Buscar

UC02 - SEGURANÇA DO TRABALHO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 81 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Segurança do Trabalho
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Conselho Nacional
Armando de Queiroz Monteiro Neto
Presidente
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI
Departamento Nacional
José Manuel de Aguiar Martins
Diretor Geral
Regina Maria de Fátima Torres
Diretora de Operações
Confederação Nacional da Indústria
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional
Segurança do Trabalho
Brasília
2010
José Olavo Braga
© 2010. SENAI – Departamento Nacional
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
Departamento Nacional
Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco C 
Edifício Roberto Simonsen – 70040-903 – Brasília – DF 
Tel.:(61)3317-9000 – Fax:(61)3317-9190 
http://www.senai.br
Coordenador Projeto Estratégico 14 DRs
Luciano Mattiazzi Baumgartner - 
Departamento Regional do SENAI/SC
Coordenador de EaD – SENAI/AM
José Nabir de Oliveira Ribeiro - Departamento 
Regional do Amazonas
Coordenador de EaD – SENAI/GO
Ariana Ramos Massensini - Núcleo Integrado 
de Educação a Distância SESI e SENAI
Coordenador de EaD – SENAI/PB
Felipe Vieira Neto - Centro de Educação 
Profissional Prof. Stenio Lopes
Coordenador de EaD – SENAI/SC em 
Florianópolis
Diego de Castro Vieira - SENAI/SC em 
Florianópolis
Design Educacional, Design Gráfico, 
Diagramação e Ilustrações
Equipe de Desenvolvimento de Recursos 
Didáticos do SENAI/SC em Florianópolis
Revisão Ortográfica e Normativa
FabriCO 
Imagens
http://www.sxc.hu/
http://www.morguefile.com/
Equipe técnica que participou da elaboração desta obra
 
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting CRB 14/937 – SENAI/SC Florianópolis 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 B813s 
Braga, José Olavo 
 Segurança do trabalho / José Olavo Braga. Brasília: SENAI/DN, 
2010. 
 81 p. : il. color ; 30 cm. 
 
Inclui bibliografias. 
 
 1. Segurança do trabalho - Legislação. 2. Medicina do trabalho. 3. 
Ambiente de trabalho. 4. Programa de qualidade. I. SENAI. 
Departamento Nacional. II. Título. 
 
 CDU 331.45 
Apresentação do Curso ................................................................................. 07
Plano de estudos ............................................................................................. 09
Unidade 1: Segurança do Trabalho .......................................................... 11
Unidade 2: Riscos Relacionados ao Ambiente de Trabalho ............. 29
Unidade 3: Normas Regulamentadoras ................................................... 45
Unidade 4: Programa 5S, Auxiliando a Segurança do Trabalho ...... 59
Conhecendo o autor ....................................................................................... 79
Referências ......................................................................................................... 81
Sumário
7
Apresentação 
do Curso
Olá, caro aluno! Seja bem-vindo ao curso Seguran-
ça do Trabalho!
A partir de agora você aprenderá sobre a segurança 
do trabalho, conhecendo os conceitos sobre o tema 
e os principais profissionais envolvidos na manuten-
ção da segurança no ambiente de trabalho.
Aprenderá também outros conceitos importantes 
que envolvem o tema e suas responsabilidades 
dentro da empresa. Terá oportunidade de conhecer 
algumas normas regulamentadoras que direcionam 
a segurança do trabalho dentro das organizações e 
como são aplicadas.
Você conhecerá ainda uma filosofia que possui um 
papel fundamental para a administração de um am-
biente com qualidade e segurança: O programa 5S.
Serão muitos os assuntos abordados em cada aula 
e você terá atividades e desafios a serem cumpri-
dos. Por isso, não perca a oportunidade de resolvê-
los, pois certamente o ajudarão a fixar essa gama 
de conhecimento.
Com todo este conhecimento sobre a segurança no 
trabalho, você estará apto a aplicá-lo em qualquer 
área que você atuar. Então colha os frutos de se 
trabalhar com segurança.
Muito sucesso e bom estudo!
José Olavo Braga
9
Carga horária: 
14h
Ementa
Segurança do trabalho. Conceituações. Acidentes 
de trabalho. Identificação e classificação dos aci-
dentes de trabalho. Riscos relacionados ao am-
biente de trabalho. Análise de riscos ambientais 
– avaliação qualitativa e quantitativa. Normas regu-
lamentadoras. CIPA e EPI´s. Programa 5S, Auxiliando 
a Segurança do Trabalho. O contexto de ambiente 
da qualidade. Os cinco sensos da qualidade. Senso 
de limpeza, zelo e autodisciplina.
Objetivos
Objetivo geral
Conhecer os conceitos sobre segurança do trabalho 
e o funcionamento dentro de uma organização.
Objetivos específicos 
 � Compreender a segurança do trabalho;
 � Desenvolver percepção crítica sobre o tema;
 � Compreender os conceitos de termos referentes 
ao assunto;
 � Saber realizar a segurança individual e coletiva 
no trabalho.
Plano de Estudos
11
1Segurança do Trabalho
Objetivos do Curso
Ao final desta unidade, você estará apto a:
 � Compreender os conceitos que envolvem a 
segurança do trabalho e os principais profis-
sionais envolvidos na manutenção da segu-
rança no ambiente de trabalho.
 � Entender o que é um acidente de trabalho, 
como proceder em caso de acidentes e como 
identificar suas causas.
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das seguin-
tes aulas.
Aula 1: O que é segurança do trabalho?
Aula 2: Conceitos importantes
Aula 3: Acidentes de trabalho
Aula 4: Identificação e classificação dos aciden-
tes de trabalho
12
Para Iniciar
Vamos iniciar a primeira unidade do curso? Durante esta unidade, você 
estudará a segurança no ambiente de trabalho, aprendendo termos 
comuns a respeito desse tema, como acidente, incidente, CAT, dano, 
perigo, risco e muitos outros. Aqui você também terá a oportunidade 
de conhecer quais os profissionais que atuam nessa área e quais suas 
principais atribuições dentro das organizações.
Você estudará os acidentes de trabalho, verificando que os acidentes 
são frutos basicamente de atos inseguros e condições inseguras. Então 
fique atento, pois durante o estudo conhecerá quais são os possíveis 
atos inseguros e quais as condições inseguras. 
Assim, você verá o que deve ser feito em caso de acidentes e, depois 
de ocorrido, qual deve ser o procedimento para identificação da causa. 
Aproveite bem as atividades para fixar os assuntos estudados e tenha 
um ótimo aprendizado. Bons estudos!
13Unidade 1
Segurança do Trabalho
Aula 1: 
O que é a 
segurança do 
trabalho?
A partir de agora você entrará no mundo da segu-
rança do trabalho. Vamos dar início ao estudo?
Nesta aula você conhecerá o conceito de seguran-
ça do trabalho e quais os principais profissionais 
envolvidos na manutenção da segurança no am-
biente de trabalho. Vamos lá!
Você sabe o que é segurança do trabalho? Veja um 
conceito!
Segurança do trabalho pode ser definida como 
um conjunto de práticas realizadas para mini-
mizar ou prevenir os acidentes ocorridos no 
local de trabalho e as doenças geradas pela 
realização da atividade, as chamadas doenças 
ocupacionais.
ACIDENTE: 
Acontecimento casual, 
imprevisto.
SEGURANÇA:
Ação ou efeito de segu-
rar; estado de pessoa ou 
coisa segura; garantia.
14
Você sabia que atualmente já existe legislação para 
a segurança do trabalho? É verdade! Essa legisla-
ção está baseada em normas regulamentadoras, 
decretos e portarias.
Algumas dessas leis nos direcionam a tomar me-
didas que podem ser eficazes na prevenção de 
acidentes e doenças do trabalho, ocasionando não 
somente a segurança do trabalhador, mas mui-
tas vezes um conforto maior na realização de sua 
atividade.
Existem tambémvários profissionais que atuam na 
área de segurança do trabalho. Esses profissionais 
têm um objetivo comum: evitar ao máximo a ocor-
rência de acidentes dentro da organização, uma 
vez que os acidentes podem trazer danos irrepará-
veis aos trabalhadores e às empresas.
Mas quais são os profissionais que atuam nas di-
versas áreas da segurança do trabalho? Eles são o 
técnico de segurança, o engenheiro de segurança 
do trabalho, o médico do trabalho, entre outros.
Quer saber as atribuições básicas inerentes a al-
guns deles? Então acompanhe!
 � Técnico de segurança do trabalho: de um modo 
geral, esse profissional é o responsável por 
verificar se as instalações da empresa estão 
conforme as normas de segurança e se todos 
estão trabalhando com observância a essas 
normas. Também atua no auxílio da prevenção 
de acidentes com o uso de cartazes instrutivos, 
orientações diretamente nos postos de traba-
lho e providenciando a sinalização da empresa 
para caso de emergências.
 � Engenheiro de segurança do trabalho: fiscaliza 
e administra a segurança no ambiente indus-
trial, organiza programas de prevenção de aci-
dentes, elabora planos de prevenção de riscos 
ambientais, faz inspeções e emite laudos técni-
cos, monitora as atividades dos trabalhadores, 
PREVENÇÃO: 
Ação ou efeito de preve-
nir-se.
DANO: 
Prejuízo, perda.
DECRETOS: 
Decisão, resolução de 
Chefe de Estado; manda-
do judicial.
PORTARIA: 
Documento oficial que 
contém instruções, re-
soluções, nomeações, 
demissões.
15Unidade 1
Segurança do Trabalho
para identificar e evitar os riscos de acidentes 
em sua atividade profissional. Geralmente esse 
profissional promove cursos e palestra sobre 
segurança no trabalho.
 � Médico do trabalho: esse é o profissional que 
atende aos exames periódicos, solicitando os 
exames clínicos específicos para cada trabalha-
dor levando em consideração a área e a expo-
sição ao risco. Também atua diretamente em 
situações de emergência, como os acidentes de 
trabalho, e auxilia na prevenção de doenças e 
acidentes, promovendo atividades de vacina-
ção e palestras de conscientização. Além disso, 
geralmente atua em conjunto com a enfermaria 
de segurança do trabalho, os engenheiros e os 
técnicos.
