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Segurança do Trabalho CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI Armando de Queiroz Monteiro Neto Presidente SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI Conselho Nacional Armando de Queiroz Monteiro Neto Presidente SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI Departamento Nacional José Manuel de Aguiar Martins Diretor Geral Regina Maria de Fátima Torres Diretora de Operações Confederação Nacional da Indústria Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Segurança do Trabalho Brasília 2010 José Olavo Braga © 2010. SENAI – Departamento Nacional Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte. SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Nacional Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco C Edifício Roberto Simonsen – 70040-903 – Brasília – DF Tel.:(61)3317-9000 – Fax:(61)3317-9190 http://www.senai.br Coordenador Projeto Estratégico 14 DRs Luciano Mattiazzi Baumgartner - Departamento Regional do SENAI/SC Coordenador de EaD – SENAI/AM José Nabir de Oliveira Ribeiro - Departamento Regional do Amazonas Coordenador de EaD – SENAI/GO Ariana Ramos Massensini - Núcleo Integrado de Educação a Distância SESI e SENAI Coordenador de EaD – SENAI/PB Felipe Vieira Neto - Centro de Educação Profissional Prof. Stenio Lopes Coordenador de EaD – SENAI/SC em Florianópolis Diego de Castro Vieira - SENAI/SC em Florianópolis Design Educacional, Design Gráfico, Diagramação e Ilustrações Equipe de Desenvolvimento de Recursos Didáticos do SENAI/SC em Florianópolis Revisão Ortográfica e Normativa FabriCO Imagens http://www.sxc.hu/ http://www.morguefile.com/ Equipe técnica que participou da elaboração desta obra Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis B813s Braga, José Olavo Segurança do trabalho / José Olavo Braga. Brasília: SENAI/DN, 2010. 81 p. : il. color ; 30 cm. Inclui bibliografias. 1. Segurança do trabalho - Legislação. 2. Medicina do trabalho. 3. Ambiente de trabalho. 4. Programa de qualidade. I. SENAI. Departamento Nacional. II. Título. CDU 331.45 Apresentação do Curso ................................................................................. 07 Plano de estudos ............................................................................................. 09 Unidade 1: Segurança do Trabalho .......................................................... 11 Unidade 2: Riscos Relacionados ao Ambiente de Trabalho ............. 29 Unidade 3: Normas Regulamentadoras ................................................... 45 Unidade 4: Programa 5S, Auxiliando a Segurança do Trabalho ...... 59 Conhecendo o autor ....................................................................................... 79 Referências ......................................................................................................... 81 Sumário 7 Apresentação do Curso Olá, caro aluno! Seja bem-vindo ao curso Seguran- ça do Trabalho! A partir de agora você aprenderá sobre a segurança do trabalho, conhecendo os conceitos sobre o tema e os principais profissionais envolvidos na manuten- ção da segurança no ambiente de trabalho. Aprenderá também outros conceitos importantes que envolvem o tema e suas responsabilidades dentro da empresa. Terá oportunidade de conhecer algumas normas regulamentadoras que direcionam a segurança do trabalho dentro das organizações e como são aplicadas. Você conhecerá ainda uma filosofia que possui um papel fundamental para a administração de um am- biente com qualidade e segurança: O programa 5S. Serão muitos os assuntos abordados em cada aula e você terá atividades e desafios a serem cumpri- dos. Por isso, não perca a oportunidade de resolvê- los, pois certamente o ajudarão a fixar essa gama de conhecimento. Com todo este conhecimento sobre a segurança no trabalho, você estará apto a aplicá-lo em qualquer área que você atuar. Então colha os frutos de se trabalhar com segurança. Muito sucesso e bom estudo! José Olavo Braga 9 Carga horária: 14h Ementa Segurança do trabalho. Conceituações. Acidentes de trabalho. Identificação e classificação dos aci- dentes de trabalho. Riscos relacionados ao am- biente de trabalho. Análise de riscos ambientais – avaliação qualitativa e quantitativa. Normas regu- lamentadoras. CIPA e EPI´s. Programa 5S, Auxiliando a Segurança do Trabalho. O contexto de ambiente da qualidade. Os cinco sensos da qualidade. Senso de limpeza, zelo e autodisciplina. Objetivos Objetivo geral Conhecer os conceitos sobre segurança do trabalho e o funcionamento dentro de uma organização. Objetivos específicos � Compreender a segurança do trabalho; � Desenvolver percepção crítica sobre o tema; � Compreender os conceitos de termos referentes ao assunto; � Saber realizar a segurança individual e coletiva no trabalho. Plano de Estudos 11 1Segurança do Trabalho Objetivos do Curso Ao final desta unidade, você estará apto a: � Compreender os conceitos que envolvem a segurança do trabalho e os principais profis- sionais envolvidos na manutenção da segu- rança no ambiente de trabalho. � Entender o que é um acidente de trabalho, como proceder em caso de acidentes e como identificar suas causas. Aulas Acompanhe nesta unidade o estudo das seguin- tes aulas. Aula 1: O que é segurança do trabalho? Aula 2: Conceitos importantes Aula 3: Acidentes de trabalho Aula 4: Identificação e classificação dos aciden- tes de trabalho 12 Para Iniciar Vamos iniciar a primeira unidade do curso? Durante esta unidade, você estudará a segurança no ambiente de trabalho, aprendendo termos comuns a respeito desse tema, como acidente, incidente, CAT, dano, perigo, risco e muitos outros. Aqui você também terá a oportunidade de conhecer quais os profissionais que atuam nessa área e quais suas principais atribuições dentro das organizações. Você estudará os acidentes de trabalho, verificando que os acidentes são frutos basicamente de atos inseguros e condições inseguras. Então fique atento, pois durante o estudo conhecerá quais são os possíveis atos inseguros e quais as condições inseguras. Assim, você verá o que deve ser feito em caso de acidentes e, depois de ocorrido, qual deve ser o procedimento para identificação da causa. Aproveite bem as atividades para fixar os assuntos estudados e tenha um ótimo aprendizado. Bons estudos! 13Unidade 1 Segurança do Trabalho Aula 1: O que é a segurança do trabalho? A partir de agora você entrará no mundo da segu- rança do trabalho. Vamos dar início ao estudo? Nesta aula você conhecerá o conceito de seguran- ça do trabalho e quais os principais profissionais envolvidos na manutenção da segurança no am- biente de trabalho. Vamos lá! Você sabe o que é segurança do trabalho? Veja um conceito! Segurança do trabalho pode ser definida como um conjunto de práticas realizadas para mini- mizar ou prevenir os acidentes ocorridos no local de trabalho e as doenças geradas pela realização da atividade, as chamadas doenças ocupacionais. ACIDENTE: Acontecimento casual, imprevisto. SEGURANÇA: Ação ou efeito de segu- rar; estado de pessoa ou coisa segura; garantia. 14 Você sabia que atualmente já existe legislação para a segurança do trabalho? É verdade! Essa legisla- ção está baseada em normas regulamentadoras, decretos e portarias. Algumas dessas leis nos direcionam a tomar me- didas que podem ser eficazes na prevenção de acidentes e doenças do trabalho, ocasionando não somente a segurança do trabalhador, mas mui- tas vezes um conforto maior na realização de sua atividade. Existem tambémvários profissionais que atuam na área de segurança do trabalho. Esses profissionais têm um objetivo comum: evitar ao máximo a ocor- rência de acidentes dentro da organização, uma vez que os acidentes podem trazer danos irrepará- veis aos trabalhadores e às empresas. Mas quais são os profissionais que atuam nas di- versas áreas da segurança do trabalho? Eles são o técnico de segurança, o engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho, entre outros. Quer saber as atribuições básicas inerentes a al- guns deles? Então acompanhe! � Técnico de segurança do trabalho: de um modo geral, esse profissional é o responsável por verificar se as instalações da empresa estão conforme as normas de segurança e se todos estão trabalhando com observância a essas normas. Também atua no auxílio da prevenção de acidentes com o uso de cartazes instrutivos, orientações diretamente nos postos de traba- lho e providenciando a sinalização da empresa para caso de emergências. � Engenheiro de segurança do trabalho: fiscaliza e administra a segurança no ambiente indus- trial, organiza programas de prevenção de aci- dentes, elabora planos de prevenção de riscos ambientais, faz inspeções e emite laudos técni- cos, monitora as atividades dos trabalhadores, PREVENÇÃO: Ação ou efeito de preve- nir-se. DANO: Prejuízo, perda. DECRETOS: Decisão, resolução de Chefe de Estado; manda- do judicial. PORTARIA: Documento oficial que contém instruções, re- soluções, nomeações, demissões. 