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Be atr iz No vae s Trato Gastrintestinal - Fármacos PRINCIPAL FUNÇÃO TGI ● Digestão e absorção de alimentos e função endócrina do corpo (possui sua própria rede neuronal integradora, o SN Entérico, que contém quase a mesma quantidade de neurônios que a medula espinal). ● Funções do TGI importantes do ponto de vista de intervalo farmacológica: - Secreção gástrica - Vômitos (emese) e náuseas - Motilidade intestinal e eliminação de fezes - Formação e eliminação de bile OBS. Os medicamentos para tratar os distúrbios GI compreendem cerca de 8% de todas as prescrições. INERVAÇÃO E HORMÔNIOS DO TGI ● Vasos sg e as glândulas (exócrinas, endócrinas e parácrinas) estão sob duplo controle neuronal e hormonal. ● Neuronal: 2 plexos intramurais principais - Plexo mioentérico (plexo de Auerbach - entre a camada muscular + externa, longitudinal e a média circular) - Plexo submucoso (plexo de Meissner - lado luminal da camada muscular circular) - Esses plexos são interconectados e suas células ganglionares recebem fibras parassimpáticas pré-ganglionares do nervo vago, que são principalmente colinérgicas e excitatórias, embora algumas sejam inibitórias. - As fibras simpáticas que chegam são pós-ganglionares, além de inervar os vasos sg, o músculo liso e algumas células glandulares diretamente, algumas terminam nesses plexos, onde inibem a secreção de ACh. - Os neurônios no interior dos plexos constituem o SN Entérico e secretam não somente ACh e norepinefrina, mas tbm 5-hidroxitriptamina (5-HT), purinas, óxido nítrico e uma variedade de peptídeos farmacologicamente ativos. ● Hormonal: Hormônios do trato Gi incluem secreções endócrinas e parácrinas. - Endócrinas → liberadas na corrente sg. Principalmente: peptídeos sintetizados por células endócrinas na mucosa, sendo exemplos importantes GASTRINA E COLECISTOCININA. - Parácrinas → muitos peptídeos reguladores liberados de células especiais encontradas em toda a parede do TGI. Esses atuam sobre as células próximas e, no estômago, sendo o mais importante a HISTAMINA. Alguns deles funcionam como neurotransmissores. SECREÇÃO GÁSTRICA Be atr iz No vae s ● Estômago → cerca de 2,5 litros de suco gástrico por dia. - Componentes exócrinos: pró-enzimas (pró-renina; pepsinogênio - células principais ou pepticas; ácido clorídrico - HCL; e fator intrínseco - células parietais ou oxínticas) ● Importante para a PROMOÇÃO DA DIGESTÃO PROTEOLÍTICA DOS ALIMENTO, ABSORÇÃO DO FERRO E ELIMINAÇÃO DE PATÓGENOS. ● As células secretoras de muco são abundantes → íons de bicarbonato são secretados e ficam presos no muco → BARREIRA PROTETORA como um gel, (mantém a superfície da mucosa em um pH de 6 a 7 em face de um ambiente ↑ ácido (pH 1 a 2) no lúmen. ● Álcool e bile: podem romper essa camada protetora. ● SECREÇÃO DE MUCO E BICARBONATO É ESTIMULADA POR PROSTAGLANDINAS (PG) "citoprotetoras" produzidas localmente. ● Desequilíbrios dos mecanismos secretores e protetores → patogênese da úlcera péptica,, refluxo gastroesofágico (DRGE) ou até lesões causadas pelos AINEs REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DE ÁCIDO CLORÍDRICO PELA CÉLULA PARIETAL GÁSTRICA ● Secreção é uma solução isotônica de HCL com pH abaixo de 1, sendo a [ ] de íons de hidrogênio mais de 1 milhão de vezes mais alta que no plasma. ● Produção: - CI- é transportado ativamente para → canalículos das células que se comunicam com o lúmen das gl gástricas (desse modo com o próprio estômago) - Tudo isso ocorre acompanhado pela secreção de K+ que é trocado por H+ do interior da célula (bomba de prótons K+ -H+ -ATPase. - Dentro da célula a anidrase carbônica catalisa a combinação de dióxido de carbono e água