Como você pôde observar, as ferramentas mais 
utilizadas pelos profissionais da área de seguran-
ça do trabalho são cursos, palestra e instruções 
do uso dos equipamentos de proteção individual, 
exames periódicos, vacinação em massa etc.
Lembre-se também que o uso e a incorpora-
ção dessas boas práticas de gestão de saúde e 
segurança no trabalho contribuem não somen-
te para a proteção contra os riscos presentes 
no ambiente de trabalho, mas para prever e 
reduzir acidentes e doenças, diminuindo con-
sideravelmente os custos da empresa. Assim, 
empresa e colaborador ganham.
Além de todos esses benefícios, a empresa se 
torna mais competitiva, uma vez que seus cola-
boradores tornam-se mais sensíveis à melhoria 
contínua do ambiente de trabalho.
RISCOS:
Perigo muito provável, 
iminente.
16
Relembrando
Você aprendeu nesta aula que segurança do trabalho é um conjunto de prá-
ticas realizadas para minimizar ou prevenir os acidentes ocorridos no local 
de trabalho e as doenças geradas pela realização da atividade do profissio-
nal, as chamadas doenças ocupacionais.
Mas não para por aí. Na próxima aula, você estudará mais sobre acidentes 
de trabalho e outras vantagens de se investir em segurança do trabalho. Até 
a próxima!
Colocando em prática
Agora, que tal realizar os exercícios propostos no Ambiente Virtual de 
Aprendizagem (AVA)? Aproveite também para trocar ideias e tirar dú-
vidas com o professor tutor e os colegas por meio das ferramentas do 
AVA. Adiante com os estudos!
Aula 2: 
Conceitos importantes
Pronto para dar continuidade ao estudo? Então a partir de agora você é convi-
dado a aprofundar seus conhecimentos nos conceitos importantes sobre segu-
rança do trabalho. Aperte os cintos e embarque nesta trajetória!
Um conceito que você precisa ter em mente é a relação entre o trabalhador e o 
meio ambiente. Para isso, entenda o que é meio ambiente.
É o espaço, dentro e fora do local de trabalho, sendo que o trabalhador é 
parte integrante desse meio.
17Unidade 1
Segurança do Trabalho
A crescente economia mundial tem ocasionado a 
constante geração de resíduos, sejam sólidos ou 
líquidos. Mas atenção: esses resíduos quando não 
tratados de maneira adequada entram em conta-
to com os elementos da natureza e prejudicam a 
qualidade do ar, da água, do solo e, como conse-
quência, a qualidade da vida do ser humano.
Reflita
É preciso entender que quanto melhor 
for a saúde física e mental do trabalhador 
melhor será a sua resistência e menor serão 
a fadiga e o estresse.
No entanto, as condições desfavoráveis nos locais 
de trabalho, como o ruído excessivo, o excesso de 
calor ou frio, a exposição a produtos químicos e 
as vibrações, entre outros, provocam tensões no 
trabalhador, causando desconforto e originando 
acidentes.
Agora, que tal conhecer mais alguns conceitos 
importantes sobre a segurança do trabalho? Ob-
serve!
Acidente: é o evento não programado nem plane-
jado que resulta em lesão, doença ou morte, dano 
ou outro tipo de perda.
Incidente: é o evento que tem o potencial de levar 
a um acidente ou que deu origem a um acidente.
Perigo: é a fonte ou a situação com potencial para 
provocar danos ao homem, à propriedade ou ao 
meio ambiente ou a combinação destes.
Risco: é a combinação da probabilidade de ocor-
rência e da gravidade de um determinado evento 
perigoso.
RESÍDUO:
O que sobra, resta de 
uma substância.
PERIGO:
Conjuntura de que pode 
resultar grande dano.
INCIDENTE:
Circunstância acidental.
LESÃO:
Ação ou efeito de lesar, 
ferimento.
18
Dano: é a consequência de um perigo, em termos de lesão, doença, prejuízo à 
propriedade, ao meio ambiente ou uma combinação destes.
Saúde: é o equilibrado bem-estar físico, mental e social do ser humano.
Agora que você já sabe os conceitos de segurança do trabalho, chegou a hora 
de compreender a importância de investir em segurança e prevenção de aci-
dentes e doenças ocupacionais.
Observe que os altos índices de acidentes e doenças ocasionam custos e preju-
ízos humanos, sociais e econômicos. Essas perdas muitas vezes são irreparáveis, 
levando-se em conta os danos causados à integridade física e mental do traba-
lhador, os prejuízos da empresa e os demais custos resultantes para a socieda-
de.
Além disso, os trabalhadores que sobrevivem a acidentes muitas vezes têm da-
nos financeiros que nem sempre são capazes de resolver.
Esses danos podem envolver custos com cirurgias e remédios, uso de próteses, 
assistência médica, fisioterapias e assistência psicológica. Também podemos 
citar a dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção, redução 
do poder aquisitivo, desamparo à família, desemprego, entre outros.
A situação é preocupante! Uma vez que esse trabalhador não está preparado 
para essa nova realidade, é comum observar a marginalização de cidadãos ou 
distúrbios como depressão e outros traumas mentais.
19Unidade 1
Segurança do Trabalho
Mas não são somente os colaboradores que ficam 
prejudicados nessas situações. As empresas tam-
bém são fortemente atingidas pelas consequências 
dos acidentes e das doenças, pois o custo total de 
um acidente é dado pela soma de duas parcelas. 
Uma delas se refere ao custo assegurado, quan-
do o colaborador é afastado por mais de 15 dias. 
Nesses casos, os custos são arcados pela previdên-
cia social por meio do recolhimento feito previa-
mente pelas empresas. A segunda parcela são os 
custos não segurados, quando os acidentes não 
resultam em afastamento por um período superior 
a 15 dias.
Mas veja bem! A relação entre os custos segurados 
e os não segurados é de um para quatro. Ou seja, 
para cada real gasto com os custos segurados, são 
gastos quatro com os custos não segurados. E os 
custos não segurados impactam a empresa prin-
cipalmenteem relação ao salário dos 15 primeiros 
dias após o acidente, transporte e assistência mé-
dica de urgência, paralisação de setor, máquinas e 
equipamentos, comoção coletiva ou do grupo de 
trabalho, interrupção da produção.
Além disso, gera prejuízos ao conceito e à ima-
gem da empresa, danos às máquinas, aos veículos 
ou aos equipamentos, ao produto, matéria-prima 
e outros insumos, embargo ou interdição fiscal, 
investigação de causas e correção da situação, 
pagamento de horas-extras, atrasos no cronogra-
ma de produção e entrega, cobertura de licenças 
médicas, treinamento de substituto, aumento do 
prêmio de seguro, multas e encargos contratuais, 
perícia trabalhista, civil ou criminal, indenizações e 
honorários legais e elevação de preços dos produ-
tos e serviços (BRASIL, 2005).
Percebeu como a empresa também sofre as con-
sequências em casos de acidentes ou doenças de 
trabalho? Portanto, previna-se!
PERÍCIA:
Vistoria, exame do caráter 
técnico.
20
Relembrando
Puxa! Quanto aprendizado novo, não é mesmo? Nesta aula você viu que 
quanto melhor for a saúde física e mental do trabalhador, melhor será sua 
resistência e menor serão a fadiga e o estresse. Aqui você conheceu alguns 
conceitos importantes como de acidente, incidente, risco, perigo, dano e 
saúde.
Vamos aprender mais? Então passe para a próxima aula. Lá você aprenderá 
sobre acidentes de trabalho. Bons estudos!
Colocando em prática
Pronto para exercitar? Que tal realizar as atividades no AVA e aplicar os 
conhecimentos adquiridos? Vamos lá!
Aula 3: 
Acidentes de trabalho
Você já deve ter percebido que a segurança no trabalho tem fundamental 
importância tanto para o colaborador quanto para a empresa, não é mesmo? 
Nesta aula você aprenderá sobre acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e 
outros assuntos relacionados.
Ficou curioso pelo assunto? Então prepare seu caderno e sua caneta e pontue o 
que achar mais importante.
21Unidade 1
Segurança do Trabalho
?
Pergunta
Você sabe o que é um acidente de trabalho?
É qualquer lesão corporal ou funcional ocorrida durante ou por consequência 
do trabalho executado na empresa que ocasione a perda ou a redução tem-
porária ou permanente da capacidade do trabalho ou até mesmo a morte do 
trabalhador.
Ah, agora sim ficou mais fácil entender. É importante destacar que qualquer 
acidente ocorrido no trajeto da sua casa para o trabalho ou do trabalho para 
casa, que possa ocasionar os mesmos danos ao trabalhador, também é conside-
rado acidente de trabalho. Essa situação também é válida quando o trabalhador 
estiver prestando serviço interno ou externo à empresa.
As doenças decorrentes do trabalho também podem ser consideradas acidentes 
de trabalho. Essas doenças são conhecidas como doenças ocupacionais. Enten-
da melhor!
As doenças ocupacionais são assim denominadas porque ocorrem por causa 
da realização de uma atividade especial do trabalho. Observe o que diz a Lei no 
8.213, de 24 de julho de 1991, alterada pelo Decreto no 611, de 21 de julho de 
1992, Artigo 19.
22
Nota
Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a 
serviço da empresa ou pelo serviço de trabalho de segurados especiais, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, 
a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente ou 
temporária.
Vale a pena destacar que a nossa legislação também considera como acidente 
de trabalho: a doença profissional, assim entendida, a produzida ou desencade-
ada pelo exercício do trabalho peculiar, a determinada atividade e constante na 
relação organizada pelo Ministério da Previdência Social, a doença do trabalho, 
assim entendida ou desencadeada em função de condições especiais em que o 
trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente, desde que constante 
da relação organizada pelo Ministério da Previdência Social, em caso excepcio-
nal, constando-se que a doença não consta da relação do Ministério da Previ-
dência Social, mas resultou de condições especiais em que o trabalho é execu-
tado e com ele se relaciona diretamente. A Previdência Social, nesse caso, deve 
considerá-la acidente de trabalho.
