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ANAIS DO SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 
 
 Resumos apresentados durante o Simpósio de Biologia Vegetal - SBV 2014 
Thales Henrique Dias Leandro 
Laís Samira Correia Nunes 
Karen Patrícia Castillioni 
(Organizadores) 
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) 
Universidade Estadual Paulista – Unesp/Rio Claro-São Paulo 
2014 
 
Thales Henrique Dias Leandro 
Laís Samira Correia Nunes 
Karen Patrícia Castillioni 
(Organizadores) 
 
 
 
 
 
 
Anais do Simpósio de Biologia Vegetal 
Resumos apresentados durante o 
Simpósio de Biologia Vegetal - SBV 2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Estadual Paulista - Unesp 
Rio Claro - São Paulo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Simpósio de Biologia Vegetal (2014: Rio Claro) 
Anais do Simpósio de Biologia Vegetal [recurso eletrônico] / realizado no 
Instituto de Biociências - UNESP, câmpus de Rio Claro/SP. – Rio Claro : 
UNESP – IB, 2015 
27 p. : il., fots. 
 
Organização: Thales Henrique Dias Leandro, Laís Samira Correia Nunes, 
Karen Patrícia Castillioni 
Disponível em: http://ib.rc.unesp.br/#!/pos-graduacao/secao-tecnica-de-
pos/programas/biologia-vegetal/anais-sbv/apresentacao/ 
ISSN: 2526-5202 (recurso eletrônico) 
 
1. Botânica. 2. Biologia vegetal. I. Leandro, Thales Henrique Dias. 
II. Nunes, Laís Samira Correia. III. Castillioni, Karen Patrícia. 
IV. Título. 
 
CDD 580 
Ficha Catalográfica elaborada pela STATI – Biblioteca da UNESP câmpus 
de Rio Claro/SP 
 
 
 COMISSÃO ORGANIZADORA DO SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
 
 Presidente: THALES HENRIQUE DIAS LEANDRO 
 Coordenador: MARCO ANTONIO DE ASSIS 
 
 
COMITÊS DE APOIO 
 
Comitê de Programação Científica 
Elizabeth Gorgone Barbosa 
Fernanda Passarini Lopes 
Gabriel Mendes Marcusso 
Mariana Ninno Rissi 
 
Comitê de Inscrição e Certificados 
Gisele Biem Mori 
Karen Patrícia Castillioni 
Laís Samira Correia Nunes 
 
 
Comitê de Finanças 
Otavia Faria dos Anjos 
 
Comitê de Patrocínio 
Blanca Auxiliadora Dugarte Corredor 
Paula Maldonado Rabelo 
Talita Marques Zupo 
 
Comitê de Divulgação 
Diogo Amorim Araújo 
Mariana Maciel Monteiro 
Thiago de Souza Leal 
 
COMISSÃO CIENTÍFICA 
 
Blanca Auxiliadora Dugarte Corredor, Clarissa Hamaio Okino Delgado, Diogo Amorim de Araújo, Elizabeth Gorgone 
Barbosa, Fábio Pinheiro, Francielli Bao, Henrique Hespanhol Tozzi, Jane Rodrigues da Silva, Juliana Rodrigues Larossa 
Oler, Kaire de Oliveira Nardi, Leonardo Biral dos Santos, Letícia Peres Poli, Luiz Ricardo dos Santos Tozin, Mariana 
Ninno Rissi, Otavia Faria dos Anjos, Rodrigo Ferreira de Moraes, Suzana Chiari Bertolli, Talita Marques Zupo e 
Thales Henrique Dias Leandro. 
 
EQUIPE DE APOIO (STAFF) 
 
Andréa Rösel de Lourenço, Fernanda Martins Gonzaga de Oliveira, Juliana da Silva Lima, Renato Augusto Corrêa dos 
Santos, Thays Neigri da Silva e Yuri Fechio Apolinário. 
 
 
Anais do SBV 2014: Thales Henrique Dias Leandro, Laís Samira Correia Nunes e Karen Patrícia Castilloni 
Capa (Anais do SBV 2014): Thales Henrique Dias Leandro (projeto gráfico) e Gabriel Mendes Marcusso (fotos) 
Captação de Recursos: Thales Henrique Dias Leandro, Paula Maldonado Rabelo, Blanca Auxiliadora Dugarte 
Corredor e Alessandra Ike Coan (PPG) 
Cerimonial: Thales Henrique Dias Leandro, Renato Augusto Corrêa dos Santos, Alex Fernando Benatti (abertura), 
Odair Antonio Mariano Leite (suporte) 
Comissão Científica (coordenação): Laís Samira Correia Nunes e Karen Patrícia Castillioni 
Equipe de Apoio (coordenação): Laís Samira Correia Nunes e Thales Henrique Dias Leandro 
Hospedagem e coffee break: Otavia Faria dos Anjos 
Minicursos (coordenação): Thales Henrique Dias Leandro e Laís Samira Correia Nunes 
Página do SBV 2014: Vinícius Manvailer Gonçalves e Thales Henrique Dias Leandro 
Palestrantes (coordenação): Thales Henrique Dias Leandro e Elizabeth Gorgone Barbosa 
Prêmio “Melhor Trabalho SBV 2014” (avaliadores): Fábio Pinheiro e Victor José Mendes Cardoso 
Programa: Thales Henrique Dias Leandro 
Projetos gráficos: Mariana Maciel Monteiro e Thales Henrique Dias Leandro 
Resumos: Laís Samira Correia Nunes, Karen Patrícia Castillioni e Thales Henrique Dias Leandro 
Revisão técnico-linguística (Anais do SBV 2014): Thales Henrique Dias Leandro, Laís Samira Correia Nunes, Karen 
Castillioni; Igor Vinicius Ramos Otero e Lucas Moreira Furlan (assessores externos) 
Transporte: Thales Henrique Dias Leandro, Célia Maria Hebling e Alessandra Ike Coan 
Ornamentação: Otavia Faria dos Anjos 
 
CONSELHO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (BIOLOGIA VEGETAL) 
 
Membros Titulares 
Coordenadora: ALESSANDRA IKE COAN 
Vice-coordenador: MARCO ANTONIO DE ASSIS 
Alessandra Tomaselli Fidelis 
Massanori Takaki 
Thales Henrique Dias Leandro 
 
Membros Suplentes 
Antonio Fernando Monteiro Camargo 
Pedro Luis Rodrigues de Moraes 
Victor José Mendes Cardoso 
Otavia Faria dos Anjos 
Realização 
Programa de Pós-Graduação em 
Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) 
Universidade Estadual Paulista 
 Unesp/Rio Claro – SP 
Av. 24 A, 1515 
 
 
Apoio 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Prezados colegas, 
 
O Simpósio de Biologia Vegetal - SBV é um evento tradicional organizado pelos discentes 
do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) da Universidade 
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), câmpus de Rio Claro, que tem como principal 
objetivo integrar alunos de graduação e pós-graduação, proporcionando novas oportunidades de 
formação profissional para ambos. 
Durante o planejamento do Simpósio de Biologia Vegetal - SBV 2014 priorizamos a 
definição de uma programação científica ampla, sobretudo a necessidade de consolidarmos em 
nosso evento uma maneira de valorizar o conhecimento gerado e divulgá-lo de forma permanente. 
A publicação dos “Anais do Simpósio de Biologia Vegetal” é um marco na história do 
SBV, que agora contará com publicações seriadas, bienais, que englobarão os resumos 
apresentados durante as edições do evento. Em sua primeira edição, conta com diversas 
abordagens envolvendo ensino, pesquisa e políticas públicas em torno do conhecimento botânico. 
A organização deste volume contou com o empenho das colegas de pós-graduação Laís 
Samira Correia Nunes e Karen Patrícia Castillioni, às quais deixo aqui registrado meu profundo 
agradecimento. 
Finalmente, é preciso destacar o apoio do Coordenador do SBV, Prof. Dr. Marco Antonio 
de Assis, assim como dos demais membros da Comissão Organizadora e do Conselho do nosso 
Programa de Pós-Graduação, que não mediram esforços para concretização de mais esse 
evento. Obrigado a todos. 
 
 
 
Thales Henrique Dias Leandro 
Presidente do Simpósio de Biologia Vegetal 
SBV - 2014 
 
 
I 
SUMÁRIO 
Apresentação I 
 
Resumos II 
 
 Bioquímica Vegetal e Biotecnologia 
 
Quantificação do teor de fenóis totais em Mentha pulegium L. 
Erika Ferreira Costa; Juliana Aparecida Povh 
 
1 
Análise funcional do gene órfão CcUNK8 de Coffea canephora via transformação genética de 
Setaria viridis 
Karoline E. Duarte; Natália Gomes Vieira; Érica C. S. Rêgo; Polyana Kelly Martins; Ana Paula 
Ribeiro; Bárbara Andrade D. B. da Cunha; Hugo Bruno Correa Molinari; Adilson Kenji Kobayashi; 
Pierre Marraccini; Alan Carvalho Andrade 
 
2 
Sensibilidade de sementes de Lactuca sativa, Eruca sativa e Cucumis sativus ao tiossulfato de 
sódio 
José Rubens Moraes Jr, Ana Paula Justiniano Régo; Ederio Dino Bidoia 
 
3 
Análise da influência do herbicida ametrina no desenvolvimento de algas em um ecossistema 
aquático 
Ana Paula Justiniano Régo; Ana Carolina dos Santos; José Rubens Moraes Jr; Ederio Dino Bidoia 
4 
 
 Botânica Estrutural 
 
Anatomia foliar de Megaskepasma erythrochlamys Lindau (Acanthaceae) 
Elisa Mitsuko Aoyama; Alexandre Indriunas 
 
5 
Estudo do limbo foliar em Janusia guaranitica (A. ST.-HIL.)A. Juss e Stigmaphyllon 
bonariense (Hook. & Arn.) C.E. Anderson 
Renata Sebastiani; Nicole Pavan Butolo; Rafael Bellinatti Medina; José Victor da Silva 
 