15Unidade 1 Segurança do Trabalho para identificar e evitar os riscos de acidentes em sua atividade profissional. Geralmente esse profissional promove cursos e palestra sobre segurança no trabalho. � Médico do trabalho: esse é o profissional que atende aos exames periódicos, solicitando os exames clínicos específicos para cada trabalha- dor levando em consideração a área e a expo- sição ao risco. Também atua diretamente em situações de emergência, como os acidentes de trabalho, e auxilia na prevenção de doenças e acidentes, promovendo atividades de vacina- ção e palestras de conscientização. Além disso, geralmente atua em conjunto com a enfermaria de segurança do trabalho, os engenheiros e os técnicos. Como você pôde observar, as ferramentas mais utilizadas pelos profissionais da área de seguran- ça do trabalho são cursos, palestra e instruções do uso dos equipamentos de proteção individual, exames periódicos, vacinação em massa etc. Lembre-se também que o uso e a incorpora- ção dessas boas práticas de gestão de saúde e segurança no trabalho contribuem não somen- te para a proteção contra os riscos presentes no ambiente de trabalho, mas para prever e reduzir acidentes e doenças, diminuindo con- sideravelmente os custos da empresa. Assim, empresa e colaborador ganham. Além de todos esses benefícios, a empresa se torna mais competitiva, uma vez que seus cola- boradores tornam-se mais sensíveis à melhoria contínua do ambiente de trabalho. RISCOS: Perigo muito provável, iminente. 16 Relembrando Você aprendeu nesta aula que segurança do trabalho é um conjunto de prá- ticas realizadas para minimizar ou prevenir os acidentes ocorridos no local de trabalho e as doenças geradas pela realização da atividade do profissio- nal, as chamadas doenças ocupacionais. Mas não para por aí. Na próxima aula, você estudará mais sobre acidentes de trabalho e outras vantagens de se investir em segurança do trabalho. Até a próxima! Colocando em prática Agora, que tal realizar os exercícios propostos no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA)? Aproveite também para trocar ideias e tirar dú- vidas com o professor tutor e os colegas por meio das ferramentas do AVA. Adiante com os estudos! Aula 2: Conceitos importantes Pronto para dar continuidade ao estudo? Então a partir de agora você é convi- dado a aprofundar seus conhecimentos nos conceitos importantes sobre segu- rança do trabalho. Aperte os cintos e embarque nesta trajetória! Um conceito que você precisa ter em mente é a relação entre o trabalhador e o meio ambiente. Para isso, entenda o que é meio ambiente. É o espaço, dentro e fora do local de trabalho, sendo que o trabalhador é parte integrante desse meio. 17Unidade 1 Segurança do Trabalho A crescente economia mundial tem ocasionado a constante geração de resíduos, sejam sólidos ou líquidos. Mas atenção: esses resíduos quando não tratados de maneira adequada entram em conta- to com os elementos da natureza e prejudicam a qualidade do ar, da água, do solo e, como conse- quência, a qualidade da vida do ser humano. Reflita É preciso entender que quanto melhor for a saúde física e mental do trabalhador melhor será a sua resistência e menor serão a fadiga e o estresse. No entanto, as condições desfavoráveis nos locais de trabalho, como o ruído excessivo, o excesso de calor ou frio, a exposição a produtos químicos e as vibrações, entre outros, provocam tensões no trabalhador, causando desconforto e originando acidentes. Agora, que tal conhecer mais alguns conceitos importantes sobre a segurança do trabalho? Ob- serve! Acidente: é o evento não programado nem plane- jado que resulta em lesão, doença ou morte, dano ou outro tipo de perda. Incidente: é o evento que tem o potencial de levar a um acidente ou que deu origem a um acidente. Perigo: é a fonte ou a situação com potencial para provocar danos ao homem, à propriedade ou ao meio ambiente ou a combinação destes. Risco: é a combinação da probabilidade de ocor- rência e da gravidade de um determinado evento perigoso. RESÍDUO: O que sobra, resta de uma substância. PERIGO: Conjuntura de que pode resultar grande dano. INCIDENTE: Circunstância acidental. LESÃO: Ação ou efeito de lesar, ferimento. 18 Dano: é a consequência de um perigo, em termos de lesão, doença, prejuízo à propriedade, ao meio ambiente ou uma combinação destes. Saúde: é o equilibrado bem-estar físico, mental e social do ser humano. Agora que você já sabe os conceitos de segurança do trabalho, chegou a hora de compreender a importância de investir em segurança e prevenção de aci- dentes e doenças ocupacionais. Observe que os altos índices de acidentes e doenças ocasionam custos e preju- ízos humanos, sociais e econômicos. Essas perdas muitas vezes são irreparáveis, levando-se em conta os danos causados à integridade física e mental do traba- lhador, os prejuízos da empresa e os demais custos resultantes para a socieda- de. Além disso, os trabalhadores que sobrevivem a acidentes muitas vezes têm da- nos financeiros que nem sempre são capazes de resolver. Esses danos podem envolver custos com cirurgias e remédios, uso de próteses, assistência médica, fisioterapias e assistência psicológica. Também podemos citar a dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção, redução do poder aquisitivo, desamparo à família, desemprego, entre outros. A situação é preocupante! Uma vez que esse trabalhador não está preparado para essa nova realidade, é comum observar a marginalização de cidadãos ou distúrbios como depressão e outros traumas mentais. 19Unidade 1 Segurança do Trabalho Mas não são somente os colaboradores que ficam prejudicados nessas situações. As empresas tam- bém são fortemente atingidas pelas consequências dos acidentes e das doenças, pois o custo total de um acidente é dado pela soma de duas parcelas. Uma delas se refere ao custo assegurado, quan- do o colaborador é afastado por mais de 15 dias. Nesses casos, os custos são arcados pela previdên- cia social por meio do recolhimento feito previa- mente pelas empresas. A segunda parcela são os custos não segurados, quando os acidentes não resultam em afastamento por um período superior a 15 dias. Mas veja bem! A relação entre os custos segurados e os não segurados é de um para quatro. Ou seja, para cada real gasto com os custos segurados, são gastos quatro com os custos não segurados. E os custos não segurados impactam a empresa prin- cipalmenteem relação ao salário dos 15 primeiros dias após o acidente, transporte e assistência mé- dica de urgência, paralisação de setor, máquinas e equipamentos, comoção coletiva ou do grupo de trabalho, interrupção da produção. Além disso, gera prejuízos ao conceito e à ima- gem da empresa, danos às máquinas, aos veículos ou aos equipamentos, ao produto, matéria-prima e outros insumos, embargo ou interdição fiscal, investigação de causas e correção da situação, pagamento de horas-extras, atrasos no cronogra- ma de produção e entrega, cobertura de licenças médicas, treinamento de substituto, aumento do prêmio de seguro, multas e encargos contratuais, perícia trabalhista, civil ou criminal, indenizações e honorários legais e elevação de preços dos produ- tos e serviços (BRASIL, 2005). Percebeu como a empresa também sofre as con- sequências em casos de acidentes ou doenças de trabalho? Portanto, previna-se! PERÍCIA: Vistoria, exame do caráter técnico. 20 Relembrando Puxa! Quanto aprendizado novo, não é mesmo? Nesta aula você viu que quanto melhor for a saúde física e mental do trabalhador, melhor será sua resistência e menor serão a fadiga e o estresse. Aqui você conheceu alguns conceitos importantes como de acidente, incidente, risco, perigo, dano e saúde. Vamos aprender mais? Então passe para a próxima aula. Lá você aprenderá sobre acidentes de trabalho. Bons estudos! Colocando em prática Pronto para exercitar? Que tal realizar as atividades no AVA e aplicar os conhecimentos adquiridos? Vamos lá! Aula 3: Acidentes de trabalho Você já deve ter percebido que a segurança no trabalho tem fundamental importância tanto para o colaborador quanto para a empresa, não é mesmo? Nesta aula você aprenderá sobre acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e outros assuntos relacionados. Ficou curioso pelo assunto? Então prepare seu caderno e sua caneta e pontue o que achar mais importante. 21Unidade 1 Segurança do Trabalho ? Pergunta Você sabe o que é um acidente de trabalho? É qualquer lesão corporal ou funcional ocorrida durante ou por consequência do trabalho executado na empresa que ocasione a perda ou a redução tem- porária ou permanente da capacidade do trabalho ou até mesmo a morte do trabalhador. Ah, agora sim ficou mais fácil entender. É importante destacar que qualquer acidente ocorrido no trajeto da sua casa para o trabalho ou do trabalho para casa, que possa ocasionar os mesmos danos ao trabalhador, também é conside- rado acidente de trabalho. Essa situação também é válida quando o trabalhador estiver prestando serviço interno ou externo à empresa. As doenças decorrentes do trabalho também podem ser consideradas acidentes de trabalho. Essas doenças são conhecidas como doenças ocupacionais. Enten- da melhor! As doenças ocupacionais são assim denominadas porque ocorrem por causa da realização de uma atividade especial do trabalho. Observe o que diz a Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, alterada pelo Decreto no 611, de 21 de julho de 1992, Artigo 19. 22 Nota Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa ou pelo serviço de trabalho de segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou temporária. Vale a pena destacar que a nossa legislação também considera como acidente de trabalho: a doença profissional, assim entendida, a produzida ou desencade- ada pelo exercício do trabalho peculiar, a determinada atividade e constante na relação organizada pelo Ministério da Previdência Social, a doença do trabalho, assim entendida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente, desde que constante da relação organizada pelo Ministério da Previdência Social, em caso excepcio- nal, constando-se que a doença não consta da relação do Ministério da Previ- dência Social, mas resultou de condições especiais em que o trabalho é execu- tado e com ele se relaciona diretamente. A Previdência Social, nesse caso, deve considerá-la acidente de trabalho. 