Buscar

Anais-Integracao-Saberes-Ambientais-II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 222 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 222 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 222 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Memórias do II Workshop 
Integração de saberes 
ambientais
Programa de Pós-graduação em
unesp
Sorocaba
 
Produção 
Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais - UNESP 
 
Composição eletrônica 
Felipe Hashimoto Fengler e Bruno Vicente Marques 
 
Capa 
Felipe Hashimoto Fengler 
 
 
 
 
 
W926m 
 
 
 
Workshop de Integração de Saberes Ambientais (2., 2014: 
Sorocaba, SP) 
 Memórias do II Workshop de Integração de Saberes 
Ambientais / II Workshop de Integração de Saberes Ambientais, 
26 de novembro de 2014, Sorocaba, SP ; Admilson Írio 
Ribeiro... [et al.]. – Sorocaba : Unesp - Câmpus Experimental 
de Sorocaba, 2014. 
 190 f. : il. 
 E-book 
 ISBN: 978-85-64992-11-5 
 
 Evento realizado na Universidade Estadual Paulista “Júlio 
de Mesquita Filho” Câmpus Sorocaba pelo Programa de Pós 
Graduação em Ciências Ambientais da Unesp Câmpus Sorocaba. 
 
 
1. Ciências ambientais. 2. Recursos hídricos. 3. 
Geoprocessamento. 4. Proteção ambiental. I. Ribeiro, Admilson 
Írio. II. Martins, Antonio Cesar Germano. III. Marques, Bruno 
Vicente. IV. Machado, Fernando Henrique. V. Medeiros, Gerson 
Araujo de. VI. Mello, Giovanna Frederici de. VII. Roveda, 
José Arnaldo Frutuoso. VIII. Fraceto, Leonardo Fernandes. IX. 
Roveda, Sandra Regina Monteiro Masalskiene. X. Silva, Sheila 
Cardoso da. XI. Campos, Valquiria. XII. Carlos, Viviane 
Moschini. 
 
 CDD 333.7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Organizadores 
 
Acadêmicos 
Bruno Vicente Marques 
Felipe Hashimoto Fengler 
Fernando Henrique Machado 
Giovanna Federici de Mello 
 
 
Professores 
Admilson Irio Ribeiro 
Antonio Cesar Germano Martins 
Gerson Araujo de Medeiros 
Jose Arnaldo Arnaldo Frutuoso 
Roveda 
Leonardo Fernandes Fraceto 
Sandra Regina M. Masalskiene 
Roveda 
Sheila Cardoso-Silva 
Valquiria Campos 
Viviane Moschini Carlos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apresentação 
 
O II Workshop de Integração de Saberes Ambientais vem consolidar uma iniciativa 
do Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA) da UNESP, Campus de 
Sorocaba, lançada em 2013, ano da primeira edição do evento. 
Naquela ocasião buscava-se organizar um fórum voltado à integração e 
disseminação dos saberes desenvolvidos nas disciplinas de abrangência do PPGCA, como 
forma de fomentar o paradigma da interdisciplinaridade e da transdisciplinaridade, 
permeando as DISCUSSÃO das questões ambientais contemporâneas. 
Na segunda edição do evento houve uma participação de alunos de todas as 
disciplinas oferecidas no segundo semestre letivo, por meio do envio de resumos 
expandidos, com base nos conteúdos desenvolvidos em Hidrogeologia, Modelagem 
Matemática, Processamento de Imagens Digitais, Limnologia, Gestão Ambiental e 
Recuperação de Áreas Degradadas. 
Em relação à edição passada também houve um acréscimo de 40% na quantidade de 
textos acadêmicos publicados, passando de 25 para 35 artigos, o que demonstra um 
envolvimento crescente do quadro discente. 
Nesse contexto organizou-se o presente livro em três temáticas, relacionadas às 
linhas de pesquisa do PPGCA: Recursos hídricos, manejo e monitoramento ambiental; 
Geoprocessamento e modelagem matemática ambiental; Tratamento de efluentes, 
preservação e recuperação ambiental. 
O preocupante quadro da escassez dos recursos hídricos, suas causas e 
desdobramentos, motivaram o desenvolvimento de estudos de caso envolvendo a bacia 
hidrográfica como objeto de estudo da temática Recursos hídricos, manejo e 
monitoramento ambiental. Nessa temática inseriram-se as disciplinas Gestão Ambiental e 
Limnologia. 
Na disciplina de Limnologia o estudo de caso foi no lago do Parque Natural dos 
Esportes “Chico Mendes”, em Sorocaba – SP. Nesse estudo avaliou-se a qualidade da água 
por meio do levantamento de variáveis limnológicas, além de se caracterizar o uso e 
ocupação do solo da microbacia hidrográfica da Água Podre, na qual se insere o corpo 
hídrico avaliado. 
 
A bacia do rio Jundiaí Mirim constituiu outro objeto de estudo desse tema, na 
disciplina de Gestão Ambiental. O local fornece água para o reservatório de abastecimento 
do município de Jundiaí. Os trabalhos endereçaram diversos aspectos relacionados à gestão 
sustentável dos recursos hídricos como: aspectos históricos da reversão de água na bacia, 
qualidade física, química e biológica dos recursos hídricos, uso e ocupação do solo, riscos 
para a saúde humana, diagnóstico do lixo difuso, manutenção de reservatórios, entre outros. 
Destaca-se, nessa temática, a inserção das disciplinas na realidade ambiental 
regional de Sorocaba e Jundiaí, promovendo o avanço do entendimento das questões 
ambientais contemporâneas desses municípios. 
Na temática relacionada à Geoprocessamento e modelagem matemática ambiental 
explorou-se a potencialidade de ferramentas de análise ambiental como o processamento de 
imagens digitais e a lógica fuzzy, por meio dos estudos desenvolvidos nas disciplinas 
Processamento de Imagens Digitais, Modelagem e Processamento da Incerteza em 
Informação Geográfica e Modelagem Matemática. Nesse viés o processamento de imagens 
digitais é uma importante técnica de análise e inferências do uso e ocupação do solo. Já a 
lógica fuzzy demonstrou ser uma abordagem metodológica para estudos de recuperação de 
áreas degradadas. Tais metodologias permeiam os estudos desenvolvidos nas demais 
temáticas, demonstrando o seu forte caráter transdisciplinar. 
Estudos em área de mineração envolvendo diagnósticos ambientais e avaliação do 
potencial de uso da água de cavas desativadas caracterizou o perfil dos resumos expandidos 
desenvolvidos na temática: Tratamento de efluentes, preservação e recuperação ambiental. 
Tais estudos de caso foram desenvolvidos na abrangência das disciplinas Recuperação de 
Áreas Degradadas e Hidrogeologia. 
No tema mineração foram desenvolvidos estudos em uma área degradada com 
histórico de exploração de cascalho, localizada no Centro de Engenharia e Automação do 
Instituto Agronômico de Campinas, em Jundiaí – SP. Os estudos envolveram a 
estratificação do ambiente, que embasou planos de amostragem de parâmetros físicos, 
químicos, hídricos e biológicos do solo, além de um levantamento da interação de espécies 
vegetais na área degradada e em seu entorno. 
Já a escassez de recursos hídricos foi abordada em um estudo de caso da região de 
Cordeirópolis, onde foi levantada a discussão referente ao uso da água armazenada em área 
 
de cava desativada para abastecimento público, com desdobramentos ambientais, legais e 
de saúde pública. 
Por meio desses relatos justifica-se o presente livro de memórias, como um registro 
das DISCUSSÃO, paradigmas e desenvolvimentos metodológicos que surgem frente a 
demanda por uma abordagem interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar da 
temática ambiental contemporânea. 
 
Prof. Gerson Araujo de Medeiros 
 
 
Conteúdo 
 
 
TRANSPOSIÇÃO DA BACIA DO RIO ATIBAIA PARA O RIO JUNDIAÍ-MIRIM: ASPECTOS 
HISTÓRICOS E DESDOBRAMENTOS AMBIENTAIS ................................................................... 1 
AVALIAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DA ANÁLISE DE PAISAGEM NA BACIA 
HDROGRÁFICA DO RIO JUNDIAÍ-MIRIM ................................................................................... 7 
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DA ÁGUA DA BACIA DO RIO JUNDIAÍ-
MIRIM UTILIZANDO SONDA MULTIPARÂMETROS ............................................................... 13 
AVALIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE FÁRMACOS NA BACIA DO RIO JUNDIAÍ MIRIM . 20 
ANÁLISE DE CARBONO ORGÂNICO TOTAL E CARBONO ORGÂNICO DISSOLVIDO NA 
SUB-BACIA DO RIO JUNDIAÍ-MIRIM, JUNDIAÍ - SP ................................................................ 27 
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS E SUAS IMPLICAÇÕES POTENCIAIS PARA A SAÚDE 
HUMANA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JUNDIAÍ-MIRIM, JUNDIAÍ– SP .................. 31 
VARIÁVEIS MICROBIOLÓGICAS NA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUA DA 
MICROBACIA DO RIO JUNDIAÍ-MIRIM, JUNDIAÍ – SP ............................................................ 36 
ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO E ANÁLISE QUALITATIVA DA COMUNIDADE 
FITOPLANCTÔNICA EM PONTOS ESTRATÉGICOS NA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO 
RIO JUNDIÁI-MIRIM, JUNDIAÍ – SP ........................................................................................... 42 
IMPACTOS AMBIENTAIS DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO ATIBAIA EM BARRAGENS NA 
BACIA DO RIO JUNDIAÍ MIRIM ................................................................................................. 49 
INTERVENÇÕES NAS MARGENS DEGRADADAS DA BACIA DO RIO JUNDIAÍ-MIRIM COM 
BIOENGENHARIA DE SOLOS ..................................................................................................... 55 
RESÍDUOS DE SISTEMAS DE BOMBEAMENTO D‟ÁGUA: ESTUDO DE CASO NA BACIA DO 
RIO JUNDIAÍ-MIRIM .................................................................................................................... 62 
RESÍDUOS SÓLIDOS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JUNDIAÍ-MIRIM ......................... 69 
PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE ESTUDANTES DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM 
CIÊNCIAS AMBIENTAIS NA AVALIAÇÃO AMBIENTAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO 
RIO JUNDIAÍ-MIRIM .................................................................................................................... 74 
 
MAPEAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NO PARQUE NATURAL DOS ESPORTES 
“CHICO MENDES”, SOROCABA, SP. .......................................................................................... 81 
COMUNIDADE DE INVERTEBRADOS BENTÔNICOS EM UM LAGO DO PARQUE NATURAL 
DOS ESPORTES “CHICO MENDES” ............................................................................................ 88 
CARACTERIZAÇÃO DO ESTADO TRÓFICO DE UM LAGO NO PARQUE NATURAL DOS 
ESPORTES “CHICO MENDES” .................................................................................................... 94 
COMUNIDADE FITOPLANCTÔNICA E ZOOPLANCTÔNICA NO LAGO ARTIFICIAL DO 
PARQUE NATURAL DOS ESPORTES “CHICO MENDES” – SOROCABA/SP ........................... 98 
 
