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GST0012-WL-LC-Trabalho em Grupo sobre Tributos

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TRIBUTOS 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem por objetivo mostrar o conceito de Tributos, sua origem, 
seus principais tipos, sua classificação e também o grande número de tributos que 
estão vigorando no Brasil. Mostrar-se-á qual o retorno que o Estado deveria dar à 
sociedade mediante o pagamento desses tributos, se está atrapalhando ou não o 
desenvolvimento do país. 
Mostrar-se-á também o que se entende por carga tributária, a influência dessa 
carga tributária sobre as empresas no Brasil, as formas encontradas pelas empresas 
para diminuir a carga tributária. 
 
1.1. BASE CONCEITUAL 
 
Nesse capitulo busca-se mostrar os conceitos, origens, espécies, tipos e 
também a classificação dos tributos. Além disso, uma breve explanação sobre a 
carga tributária no Brasil e sua evolução no decorrer dos anos. 
 
1.2. TRIBUTOS 
 
Segundo o Código Tributário Nacional (2005), em seu artigo 3º, “Tributo é 
toda prestação pecuniária compulsória, em moeda cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. 
 
 
 1.2-2
1.2.1. Origem 
 
 Segundo os livros de história, os tributos surgiram como uma espécie de 
indenização de guerra, em que os povos vencidos, em sinal de submissão ao povo 
vencedor, tinham que efetuar pagamentos em ouro, escravos ou qualquer outra 
modalidade. Mais modernamente, o tributo passou a ser exigido dos próprios súditos 
e ainda com características de submissão e servidão, só que desta vez perante o 
Estado. 
Segundo alguns tributaristas, o primeiro tributo instituído no Brasil foi o “quinto 
do pau-brasil” e o primeiro concessionário da Coroa Portuguesa para explorar a 
madeira (ao mesmo tempo o primeiro contribuinte e, também, o primeiro coletor de 
impostos do Brasil) foi o mercador Lisboeta Fernão de Noronha, em 1502. Portugal 
também cobrava o “quinto” sobre as pedreiras, as “dizimas” de todos os produtos e 
os “direitos alfandegários” que incidiam sobre toda mercadoria importada ou 
exportada. Já a forma mais típica de imposto interno no Brasil surgiu na época das 
Capitanias Hereditárias, quando se iniciou a cobrança de impostos de Consumo. 
Segundo BORDIN (2003), desde o inicio da colonização do Brasil o fisco se 
fez presente. Em 1549 foi criada a Provedoria Mor da Fazenda Real. Além das 
atribuições fiscais, os provedores deveriam agir também como representantes do 
Rei em outros assuntos, inclusive na defesa militar. 
Este regimento de provedores cuidava de várias coisas, primeiro mandava 
arrecadar a “dizima” das mercadorias que viessem para o Brasil ou que saíssem do 
Brasil e dos “quintos” sobre pedras preciosas. Na exportação também havia de 
pagar o “direito alfandegário”. Não pagava imposto quem fosse para o Reino, ou 
seja, para Portugal, e fosse português. Se fosse estrangeiro, pagava e, se saísse 
para outro lugar que não fosse o reino, tinha que pagar o tributo também. A 
tributação nas Capitanias Hereditárias estava especificada no foral que a criava. 
Foral era a lei que criava a capitania, era o ato do rei que criava a capitania e diziam 
quais eram as obrigações e quais eram os direitos do donatário. 
Os “dízimos reais” ou “eclesiásticos”, originalmente concedidos a Ordem de 
Cristo, eram arrecadados no Brasil pelo Governo (dado que o Rei de Portugal era o 
Grão-Mestre da Ordem) que ficava como responsável pela manutenção das igrejas. 
Estes dízimos eclesiásticos incidiam sobre a produção e sobre a renda. 
 1.2-3
Correspondiam a 10% do lucro Liquido de qualquer atividade comercial e a 10% dos 
vencimentos dos titulares de cargo ou oficio público. 
A distribuição de rendas no período do império era extremamente 
centralizada. Havia um estado unitário fortemente centralizado, com as províncias 
sendo dirigidas pelos chamados “presidentes” designados pelo poder central e com 
receita orçamentária reduzida. 
Somente com a lei de 12 de agosto de 1834, que é chamada de Ato 
Adicional, é que a partilha de rendas foi melhor definida. Dizia o seguinte: “Compete 
às mesmas Assembléias legislar sobre a fixação das despesas municipais e 
provinciais e os impostos para elas necessários, contanto que estes não 
prejudiquem as imposições gerais do Estado”. Mesmo com o Ato Adicional, 
continuou a haver muita discussão porque as províncias sentiam-se extremamente 
desamparadas financeiramente. O mesmo acontece nos dias de hoje quando os 
municípios ou estados concedem incentivos fiscais a empresas para se instalarem 
nas respectivas localidades. 
Com a Constituição de 1891, tendo em vista a instauração do federalismo no 
Brasil, adotou-se o regime da separação de fontes tributárias, discriminando 
somente os impostos federais e estaduais. A partir da constituição de 1934, também 
os Municípios passaram a ter competência privativa para decretar tributos. 
 