23Unidade 1 Segurança do Trabalho Como exemplo de doença ocupacional, podemos citar a perda total ou parcial da capacidade auditiva causada devido à exposição a um local de trabalho onde existe muito barulho e a falta de uso do equipamento de proteção adequada. ? Pergunta Quais as doenças que não são classificadas como doenças do trabalho? As doenças que não podem ser classificadas como doenças do trabalho são as doenças degenerativas, como diabetes, doenças inerentes a grupo etário, como artrite, doenças que não produzam incapacidade laborativa, doenças endêmicas adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolve, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Ainda de acordo com a legislação brasileira, pode ser equiparado ao acidente de trabalho o acidente ligado ao trabalho, embora não tenha sido a causa única que tenha contribuído diretamente para a morte, para a perda ou a redução da capacidade para o trabalho ou produzido lesão que exija atenção médica para a recuperação. Será considerado agravamento de acidente aquele sofrido pelo acidentado quando estiver sob a responsabilidade da reabilitação profissional. Obs.: nos períodos destinados à refeição ou ao descanso ou por ocasião de satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o empre- gado será considerado a serviço da empresa. Situações em que o empregado NÃO está a serviço da empresa Cabe lembrar que, de acordo com a Norma Brasileira – NB18 –, o empregado não será considerado a serviço da empresa, quando: fora da área da empresa, por motivos pessoais, não do interesse do empregador ou do seu preposto; em estacionamento proporcionado pela empresa para seu veículo, não estando exercendo qualquer função do seu emprego; empenhado em atividades espor- tivas patrocinadas pela empresa, pelas quais não receba qualquer pagamento direta ou indiretamente; embora residindo em propriedade da empresa, esteja exercendo atividades não relacionadas com o seu emprego; envolvido em luta corporal ou outra disputa sobre assunto não relacionado com o seu emprego. 24 Relembrando Parabéns, caro aluno! Você aprendeu nesta aula que acidente de trabalho é qualquer lesão corporal ou funcional ocorrida durante ou por consequência do trabalho executado na empresa que ocasione a perda ou redução tem- porária ou permanente da capacidade do trabalho ou mesmo a morte do trabalhador. Pronto para a próxima etapa? Na aula seguinte, você verá a identificação e a classificação dos acidentes de trabalho. Pronto para dar continuidade ao es- tudo? Então utilize-se de concentração e comprometimento e mãos à obra nos estudos! Colocando em prática Está na hora de aplicar seus conhecimentos. Para isso, utilize o apren- dizado desta aula e responda às questões no AVA. Lembre-se também de, em caso de dúvidas, entrar em contato com o professor tutor. Ele está disponível para ajudá-lo. Aula 4: Identificação e classificação dos acidentes de trabalho Mais uma etapa inicia e você é convidado a ingressar nesta viagem rumo ao conhecimento! Agora o tema será a identificação e a classificação dos acidentes de trabalho. Nesta aula você aprenderá a identificar as causas dos acidentes dentro das or- ganizações, o que deve ser feito em casos de acidentes e como identificar suas causas. Pronto para iniciar? Vamos lá! 25Unidade 1 Segurança do Trabalho Identificando e classificando Os principais fatores que influenciam a ocorrência de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais são os atos inseguros e as condições inseguras. Você já ouviu falar neles? Veja o que cada um representa. � Ato inseguro: quando uma atividade é realizada em desacordo com as nor- mas de segurança recomendáveis. Exemplos: subir em telhado semcinto de segurança contra quedas, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos molhadas, falta de planejamento para a realização das atividades, improvisos e pressas, descumprimento da legislação etc. � Condição insegura: quando o ambiente de trabalho oferece perigo ou risco ao trabalhador. Exemplos: falta de arrumação e limpeza, inexistência de avisos, sinalização sonora ou visual sobre os riscos, utilização de máquinas e equipamentos ultrapassados ou defeituosos, instalação elétrica com fios desencapados, máquinas em estado precário de manutenção, falta de boa ventilação ou exaustão de ar contaminado, presença de ruídos, vibrações, calor ou frio excessivo etc. 26 É importante frisar que, quando as condições e os atos inseguros são previa- mente conhecidos e eliminados, é possível que os acidentes e as doenças do trabalho sejam evitadas. Como você aprendeu anteriormente, qualquer acidente profissional ocorrido no percurso de ida ou volta do trabalho, durante e por consequência da realização do trabalho, pode ser considerado um acidente de trabalho, incluindo-se as doenças ocupacionais. Lembre-se também que sua ca- racterização ocorre pela percepção de lesão corporal ou funcional que ocasione a perda ou a redução temporária ou permanente da capacidade do trabalho ou mesmo a morte do trabalhador. ? Pergunta O que fazer quando ocorrer um acidente? O acidente de trabalho é um fato indesejado que traz prejuízos aos trabalhado- res, aos empresários e às famílias. Mas quando esses acidentes ocorrem algu- mas providências devem ser tomadas. Veja! O acidentado ou, no seu impedimento, a pessoa que presenciou o fato, deverá comunicar imediatamente à chefia e ao departamento responsável pela segu- rança do trabalho dentro da empresa. Estes por sua vez devem providenciar os primeiros socorros ao acidentado e posteriormente registrar o acidente na ficha do trabalhador. Devem também realizar uma comunicação formal à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. 27Unidade 1 Segurança do Trabalho Em casos de morte, deve-se comunicar de forma imediata uma autoridade policial. Lembre-se também que a legislação determina que a empresa comu- nique ao INSS todo acidente de trabalho ou doença profissional, sob pena de multa em caso de omissão. Essa comunicação deve ser feita com um documen- to chamado Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT). Mas preste atenção ao preenchimento do formulário, que deve ser feito de forma correta e exata, observando-se as informações nele contidas, não apenas do ponto de vista pre- videnciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social. Depois de tomadas todas as providências pode-se iniciar uma investigação das causas do acidente. Você sabe como acontece essa investigação? A investigação de acidentes acontece com a análise após a ocorrência do acidente, com o objetivo de descobrir as causas e tomar providências corre- tivas para evitar a repetição de casos semelhantes. Para realizar essa investigação, devem-se levar em consideração cinco fatores importantes. Vamos conhecê-los juntos! � Agente da lesão: é o local, o ambiente, o ato, enfim, o que possa ser o cau- sador da lesão. � A fonte da lesão: é o objeto que, agindo sobre o organismo, provocou a lesão. � Fator pessoal de insegurança: se houver. � A natureza da lesão: estabelecer como foi o contato entre a pessoa lesio- nada e o objeto ou movimento que a provocou (queimadura, corte, fratura etc.). � A localização da lesão: permite, muitas vezes, identificar a fonte da lesão e indicar certas frequências em relação a alguns fatores de insegurança. Relembrando Parabéns, caro aluno! Você aprendeu nesta aula que acidente de trabalho é Você chegou ao final desta aula, na qual conheceu os principais fatores que influenciam os acidentes de trabalho. Viu que doenças ocupacionais são causadas por atos e condições inseguras de trabalho. 28 Colocando em prática Agora é uma boa hora para lembrar dos conhecimentos adquiridos nesta aula. Acesse o AVA e realize as atividades propostas. Mãos à obra! Finalizando Parabéns! Você chegou ao final da primeira unidade do curso, na qual estudou vários termos relacionados à segurança do trabalho. Aprendeu quais os profissionais atuam nessa área e quais suas princi- pais atribuições dentro das organizações. Observou ainda como acon- tecem os acidentes de trabalho, que são frutos basicamente de atos e condições inseguras e quais as medidas devem ser tomadas em casos de acidentes. Compreendeu o que deve ser feito em casos de acidentes e qual deve ser o procedimento para identificação da sua causa. 29 2Riscos Relacionados ao Ambiente de Trabalho Objetivos do Curso Ao final desta unidade, você estará apto a: � Compreender os parâmetros que incluem os tipos de riscos ambientais; � Entender a importância de conhecer esses riscos e um pouco da legislação que protege a saúde do trabalhador; � Avaliar os riscos ambientais de forma quali- tativa e quantitativa e suas ferramentas para realizar as avaliações. Aulas Acompanhe nesta unidade o estudo das seguin- tes aulas. Aula 1: Riscos relacionados ao ambiente de trabalho Aula 2: Análise de riscos ambientais – avaliação qualitativa Aula 3: Análise de riscos ambientais – avaliação quantitativa 30 Para Iniciar Depois de conhecer vários termos comuns sobre a segurança no traba- lho, compreender questões ligadas aos acidentes, nesta unidade você estudará os tipos de riscos ambientais que existem no ambiente de trabalho. Verá que, dependendo do nível de exposição do trabalhador aos riscos ambientais, pode haver ou não alterações em sua saúde, fato que está ligado à economia da empresa. Além disso, você verá exemplos e aprenderá a realizar uma avaliação qualitativa e quantitativa dos riscos ambientais, e descobrirá que essas avaliações servem de base para programas de estratégias na gestão da saúde dos trabalhadores e segurança do trabalho. Ficou curioso com os próximos assuntos? Bons estudos! Aula 1: Riscos relacionados ao ambiente de trabalho Na última unidade, você viu que são dois os fatores que causam os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais. Lembra-se quais são eles? Isso mesmo! Atos inseguros e as condições inseguras. A partir de agora, conheça os riscos ambientais (condições inseguras) e como é possível se prevenir dos acidentes, estabelecendo sistemáticas de identificação e tratativas desses riscos. 