VARIÁVEIS LIMNOLÓGICAS E MICROBIOLÓGICAS NO LAGO DO PARQUE NATURAL 
DOS ESPOSTES “CHICO MENDES”, SOROCABA-SP .............................................................. 104 
 
Tema 2: Geoprocessamento e modelagem matemática ambiental 
 
CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA FUZZY DE APOIO À ANÁLISE ESPACIAL DA 
AUTOSUSTENTABILIDADE APLICADO AO MONITORAMENTO DA RECUPERAÇÃO DE 
ÁREAS DEGRADADAS .............................................................................................................. 111 
 
INTEGRAÇÃO DA MODELAGEM POR EQUAÇÕES DIFERENCIAIS A UM SISTEMA DE 
INFERÊNCIA FUZZY APLICADA À GESTÃO E RECUPERAÇÃO DE ÁREAS VERDES 
URBANAS DEGRADADAS ........................................................................................................ 117 
 
ANÁLISE TEMPORAL DA COBERTURA VEGETAL ATRAVÉS DE CÁLCULO DO NDVI ... 122 
SEGMENTAÇÃO DE ÀREAS URBANAS EM IMAGENS DE SATÉLITE UTILIZANDO 
LIMIARES .................................................................................................................................... 128 
IDENTIFICAÇÃO DE NUVENS E SOMBRAS EM IMAGENS DE SENSORIAMENTO REMOTO
 ...................................................................................................................................................... 133 
IDENTIFICAÇÃO DE POTENCIAIS CANAIS DE ESCOAMENTO DE CARGAS ANTRÓPICAS 
DA MINERAÇÃO DE CARVÃO EM MOATIZE, MOÇAMBIQUE ............................................ 138 
DIFERENTES TÉCNICAS DE SEGMENTAÇÃO DE ÁREA DE CLAREIRA EM PLANTIO DE 
EUCALIPTO................................................................................................................................. 143 
APLICAÇÃO DE MÉTODOS PARA A SEGMENTAÇÃO DE DIFERENTES TIPOS DE USO DE 
SOLO DE UMA ÁREA CONTRIBUINTE DO RIO IPANEMINHA DE BAIXO .......................... 149 
PARÂMETROS PARA BUSCA DE REGIÕES EM IMAGENS AMBIENTAIS ........................... 154 
 
Tema 3: Tratamento de efluentes, preservação e recuperação ambiental 
 
ESTRATIFICAÇÃO DE AMBIENTES NA GESTÃO DE ÁREAS DEGRADADAS .................... 159 
ANÁLISE DAS RELAÇÕES BENÉFICAS ENTRE PLANTAS .................................................... 164 
DE ÁREAS DEGRADADAS. ....................................................................................................... 164 
ESTRATIFICAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR MEIO DO ESTUDO DE ATRIBUTOS 
FÍSICOS DO SOLO ...................................................................................................................... 169 
CONDUTIVIDADE HIDRÁULICA SATURADA NOS DIFERENTES ESTRATOS DE UMA 
ÁREA DEGRADADA PELA MINERAÇÃO NO CENTRO DE ENGENHARIA E AUTOMAÇÃO 
(CEA-IAC), JUNDIAÍ-SP ............................................................................................................. 174 
 
ANÁLISE DA FERTILIDADE DO SOLO EM ÁREA DEGRADADA PELA ATIVIDADE DE 
MINERAÇÃO COMO SUBSÍDIO PARA RECUPERAÇÃO ........................................................ 178 
ANÁLISE DA DIVERSIDADE DA ATIVIDADE BIOLÓGICA DO SOLO NA BACIA DO 
JUNDIÁI MIRIM - SP................................................................................................................... 185 
ENSAIOS DE PENETROMETRIA EM ÁREAS DEGRADADAS PARA FINS DE GESTÃO: 
ESTUDO DE CASO NO CEA/IAC-JUNDIAÍ ............................................................................... 190 
 
ANÁLISE DO CARÁTER DE DEFINIÇÃO DO USO DE MINAS DESATIVADAS NO 
MUNICÍPIO DE CORDEIRÓPOLIS, COMO ALTERNATIVA PARA O ABASTECIMENTO DE 
ÁGUA ........................................................................................................................................... 196 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina 
Gestão Ambiental 
 
 
 
 
 
 
 
Responsáveis 
Prof. Dr. Gerson Araújo de Medeiros 
Prof. Dr. Admilson Írio Ribeiro 
 
1 
TRANSPOSIÇÃO DA BACIA DO RIO ATIBAIA PARA O RIO JUNDIAÍ-
MIRIM: ASPECTOS HISTÓRICOS E DESDOBRAMENTOS AMBIENTAIS 
PIACITELLI, Leni Palmira¹; BIAGOLINI, Carlos Humberto²; MACHADO, Fernando Henrique³; PECHE-
FILHO, Afonso4; RIBEIRO, Admilson Írio5; MEDEIROS, Gerson Araujo5 
1Administradora, doutoranda, PPGCA/UNESP/Sorocaba, e-mail: lenipiacitelli@hotmail.com 
2Adm./Bio./Pedagogo, doutorando, PPGCA/UNESP/Sorocaba 
3Adm. - Gestor Ambiental, doutorando, PPGCA/UNESP/Sorocaba 
4Agrônomo, pesquisador científico nível VI, CEA/IAC,doutorando, PPGCA/UNESP/Sorocaba 
5 Eng. Agrícola, docente da disciplina de Recuperação de Áreas Degradadas e Gestão Ambiental, PPGCA/UNESP/Sorocaba 
 
RESUMO 
Transposição é o processo pelo qual parte da água de um determinado rio é transportada 
para outro local, podendo ser um reservatório, canal ou mesmo outro rio, fazendo com que 
a água desviada chegue até determinados lugares onde há carência hídrica. Nesse contexto, 
este trabalho se propôs a apresentar os aspectos históricos e desdobramentos ambientais 
resultantes da transposição de águas da bacia hidrográfica do rio Atibaia para a do rio 
Jundiaí-Mirim, bem como avaliar as vantagens e desvantagens desta transposição. Visando 
atingir esse propósito foi realizado um levantamento bibliográfico e um trabalho de campo 
no dia 24 de setembro de 2014 visando ter um melhor entendimento da bacia. Por fim, foi 
constatado que se por um lado a transposição resolve parcialmente problemas como a seca 
ou a falta d‟água para irrigação, por outro, afeta o meio ambiente, muitas vezes de forma 
adversa, provocando danos que nem sempre são reversíveis. 
Palavras-chave: Transposição de águas; UGRHI-05; Rio Jundiaí-Mirim; Rio Atibaia. 
 
INTRODUÇÃO 
O termo transposição, em seu sentido lato, de acordo com Ferreira (1988) apud 
Khran et al. (2006) é o ato ou efeito de transpor. Enquanto transpor é colocar algo emlugar 
diverso daquele em que estava ou devia estar (...), transportar (...). A compreensão sobre os 
processos que envolvem a transposição de águas é importante, pois a preocupação deve 
estar voltada para a sustentabilidade das bacias hidrográficas envolvidas. Buscando 
aproximar um conceito para transposição de águas, a partir desta discussão, poder-se-ia 
dizer que é o ato de levar água de uma bacia hidrográfica para outra, através de leitos 
naturais ou artificiais, a partir de estudos socioambientais tanto da fonte provedora, quanto 
 
2 
da receptora. Esse processo visa transpor barreiras de natureza física, social e econômica, 
imposta pela escassez de água e, assim, criar condições para a existência da vida. 
Embora o processo já seja conhecido a mais de 2000 anos, ainda causa muita 
discussão, pois, há fatores positivos e negativos nesta ação. Na história, há vários casos de 
transposição que tiveram êxito, levando prosperidade para regiões afetadas pela falta de 
água, mas há também casos em que causaram catástrofes ecológicas como na China da 
antiguidade. Os Estados Unidos só conseguiram transformar a Califórnia num grande 
celeiro de grãos devido à transposição de rios, no entanto, como efeito colateral da 
transposição, acabou secando sua foz. Em 1947, 85% da água de transposição iam para 
irrigação, hoje, este percentual baixou para 38% com o resto dividido entre consumo 
humano e industrial (SANDES, 2011). 
No Brasil, durante o processo de construção de hidroelétricas, ocorreram obras de 
transposição que por falta de informação caíram no esquecimento e poucos registros há 
sobre elas. Um destes casos é a transposição do rio Piumhi que aconteceu entre o final da 
década de 1950 e início da década de 1960, quando estava sendo construída a usina 
hidrelétrica de Furnas, que se situa no centro-oeste de Minas Gerais. Na ocasião da 
construção, um dos problemas encontrados foi que com o alagamento da represa, as bacias 
do rio Grande e do rio São Francisco foram conectadas pelo rio Piumhi. Sendo assim, o rio 
Piumhi, que era afluente do rio Grande foi desviado de seu curso e passou a ser afluente do 
rio São Francisco. Segundo Moreira (2006) e Assis (2010), havia um pantanal por onde 
corria o leito do rio Piumhi, por isso foi feito um sistema de drenagem e o rio passou a 
correr por um canal artificialmente construído, desviando as águas do pantanal e de seus 
afluentes para o córrego Água Limpa. Este último deságua na margem esquerda do 
Ribeirão Sujo, um dos afluentes da margem direita do rio São Francisco. 
No contexto paulista, pode-se mencionar a transposição do rio Atibaia para o rio 
Jundiaí-Mirim, na região de Jundiaí-SP. O rio Atibaia é formado pela junção dos rios 
Atibainha e Cachoeira; entre os municípios paulistas de Bom Jesus dos Perdões e Atibaia. 
A região metropolitana de São Paulo (RMSP), ainda que não esteja geograficamente 
inserida nesta bacia, utiliza seus recursos hídricos e faz dela um importante manancial de 
 
3 
abastecimento público, o que agrava a disponibilidade hídrica e os problemas ambientais da 
bacia principalmente em períodos de estiagem. Esta bacia é a principal responsável por 
abastecer habitantes das duas maiores concentrações urbanas do estado, além de servir à 
indústria e agricultura; assim a sub-bacia do rio Atibaia, vem sofrendo as consequências de 
escassez e poluição. Esta bacia abastece 75% da população de Atibaia e 95% da população 
de Campinas entre outras cidades paulistas. Durante períodos de seca, a cidade de Jundiaí 
possui outorga, ou seja, autorização para promover a transposição de água do rio Atibaia 
para a bacia do rio Jundiaí-Mirim, aumentando o volume de água disponível para 
tratamento e distribuição como água potável (DEMAMBORO, 2013). 
Dentro dessa abordagem, este estudo visou analisar a transposição da bacia do rio 
Atibaia para a do rio Jundiaí-Mirim, abordando os aspectos históricos e desdobramentos 
ambientais do processo. 
 