1.2.2. Espécies de Tributos 
 
Se nos basearmos pelas normas gerais do Direito Tributário e pelo que está 
previsto no capitulo constitucional, que trata do Sistema Tributário Nacional, e pela 
corrente que congrega a maioria dos especialistas da área, as espécies de tributos 
são cinco: 
 Impostos – definido pelo CTN, no seu art. 16, como “o tributo cuja 
obrigação tem por fato gerador uma situação independente de 
qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. 
 1.2-4
 Taxas – é um tributo cobrado em função de uma atividade 
especifica do Estado, ou seja, é vinculada a uma contraprestação 
especifica do Estado relativa ao contribuinte. 
 Contribuições de Melhoria – é cobrada para dar suporte ao custo 
das obras públicas de que decorra a valorização imobiliária, tendo 
como limite o total da despesa realizada e como limite individual o 
acréscimo de valor para cada imóvel beneficiado. 
 Contribuições Sociais – as Contribuições Sociais existem para 
financiar a seguridade social. É importante ressaltar que está 
espécie de tributo, apesar de estar sujeita às normas gerais do 
Direito Tributário, elas não estão obrigadas a atender o principio da 
anterioridade. Contudo, só poderão ser exigidas 90 (noventa) dias 
após a data da publicação da lei que a houver instituído ou 
modificado. 
 Empréstimos Compulsórios – O Empréstimo Compulsório, nos 
dias atuais, só pode ser instituído pela União e mediante lei para 
atender às seguintes situações: 
o Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de 
calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; 
o No caso de investimento público de caráter urgente e de 
relevante interesse nacional; 
o Conjuntura que exija a absorção temporária de poder 
aquisitivo. 
Uma outra corrente de especialistas argumenta que as contribuições sociais e 
o empréstimo compulsório não seriam tributos e sim contribuições parafiscais e 
empréstimos, respectivamente, mas são contra argumentados em razão dos 
mesmos estarem sujeitos às normas gerais do Direito Tributário e estarem 
normatizadas pela Constituição do capitulo que trata de tributos. Portanto seriam 
tributos. 
 
 
 1.2-5
1.2.3. Principais tipos de tributos 
 
Destaca-se abaixo alguns dos principais impostos existentes no Brasil: 
 Imposto de Renda – Imposto de competência da União, sobre a 
renda e provento de qualquer natureza, tem como fato gerador a 
aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica. 
 Imposto sobre produtos industrializados IPI – Imposto de 
competência da União, sobre os produtos industrializados. 
Considera-se industrializado o produto que tenha sido submetido a 
qualquer operação que lhe modifique a natureza ou a finalidade, ou 
o aperfeiçoe para o consumo. 
 Imposto sobre circulação de mercadorias ICMS – Imposto de 
competência tributária para cada um dos estados e do Distrito 
Federal. 
 Imposto sobre serviços de qualquer natureza ISS – Imposto 
instituído por competência tributária, por cada um dos municípios. 
 
 
1.2.4. Classificaçãodos Impostos 
 
 Os impostos são divididos em duas categorias, os diretos e os indiretos, 
DIRETOS são aqueles que tributam a renda e as propriedades das pessoas físicas e 
jurídicas, enquanto que os INDIRETOS são aqueles que incidem sobre a venda de 
mercadorias e serviços, cobrada em todos os estágios do processo de produção ou 
comercialização, com base no valor adicionado em cada estágio. 
 Podemos citar como exemplos de tributos diretos, os tributos prediais e 
territoriais (urbanos e rurais), bem como os que gravam as transmissões. Em geral, 
estas categorias representam a menor parte do total da receita tributária. A maior 
parte da receita é constituída pelos impostos que incidem sobre a remuneração dos 
fatores de produção – o trabalho, o capital e a capacidade empresarial. Citam-se 
como exemplos deste grupo, os impostos sobre as rendas e proventos de qualquer 
 1.3-6
natureza das pessoas físicas e das pessoas jurídicas, além dos variados itens que 
se englobam sob a denominação de contribuições à previdência Social. 
 Quanto aos tributos indiretos, podemos citar como exemplo o ICMS. Os 
tributos indiretos constituem o principal mecanismo de arrecadação do Estado, e não 
causam tanta pressão ao governo quanto os tributos diretos, isso porque a maioria 
das pessoas desconhece a sua real participação na composição do preço dos 
produtos e serviços. 
 Os principais tributos sobre vendas de bens e serviços são os seguintes: 
ICMS, IPI, COFINS, PIS/PASEP, CPMF, CIDE, IOF e ISS. Antes da Constituição de 
1988 havia ainda os impostos únicos que foram agregados na base do ICM 
formando o novo ICMS: impostos sobre combustíveis, energia elétrica, minerais, 
transportes e comunicações. O ICMS é estadual e o ISS é municipal enquanto os 
demais são de competência federal. Podemos dividir a tributação sobre bens e 
serviços em dois grandes grupos de tributos: Valor adicionado (ICMS e IPI) e os que 
incidem cumulativamente (os demais gravames). 
1.3. CARGA TRIBUTÁRIA 
 