para produzir ácido carbônico → que se dissocia dando origem a íons H+ e bicarbonato. - H+ e bicarbonato é trocado através da membrana basal da célula parietal, por CI-. - Principais mediadores que controlam direta ou Be atr iz No vae s indiretamente o ácido produzido: HISTAMINA (hormônio local estimulador), GASTRINA (hormônio peptídico estimulador), ACh (neurotransmissor estimulador), PGE2 e I2 (hormônios locais que inibem a secreção de ácido) e SOMATOSTATINA - SST (hormônio peptídeo inibidor). HISTAMINA ● As células neuroendócrinas do tipo enterocromagim-símiles (ECS) contêm histamina semelhantes aos mastócitos, que se localizam próximo às células parietais.. - Realizam a liberação basal constante de histamina que ainda é ↑ pela gastrina e ACh. - Respondem a [ ] de histamina que estejam abaixo do limiar necessário para ativação dos receptores H2 vasculares. ● Histamina atua como parácrina (sinalização por difusão) nos receptores de H2 das células parietais, ↑ o cAMP (monofosfato de adenosina cíclico) intracelular. GASTRINA ● Polipeptídeo de 34 resíduos ou formas menores. ● Sintetizada pelas células G no antro gástrico e é secretada no sangue portal, agindo como um hormônio circulante. ● Ação de secreção de ácido pelas ECS por meio da sua ação nos receptores de gastrina/colecistocinina (CCK)2 que ↑ o Ca2+ intracelular. ● Os receptores são encontrados em células parietais. - Receptores CCK2 - gastrina/colecistocinina são bloqueados por fármacos experimentais, como a netazepida e a proglumida (sem aprovação clínica). ● Estimula a síntese de histamina pelas células ECS (enterocromagim-símiles), ↑ indiretamente a secreção de pepsinogênio, estimulam o fluxo sanguíneo e intensificam a motilidade gástrica. ● Sua liberação é controlada por transmissores neuronais e também mediadores veiculados pelo sangue (química do conteúdo gástrico). ● Tanto aas como pequenos peptídeos estimulam sua secreção. - Leite e soluções de sais de Ca → explica por que é inadequado usar substâncias contendo sinais de Ca como antiácidos. ACETILCOLINA (ACh) ● Funções como: broncoconstrição, dilatação de esfíncteres no TGI, sudorese, ↑ de salivação e miose. ● Liberada de neurônios colinérgicos pós-ganglionares. ● Essa estimula receptores M3 muscarínicos específicos na superfície das células parietais → ↑ o Ca2+ intracelular e estimulando a secreção de ácido. Be atr iz No vae s ● Pela inibição da liberação da SST das células D → potencializa sua ação sobre a secreção de ácido pelas células parietais. PROSTAGLANDINAS ● A maioria das células do TGI produz PG → + importantes são PGE2 e PGEI2. ● Possui efeitos "citoprotetores" em muitos aspectos da função gástrica - ↑ da secreção de bicarbonato (receptores EP1/2) - ↑ da liberação de mucina protetora (receptores EP4) - ↓ da produção de ácido gástrico (provavelmente por ação sobre os receptores EP2/3 nas células ECS) - Prevenção da vasoconstrição - Prevenção do dano à mucosa. ● Misoprostol → PG sintética SOMATOSTATINA ● Hormônio peptídeo liberado pelas células D em muitas regiões dentro do estômago. ● Ocorre mediante atuação no receptor 2 de somatostatina (SST)2. ● Exerce efeitos INIBITÓRIOS PARÁCRINOS sobre a liberação de gastrina pelas células G e sobre a liberação de histamina pelas células ECS, como diretamente sobre a produção de ácido pelas células parietais. COORDENAÇÃO DOS FATORES QUE REGULAM A SECREÇÃO ÁCIDA ● Eixo gastrina-ECS-célula parietal é o mecanismo dominante para o controle da secreção do ácido. ● Células G → gastrina → receptor CCK2 (gastrina/colecistocinina) nas células ECS → liberação de histamina → receptores H2 nas células parietais → ↑ cAMP → secreção de prótons. ● Estimulação vagal direta também provoca