METODOLOGIA 
A bacia hidrográfica do rio Jundiaí-Mirim possuí uma área de drenagem de 118 
km2, vazão de 350 L/s e abrange 3 municípios paulistas, dos quais: Jundiaí (55%), Jarinú 
(36,6%) e Campo Limpo Paulista (8,4%), sendo o principal manancial de abastecimento 
público de Jundiaí, fornecendo 97% da água consumida pelo município (Moraes, 2003). 
Jundiaí fica a 58 km da capital do estado, possui uma população estimada de 370.126 
(IBGE, 2014). 
Os dados foram coletados por meio de pesquisa bibliográfica em artigos científicos 
e em estudos de caso sobre transposição de águas. Um trabalho de campo ao longo da bacia 
foi realizado no dia 24 de setembro de 2014 visando ter um melhor entendimento da bacia. 
Uma entrevista informal também foi realizada com o pesquisador do CEA/IAC Afonso 
Peche Filho, do qual desenvolve estudos ambientais na região. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
O crescimento populacional e industrial está relacionado com o aumento do 
consumo de água, evidenciando a necessidade de transposição de águas de áreas com maior 
 
4 
disponibilidade para áreas com menor disponibilidade. Jundiaí encontra-se nesta última 
situação, necessitando da transposição de águas do rio Atibaia para o rio Jundiaí-Mirim. As 
primeiras instalações de captação de água na bacia do rio Jundiaí-Mirim datam da década 
de 50, mas já a partir da década de 60 devido ao crescimento populacional e industrial de 
Jundiaí houve a necessidade de transposição das águas do rio Atibaia (rio de classe 2), 
captadas no município de Itatiba, para o rio Jundiaí-Mirim (rio de classe 1). Essa 
transposição visou reforçar as vazões do Jundiaí-Mirim nos períodos de estiagem, sendo 
que no ano de 1998 foi outorgado o bombeamento de até 1.800 L/s de água do rio Atibaia 
para o rio Jundiaí-Mirim (GRAMOLELLI JR., 2004). 
Entretanto, a vazão transposta nos dias atuais é na ordem de 700 L/s (MORAES, 
2003), o que equivale ao dobro da vazão do rio Jundiaí-Mirim. Na Figura 1 é apresentado o 
ponto de recebimento da transposição, processo que beneficia a qualidade da água e, 
consequentemente, os organismos aquáticos nela existentes, uma vez que neste 
revolvimento de descida, há maior incorporação de oxigênio na água. Entretanto, esse 
incremento de vazão causa diversos impactos, dentre os quais pode-se destacar os impactos 
físicos de solapamento das margens (Figura 2) e o excesso de carreamento de sedimentos, 
que formam bancos de sedimentos ao longo do curso d‟água (Figura 3). Esses fatos 
decorrem, principalmente, pelo fato do canal natural do rio não ser concebido naturalmente 
para receber esse aumento de vazão. 
 
Figura 1. Ponto de 
transposição 
 
Figura 2. Solapamentos das 
margens 
 
Figura 3. Banco de 
sedimentos 
 
s23°06.002'w046°46.381' s23°08.900'w046°49.378' s23°08.883'w046°49.347' 
 
 
5 
Portanto, a transposição das águas da bacia hidrográfica do rio Atibaia para a bacia 
do rio Jundiaí-Mirim coloca em discussão os pontos positivos e negativos do processo. Em 
períodos de estiagem é feita a transposição, fato que beneficia a cidade de Jundiaí com o 
aumento da oferta de água. Em contrapartida, a bacia hidrográfica do rio Jundiaí-Mirim 
sofre alterações significativas devido ao volume de sedimentos que são arrastados e que se 
depositam ao longo do canal do rio e, principalmente, no reservatório de abastecimento do 
município, diminuindo sua vida útil e aumentando os gastos de manutenção. 
Embora o processo de transposição cause danos tanto na redução do volume de 
água do rio Atibaia, como também no acúmulo de sedimentos no rio Jundiaí, é possível 
constatar que a transposição se faz necessária. A alta e crescente demanda de água para 
consumo humano e a baixa pluviosidade enfrentada no período de estiagem em Jundiaí 
sinaliza a necessidade da transposição. 
Também é necessário destacar que o Rio Atibaia, na região das cidades de 
Campinas e Paulínia, Estado de São Paulo, apresenta-se sobo impacto de uma grande carga 
poluidora proveniente do esgoto doméstico in natura das cidades presentes em sua bacia 
hidrográfica. Estudos têm mostrado que as presenças de matéria orgânica e amônia são 
responsáveis em grande parte pela degradação da qualidade destas águas, afetando o 
equilíbrio das comunidades aquáticas (SILVA & JARDIM, 2006). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Embora o processo de transposição de águas traga impactos ambientais adversos 
nos aspectos físicos e bióticos do meio, é essencial para que o município supra sua carência 
hídrica. Destaca-se que deve ser considerado o uso múltiplo das águas e que o rio Atibaia 
pode não ter água suficiente para disponibilizar para transposição nos períodos de estiagem, 
o que pode por em risco a segurança hídrica de Jundiaí. Sendo assim, deve ser incentivada a 
criação de políticas públicas que visem à preservação da bacia do rio Jundiaí-Mirim, com o 
intuito resguardar a qualidade ambiental da área e, assim, contribuir para a melhoria e/ou 
conservação da qualidade e quantidade de água produzida pela bacia. Investimentos em 
 
6 
ações de educação ambiental e o uso eficiente de água no município também devem ser 
adotados. 
 
REFERÊNCIAS 
ASSIS, A. T. Resgate histórico da percepção dos moradores locais em relação à 
transposição do rio Piumhi para o rio São Francisco. Revista Uniara, v. 13, nº.1, 
2010. 
DEMANBORO, A. C.; LAURENTIS, G. L.; BETTINE, S. C. Cenários ambientais na 
bacia do rio Atibaia. Eng. Sanit. Ambient., v.18, nº.1, 2013. 
GRAMOLELLI JR., F. Diagnóstico do uso da água na irrigação de culturas na bacia do 
Rio Jundiaí-Mirim- SP. (Mestrado em Engenharia Agrícola). FEA/UNICAMP, 
2004. 
IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE Cidades: 
Jundiaí – SP. Infográficos: Dados gerais do município, 2014. 
KHRAN, F.S.; MACIEL, S.; DOURADO, T.M. Transposição de águas e bacias: 
aspectos teóricos e conceituais. Universidade Federal de Tocantins – UFT, 2006. 
49 p. 
MORAES, J. F. L. (coord.) Diagnóstico agroambiental para gestão e monitoramento da 
bacia do rio Jundiaí-Mirim. Relatório Final - 2ª Fase. IAC/IEA/PMJ/DAE. 
Campinas, 2003. 
MOREIRA-FILHO, O. Uma transposição de rio esquecida. Revista UFG, ano VIII (2), 
2006. 
SANDES, G. Consorcio definirá política tarifária. UOL Notícias. Disponível em: 
<http://www2.uol.com.br/JC/especial/transposicao/politica_tarifaria.html>. Acesso 
em: 08 nov. 2014. 
SILVA, G . S.; JARDIM, W. F. Um novo Índice de Qualidade das Águas para Proteção da 
Vida Aquática Aplicado ao Rio Atibaia, Região de Campinas/Paulínia-SP. Quim. 
Nova, vol. 29(4), 2006. 
 
http://www.transpiumhi.ufscar.br/figuras/revista_ufg_dezembro_2006_editada.pdf
 
7 
AVALIAÇÃO AMBIENTAL ATRAVÉS DA ANÁLISE DE PAISAGEM NA BACIA 
HDROGRÁFICA DO RIO JUNDIAÍ-MIRIM 
MARQUES, Bruno Vicente1; PECHE FILHO, Afonso2; FENGLER, Felipe Hashimoto3;; MEDEIROS, 
Gerson Araujo4; RIBEIRO, Admilson Irio5 
1 Mestrando, UNESP Sorocaba – Programa de pós-graduação em Ciências Ambientais, e-mail: 
bruno.marques@posgrad.unesp.sorocaba.br 
2 e 3 Doutorando, UNESP Sorocaba – Programa de pós-graduação em Ciências Ambientais 
4 e 5 Professor, doutor, UNESP Sorocaba - Programa de pós-graduação em Ciências Ambientais 
 
 
RESUMO 
O estudo ambiental das bacias hidrográficas é muito importante, pois permite compreender 
de uma forma sistêmica os impactos ambientais que a ocupação humana pode causar. Uma 
das maneiras para avaliar uma área é observar a paisagem, pois nos permite compreender o 
quanto as ações antrópicas podem alterar o ambiente natural resultando em danos 
ambientais, muitas vezes irreversíveis. O objetivo do trabalho foi avaliar 7 pontos na bacia 
hidrográfica do rio Jundiaí-Mirim através da análise de paisagem, disposta entre os meios 
físico, biótico e antrópico. Os resultados mostraram uma situação preocupante para a bacia 
hidrográfica com índice de eficiência ambiental de 38,95%. Mesmo todos os meios 
apresentarem baixos índices de eficiência, o meio biótico foi o que recebeu as piores notas. 
A metodologia aplicada se mostrou muito eficiente, seus resultados podem colaborar para a 
construção de um plano de gestão ambiental que contemple promova o aumento dos índices 
apresentados. 
Palavras-chave: Análise de paisagem, bacia hidrográfica, gestão ambiental. 
 
INTRODUÇÃO 
As bacias hidrográficas tem um papel muito importante para a gestão territorial, 
consistem na integração dos aspectos físicos, biológicos, sociais, econômicos e suas 
interações com os diversos recursos ambientais, sendo de extrema importância para a 
manutenção da qualidade ambiental dos municípios e da vida de sua população. A 
ocupação humana aliada a falta de planejamento trouxeram consigo significativos impactos 
ambientais que podem ser classificados em benéficos ou adversos, diretos ou indiretos, 
 
8 
reversíveis ou irreversíveis, imediatos ou em longo prazo, temporários ou permanentes 
(FREITAS, 2012). 
Cada vez mais as pesquisas e os dados levantados ao longo desses anos nos 
mostram que os caminhos percorridos até agora não podem mais ser a nossa realidade, é 
perceptível que nossa ocupação modifica a paisagem natural e causa danos ambientais 
extremos. 
Para Breda & Zacharias (2010), a leitura do espaço implica em compreender as 
paisagens a ele relacionadas, assim refletidas no resultado da vida dos homens, da 
sociedade na busca da sobrevivência e satisfação de suas necessidades. Demmer & Perreira 
(2011) afirmam que a leitura da paisagem quando utilizada como instrumento didático, 
pauta a criatividade, tendo em vista que sua metodologia (pesquisa – ação – participante) é 
desencadeada pelo sujeito efetivamente emergido na construção do processo de análise. 
Estes autores concluem que a leitura da paisagem possibilitou caminhas sobre a teoria 
ambiental proporcionando uma ferramenta que permite a partilha, a ressignificação e a 
produção de saberes em cada tempo e contexto. Ao analisar uma paisagem percebe-se 
impactos e danos ambientais decorrentes das atividades antrópicas. É preciso criar 
ambientes harmoniosos, com solos bem consolidados, interagindo com a dinâmica natural e 
inserindo a variável ambiental em todas as atividades. 
Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma avaliação 
ambiental na bacia hidrográfica do rio Jundiaí-Mirim, utilizando a técnica da análise de 
paisagem, adaptada da metodologia proposta por Peche Filho et. al. (2014), e visa entender 
quais os impactos ambientais, sejam eles negativos ou positivos, causados pelas atividades 
cotidianas do local sobre os meios bióticos, físicos e antrópicos. Esse trabalho nos permite 
um entendimento pleno de quais são os reais problemas do local, fornecendo assim 
subsídios para a elaboração de um plano de Sistema de Gestão Ambiental. 
 