23Unidade 1
Segurança do Trabalho
Como exemplo de doença ocupacional, podemos citar a perda total ou parcial 
da capacidade auditiva causada devido à exposição a um local de trabalho onde 
existe muito barulho e a falta de uso do equipamento de proteção adequada.
?
Pergunta
Quais as doenças que não são classificadas como doenças do trabalho?
As doenças que não podem ser classificadas como doenças do trabalho são as 
doenças degenerativas, como diabetes, doenças inerentes a grupo etário, como 
artrite, doenças que não produzam incapacidade laborativa, doenças endêmicas 
adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolve, salvo 
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado 
pela natureza do trabalho.
Ainda de acordo com a legislação brasileira, pode ser equiparado ao acidente 
de trabalho o acidente ligado ao trabalho, embora não tenha sido a causa única 
que tenha contribuído diretamente para a morte, para a perda ou a redução da 
capacidade para o trabalho ou produzido lesão que exija atenção médica para a 
recuperação.
Será considerado agravamento de acidente aquele sofrido pelo acidentado 
quando estiver sob a responsabilidade da reabilitação profissional. Obs.: nos 
períodos destinados à refeição ou ao descanso ou por ocasião de satisfação de 
outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o empre-
gado será considerado a serviço da empresa. 
Situações em que o empregado NÃO está a serviço da 
empresa
Cabe lembrar que, de acordo com a Norma Brasileira – NB18 –, o empregado 
não será considerado a serviço da empresa, quando: fora da área da empresa, 
por motivos pessoais, não do interesse do empregador ou do seu preposto; em 
estacionamento proporcionado pela empresa para seu veículo, não estando 
exercendo qualquer função do seu emprego; empenhado em atividades espor-
tivas patrocinadas pela empresa, pelas quais não receba qualquer pagamento 
direta ou indiretamente; embora residindo em propriedade da empresa, esteja 
exercendo atividades não relacionadas com o seu emprego; envolvido em luta 
corporal ou outra disputa sobre assunto não relacionado com o seu emprego.
24
Relembrando
Parabéns, caro aluno! Você aprendeu nesta aula que acidente de trabalho é 
qualquer lesão corporal ou funcional ocorrida durante ou por consequência 
do trabalho executado na empresa que ocasione a perda ou redução tem-
porária ou permanente da capacidade do trabalho ou mesmo a morte do 
trabalhador.
Pronto para a próxima etapa? Na aula seguinte, você verá a identificação e a 
classificação dos acidentes de trabalho. Pronto para dar continuidade ao es-
tudo? Então utilize-se de concentração e comprometimento e mãos à obra 
nos estudos!
Colocando em prática
Está na hora de aplicar seus conhecimentos. Para isso, utilize o apren-
dizado desta aula e responda às questões no AVA. Lembre-se também 
de, em caso de dúvidas, entrar em contato com o professor tutor. Ele 
está disponível para ajudá-lo.
Aula 4: 
Identificação e classificação 
dos acidentes de trabalho
Mais uma etapa inicia e você é convidado a ingressar nesta viagem rumo ao 
conhecimento! Agora o tema será a identificação e a classificação dos acidentes 
de trabalho. 
Nesta aula você aprenderá a identificar as causas dos acidentes dentro das or-
ganizações, o que deve ser feito em casos de acidentes e como identificar suas 
causas. Pronto para iniciar? Vamos lá!
25Unidade 1
Segurança do Trabalho
Identificando e classificando
Os principais fatores que influenciam a ocorrência de acidentes de trabalho e 
doenças ocupacionais são os atos inseguros e as condições inseguras. Você já 
ouviu falar neles? Veja o que cada um representa.
 � Ato inseguro: quando uma atividade é realizada em desacordo com as nor-
mas de segurança recomendáveis. Exemplos: subir em telhado semcinto de 
segurança contra quedas, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos 
molhadas, falta de planejamento para a realização das atividades, improvisos 
e pressas, descumprimento da legislação etc.
 � Condição insegura: quando o ambiente de trabalho oferece perigo ou risco 
ao trabalhador. Exemplos: falta de arrumação e limpeza, inexistência de 
avisos, sinalização sonora ou visual sobre os riscos, utilização de máquinas 
e equipamentos ultrapassados ou defeituosos, instalação elétrica com fios 
desencapados, máquinas em estado precário de manutenção, falta de boa 
ventilação ou exaustão de ar contaminado, presença de ruídos, vibrações, 
calor ou frio excessivo etc.
26
É importante frisar que, quando as condições e os atos inseguros são previa-
mente conhecidos e eliminados, é possível que os acidentes e as doenças do 
trabalho sejam evitadas. Como você aprendeu anteriormente, qualquer acidente 
profissional ocorrido no percurso de ida ou volta do trabalho, durante e por 
consequência da realização do trabalho, pode ser considerado um acidente de 
trabalho, incluindo-se as doenças ocupacionais. Lembre-se também que sua ca-
racterização ocorre pela percepção de lesão corporal ou funcional que ocasione 
a perda ou a redução temporária ou permanente da capacidade do trabalho ou 
mesmo a morte do trabalhador.
?
Pergunta
O que fazer quando ocorrer um acidente?
O acidente de trabalho é um fato indesejado que traz prejuízos aos trabalhado-
res, aos empresários e às famílias. Mas quando esses acidentes ocorrem algu-
mas providências devem ser tomadas. Veja!
O acidentado ou, no seu impedimento, a pessoa que presenciou o fato, deverá 
comunicar imediatamente à chefia e ao departamento responsável pela segu-
rança do trabalho dentro da empresa. Estes por sua vez devem providenciar os 
primeiros socorros ao acidentado e posteriormente registrar o acidente na ficha 
do trabalhador. Devem também realizar uma comunicação formal à Previdência 
Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.
27Unidade 1
Segurança do Trabalho
Em casos de morte, deve-se comunicar de forma imediata uma autoridade 
policial. Lembre-se também que a legislação determina que a empresa comu-
nique ao INSS todo acidente de trabalho ou doença profissional, sob pena de 
multa em caso de omissão. Essa comunicação deve ser feita com um documen-
to chamado Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT). Mas preste atenção 
ao preenchimento do formulário, que deve ser feito de forma correta e exata, 
observando-se as informações nele contidas, não apenas do ponto de vista pre-
videnciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social.
Depois de tomadas todas as providências pode-se iniciar uma investigação das 
causas do acidente. Você sabe como acontece essa investigação?
A investigação de acidentes acontece com a análise após a ocorrência do 
acidente, com o objetivo de descobrir as causas e tomar providências corre-
tivas para evitar a repetição de casos semelhantes.
Para realizar essa investigação, devem-se levar em consideração cinco fatores 
importantes. Vamos conhecê-los juntos!
 � Agente da lesão: é o local, o ambiente, o ato, enfim, o que possa ser o cau-
sador da lesão.
 � A fonte da lesão: é o objeto que, agindo sobre o organismo, provocou a 
lesão.
 � Fator pessoal de insegurança: se houver.
 � A natureza da lesão: estabelecer como foi o contato entre a pessoa lesio-
nada e o objeto ou movimento que a provocou (queimadura, corte, fratura 
etc.).
 � A localização da lesão: permite, muitas vezes, identificar a fonte da lesão e 
indicar certas frequências em relação a alguns fatores de insegurança.
Relembrando
Parabéns, caro aluno! Você aprendeu nesta aula que acidente de trabalho é 
Você chegou ao final desta aula, na qual conheceu os principais fatores que 
influenciam os acidentes de trabalho. Viu que doenças ocupacionais são 
causadas por atos e condições inseguras de trabalho.
28
Colocando em prática
Agora é uma boa hora para lembrar dos conhecimentos adquiridos 
nesta aula. Acesse o AVA e realize as atividades propostas. Mãos à 
obra!
Finalizando
Parabéns! Você chegou ao final da primeira unidade do curso, na qual 
estudou vários termos relacionados à segurança do trabalho.
Aprendeu quais os profissionais atuam nessa área e quais suas princi-
pais atribuições dentro das organizações. Observou ainda como acon-
tecem os acidentes de trabalho, que são frutos basicamente de atos e 
condições inseguras e quais as medidas devem ser tomadas em casos 
de acidentes.
Compreendeu o que deve ser feito em casos de acidentes e qual deve 
ser o procedimento para identificação da sua causa.
29
2Riscos Relacionados ao 
Ambiente de 
Trabalho
Objetivos do Curso
Ao final desta unidade, você estará apto a:
 � Compreender os parâmetros que incluem os 
tipos de riscos ambientais;
 � Entender a importância de conhecer esses 
riscos e um pouco da legislação que protege 
a saúde do trabalhador;
 � Avaliar os riscos ambientais de forma quali-
tativa e quantitativa e suas ferramentas para 
realizar as avaliações.
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das seguin-
tes aulas.
Aula 1: Riscos relacionados ao ambiente de 
trabalho 
Aula 2: Análise de riscos ambientais – avaliação 
qualitativa
Aula 3: Análise de riscos ambientais – avaliação 
quantitativa
30
Para Iniciar
Depois de conhecer vários termos comuns sobre a segurança no traba-
lho, compreender questões ligadas aos acidentes, nesta unidade você 
estudará os tipos de riscos ambientais que existem no ambiente de 
trabalho.
Verá que, dependendo do nível de exposição do trabalhador aos riscos 
ambientais, pode haver ou não alterações em sua saúde, fato que está 
ligado à economia da empresa.
Além disso, você verá exemplos e aprenderá a realizar uma avaliação 
qualitativa e quantitativa dos riscos ambientais, e descobrirá que essas 
avaliações servem de base para programas de estratégias na gestão da 
saúde dos trabalhadores e segurança do trabalho. Ficou curioso com os 
próximos assuntos? Bons estudos!
Aula 1: 
Riscos relacionados ao 
ambiente de trabalho
Na última unidade, você viu que são dois os fatores que causam os acidentes 
de trabalho e as doenças ocupacionais. Lembra-se quais são eles? Isso mesmo! 