secreção de ácido e a ACh liberada estimula diretamente os receptores m3 nas células parietais. - Pode provocar secreção de ácido, o que fundamenta as "úlceras de estresse" ● A SST (somatostatina) tem influência inibitória nas células G, nas células ECS e nas células parietais. Be atr iz No vae s ● As PG exercem também efeitos inibitórios predominantemente sobre as funções das células ECS. ● Em vermelho (receptores) → efeitos inibitórios na secreção celular. ● Em azul (receptores) → estimulam a secreção celular. OBS: ● Secretado das células parietais gástricas por uma bomba de prótons (K+/H+ - ATPase) ● Os 3 secretagogosendógenos para ácido são histamina, acetilcolina e gastrina. ● As prostaglandinas E2 e I2 inibem a secreção de ácido, estimulam a secreção de muco e de bicarbonato e dilatam os vasos sanguíneos da mucosa. ● A somatostatina inibe todas as fases de ativação das células parietais. ● Gênese de úlceras pépticas envolve a infecção da mucosa gástrica por Helicobacter pylori e desequilíbrio entre os agentes que provocam dano da mucosa (ácido, pepsina) e os que a protegem (muco, bicarbonato, prostaglandinas E2 e I2 e óxido nítrico) FÁRMACOS USADOS PARA INIBIR OU NEUTRALIZAR A SECREÇÃO DE ÁCIDO GÁSTRICO ● Principais indicações clínicas para reduzir a secreção de ácido → ulceração péptica (duodenal e gástrica), a DRGE (na qual a secreção gástrica causa lesão no fígado) e a síndrome de Zollinger-Ellison (rara afecção hipersecretora causada por um tumor secretor de gastrina). - A DRGE se não tratada → displasia no epitélio esofágico → pode ter progressão → afecção pré-cancerosa potencialmente perigosa (Esofago de Barret). ● Muitos AINEs inespecíficos causam sangramentos e erosões gástricas pela inibição da ciclo-oxigenase-1 (responsável pela liberação de PG protetoras). - Inibidores da ciclo-oxigenase-2 mais seletivos (ex. celecoxibe) parecem causar menos lesões gástricas. ● A terapia consiste em diminuir a secreção de ácido gástrico usando ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H2 ou INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS, e/ou NEUTRALIZAR O ÁCIDO GÁSTRICO SECRETADO COM ANTIÁCIDOS. ANTAGONISTAS DO RECEPTOR H2 DA HISTAMINA ● Os antagonistas do receptor H2 da histamina → inibem competitivamente as ações da histamina em todos os receptores de H2. ● Mas seu principal uso clínico é como inibidores da secreção de ácido gástrico. - Eles podem inibir a secreção de ácido estimulada pela histamina e pela gastrina. - A secreção de pepsina tbm cai com a redução do volume de suco gástrico. ● Principais fármacos usados: - Cimetidina - Ranitidina (as vezes combinada com bismuto) - Nizatidina - Famotidina Be atr iz No vae s ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS E EFEITOS INDESEJÁVEIS DOS ANTAGONISTAS DO RECEPTOR H2 DA HISTAMINA ● Fármacos geralmente são adm por via oral (bem absorvidos), existem também uso IM e IV (exceto a famotidina). ● Cimetidina, ranitidina e famotidina em baixa dosagem e de venda livre → Uso de curto prazo sem prescrição. ● Efeitos adversos são raros! ● Relatados: - Diarreia - Tonturas - Dores musculares - Alopecia - Rashes transitórios - Confusão em idosos - Hipergastrinemia - Homens: cimetidina ocasionalmente provoca ginecomastia e raramente diminuição da função sexual (provavelmente é causada pela sua pequena afinidade por receptores andrógenos). A cimetidina também inibe o citocromo P450 e pode retardar o metabolismo (desse modo potencializando a ação) de vários fármacos, incluindo anticoagulantes orais e antidepressivos tricíclicos. INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS ● OMEPRAZOL → Inibe irreversivelmente a H+ -K+ -ATPase (bomba de prótons/etapa terminal