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AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE GOIÂNIA-GO 
Hotel Boa Hospedagem Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no cnpj n. ..., com sede na rua..., n ..., bairro ...., na cidade de ..., Estado de ..., e-mail: ..., por seu advogado (instrumento de mandato anexo), com escritório profissional na rua..., n. ..., bairro ..., na cidade de ..., Estado de ..., vem, com o máximo respeito à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 165, I, do Código Tributário Nacional, propor
AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO
Em face do Município de Goiânia pessoa jurídica de direito público, inscrita no CNPJ no xxx, com sede na Rua xxx, no xxx, Bairro, Cidade, CEP, endereço eletrônico ..., pelos motivos de fato e de direito abaixo aduzidos:
I – DOS FATOS 
A Ré publicou Lei Municipal, em 1º/6/2020, estabelecendo entre outras providências relacionadas ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS), a majoração da alíquota para os serviços de hospedagem, turismo, viagens e congêneres de 3% para 5%, com vigência a partir de 1º/7/2020. 
À vista disso, a Autora que, em junho de 2020, recolhia, a título de ISS, o valor de R$ 30.000,00, com base na contratação dos seus serviços por empresas locais para hospedagem de funcionários, com a majoração da alíquota acima mencionada, incidente sobre a sua atividade econômica, passou a recolher, mensalmente, o valor de R$ 50.000,00. Todavia, as referidas empresas-cliente exigiram – e obtiveram – desconto do valor do aumento do tributo, alegando que seria indevido. 
Assim sendo, a Autora se submetera ao aumento desse imposto durante o período relativo ao mês de agosto a dezembro/2020.
Ocorre que o aludido aumento é absolutamente indevido por ferir o princípio da anterioridade tributária, razão pela qual deverá a Ré Restituir a importância de R$ 100.000,00 à Autora corresponde ao aumento que a mesma se submetera dos meses de agosto a dezembro de 2020, senão vejamos:
II – DO DIREITO
Como visto, a Ré publicou a sua lei no dia 1º/06/2020 aumentando a alíquota de 3% para 5% relacionado ao ISS, cuja vigência se deu no dia 1ª/07/2020, ferindo o princípio da anterioridade previsto no art. 150, III, "b" e "c", da Constituição Federal.
Com efeito dispõe o art. 150, III, b, Constituição Federal, que trata do princípio da anterioridade genérica ou de exercício, que é a proibição do poder estatal fiscal cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que tenha instituído novo tributo ou majorado o tributo. 
Por sua vez, o princípio da anterioridade nonagesimal determina que o fisoco só pode exigir um tributo instituído ou majorado decorridos 90 dias de data em que foi publicada a lei que os instituiu ou aumentou. 
Portanto, como a Autora pagou o aumento do tributo ao arrepio dos princípios invocados, resta demonstrado que o pagamento fora indevido, razão pela qual deverá esse MM. juízo condenar a Ré na restituição da importância de R$ 100.000,00, acrescido dos juros e correção monetária nos termos do art. 167, do CTN.
Por outro lado, em que pese o ISS ser um tributo indireto que não comporta restituição, ainda que recolhido indevidamente, no presente caso, as empresas-cliente exigiram – e obtiveram – desconto do valor do aumento do tributo, alegando que seria indevido.
Portanto, a Autora faz jus à restituição já que amparada pelo art. 166, do CTN e Súmula 546, do supremo tribunal federal.
III – DOS PEDIDOS 
Pelo exposto, à luz dos fatos, requer a Vossa Excelência: 
A) o recebimento da ação, determinando a citação da Ré para, querendo, apresente a resposta no prazo legal;
B) a procedência do pedido para condenar a Re à restituição da importância de R$ 100.000,00, acrescida de juros e correção monetária, nos termos de 167, do CTN;
C) condenação da Ré ao pagamento das custas e honorários advocatícios;
D) a produção de provas por todos os meios em direito admitidos.
Dá-se à causa o valor de R$ 100.000,00.
Nestes Termos, 
Pede Deferimento. 
Goiânia, 17 de setembro de 2022
Advogado ...
OAB ...

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