6 
Caracterização morfológica e anatômica foliar como subsídio à taxonomia de Lavoisiera DC. 
(Microlicieae, Melastomataceae) 
Kleber R. Silva; Rosana Romero; Daniela G. Simão 
 
7 
Morfologia e biometria foliar de Odontonema dissitifolium (Ness) Kuntze (Acanthaceae) da 
Estação Biológica de Santa Lúcia, Santa Teresa, ES 
Tatyana Gomes Silva; Alexandre Indriunas; Elisa Mitsuko Aoyama 
 
8 
Epiderme foliar de algumas espécies do gênero Mezilaurus Taub. (Lauraceae): um suporte 
para taxonomia 
Priscila Passala Vaz; Flávio Macedo Alves; Rosani de Oliveira do Carmo Arruda 
 
9 
Seleção de frutos de Cereus jamacaru P. DC. (Cactaceae) 
Dalva Neta e Zanina; Rafael Pereira de Matos; Daniel Pontes de Oliveira 
 
10 
Morfo-anatomia foliar de Aphelandra espirito-santensis Profice & Wassh (Acanthaceae) 
Livia Zottele; Alexandre Indriunas; Elisa Mitsuko Aoyama 
11 
 
 Ensino de Botânica e Políticas Públicas 
 
Botânica Forense no Brasil: ponderações e perspectivas 
Vinícius Manvailer; Edna Scremin-Dias; Thales D. Leandro 
12 
 
 Ecologia e Conservação Vegetal 
 
Avaliação da produtividade em áreas de campo sujo com diferentes históricos de fogo 
Giovana Chiari; Alessandra Fidelis 
 
13 
 
 
 
Uso de cactáceas como recurso pela comunidade de organismos da Estação Ecológica de 
Aiuaba, Ceará, Brasil 
José Vinícius Leite Lima; André Cardoso Albuquerque; Rafael Pereira de Matos; Ricardo Madeira 
Tannús 
 
14 
Sensibilidade de sementes de Lactuca sativa, Eruca sativa e Cucumis sativus a solução de 
eletrólitos para fixação de corantes têxteis 
José Rubens Moraes; Ana Paula Justiniano Régo; Ederio Dino Bidoia 
 
15 
Potencial de fitotoxicidade do herbicida ametrina para sementes de Lactuca sativa 
Ana Paula Justiniano Régo; Cassiana Maria Reganhan Coneglian; José Rubens Moraes; Ederio Dino 
Bidoia 
 
16 
 
 Etnobotânica e Botânica Econômica 
 
Etnoveterinária no Systema Materiae Medicae de Martius 
Alexandre Indriunas; Elisa Mitsuko Aoyama 
17 
 
 Fisiologia e Ecofisiologia Vegetal 
 
Efeito do aumento de CO2 atmosférico e da temperatura na termotolerância de milheto 
Pennisetum glaucum (Poaceae) 
Leandra Bordignon; Ana Paula Faria; Marcel Giovani Costa França; Marcela Batista Matias; Geraldo 
Wilson Fernandes 
18 
Padrões de partição de biomassa entre flores, folhas e ramos em árvores decíduas, 
semidecíduas e sempre verdes de cerrado 
Mariana P. Borges; Carlos Henrique B. A. Prado 
 
19 
Emissão de folhas em perfilhos de Panicum maximum (gramínea C4) avaliada em sistema 
miniFACE e T-FACE durante o outono 
Lívia H. G. de Camargo-Bortolin; Érique Castro; Carlos Henrique B. de A. Prado; Carlos Alberto 
Martinez 
 
20 
Crescimento inicial de Pterogyne nitens Tul. sob diferentes condições climáticas 
Erilva Machado Costa; Siléia Oliveira Guimarães; José Eduardo Macedo Pezzopane 
 
21 
Frequências de irrigação e de desenvolvimento de mudas de Cedrella fissilis 
Ângela Simone Freitag Lima; Toshio Nishijima; Weslley Wilker Corrêa Morais; Antônio Natal 
Gonçalves 
 
22 
Condutância estomática de Guazuma ulmifolia Lam. (Malvaceae) tratadas com lodo de esgoto 
Leandro Oliveira Miranda; Michele Aparecida dos Santos Nobrega; Etenaldo Felipe Santiago 
 
23 
Crescimento inicial de Tabebuia chrysotricha (Ipê-amarelo) sob diferentes condições 
microclimáticas 
Siléia Oliveira Guimarães; Erilva Machado Costa; Alcides Pereira Santos Neto 
 
24 
Influência da intensidade luminosa na densidade estomática de folhas de alface 
Renes Rossi Pinheiro; Denise Schmitd; João Marcelo Santos de Oliveira 
 
25 
 
 Florística e Fitossociologia 
 
Levantamento florístico e fitossociológico do uso público do Parque Natural Municipal da 
Lagoa Comprida 
Allan Almeida; Luana Moura; Nilton Bakargi, João Raimundo; Danilo Miranda 
 
26 
Florística do estrato arbóreo-arbustivo de um cerradão, Parque Estadual de Porto Ferreira 
(PEPF), São Paulo 
Gabriel Pavan Sabino; Reinaldo Monteiro 
27 
 
 
 
 
 
Os conteúdos dos resumos aqui publicados são de inteira responsabilidade de seus autores. 
 
21 A 24 DE AGOSTO | UNESP - RIO CLARO/SP 
RESUMOS 
Realização 
Programa de Pós-Graduação em 
Ciências Biológicas (Biologia Vegetal) 
Universidade Estadual Paulista - 
 Unesp/Rio Claro - SP 
 
 
 
II 
Apoio: 
 
 
O conteúdo deste resumo é de inteira responsabilidade de seus autores. 
 
 
1 
 
SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
QUANTIFICAÇÃO DO TEOR DE FENÓIS TOTAIS EM Mentha pulegium L. 
Erika Ferreira Costa1,2; Juliana Aparecida Povh1. 
1Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Ciências Integradas do Pontal 2erikaferreiracosta@hotmail.com 
 
O Brasil apresenta ampla biodiversidade vegetal com grande diversidade de plantas com 
propriedades terapêuticas, entre as quais se destacam as espécies pertencentes a família 
Lamiaceae. A maioria dessas espécies produz substâncias resultantes do metabolismo vegetal 
secundário, tais como os compostos fenólicos. A espécie Mentha pulegium L., vulgarmente 
conhecida como poejo, apresentou-se como uma das plantas mais utilizadas para algum fim 
terapêutico pela população da Comunidade de Santa Rita, município de Ituiutaba, MG, utilizada 
principalmente no combate à brotoeja de crianças e como antigripal. Nesse sentido, o presente 
trabalho objetivou quantificar o teor de fenóis totais presentes em partes aéreas de M. pulegium L. 
Para isso foram coletadas folhas da planta em estádio vegetativo e utilizado o método de Folin-
Ciocalteau e a curva padrão de ácido gálico como referência. As análises fitoquímicas foram 
realizadas em três repetições, sendo cada repetição em triplicata. Após as análises, verificou-se 
que o extrato da espécie analisada apresentou teor de fenóis totais de 32,142 mg.g-1 M.S.-1. Em 
outros trabalhos relatados na literatura, conduzidos também com M. pulegium L., a espécie 
apresentou concentração de fenóis totais de 20,0 mg.g-1 e entre 65-80 μg PE/mg extrato. Diante 
do resultado, pode-se concluir que a espécie M. pulegium L. ocorrente na região de Ituiutaba, MG, 
apresentou significativa quantidade de fenóis totais. Entretanto é importante salientar que a 
quantidade de compostos fenólicos encontrada em uma planta a partir dessas análises pode 
variar em razão de diversos fatores, como por exemplo, o órgão vegetal analisado, a época do 
ano em que a espécie foi coletada, a concentração, o tipo de solvente e métodos utilizados. 
Diversos estudos relacionam a presença de compostos fenólicos em plantas com algumas 
atividades biológicas, especialmente a ação antioxidante. Deste modo, torna-se necessário a 
continuidade deste trabalho com o intuito de quantificar o teor de flavonoides e verificar o potencial 
antioxidante apresentado pela espécie. 
Palavras-chave: compostos fenólicos; plantas medicinais; poejo. 
 
 
 
 
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O conteúdo deste resumo é de inteira responsabilidade de seus autores. 
 
 
2 
 
SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
ANÁLISE FUNCIONAL DO GENE ÓRFÃO CcUNK8 DE Coffea canephora VIA 
TRANSFORMAÇÃO GENÉTICA DE Setaria viridis 
 
Karoline E. Duarte1,4; Natália Gomes Vieira1; Érica C. S. Rêgo3; Polyana Kelly Martins2; Ana 
Paula Ribeiro2; Bárbara Andrade D. B. da Cunha2; Hugo Bruno Correa Molinari2; Adilson Kenji 
Kobayashi2; Pierre Marraccini3; Alan Carvalho Andrade3 
1Universidade Federal de Lavras 
2Empresa Brasileira de Agropecuária – Agroenergia 
3Empresa Brasileira de Agropecuária – Recursos genéticos e biotecnologia 
4karollduarte31@gmail.com 
 