31Unidade 2 Segurança do Trabalho Conhecendo os riscos Os atos inseguros estão diretamente ligados às falhas humanas, enquanto que as condições inseguras são consideradas fatores ou riscos ambientais. Ou seja, fatores que estão ligados diretamente ao ambiente onde está sendo realizado o trabalho. Os riscos ambientais, como você já sabe, decorrem de condições precárias relacionadas ao ambiente ou ao próprio processo operacional das diversas atividades executadas pelo trabalhador. São, portanto, as condições ambientes de insegurança do trabalho, capazes de ocasionar danos à saúde. Essas condi- ções podem afetar a segurança e o bem-estar dos colaboradores, em função de sua natureza, sua concentração, sua intensidade e seu tempo de exposição ao agente. ? Pergunta Qual a importância de conhecer esses riscos? Atenção Os agentes físicos, químicos ou biológicos podem lesar a saúde do trabalhador. A exposição a esses agentes sem que haja um monitoramento e controle podem em curto, médio e longo prazo provocar lesões imediatas, doenças irreversíveis ou a morte, além de prejuízos de ordem legal e patrimonial para a empresa. Existem ainda outros agentes causadores de doenças, tais como movimentos repetitivos, ansiedade, que vão causar agravos à saúde do trabalhador. Para evitar esses e outros fatores que ocasionam doenças ao trabalhador, a melhor solução ainda é a prevenção. Para prevenir, a melhor forma é conhecendo os riscos que estão presentes no ambiente de trabalho.Continue atento para saber mais! 32 Os riscos ambientais dividem-se em riscos de acidentes físicos, químicos, bioló- gicos e ergonômicos. Entenda melhor! � Riscos de acidentes: estão relacionados ao processo operacional, como máquinas e equipamentos sem proteção adequada, ferramentas inadequa- das ou defeituosas, matérias-primas, arranjo físico inadequado, iluminação inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazena- mento inadequado, animais peçonhentos, ausência de sinalização etc. � Riscos físicos: são os fatores ou agentes existentes no ambiente de tra- balho que podem causar danos à saúde dos trabalhadores, como ruídos, temperaturas extremas (frio e calor), vibrações, radiações, pressões anormais e umidade. Alguns exemplos de danos comuns relacionados à exposição desse risco são a redução ou perda da capacidade auditiva, causada pelo excesso de ruído no ambiente de trabalho e alergias respiratórias causadas pelo excesso de umidade. � Riscos químicos: são identificados pelo grande número de substâncias que podem contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade física e mental dos trabalhadores, a exemplo de poeiras e fumaças oriundas de processos químicos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias, com- postos ou outros produtos químicos. Cabe lembrar que não é o fato de ha- ver produtos químicos nos locais de trabalho que determina o risco a saúde, mas a combinação de diversos fatores, como o armazenamento, a forma do contaminante no ambiente de trabalho, o nível de toxicidade e o tempo de exposição da pessoa, entre outros. 33Unidade 2 Segurança do Trabalho � Riscos ergonômicos: estão relacionados aos fatores fisiológicos e psico- lógicos inerentes à execução das atividades dos trabalhadores, podendo produzir alterações no organismo e no estado emocional dos trabalhadores, comprometendo a sua saúde, a segurança e a produtividade. Alguns exem- plos desses fatores são postura incorreta, ritmo de trabalho intenso, fadiga, preocupação, trabalhos físicos pesados, movimentos repetitivos, jornadas de trabalho muito longas etc. � Riscos biológicos: estão relacionados à exposição dos colaboradores à micro-organismos causadores de doenças, como vírus, bactérias, parasitas, fungos e bacilos. Percebeu quantas situações de risco podem levar a acidentes no trabalho? Fi- que atento e previna-se! Para minimizar esses danos à saúde do trabalhador, já existem legislações que obrigam as empresas a tomarem ações preventivas. Você sabe quais são? Re- alização de exames médicos (periódicos, admissionais, demissionais, de retor- no ao trabalho e de mudança de função); realização do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional, que tem o objetivo de melhorar as condições de trabalho, monitorando os problemas de saúde detectados ou identificando os locais de risco e adotando medidas para evitar a doença, realizando também a educação sanitária, além de outras medidas. Essas medidas podem eliminar ou minimizar os riscos ocupacionais. Mas para que haja eficácia nas ações faz-se necessário realizar uma correta avaliação dos riscos. Avaliação de riscos? Isso mesmo! Avaliação de riscos é o processo para definir a magnitude dos riscos existen- tes no ambiente e decidir se um risco é ou não tolerável. 34 Para identificar os riscos existentes nos locais de trabalho, no intuito de eliminá-los ou neutralizá- los, podem ser realizadas avaliações qualitativas, conhecidas como preliminares, e avaliações quan- titativas, que vão medir, comparar e estabelecer medidas de eliminação, neutralização ou controle dos riscos. Ficou mais claro agora o que é avaliação de riscos? É uma sistemática para o reconhecimento de expo- sições a riscos ou acidentes e possíveis problemas. Estes podem incluir produção, qualidade ou des- perdício, desenvolvimento de maneira correta para realização das tarefas, de forma que atos insegu- ros, condições inseguras, acidentes, falhas, retraba- retraba- lhos e desperdícios não ocorram. Uma vez que a economia da empresa é diretamen-é diretamen- te afetada pela saúde de seus trabalhadores, faz-se necessário tomar ações eficientes para manter a saúde dos trabalhadores. Assim, será possível ter um aproveitamento total de pessoas, equipamen- tos e do local de trabalho. Atenção Portanto, proteja os empregados com um local de trabalho livre de riscos desconhecidos. QUALITATIVA: Relativo à qualidade. 35Unidade 2 Segurança do Trabalho Relembrando Durante esta aula você estudou um pouco mais sobre as condições inseguras de tra- balho e viu como essas situações podem influenciar a segurança no ambiente de trabalho. Ou seja, se as condições não forem seguras é quase certo que poderão haver acidentes no ambiente de trabalho. Você viu que as condições podem ser dividi- das em acidentes físicos, químicos, biológi- cos e ergonômicos e que é de fundamental importância conhecê-los para que se possa planejar ações que previnam suas causas e consequências. Aprendeu ainda que o conceito de avaliação de riscos é um método para definir a mag- nitude dos riscos existentes no ambiente e decidir se um risco é ou não tolerável e que essa avaliação pode ser classificada em quali- tativa e quantitativa. Por fim, compreendeu a importância da saúde e segurança dos traba lhadores para a saúde econômica da empresa (BRASIL, 2005). Até a próxima aula! QUANTITATIVA: Relativo à quantidade. Colocando em prática A aula seguinte será muito interessan- te para compreender melhor o assunto estudado. Mas antes não deixe de realizar as atividades propostas no AVA. Lembre- se de utilizar as ferramentas do ambiente virtual para compartilhar informações e tirar dúvidas com o professor tutor e os colegas. Preparado? 36 Aula 2: Análise de riscos ambientais Você já ouviu falar em análise de riscos ambientais? Caso não tenha ouvido fa- lar, fique tranquilo, pois aprenderemos juntos a partir de agora. Se você já tem conhecimentos sobre o tema, aproveite para aprofundá-los. Nesta aula você aprenderá como realizar uma avaliação qualitativa dos riscos ambientais. Vamos iniciar! Avaliação qualitativa Análise qualitativa, como você viu na última aula, é uma análise preliminar das condições de trabalho que possibilita a implementação de estratégias que ser- virão de base para uma gestão que priorize a saúde e a segurança no trabalho. Essa avaliação geralmente é considerada a mais simples, pois utiliza somente a sensibilidade do inspetor para identificar o risco existente no local de trabalho. Entenda melhor com um exemplo. Para a identificação de um vazamento de gás de cozinha, o olfato imediatamente auxiliará na identificação do risco. 37Unidade 2 Segurança do Trabalho Para a avaliação qualitativa, é necessário conhecimento prévio das caracterís- ticas da empresa, dos trabalhadores e dos ambientes de trabalho. Para isso, pode-se realizar mapeamento de todos os processos da empresa, possibilitando um conhecimento de suas principais etapas. Uma vez feito esse mapeamento, inicia-se a avaliação dos riscos para identificar as fontes de perigo e estimar os riscos a elas associados. Observe alguns exemplos! Tabela 1 - Exemplos de perigos e riscos Perigos Risco Vazamento de óleo das máquinas Lesão, fratura Piso danificado, molhado, escorregadio Lesão, fratura Exposição a ruídos Perda total ou parcial da capacida- de auditiva (surdez) Queda de objetos em altura Fraturas, morte Para fazer essa avaliação, você pode utilizar algumas perguntas, como: existe exposição do trabalhador a alguma fonte perigosa? Há contato do trabalhador com fonte perigosa? Se houver contato, qual o tempo e a frequência do contato entre o trabalhador e a fonte perigosa? A que distância estão a fonte de perigo e o trabalhador? Atenção Essa avaliação deve levar em consideração que quanto maior o tempo de exposição, contato, frequência ou a proximidade com a fonte de perigo, maior será o risco. Percebeu como é simplesrealizar essa avaliação? Ela poderá ser muito impor- tante para você e sua empresa. 