Segundo BORDIN (2003), a carga tributária é o montante da tributação incidente 
na economia do país, trata-se de um indicador citado com freqüência no noticiário 
nacional, especialmente por parte de empresários que alegam ser ela 
demasiadamente elevada. Tão polemico quanto o seu patamar é o próprio conceito 
que define este indicador. No Brasil a carga tributária é entendida como a expressão 
da relação entre a receita tributária total (União, Estados e Municípios) e o Produto 
Interno Bruto – PIB, indicando a participação do Estado na economia nacional. O 
Termo “carga” é pouco usual na literatura internacional. Alguns economistas latinos 
preferem utilizar a expressão “coeficiente de pressão tributária”. Outros, no entanto, 
por acharem que nestes conceitos está embutida a conotação de “sacrifício” ou 
“sofrimento” que deve suportar a população, argumentam que os que adotam estes 
termos desconsideram que os recursos extraídos da sociedade são direcionados 
para gastos públicos. Estes autores preferem a denominação de “coeficiente de 
tributação” para definir a relação entre a receita tributária e o produto interno. Muitos 
órgãos internacionais apenas se referem à real ação como “receita tributária em 
percentagem do PIB (ou PNB)”. Um outro conceito que está em desuso atualmente 
 1.3-7
é o que destinge a carga tributária total (bruta) da liquida. A carga “liquida” se 
diferencia da “bruta” por deduzir os subsídios públicos e as transferências correntes 
(benefícios para a previdência, juros e correção da divida pública, por exemplo). 
O nº de impostos no Brasil até que não é tão grande. O que torna complexo o 
sistema são as demais figuras tributárias existentes como as contribuições sociais, 
as taxas de contribuições de melhoria. Se computadas todas as imposições 
tributárias em todas as esferas do governo, chegaremos a mais de cem diferentes 
tipos de tributos. E isto também ocorre em muitos países do mundo. 
Para sustentar os gastos do governo, cada vez mais aumenta a carga tributária 
no Brasil. Na tabela 1, destacamos a evolução dos percentuais da carga tributária no 
Brasil desde o ano de 1947, como se pode observar, o percentual vêm aumentando 
ano a ano. 
 
 1.3-8
Tabela 1 - Evolução da carga tributária no Brasil, fonte: BORDIN, Luis Carlos 
Vitali - Carga tributária brasileira em 2002 – disponível em 
http://portaltributario.com.br/tributos.html - acesso em 12/05/2006. 
 