O cafeeiro é um dos mais valiosos produtos primários no comércio mundial. Devido a essa 
importância econômica, o cafeeiro vem sendo alvo de programas de melhoramento genético 
visando a introdução de novos caracteres para obtenção de plantas com característicasagronômicas superiores, por exemplo, com uma maior tolerância à seca. Porém, como o 
melhoramento convecional do cafeeiro é demorado, o uso das últimas técnicas de genômica está 
sendo desenvolvido para acelerar a criação de novas plantas. Assim, o sequenciamento do 
genoma e também o sequenciamento em larga escala de genes expressos (RNAseq) torna-se 
algo necessário para analisar o determinismo genético da tolerância à seca, e identificar genes 
candidatos (GCs) atuantes neste determinismo. No cafeeiro, mas também em outras plantas 
como Arabidopsis thaliana, Oryza sativa e microrganismos, as análises dos projetos de 
sequenciamento demostram uma alta porcentagem (cerca de 20-30%) de genes considerados no 
hits, ou seja, genes para os quais nenhuma similaridade com as sequências depositadas nos 
bancos de dados é encontrada. Em Coffea canephora e Coffea arabica foi identificado e 
caracterizado alguns genes no hits, alguns possuindo um perfil de expressão onde se observa 
uma distribuição heterogênea quanto a tecidos e tratamentos utilizados, infere-se que no hits 
possam ter se originado de processos de especiação, portanto poderiam estar interligados a vias 
de resposta únicas de organismos tolerantes ou susceptíveis a uma dada condição. Dados de 
qPCR mostraram que o no hit CcUNK8 apresentou maior expressão em folhas estressadas 
quando comparado a folhas controle de C. canephora sendo um gene canditado à tolerância à 
seca e foi então selecionado para transformação genética utilizando Setaria viridis como planta 
modelo. O T-DNA contendo o gene CcUNK8 foi inserido em plantas de Setaria viridis via 
Agrobacterium tumefaciens e a expressão foi quantificada por meio de qPCR nos eventos 
primários de transformação. Em alguns eventos transformados foi observado que, quando 
cultivados em condições ideais, apresentam em sua maioria um acúmulo de biomassa maior de 
parte aérea e radicular que indivíduos wild-type. Foram observadas ainda diferenças no acúmulo 
de biomassa entre o mesmo evento quando submetido ao tratamento irrigado e não-irrigado. 
Palavras-chave: genes órfãos; Coffea; transformação genética. 
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O conteúdo deste resumo é de inteira responsabilidade de seus autores. 
 
 
3 
 
SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
SENSIBILIDADE DE SEMENTES DE Lactuca sativa, Eruca sativa e Cucumis sativus 
AO TIOSSULFATO DE SÓDIO 
José Rubens Moraes Jr1,2, Ana Paula Justiniano Régo1; Ederio Dino Bidoia1. 
1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, Departamento de Bioquímica e Microbiologia 
Departamento de Botânica 
2jrubensmjr@yahoo.com.br 
 
O processo eletrolítico já vem a algum tempo sendo pesquisado para usos em diversos setores 
voltado para a remediação e minimização de impactos ambientais. Durante o tratamento, as 
reações eletroquímicas podem transformar quimicamente substâncias recalcitrantes que 
compõem os poluentes, permitindo desta forma, uma redução na concentração iônica, ocasionar a 
morte de micro-organismos e produzir substâncias desinfetantes como, por exemplo, o gás cloro. 
Mas a concentração muito elevada de gás cloro gerada impede que o efluente seja despejado em 
corpos d’água sem que este cause impacto ambiental ao meio. O tiossulfato de sódio é muito 
utilizado por criadores de peixes de aquário para inativação do cloro residual livre proveniente da 
água de abastecimento público. Este trabalho tem como objetivo avaliar a sensibilidade de três 
tipos diferentes de sementes ao tiossulfato de sódio a fim de avaliar sua toxicidade. Foi preparada 
solução com eletrólitos isenta de corantes com cloreto de sódio e carbonato de sódio. Realizada 
série de diluições e transferidas para placas de petri contendo papel de filtro em seu interior. 
Foram dispostas 20 sementes em cada placa de forma uniforme e encubadas a 20ºC por 72 horas 
e as análises foram realizadas em triplicata. Foi feita contagem de sementes germinadas e 
realizado medição de radícula para cálculo do índice de germinação. Foi realizado cálculo de DL50 
- dose que inibe 50 % de germinação das sementes e desta forma observado menor sensibilidade 
para as sementes de Alface (Lactuca sativa) com DL50 de 6321,40 ppm. As sementes de Pepino 
(Cucumis sativus) indicaram toxicidade superior às sementes de alface com valor de DL50 de 
4136,66 ppm. A espécie que se mostrou mais sensível ao tiossulfato de sódio foi a Rúcula (Eruca 
sativa) com DL50 no valor de 1404,41 ppm. Conclui-se que, apesar de inutilizar de forma eficaz o 
cloro residual livre, o tiossulfato de sódio possui caráter tóxico se despejado indiscriminadamente 
no meio ambiente. As sementes de rúcula apresentaram maior sensibilidade e, desta forma, 
podem ser utilizadas como indicativo de impactos ambientais para esse tipo de contaminante. 
 
Palavras-chave: sementes; ecotoxicologia; processo eletrolítico. 
 
 
 
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4 
 
SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DO HERBICIDA AMETRINA NO DESENVOLVIMENTO DE 
ALGAS EM UM ECOSSISTEMA AQUÁTICO 
 
Ana Paula Justiniano Régo1,2; Ana Carolina dos Santos1; José Rubens Moraes Jr1; 
Ederio Dino Bidoia1. 
1Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro, Departamento de Bioquímica e Microbiologia 
2justiniano_justy@yahoo.com.br 
 
O herbicida ametrina é aplicado em culturas de cana, persistente, encontrado em águas, 
prejudicando o crescimento de algas, uma vez que inibem a fotossíntese. A técnica de Sergei 
Winogradsky, conhecida coluna de Winogradsky, permite observar o crescimento e a função de 
diferentes grupos de micro-organismos. São colocadas amostras de solo e de água do ambiente 
no qual se pretende analisar, sendo exposta à luz solar ou mesmo artificial. Este trabalho teve por 
objetivo avaliar a influência da ametrina para o desenvolvimento de algas, por meio de chave de 
identificação. Utilizou-se sete colunas contendo 100 g de sedimento do Ribeirão Claro, em Rio 
Claro, 4,5 g de Na2SO4, 0,2 g de Na2CO3, 0,2 g de K2HPO4, 0,5 g (NH4)SO4, 0,5 g de fonte de 
carbono (filtro de papel desfiado) e 1000 mL de água do Ribeirão. A concentração utilizada de 
ametrina foi de 3,75 g/L. Nas colunas fez-se o aumento gradativo da quantidade adicionada da 
ametrina: controle (sem adição de ametrina), 2,3 µL, 4,6 µL, 6,9 µL, 9,2 µL, 11,5 µL e 13,8 µL. 
Leituras semanais foram realizadas durante 3 meses, realizando a identificação das algas em 
diferentes alturas (topo, meio e fim). Em todas as colunas, observou-se o aparecimento da 
espécie Synechocytis aquatilis, uma cianobactéria de grande resistência, podendo viver em 
ambientes com escassez de nutrientes, através de mecanismos de adaptação. Houve também o 
aparecimento da espécie de Anabaena sp., nos tratamentos que continham 9,2 µL, 11,5 µL de 
ametrina. Essa espécie é conhecida como fixadoras de nitrogênio e fertilizante natural. 
Provavelmente, a Anabaena sp., reduziu a toxicidade da ametrina, devido ao aparecimento de 
espécies presentes também na coluna controle. A espécie Radiocystis fernandoi foi identificada 
nos tratamentos que continham 6,9 µL e 13,8 µL de ametrina. Esta é relacionada a produção de 
toxinas, inibindo o aparecimento do potencial tóxico da ametrina para as algas. Com o aumento 
gradativo da quantidade da ametrina nas colunas, houve o aparecimento de espécies mais 
resistentes e adaptadas ao meio. Portanto, houve uma interação entre algumas espécies de 
algas, a fim de se adaptar e sobreviver com a presença do herbicida ametrina em água. 
 
Palavras-chave: coluna de Winogradsky; ametrina; algas. 
 
 
 
 
 
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O conteúdo deste resumo é de inteira responsabilidade de seus autores. 
 
 
5 
 
SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL2014 
ANATOMIA FOLIAR DE Megaskepasma erythrochlamys Lindau (ACANTHACEAE) 
 
Elisa Mitsuko Aoyama1,2; Alexandre Indriunas1. 
1Universidade Federal do Espírito Santo, Centro Universitário Norte do Espírito Santo, Departamento de Ciências 
Agrárias e Biológicas 
2elisaoyama@yahoo.com.br 
 
 
Megaskepasma é um gênero monoespecífico, originário da Venezuela e amplamente empregado 
como ornamental. Atuais estudos posicionam o gênero próximo a Poikilacanthus e a espécies de 
Justicia do Novo Mundo. O trabalho teve como objetivo avaliar a anatomia foliar de 
Megaskepasma erythrochlamys, a fim de contribuir para o conhecimento taxonômico da família. 
Folhas adultas, do 2º a 3º nós, foram retirados de indivíduos cultivados nos jardins do Museu de 
Biologia Professor Mello Leitão, Santa Teresa-ES. As amostras foram seccionadas à mão livre, 
transversalmente na porção mediana (limbo e pecíolo), e diafanizadas para os estudos de 
superfície. Lâminas foram confeccionadas segundo técnicas usuais de anatomia vegetal. Os 
resultados mostraram que as folhas são anfiestomáticas, com estômatos diacíticos. Em vista 
frontal, as células epidérmicas de ambas as faces apresentam paredes celulares sinuosas e na 
face abaxial, litocistos e tricomas tectores pluricelulares sob as nervuras. Em ambas as faces 
apresentam tricomas glandulares subsésseis e na face abaxial na região da nervura central, 
tricomas tectores pluricelulares. Em secção transversal, a nervura mediana apresenta o formato 
biconvexo, epiderme uniestratificada e colênquima angular, envolvendo o sistema vascular há 
parênquima fundamental com células isodiamétricas e de paredes delgadas, onde ocorrem 
inúmeros cristais prismáticos e ráfides. O sistema vascular está disposto na forma de um arco 
central com amiloplastos adjacente ao floema, das extremidades são liberados de dois a quatro 
pequenos feixes. O mesofilo é dorsiventral com uma a duas camadas de parênquima paliçádico e 
três a quatro de parênquima lacunoso. O pecíolo possui em secção transversal forma plano-
convexa, epiderme uniestratificada com tricomas tectores pluricelulares, litocistos contendo 
cistólitos tem posição subepidérmica e entre as células do colênquima angular. O parênquima 
subjacente é do tipo clorofiliano propriamente dito, em seguida ocorre o parênquima fundamental 
com cristais prismáticos e ráfides. O sistema vascular possui forma de arco central com dois 
pequenos feixes laterais nas extremidades. A espécie estudada apresenta características 
semelhantes a outras espécies da família, porém, a presença e o tipo de cristais, a posição dos 
litocistos e o formato do pecíolo são distintos quando comparados com outros gêneros, 
evidenciando a necessidade de pesquisas acuradas. 
 