na via secretora de ácido). - Se degrada rapidamente em pH baixo, por isso é adm em cápsulas contendo grânulos de revestimento entérico. - Após a absorção no intestino delgado → passa pelo sangue → entra nas células parietais → vai para canalículos → efeitos esperados. - Doses aumentadas → elevação desproporcional da [ ] plasmática. - Meia vida cerca de 1 hora → 1 dose diária afeta a secreção de ácido por 2-3 dias. - Dosagem diária: efeito anti secretor crescente por até 5 dias, depois atinge plato. ● Reduzem as secreções de ácido gástrico basal e a estimulada por alimentos. ● Compreendem em uma mistura racêmica de 2 enantiômeros. ● São uma base fraca → se acumula no ambiente ácido dos canalículos da célula parietal estimulada → aqui ele é convertido em uma forma aquiral e se torna depois capaz de reagir com a ATPase e INATIVÁ-LA. ● Outros inibidores da bomba de prótons: - Esomeprazol (isômero [S] do omeprazol - Lansoprazol - Pantoprazol - Rabeprazol ● Esses inibidores de bomba de prótons devem ser usados com cautela em pacientes com hepatopatia ou em mulheres que estejam grávidas ou amamentando. Be atr iz No vae s ● O uso desses fármacos podem "mascarar" os sintomas de câncer gástrico. OBS. Omeprazol ↑ eficaz que cimetidina e bloqueia a bomba. OBS. CImetidina bloqueia 1 dos 3 receptores de H2 ANTIÁCIDOS ● Modo mais simples de tratar os sintomas da secreção excessiva de ácido gástrico. ● Eles vão neutralizar diretamente o ácido. ● ADM por quantidade e tempo suficiente podem produzir fechamento de úlceras duodenais, porém são menos eficazes no fechamento de úlceras gástricas,. ● Uso terapêutico: Dispepsia e alívio sintomático na úlcera péptica (alginato) ou refluxo esofágico. ● Antiácidos mais comuns: - Magnésio (causam diarreia) - Alumínio (causam constipação) OBS. Misturas dos dois → felizmente podem ser usadas → PRESERVAÇÃO DA FUNÇÃO NORMAL DO INTESTINO. ● Preparações: contêm altas [ ] de Na e não devem ser dadas a pacientes sob dieta com restrição de sódio. - Hidróxido de magnésio: Pó insolúvel, que forma Cloreto de Magnésio no estômago. Não produz alcalose sistêmica pois o Mg é pouco absorvido no intestino. - Trissilicato de magnésio: Pó insolúvel que reage lentamente com o suco gástrico, formando cloreto de magnésio e sílica coloidal. Esse agente tem um efeito antiácido prolongado e também absorve pepsina. - Carbonato de magnésio - Gel de hidróxido de alumínio: forma cloreto de alumínio no estômago, quando esse chega no intestino, o cloreto é liberado e reabsorvido. O hidróxido de alumínio eleva o pH do suco gástrico para cerca de 4 e também absorve pepsina. Sua ação é gradual e seu efeito continua por várias horas. O hidróxido de alumínio coloidal combina-se com fosfatos no trato gastrointestinal, e o aumento de eliminação de fosfato que ocorre nas fezes resulta em diminuição da eliminação de fosfato através do rim. Esse feito tem sido usado para tratar paciente com insuficiência renal crônica. - Hidrotalcita: contém misturas de sais de alumínio e magnésio. ● Alginatos ou simeticonas: - Algumas vezes são combinados com antiácidos. - Alginatos: aumentam a viscosidade e a aderência do muco à mucosa esofágica, Be atr iz No vae s formando uma barreira protetora. - Simeticona: agente "antiespumante" com a intenção de aliviar a distensão abdominal e flatulência. ● Efeitos adversos: - Cálcio pode induzir secreção ácida de rebote. Síndrome de leite-álcali (alcalose, hipercalcemia e insuficiência renal). TRATAMENTO DA INFECÇÃO PELA HELICOBACTER PYLORI ● Implicada como fator causal na produção de úlceras gástricas, e mais particularmente, de úlceras duodenais, bem como fator de risco para câncer gástrico. ● Erradicação da infecção pelo