38 É importante ressaltar ainda que a fonte de perigo pode ser um equipamen- to, uma máquina, um instrumento ou qualquer condição de trabalho perigosa. Uma vez conhecidos os riscos, podem-se estabelecer ações preventivas que permitam um ambiente de trabalho saudável. Tem-se aí a chamada gestão de saúde e segurança no trabalho. Segundo Brasil (2005), esse tipo de postura adotado pela empresas melhora a comunicação interna e as relações de trabalho, aumenta a confiança e a autoes- tima, alicerça o comprometimento de todos e, consequentemente, a produtivi- dade. Enfim, todos só têm a ganhar com essa prática. Relembrando Parabéns! Você finalizou mais uma aula, na qual aprendeu como a avaliação qualitativa geralmente é considerada a mais simples, pois utiliza somente a sensibilidade do inspetor para identificar o risco existente no local de tra- balho. A próxima aula será sobre análise de riscos ambientais – avaliação quantitativa. Pronto para seguir? Então que tal fazer do seu aprendizado um momento significativo e prazeroso? Em frente! Colocando em prática Vamos realizar uma atividade? Então acesse o AVA e aplique seus co- nhecimentos. Bom trabalho! 39Unidade 2 Segurança do Trabalho Aula 3: Análise de riscos ambientais Bem-vindo a esta terceira aula da unidade. A partir de agora o foco de estudo será a análise de riscos ambientais – avaliação quantitativa. Na última aula, você aprendeu a avaliar qualitativamente esses riscos, observan- do que é de fundamental importância conhecê-los para que se possa planejar ações que previnam suas causas e consequências. Vamos à avaliação quantitativa dos riscos ambientais? Sinta-se confortável e bons estudos! Avaliação quantitativa Você já sabe que na avaliação qualitativa apenas o poder sensitivo do avaliador era necessário para detectar um risco, não é mesmo? Agora na avaliação quan- titativa são necessários o uso de métodos científicos e a utilização de instru- mentos e equipamentos destinados à quantificação do risco. Por exemplo, para a mensuração do calor produzido em um forno, faz-se necessário a utilização de termômetros. Para avaliar o nível de ruído de uma máquina, utilizam-se me- didores de pressão sonora. 40 Uma das ferramentas mais simples para essa avaliação é o mapa de riscos, pois se trata de uma representação gráfica dos riscos por meio de círculos de dife- rentes cores e tamanhos, sendo de fácil elaboração e visualização. Esse mapa deve ser exposto e divulgado entre todos os colaboradores e visitan- tes de uma empresa. Seu principal objetivo é reunir informações básicas para estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na empresa e possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de infor- mações entre os trabalhadores. Além disso, poderá estimular a participação dos trabalhadores nas atividades de prevenção. Geralmente o mapa é elaborado em conjunto, contando com a participação de todos os trabalhadores, da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e do Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), quando este existir. A elaboração contará com o conhecimen- to que cada um tem do processo em que estão inseridos. O mapa de riscos está baseado no conceito filosófico de que quem faz o trabalho é quem conhece suas particularidades e seus perigos. 41Unidade 2 Segurança do Trabalho Uma vez elaborado, esse mapa auxilia no planejamento de ações preventivas a serem adotadas pelas empresas. Você sabe quais as vantagens da avaliação qualitativa realizada por meio do mapa de risco? Uma delas é a identificação prévia dos riscos existentes nos locais de trabalho, onde os trabalhadores poderão estar expostos e, consequentemente, a redução de acidentes, pois todos já ficam atentos para as situações de perigo. Conhecendo o perigo gera-se uma maior conscientização quanto ao uso adequado das medidas e dos equipamentos de proteção coletiva e indivi- dual, reduzindo os gastos com acidentes e doenças e melhorando o clima organizacional, com maior produtividade, competitividade e lucratividade. Mas como elaborar o mapa de risco? Os riscos serão representados por círculos de tamanhos e cores diferentes que devem ser apostos sobre a planta (layout) do local analisado. São utilizadas co- res para identificar o tipo de risco, conforme a tabela de classificação dos riscos ambientais. Observe a seguir! 42 Tabela 2 - Classificação dos riscos ambientais Grupo I: verde Riscos físicos Grupo II: vermelho Riscos químicos Grupo III: marrom Riscos biológicos Grupo IV: amarelo Riscos ergonômicos Grupo V: azul Riscos de acidentes Ruídos Poeiras Vírus Esforço físico intenso Arranjo físico inadequado Vibrações Fumos Bactérias Levantamento e transporte manual de peso Máquinas e equipamentos sem proteção Radiações ionizantes Neblinas Protozoários Exigência de postura inadequada Ferramentas inadequadas ou defeituosas Radiações não ionizantes Gases Fungos Controle rígido da produtividade Iluminação inadequada Frio Vapores Parasitas Imposição de ritmos excessivos Eletricidade Calor Substâncias, compostos ou produtos químocos em geral Bacilos Trabalho em turnos diurno e noturno Probabilidade de incêndio ou explosão Pressões e anomalias – – Jornada de trabalho prolongada Armazenamento inadequado Umidade – – Monotonia e repetitividade Animais peçonhetos – – – Outras situações de estresse físico e/ou psíquico Outras situações de risco que poderão contribuir para ocorrência de acidentes Fonte: Brasil (2005, p. 31). 43Unidade 2 Segurança do Trabalho Conforme Brasil (2005), a gravidade é representada pelo tamanho dos círculos. Quanto maior for o círculo, maior será o risco. Entenda melhor! � Círculo pequeno: risco pequeno por sua essência ou por ser risco médio já protegido. � Círculo médio: risco que gera relativo incômodo, mas que pode ser contro- lado. � Círculo grande: risco que pode matar, mutilar, gerar doenças e que não dispõe de mecanismo para redução, neutralização ou controle. Esses são os pontos fundamentais para a preparação de um mapa de risco. Relembrando Nesta aula você aprendeu que, na avaliação quantitativa, são necessários o uso de métodos científicos e a utilização de instrumentos e equipamentos destinados à quantificação do risco. Viu também como fazer um mapa de riscos. Mas ainda tem muita coisa interessante para você! Mãos à obra nos estudos! Colocando em prática Para reforçar todo esse conhecimento, realize as atividades propostas no AVA, certo? Os exercícios serão muito importantes para apreender os conteúdos. 44 Finalizando Parabéns, caro aluno! Você chegou ao fim da segunda unidade do cur- so, na qual compreendeu os riscos de acidentes. Aprendeu que as condições inseguras são classificadas em riscos am- bientais e que é muito importante conhecê-los para que possa planejar ações que previnam suas causas e consequências. Compreendeu ainda que o conceito de avaliação de riscos é um méto- do para definir a magnitude dos riscos existentes no ambiente e decidir se um risco é ou não tolerável. Agora você já sabe que essa avaliação pode ser classificada em qualitativa e quantitativa e sabe também como realizar uma avaliação qualitativa e uma avaliação qualitativa dos riscos ambientais. Aproveite bem os conteúdos e enriqueça ainda mais seus conhecimentos! 45 3Normas Regulamentadoras Objetivos do Curso Ao final desta unidade, você estará apto a: � Ter conhecimentos básicos sobre as legisla- ções que regem a segurança no ambiente de trabalho; � Conhecer as Normas Regulamentadoras (NRs); � Compreender o que é a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e qual a sua função; � Compreender a importância do uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) nas atividades que apresentamriscos. Aulas Acompanhe nesta unidade o estudo das seguin- tes aulas. Aula 1: Normas regulamentadoras Aula 2: CIPA e EPIs 46 Para Iniciar Iniciando a terceira unidade do curso, você entrará no mundo das Normas Regulamentadoras (NRs), Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Já conhe- ce algum desses assuntos? Nesta etapa você se familiarizará com os temas, conhecendo noções básicas das legislações de segurança no ambiente de trabalho e como uma empresa pode se adequar a essas normas. Você também compreenderá o que é a CIPA, qual sua finalidade e atri- buições que cada participante possui. E tem mais! Aprenderemos juntos sobre o uso dos EPIs e qual a fina- lidade desses equipamentos para as pessoas que os usam dentro do ambiente de trabalho. Bons estudos! Aula 1: Normas regulamentadoras Você sabe o que é uma NR? Seu objetivo é expor, de maneira prática e clara, as determinações da legislação brasileira. Atualmente, além de diversas editoras disponibilizarem essas NRs, elas também podem ser obtidas, na íntegra, no site do Ministério do Trabalho e Emprego: <http://www.mte.gov.br/legislacao/nor- mas_regulamentadoras/default.asp>. 