1.3.1. Os Efeitos da Carga Tributária na Economia do País. 
 
Constata-se que a carga de tributos elevada do País deriva essencialmente da 
expansão do gasto governamental, que cresceu entre 1995 e 2004 a uma taxa de 
5,3% ao ano. Hoje o contribuinte convive com uma alta carga tributária e uma forma 
muito difícil de administrar estes impostos. AS empresas convivem com 59 tributos 
dentre taxas, contribuições e tarifas, e 93 obrigações acessórias que têm de serem 
cumpridas para efetivar o pagamento dos tributos. Quando falamos de pessoas 
físicas e não mais empresas, o número de impostos cai, mas não tanto. São 38 
impostos, taxas e contribuições pagos pela média dos brasileiros. 
A dificuldade em entender a extensa e vasta legislação tributária e a alta carga 
tributária contribuem para o aumento da sonegação, levando o governo a inventar 
novas maneiras de tributar, ao invés de aumentar a luta contra a sonegação. 
Segundo SANTOS JUNIOR (2003), os brasileiros estão sufocados pela alta 
carga tributária paga no Brasil, que tem como objetivo primordial sustentar a 
estrutura ineficaz do governo. Após a Constituição da Republica de 1988 diversas 
garantias foram cedidas aos cidadãos, como a saúde que atingiu 70 milhões de 
brasileiros que anteriormente à Carta não tinham acesso ao serviço público de 
saúde. O aumento da carga tributária deveria ser realizado para dar sustento a esta 
demanda. Porém, o aumento não permitiu um suprimento adequado dessa demanda 
como ocorre em outros países que possuem carga tributária inferior à nossa e 
possuem atendimento de primeira linha, como Austrália, Estados unidos, Coréia do 
Sul e Japão. 
Os brasileiros atualmente trabalham quatro meses para pagarem impostos e 
mais quatro meses para conseguir pagar por algo que, em tese, deveria ser 
custeado pelo governo, como educação, planos de saúde, previdência privada e, em 
algumas vezes, até segurança. Enquanto alguns setores essenciais, como a saúde, 
de paises como a Argentina e os Estados Unidos recebem anualmente 
 1.3-9
investimentos da ordem de U$300 e U$2000 por habitante, o Brasil investe somente 
U$160. É claro que existem atitudes louváveis nesta área, como a distribuição de 
medicamentos a todos os doentes de AIDS gratuitamente e a posição de segundo 
lugar no ranking dos paises que mais fazem transplantes no mundo. Todavia, pela 
carga tributária imposta, que é uma das mais altas do mundo, os benefícios tinham 
que ser maiores. 
Outro problema existente é a tributação em cascata do Cofins, Pis/Pasep e da 
CPMF que consegue retirar alguns produtos brasileiros da competitividade 
internacional. As desvantagens, em % sobre o valor da produção, da tributação em 
cascata chega a atingir 10,39% no setor de siderúrgica, 9,13% no de materiais 
elétricos e 8,80% no de automóveis. 
Alguns produtos possuem o seu consumo dificultado pela incidência dos 
impostos e contribuições em seus preços, tal como ocorre com a cerveja em lata que 
possui 60% do seu valor em impostos, a televisão 23%, a batata frita 25%, a 
chamada telefônica 29%, a passagem aérea 35%, o refrigerante 35%, o carro 42%, 
a tinta 50% e a maçã 33%. Este ultimo produto, a maça, tem 27% de desvantagem 
em relação ao mesmo produto da nacionalidade Argentina, já que recebe 14,5% de 
taxação na fase de produção e o argentino não recebe nenhuma taxação. 
No Brasil é comum taxar a produção, setor essencial para o desenvolvimento de 
um país. É engraçado ver um país que batalha para desenvolver-setaxar justamente 
a produção. Para cada real recolhido com imposto de renda, o fisco recolhe três com 
impostos sobre circulação de bens e serviços. Nos EUA este número é inverso. 
O imposto mais importante do Brasil, o ICMS – Imposto Sobre a Circulação de 
Mercadorias e Serviços, recebe nada menos do que 27 regulamentações, dada a 
possibilidade instituída pela Constituição Federal de 1988 dos Estados 
estabelecerem a forma de cobrança. Este fato incentiva a possibilidade da “guerra 
fiscal” entre os Estados, onde o povo sai perdendo e as empresas ganhando. 
A movimentação financeira somente sofre taxação no Brasil, Argentina e 
Colômbia. A CPMF é a única tributação que incide em 29% de todo o dinheiro da 
economia brasileira levando a Receita a suspeitar que este seja o tamanho da 
sonegação. O Brasil é o único lugar onde o imposto surge como provisório e vira 
definitivo e a alíquota que era baixa sobe rapidamente. 
 2-10
Com a alta taxa da carga tributária no Brasil, muitas empresas deixam de investir, 
de contratar e conseqüentemente impedem o crescimento do Brasil. As empresas 
procuram através de um planejamento tributário, diminuir a pressão que carga 
tributária pode exercer sobre os preços dos produtos, vale salientar que os estudos 
tributários definem duas maneiras que podem diminuir a pressão tributária, a evasão 
e a elisão fiscal. 
 Evasão Fiscal – ou sonegação é caracterizada pela ação ilícita ou 
conjunto de ações ilícitas, motivada por dolo, desconhecimento ou 
omissão, também visando diminuir, extinguir ou postergar o pagamento de 
uma obrigação tributária. 
 Elisão Fiscal - é caracterizada pela vontade do contribuinte, que neste 
caso, não é dirigida contra o fisco. Com base nesta observação podemos 
dizer que a elisão fiscal é a ação ou conjunto de ações lícitas que visam 
postergar, diminuir ou extinguir uma obrigação tributária. 
 