METODOLOGIA 
As avaliações ocorreram em 7 pontos da bacia hidrográfica, localizada entre os 
municípios de Campo Limpo Pailista, Jarinú e Jundiaí (Figura 1), onde foi utilizada a 
 
9 
metodologia da análise de paisagem para avaliação agroambiental em campo, cada local 
visitado foi fotografado, marcado com GPS, através de uma matriz de interação, utilizando 
critérios indicadores de impactos ambientais para os meios biótico, físico e antrópico com 
base numa escala de 1 (alta intensidade) a 5 (baixa intensidade) com valores subjetivos 
(Tabela 1). 
 
Figura 1. Localização dos pontos de avaliação na bacia hidrográfica. 
 
 
Após o processamento dos dados calculou-se o Índice de Eficiência dos pontos através 
da equação a seguir (Equação I). 
 ( ) 
∑ 
∑ 
 
 
 
 
 
 
10 
Onde, 
 corresponde ao Índice de Eficiência Ambiental da paisagem; 
 corresponde ao número de pontos avaliados; 
 x corresponde ao valor obtido no processo de avaliação; 
 y corresponde ao valor máximo na escala de avaliação. 
 
Tabela 1. Indicadores ambientais para análise de paisagem. 
MEIO INDICADORESBiótico 
Densidade vegetal 
Diversidade vegetal 
Indícios de regeneração natural 
Contaminação biológica 
Proteção ciliar 
Cobertura do solo 
Físico 
Cicatrizes de erosão 
Deposição de sedimentos 
Selamento superficial 
Enxurrada 
Antrópico 
Ocupação do solo 
Potencial de carga difusa 
Práticas conservacionistas 
Tráfego de veículos 
Condição da estrada 
Risco de acidentes 
Risco de contaminação 
Resíduos sólidos 
Risco de incêndio 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
As avaliações realizadas nos sete pontos ao longo da bacia mostraram um índice de 
eficiência ambiental de 38,95%, isso mostra uma situação muito preocupante, dada a 
importância da bacia hidrográfica para o município de Jundiaí e região. De acordo com os 
resultados da avaliação é muitos indicadores receberam nota 1 e nenhum ponto obteve nota 
5. 
 
11 
Dentre todos os aspectos avaliados o meio biótico foi oque apresentou os menores 
índices, apresentando-se com 38,21%, seguindo pelo meio antrópico com 39,18% e o meio 
antrópico com 40%, estes resultados são observados no gráfico abaixo (Figura 2). 
 
Figura 2. Índice de eficiência ambiental. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
As avaliações mostraram um cenário preocupante para a bacia hidrográfica do rio 
Jundiaí-Mirim, portanto algumas ações são necessárias para promover o aumento dos 
índices de eficiência ambiental para a região, assim, podemos concluir que: 
1. A metodologia aplicada se mostrou eficiente para avaliar as situações de 
impactos e danos ambientais em bacias hidrográficas. 
2. De uma maneira geral a bacia hidrográfica encontra-se em um estado crítico 
do ponto vista ambiental, principalmente nos meios bióticos. 
3. Faz-se necessário abranger o estudo em mais pontos de avaliação para 
verificar com maior exatidão a eficiência ambiental da bacia hidrográfica. 
4. De acordo com os resultados apresentados, fica evidente a necessidade de 
um plano de gestão ambiental para a bacia hidrográfica do rio Jundiaí-Mirim, que 
37,00
37,50
38,00
38,50
39,00
39,50
40,00
40,50
Global Biótico Físico Antrópico
Global
Biótico
Físico
Antrópico
 
12 
contemple o constante aumento dos índices de eficiência ambientais nos meios bióticos, 
físicos e antrópicos. 
 
REFERÊNCIAS 
Breda, T.V.; Zacharias, A.A. Leitura de Paisagens através de trabalhos de campo: Um 
relato da experiência vivenciado no Município de Ourinhos – SP. Revista 
Geográfica de Pesquisa, V.4 N.2. UNESP – Ourinhos, SP. 24p. 2010. 
Demmer, B.C.; Perreira, Y.C.C. Educação ambiental e estudo da paisagem: A percepção 
para responsabilidade sócio ambiental. Revista “Olhar de Professores”. Ponta 
Grossa – PR, N.14. p255-272. 2011. Acesso em 18/01/2014. Disponível em: 
http//www.revistas2.uepg.br/índex.php/olharesdeprofessores. 
FREITAS, E. P. Análise integrada do mapa de uso e ocupação das terras da microbacia do 
Rio Jundiaí-Mirim para fins de gestão ambiental. 2012. 110f. Dissertação (Mestrado 
em Agricultura Tropical e Subtropical) - Instituto Agronômico de Campinas-IAC, 
Campinas. 
Peche Filho, A.; Ribeiro, A. I.; Fengler, F. H.; Medeiros, G. A.; Freitas, E. P.; Storino, M.; 
Marques, B. V.; Queiroz, D. F. A. Método de estratificação de ambientes para 
gestão de áreas degradadas. In: XI Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poços 
de Caldas. Anais. v. 6. Poços de Caldas, 2014. 
 
13 
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DA ÁGUA DA BACIA DO 
RIO JUNDIAÍ-MIRIM UTILIZANDO SONDA MULTIPARÂMETROS 
PIRES, Ariane Apª Felix1; PASETTO, Sabrina2; SANTOS, Larissa Gonçalves3; MACHADO, Leila Santos4; 
FILHO, Afonso Peche5; RIBEIRO, Admilson Írio6; MEDEIROS, Gerson Araújo7. 
1Bacharel em Química, IMAPES, Doutoranda em Ciências Ambientais, UNESP – Sorocaba, arianepires9003@hotmail.com 
2Tecnóloga em Gestão Ambiental, Mestranda em Ciências Ambientais, UNESP – Sorocaba; 
3Bióloga, PUC – Sorocaba, Mestranda em Ciências Ambientais, UNESP – Sorocaba; 
4Bióloga, Mestranda em Ciências Ambientais, UNESP – Sorocaba; 
5Pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC); 
6,7Professor, Recuperação de áreas degradadas e Gestão Ambiental, Unesp – Sorocaba. 
 
RESUMO 
Segundo CUNHA (2008), a qualidade da água de uma bacia pode ser influenciada por 
fatores como: cobertura vegetal, topografia, geologia, uso e manejo do solo. Esses fatores 
são responsáveis por disponibilizar e regular a quantidade de sedimento e nutrientes que 
serão levados nos cursos d‟água e, consequentemente, modificar suas características físicas, 
químicas e biológicas (CUNHA, 2008). A qualidade físico-química e biológica da água da 
Bacia do Jundiaí-Mirim foi avaliada com a Sonda Multiparâmetros em seis pontos 
selecionados ao decorrer da bacia, o que permitiu conhecer a qualidade em que se 
encontram as águas da bacia do rio Jundiaí-Mirim e compreender a influência que o estado 
do meio ambiente que envolve o corpo hídrico exerce sobre a qualidade de sua água. 
Palavras-chave: parâmetros físico-químicos, abastecimento hídrico, gestão ambiental. 
 
INTRODUÇÃO 
Impactos causados pelo homem causam alterações no sistema aquático. Em áreas 
adjacentes aos cursos de água com o uso do solo, a descarga de efluentes domésticos e 
industriais, aumente de níveis de nutrientes por fontes pontuais são exemplos cotidianos 
que afetam a qualidade e disponibilidade de recursos hídricos (BUSS, et al 2002). 
Além da erosão, alterações no uso do solo têm provocado modificações no 
comportamento das bacias hidrográficas logo nos canais fluviais, alterando a qualidade da 
água (FREITAS, 2012). 
Segundo CUNHA (2008), a qualidade da água de uma bacia pode ser influenciada 
por fatores como: cobertura vegetal, topografia, geologia, uso e manejo do solo. Esses 
fatores são responsáveis por disponibilizar e regular a quantidade de sedimento e nutrientes 
 
14 
que serão levados nos cursos d‟água e, consequentemente, modificar suas características 
físicas, químicas e biológicas (CUNHA, 2008). 
Para se conhecer a qualidade da água em bacias hidrográficas, a sua avaliação se 
tona fundamental. A avaliação da qualidade das águas de bacias deve ter como base as 
características físicas, químicas e biológicas, no sentido de fornecer um espectro completo 
de informações para um manejo adequado dos recursos hídricos (CALLISTO & ESTEVES, 
1998). 
O rio Jundiaí Mirim é a principal sub-bacia do rio Jundiaí, sendo principal 
manancial de abastecimento do município, abastecendo a represa de acumulação 
(construída para armazenar a água que chega da bacia do Rio Jundiaí-Mirim) e captação (às 
margens da Rodovia Vereador Geraldo Dias) do Jundiaí Mirim (Departamento de Água e 
Esgoto). 
Para a preservação dos recursos hídricos, segundo TAVARES (et al, 2005), a 
identificação de variáveis ambientais de uma área deve subsidiar o diagnostico e 
planejamento de uso e ocupação do solo, o qual é uma etapa para minimizar a erosão do 
solo. 
Com a utilização de ferramentas como Sistema de Informação Geográfica (SIG) por 
TAVARES (et al, 2005) e FREITAS (2012), é possível reconhecer o diagnostico do risco 
de erosão, pela uso e ocupação do solo entorno da bacia na zona de área de proteção 
permanente (APP). Essa ferramenta, juntamente a avaliação da qualidade da água, 
contribui para que medidas norteadoras de gestão sejam tomadas em relação à bacia. 
O objetivo deste trabalho foi avaliar as qualidades físico-químicas e biológicas da 
água da Bacia do Jundiaí Mirim com a utilização da Sonda Multiparâmetros em seis pontos 
selecionados ao decorrer da bacia. 
 