47Unidade 3 Segurança do Trabalho ? Pergunta Quais são as normas existentes? Veja a seguir a lista das normas existentes e um resumo geral de cada uma delas. Mas é importante lembrar que a norma somente será aplicável na empre- sa cujas funções se enquadrem a ela. Por isso, na dúvida, consulte a norma na íntegra. NR1 – Disposições Gerais: determina que as normas regulamentadoras, relati- vas à segurança e medicina do trabalho, obrigatoriamente, deverão ser cumpri- das por todas as empresas privadas e públicas, desde que possuam emprega- dos celetistas. Determina também que o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho é o órgão competente para coordenar, orientar, controlar e super- visionar todas as atividades inerentes. Dá competência às Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs), determina as responsabilidades do empregador e a respon- sabilidade dos empregados. 48 NR2 – Inspeção Prévia: determina que todo es- tabelecimento novo deverá solicitar aprovação de suas instalações ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego, que emitirá o Certificado de Aprovação de Instalações (CAI), por meio de modelo preestabelecido. NR3 – Embargo, ou Interdição: a DRT poderá interditar/embargar o estabelecimento, as máqui- nas, setor de serviços se eles demonstrarem grave e iminente risco para o trabalhador, mediante laudo técnico, e/ou exigir providências a serem adotadas para prevenção de acidentes do trabalho e doenças profissionais. Caso haja interdição ou embargo em um determinado setor, os empre- gados receberão os salários como se estivessem trabalhando. NR4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SES- MT): a implantação do SESMT depende da gra- dação do risco da atividade principal da empresa (Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE) e do número total de empregados do estabelecimento. Dependendo desses elementos, o SESMT deverá ser composto por um engenheiro de segurança do trabalho, um médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do trabalho, técnico de segurança do trabalho, todos os empregados da empresa. NR5 – Comissão Interna de Prevenção de Aci- dentes (CIPA): todas as empresas privadas, pú- blicas, sociedades de economia mista, instituições beneficentes, cooperativas, clubes, desde que pos- suam empregados celetistas, dependendo do grau de risco da empresa e do número mínimo de 20 empregados são obrigadas a manter a CIPA. O ob- jetivo é a prevenção de acidentes e doenças decor- rentes do trabalho, tornando compatível o trabalho com a preservação da saúde do trabalhador. LAUDO TÉCNICO: Parecer técnico de algu- ma análise. 49Unidade 3 Segurança do Trabalho NR6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): as empresas são obri- gadas a fornecer aos seus empregados EPIs, destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Todo equipamento deve ter o Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego e a empresa que importa EPIs também deverá ser registrada no Departamento de Segurança e Saúde do Trabalho, existindo para esse fim todo um processo administrativo. NR7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO): trata dos exames médicos obrigatórios para as empresas. São eles: exame admissio- nal, exame periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função, demis- sional e exames complementares, dependendo do grau de risco da empresa ou empresas que trabalhem com agentes químicos, ruídos, radiações ionizantes, benzeno etc. NR8 – Edificações: Essa norma define os parâmetros para as edificações, obser- vando-se a proteção contra a chuva, insolação excessiva ou falta de insolação. Deve-se observar as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e muni- cipal. NR9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): essa norma objetiva a preservação da saúde e integridade do trabalhador, por meio de an- tecipação, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em vista a proteção ao Meio Ambiente e Recursos Naturais. NR10 – Instalações e Serviços de Eletricidade: trata das condições mínimas para garantir a segurança daqueles que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo projeto, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, incluindo terceiros e usuários. Essa norma encontra-se sob consulta pública para a sua revisão. NR11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Mate- riais: destina-se à operação de elevadores, guindastes, transportadores indus- triais e máquinas transportadoras. NR12 – Máquinas e Equipamentos: determina as instalações e áreas de tra- balho; distâncias mínimas entre as máquinas e os equipamentos; dispositivos de acionamento, partida e parada das máquinas e dos equipamentos. Contém anexos para o uso de motosserras, cilindros de massa etc. NR13 – Caldeiras e Vasos de Pressão: é de competência do engenheiro espe- cializado nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento de operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e vasos de pressão. Norma que exige treinamento específico para os seus ope- radores, contendo várias classificações e categorias, nas especialidades devido, principalmente, ao seu elevado grau de risco. 50 NR14 – Fornos: define os parâmetros para a ins- talação de fornos; cuidados com gases, chamas, líquidos. Deve-se observar as legislações pertinen- tes nos níveis federal, estadual e municipal. NR15 – Atividades e Operações Insalubres: as atividades insalubres estão contidas nos anexos da norma e são considerados os agentes: ruído con- tínuo ou permanente; ruído de impacto; tolerân- cia para exposição ao calor; radiações ionizantes; agentes químicos e poeiras minerais. Tanto a NR15 quanto a NR16 dependem de perícia, a cargo do médico ou do engenheiro do trabalho, devidamen- te credenciado no Ministério do Trabalho e Empre- go. NR16 – Atividades e Operações Perigosas: tam- bém considerada quando ocorre além dos limites de tolerância. São as atividades perigosas aquelas ligadas a explosivos, inflamáveis e energia elétrica. NR17 – Ergonomia: esta norma estabelece os pa- râmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas, máquinas, ambiente, comunicações dos elementos do sistema, informações, processamento, toma- da de decisões, organização e consequências do trabalho. Observa-se que as Lesões por Esforços Repetitivos (LER), hoje denominada Doença Oste- omuscular Relacionada ao Trabalho (DORT), cons- tituem o principal grupo de problemas à saúde, reconhecidos pela sua relação laboral. O termo DORT é muito mais abrangente que o termo LER, constantehoje das relações de doenças profissio- nais da Previdência. NR18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT): o PCMAT é o PPRA da Construção civil. Resume-se no elenco de providências a serem executadas, em função do cronograma de uma obra, levando-se em conta os riscos de acidentes e doenças do trabalho e as suas respectivas medidas de segurança. ERGONOMIA: Estudo da organização racional do trabalho. 51Unidade 3 Segurança do Trabalho NR19 – Explosivos: determina parâmetros para o depósito, manuseio e arma- zenagem de explosivos. NR20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: define os parâmetros para o armazenamento de combustíveis e inflamáveis. NR21 – Trabalho a Céu Aberto: Define o tipo de proteção aos trabalhadores que trabalham sem abrigo, contra intempéries (insolação, condições sanitárias, água etc.). NR22 – Trabalhos Subterrâneos: destina-se aos trabalhos em minerações subterrâneas ou a céu aberto, garimpos, beneficiamento de minerais e pesquisa mineral. Nesses trabalhos é necessário ter um médico especialista em condições hiperbáricas. Essa atividade possui várias outras legislações complementares. NR23 – Proteção contra Incêndios: todas as empresas devem possuir prote- ção contra incêndio; saídas para retirada de pessoal em serviço e/ ou público; pessoal treinado e equipamentos. As empresas devem observar as normas do Corpo de Bombeiros sobre o assunto. NR24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais do Trabalho: todo estabelecimento deve atender as denominações desta norma, que o próprio nome contempla. Cabe à CIPA e/ou ao SESMT, se houver, a observância dessa norma. Deve-se observar também nas Convenções Coletivas de Trabalho de sua categoria se existe algum item sobre o assunto. NR25 – Resíduos Industriais: trata da eliminação dos resíduos gasosos, só- lidos, líquidos de alta toxidade, periculosidade, risco biológico, radioativo, a exemplo do césio em Goiás. Remete às disposições contidas na NR15 e legisla- ções pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal. NR26 – Sinalização de Segurança: determina as cores na segurança do traba- lho como forma de prevenção evitando a distração, confusão e fadiga do traba- lhador, bem como cuidados especiais quanto a produtos e locais perigosos. NR27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança no Ministério do Tra- balho e Emprego: todo técnico de segurança deve ser portador de certificado de conclusão do Técnico de Segurança e Saúde no Trabalho, com currículo do Ministério do Trabalho e Emprego, devidamente registrado por meio das DRTs regionais. 52 NR28 – Fiscalização e Penalidades: toda norma regulamentadora possui uma gradação de multas, para cada item das normas. Essas gradações são divididas por número de empregados, risco na segurança e risco em medicina do traba- lho. O agente da fiscalização, baseado em critérios técnicos, autua o estabe- lecimento, faz a notificação, concede prazo para a regularização e/ou defesa. Quando constatar situações graves e/ou iminentes ao risco à saúde e à integri- dade física do trabalhador propõe à autoridade regional a imediata interdição do estabelecimento (CLIMEB, 2010). Puxa! Quantas normas existem, não é mesmo? Elas são muito importantes para todos os envolvidos. Por isso, vale a pena conferir na íntegra o que diz cada uma delas. Relembrando Mais uma etapa finalizada, na qual você aprendeu sobre as NRs relacionadas à segurança do trabalho. Durante a próxima aula você aprenderá um pouco mais sobre a CIPA e os EPIs. Até lá! Colocando em prática Que tal agora fazer uma nova leitura de todo o conteúdo estudado. Sua revisão também poderá ser feita por meio das atividades no AVA. Confira! 