimioterapia seja ineficiente, pois ela é mais eficaz nas células que possuem mais instabilidade genética. As células que sofrem mais mitoses são as mais suscetíveis à quimioterapia, morrem primeiro, são mais sensíveis. As que se multiplicam menos, sobrevivem e são resistentes , a quimioterapia, portanto, é ineficaz. Estas células sofrem novas mutações até surgir uma linhagem completa de células tumorais que inicialmente apresentam divisão celular lenta, mas com o passar do tempo novos proto oncogenes são ativados e elas vão crescendo. Logo, a quimioterapia não funciona mais O acúmulo de DNA defeituoso produz a DNA- polimerase defeituosa e esta não consegue fazer o reparo, havendo perpetuação da mutação genética. Esse defeito não ocorre somente no início da oncogene, mas em células que já são cancerígenas - sofrem novas mutações, formando linhagens cada vez mais perigosas. GEN Rb - mutação nesse gene favorece o aparecimento de Retinoblastoma GEN P53 - mutações nesse gene estão relacionadas a vários tipos de tumores, principalmente a Síndrome de Li-Fraumeni, causando inibição da apoptose. Possuímos um equilíbrio entre os fatores que favorecem e inibem a apoptose, normalmente essa balança está equilibrada. Se houver apoptose demais haverá degeneração.Pouca apoptose está relacionada ao câncer ou a doença autoimune. Quando se tem uma superexpressão de bcl 2, a mitocôndria não consegue liberar o citocromo C, impedindo a realização da apoptose, o que favorece a aglomeração de células e isto que pode ser letal devido ao acúmulo de novas mutações genéticas - surgimento de câncer. O predomínio dos canais de Bax favorecem a liberação do citocromo C pelas mitocôndria.Se o p53 for mutante, ele incrementa o Bax e este “fura” a mitocôndria a qual libera o citocromo, ocorrendo, assim, o processo de Mutações em Genes Supressores de Tumor Genes da Apoptose Progressão Tumoral porque as células filhas são derivadas de uma célula original que já possuía resistência a esse tipo de tratamento. Deve-se tentar outro tratamento ou usar outro quimioterápico. Dificilmente a quimioterapia destrói toda a população de células. Ela promove novas mutações, o indivíduo se cura, mas adquire outro tumor. Células imunológicas reconhecem os antígenos e tentam estimular a morte das células por vários mecanismos, por meio de apoptose , destruição da membrana plasmática do tumor, desencadeamento do processo inflamatório. A Imunoterapia melhora a apresentação do Ag - apresenta o antígeno tumoral diretamente para as células imunológicas. Imunovigilância Algumas células não produzem a proteína antigênica tumoral Células tumorais deficientes em MHC I Citocina imunossupressora produzida pela célula tumoral - linfócito T enfraquecido, não prolifera Possui menos reações adversas quando comparada com a quimioterapia e a radioterapia, pois estimula células do próprio organismo a neutralizar o câncer. Ela oferece chance de cura pela estimulação da proliferação de linfócitos T modificados que combatem as células tumorais para pacientes que possuem o Carcinoma de células renais disseminado (sentença de morte) cujas radioterapia e quimioterapia não são eficazes.Também se mostra bastante eficaz no tratamento de melanoma em fase avançada. Portanto, alguns tumores podem sofrer regressão espontânea - o indivíduo desenvolve resposta imunológica exagerada que culmina na destruição da célula tumoral. Casos em que a célula tumoral escapa do sistema imunológico:
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