METODOLOGIA 
O rio Jundiaí-Mirim é afluente da margem direita do rio Jundiaí, nasce em 
Mairiporã e percorre os municípios de Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista, Jundiaí, 
Itupeva, Indaiatuba e Salto. Abrange uma área de 11750 km² situada entre as latitudes 
 
15 
23º00‟ e 23º30‟ Sul e longitudes 46º30‟ e 47º15‟ Oeste; distribuída em três municípios 
vizinhos: Jundiaí com 58,5 % da área, Jarinú e Campo Limpo Paulista com 34 % e 7,5 %respectivamente (MORAES et al., 2002). Os dados foram analisados por Análise dos 
Componentes Principais (ACP), com base em uma matriz de correlação, a fim de 
identificar as variáveis mais importantes na formação dos padrões espaciais. A matriz de 
correlações elimina o efeito das diferentes unidades de mensuração, tornando desnecessária 
a padronização da matriz escalar (Valentin, 2000). 
Sólidos Totais 
Para o cálculo dos sólidos totais na água utilizou-se a fórmula: 
ST= (P2 - P1)/V x 1000 
Em que ST = sólidos totais (mg/L); P1 = Peso do béquer seco em estufa sem a 
amostra (g); P2 = Peso do béquer seco em estufa com a amostra (g) e V = Volume da 
amostra utilizado para evaporação (L). 
Clorofila a 
Para a análise da clorofila a, efetuou-se a filtragem da água em filtros analíticos de 
microfibra de vidro utilizando-se de bomba de sucção e erlenmeyer. Para a extração do 
pigmento, os filtros foram macerados com auxílio de pistilo acrescentando 10 ml de 
acetona 90% conservada em geladeira e alcalinizada, em seguida, as amostras foram 
despejadas em tubos falcon enrolados em papel alumínio e levados até a geladeira por 24 
horas antes da leitura. Após este período, levam-se os tubos a centrífuga a 3000 rpm por um 
período de 5 minutos e em seguida realiza-se a leitura do sobrenadante em cubetas de 10 
mm de passo ótico em espectrofotômetro contra o branco (acetona 90%), nos seguintes 
comprimentos de onda: 750 e 665 nm. Para a obtenção dos pigmentos degradados, 
acidifica-se com algumas gotas de HCL 1 N, deixando o pH por volta de 3,0. 
Fósforo 
A análise de fósforo total foi realizada por meio de kit comercial (Test´N Tube total 
phosphate -0 - 3,5 mg/LReagent Set 2742645, Marca Hach Lange. 
Sonda Multiparâmetros 
 
16 
 A sonda utilizada para avaliação das propriedades físicas da água foi Horiba 
modelo U50. Os parâmetros avaliados foram pH, condutividade elétrica, temperatura, 
oxigênio dissolvido e turbidez. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
De acordo com o Decreto 10.755/77, o qual dispõe sobre o enquadramento dos 
corpos d´água, o rio Jundiaí-Mirim e seus afluentes, até o ponto de captação de água para 
abastecimento do município de Jundiaí, são enquadrados dentro da Classe I. A Tabela 1 a 
seguir apresenta os valores encontrados para os parâmetros analisados nos pontos 
amostrados na bacia do rio Jundiaí-Mirim. Observa-se que os coeficientes de variação 
correspondentes aos parâmetros físico-químicos sólidos totais, fósforo total e turbidez são 
os parâmetros de maior variação ao longo da bacia, indicando a existência de 
heterogeneidade na qualidade ambiental da água de acordo com a localização do curso 
d‟água, podendo-se dizer que há influência das condições ambientais (meio urbanizado, 
poluído ou de represamento, por exemplo) em o corpo hídrico se encontra envolvido. Da 
mesma forma, o parâmetro biológico analisado, clorofila a também apresentou elevada 
variabilidade dentre os pontos de coleta. 
Comparando com a Resolução CONAMA 357/2005 para águas doces classe I, 
temos que os valores: i) sólidos totais, nitrogênio total, oxigênio dissolvido e pH 
encontram-se dentro dos limites estabelecidos, sendo 500mg/L, 3,7mg/L, ≥ a 6mg/L e entre 
6,0 e 9,0, respectivamente. Por outro lado, os valores de clorofila a analisados, exceto para 
o ponto 3 – valor nulo-, excedem consideravelmente os níveis tolerados pela resolução, que 
é de 10μg/L, assim como a concentração de fósforo está muito superior ao limite (0,1mg/L) 
em todos os pontos, contudo, no ponto 6 há uma grande redução da sua concentração, 
mostrando que o represamento da água da bacia no reservatório proporciona a auto-
depuração da água, além de ser um indício da ocorrência de sedimentação no fundo do 
reservatório. A turbidez ultrapassou o limite (até 40 NTU) nos pontos 3, 4 e 5, 
corroborando à observação paisagística realizada nestes locais em que era perceptível a 
 
17 
escura coloração da água decorrente da maior concentração de sólidos, como pode ser 
verificado na Tabela 1. 
 
Tabela 1. Parâmetros analisados nos seis pontos de coleta na bacia do rio Jundiaí- Mirim. 
Pontos amostrados ST 
(mg/L) 
Cla 
(mg/L) 
NT 
(mg/L) 
PT 
(mg/L) 
T (°C) pH 
CE 
(mS/cm) 
Turb 
(NTU) 
OD 
(mg/L) 
P1 Transposição 30,5 0,67 1,2 290 22,01 6,99 0,115 6,6 8,81 
P2 Reservatório agrícola 12,22 2,67 0,95 270 23,22 6,98 0,109 16,9 9,68 
P3 Ponte na estrada 15,78 0 0,95 410 20,99 7,37 0,105 143 10,38 
P4 Restaurante 18,89 0,89 1,3 360 21,73 7,47 0,105 186 10,54 
P5 Antes do reservatório 52,8 1,07 1,5 790 20,94 7,51 0,108 132 11,35 
P6 Depois do reservatório 10,89 0,89 1,15 70 20,97 7,43 0,097 2,9 10,69 
 
Média 23,51 1,03 1,18 365,00 21,64 7,29 0,11 81,23 10,24 
 
Desvio 15,97 0,89 0,21 238,47 0,89 0,24 0,01 81,50 0,88 
 CV 67,90 86,09 18,00 65,34 4,13 3,32 5,56 100,33 8,63 
Dados: CV = coeficiente de variação. ST = sólidos totais; Cla = clorofila a; NT = nitrogênio total; PT = 
fósforo total; CE = condutividade elétrica, Turb = turbidez; OD = oxigênio dissolvido. 
 
Relativamente à ACP, os dois primeiros eixos explicaram 76,13% da variação total 
dos dados, sendo 47,97% pelo eixo 1 e 28,16% pelo eixo 2. Os parâmetros que mais 
influenciaram o arranjo no eixo 1 foram sólidos totais e fósforo total, com seus valores para 
todos os pontos, conforme discutido anteriormente, todavia, os pontos 4 e 5 foram os que 
mais apresentaram influência desses parâmetros sobre a avaliação realizada. A influência 
desses parâmetros sobre esses pontos pode ser compreendida pelo ambiente entorno do 
curso hídrico da bacia, nos quais há intensa urbanização (circulação de pessoas e 
automóveis), além da poluição gerada por essas atividades no meio ambiente (presença de 
lixo sólido e potencial presença de esgoto não tratado, devido à ocupação imobiliária 
extremamente próxima no curso da bacia). No eixo 2 destacou-se, principalmente, a 
condutividade elétrica, porém os valores obtidos para esse parâmetro não apresentaram 
grande variação dentre os pontos de amostragem, além de não compor um requisito básico 
indicativo da qualidade da água utilizada para abastecimento populacional. 
 
18 
Figura 1. Análise de Componentes Principais (ACP) de Correlação, de parâmetros físico-
químicos e biológicos das águas superficiais de 6 pontos de coleta na bacia do rio Jundiaí-
Mirim. 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A avaliação dos parâmetros físico-químicos promovida neste estudo, aliada à 
observação paisagística do ambiente, viabilizada pelas disciplinas de Gestão Ambiental e 
Recuperação de Áreas Degradadas, permitiu conhecer a qualidade em que se encontram as 
águas da bacia do rio Jundiaí-Mirim, sendo que foram encontrados valores que extrapolam 
os limites determinados para água doce de classe I, tornando sua qualidade inadequada para 
os fins de abastecimento que apresenta, principalmente pelos altos níveis de fósforo e 
sólidos totais. Também foi possível compreender a influência que o estado do meio 
ambiente que envolve o corpo hídrico exerce sobre a qualidade da água. Desta forma, a 
bacia do rio Jundiaí-Mirim necessita de programas de revitalização e gestão ambiental, 
tanto das áreas em que seu curso percorre quanto por parte da educação ambiental da 
 
19 
população, de modo a recuperar a qualidade da água e preservar esse recurso único e 
imprescindível à vida. 
 
REFERÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO DE JUNDIAÍ – SP (DAE). Acesso em: 
novembro/2014. Disponível em:<http://www.daejundiai.com.br/estrutura/unidades-
externas/complexo-da-barragem-do-rio-jundiai-mirimrepresa-do-parque-da-
cidade/> 
BUSS, D. F.; BAPTISTA, D. F.; SILVEIRA, M. P. NESSIMIAN, J. L.; DORVILLÉ, L. F. 
M. Influence of water chemistry and environmental degradation on 
macroinvertebrate assemblages in a river basin in south-east Brazil. Hydrobiologia, 
v.481, p.125-136, 2002. 
CALLISTO, M.; ESTEVES, F. A. Biomonitoramento da macrofauna bentônica de 
Chironomidae (Diptera)em dois igarapés amazônicos sob influência das atividades 
de uma mineração bauxita. In: Ecologia de Insetos Aquáticos. Series Oecologia 
Brasiliensis, vol.V. PPGE-UFRJ. Rio de Janeiro, p.299-309, 1998. 
CLARK, E.H. II. The off-site costs of soil erosion. Journal of Soil and Water 
Conservation, v. 40, n.1, p. 19-22, 1985. 
CROSSON, P. Soil Quality and agricultural development. In: EVENSON, R.; PINGALI, P. 
(eds.). Handbook of Agricultural Economics. Volume 3 – Agricultural 
Development: farmers, farm production and farm markets. Amsterdam: North-
Holland, 2007, p. 2911-2932. 
CUNHA, C. de A. G. da. A influência do uso e ocupação do solo na qualidade das águas do 
rio Jacupiranga, Vale do Ribeira de Iguape, São Paulo, Brasil. In: CONGRESO 
INTERAMERICANO AIDIS, 31, 2008, Santiago. Anais. São Paulo: Associação 
Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2008. 
FREITAS, E.P.Análise integrada do mapa de uso e ocupação das terras da microbacia 
do rio Jundiaí-Mirim para fins de gestão ambiental. 2012. Dissertação 
(Mestrado Gestão de Recursos Agroambientais.) – Instituto Agronômico de 
Campinas- IAC, Campinas. 
MARQUES, J. F. Efeitos da erosão do solo na geração de energia elétrica: uma abordagem 
da economia ambiental. 1995. 257f. Dissertação (Doutorado em Economia) – 
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade-USP, São Paulo. 
MORAES, J. F. L.; CARVALHO, Y.M.C.; PECHE FILHO, A. Diagnóstico 
Agroambiental para Gestão e Monitoramento da Bacia do Rio Jundiaí Mirim. 
InstitutoAgronômico de Campinas (IAC). Jundiaí, 2002. 
PIMENTEL, D.; HARVEY, C.; RESOSUDARMO, P.; SINCLAIR, K.; KURZ, D.; 
MCNAIR, M.; CRIST, S.; SPHPRITZ, L.; FITTON, L.; SAFFOURI, R.; BLAIR, 
R. Environmental and economic costs of soil erosion and conservation benefits. 
Science, v. 267, n. 5201, p. 1117-1123, 1995. 
VALENTIN, J.L. Ecologia numérica. Rio de Janeiro: Interciência, 2000. 
 