53Unidade 3 Segurança do Trabalho Aula 2: CIPA e EPIs Depois de conhecer as normas regulamentadoras sobre segurança no ambiente de trabalho, você verá dois assuntos fundamentais: a CIPA, regida pela NR-5, e o Uso de Equipamentos de Proteção Individual, regido pela NR-6. A CIPA tem como objetivo principal prevenir acidentes e doenças do trabalho. Vamos saber mais? Continue atento! Comissão Interna de Prevenção a Acidentes (CIPA) Você já sabe o que é a CIPA, certo? Saiba também que essa comissão deve con- ter representantes do empregador e dos empregados, com o maior número de colaboradores possível e com assessoria dos Serviços Especializados em Enge- nharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), quando houver. Os participantes terão as atribuições de identificar os riscos do processo de traba- lho e elaborar o mapa de riscos. Ficou curioso? Então veja a seguir as funções da CIPA. � Elaborar o plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho. � Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias e da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho. � Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de traba- lho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores. � Realizar, a cada reunião (mensal), avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas. 54 � Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho. Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e pro- cesso de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores. � Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores. � Colaborar no desenvolvimento e na implementação do PCMSO (NR7) e PPRA (NR9) e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho. � Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras e cláu- sulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho. � Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das doenças e dos acidentes de trabalho e propor me- didas de solução dos problemas identificados. � Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores. � Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas. Promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT). Participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS (e de combate ao tabagis- mo). Ficou mais claro agora o entendimento das funções da CIPA? Essa Comissão é muito importante. Vamos seguir! 55Unidade 3 Segurança do Trabalho Equipamento de Proteção Individual (EPI) Como o próprio nome já sugere, os EPIs têm como função principal proteger, ou melhor, prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Vale lembrar que fornecer esses equipamentos é uma obrigação do empregador. Os equipamentos de proteção devem ser adequados aos riscos da empresa e devidamente aprovados de pelo Ministério do Trabalho aos seus colaboradores, já existem várias tecnologias à disposição visando à proteção coletiva e indivi- dual. Equipamentos de proteção coletiva? Quais são eles? 56 Considera-se Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) todo dispositivo, sinal, som, imagem, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física de várias pessoas. Já os EPIs, são todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. 57Unidade 3 Segurança do Trabalho Assim como a empresa tem a obrigação de fornecer os equipamentos aos colaboradores, estes são responsáveis por guardar, conservar e higienizar os equipamentos, comunicando ao empregador qualquer alteraçãoque o torne impróprio para uso. Relembrando Nesta aula você aprendeu que a CIPA tem como objetivo principal a preven- ção dos acidentes e das doenças do trabalho. Viu também que EPIs e EPCs, têm como função principal proteger, ou melhor, prevenir acidentes e doen- ças decorrentes do trabalho. O convite agora é para que você conheça o contexto de ambiente na quali- dade. Vamos dar continuidade ao estudo! Colocando em prática Na próxima etapa, você conhecerá novos assuntos. Mas antes acesse o AVA e resolva as atividades preparadas especialmente para você. Vamos ao estudo! Finalizando Nesta unidade você compreendeu que as Normas Regulamentadoras (NRs) têm como objetivo expor claramente e de maneira prática as de- terminações contidas na legislação brasileira. Aprendeu também que a (CIPA), que está baseada na NR5, tem como objetivo principal prevenir os acidentes e as doenças do trabalho e que seus participantes devem ser representantes do empregador e dos empregados. 58 Conheceu também que dentro da segurança do trabalho todos os empregados que correm riscos devem usar EPIs e estes são conside- rados como todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. E que, além do EPI, deve-se usar o Equipamento de Pro- teção Coletiva Individual (EPC), considerado como todo dispositivo, sinal, som, imagem, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física de várias pessoas. 59 4Programa 5S, Auxiliando a Segurança do Trabalho Objetivos do Curso Ao final desta unidade, você estará apto a: � Compreender o Programa 5S, entendendo os benefícios que esses sensos podem trazer para a saúde e segurança do trabalhador dentro das organizações. Aulas Acompanhe nesta unidade o estudo das seguin- tes aulas. Aula 1: O contexto de ambiente da qualidade Aula 2: Os cinco sensos da qualidade Aula 3: Senso de limpeza, zelo e autodisciplina 60 Para Iniciar Você já deve estar mais familiarizado com os termos, as normas e a im- portância da segurança no trabalho, certo? A partir de agora, o convite é para que você conheça uma filosofia que pode favorecer a qualidade, saúde e segurança dentro de uma empresa. Já ouviu falar nos 5S? Conheceremos juntos os benefícios de cada um desses sensos e como cada um deles pode ser colocado em prática. As- sim você perceberá que entre os benefícios essa filosofia visa principal- mente aumentar a autoestima dos colaboradores, criando um ambiente de respeito ao semelhante e ao meio ambiente, evitando o desperdício de inteligência, espaço, tempo, gastos e matéria-prima. Além disso, os 5Ss podem combater o estresse e ainda reduzir o número de acidentes de trabalho. Por isso, aproveite para aprender cada senso e verificar na prática como essa filosofia pode transformar o seu dia a dia. Bons estudos! Aula 1: O contexto de ambiente de qualidade Você sabe o que é um ambiente de qualidade? É sobre esse assunto que trata- remos nesta aula. Você verá como ter qualidade no ambiente de trabalho e a metodologia utilizada para aprimorar o ambiente de trabalho de uma organiza- ção. Pronto para iniciar? Então misture dedicação e disciplina e siga em frente! 61Unidade 4 Segurança do Trabalho Conhecendo um ambiente de trabalho Nas últimas décadas, as empresas têm mudado de postura em relação aos seus clientes. Isso vem acontecendo por causa da conscientização do consumidor quanto aos seus direitos e também pela atual estrutura econômica mundial. As organizações lutam pela sobrevivência econômica devido à competitividade acirrada entre as empresas. Infelizmente algumas esperam por momentos difí- ceis para tomar atitudes de mudanças, mas outras se antecipam às crises. De um modo geral, todos veem qualidade como sinônimo de uma vida melhor. Neste contexto, as organizações devem entender essas necessidades e traduzir em garantia da satisfação do cliente. É por esse motivo que os clientes, tanto de organizações privadas quanto públicas, têm se tornado cada vez mais exigen- tes. Para cativá-los, o que vinha sendo oferecido pelas empresas já não garante mais fidelidade. ? Pergunta O que as empresas devem fazer nesses casos? 62 Para conquistar clientes, as empresas precisam garantir que seu preço seja acessível, fornecer um produto de qualidade, entregar o produto no prazo, ter uma manutenção de custo baixo, fornecer boas condições de pagamentos e passar uma imagem de segurança. Além dessas ações, deve redobrar esforços para encantar seus clientes. Mas para alcançar esse padrão é essencial criar um ambiente de qualidade. Você sabe o que é esse ambiente de qualidade? Ele deve iniciar pela disposição de um local onde exista ordem e tranquilidade, organização do trabalho, com distribuição equitativa de tarefas, desejo de se comunicar com disposição para falar e ouvir sem distinção de pessoa ou função, respeito às ideias dos outros e orgulho coletivo diante das realizações. As empresas que estão atentas para as decorrentes mudanças dos últimos anos e a necessidade de se criar um ambiente de qualidade estão cada vez mais conscientes das necessidades de aperfeiçoar as suas práticas diárias. Essas empresas estão fazendo investimentos a curto, médio e longo prazo,e implementando uma real filosofia da qualidade não como uma questão teórica, mas uma questão de prática. Como resultado é possível ver melhores condições de trabalho e um ambiente de qualidade, gerando competitividade devido ao estímulo dos colaboradores que transformam seus potenciais em realização e consequentemente uma redução do índice de acidentes. Ainda é possível ob- servar melhorias na qualidade e produtividade, redução do tempo de parada das máquinas e no exercício da administração participativa. Esses são apenas alguns dos benefícios que o ambiente de qualidade pode ge- rar. Esses resultados têm mensurado o sucesso e a importância do 5S nas orga- nizações. � Mas não são somente esses benefícios que podem ser obtidos com a dis- seminação da filosofia do 5S. Quer conhecer mais alguns? Então observe! Respeito ao semelhante, ao meio ambiente e ao crescimento pessoal; � Melhoria no relacionamento interpessoal; � Melhoria na comunicação e no clima organizacional; � Combate ao estresse; � Redução do número de acidentes de trabalho. 