Palavras-chave: Justicieae; cristais; justícia-vermelha. 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
ESTUDO DO LIMBO FOLIAR EM Janusia guaranitica (A.ST.-HIL.) A.JUSS. E Stigmaphyllon 
bonariense (HOOK. & ARN.) C.E.ANDERSON 
Renata Sebastiani1,2; Nicole Pavan Butolo1; Rafael Bellinatti Medina1; José Victor da Silva1 
1Universidade Federal de São Carlos, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Ciências da Natureza, Matemática 
e Educação 
2sebastiani@cca.ufscar.br 
 
O clado Stigmafilóide contém 13 gêneros no Brasil, principalmente no Cerrado, é monofilético, 
mas apresenta gêneros não claramente delimitados, como Stigmaphyllon e Janusia. Apesar de 
escassos, estudos morfoanatômicos recentes em Malpighiaceae revelaram-se esclarecedores em 
estruturas vegetativas. Este estudo objetivou caracterizar a morfoanatomia do limbo foliar de 
Janusia guaranitica (A.St.-Hil.) A.Juss. e Stigmaphyllon bonariense (Hook. & Arn.) C.E.Anderson, 
a fim de fornecer subsídios para estudos do clado Stigmafilóide. Ambas ocorrem em áreas da 
Floresta Estadual Semidecidual, no Estado de São Paulo. Os limbos foliares foram obtidos de três 
espécimes por espécie, presentes no campus da UFSCar (Araras). Foram efetuados cortes 
paradérmicos e transversais em estruturas frescas ou fixadas. Os cortes obtidos foram corados 
em azul de toluidina e observados sob microscopia óptica. Ambas apresentam limbo foliar 
hipoestomático, com estômatos distribuídos de forma aleatória na face inferior. A face superior 
apresenta células epidérmicas comuns com paredes anticlinais, sendo mais onduladas em J. 
guaranitica. A face inferior apresenta estômatos paracíticos, circundados por duas células 
subsidiárias com eixo longitudinal de tamanho semelhante ao das células guarda, mas diferentes 
das células epidérmicas comuns. A face superior de J. guaranitica é esparsamente pilosa, 
enquanto a face inferior é densamente pilosa, com tricomas malpighiáceos em forma de Y. Em 
corte transversal apresenta epidermes superior e inferior uniestratificada, com espaços 
intercelulares, sendo o parênquima esponjoso ausente. A face superior de S. bonariense é glabra, 
enquanto a face abaxial é densamente pilosa, com tricomas malpighiáceos em forma de T, com 
granulações superficiais. Em corte transversal, como J. guaranitica, apresenta epiderme superior 
e inferior uniestratificada. No entanto, o mesofilo possui parênquima paliçádico uniestratificado 
sem espaços intercelulares e com células alongadas, enquanto o parênquima esponjoso contém 
células arredondadas. Em S. bonariense há idioblastos contendo drusas no parênquima ao redor 
da nervura principal. A morfoanatomia da superfície foliar é semelhante em ambas espécies, no 
entanto, é possível diferenciá-las quanto à distribuição de tecidos no mesofilo e ao indumento. 
Enquanto J. guaranitica é caracterizada pela ausência de parênquima esponjoso e tricomas em 
forma de Y, S. bonariense apresenta parênquima esponjoso composto por células arredondadas e 
tricomas em forma de T. (CNPq) 
Palavras-chave: floresta estacional semidecidual; Malpighiaceae; morfoanatomia. 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E ANATÔMICA FOLIAR COMO SUBSÍDIO À 
TAXONOMIA DE Lavoisiera DC. (MICROLICIEAE, MELASTOMATACEAE) 
Kleber R. Silva1,3; Rosana Romero¹; Daniela G. Simão2. 
1Universidade Federal de Uberlândia, Instituto de Biologia 
2Universidade Federal de Santa Maria, Departamento de Biologia 
3kleber_resende@hotmail.com 
 
Lavoisiera apresenta cerca de 30 espécies, distribuídas principalmente no sudeste do Brasil. Sua 
maior diversidade ocorre nos campos rupestres, assim como Microlicia e Trembleya, gêneros com 
os quais compartilham alguns caracteres reprodutivos, usualmente utilizados em suas 
circunscrições. Com o intuito de indicar caracteres vegetativos que possam auxiliar na taxonomia 
do grupo, o objetivo deste estudo foi descrever a morfologia e anatomia foliar em espécies de 
Lavoisiera. Ramos caulinares de L. chamaepitys, L. crassifolia e L. mucorifera foram coletados em 
campos rupestres no município de Diamantina, MG, enquanto L. grandiflora foi coletada em 
vereda no município de Uberlândia, MG. O número de espécies estudadas representa cerca de 
10% das espécies aceitas para o gênero. As amostras foliares foram coletadas e processadas 
conforme técnicas usuais em microscopia de luz. Os resultados foram registrados numa matriz 
(presença e ausência) e submetidos à análise de similaridade utilizando-se o índice de Morisita 
(programa Fitopac FileVersion 2.1.2.85). Os caracteres morfológicos e anatômicos compartilhados 
pelas espécies e que podem apresentar valor taxonômico ao gênero são: folhas sésseis; 
epiderme uniestratificada; cutícula delgada; estômatos anomocíticos levemente acima do nível 
das demais células epidérmicas; tricomas glandulares de pedúnculo curto; mesofilo isobilateral; 
feixes vasculares colaterais de formato circular; nervuracentral com colênquima e esclerênquima 
voltados à face abaxial; além de idioblastos com substâncias fenólicas na bainha do feixe vascular 
e drusas dispersas no mesofilo. Por outro lado, alguns caracteres variam entre as espécies, tais 
como: área da lâmina foliar; sinuosidade das células epidérmicas; distribuição dos estômatos; 
presença de emergências; tipo de tecido circundando a margem foliar; posicionamento da nervura 
central; e extensões de bainha do feixe vascular em nervuras laterais. Estes caracteres podem ser 
considerados importantes na delimitação das espécies, sendo responsáveis pela similaridade em 
torno de 83% para L. chamaepitys e L. crassifolia e 75% para L. grandiflora e L. mucorifera. Desta 
forma, fica evidente a importância dos caracteres morfológicos e anatômicos foliares para a 
circunscrição de Lavoisiera, corroborando os poucos estudos que apontam o gênero como um 
grupo natural. 
Palavras-chave: campos rupestres; Minas Gerais; similaridade. 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
MORFOLOGIA E BIOMETRIA FOLIAR DE Odontonema dissitifolium (NEES) KUNTZE 
(ACANTHACEAE) DA ESTAÇÃO BIOLÓGICA DE SANTA LÚCIA, SANTA TERESA, ES 
Tatyana Gomes Silva¹; Alexandre Indriunas1,2; Elisa Mitsuko Aoyama1. 
1Universidade Federal do Espírito Santo, Centro Universitário Norte do Espírito Santo, Departamento de Ciências 
Agrárias e Biológicas 
2indriunas@yahoo.com 
 
O gênero Odontonema Nees compreende cerca de 30 espécies, diversas delas empregadas 
como ornamentais, sendo ocorrentes na América Central, Antilhas e no Brasil, onde são 
conhecidas três espécies para Mata Atlântica e uma amazônica. As espécies do gênero podem 
ser reconhecidas pela ausência de espigas axilares, pelas inflorescências paniculadas com tubo 
da corola longo e gradualmente expandido. Odontonema dissitifolium ocorre nos estados do Rio 
de Janeiro e Espírito Santo em Florestas Ombrófilas, neste último estado apontada como 
vulnerável. Uma vez que os estudos sobre a espécie são escassos, o presente trabalho tem como 
objetivo a caracterização da morfometria foliar de Odontonema dissitifolium. Foram avaliados três 
espécimes in vivo na Estação Biológica de Santa Lúcia, Santa Teresa, ES, e seis herborizados, 
depositados no Herbário MBML do Museu de Biologia Professor Mello Leitão, coletados na 
mesma localidade. Os parâmetros morfológicos da lâmina foliar analisados foram: formato, ápice, 
base, margem e nervação, e os biométricos, o comprimento e largura do limbo e comprimento do 
pecíolo. Em relação à morfologia, as lâminas foliares são elípticas, com ápice acuminado a 
levemente falcado, base aguda decorrente, margem inteira e repanda na base, a nervação possui 
o padrão eucamptódromo. A folha apresenta, para o material in natura, comprimento do limbo 
23,7-33,1 cm (29,5±2,92), largura 11,2-16,1 cm (12,8±1,82) e comprimento de pecíolo 0,3-0,6 cm 
(0,4±0,12) e, para as plantas herborizadas, comprimento do limbo 20,7–25,5(-32,0) cm (24,8±4,1), 
largura 9,0-10,5(-13,0) cm (10,6±1,32) e comprimento de pecíolo 0,3–0,7(-2,0) cm (0,7±0,64). Em 
relação aos caracteres morfológicos foliares, O. dissitifolium apresenta características comuns das 
diversas espécies do gênero e de outros táxons da família, quanto a biometria, os espécimes 
apresentam baixa plasticidade fenotípica. Uma vez que a espécie, bem como o gênero possuem 
poucos estudos, faz-se necessárias avaliações mais apuradas, incluindo em localidades distintas. 
Palavras-chave: morfometria; tribo Justicieae; Espírito Santo. 
 