H.pylori seguramente promove o fechamento rápido e duradouro de úlceras. ● Teste de UREASE positivo → poderá, em geral, ser erradicado com um esquema de 1 ou 2 semanas de "terapia de tríplice" → 1 inibidor da bomba de prótons combinado aos antibacterianos amoxicilina e metronidazol ou claritromicina. - Urease: enzima produzida pela H. pylori. ● As vezes usam preparacoes contendo bismuto. FÁRMACOS QUE PROTEGEM A MUCOSA ● Citoprotetores → aumentam os mecanismos endógenos de proteção da mucosa e/ou proporcionam uma barreira física sobre superfície da úlcera. QUELATO DE BISMUTO ● Dicitratobismutato tripotássico é usado em esquemas combinados para tratar H. pylori. - Efeitos tóxicos sobre o bacilo e também pode impedir sua aderência à mucosa ou inibir suas enzimas proteolíticas bacterianas. ● Pouco absorvido, mas se a eliminação renal for comprometida, as [ ] plasmáticas elevadas de bismuto poderão resultar em encefalopatia. ● Efeitos adversos: náuseas e vômitos e escurecimento da língua e das fezes. SUCRALFATO ● Complexo de hidróxido de alumínio e sacarose sulfatada que libera alumínio em presença de ácido. - Sulfato de sacarose + hidróxido de alumínio. ● O complexo possui forte carga negativa e se liga a grupos catiônicos em proteínas, glicoproteínas. ● Pode formargéis complexos com o muco, ação que se pensa diminuir a degradação do muco pela pepsina e limitar a difusão de íons H +. ● Pode também inibir a ação da pepsina e estimular a secreção de muco, bicarbonato e PG pela mucosa gástrica. Be atr iz No vae s ● Todas suas ações contribuem para seu efeito protetor da mucosa. ● ADM VO e 3 horas após a ADM 30% ainda estão presentes no estômago. ● No ambiente ácido o produto polimerizado forma uma pasta persistente que pode produzir uma crosta obstrutiva (bezoar) que fica presa no estômago. ● Reduz a absorção de uma série de outros fármacos, incluindo antibióticos fluoroquinolonas, teofilina, tetraciclina, digoxina e amitriptilina. ● Exigem ambiente ácido para ativação → ANTIÁCIDOS ADMINISTRADOS CONCOMITANTEMENTE OU ANTES DE SUA ADMS REDUZEM SUA EFICÁCIA. ● Efeitos adversos: constipação (mais comum, formacao de bezoar gástrico, boca seca, náuseas, vômitos, cefaleia e rashes (menos comuns). MISOPROSTOL ● PG das séries E e I têm geralmente acao homeostática protetora no TGI, e uma deficiência na produção endógena (depois da ingestão de um AINEs ex.) pode contribuir para formação de úlcera. ● Esse é um análogo estável da PG E1. ● ADM VO e usado para promover a cicatrização de úlceras ou para prevenir lesão gástrica que pode ocorrer com o uso crônico de AINEs. ● Ação direta sobre a célula ECS (e talvez na parietal tb), inibindo a secreção basal de ácido gástrico., bem como a estimulação da produção que ocorre em resposta a alimentos, pentagastrina e cafeína. Também aumenta o fluxo sanguíneo na mucosa e aumenta a secreção de muco e de bicarbonato. ● Efeitos adversos: diarréia e cólicas abdominais, contrações uterinas (não deve ser usado durante a gravidez - apenas se for utilizado para induzir abortamento terapêutico). USOS CLÍNICOS DE AGENTES QUE AFETAM A ACIDEZ GÁSTRICA ● Antagonistas dos receptores H2 da histamina (ex. ranitidina) - Úlcera péptica - Esofagite de refluxo ● Inibidores da bomba de prótons (ex. omeprazol, Lansoprazol) - Úlcera péptica - Esofagite de refluxo - Como componente da terapia na infecção pelo Helicobacter Pylori - Síndrome de Zollinger-Ellison (doença rara causada por tumores secretores de gastrina) ● Antiácido (ex. trissilicato de mg, hidróxido de alumínio, alginatos) - Dispepsia - Alívio sintomático na úlcera péptica (alginato) ou refluxo esofágico ● Quelato de bismuto: - Como componente da terapia para infecção pelo H.pylori