2. Resultados da Pesquisa 
A presente pesquisa mostra que o Brasil tem uma das maiores cargas tributárias 
de todo o mundo, sendo que, o Poder Público não cumpre nem com suas 
obrigações mínimas: o sistema educacional está caótico, inexiste segurança pública, 
a previdência social é incompetente, o sistema habitacional está em colapso. A 
CPMF, criada para melhorar o sistema de saúde, tem parte de seus recursos 
desviados para outras áreas, sendo que o governo enviou proposta para 
prorrogação de sua vigência. Uma grande parte dos tributos vigentes no país são 
ilegais ou carecem de legitimidade. 
A alta carga tributária leva muitas empresas e também pessoas físicas a 
sonegarem impostos, mas, ao invés do Governo investir nessas empresas, acaba 
aumentando ainda mais os tributos, levando outras empresas a praticarem o 
mesmo. 
São muitos os especialistas que defendem a criação de um imposto único para 
as empresas, isso traria uma maior competitividade para as empresas tanto no 
âmbito nacional quanto no internacional. Há pesquisas que mostram também que 
 3-11
devido a grande sonegação de tributos no Brasil, caso houvesse uma redução nos 
tributos e o governo conseguiria fazer com que essas empresas sonegadoras 
passassem a contribuir, a arrecadação aumentaria muito, mais empregos seriam 
criados. 
De acordo com o percentual da carga tributária no Brasil, as pessoas, sejam 
física ou jurídica, estariam gastando com tributos o equivalente a quatro meses de 
trabalho. O pior de tudo é que além desses tributos repassados ao Governo, o 
contribuinte precisa gastar aproximadamente o mesmo valor para suprir algumas 
necessidades que deveriam ser supridas pelo Estado, áreas como saúde, educação 
segurança e outros mais. 
 
 
 
3. Conclusões 
Pode-se concluir que caso nada seja feito pelo governo, nem a sociedade reaja 
contra essa alta carga tributária, logo o Brasil chegará ao primeiro lugar do ranking 
em relação à carga tributária. Caso o percentual siga crescendo no mesmo ritmo, 
nos próximos 20 anos o percentual pode chegar a 54% do PIB. 
É preciso que a sociedade cobre de nosso governo uma rápida reforma tributária. 
Para isso é preciso que o governo elabore uma reforma tributária que mostre para a 
sociedade, a seriedade, e o correto encaminhamento dos recursos captados. O que 
se vê nos dias de hoje, são recursos desviados para outras áreas, ou até mesmo 
para outros bolsos. 
O sistema tributário do Brasil é o mais complexo do mundo, dificultando assim o 
ingresso de novas empresas. Além da quantidade de tributos, as alíquotas são muito 
altas, onerando demais os preços dos produtos e serviços. Com isso, as empresas 
estão sempre em busca de alguma maneira de postergar, diminuir ou extinguir uma 
obrigação tributária, seja através de sonegação ou buscando alternativas que 
estejam dentro da lei. 
Outra situação que agrava as dificuldades de muitas empresas é a guerra fiscal 
entre os Estados. Muitos Estados acabam concedendo incentivos fiscais para 
 4-12
determinadas áreas de produção ou prestação de serviços, criando uma espécie de 
protecionismo para as essas áreas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Bibliografia 
 
 
 
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL: Série Legislação Acadêmico-Forense – São 
Paulo: Edições Vértice, 2005. 
 
 
IBTB – INSTITUTO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – Sistema 
tributário nacional, disponível em: 
http://www.if.org.br/?action=doExibirDadosBrasil&inShow=6 acesso em 12 de maio 
de 2006. 
 
 
SANTOS JUNIOR, Aldo Batista dos: A Alta Carga Tributária no Brasil e a 
Reforma Tributária: disponível em www.aldo.batista..esamc.com.br acesso em 13 
de maio de 2006. 
 
 
REFORMA TRIBUTÁRIA – GOVERNO X CONTRIBUINTE: Março de 2000 – 
disponível em: <http://www.expertja.com.br/content/artigos/reforma.html> acesso em 
14 de maio de 2006. 
 
 
LAGEMANN, Eugenio e Bordin, Luís Carlos Vitali: 1993: Federalismo Fiscal no 
Mercosul. Porto Alegre: Governo do Estado do Rio Grande do Sul; Secretaria da 
Fazenda. Caderno nº VII. 
 
 4-13
 
TRIBUTOS VERSUS PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO – disponível em: 
<http://www.audilink.com.br/inf115e.html> acesso em 14 de maio de 2006.

Outros materiais