 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
EPIDERME FOLIAR DE ALGUMAS ESPÉCIES DO GÊNERO Mezilaurus TAUB. 
(LAURACEAE): UM SUPORTE PARA TAXONOMIA 
Priscila Passala Vaz1,3; Flávio Macedo Alves1,2; Rosani de Oliveira do Carmo Arruda1,2. 
1Programa de Pós Graduação em Biologia Vegetal, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) 
²Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Laboratório de Botânica, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde 
3priscillapassala@hotmail.com 
 
 
Mezilaurus Taub. é um gênero de Lauraceae, reconhecido com cerca de 18 espécies e 
distribuição exclusiva na região tropical da América do Sul. O táxon apresenta hábito arbóreo ou 
arbustivo e suas espécies são conhecidas popularmente como “itauba” ou “tapinhoa”, utilizadas 
como fonte de madeira comercial. Espécies de Mezilaurus podem ser reconhecidas dentro da 
família pelas folhas congestas no ápice dos ramos, flores bissexuadas, três estames férteis 
representando a série III do androceu com anteras biloceladas, eretas, ausência de glândulas nas 
flores e cúpula pateliforme a plana com tépalas persistentes. No entanto, a identificação das 
espécies é considerada tarefa difícil e uma das características taxonômicas de Mezilaurus é que 
com frequência podem ser encontradas espécies com idêntica morfologia vegetativa, mas 
diferindo profundamente na morfologia floral e do fruto, podendo levar a erros graves de 
identificação dentro do gênero. Por essa razão, pesquisadores têm chamado atenção para 
utilização de outras áreas da botânica para auxiliar na identificação de complexo de espécies 
crípticas. Neste sentido o trabalho teve como objetivo levantar características da epiderme foliar 
como subsídio para identificação das espécies de Mezilaurus. O estudo foi desenvolvido com 
folhas adultas de sete espécies: Mezilaurus synandra, M. subcordata, M. itauba, M. duckei, M. 
vanderwerffii, M. crassiramea e M. lindaviana. Para o procedimento metodológico foram retirados 
segmentos da região intercostal, submetidos à dissociação por método químico, corado com 
fucsina, montados em glicerina 50% e analisados em microscópio de luz. Como elementos 
epidérmicos relevantes para o reconhecimento dos táxons podem ser citados: a ausência de 
tricomas em Mezilaurus vanderwerffii e sua tipologia e distribuição nas demais espécies 
estudadas, a ornamentação da superfície cuticular e o contorno da parede anticlinal das células 
epidérmicas, observadas com forte sinuosidade em Mezilaurus crassiramea e Mezilaurus 
vanderwerffii. O presente estudo evidenciou que características dos componentes da epiderme de 
folhas de Mezilaurus constituem um importante recurso na identificação das espécies, sendo uma 
alternativa para taxonomistas quando houver dúvidas na delimitação dos táxons. 
 
Palavras-chave: anatomia; identificação; táxon. 
 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
SELEÇÃO DE FRUTOS DE Cereus jamacaru P. DC. (CACTACEAE) 
Dalva Neta e Zanina1,2; Rafael Pereira de Matos1; Daniel Pontes de Oliveira1. 
1Universidade Federal do Ceará, Departamento de Biologia 
2dalva.zanina@gmail.com 
 
Recurso é algo que quando requerido por um organismo, torna-se indisponível para outro. 
Quando a oferta de um recurso é superior à demanda na natureza, os organismos consumidores 
têm a oportunidade de selecionar os de melhor qualidade. O mandacaru (Cereus jamacaru P. DC) 
frutifica ao longo do ano, e em período chuvoso oferta mais frutos que seus dispersores 
conseguem consumir. Logo, existe a possibilidade de consumidores do fruto de mandacaru 
selecionarem a baga em função de alguma característica como coloração, tamanho, posição ou 
forma, influenciando indiretamente na dispersão das sementes. Este trabalho objetivou entender 
se os frutos de C. jamacaru são selecionados em função de alguma característica morfológica. O 
trabalho foi realizado na Estação Ecológica de Aiuaba (06°36’ e 06°44’S 40°07’ e 40°19’W), CE. 
Realizou-se levantamento, por meio de esforço amostral de oito horas, de características 
morfológicas em 60 frutos madurosmedindo ângulo de inclinação, tamanho do fruto (comprimento 
e largura) e exposição da polpa. Para relacionar seleção ou não de frutos com as variáveis 
explanatórias (tamanho, abertura e angulação) foi usado o modelo linear generalizado (glm) a 1% 
de significância (programa estatístico R). A interação da variável resposta com a interação entre 
as variáveis explicativas também foi indicada por glm. O tamanho dos frutos selecionados e não 
selecionados foi semelhante, sendo 48,80cm2 e 45,22cm2 respectivamente. Frutos com menor 
exposição da polpa foram frequentemente não selecionados e frutos com maior exposição da 
polpa apresentaram distribuição normal entre os selecionados. O ângulo de inserção do fruto no 
caule variou de 25º a 82º sendo mais frequente entre 45º e 75º nos dois tratamentos. Identificou-
se relação significativa entre seleção de frutos de mandacaru e as variáveis explanatórias abertura 
e ângulo de inserção no caule (p<0,001). Destaca-se que os dispersores não fizeram distinção 
entre o tamanho do fruto, mas preferiram frutos com polpa mais exposta, inseridos entre 45o e 75o. 
A relação de cada variável com a seleção apontou que frutos com polpa mais exposta quando 
inseridos em ângulo que potencializa a visualização são ainda mais selecionados que o esperado 
ao acaso. 
Palavras-chave: Cactaceae; recursos; semi-árido. 
 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
MORFO-ANATOMIA FOLIAR DE Aphelandra espirito-santensis PROFICE & WASSH 
(ACANTHACEAE) 
Livia Zottele1,2; Alexandre Indriunas1; Elisa Mitsuko Aoyama1. 
1Centro Universitário Norte do Espírito Santo, Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Ciências 
Agrárias e Biológicas 
 2zottele.livia@gmail.com 
 
Aphelandra espirito-santensis (Acanthaceae) endêmica do Espírito Santo, se encontra em perigo 
conforme o livro vermelho da flora do Estado. Na literatura as informações sobre o gênero 
possuem viés predominantemente morfológico e taxonômico. Sendo assim, o presente trabalho 
tem por objetivo descrever a estrutura morfo-anatômica foliar de Aphelandra espirito-santensis a 
fim de contribuir para o conhecimento do gênero. As folhas de A. espirito-santensis foram 
coletadas na Reserva Natural Vale, Linhares, ES onde foram analisadas a morfologia e biometria 
e posteriormente submetidas às técnicas usuais de anatomia vegetal. Com base nos dados 
biométricos, o comprimento total da folha corresponde a 5,1±0,70 cm, o comprimento da lâmina 
foliar a 4,65± 0,65 cm, a largura a 2,88±0,42 cm, o comprimento do pecíolo a 0,87±0,38 cm e o 
diâmetro do pecíolo a 0,89 ± 0,35 mm. Em relação aos estudos morfológicos, as lâminas foliares 
são simples, elípticas à ovada, simétricas, ápice obtuso, base decorrente, margem inteira, com 
venação eucamptódroma. As análises anatômicas mostraram que em vista frontal, a espécie 
apresenta células epidérmicas com parede sinuosas. As folhas são hipoestomáticas e apresentam 
estômatos diacíticos. Foram encontrados em ambas as faces tricomas glandulares subsésseis e 
tectores unicelulares e pluricelulares com duas células basais curtas e uma apical alongada, na 
nervura central e no pecíolo. A epiderme é uniestratificada e o mesofilo dorsiventral, apresentando 
parênquima paliçádico com uma camada de células, seguido por parênquima lacunoso, formado 
por quatro camadas. A nervura central se apresenta biconvexa com sistema vascular em forma de 
arco e por dois feixes cilíndricos menores próximos as projeções laterais. O pecíolo apresenta 
forma plano-convexa, exibindo na porção distal, alas laterais que correspondem ao início da 
expansão da lâmina foliar. As características morfológicas e anatômicas descritas para a espécie 
estudada podem ser contribuintes para sua identificação, principalmente em relação aos tricomas 
tectores, sendo necessários maiores estudos com as demais espécies de Aphelandra. 
 
Palavras-chave: tricomas; Reserva Natural Vale; Mata Atlântica. 
 
 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
BOTÂNICA FORENSE NO BRASIL: PONDERAÇÕES E PERSPECTIVAS 
Vinícius Manvailer1,3; Edna Scremin-Dias1; Thales D. Leandro2. 
1Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Laboratório de Botânica 
2Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, Departamento de Botânica 
3v.manvailer@gmail.com 
 
A perícia criminal tem como principal objetivo a materialização de crimes por meio do exame de 
corpo de delito, realizado pela figura do perito criminal. Nesse contexto, a Botânica Forense pode 
ser utilizada para o entendimento da dinâmica criminal através da análise de vestígios vegetais. 
Considerando a realidade das perícias e aplicações da Botânica em análises forenses, buscou-se 
avaliar o conhecimento dos peritos acerca da aplicabilidade da área e as perspectivas para esta 
ciência no Brasil. Do total de peritos entrevistados (35), mais da metade reconhecem pelo menos 
uma subárea da Botânica (e.g. morfologia, ecologia, etc.) e um terço deles reconhecem três ou 
mais subáreas. Além disso, 39% dos peritos já tiveram contato ou tem conhecimento de vestígios 
vegetais utilizados como evidência em investigações criminais. A utilidade desses vestígios 
envolve desde a identificação de drogas de abuso, até mesmo auxiliando na elucidação da 
dinâmica criminosa em casos de homicídio. Dentre os peritos de locais de crime – especialidade 
responsável pela coleta e preservação de vestígios em locais de crime e principal objeto de 
análise do estudo – 21% afirmam ter conhecimento dos procedimentos de coleta e preservação 
de material botânico, no entanto, quando testado o conhecimento em situação hipotética há 
notória discrepância nos métodos escolhidos. É importante ressaltar que dentre os peritos, por 
volta de 60% escolheram métodos condizentes com os procedimentos corretos de coleta e 
preservação de material botânico. No que diz respeito à aplicabilidade da Botânica no contexto 
forense, a maioria dos peritos consideram importante a análise de vestígios vegetais em locais de 
crime e a possibilidade de inferir a dinâmica de eventos criminosos com base nesses vestígios. De 
maneira geral, os resultados demonstram boa receptividade dos peritos na aplicabilidade da 
Botânica no contexto forense, enriquecendo sua visão profissional e aprimorando o laudo pericial. 
A realidade limitada da perícia criminal no Brasil faz da Botânica Forense uma possível solução 
para o cenário onde a falta de estrutura e de incentivo impedem e/ou atrasam a conclusão de 
diversos casos. Dessa forma, justifica-se sua inserção no contexto forense brasileiro, tanto pela 
academia policial como em cursos de capacitação para profissionais já atuantes. 
 