20 
AVALIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE FÁRMACOS NA BACIA DO RIO 
JUNDIAÍ MIRIM 
COLA, Diego Faria1, FERREIRA, Helio Henrique2, RIBEIRO, Admilson Irio3, PECHE FILHO, Afonso4, 
MEDEIROS, Gerson Araujo3 
1Biotecnólogo, mestrando em Ciências Ambientais, UNESP - Sorocaba, Bolsista FAPESP, email: coladf@gmail.com, 
2Enfermeiro, mestrando em Ciências Ambientais, UNESP – Sorocaba, 
3 Professor, Recuperação de Áreas Degradadas e Gestão Ambiental, PPGCA UNESP Campus Sorocaba 
4 Pesquisador do CEA-IAC, Doutorando em Ciências Ambientais (UNESP) 
 
RESUMO 
Com o intuito de aumentar a quantidade e qualidade de seus produtos, o sistema de 
produção animal utiliza uma grande quantidade de compostos bioativos, como os fármacos 
veterinários. Um exemplo é a Ivermectina, amplamente utilizada a fim de minimizar os 
impactos de ectoparasitas e, assim, aumentar a produtividade. Embora tenham um papel 
importante na produção animal, os fármacos veterinários podem causar um grande impacto 
ao ambiente. Os compostos bioativos podem ser considerados como contaminantes dos 
recursos hídricos, sendo encontrados em massas de água superficiais, bem como no 
subsolo. Este trabalho tem como objetivo analisar amostras de água da bacia do rio Jundiaí 
Mirim utilizando-se a técnica de cromatografia líquida (CLAE), para monitorar a presença 
da droga veterinária Ivermectina, amplamente utilizada na criação de animais. 
Palavras-chave: Ivermectina; fármacos veterinários; ectoparasitas, gestão ambiental. 
 
INTRODUÇÃO 
O rebanho comercial de bovinos brasileiro é o maior do mundo (ANUALPEC, 
2010) e nos últimos anos a bovinocultura de corte tem sido motivada pela demanda 
mundial de carnes nobres. A produtividade do gado depende de vários fatores, dos quais, 
podemos destacar a saúde do animal, pois a ocorrência de doenças provoca alteração no 
organismo e prejudicam o desempenho produtivo do animal (JUNIOR, 1996). Nesse 
contexto, os ectoparasitas podem causar perda de peso, prejuízos ao couro dos animais, 
transmissão de agentes patógenos e produção de lesões que predispõem os animais a 
infecções secundárias. Estes parasitas, além de sugarem o sangue e furarem o couro, 
também mantêm os animais sob estresse contínuo, reduzindo a sua produtividade 
(WEGHER, 2010). 
 
21 
No combate e controle de parasitas utilizam-se os fármacos veterinários, como a 
Ivermectina, utilizada para tratamento das infestações por sarnas sarcóptica, otodécica e 
demodécica (BOOTH; McDONALD, 1992; ANDRADE; RODRIGUES, 2002) (Figura 1). 
Nesse composto o mecanismo de ação ocorre através do estimulo da liberação do 
neurotransmissor inibidor GABA (ácido gama-aminobutírico) na fenda sináptica entre 
interneurônios do cordão central e neurônios motores (BILL, 1993; McCALL et al., 1996). 
 
Figura 1. Estrutura química da Ivermectina. 
 
Fonte: Möller, 2004 
 
As possíveis reações adversas provocadas pela administração da Ivermectina são 
conhecidas e documentadas na literatura médico-veterinária. Uma forma de entrada desse 
composto no meio ambiente é por meio dos efluentes veterinários, que apresentam 
concentrações elevadas de fármacos veterinários, antibióticos, desinfetantes e produtos 
químicos, que geralmente são lançados sem tratamento prévio nas redes urbanas de 
drenagem (VECCHIA et al., 2009). Consequentemente, quando não tratados são 
importantes contaminantes de mananciais de água potável, tanto superficial quanto 
subterrânea, e linhagens multirresistentes de fármacos veterinários e antibioticos podem 
representar riscos à saúde pública se atingirem o sistema de abastecimento (VECCHIA et 
al., 2009). 
Recentemente, o monitoramento de fármacos residuais no meio ambiente vem 
ganhando grande interesse devido ao fato de muitas dessas substâncias serem 
 
22 
frequentemente encontradas em efluentes de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) e 
águas naturais, em concentrações na faixa de µg/L e ng/L. Estudos relatam que a presença 
de fármacos residuais em águas superficiais pode ser um indicativo de contaminação por 
esgoto das ETEs (PRADO, 2007; CETESB, 2011). Nesse contexto, o presente trabalho tem 
como objetivo avaliar a presença da droga veterinária Ivermectina em amostras de água da 
bacia do rio Jundiaí Mirim utilizando-se a técnica de cromatografia líquida (CLAE), 
visando possíveis tomadas de decisões em gestão ambiental. 
 
METODOLOGIA 
A quantificação do fármaco veterinário ivermectina foi realizada por cromatografia 
líquida de alta eficiência (CLAE), utilizando-se um equipamento da Varian® Pro Star. No 
início do desenvolvimento da metodologia analítica para a quantificação do fármaco 
ivermectina por CLAE, as condições cromatográficas foram ajustadas, buscando um pico 
simétrico e um menor tempo de corrida, portanto, variações na concentração das soluções 
do fármaco, e também na constituição da fase móvel foram realizadas para obter uma 
melhor condição cromatográfica. As condições cromatográficas utilizadas para a 
quantificação dos herbicidas ao longo do projeto estão descritas na Tabela 1. 
 
Tabela 1. Condições cromatográficas para validação da metodologia analítica para 
quantificação do fármaco veterinário ivermectina. 
Amostra 
Fase Móvel 
Volume de Injeção 
Fluxo 
Temperatura 
Detector 
Coluna 
Cromatográfica 
Ivermectina 
Acetonitrila/água/metanol (250/90/10) (v/v) 
100 μL 
1,5 mL/min 
Ambiente (15 oC) 
Ultravioleta (UV), = 246 nm 
Phenomenex, Gimini 5μ C18 110A, 150 x 4,60 
nm 
 
 
23 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
As condições cromatográficas utilizadas foram consideradas adequadas para a 
análise das amostras, pois foi possível obter pico simétrico de Ivermectina (Figura 2) 
tornando a análise viável, realizando corridas cromatográficas com um tempo médio de 12 
minutos. 
A Figura 3 demonstra os cromatogramas dos pontos analisados. Observa-se que em 
nenhum dos pontos foi observado um pico correspondente à Ivermectina, o que significa 
que com as condições utilizadas não foi possível detectar o fármaco nas amostras 
analisadas 
 
Figura 2. Cromatogramada Ivermectina obtida sob as condições anteriormente descritas. 
 
 
 
24 
 
Figura 3. Cromatogramas correspondentes aos pontos amostrais analisados. a) Ponto 1; b) 
Ponto 2; c) Ponto 3; d) Ponto 4; e) Ponto 5; f) Ponto 6; g) Ponto 7. 
 
 a b 
 
 c d 
 
 e f 
 
g 
 
 
 
25 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Conforme as condições cromatográficas propostas para a análise do fármaco 
veterinário, não foi possível sua detecção nos pontos amostrais analisados. Contudo, isto 
não nos garante a ausência deste fármaco na bacia do rio Jundiaí Mirim, pois na data da 
amostragem houve a transposição de águas do rio Atibaia e que afetou consideravelmente o 
regime hídrico da bacia. Sugere-se realizar análises em equipamentos com limites de 
quantificação e detecção menores, tornando isto uma alternativa viável para a detecção 
deste composto. Analisar outros compostos bioativos utilizados na agropecuária também 
pode agregar resultados para possíveis tomadas de decisões em gestão ambiental. 
 
REFERÊNCIAS 
ANDRADE, S. F.; RODRIGUES, A. S. Regras básicas para o uso de ivermectina na 
clínica de pequenos animais. A Hora Veterinária, v. 21, n. 125, p. 53-57, 2002. 
ANUALPEC. Anuário da Pecuária Brasileira. São Paulo: Agra FNP Pesquisas, 2010. 
BILL, R. Pharmacology for veterinary technicians. California: A&Chnicians, 1993. 
BOOTH, N. H.; McDONALD, L. E. Farmacologia e terapêutica veterinária. 7. ed. Rio 
de Janeiro, Guanabara Koogan, 1992. 
CETESB. Levantamento E Diagnóstico De Enterovirus Em Mananciais Que 
Abastecem Os Principais Municípios Do Estado De São Paulo. 2011. 
JUNIOR, V. C. Características de adaptação nos cruzamentos de raças européias x 
zebu; Cadernos Técnicos Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas 
Gerais, n. 18, p. 29-35, 1996. 
McCALL, J. W.; LINDEMANN, B. A.; PORTER, C. A. Evaluation of ivermectim and 
milbemycin oxime efficacy against Dirofilaria immitis infections of three and 
four months’ duration in dogs. American journal of veterinary research. v. 57, n. 
8, p. 1189-1196, 1996. 
MÖLLER, V.M. Avaliação da toxicidade sistêmica e reprodutiva dos antiparasitários à 
base de ivermectina e de lufenurona em ratas Wistar. 2004, 92 f. Dissertação 
(mestrado) – Faculdade de veterinária, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 
Rio Grande do Sul, 2004. 
PRADO T. Avaliação da eficiência de um sistema de tratamento de efluente hospitalar 
por processo anaeróbio na remoção de coliformes, Pseudomonas aeruginosa , 
Klebsiella pneumoniae resistentes a antibióticos e Vírus da Hepatite A. 
Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz Escola Nacional De Saúde Pública – Ensp 
Departamento De Saneamento E Saúde Ambiental – DSS. 2007. 
VECCHIA, A.D.; THEWES, M.R.; HARB NAIME, R.; SPILKI, F.R. Diagnóstico sobre a 
situação do tratamento do esgoto hospitalar no Brasil. 2009 
 
26 
WEGHER, E. A. Nova tecnologia garante aumento na produtividade dos bovinos 
baseada no controle de verminoses e outros parasitas, 2010. 
 
 
27 
ANÁLISE DE CARBONO ORGÂNICO TOTAL E CARBONO ORGÂNICO 
DISSOLVIDO NA SUB-BACIA DO RIO JUNDIAÍ-MIRIM, JUNDIAÍ - SP 
SILVA, Francisco Carlos da.1; COLA, Diego Faria2; MACHADO, Fernando Henrique3; GONTIJO, Erik 
Sartori Jeunon4; PECHE-FILHO, Afonso5; ; RIBEIRO, Admilson Írio6; MEDEIROS, Gerson Araujo6 
1 Químico, doutorando, bolsista Capes, PPGCA/UNESP/Sorocaba, e-mail: fracarlos@posgrad.sorocaba.unesp.br 
2 Biotecnológo, mestrando, bolsista Fapesp, PPGCA/UNESP/Sorocaba 
3 Administrador - Gestor Ambiental, doutorando, bolsista Capes, PPGCA/UNESP/Sorocaba 
4 Eng. Ambiental, doutorando, bolsista Fapesp, PPGCA/UNESP/Sorocaba 
5 Agrônomo, pesquisador científico nível VI, CEA/IAC,doutorando, PPGCA/UNESP/Sorocaba 
6 Eng. Agrícola, docente das disciplinas de Recuperação de Áreas Degradadas e Gestão Ambiental PPGCA/UNESP/Sorocaba 
 
RESUMO 
Este trabalho apresenta os resultados de atividades de campo realizadas na sub-bacia do rio 
Jundiai-Mirim, Jundiaí, SP. A área de estudo representa o principal manancial para 
abastecimento de água do município de Jundiaí - SP. A análise de carbono orgânico total 
(COT) e carbono orgânico dissolvido (COD) permite uma quantificação mais precisa da 
matéria orgânica, possibilitando a utilização destes parâmetros como elementos-chave na 
compreensão e representação de ecossistemas aquáticos assim como serve de parâmetros 
para determinarmos possíveis fontes de poluição e/ou contaminação devido à ação 
antrópica. Para determinação do COD e COT foi utilizado o equipamento Analyzer multi 
N/C 3100. Os resultados obtidos tanto para COD como para COT foram baixos 
impossibilitando uma análise sobre a influência antrópica na área. 
Palavras-chave: Carbono Orgânico Total (COT); Carbono Orgânico Dissolvido (COD); 
UGRHI-05; Bacia do rio Jundiaí-Mirim; Qualidade da Água. 
 