63Unidade 4 Segurança do Trabalho Como implantar uma cultura de mudanças den- tro de uma organização? Para isso, reflita sobre o significado da palavra senso. De acordo com o Dicionário Aurélio, senso quer dizer “faculdade de apreciar, de julgar, juízo”. Dessa maneira, podemos entender que não se pode implantar um senso, mas uma cultura de mudanças por meio de dedi- cação e persistência. Para criar uma cultura de mudanças visando a um ambiente de qualidade, deve-se investir em ferra- mentas de qualidade. Uma dessas ferramentas é o Programa 5S, cuja eficiência já está comprovada. ? Pergunta O que significam esses sensos? Os sensos são de utilização, organização, limpeza, saúde e autodisciplina. SENSO: Discernimento, critério; percepção. 64 Ah, agora sim! Vamos saber mais sobre o 5S! Não se sabe ao certo a origem do programa, mas estima-se que sua difusão aconteceu por volta da década de 1950, no período pós-guerra, por Kaoru Ishikawa, também precursor do Circulo de Controle de Qualidade (CCQ), que você estudou na última unidade. Observe a seguir as palavras de origem japonesas que embasam o Programa 5S. Tabela 3 - Palavras de origem japonesas que embasam o Programa 5S Senso Japonês Inglês Português 1o Seiri Sorting Senso de Utilização Arrumação Seleção 2o Seiton Systematyzing Sendo de Organização Sistematização Ordenação 3o Seisou Sweeping Senso de Zelo Limpeza 4o Seiketsu Sanitizing Senso de Asseio Higiene Saúde Integridade 5o Shitsuke Self-disciplining Senso de Autodisciplina Educação Compromisso Aproveite para anotar em seu caderno o querepresentam as palavras do pro- grama 5S. Lembre-se também de, em caso de dúvidas, entrar em contato com o professor tutor por meio das ferramentas do AVA. Ele está à disposição para ajudá-lo! 65Unidade 4 Segurança do Trabalho Relembrando Nesta aula você aprendeu que melhores condições de trabalho e um am- biente de qualidade estimulam os colaboradores, que transformam seus potenciais em realização. Como consequência, tem-se maior competitivida- de, reduções do índice de acidentes, melhoria da qualidade e da produtivi- dade, redução do tempo de parada das máquinas e melhorias no exercício da administração participativa. Na próxima aula, você dará continuidade ao estudo sobre os cinco sensos da qualidade. Até lá! Colocando em prática Continue estudando sobre o tema e não deixe de realizar os exercícios propostos no AVA! Eles são muito importantes para lembrar dos assun- tos estudados. Aula 2: Os cinco sensos da qualidade A partir de agora você aprofundará seus conhecimentos nos sensos de utiliza- ção e organização que podem ser adotados dentro de uma organização. Vamos iniciar? Boa aula! 66 Senso de utilização Este senso tem por finalidade manter no local de trabalho apenas os materiais que você vai utilizar no momento e na quantidade certa. Ou seja, utilizar os recursos disponíveis, com bom senso e equilíbrio. Portanto, identifique o que é realmente necessário e o que é desnecessário em seu local de trabalho. Observe que o diferencial nos lucros das organizações está no equilíbrio da uti-á no equilíbrio da uti- no equilíbrio da uti- lização de seus recursos. Nesse contexto, os detalhes fazem a diferença. O cul- tivo da aplicação diária do senso de utilização pode gerar mudanças de atitude, trazendo inúmeros benefícios à organização. Observe alguns exemplos! � Reaproveitamento de recursos; � Redução das compras desnecessárias de materiais e equipamentos; � Otimização de espaços; � Reutilização de materiais; � Redução de gastos com mão de obra. 67Unidade 4 Segurança do Trabalho Um grande segredo para o sucesso da disseminação dessa nova cultura é fazer com que cada colaborador entenda o quanto é responsável pela saúde financei- ra da empresa. Para que você possa visualizar mais rapidamente os resultados obtidos com a aplicação desse senso, é preciso criar ações de curto prazo, iden- tificando problemas e trazendo soluções para serem resolvidas em equipe. Ordem desse senso: mantenha somente os objetos e dados estritamente necessários no local de trabalho, a partir de critérios estabelecidos! Acompanhe a seguir, um exemplo de critério que você poderá usar! Senso de organização Uma vez que você retirou do ambiente de trabalho tudo o que não era útil, pode aplicar o senso de organização, também conhecido como ordenação. Portanto, determine um lugar para cada objeto e coloque cada objeto no seu devido lugar! Esse senso traz como um dos maiores benefícios a redução no tempo de busca. Confira outros benefícios! � Otimização dos espaços; � Melhoria do fluxo de pessoas e materias; � Diminuição do cansaço físico por movimentação desnecessária; � Evita estresses para encontrar as coisas. Ordem desse senso: determine os locais adequados e como os objetos e documentos devem ser estocados ou guardados de forma que sejam encon- trados com facilidade quando necessário! Que tal ver um exemplo de como utilizar o senso de organização? Acompanhe! 68 Figura 1 - Senso de utilização Como você pode perceber, na ordem desse senso, o principal objetivo é definir locais apropriados com o intuito de facilitar a procura, localização e local para guardar os itens. Na definição dos locais apropriados, deve-se estabelecer crité- rios, como manuseio, reposição, retorno ao local de origem após uso, consumo dos itens mais velhos primeiro, entre outros. Conheça a seguir um modelo de critério, baseado no manuseio. Você também pode escolher outro critério que achar mais conveniente. Observe! Figura 2 - Modelo de critérios Você já se deparou com situações de, por exemplo, não lembrar onde deixou as chaves de casa, do carro ou o controle remoto? E quando precisa anotar um recado, nunca sabe onde guardou a caneta? Justamente quando você está atra- sado para uma reunião não consegue lembrar onde deixou aquele documento ou relatório importante? Nesses casos, onde está a sua agenda? Se você nunca passou por situações semelhantes a essas, parabéns! Mas se de vez em quando passa por apuros de não conseguir lembrar onde guardou as coisas fique atento! 69Unidade 4 Segurança do Trabalho Essa é a sua oportunidade de fazer uma mudança radical, observe as dicas dadas durante esta aula e aproveite para mudar de hábitos. Aplique o senso de organização e veja as coisas mudarem à sua frente. Sua rotina será mais tran- quila e produtiva e você se tornará um profissional bem mais eficiente. Dica Comece estipulando um lugar para cada coisa e guardando-as sempre no mesmo lugar. Observe mais algumas dicas importantes para colocar em prática o senso de organização. � Organize os materiais de forma sistemática (layout). � Use rótulos com cores vivas para identificar os objetos. � Exponha visualmente partes das máquinas que exigem atenção especial. 70 Dica Tome cuidado para que a comunicação visual seja fácil e rápida. Para tornar prático o uso do senso da organização na sua empresa você preci- sa ser prático e tornar as atividades fáceis e divertidas. Assim, tente premiar os funcionários e incentivá-los com o seu próprio exemplo para que isso se torne relevante para toda a instituição. Em ambiente ordenado, trabalha-se melhor, aumenta-se a produtividade, ganha-se espaço e facilita-se a limpeza! Relembrando Pronto! Agora você já está familiarizado com o senso de utilização, que tem por finalidade manter no local de trabalho apenas os materiais que você utilizará no momento e na quantidade certa. Aprendeu também que senso de organização tem como principal objetivo definir locais apropriados com o intuito de facilitar a procura, localização e local onde são guardados os itens. Na próxima aula, conheça os outros sensos de qualidade. Vamos dar conti- nuidade aos estudos. Mãos à obra! Colocando em prática Agora você já sabe! Os exercícios estão aguardando por você no AVA. Siga em frente com atenção e entusiasmo! 71Unidade 4 Segurança do Trabalho Aula 3: Senso de limpeza e zelo Olá! Seja bem-vindo à aula sobre senso de limpeza e zelo! Aqui você continu- ará estudando os sensos da qualidade, mas desta vez conhecendo o senso de limpeza e zelo. Boa aula! Senso de limpeza Você já deve imaginar o que representa o senso de limpeza, certo? Consiste na prática da limpeza tornando-a um hábito. As organizações, independentemente do porte, devem ter características para manter as instalações limpas e organi- zadas. Uma tarefa, quando realizada, gera sujeira devido aos resíduos resultan- tes. Portanto, após o uso, mantenha a limpeza das ferramentas, das máquinas e do local. Isso reduz riscos de acidentes e facilita a identificação dos materiais sele- cionados e ordenados. Esse senso requer a utilização dos cinco sentidos: olfato, paladar, visão, audição e tato. Esses são os inspetores dessa tarefa. É mais fácil manter a limpeza do que ter de limpar toda hora, eliminar lixo, sujeiras e tudo que for desnecessário, mantendo tudo sempre limpo. 72 ? Pergunta O que é necessário para disseminar a cultura de limpeza? Para disseminar a cultura de limpeza, é necessário deixar claro que o importante é não sujar. Uma vez que o colaborador criar esse hábito de não sujar e manter limpo, a diferença será sentida com a re- dução no orçamento da empresa, com diminuição nos custos com limpeza e manutenção do ambien- te e das máquinas. Os benefícios da aplicação do senso de limpeza são a valorização da saúde dos funcionários, dimi- nuição do cansaço físico, prevenção de acidentes, economia de tempo, visual agradável, prevenção de acidentes,
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