Palavras-chave: criminalística; perícia criminal; drogas de abuso. 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
AVALIAÇÃO DA PRODUTIVIDADE EM ÁREAS DE CAMPO SUJO COM DIFERENTES 
HISTÓRICOS DE FOGO 
Giovana Chiari1,2; Alessandra Fidelis1. 
1Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro, Departamento de Botânica 
2giovanachiari@hotmail.com 
 
Em muitos ecossistemas queimas naturais são um fator determinante da vegetação. A passagem 
do fogo remove biomassa aérea morta e serapilheira (componentes principais do material 
combustível), abrindo espaços que possibilitam o estabelecimento de outras espécies. A exclusão 
do fogo em tais ecossistemas pode levar ao aumento da cobertura de arbustos e árvores, assim 
como diminuir o estrato herbáceo-subarbustivo. Além disso,uma das maiores consequências da 
ausência de fogo em ecossistemas savânicos e campestres é o grande acúmulo de biomassa 
morta inflamável (composto principalmente por graminóides) que provavelmente será o material 
combustível da próxima queima e, como consequência, há aumento da intensidade e temperatura 
do fogo. O presente estudo teve como objetivo avaliar quantidade e qualidade da biomassa em 
áreas com diferentes históricos de fogo (exclusão do fogo há dois - CS2011 e sete anos - 
CS2006) de áreas de campo sujo na região central do Cerrado. Foram estabelecidas parcelas de 
1x1m em ambas as áreas. Toda biomassa aérea das parcelas foi cortada no nível do solo e 
acondicionada em sacos de papel. Em laboratório, o material foi triado em biomassa morta e viva, 
sendo esta separada em diferentes grupos funcionais (graminóides, herbáceas, Vellozia spp, 
palmeiras e arbustos). O material foi seco em estufa por dois dias a 80°C e pesado. Foi 
encontrada, em ambas as áreas, dominância de biomassa de graminóides e morta. A área 
CS2006 apresentou grande acúmulo de biomassa total (BT, 620,35±228,65 g.m-2), sendo 
representada principalmente pelo acúmulo de biomassa morta (318,43±144,84 g.m-2; 44,86% da 
BT) e consequente diminuição da representatividade da biomassa herbácea (9,3±11,38 g.m-2; 
3,1% da BT). Por outro lado, a área excluída do fogo há dois anos apresentou maior 
representatividade de graminóides (151,19±44,1 g.m-2; 75,21% da BT) e herbáceas (9,05±9,19 
g.m-2; 4,5% da BT). Pode-se concluir que quanto maior o tempo e exclusão do fogo, maior o 
acúmulo de biomassa morta, que pode levar a queimas mais intensas. Portanto, nosso estudo 
forneceu dados importantes para a elaboração de planos de manejo de biomassa que auxiliarão 
no controle de queimas descontroladas no Cerrado. 
 
Palavras-chave: biomassa aérea; campo sujo; material combustível. 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
USO DE CACTÁCEAS COMO RECURSO PELA COMUNIDADE DE ORGANISMOS DA 
ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE AIUABA, CEARÁ, BRASIL 
José Vinícius Leite Lima1,2; André Cardoso Albuquerque1; Rafael Pereira de Matos1; Ricardo Madeira Tannús1. 
1Universidade Federal do Ceará, Departamento de Biologia 
2vinyleite@yahoo.com.br 
 
Cactáceas estão presentes tanto em ambientes preservados quanto antropizados, habitualmente 
utilizadas pelas comunidades. Assim, questionou-se: cactáceas em ambientes antrópicos são 
mais utilizadas do que em ambientes conservados? A hipótese foi que em ambientes antrópicos 
os cactos são mais utilizados. Foram selecionadas duas áreas de estudos, uma conservada com 
dossel ininterrupto, próximo ao Rio Umbuzeiro na Estação Ecológica de Aiuaba (ESEC) e outra, 
antropizada em uma estrada próxima da ESEC, Aiuaba/Ceará. Ambas as áreas, 
simultaneamente, foram percorridas por oito horas, período em que houve coleta dos dados sobre 
ocorrência de frutos e frugivoria; indícios de herbivoria; presença de parasitas; ninhos; epifitismo; 
vestígio de uso por outros animais (abrigo e suporte mecânico) e uso humano. Os dados foram 
testados com qui-quadrado no nível de 5% de significância (programa estatístico R). Encontrou-se 
236 indivíduos, sendo 125 na região antrópica e 111 na região conservada, de quatro espécies: 
xique-xique (Pilosocereus gounellei (A. Weber ex K. Schum.) Bly. Ex Rowl.), coroa-de-frade 
(Melocactus zehntneri (Britton & Rose) Luetzelb.), quipá (Opuntia inamoena (K. Schum.) N. P. 
Taylor e Stuppy) e mandacaru (Cereus jamacaru P. DC). Com relação aos parâmetros testados 
houve maior predação dos frutos (p=0,0015); maior herbivoria (p=6,155e-10); organismos 
associados (p=4,08e-8); parasitismo (p=7,73e-11) e uso humano (p=1,08e-0,5) na área antrópica. 
Contudo, os parâmetros presença de furos (p=0,82) e epifitismo (p=0,06) não apresentaram 
diferenças entre as áreas. E por fim, o parâmetro nidificação foi mais observado na área 
conservada (p=0,0016). O acesso ao recurso é facilitado na área antropizada pela visualização e 
espaçamento arbóreo, tais características contribuem para explicar a maior predação nesse 
ambiente, como o maior consumo do fruto avermelhado. Consequentemente, inferiu-se que a 
menor presença de recursos alimentares na área antrópica torna o fruto das cactáceas mais 
requerido pela fauna local. Relacionou-se a maior nidificação em ambiente conservado ao fato de 
este fornecer maior camuflagem e proteção contra predadores. As cactáceas de área antrópica 
foram utilizadas principalmente como fonte de recurso alimentar e pelo homem, devido à 
disponibilidade nas margens das trilhas. Concluiu-se que cactáceas são mais utilizadas em 
ambientes antropizados e que áreas protegidas fornecem ambiente mais favorável para elas. 
 
Palavras-chave: semi-árido; Cactaceae; recursos. 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
SENSIBILIDADE DE SEMENTES DE Lactuca sativa, Eruca sativa e Cucumis sativus 
A SOLUÇÃO DE ELETRÓLITOS PARA FIXAÇÃO DE CORANTES TÊXTEIS 
José Rubens Moraes Jr1,2; Ana Paula Justiniano Régo1; Ederio Dino Bidoia1. 
1Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, Departamento de Bioquímica e Microbiologia 
2rubensmjr@yahoo.com.br 
 
As indústrias têxteis geram grande quantidade de resíduos com baixos níveis de degradação, 
incluindo os corantes e eletrólitos utilizados no processo. Consequentemente, há dificuldade de 
tratamento e disposição final desses resíduos. São utilizados como eletrólitos para auxílio da 
fixação dos corantes aos tecidos, sais como cloreto de sódio e carbonato de sódio. Nesses 
sistemas, grande quantidade de resíduo sólido é formada, contendo ainda grande parte dos 
corantes e eletrólitos adsorvidos que são descartados em aterros industriais, sendo este outro 
problema ambiental. O presente trabalho visou avaliar a sensibilidade de três diferentes sementes 
a uma solução de eletrólitos livre dos corantes têxteis afim de avaliar sua toxicidade isoladamente. 
Foi preparada solução com eletrólitos isenta de corantes com cloreto de sódio e carbonato de 
sódio. Realizada série de diluições e transferidas para placas de petri contendo papel de filtro em 
seu interior. Foram dispostas 20 sementes em cada placa de forma uniforme e encubadas a 20ºC 
por 72 horas, as análises foram realizadas em triplicata. Foi realizada contagem do número de 
sementes germinadas e feita medição do tamanho da radícula para obtenção do Índice de 
Germinação. Foi realizado cálculo de DL50 – dose que inibe 50 % de germinação para sementes - 
e verificou-se maior sensibilidade para as sementes de Alface (Lactuca sativa) com DL50 de 
1527,52 ppm. As sementes de Rúcula (Eruca sativa) apresentaram sensibilidade próxima à de 
alface com DL50 de 1774,79 ppm. Já as sementes de Pepino (Cucumis sativus) foram as que 
apresentaram menor sensibilidade com DL50 de 5428,7 ppm. Conclui-se que os resultados dos 
testes de sensibilidade aos eletrólitos estão muito abaixo das concentrações utilizadas pela 
indústria e consequentemente despejadas nos corpos d’água. As sementes de Alface (Lactuca 
sativa), dentre as três espécies utilizadas, apresentaram maior sensibilidade, podendo desta 
forma ser utilizada como indicador ambiental para impactos provenientes de despejos da indústria 
têxtil. 
 