INTRODUÇÃO 
A sub-bacia do rio Jundiaí-Mirim é considerada fonte de abastecimento de água 
para o município de Jundiaí. Segundo Moraes (2003) o Departamento de Água e Esgoto 
(DAE) construiu dois reservatórios que capta e trata 97% da água distribuída no município. 
O Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e a prefeitura de Jundiaí realizaram o 
monitoramento nos principais afluentes do rio Jundiaí-Mirim com o intuito de verificar os 
problemas de degradação ambiental por toda sua extensão em função do uso e ocupação do 
solo de maneira indevida (MORAES, 2003). 
 
28 
O carbono orgânico existente na água pode ser agrupado em: carbono orgânico 
dissolvido (COD) e carbono orgânico total (COT). O COD é definido operacionalmente 
como a fração do carbono orgânico que passa em filtro de 0.45 µm. Ele é formado por 
compostos de natureza definida como aminoácidos e carboidratos e compostos de natureza 
indefinida como ácidos húmicos e fúlvicos (ROCHA E ROSA, 2003). Destaca-se que o 
COD é fonte de energia nos sistemas aquáticos, além alterar a acidez da água e influenciar 
na mobilidade e disponibilidade de metais (GOUVEIA NETO, 2006). O COT é constituído 
pela soma do carbono orgânico particulado da biota e pelo material orgânico em suspensão, 
detrito orgânico particulado, etc. A análise de COT considera as parcelas biodegradáveis e 
não biodegradáveis da matéria orgânica, não sofrendo interferência de outros átomos que 
estejam ligados à estrutura orgânica, quantificando apenas o carbono presente na amostra. 
(CETESB, 2009). 
Em águas doces o carbono orgânico origina-se de organismos vivos e de efluentes e 
resíduos produzidos pelo homem. Por isso, o COT é um indicador útil do grau de poluição 
do corpo hídrico. As substâncias húmicas como parte componente do COD também é um 
parâmetro importante a ser considerado em sistemas de tratamento de água, visto que a sua 
presença durante a etapa de cloração pode gerar compostos halogenados, que são 
cancerígenos (ROCHA E ROSA, 2003). Isso é extremamente relevante considerando que a 
parte da água da bacia do rio Jundiaí-Mirim destina-se ao abastecimento público. 
 
METODOLOGIA 
As amostras foram coletadas em 7 (sete) pontos distintos ao longo da bacia do rio 
Jundiaí-Mirim. Para efetuar as analises de carbono orgânico total (COT), as amostras foram 
coletadas em frascos de vidro âmbar previamente limpos e acidificados com ácido fosfórico 
até pH menor que 2 para sua conservação, conforme conta do Standard Methods (APHA 
et.al., 2005). Para o carbono orgânico dissolvido (COD) as amostras foram coletadas e 
filtradas em membrana de 0,45 µm e seguiu-se o mesmo protocolo. As determinações 
foram efetuadas utilizando o equipamento Analyzer multi N/C 3100. 
 
 
29 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Tanto os resultados das análises de COT quanto às análises de COD encontram-se 
na Figura 1, onde percebe-se um decréscimo do COT em toda a extensão analisada. 
Segundo Libânio et al., (2000), o limite para águas naturais estão compreendidos entre 1 e 
20 mg/L, portanto o resultado ficou dentro da conformidade. O COD mantêm-se em 
um suave decréscimoem praticamente todos os pontos analisado excetuando o ponto 7 
(sete) onde houve um decréscimo acentuado. 
O comportamento do carbono orgânico em ambas as curvas pode ser influenciado 
pela transposição das águas da bacia do rio Atibaia. Nos pontos a jusante do ponto de 
transposição está ocorrendo a diluição e degradação do carbono orgânico, o que pode 
ajudar a explicar o decréscimo na concentração. Todavia, apesar dessa diluição, os valores 
observados são superiores aqueles obtidos por Gontijo et al. (2013) cuja variação do COT 
foi de 2,1 a 5.4 mg L-1 e para o COD de 1,6 mg L-1 a 2,5 mg L-1, em uma condição sem 
transposição das águas. 
 
Figura 1. Resultados de COT e COD para amostras coletas na bacia do rio Jundiaí-Mirim 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
5
1 2 3 4 5 6 7
m
g/
L 
Pontos 
COT
COD
 
30 
Os valores encontrados para carbono orgânico total (COT) e carbono orgânico 
dissolvido (COD) foram baixos, o que nos impossibilita afirmar se esta havendo 
contribuição antrópica. Recomenda-se o contínuo monitoramento da área em diversos 
locais e com mais variáveis de modo que possamos correlaciona-las. O ponto de 
transposição apresentou maior teor de COT e COD. O decréscimo do teor de carbono 
orgânico ao longo da bacia pode ser explicado pela sua diluição e decomposição. 
 
REFERENCIAS 
APHA; AWWA; WEF. Standard methods for the examination of water and 
wastewater. 21ª ed. Washington, D.C.: American Public Health Association, 
American Water Works Association and Water Environment Federation, 2005. 
1200 p. 
CETESB. Significado ambiental e sanitário das variáveis de qualidade das águas e dos 
sedimentos e metodologias analíticas e de amostragem. São Paulo, 2009. 
Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/agua/aguas-
superficiais/variaveis.pdf>. Acesso em 10/11/2014 
GOUVEIA NETO, S. C. Concentrações e balanços de Carbono Orgânico Dissolvido em 
duas Bacias do estado de Rondônia: uma comparação entre floresta e pastagem. 
Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo. Centro de Energia Nuclear 
na Agricultura. Piracicaba, 2006. 54 p. 
GONTIJO, E.S.J., MACHADO, F.H.; CARVALHO, M.E.K. Avaliação da qualidade das 
águas do rio Jundiaí-Mirim por meio das análises de carbono orgânico e cloreto. 
Memórias do I Workshop de Integração de Saberes Ambientais. Sorocaba: 
UNESP Campus Sorocaba, 130p., 2013 
LIBÂNIO, M. et al. Avaliação da relevância do carbono orgânico total como 
parâmetro de caracterização de águas de abastecimento. Revista Brasileira de 
Recursos Hídricos. Volume 5. nº 4. Out/Dez 2000, p. 41-55. 
MORAES, J. F. L. de (coord.). Diagnóstico agroambiental para gestão e monitoramento 
da bacia hidrográfica do rio Jundiaí Mirim. Disponível em: 
<http://www.bv.fapesp.br/pt/auxilios/5278/diagnostico-agroambiental-para-gestao-
e-monitoramento-da-bacia-hidrografica-do-rio-jundiai-mirim/>. Acesso em: 11 nov. 
2014. 
ROCHA, J. C.; ROSA, A. H. Substâncias húmicas aquáticas: interação com espécies 
metálicas. 1. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2003. 
 
 
31 
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS E SUAS IMPLICAÇÕES POTENCIAIS PARA 
A SAÚDE HUMANA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JUNDIAÍ-MIRIM, 
JUNDIAÍ – SP 
FERREIRA, Helio Henrique1, MACHADO, Fernando Henrique2, MACHADO, Leila dos Santos3; SANTOS, 
Larissa Gonçalves3, COLA, Diego Faria4, CARDOSO-SILVA, Sheila5; RIBEIRO, Admilson Írio6; 
MEDEIROS, Gerson Araujo6. 
1 Enfermeiro, mestrando em Ciências Ambientais, UNESP - Sorocaba, e-mail: enf_helio_henrique@yahoo.com.br 
2 Administrador - Gestor Ambiental, doutorando em Ciências Ambientais, PPGCA/UNESP 
3Bióloga, mestranda em Ciências Ambientais, PPGCA/UNESP4 Biotecnólogo, mestrando em Ciências Ambientais, PPGCA/UNESP 
5 Bióloga, pós-doutoranda em Ciências Ambientais, PPGCA/UNESP 
6 Eng. Agrícola, docente das disciplinas Recuperação de Áreas Degradadas e Gestão Ambiental, PPGCA/UNESP 
 
RESUMO 
A maioria das doenças de veiculação hídrica são causadas por microrganismos presentes 
em reservatórios de água doce, habitualmente após contaminação dos mesmos por fezes 
humanas ou de animais. A transmissão do agente infeccioso através da água pode ocorrer 
pela ingestão, pelo contato com a pele durante o banho, na preparação de alimentos, ou pelo 
consumo de alimentos lavados com água infectada. Este estudo analisou os padrões 
microbiológicos levantados por Santos et al. (2014) e suas implicações potenciais para a 
saúde humana na bacia hidrográfica do rio Jundiaí-Mirim, Jundiaí – SP, visando as medidas 
que visem resguardar a saúde ambiental e humana. Os resultados demostraram que locais 
periurbanos e urbanos apresentaram a maior incidência de contaminação, indicando a sua 
priorização para medidas de saneamento ambiental e gestão urbana. Por fim, sugere-se que 
haja uma maior educação ambiental. 
 Palavras-chave: Coliformes totais; Coliformes fecais; E. Coli; Patologias; Contaminação; 
Jundiaí-Mirim. 
 