Atos inseguros e as condições inseguras. A partir de agora, conheça os riscos 
ambientais (condições inseguras) e como é possível se prevenir dos acidentes, 
estabelecendo sistemáticas de identificação e tratativas desses riscos.
31Unidade 2
Segurança do Trabalho
Conhecendo os riscos
Os atos inseguros estão diretamente ligados às falhas humanas, enquanto que 
as condições inseguras são consideradas fatores ou riscos ambientais. Ou seja, 
fatores que estão ligados diretamente ao ambiente onde está sendo realizado o 
trabalho.
Os riscos ambientais, como você já sabe, decorrem de condições precárias 
relacionadas ao ambiente ou ao próprio processo operacional das diversas 
atividades executadas pelo trabalhador. São, portanto, as condições ambientes 
de insegurança do trabalho, capazes de ocasionar danos à saúde. Essas condi-
ções podem afetar a segurança e o bem-estar dos colaboradores, em função de 
sua natureza, sua concentração, sua intensidade e seu tempo de exposição ao 
agente.
?
Pergunta
Qual a importância de conhecer esses riscos?
Atenção
Os agentes físicos, químicos ou biológicos podem lesar a saúde 
do trabalhador. A exposição a esses agentes sem que haja um 
monitoramento e controle podem em curto, médio e longo prazo 
provocar lesões imediatas, doenças irreversíveis ou a morte, além de 
prejuízos de ordem legal e patrimonial para a empresa.
Existem ainda outros agentes causadores de doenças, tais como movimentos 
repetitivos, ansiedade, que vão causar agravos à saúde do trabalhador. Para 
evitar esses e outros fatores que ocasionam doenças ao trabalhador, a melhor 
solução ainda é a prevenção.
Para prevenir, a melhor forma é conhecendo os riscos que estão presentes no 
ambiente de trabalho.Continue atento para saber mais!
32
Os riscos ambientais dividem-se em riscos de acidentes físicos, químicos, bioló-
gicos e ergonômicos. Entenda melhor!
 � Riscos de acidentes: estão relacionados ao processo operacional, como 
máquinas e equipamentos sem proteção adequada, ferramentas inadequa-
das ou defeituosas, matérias-primas, arranjo físico inadequado, iluminação 
inadequada, eletricidade, probabilidade de incêndio ou explosão, armazena-
mento inadequado, animais peçonhentos, ausência de sinalização etc.
 � Riscos físicos: são os fatores ou agentes existentes no ambiente de tra-
balho que podem causar danos à saúde dos trabalhadores, como ruídos, 
temperaturas extremas (frio e calor), vibrações, radiações, pressões anormais 
e umidade. Alguns exemplos de danos comuns relacionados à exposição 
desse risco são a redução ou perda da capacidade auditiva, causada pelo 
excesso de ruído no ambiente de trabalho e alergias respiratórias causadas 
pelo excesso de umidade.
 � Riscos químicos: são identificados pelo grande número de substâncias que 
podem contaminar o ambiente de trabalho e provocar danos à integridade 
física e mental dos trabalhadores, a exemplo de poeiras e fumaças oriundas 
de processos químicos, névoas, neblinas, gases, vapores, substâncias, com-
postos ou outros produtos químicos. Cabe lembrar que não é o fato de ha-
ver produtos químicos nos locais de trabalho que determina o risco a saúde, 
mas a combinação de diversos fatores, como o armazenamento, a forma do 
contaminante no ambiente de trabalho, o nível de toxicidade e o tempo de 
exposição da pessoa, entre outros.
33Unidade 2
Segurança do Trabalho
 � Riscos ergonômicos: estão relacionados aos fatores fisiológicos e psico-
lógicos inerentes à execução das atividades dos trabalhadores, podendo 
produzir alterações no organismo e no estado emocional dos trabalhadores, 
comprometendo a sua saúde, a segurança e a produtividade. Alguns exem-
plos desses fatores são postura incorreta, ritmo de trabalho intenso, fadiga, 
preocupação, trabalhos físicos pesados, movimentos repetitivos, jornadas de 
trabalho muito longas etc.
 � Riscos biológicos: estão relacionados à exposição dos colaboradores à 
micro-organismos causadores de doenças, como vírus, bactérias, parasitas, 
fungos e bacilos.
Percebeu quantas situações de risco podem levar a acidentes no trabalho? Fi-
que atento e previna-se!
Para minimizar esses danos à saúde do trabalhador, já existem legislações que 
obrigam as empresas a tomarem ações preventivas. Você sabe quais são? Re-
alização de exames médicos (periódicos, admissionais, demissionais, de retor-
no ao trabalho e de mudança de função); realização do Programa de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional, que tem o objetivo de melhorar as condições de 
trabalho, monitorando os problemas de saúde detectados ou identificando os 
locais de risco e adotando medidas para evitar a doença, realizando também a 
educação sanitária, além de outras medidas.
Essas medidas podem eliminar ou minimizar os riscos ocupacionais. Mas para 
que haja eficácia nas ações faz-se necessário realizar uma correta avaliação dos 
riscos.
Avaliação de riscos? Isso mesmo!
Avaliação de riscos é o processo para definir a magnitude dos riscos existen-
tes no ambiente e decidir se um risco é ou não tolerável.
34
Para identificar os riscos existentes nos locais de 
trabalho, no intuito de eliminá-los ou neutralizá-
los, podem ser realizadas avaliações qualitativas, 
conhecidas como preliminares, e avaliações quan-
titativas, que vão medir, comparar e estabelecer 
medidas de eliminação, neutralização ou controle 
dos riscos.
Ficou mais claro agora o que é avaliação de riscos? 
É uma sistemática para o reconhecimento de expo-
sições a riscos ou acidentes e possíveis problemas. 
Estes podem incluir produção, qualidade ou des-
perdício, desenvolvimento de maneira correta para 
realização das tarefas, de forma que atos insegu-
ros, condições inseguras, acidentes, falhas, retraba- retraba-
lhos e desperdícios não ocorram.
Uma vez que a economia da empresa é diretamen-é diretamen-
te afetada pela saúde de seus trabalhadores, faz-se 
necessário tomar ações eficientes para manter a 
saúde dos trabalhadores. Assim, será possível ter 
um aproveitamento total de pessoas, equipamen-
tos e do local de trabalho.
Atenção
Portanto, proteja os empregados com 
um local de trabalho livre de riscos 
desconhecidos.
QUALITATIVA: 
Relativo à qualidade.
35Unidade 2
Segurança do Trabalho
Relembrando
Durante esta aula você estudou um pouco 
mais sobre as condições inseguras de tra-
balho e viu como essas situações podem 
influenciar a segurança no ambiente de 
trabalho. Ou seja, se as condições não forem 
seguras é quase certo que poderão haver 
acidentes no ambiente de trabalho.
Você viu que as condições podem ser dividi-
das em acidentes físicos, químicos, biológi-
cos e ergonômicos e que é de fundamental 
importância conhecê-los para que se possa 
planejar ações que previnam suas causas e 
consequências.
Aprendeu ainda que o conceito de avaliação 
de riscos é um método para definir a mag-
nitude dos riscos existentes no ambiente e 
decidir se um risco é ou não tolerável e que 
essa avaliação pode ser classificada em quali-
tativa e quantitativa. Por fim, compreendeu a 
importância da saúde e segurança dos traba
lhadores para a saúde econômica da empresa 
(BRASIL, 2005). Até a próxima aula!
QUANTITATIVA:
Relativo à quantidade.
Colocando em prática
A aula seguinte será muito interessan-
te para compreender melhor o assunto 
estudado. Mas antes não deixe de realizar 
as atividades propostas no AVA. Lembre-
se de utilizar as ferramentas do ambiente 
virtual para compartilhar informações e 
tirar dúvidas com o professor tutor e os 
colegas. Preparado?
36
Aula 2: 
Análise de riscos 
ambientais
Você já ouviu falar em análise de riscos ambientais? Caso não tenha ouvido fa-
lar, fique tranquilo, pois aprenderemos juntos a partir de agora. Se você já tem 
conhecimentos sobre o tema, aproveite para aprofundá-los.
Nesta aula você aprenderá como realizar uma avaliação qualitativa dos riscos 
ambientais. Vamos iniciar!
Avaliação qualitativa
Análise qualitativa, como você viu na última aula, é uma análise preliminar das 
condições de trabalho que possibilita a implementação de estratégias que ser-
virão de base para uma gestão que priorize a saúde e a segurança no trabalho.
Essa avaliação geralmente é considerada a mais simples, pois utiliza somente a 
sensibilidade do inspetor para identificar o risco existente no local de trabalho. 
Entenda melhor com um exemplo. Para a identificação de um vazamento de gás 
de cozinha, o olfato imediatamente auxiliará na identificação do risco.
37Unidade 2
Segurança do Trabalho
Para a avaliação qualitativa, é necessário conhecimento prévio das caracterís-
ticas da empresa, dos trabalhadores e dos ambientes de trabalho. Para isso, 
pode-se realizar mapeamento de todos os processos da empresa, possibilitando 
um conhecimento de suas principais etapas. Uma vez feito esse mapeamento, 
inicia-se a avaliação dos riscos para identificar as fontes de perigo e estimar os 
riscos a elas associados.
Observe alguns exemplos!
Tabela 1 - Exemplos de perigos e riscos
Perigos Risco
Vazamento de óleo das máquinas Lesão, fratura
Piso danificado, molhado, escorregadio Lesão, fratura
Exposição a ruídos
Perda total ou parcial da capacida-
de auditiva (surdez)
Queda de objetos em altura Fraturas, morte
Para fazer essa avaliação, você pode utilizar algumas perguntas, como: existe 
exposição do trabalhador a alguma fonte perigosa? Há contato do trabalhador 
com fonte perigosa? Se houver contato, qual o tempo e a frequência do contato 
entre o trabalhador e a fonte perigosa? A que distância estão a fonte de perigo 
e o trabalhador?