VÔMITO ● Náuseas e vômitos são efeitos colaterais indesejáveis de muitos fármacos (ex. usados na quimioterapia, câncer, opióides, anestésicos gerais e digoxina).. Be atr iz No vae s - Surgem também na cinetose, durante o início da gravidez e em inúmeras doenças (ex. enxaqueca), bem como em infecções bacterianas e virais. MECANISMO DO VÔMITO ● Resposta defensiva com o objetivo de livrar o organismo de material tóxico ou irritante. ● Componentes venosos, toxinas de bactérias , fármacos citotóxicos → desencadeiam a liberação de mediadores como a 5-HT nas células enterocromafins (emitem sinais nas fibras aferentes vagais) do revestimento do TGI. ● 3 CENTROS IMPORTANTES localizados na medula: - ZGQ (zona de gatilho quimiorreceptora). - Centro do vômito: Recebe estímulos da ZGQ, do TGI, por meio de conexões aferentes vagais e dos centros corticais superiores, além de coordenar o ato físico da êmese. - Núcleos vestibulares: Estímulos vindos daqui, recebem estímulos do labirinto. ● O centro do vômito recebe sinais de 4 origens diferentes: 1) TRATO GASTROINTESTINAL E CORAÇÃO: - Terá um estímulo de mecanorreceptores, quimiorreceptores e receptor 5HT3 - Os receptores são ativados devido a distensão grande do tecido, que ativa os mecanorreceptores e envia sinais → os quimiorreceptores são a presença de veneno ou toxinas que também ativam os mecanorreceptores que por fim vão até o centro do vômito - Substâncias irritantes podem também estimular a produção de serotonina que interage com os receptores 5HT3 localizados nos nervos e depois desencadeiam sinais para o centro do vômito (emético). 2) SISTEMA NERVOSO CENTRAL Be atr iz No vae s - Ocorre em casos de visão ou odor desagradável ou repulsivos. 3) SISTEMA VESTIBULAR - É responsável por monitorar a posição da cabeça. - Caso ocorra uma mudança brusca o movimento → envio de sinais para o centro de vômito. 4) ZONA DE GATILHO QUIMIORRECEPTORA - Localizado na área póstrema (não tem BHE). - Qualquer substância na corrente sanguínea consegue chegar na ZGQ, fazendo com que tenha envio de sinais para o centro do vômito. FÁRMACOS ANTIEMÉTICOS ● Fármacos de particular importância como complemento na quimioterapia para câncer, em que as náuseas e os vômitos produzidos por muitos citotóxicos podem ser quase insuportáveis. ● Fármacos de alívio de náuseas matinais da gravides: POTENCIAL DE LESÃO AO FETO!!! (devem ser evitados durante os 3 primeiros meses de gestação). ANTIEMÉTICOS - ANTAGONISTAS DE RECEPTORES ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES H1 DE HISTAMINA ● Cinarizina, Ciclizina, Prometazina. ● Local de ação: Receptores H1 no SNC. ● Eficazes contra náuseas e vômitos de origem cinetose (incompatibilidade entre o movimento que se enxerga e a sensação percebida pelos ouvidos - aparelho vestibular) e agentes irritantes no estômago. ● Nenhum é muito eficaz contra substâncias que atuam diretamente sobre a ZGQ. ● Prometazina: Usado para náuseas matinais da gravidez e tratamento de cinetose do espaço pela NASA. ● Efeitos adversos: - Sonolência - Sedação - Tontura - Xerostomia - Visão borrada - Cefaleia - Constipação - Retenção urinária - Redução do limiar de convulsão ANTIEMÉTICOS - ANTAGONISTAS DE RECEPTORES MUSCARÍNICOS ● Hioscina (escopolamina/buscopan): - Utilizada para profilaxia e tratamento de cinetose, pode ser ADM VO ou em adesivo transdérmico. - Chega no aparelho vestibular do sistema vestibular e em outros locais dos sistemas do circuito da êmese. ● Evitar em pacientes com demência. ● Ação central e periférica. ● Efeitos adversos: - Secura da boca - Visão embaçada - Sonolência Be atr iz No vae s ● Tem menos ação sedativa que os anti-histamínicos devido à fraca penetração no SNC ANTIEMÉTICOS