Palavras-chave: sementes; ecotoxicologia; indústria têxtil. 
 
 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
POTENCIAL DE FITOTOXICIDADE DO HERBICIDA AMETRINA PARA SEMENTES DE 
Lactuca sativa 
Ana Paula Justiniano Régo1,3; Cassiana Maria Reganhan Coneglian2; José Rubens Moraes Jr1; 
Ederio Dino Bidoia1.1Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, Departamento de Bioquímica e Microbiologia 
2Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Tecnologia, Limeira 
3justiniano_justy@yahoo.com.br 
 
O processo de germinação de sementes depende de ocorrências fisiológicas, que podem ser 
influenciadas por fatores ambientais. O herbicida ametrina (C9H17N5S) pertence a família das s-
triazinas, aplicado no controle de plantas daninhas. Este apresenta a capacidade de inibir a 
fotossíntese e outros processos enzimáticos. É solúvel em água e persistente no ambiente. Além 
disso, o setor agrícola vem buscando a utilização de produtos orgânicos, como biofertilizantes, no 
combate a pragas e na fertilização do solo. Desta maneira, o biofertilizante traz compostos 
orgânicos capazes de resolver esses fatores de forma sustentável e com baixo custo de produção. 
Este trabalho teve por objetivo avaliar a fitotoxicidade da ametrina para sementes de Lactuca 
sativa, após ensaios de biodegradação do herbicida no solo, com ametrina e adição de 
biofertilizante. Utilizou-se solo com histórico de três anos de aplicação da ametrina, além disso 
fez-se adição de 8μg/L do composto. Os tratamentos utilizados foram solo controle, solo com 
adição de 8μg/L de ametrina e 1% de biofertilizante, solo com adição de 1% de biofertilizante e 
solo com adição de ametrina. Adicionou-se 4 mL da fração solúvel do solo em placas de petri 
esterilizadas contendo papel filtro e 20 sementes, no escuro a 22ºC durante 120 horas, em 
triplicata. Para controle positivo utilizou-se sulfato de zinco e controle negativo utilizou-se água 
destilada. Ao final de cada ensaio, avaliou-se a germinação das sementes. Os cálculos para 
porcentagem de germinação foram baseados no solo controle, uma vez que este solo já havia 
histórico de aplicação. O solo controle foi o que apresentou maior germinação das sementes, 
93,4%. O tratamento com solo e adição de ametrina resultou em 46,5%, uma vez que ametrina é 
um composto capaz de inibir processos enzimáticos e deve ter agido inibindo atividades 
metabólicas que conduzem a germinação. Contudo, ao adicionar biofertilizante no solo com 
ametrina, houve aumento na germinação, com 57,6%. O tratamento com solo e biofertilizante, 
houve maior aumento em relação aos demais, resultando em 89,6%. Isso pode ser verificado na 
composição do biofertilizante, que são compostos ricos em nutrientes. Portanto, a adição do 
biofertilizante reduziu a fitotoxicidade da ametrina para Lactuca sativa. 
 
Palavras-chave: Lactuca sativa; ametrina; fitotoxicidade. 
 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
ETNOVETERINÁRIA NO SYSTEMA MATERIAE MEDICAE DE MARTIUS 
Alexandre Indriunas1,2; Elisa Mitsuko Aoyama1. 
1Universidade Federal do Espírito Santo, Centro Universitário Norte do Espírito Santo, Departamento de Ciências 
Agrárias e Biológicas 
2indriunas@yahoo.com 
 
Systema Materiae Medicae Vegetabilis Brasiliensis, do naturalista Carl F. P. Martius, aponta como 
uma importante obra etnobotânica, a qual tem despertado interesse por sua sistematização e 
abrangência. O presente trabalho teve como objetivo avaliar o emprego de plantas para uso 
animal na obra. Pela leitura crítica e investigativa do original em latim, foram avaliadas as plantas 
citadas como de importância para animais, os resultados são apresentados com a atualização 
nomenclatural, são apresentadas as indicações e formas de emprego, bem como a parte do 
vegetal e comentário sobre indicações e propriedades em pesquisas atuais, para uso animal ou 
não. São relatadas para uso externo: Curatella cambaiba A. St.-Hil.(=C. americana L.) 
(Dilleniaceae) - o emprego da casca no tratamento de feridas, devido a sua atividade anti-
inflamatória, Gomphia hexasperma A. St.-Hil. (=Ouratea hexasperma (A. St.-Hil.) Baill.) 
(Ochnaceae) - a casca para feridas mais especificamente provenientes de picadas de insetos; 
Calophyllum brasiliense Cambess. (Clusiaceae) - a resina da entrecasca é indicada para 
moléstias de cavalos e mulas e Carapa guianensis Aubl. (Meliaceae) - a casca ou folhas como 
loção repelente de insetos para cavalos, com seu emprego comprovado. Internamente: Echites 
longiflorus Desf. (=Mandevilla longiflora (Desf.) Pichon) (Apocyneae) - infusão ou decocção da raiz 
para “febre pútrida” (possivelmente referindo-se ao tifo) em cavalos; Palicourea nicotianifolia 
Cham. & Schltdl. (Rubiaceae) e outras espécies do gênero - o mesmo modo de preparo é indicado 
para a erva para o tratamento de disúria em equinos; Guettarda angelica Mart. ex Müll. Arg. 
(Rubiaceae) - raiz de é citada contra diarreia equina e bovina e, Melothria pendula L. 
(Curcubitaceae) - como purgativa com a administração de três a quatro frutos. São apontadas 
ainda como tóxicas, Echites venenosus Mart. ex Stadelm. (=Mandevilla illustris (Vell.) Woodson) 
(Apocyneae) e diversas espécies do gênero Neurocarpum Desv. (Leguminosae) responsáveis por 
cólicas e disenteria em cavalos e mulas, ambas conhecidas pela sua toxicidade. A obra, muito 
embora direcionada a medicina humana, apresenta relevantes informações etnoveterinárias e 
pode ser entendida como uma rica fonte de indicações para investigações mais apuradas, pois 
muitas espécies carecem de estudo principalmente para o emprego em animais. 
 
Palavras-chave: medicina veterinária; plantas medicinais; etnobotânica histórica. 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
EFEITO DO AUMENTO DE CO2 ATMOSFÉRICO E DA TEMPERATURA NA 
TERMOTOLERÂNCIA DE MILHETO Pennisetum glaucum (POACEAE) 
Leandra Bordignon1,3; Ana Paula Faria2; Marcel Giovani Costa França2; Marcela Batista Matias3; 
Geraldo Wilson Fernandes3. 
1Universidade Federal de Minas Gerais, ICB, Programa de Pós graduação em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida 
Silvestre; lelebordignon.bordignon@gmail.com 
2Universidade Federal de Minas Gerais, ICB, Departamento de Botânica 
3Universidade Federal de Minas Gerais, ICB, Laboratório de Ecologia Evolutiva e Biodiversidade 
 
As concentrações atmosféricas de CO2 e as médias de temperatura global vêm aumentando 
consideravelmente nos últimos dois séculos e, segundo previsões do IPCC, tendem a apresentar 
aumentos ainda mais alarmantes até 2100. Tais mudanças climáticas podem afetar ecossistemas 
agrícolas e naturais, o que torna necessário entender como as plantas responderão a estas 
alterações para promover ações de mitigação. Neste contexto, o presente estudo avaliou o efeito 
das mudanças climáticas previstas para 2100 nas respostas fisiológicas ao choque térmico agudo 
in vitro de milheto. Plantas foram germinadas e cultivadas em câmaras de topo aberto com 
condições climáticas monitoradas e diferentes concentrações de CO2 [ambiente (~400 mol mol-1) 
ou elevado (~800 mol mol-1)] e diferentes temperaturas (ambiente ou ambiente + 3 ºC). Após 75 
dias de crescimento, discos de folhas totalmente expandidas de cada tratamento foram retirados 
para teste in vitro de termotolerância através de medidas de Fv/Fm (n=5) e quantificação de 
pigmentos cloroplastídicos (n=7). Os resultados mostram que os tratamentos ambientais não 
influenciaram na temperatura de queda de 15% (T15) no Fv/Fm, porém a temperatura de queda de 
50% (T50) foi afetada. O aumento do CO2 aumentou os valores de T50 (p<0,05), enquanto o 
aumento da temperatura reduziu os valores deste parâmetro (p<0,05). Quanto ao conteúdo de 
pigmentos, nenhum dos tratamentos ambientais promoveu alteração significativa. Tomados em 
conjunto, os resultados indicam que o aumento do CO2 atmosférico pode beneficiar plantas de 
milheto em condições estressantes, uma vez que melhorou sua termotolerância e não modificou o 
conteúdode pigmentos. Por outro lado, a redução observada da termotolerância em plantas 
crescidas em alta temperatura não foi comprometedora, visto que o conteúdo de pigmentos não 
foi alterado. As respostas ao aumento conjunto de CO2 e temperatura, semelhantes às 
apresentadas em condições atuais, indicam que as mudanças climáticas previstas para 2100 não 
influenciarão na capacidade desta espécie em enfrentar condições de choque térmico agudo. 
 