INTRODUÇÃO 
A forma como o ambiente vem sendo utilizado pelo homem nas últimas décadas 
tem levado à degradação dos ecossistemas e o agravamento das condições de vida da 
população que fica com sua saúde exposta a riscos. A água é um dos recursos mais 
importantes do meio ambiente, é essencial à manutenção da vida e primordial para o ciclo 
hidrológico. Conforme o uso que se faz deste recurso pode-se produzir consequências 
mailto:enf_helio_henrique@yahoo.com.br
 
32 
indesejáveis ao ambiente como um todo. A ocupação humana influencia nesta qualidade, 
por meio do lançamento inadequado de resíduos líquidos e sólidos nos rios, da retirada da 
vegetação ripária e da construção das edificações sobre as margens, entre outros fatores. 
Esta situação contribui para a existência de condições ou situações de risco que vão 
influenciar no padrão e nível de saúde da população (CESA et al., 2010). 
As doenças que a água tem transmitido sob forma epidêmica são, em geral, 
exclusivamente de fezes humanas contaminadas por bactérias e vírus, das quais se destaca: 
febre tifóide, febres paratifóides, disenterias bacilares, hepatite A e, sob reserva, a 
poliomielite (CAZAJEIRAS, 2007). Essas doenças de veiculação hidrica ocorrem devido à 
ingestão de alimentos, bebidas, ou água contaminados por microrganismos como bactérias, 
vírus, parasitas, príons e toxinas; ou por produtos químicos, agrotóxicos e metais pesados 
ou outros contaminantes. Tais doenças são conhecidas também como infecção ou 
intoxicação alimentar (CVE, 2009). 
A Portaria 518/04 MS no seu art. 4º VI dá a seguinte definição para Coliformes 
Totais (bactérias do grupo coliforme): bacilos gram-negativos, aeróbios ou anaeróbios 
facultativos, não formadores de esporos, oxidase-negativos, capazes de desenvolver na 
presença de sais biliares ou agentes tensoativos que fermentam a lactose com produção de 
ácido, gás e aldeído a 35,0 ± 0,5ºC em 24-48 horas, e que podem apresentar atividade da 
enzima ß -galactosidase. A maioria das bactérias do grupo coliforme pertence aos gêneros 
Escherichia, Citrobacter, Klebsiella e Enterobacter, embora vários outros gêneros e 
espécies pertençam ao grupo. Inclui bactérias que ocorrem no trato intestinal de animais de 
sangue quente e também em cereais, em solos e em águas e efluentes contendo matéria 
orgânica não necessariamente contaminadas por fezes e por isso, não são indicadores 
adequados da qualidade sanitária de águas in natura. 
A Portaria 518/04 do Ministério da Saúde estabelece que, para águas destinadas a 
consumo humano, não é permitida a presença de coliformes termotolerantes (coliformes 
fecais) em 100 ml da água, devendo ser investigada a origem da ocorrência e tomadas 
providências imediatas de caráter corretivo, preventivo e realizada nova análise; tolera-se 
apenas a presença de coliformes totais (Portaria 518/04). 
 
33 
A simples presença de coliformes totais no sistema de distribuição serve como 
alerta para o desencadeamento de medidas corretivase indica falhas ou possível 
contaminação após o tratamento. 
Dentro desse contexto, este estudo analisou os padrões microbiológicos e suas 
implicações potenciais para a saúde humana na bacia hidrográfica do rio Jundiaí-Mirim, 
Jundiaí – SP, baseado em levantamento de Santos et al. (2014), visando à proposição de 
medidas que visem resguardar a saúde ambiental e humana da região. 
 
METODOLOGIA 
A bacia hidrográfica do rio Jundiaí-Mirim possui 118 km2, é um rio de Classe 1 e 
abrange 3 municípios paulistas na seguinte proporção: Jundiaí (55%), Jarinu (36,6%) e 
Campo Limpo Paulista (8,4%). Esta bacia é estratégica principalmente para a cidade de 
Jundiaí, pois ela fornece 97% da água consumida pelo município (Moraes, 2003). 
O trabalho se baseia em levantamentos realizados por Santos et al. (2014) no dia 24 
de setembro de 2014, na estação seca, em 5 pontos ao longo da bacia do rio Jundiaí Mirim, 
conforme apresentado na Tabela 1: 
 
Tabela 1. Pontos de coleta 
Pontos Coordenada geográfica Descrição dos pontos 
Ponto 2 
Reservatório 
agrícola 
s23º06.240'w046º46.627' 
Localizado em um reservatório agrícola utilizado para 
irrigação de culturas (hortaliças), na região das cabeceiras da 
bacia. Região com características de ambiente rural. 
Ponto 3 
Ponte na estrada 
s23º08.784'w046º48.388' 
Localizado as margens da estrada municipal Natal 
Lorencini, próximo a chácaras e apresentando características 
de um ambiente peri-urbano. 
Ponto 4 
Restaurante 
s23°08.883'w046°49.347' 
Localizado às margens de um empreendimento 
gastronômico, na região central da bacia. 
Ponto 5 
Antes do 
reservatório 
s23º08.828'w046º52.094' 
Localizado a montante do reservatório de acumulação de 
Jundiaí, próximo a residências e do tecido urbano do 
município. 
Ponto 6 
Depois do 
reservatório 
s23º09.828'w046º54.199' 
Localizado a jusante do reservatório de acumulação de 
Jundiaí, nas proximidades do exutório da bacia. 
 
O método de análise utilizado por esses autores foi o colorimétrico IDEXX Quanti-
Tray®/2000 MPN, que consiste em adicionar a amostra em frascos com volume de 100 ml 
 
34 
previamente autoclavados e, após introdução do reagente e homogeneizado, é incubado em 
cartelas a temperatura de 35°C por 24 horas para posterior leitura. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Os resultados de Santos et al. (2014) indicaram uma variação de 816 MPN 100mL-1 
a 38.732 MPN a 100 mL na concentração de coliformes totais na bacia do rio Jundiaí 
Mirim, sendo os pontos 3, 4 e 5 aqueles de maiores valores atingindo 24.196 MPN 100mL-
1, 19.863 MPN 100mL-1 e 38.732 MPN 100mL-1 respectivamente. No ponto 6 foi 
observada a menor concentração. 
Quanto aos coliformes termotolerantes a faixa de variação foi de 24 MPN 100mL-1 a 
1.203 MPN 100mL-1. A mesma tendência observada nos coliformes totais foi verificada 
nos resultados de coliformes fecais, pois os pontos 3, 4 e 5 apresentaram as maiores 
concentrações, as quais alcançaram 1.203 MPN 100mL-1, 921 MPN 100mL-1 e 285 MPN 
100mL-1 respectivamente, excedendo o limite estabelecido pela legislação CONAMA 
357/05, para rios de Classe 1, que não deverá exceder um limite de 200 coliformes 
termotolerantes (ou E. coli) por 100 mililitros em 80% ou mais, de pelo menos 6 amostras, 
coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral. Observa-se tanto para os 
coliformes totais quanto para os fecais que quanto mais urbanizada a região da coleta maior 
a contaminação da água. 
Os resultados demonstram os riscos à saúde pública pelo lançamento de esgoto 
doméstico, provavelmente de áreas urbanizadas. Além de bactérias resistentes, as águas 
contaminadas também contêm outros tipos de microrganismos patogênicos e que podem ser 
veiculados através dos corpos receptores caso não haja um tratamento adequado destes 
efluentes. Indicadores da poluição viral das águas, tais como enterovírus que são os agentes 
etiológicos mais comuns de infecção em humanos causando doenças de pouca gravidade 
(gastroenterite com febre baixa), mas também afecções extremamente graves, como 
miocardite, meningoencefalite e poliomielite, dentre outras. Para que não haja 
contaminação deveria haver uma fiscalização mais adequada além de medida educativas 
 
35 
para conscientizar que agua contaminada poderá trazer patologias e ameaçar a saúde 
pública do município. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Considera-se tratamento adequado, qualquer processo que, em condições de total 
segurança e eficiência, modifica as suas características físicas, químicas e biológicas, 
impedindo a disseminação dos agentes patogênicos ou de qualquer outra forma de 
contaminação acima de limites aceitáveis. A presença de coliformes fecais acima do nível 
permitido ocasiona diversas patologias causadas direta ou indiretamente pela água 
contaminada estão as disenterias, a amebíase, a esquistossomose, a malária, a leishmaniose, 
a cólera, a febre tifóide, entre várias outras que se não tratada adequadamente pode 
ocasionar implicações para saúde humana. 
 
REFERÊNCIAS 
CESA, M. V.; DUARTE, G. M. A qualidade do ambiente e as doenças de veiculação 
hídrica. Geosul, Florianópolis, v. 25, n. 49, p 63-78, jan./jun. 2010. 
CONAMA - CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 357. 
Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu 
enquadramento, Ministério do Meio Ambiente, 2005. 
CVE- CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA. Doenças Relacionadas á agua 
ou transmissão Hídrica. Informe Técnico, 2009. 
MORAES, J. F. L. (coord.) Diagnóstico agroambiental para gestão e monitoramento da 
bacia do rio Jundiaí-Mirim. Relatório Final – 2ª Fase. IAC/IEA/Prefeitura do 
Município de Jundiaí/DAE S/A. Campinas - SP, 2003. 
SANTOS, L.G., MACHADO, L.S., MACHADO, F.H., FERREIRA, H.H., CARDOSO-
SILVA, S.; PECHE FILHO, A., RIBEIRO, A.Í., MEDEIROS, G.A. Variáveis 
microbiológicas na avaliação da qualidade de água da microbacia do rio Jundiaí-
Mirim, Jundiaí – SP. Memórias do II Workshop de Integração de Saberes 
Ambientais. Sorocaba: UNESP Sorocaba, p. 1-5, 2014. [no prelo] 
 
36 
VARIÁVEIS MICROBIOLÓGICAS NA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE 
ÁGUA DA MICROBACIA DO RIO JUNDIAÍ-MIRIM, JUNDIAÍ – SP 
SANTOS, Larissa Gonçalves1, MACHADO, Leila dos Santos2, MACHADO, Fernando Henrique3; 
FERREIRA, Helio Henrique4, CARDOSO-SILVA, Sheila5; PECHE FILHO, Afonso6, RIBEIRO, Admilson 
Írio7; MEDEIROS, Gerson Araujo7. 
1,2 Bióloga, mestranda em Ciências Ambientais, PPGCA/UNESP, e-mail: laribtos@gmail.com 
3 Administrador e Gestor Ambiental, doutorando em Ciências Ambientais, PPGCA/UNESP 
4 Enfermeiro, mestrando em Ciências Ambientais, PPGCA/UNESP 
5 Bióloga, pós-doutoranda em Ciências Ambientais, PPGCA/UNESP 
6 Agrônomo, Pesquisado IAC e Doutorando em Ciências Ambientais, PPGCA/UNESP 
7 Eng. agrícola, docente das disciplinas Recuperação de Áreas Degradadas e Gestão Ambiental, PPGCA/UNESP 
 
RESUMO 
O uso de organismos indicadores tem sido amplamente utilizado para avaliar a presença de 
potenciais patógenos de veiculação hídrica correlacionados com os padrões de qualidade de 
balneabilidade. Neste estudo foi utilizado como microrganismos indicadores, os coliformes 
totais e os coliformes termotolerantes (fecais), dentre elas a espécie Escherichia coli. O 
objetivo deste trabalho foi analisar a qualidade microbiológica da água do rio Jundiaí-
Mirim. As coletas de água foram feitas em pontos estratégicos da bacia hidrográfica do rio 
Jundiaí-Mirim, a qual se enquadra como Classe 1. O método utilizado para a análise foi o 
colorimétrico IDEXX Quanti-Tray®/2000 MPN e a contagem MPN (most probable 
number) foi feita com o auxílio do software IDEXX MPN Generator versão 3.2. As 
concentrações máximas de coliformes fecais foram nos pontos 3, 4 e 5 apresentando 
valores superiores ao permitido para a classe a qual a microbacia está enquadrada. 
Palavras-chave: Coliformes Totais; Escherichia coli; UGRHI-05; Jundiaí-Mirim; 
CONAMA. 
 
INTRODUÇÃO

Outros materiais