Atenção
Essa avaliação deve levar em consideração que quanto maior o tempo de 
exposição, contato, frequência ou a proximidade com a fonte de perigo, 
maior será o risco.
Percebeu como é simplesrealizar essa avaliação? Ela poderá ser muito impor-
tante para você e sua empresa.
38
É importante ressaltar ainda que a fonte de perigo pode ser um equipamen-
to, uma máquina, um instrumento ou qualquer condição de trabalho perigosa. 
Uma vez conhecidos os riscos, podem-se estabelecer ações preventivas que 
permitam um ambiente de trabalho saudável. Tem-se aí a chamada gestão de 
saúde e segurança no trabalho.
Segundo Brasil (2005), esse tipo de postura adotado pela empresas melhora a 
comunicação interna e as relações de trabalho, aumenta a confiança e a autoes-
tima, alicerça o comprometimento de todos e, consequentemente, a produtivi-
dade. Enfim, todos só têm a ganhar com essa prática.
Relembrando
Parabéns! Você finalizou mais uma aula, na qual aprendeu como a avaliação 
qualitativa geralmente é considerada a mais simples, pois utiliza somente a 
sensibilidade do inspetor para identificar o risco existente no local de tra-
balho. A próxima aula será sobre análise de riscos ambientais – avaliação 
quantitativa. Pronto para seguir? Então que tal fazer do seu aprendizado um 
momento significativo e prazeroso? Em frente!
Colocando em prática
Vamos realizar uma atividade? Então acesse o AVA e aplique seus co-
nhecimentos. Bom trabalho!
39Unidade 2
Segurança do Trabalho
Aula 3: 
Análise de riscos 
ambientais
Bem-vindo a esta terceira aula da unidade. A partir de agora o foco de estudo 
será a análise de riscos ambientais – avaliação quantitativa.
Na última aula, você aprendeu a avaliar qualitativamente esses riscos, observan-
do que é de fundamental importância conhecê-los para que se possa planejar 
ações que previnam suas causas e consequências.
Vamos à avaliação quantitativa dos riscos ambientais? Sinta-se confortável e 
bons estudos!
Avaliação quantitativa
Você já sabe que na avaliação qualitativa apenas o poder sensitivo do avaliador 
era necessário para detectar um risco, não é mesmo? Agora na avaliação quan-
titativa são necessários o uso de métodos científicos e a utilização de instru-
mentos e equipamentos destinados à quantificação do risco. Por exemplo, para 
a mensuração do calor produzido em um forno, faz-se necessário a utilização 
de termômetros. Para avaliar o nível de ruído de uma máquina, utilizam-se me-
didores de pressão sonora.
40
Uma das ferramentas mais simples para essa avaliação é o mapa de riscos, pois 
se trata de uma representação gráfica dos riscos por meio de círculos de dife-
rentes cores e tamanhos, sendo de fácil elaboração e visualização.
Esse mapa deve ser exposto e divulgado entre todos os colaboradores e visitan-
tes de uma empresa. Seu principal objetivo é reunir informações básicas para 
estabelecer o diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho na 
empresa e possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e divulgação de infor-
mações entre os trabalhadores. Além disso, poderá estimular a participação dos 
trabalhadores nas atividades de prevenção.
Geralmente o mapa é elaborado em conjunto, contando com a participação de 
todos os trabalhadores, da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) 
e do Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho (SESMT), quando este existir. A elaboração contará com o conhecimen-
to que cada um tem do processo em que estão inseridos. O mapa de riscos está 
baseado no conceito filosófico de que quem faz o trabalho é quem conhece 
suas particularidades e seus perigos.
41Unidade 2
Segurança do Trabalho
Uma vez elaborado, esse mapa auxilia no planejamento de ações preventivas 
a serem adotadas pelas empresas. Você sabe quais as vantagens da avaliação 
qualitativa realizada por meio do mapa de risco?
Uma delas é a identificação prévia dos riscos existentes nos locais de trabalho, 
onde os trabalhadores poderão estar expostos e, consequentemente, a redução 
de acidentes, pois todos já ficam atentos para as situações de perigo.
Conhecendo o perigo gera-se uma maior conscientização quanto ao uso 
adequado das medidas e dos equipamentos de proteção coletiva e indivi-
dual, reduzindo os gastos com acidentes e doenças e melhorando o clima 
organizacional, com maior produtividade, competitividade e lucratividade.
Mas como elaborar o mapa de risco? 
Os riscos serão representados por círculos de tamanhos e cores diferentes que 
devem ser apostos sobre a planta (layout) do local analisado. São utilizadas co-
res para identificar o tipo de risco, conforme a tabela de classificação dos riscos 
ambientais. Observe a seguir!
42
Tabela 2 - Classificação dos riscos ambientais
Grupo I: 
verde
Riscos 
físicos
Grupo II: 
vermelho
Riscos 
químicos
Grupo III: 
marrom
Riscos 
biológicos
Grupo IV: 
amarelo
Riscos 
ergonômicos
Grupo V: 
azul
Riscos de 
acidentes
Ruídos Poeiras Vírus
Esforço físico 
intenso
Arranjo físico 
inadequado
Vibrações Fumos Bactérias
Levantamento 
e transporte 
manual de 
peso
Máquinas e 
equipamentos 
sem proteção
Radiações 
ionizantes
Neblinas Protozoários
Exigência de 
postura 
inadequada
Ferramentas 
inadequadas ou 
defeituosas
Radiações não 
ionizantes
Gases Fungos
Controle rígido 
da 
produtividade
Iluminação 
inadequada
Frio Vapores Parasitas
Imposição de 
ritmos 
excessivos
Eletricidade
Calor
Substâncias, 
compostos 
ou produtos 
químocos 
em geral
Bacilos
Trabalho em 
turnos diurno e 
noturno
Probabilidade 
de incêndio ou 
explosão
Pressões e 
anomalias
– –
Jornada de 
trabalho 
prolongada
Armazenamento 
inadequado
Umidade – –
Monotonia e 
repetitividade
Animais 
peçonhetos
– – –
Outras 
 situações de 
estresse físico 
e/ou psíquico
Outras situações 
de risco 
que poderão 
contribuir para 
ocorrência de 
acidentes
Fonte: Brasil (2005, p. 31).
43Unidade 2
Segurança do Trabalho
Conforme Brasil (2005), a gravidade é representada pelo tamanho dos círculos. 
Quanto maior for o círculo, maior será o risco. Entenda melhor!
 � Círculo pequeno: risco pequeno por sua essência ou por ser risco médio já 
protegido.
 � Círculo médio: risco que gera relativo incômodo, mas que pode ser contro-
lado.
 � Círculo grande: risco que pode matar, mutilar, gerar doenças e que não 
dispõe de mecanismo para redução, neutralização ou controle. Esses são os 
pontos fundamentais para a preparação de um mapa de risco.
Relembrando
Nesta aula você aprendeu que, na avaliação quantitativa, são necessários o 
uso de métodos científicos e a utilização de instrumentos e equipamentos 
destinados à quantificação do risco. Viu também como fazer um mapa de 
riscos. Mas ainda tem muita coisa interessante para você! Mãos à obra nos 
estudos!
Colocando em prática
Para reforçar todo esse conhecimento, realize as atividades propostas 
no AVA, certo? Os exercícios serão muito importantes para apreender 
os conteúdos.
44
Finalizando
Parabéns, caro aluno! Você chegou ao fim da segunda unidade do cur-
so, na qual compreendeu os riscos de acidentes.
Aprendeu que as condições inseguras são classificadas em riscos am-
bientais e que é muito importante conhecê-los para que possa planejar 
ações que previnam suas causas e consequências.
Compreendeu ainda que o conceito de avaliação de riscos é um méto-
do para definir a magnitude dos riscos existentes no ambiente e decidir 
se um risco é ou não tolerável. Agora você já sabe que essa avaliação 
pode ser classificada em qualitativa e quantitativa e sabe também 
como realizar uma avaliação qualitativa e uma avaliação qualitativa dos 
riscos ambientais. Aproveite bem os conteúdos e enriqueça ainda mais 
seus conhecimentos!
45
3Normas Regulamentadoras
Objetivos do Curso
Ao final desta unidade, você estará apto a:
 � Ter conhecimentos básicos sobre as legisla-
ções que regem a segurança no ambiente de 
trabalho;
 � Conhecer as Normas Regulamentadoras 
(NRs);
 � Compreender o que é a Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes (CIPA) e qual a sua 
função;
 � Compreender a importância do uso dos 
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) 
nas atividades que apresentamriscos.
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das seguin-
tes aulas.
Aula 1: Normas regulamentadoras
Aula 2: CIPA e EPIs
46
Para Iniciar
Iniciando a terceira unidade do curso, você entrará no mundo das 
Normas Regulamentadoras (NRs), Equipamentos de Proteção Individual 
(EPIs) e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Já conhe-
ce algum desses assuntos? Nesta etapa você se familiarizará com os 
temas, conhecendo noções básicas das legislações de segurança no 
ambiente de trabalho e como uma empresa pode se adequar a essas 
normas.
Você também compreenderá o que é a CIPA, qual sua finalidade e atri-
buições que cada participante possui.
E tem mais! Aprenderemos juntos sobre o uso dos EPIs e qual a fina-
lidade desses equipamentos para as pessoas que os usam dentro do 
ambiente de trabalho. Bons estudos!
Aula 1: 
Normas 
regulamentadoras
Você sabe o que é uma NR? Seu objetivo é expor, de maneira prática e clara, as 
determinações da legislação brasileira. Atualmente, além de diversas editoras 
disponibilizarem essas NRs, elas também podem ser obtidas, na íntegra, no site 
do Ministério do Trabalho e Emprego: <http://www.mte.gov.br/legislacao/nor-
mas_regulamentadoras/default.asp>.
47Unidade 3
Segurança do Trabalho
?
Pergunta
Quais são as normas existentes?
Veja a seguir a lista das normas existentes e um resumo geral de cada uma 
delas. Mas é importante lembrar que a norma somente será aplicável na empre-
sa cujas funções se enquadrem a ela. Por isso, na dúvida, consulte a norma na 
íntegra.