ANTAGONISTAS DE RECEPTORES 5-HT3 ● Granisetrona, ondansetrona (vonau) e a palonosetrona: - Valiosas na prevenção e no tratamento de vômitos e em uma menor proporção de náuseas pós-operatórias ou causadas por radioterapia ou adm de fármacos citotóxicos como a cisplatina. ● Fases do vômito: - Aguda: Vômito que aparece em 24 horas depois do procedimento - Tardia: 2 ao 5 dia depois do procedimento. ● São ineficazes na cinetose. ● Local primário da ação desses: ZGQ. ● Podem ser ADM VO ou parenteral. - Via parenteral: Palonosetrona → excelente e possui meia vida longa, pode ser eficaz para quem tem êmese tardia → para quem faz quimioterapia é excelente mas infelizmente o custo é alto. ● Efeito adversos: - Constipação - Diarreia - Leve tontura - Aumento do intervalo QT - Síndrome serotoninérgica (ISRS) → se a pessoa já faz uso de um recaptador de serotonina (intoxicação por serotonina) ● Efeitos adverso incomuns:: - Cefaleia - Desconforto GI ANTIEMÉTICOS ANTAGONISTAS DA DOPAMINA ● Antipsicóticos fenotiazínicos (Clorpromazina, perfenazina, proclorperazina, trifluoperazina, haloperidol, droperidol e metoclopramida): - São antieméticos eficazes usados para tratar manifestações mais intensas de náuseas e vômitos associados a câncer e radioterapia, citotóxicos, opióides, anestésicos e outros fármacos. ● Haloperidol: Maior seletividade e maior potência. ● Fármacos não psicóticos: Droperidol ● Podem ser ADM VO, IV ou por supositório. ● Atuam como antagonistas dos receptores D2 da dopamina na ZGQ, ou bloqueiam receptores de histamina e muscarínicos. ● Efeitos adversos: - Sedação (especialmente clorpromazina). - Hipotensão - Sintomas extrapiramidais, inclusive distonias e discinesia tardia. - Fármacos antipsicóticos (haloperidol, droperidol e Be atr iz No vae s levomepromazina) atuam também como antagonistasD2 na ZGQ e podem ser usados para emese aguda induzida por quimioterapia. ANTIEMÉTICOS METOCLOPRAMIDA ● Antagonista do receptor D2, ● Relacionada com o grupo fenotiazínicos, atuando centralmente sobre a ZGQ e tendo ação periférica sobre o próprio TGI, aumentando a motilidade do esôfago, do estômago e do intestino. ● Utilizado no tratamento do refluxo gastroesofágico e dos distúrbios hepáticos e biliares. ● Essa bloqueia também os receptores de dopamina em outras regiões do SNC e produz alguns efeitos adversos: - Distúrbios do movimento (+ comuns em crianças e adultos jovens) - Cansaço - Inquietação motora - Torcicolo espasmódico (torção involuntária do pescoço) - Crises oculógiras (movimentos oculares involuntários para cima). ● Ela também estimula a liberação de prolactina, causando a galactorreia e distúrbios menstruais. ● ADM VO, meia vida plasmática 4 a 5 horas e é eliminado via urina. ANTIEMÉTICOS DOMPERIDONA ● Tratar vômitos causados por citotóxicos, bem como sintomas GI. ● Não atravessa facilmente a barreira hematoencefálica e por isso têm menos propensão a produzir efeitos colaterais centrais. ● Domperidona está associada a um pequeno aumento do risco de ações adversas cardíacas graves (particularmente em doses mais altas e pacientes mais idosos). ● Uso restrito na atualidade. ● ADM VO, meia vida plasmática 4 a 5 horas e é eliminado via urina. ANTIEMÉTICOS ANTAGONISTAS DO RECEPTOR NK1 ● A substância P causa êmese quando via IV e é liberada pelos nervos aferentes vagais GI, assim como pelo próprio centro do vômito. ● Aprepitanto bloqueia os receptores da substância P na ZGQ e no centro do vômito. ● ADM VO ● Eficaz no controle da fase tardia da Êmese causada por fármacos citotóxicos, com poucos efeitos adversos significativos. ● Fosaprepitanto é um profármaco do aprepitanto e é ADM IV.
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