NR1 – Disposições Gerais: determina que as normas regulamentadoras, relati-
vas à segurança e medicina do trabalho, obrigatoriamente, deverão ser cumpri-
das por todas as empresas privadas e públicas, desde que possuam emprega-
dos celetistas. Determina também que o Departamento de Segurança e Saúde 
no Trabalho é o órgão competente para coordenar, orientar, controlar e super-
visionar todas as atividades inerentes. Dá competência às Delegacias Regionais 
do Trabalho (DRTs), determina as responsabilidades do empregador e a respon-
sabilidade dos empregados.
48
NR2 – Inspeção Prévia: determina que todo es-
tabelecimento novo deverá solicitar aprovação de 
suas instalações ao órgão regional do Ministério 
do Trabalho e Emprego, que emitirá o Certificado 
de Aprovação de Instalações (CAI), por meio de 
modelo preestabelecido.
NR3 – Embargo, ou Interdição: a DRT poderá 
interditar/embargar o estabelecimento, as máqui-
nas, setor de serviços se eles demonstrarem grave 
e iminente risco para o trabalhador, mediante 
laudo técnico, e/ou exigir providências a serem 
adotadas para prevenção de acidentes do trabalho 
e doenças profissionais. Caso haja interdição ou 
embargo em um determinado setor, os empre-
gados receberão os salários como se estivessem 
trabalhando.
NR4 – Serviços Especializados em Engenharia 
de Segurança e em Medicina do Trabalho (SES-
MT): a implantação do SESMT depende da gra-
dação do risco da atividade principal da empresa 
(Classificação Nacional de Atividades Econômicas 
– CNAE) e do número total de empregados do 
estabelecimento. Dependendo desses elementos, 
o SESMT deverá ser composto por um engenheiro 
de segurança do trabalho, um médico do trabalho, 
enfermeiro do trabalho, auxiliar de enfermagem do 
trabalho, técnico de segurança do trabalho, todos 
os empregados da empresa.
NR5 – Comissão Interna de Prevenção de Aci-
dentes (CIPA): todas as empresas privadas, pú-
blicas, sociedades de economia mista, instituições 
beneficentes, cooperativas, clubes, desde que pos-
suam empregados celetistas, dependendo do grau 
de risco da empresa e do número mínimo de 20 
empregados são obrigadas a manter a CIPA. O ob-
jetivo é a prevenção de acidentes e doenças decor-
rentes do trabalho, tornando compatível o trabalho 
com a preservação da saúde do trabalhador.
LAUDO TÉCNICO: 
Parecer técnico de algu-
ma análise.
49Unidade 3
Segurança do Trabalho
NR6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPIs): as empresas são obri-
gadas a fornecer aos seus empregados EPIs, destinados a proteger a saúde e a 
integridade física do trabalhador. Todo equipamento deve ter o Certificado de 
Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego e a empresa que importa 
EPIs também deverá ser registrada no Departamento de Segurança e Saúde do 
Trabalho, existindo para esse fim todo um processo administrativo.
NR7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO): trata 
dos exames médicos obrigatórios para as empresas. São eles: exame admissio-
nal, exame periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função, demis-
sional e exames complementares, dependendo do grau de risco da empresa ou 
empresas que trabalhem com agentes químicos, ruídos, radiações ionizantes, 
benzeno etc.
NR8 – Edificações: Essa norma define os parâmetros para as edificações, obser-
vando-se a proteção contra a chuva, insolação excessiva ou falta de insolação. 
Deve-se observar as legislações pertinentes nos níveis federal, estadual e muni-
cipal.
NR9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): essa norma 
objetiva a preservação da saúde e integridade do trabalhador, por meio de an-
tecipação, avaliação e controle dos riscos ambientais existentes ou que venham 
a existir no ambiente de trabalho, tendo em vista a proteção ao Meio Ambiente 
e Recursos Naturais.
NR10 – Instalações e Serviços de Eletricidade: trata das condições mínimas 
para garantir a segurança daqueles que trabalham em instalações elétricas, 
em suas diversas etapas, incluindo projeto, execução, operação, manutenção, 
reforma e ampliação, incluindo terceiros e usuários. Essa norma encontra-se sob 
consulta pública para a sua revisão.
NR11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Mate-
riais: destina-se à operação de elevadores, guindastes, transportadores indus-
triais e máquinas transportadoras.
NR12 – Máquinas e Equipamentos: determina as instalações e áreas de tra-
balho; distâncias mínimas entre as máquinas e os equipamentos; dispositivos 
de acionamento, partida e parada das máquinas e dos equipamentos. Contém 
anexos para o uso de motosserras, cilindros de massa etc.
NR13 – Caldeiras e Vasos de Pressão: é de competência do engenheiro espe-
cializado nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento 
de operação e manutenção, inspeção e supervisão de inspeção de caldeiras e 
vasos de pressão. Norma que exige treinamento específico para os seus ope-
radores, contendo várias classificações e categorias, nas especialidades devido, 
principalmente, ao seu elevado grau de risco.
50
NR14 – Fornos: define os parâmetros para a ins-
talação de fornos; cuidados com gases, chamas, 
líquidos. Deve-se observar as legislações pertinen-
tes nos níveis federal, estadual e municipal.
NR15 – Atividades e Operações Insalubres: as 
atividades insalubres estão contidas nos anexos da 
norma e são considerados os agentes: ruído con-
tínuo ou permanente; ruído de impacto; tolerân-
cia para exposição ao calor; radiações ionizantes; 
agentes químicos e poeiras minerais. Tanto a NR15 
quanto a NR16 dependem de perícia, a cargo do 
médico ou do engenheiro do trabalho, devidamen-
te credenciado no Ministério do Trabalho e Empre-
go.
NR16 – Atividades e Operações Perigosas: tam-
bém considerada quando ocorre além dos limites 
de tolerância. São as atividades perigosas aquelas 
ligadas a explosivos, inflamáveis e energia elétrica.
NR17 – Ergonomia: esta norma estabelece os pa-
râmetros que permitam a adaptação das condições 
de trabalho às características psicofisiológicas, 
máquinas, ambiente, comunicações dos elementos 
do sistema, informações, processamento, toma-
da de decisões, organização e consequências do 
trabalho. Observa-se que as Lesões por Esforços 
Repetitivos (LER), hoje denominada Doença Oste-
omuscular Relacionada ao Trabalho (DORT), cons-
tituem o principal grupo de problemas à saúde, 
reconhecidos pela sua relação laboral. O termo 
DORT é muito mais abrangente que o termo LER, 
constantehoje das relações de doenças profissio-
nais da Previdência.
NR18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho 
na Indústria da Construção (PCMAT): o PCMAT é 
o PPRA da Construção civil. Resume-se no elenco 
de providências a serem executadas, em função 
do cronograma de uma obra, levando-se em conta 
os riscos de acidentes e doenças do trabalho e as 
suas respectivas medidas de segurança.
ERGONOMIA: 
Estudo da organização 
racional do trabalho.
51Unidade 3
Segurança do Trabalho
NR19 – Explosivos: determina parâmetros para o depósito, manuseio e arma-
zenagem de explosivos.
NR20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: define os parâmetros para o 
armazenamento de combustíveis e inflamáveis.
NR21 – Trabalho a Céu Aberto: Define o tipo de proteção aos trabalhadores 
que trabalham sem abrigo, contra intempéries (insolação, condições sanitárias, 
água etc.).
NR22 – Trabalhos Subterrâneos: destina-se aos trabalhos em minerações 
subterrâneas ou a céu aberto, garimpos, beneficiamento de minerais e pesquisa 
mineral. Nesses trabalhos é necessário ter um médico especialista em condições 
hiperbáricas. Essa atividade possui várias outras legislações complementares.
NR23 – Proteção contra Incêndios: todas as empresas devem possuir prote-
ção contra incêndio; saídas para retirada de pessoal em serviço e/ ou público; 
pessoal treinado e equipamentos. As empresas devem observar as normas do 
Corpo de Bombeiros sobre o assunto.
NR24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais do Trabalho: todo 
estabelecimento deve atender as denominações desta norma, que o próprio 
nome contempla. Cabe à CIPA e/ou ao SESMT, se houver, a observância dessa 
norma. Deve-se observar também nas Convenções Coletivas de Trabalho de sua 
categoria se existe algum item sobre o assunto.
NR25 – Resíduos Industriais: trata da eliminação dos resíduos gasosos, só-
lidos, líquidos de alta toxidade, periculosidade, risco biológico, radioativo, a 
exemplo do césio em Goiás. Remete às disposições contidas na NR15 e legisla-
ções pertinentes nos níveis federal, estadual e municipal.
NR26 – Sinalização de Segurança: determina as cores na segurança do traba-
lho como forma de prevenção evitando a distração, confusão e fadiga do traba-
lhador, bem como cuidados especiais quanto a produtos e locais perigosos.
NR27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança no Ministério do Tra-
balho e Emprego: todo técnico de segurança deve ser portador de certificado 
de conclusão do Técnico de Segurança e Saúde no Trabalho, com currículo do 
Ministério do Trabalho e Emprego, devidamente registrado por meio das DRTs 
regionais.
52
NR28 – Fiscalização e Penalidades: toda norma regulamentadora possui uma 
gradação de multas, para cada item das normas. Essas gradações são divididas 
por número de empregados, risco na segurança e risco em medicina do traba-
lho. O agente da fiscalização, baseado em critérios técnicos, autua o estabe-
lecimento, faz a notificação, concede prazo para a regularização e/ou defesa. 
Quando constatar situações graves e/ou iminentes ao risco à saúde e à integri-
dade física do trabalhador propõe à autoridade regional a imediata interdição 
do estabelecimento (CLIMEB, 2010).
Puxa! Quantas normas existem, não é mesmo? Elas são muito importantes para 
todos os envolvidos. Por isso, vale a pena conferir na íntegra o que diz cada 
uma delas.
Relembrando
Mais uma etapa finalizada, na qual você aprendeu sobre as NRs relacionadas 
à segurança do trabalho.
Durante a próxima aula você aprenderá um pouco mais sobre a CIPA e os 
EPIs. Até lá!
Colocando em prática
Que tal agora fazer uma nova leitura de todo o conteúdo estudado. 
Sua revisão também poderá ser feita por meio das atividades no AVA. 
Confira!
53Unidade 3
Segurança do Trabalho
Aula 2: 
CIPA e EPIs
Depois de conhecer as normas regulamentadoras sobre segurança no ambiente 
de trabalho, você verá dois assuntos fundamentais: a CIPA, regida pela NR-5, e 
o Uso de Equipamentos de Proteção Individual, regido pela NR-6. A CIPA tem 
como objetivo principal prevenir acidentes e doenças do trabalho. Vamos saber 
mais? Continue atento!
Comissão Interna de Prevenção a Acidentes (CIPA)
Você já sabe o que é a CIPA, certo? Saiba também que essa comissão deve con-
ter representantes do empregador e dos empregados, com o maior número de 
colaboradores possível e com assessoria dos Serviços Especializados em Enge-
nharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), quando houver. Os 
participantes terão as atribuições de identificar os riscos do processo de traba-
lho e elaborar o mapa de riscos.
Ficou curioso? Então veja a seguir as funções da CIPA.
 � Elaborar o plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de 
problemas de segurança e saúde no trabalho.
 � Participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de 
prevenção necessárias e da avaliação das prioridades de ação nos locais de 
trabalho.
 � Realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de traba-
lho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a 
segurança e saúde dos trabalhadores.
 � Realizar, a cada reunião (mensal), avaliação do cumprimento das metas 
fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram 
identificadas.
54
 � Divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no 
trabalho. Participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas 
pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e pro-
cesso de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores.
 � Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador a paralisação de 
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e 
saúde dos trabalhadores.
 � Colaborar no desenvolvimento e na implementação do PCMSO (NR7) e 
PPRA (NR9) e de outros programas relacionados à segurança e saúde no 
trabalho.
 � Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras e cláu-
sulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e 
saúde no trabalho.
 � Participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador 
da análise das causas das doenças e dos acidentes de trabalho e propor me-
didas de solução dos problemas identificados.
 � Requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que 
tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores.
 � Requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas. Promover, anualmente, 
em conjunto com o SESMT, onde houver, a Semana Interna de Prevenção de 
Acidentes do Trabalho (SIPAT). Participar, anualmente, em conjunto com a 
empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS (e de combate ao tabagis-
mo).
Ficou mais claro agora o entendimento das funções da CIPA? Essa Comissão é 
muito importante. Vamos seguir!
55Unidade 3
Segurança do Trabalho
Equipamento de Proteção Individual (EPI)
Como o próprio nome já sugere, os EPIs têm como função principal proteger, 
ou melhor, prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Vale lembrar 
que fornecer esses equipamentos é uma obrigação do empregador.
Os equipamentos de proteção devem ser adequados aos riscos da empresa e 
devidamente aprovados de pelo Ministério do Trabalho aos seus colaboradores, 
já existem várias tecnologias à disposição visando à proteção coletiva e indivi-
dual.
Equipamentos de proteção coletiva? Quais são eles?
56
Considera-se Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) todo dispositivo, sinal, 
som, imagem, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a 
saúde e a integridade física de várias pessoas.
Já os EPIs, são todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional ou 
estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador.
57Unidade 3
Segurança do Trabalho
Assim como a empresa tem a obrigação de fornecer os equipamentos aos 
colaboradores, estes são responsáveis por guardar, conservar e higienizar os 
equipamentos, comunicando ao empregador qualquer alteraçãoque o torne 
impróprio para uso.
Relembrando
Nesta aula você aprendeu que a CIPA tem como objetivo principal a preven-
ção dos acidentes e das doenças do trabalho. Viu também que EPIs e EPCs, 
têm como função principal proteger, ou melhor, prevenir acidentes e doen-
ças decorrentes do trabalho.
O convite agora é para que você conheça o contexto de ambiente na quali-
dade. Vamos dar continuidade ao estudo!
Colocando em prática
Na próxima etapa, você conhecerá novos assuntos. Mas antes acesse o 
AVA e resolva as atividades preparadas especialmente para você. Vamos 
ao estudo!
Finalizando
Nesta unidade você compreendeu que as Normas Regulamentadoras 
(NRs) têm como objetivo expor claramente e de maneira prática as de-
terminações contidas na legislação brasileira.
Aprendeu também que a (CIPA), que está baseada na NR5, tem como 
objetivo principal prevenir os acidentes e as doenças do trabalho e 
que seus participantes devem ser representantes do empregador e dos 
empregados.
58
Conheceu também que dentro da segurança do trabalho todos os 
empregados que correm riscos devem usar EPIs e estes são conside-
rados como todo dispositivo de uso individual, de fabricação nacional 
ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a integridade física do 
trabalhador. E que, além do EPI, deve-se usar o Equipamento de Pro-
teção Coletiva Individual (EPC), considerado como todo dispositivo, 
sinal, som, imagem, de fabricação nacional ou estrangeira, destinado a 
proteger a saúde e a integridade física de várias pessoas.
59
4Programa 5S, Auxiliando a 
Segurança do 
Trabalho
Objetivos do Curso
Ao final desta unidade, você estará apto a:
 � Compreender o Programa 5S, entendendo 
os benefícios que esses sensos podem trazer 
para a saúde e segurança do trabalhador 
dentro das organizações.
Aulas
Acompanhe nesta unidade o estudo das seguin-
tes aulas.
Aula 1: O contexto de ambiente da qualidade
Aula 2: Os cinco sensos da qualidade
Aula 3: Senso de limpeza, zelo e autodisciplina
60
Para Iniciar
Você já deve estar mais familiarizado com os termos, as normas e a im-
portância da segurança no trabalho, certo? A partir de agora, o convite 
é para que você conheça uma filosofia que pode favorecer a qualidade, 
saúde e segurança dentro de uma empresa.
Já ouviu falar nos 5S? Conheceremos juntos os benefícios de cada um 
desses sensos e como cada um deles pode ser colocado em prática. As-
sim você perceberá que entre os benefícios essa filosofia visa principal-
mente aumentar a autoestima dos colaboradores, criando um ambiente 
de respeito ao semelhante e ao meio ambiente, evitando o desperdício 
de inteligência, espaço, tempo, gastos e matéria-prima. Além disso, os 
5Ss podem combater o estresse e ainda reduzir o número de acidentes 
de trabalho.
Por isso, aproveite para aprender cada senso e verificar na prática como 
essa filosofia pode transformar o seu dia a dia. Bons estudos!
Aula 1: 
O contexto de ambiente 
de qualidade
Você sabe o que é um ambiente de qualidade? É sobre esse assunto que trata-
remos nesta aula. Você verá como ter qualidade no ambiente de trabalho e a 
metodologia utilizada para aprimorar o ambiente de trabalho de uma organiza-
ção.
Pronto para iniciar? Então misture dedicação e disciplina e siga em frente!
61Unidade 4
Segurança do Trabalho
Conhecendo um ambiente de trabalho
Nas últimas décadas, as empresas têm mudado de postura em relação aos seus 
clientes. Isso vem acontecendo por causa da conscientização do consumidor 
quanto aos seus direitos e também pela atual estrutura econômica mundial.
As organizações lutam pela sobrevivência econômica devido à competitividade 
acirrada entre as empresas. Infelizmente algumas esperam por momentos difí-
ceis para tomar atitudes de mudanças, mas outras se antecipam às crises.
De um modo geral, todos veem qualidade como sinônimo de uma vida melhor. 
Neste contexto, as organizações devem entender essas necessidades e traduzir 
em garantia da satisfação do cliente. É por esse motivo que os clientes, tanto de 
organizações privadas quanto públicas, têm se tornado cada vez mais exigen-
tes. Para cativá-los, o que vinha sendo oferecido pelas empresas já não garante 
mais fidelidade. 
?
Pergunta
O que as empresas devem fazer nesses casos?
62
Para conquistar clientes, as empresas precisam garantir que seu preço seja 
acessível, fornecer um produto de qualidade, entregar o produto no prazo, ter 
uma manutenção de custo baixo, fornecer boas condições de pagamentos e 
passar uma imagem de segurança. Além dessas ações, deve redobrar esforços 
para encantar seus clientes. Mas para alcançar esse padrão é essencial criar um 
ambiente de qualidade. 
Você sabe o que é esse ambiente de qualidade? Ele deve iniciar pela disposição 
de um local onde exista ordem e tranquilidade, organização do trabalho, com 
distribuição equitativa de tarefas, desejo de se comunicar com disposição para 
falar e ouvir sem distinção de pessoa ou função, respeito às ideias dos outros e 
orgulho coletivo diante das realizações. 
As empresas que estão atentas para as decorrentes mudanças dos últimos 
anos e a necessidade de se criar um ambiente de qualidade estão cada vez 
mais conscientes das necessidades de aperfeiçoar as suas práticas diárias.
Essas empresas estão fazendo investimentos a curto, médio e longo prazo,e 
implementando uma real filosofia da qualidade não como uma questão teórica, 
mas uma questão de prática. Como resultado é possível ver melhores condições 
de trabalho e um ambiente de qualidade, gerando competitividade devido ao 
estímulo dos colaboradores que transformam seus potenciais em realização e 
consequentemente uma redução do índice de acidentes. Ainda é possível ob-
servar melhorias na qualidade e produtividade, redução do tempo de parada 
das máquinas e no exercício da administração participativa.
Esses são apenas alguns dos benefícios que o ambiente de qualidade pode ge-
rar. Esses resultados têm mensurado o sucesso e a importância do 5S nas orga-
nizações.
 � Mas não são somente esses benefícios que podem ser obtidos com a dis-
seminação da filosofia do 5S. Quer conhecer mais alguns? Então observe! 
Respeito ao semelhante, ao meio ambiente e ao crescimento pessoal;
 � Melhoria no relacionamento interpessoal;
 � Melhoria na comunicação e no clima organizacional;
 � Combate ao estresse;
 � Redução do número de acidentes de trabalho.
63Unidade 4
Segurança do Trabalho
Como implantar uma cultura de mudanças den-
tro de uma organização? Para isso, reflita sobre 
o significado da palavra senso. De acordo com o 
Dicionário Aurélio, senso quer dizer “faculdade de 
apreciar, de julgar, juízo”. Dessa maneira, podemos 
entender que não se pode implantar um senso, 
mas uma cultura de mudanças por meio de dedi-
cação e persistência.
Para criar uma cultura de mudanças visando a um 
ambiente de qualidade, deve-se investir em ferra-
mentas de qualidade. Uma dessas ferramentas é o 
Programa 5S, cuja eficiência já está comprovada.
?
Pergunta
O que significam esses sensos? 
Os sensos são de utilização, organização, limpeza, 
saúde e autodisciplina.
SENSO:
Discernimento, critério; 
percepção.
64
Ah, agora sim! Vamos saber mais sobre o 5S! Não se sabe ao certo a origem do 
programa, mas estima-se que sua difusão aconteceu por volta da década de 
1950, no período pós-guerra, por Kaoru Ishikawa, também precursor do Circulo 
de Controle de Qualidade (CCQ), que você estudou na última unidade.
Observe a seguir as palavras de origem japonesas que embasam o Programa 
5S.
Tabela 3 - Palavras de origem japonesas que embasam o Programa 5S
Senso Japonês Inglês Português
1o Seiri Sorting Senso de
Utilização
Arrumação
Seleção
2o Seiton Systematyzing Sendo de
Organização
Sistematização
Ordenação
3o Seisou Sweeping Senso de
Zelo
Limpeza
4o Seiketsu Sanitizing Senso de
Asseio
Higiene
Saúde
Integridade
5o Shitsuke Self-disciplining Senso de
Autodisciplina
Educação
Compromisso
Aproveite para anotar em seu caderno o querepresentam as palavras do pro-
grama 5S. Lembre-se também de, em caso de dúvidas, entrar em contato com 
o professor tutor por meio das ferramentas do AVA. Ele está à disposição para 
ajudá-lo! 
65Unidade 4
Segurança do Trabalho
Relembrando
Nesta aula você aprendeu que melhores condições de trabalho e um am-
biente de qualidade estimulam os colaboradores, que transformam seus 
potenciais em realização. Como consequência, tem-se maior competitivida-
de, reduções do índice de acidentes, melhoria da qualidade e da produtivi-
dade, redução do tempo de parada das máquinas e melhorias no exercício 
da administração participativa.
Na próxima aula, você dará continuidade ao estudo sobre os cinco sensos 
da qualidade. Até lá!
Colocando em prática
Continue estudando sobre o tema e não deixe de realizar os exercícios 
propostos no AVA! Eles são muito importantes para lembrar dos assun-
tos estudados.
Aula 2: 
Os cinco sensos da 
qualidade
A partir de agora você aprofundará seus conhecimentos nos sensos de utiliza-
ção e organização que podem ser adotados dentro de uma organização. Vamos 
iniciar?
Boa aula!
66
Senso de utilização
Este senso tem por finalidade manter no local de trabalho apenas os materiais 
que você vai utilizar no momento e na quantidade certa. Ou seja, utilizar os 
recursos disponíveis, com bom senso e equilíbrio.
Portanto, identifique o que é realmente necessário e o que é desnecessário 
em seu local de trabalho.
Observe que o diferencial nos lucros das organizações está no equilíbrio da uti-á no equilíbrio da uti- no equilíbrio da uti-
lização de seus recursos. Nesse contexto, os detalhes fazem a diferença. O cul-
tivo da aplicação diária do senso de utilização pode gerar mudanças de atitude, 
trazendo inúmeros benefícios à organização. Observe alguns exemplos!
 � Reaproveitamento de recursos;
 � Redução das compras desnecessárias de materiais e equipamentos;
 � Otimização de espaços;
 � Reutilização de materiais;
 � Redução de gastos com mão de obra. 
67Unidade 4
Segurança do Trabalho
Um grande segredo para o sucesso da disseminação dessa nova cultura é fazer 
com que cada colaborador entenda o quanto é responsável pela saúde financei-
ra da empresa. Para que você possa visualizar mais rapidamente os resultados 
obtidos com a aplicação desse senso, é preciso criar ações de curto prazo, iden-
tificando problemas e trazendo soluções para serem resolvidas em equipe.
Ordem desse senso: mantenha somente os objetos e dados estritamente 
necessários no local de trabalho, a partir de critérios estabelecidos!
Acompanhe a seguir, um exemplo de critério que você poderá usar!
Senso de organização
Uma vez que você retirou do ambiente de trabalho tudo o que não era útil, 
pode aplicar o senso de organização, também conhecido como ordenação.
Portanto, determine um lugar para cada objeto e coloque cada objeto no seu 
devido lugar! Esse senso traz como um dos maiores benefícios a redução no 
tempo de busca. Confira outros benefícios!
 � Otimização dos espaços;
 � Melhoria do fluxo de pessoas e materias;
 � Diminuição do cansaço físico por movimentação desnecessária; 
 � Evita estresses para encontrar as coisas.
Ordem desse senso: determine os locais adequados e como os objetos e 
documentos devem ser estocados ou guardados de forma que sejam encon-
trados com facilidade quando necessário!
Que tal ver um exemplo de como utilizar o senso de organização? Acompanhe! 
68
Figura 1 - Senso de utilização
Como você pode perceber, na ordem desse senso, o principal objetivo é definir 
locais apropriados com o intuito de facilitar a procura, localização e local para 
guardar os itens. Na definição dos locais apropriados, deve-se estabelecer crité-
rios, como manuseio, reposição, retorno ao local de origem após uso, consumo 
dos itens mais velhos primeiro, entre outros.
Conheça a seguir um modelo de critério, baseado no manuseio. Você também 
pode escolher outro critério que achar mais conveniente. Observe!
Figura 2 - Modelo de critérios
Você já se deparou com situações de, por exemplo, não lembrar onde deixou 
as chaves de casa, do carro ou o controle remoto? E quando precisa anotar um 
recado, nunca sabe onde guardou a caneta? Justamente quando você está atra-
sado para uma reunião não consegue lembrar onde deixou aquele documento 
ou relatório importante?
Nesses casos, onde está a sua agenda? Se você nunca passou por situações 
semelhantes a essas, parabéns! Mas se de vez em quando passa por apuros de 
não conseguir lembrar onde guardou as coisas fique atento!
69Unidade 4
Segurança do Trabalho
Essa é a sua oportunidade de fazer uma mudança radical, observe as dicas 
dadas durante esta aula e aproveite para mudar de hábitos. Aplique o senso de 
organização e veja as coisas mudarem à sua frente. Sua rotina será mais tran-
quila e produtiva e você se tornará um profissional bem mais eficiente.
Dica
Comece estipulando um lugar para cada coisa e guardando-as sempre no 
mesmo lugar.
Observe mais algumas dicas importantes para colocar em prática o senso de 
organização.
 � Organize os materiais de forma sistemática (layout).
 � Use rótulos com cores vivas para identificar os objetos.
 � Exponha visualmente partes das máquinas que exigem atenção especial.
70
Dica
Tome cuidado para que a comunicação visual seja fácil e rápida.
Para tornar prático o uso do senso da organização na sua empresa você preci-
sa ser prático e tornar as atividades fáceis e divertidas. Assim, tente premiar os 
funcionários e incentivá-los com o seu próprio exemplo para que isso se torne 
relevante para toda a instituição.
Em ambiente ordenado, trabalha-se melhor, aumenta-se a produtividade, 
ganha-se espaço e facilita-se a limpeza!
Relembrando
Pronto! Agora você já está familiarizado com o senso de utilização, que tem 
por finalidade manter no local de trabalho apenas os materiais que você 
utilizará no momento e na quantidade certa. Aprendeu também que senso 
de organização tem como principal objetivo definir locais apropriados com 
o intuito de facilitar a procura, localização e local onde são guardados os 
itens.
Na próxima aula, conheça os outros sensos de qualidade. Vamos dar conti-
nuidade aos estudos. Mãos à obra!
Colocando em prática
Agora você já sabe! Os exercícios estão aguardando por você no AVA. 
Siga em frente com atenção e entusiasmo!
71Unidade 4
Segurança do Trabalho
Aula 3: 
Senso de limpeza e zelo
Olá! Seja bem-vindo à aula sobre senso de limpeza e zelo! Aqui você continu-
ará estudando os sensos da qualidade, mas desta vez conhecendo o senso de 
limpeza e zelo.
Boa aula!
Senso de limpeza
Você já deve imaginar o que representa o senso de limpeza, certo? Consiste na 
prática da limpeza tornando-a um hábito. As organizações, independentemente 
do porte, devem ter características para manter as instalações limpas e organi-
zadas. Uma tarefa, quando realizada, gera sujeira devido aos resíduos resultan-
tes.
Portanto, após o uso, mantenha a limpeza das ferramentas, das máquinas e do 
local. Isso reduz riscos de acidentes e facilita a identificação dos materiais sele-
cionados e ordenados.
Esse senso requer a utilização dos cinco sentidos: olfato, paladar, visão, 
audição e tato. Esses são os inspetores dessa tarefa. É mais fácil manter a 
limpeza do que ter de limpar toda hora, eliminar lixo, sujeiras e tudo que for 
desnecessário, mantendo tudo sempre limpo.
72
?
Pergunta
O que é necessário para disseminar a 
cultura de limpeza?
Para disseminar a cultura de limpeza, é necessário 
deixar claro que o importante é não sujar. Uma vez 
que o colaborador criar esse hábito de não sujar e 
manter limpo, a diferença será sentida com a re-
dução no orçamento da empresa, com diminuição 
nos custos com limpeza e manutenção do ambien-
te e das máquinas.
Os benefícios da aplicação do senso de limpeza 
são a valorização da saúde dos funcionários, dimi-
nuição do cansaço físico, prevenção de acidentes, 
economia de tempo, visual agradável, prevenção 
de acidentes,

Outros materiais