Palavras-chave: enriquecimento de CO2; elevação da temperatura; milheto (Poaceae); mudanças 
climáticas. 
 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
PADRÕES DE PARTIÇÃO DE BIOMASSA ENTRE FLORES, FOLHAS E RAMOS EM 
ÁRVORES DECÍDUAS, SEMIDECÍDUAS E SEMPRE VERDES DE CERRADO 
Mariana P. Borges1,2; Carlos Henrique B. A. Prado1. 
1Universidade Federal de São Carlos, Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Botânica 
2mari.prb@gmail.com 
 
 
Espécies decíduas (DE), semidecíduas (SD) e sempre verdes (SV) do Cerrado apresentam 
diferenças morfológicas nas gemas, no desenvolvimento dos ramos, na produção e manutenção 
da folhagem, na alocação de biomassa em estruturas vegetativas da copa. Esses grupos 
fenológicos também apresentam diferenças significativas na organização estrutural da porção 
aérea e subterrânea. No entanto, as relações entre as estruturas reprodutivas e vegetativas ainda 
são desconhecidas. O objetivo desse trabalho foi avaliar a alocação de biomassa entre flores, 
ramos e folhas em 15 espécies arbóreas de Cerrado com distinta deciduidade foliar (DE, SD e 
SV). Foram estudadas cinco espécies de cada grupo e cinco indivíduos adultos em cada espécie. 
Foram marcadas e acompanhadas cinco gemas laterais formadoras de ramo por indivíduo. As 
flores, folhas e os ramos oriundos dessas gemas foram coletados, secos e pesados. Foram 
calculadas as razões massa/massa (g g-1): flor/folha, flor/ramo, reprodutiva/vegetativa, 
autotrófica/heterotrófica; e as proporções de biomassa alocada em flores, folhas e ramos. As 
diferenças estatísticas foram testadas pelo teste Kruskal-Wallis (p < 0.05). As espécies DE 
apresentaram maior alocação de biomassa na parte vegetativa, mas especificamente em folhas 
(tecido autotrófico) do que espécies SV. Por outro lado, as SV apresentaram maior alocação de 
biomassa em flores do que as DE. As espécies DE investem mais em tecidos autotróficos como 
forma de aumentar a produção fotossintética durante a estação chuvosa, garantindo, assim, a 
estocagem de nutrientes em reservas que serão usados no final da estação seca para floração e 
produção de nova folhagem. Além disso, um menor investimento na produção de flores reduz o 
impacto da floração no consumo das reservas. As espécies SV mantem a folhagem durante todo 
o ano, o que garante produção fotossintética continua, não necessitando estocar muitos recursos 
em reservas e permitindo a utilização de recursos correntes para investir na floração. As espécies 
SD apresentaram padrão intermediário, ora aproximado ao das DE ora próximo ao das SV. 
Concluímos, assim, que espécies arbóreas DE, SD e SV de Cerrado apresentam diferentes 
padrões de alocação de biomassa em flores, folhas e ramos. 
 
Palavras-chave: reprodução; deciduidade foliar; razões massa/massa. 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
EMISSÃO DE FOLHAS EM PERFILHOS DE Panicum maximum (GRAMÍNEA C4) 
AVALIADA EM SISTEMA MINIFACE E T-FACE DURANTE O OUTONO 
Lívia H. G. de Camargo-Bortolin1,3; Érique Castro1; Carlos Henrique B. de A. Prado1; Carlos 
Alberto Martinez2. 
1Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Botânica 
2Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Biologia 
3li.bortolin@gmail.com 
 
 
O uso de combustíveis fósseis contribui para o aumento da concentração atmosférica de CO2, 
podendo resultar em alterações climáticas que terão um impacto econômico e ecológico 
significativo na agropecuária. Por meio dos sistemas miniFACE (mini Free air carbon dioxide 
enrichment) e T-FACE (Temperature and free air carbon dioxide enrichment) e das espécies 
forrageiras Panicum maximum (C4) e Stylosanthes capitata (C3) cultivadas em consórcio no 
campo, o objetivo desse trabalho foi avaliar a produção e a biomassa de folhas da espécie C4 no 
outono. Touceiras de P. maximum foram podadas a 0,30m acima da superfície do solo e 
cultivadas durante 27 dias nos tratamentos: condições atuais de temperatura e concentração de 
CO2 (controle), elevada concentração de CO2 (600 ppm, eC), elevada temperatura (2ºC acima da 
temperatura ambiente, eT) e a combinação eC+eT. A elevada concentração de CO2 parece ser o 
principal fator responsável pelas alterações na emissão de folhas no outono. Em eC, a taxa de 
aparecimento de folhas é maior e o filocrono é menor: há maior velocidade no aparecimento de 
duas folhas consecutivas no perfilho. O número de folhas expandidas foi igual em todos os 
tratamentos. O número de folhas em expansão foi maior em eC+eT, assim como o número de 
folhas verdes, mas a biomassa foi menor. Crescendo sob temperaturas mais amenas de outono, 
P. maximum mostrou um comportamento semelhante ao de plantas C3, responsivo ao aumento 
da concentração de CO2 e sensível ao aumento de temperatura. O aumento na concentração de 
CO2 de forma isolada provoca incrementos na folhagem do perfilho, mas a elevação da 
temperatura inibiu esses ganhos. Esse resultado é diferente do obtido em experimento anterior, no 
inverno, quando eT promoveu e eC inibiu a produção de folhas. Portanto, sob futuras mudanças 
climáticas globais, a biomassa de folhas de P. maximum provavelmente será inibida pela elevada 
temperatura ou pela elevada concentração de CO2, dependendo da estação do ano. No entanto, 
se ambas alterações climáticas ocorrerem simultaneamente (eT+eC) em uma mesma área, 
poderá haver um efeito compensatório devido à ação oposta que eC e eT apresentam sob a 
folhagem de P. maximum. 
 
Palavras-chave: aquecimento global, biomassa foliar, número de folhas. 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
CRESCIMENTO INICIAL DE Pterogyne nitens Tul. SOB DIFERENTES 
CONDIÇÕES CLIMÁTICAS 
 
Erilva Machado Costa1,2; Siléia Oliveira Guimarães1;José Eduardo Macedo Pezzopane1 
1UniversidadeFederal do Espírito Santo;Departamento de Ciências Florestais e da Madeira 
2eriflorest@gmail.com 
 
 
Pterogyne nitens Tul. (Fabaceae), conhecida popularmente por “amendoim-bravo e madeira-
nova”, tem ocorrência do nordeste do país até o oeste de Santa Catarina, principalmente na 
floresta latifoliada semidecídua. É recomendada, principalmente, para reposição de mata ciliar 
para locais com inundações periódicas de curta duração e revegetação em sítios arenosos e 
degradados. Os impactos provocados pelo aumento de temperatura na fisiologia das plantas 
podem modificar seu estabelecimento, uma vez que o ambiente pode influenciar o crescimento da 
planta, bem como sua sobrevivência. Visando contribuir para o conhecimento acerca do 
desenvolvimento inicial sob diferentes microclimas, o objetivo deste trabalho foi analisar o 
crescimento inicial de P. nitens em diferentes condições climáticas. As mudas se desenvolveram 
em vasos de 21,5 litros, dispostos em duas casas de vegetação climatizadas durante 60 dias. 
Foram estabelecidas duas temperaturas médias aproximadas, sendo que cada uma das casas de 
vegetação representou um microclima: uma com temperaturasuperior de 29°C e outra com 
temperatura inferior de 23°C. Os dados climáticos de cada casa de vegetação foram obtidos 
através de estações meteorológicas automáticas instaladas no interior das mesmas. O 
experimento foi realizado com seis repetições e os dados obtidos foram submetidos à análise de 
variância e teste de Tuckey a 5% de probabilidade. Ao final do experimento realizaram-se análises 
de crescimento em todas as plantas de cada tratamento, avaliando os seguintes parâmetros: 
altura, diâmetro, área foliar, massa seca da parte aérea, raiz e total. Pterogyne nitens apresentou 
similaridade em crescimento e produção de massa seca entre os ambientes estabelecidos, 
apresentando em média 64,8 gramas para o ambiente com temperatura inferior e 68,1 gramas 
para o ambiente com temperatura superior. Com relação aos parâmetros dendrométricos, a P. 
nitens também apresentou semelhanças entre os ambientes. A partir dos resultados obtidos, 
conclui-se que P. nitens possui capacidade de se desenvolver em diferentes condições climáticas, 
demonstrando seu potencial para recuperação de áreas degradadas. 
 
Palavras-chave: ecofisiologia; microclimatologia florestal; amedoim-brava. 
 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
FREQUÊNCIAS DE IRRIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE 
Cedrella fissilis 
 
Ângela Simone Freitag Lima¹; Toshio Nishijima2; Weslley Wilker Corrêa Morais3; 
Antônio Natal Gonçalves4. 
1Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Departamento de Ciências Florestais; 
drangelafloresta@gmail.com 
2Universidade Federal de Santa Maria, Departamento de Engenharia Florestal. 
3Universidade Estadual de Roraima. 
4Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Departamento de Ciências Florestais. 
 
 
Segundo algumas pesquisas, a água é provavelmente, o fator ambiental mais limitante ao 
estabelecimento e desenvolvimento das mudas, seguidos pelos controles da temperatura e da 
luminosidade. Aliado a isto, a quantificação da necessidade hídrica na sua formação é 
extremamente importante, pois a falta ou excesso desta pode limitar o seu desenvolvimento, o 
que implicaria em interações favoráveis ou não para o seu estabelecimento e crescimento inicial. 
Desta forma, a produção das mudas deve primar pela sua qualidade onde se faz uso de alguns 
parâmetros como, por exemplo, a relação D/H, que expressa o vigor das mudas aptas a irem a 
campo, devendo este estar entre 5,4 a 8,1, aliada à racionalização do uso dos recursos 
disponíveis. Baseado nisto, este estudo teve por objetivo avaliar a influência das frequências de 
irrigação em mudas de Cedrella fissilis em casa de vegetação. O experimento foi instalado no 
viveiro florestal da UFSM, RS. O delineamento utilizado foi DBC, com três repetições, onde 
aplicaram-se os seguintes tratamentos: T1, T2, T3 e T4 com uma, duas, três e quatro irrigações 
por dia, respectivamente. Para isto, foi utilizado um sistema de irrigação localizada constituído por 
um conjunto de motobomba, difusores de aspersão, tubulações, registros, bandejas de PVC com 
tubetes e o substrato utilizado foi o Plant Max. As mudas foram oriundas de sementes 
provenientes do IPEF. Os dados de altura (H) e diâmetro (D) das mudas, e também a relação 
D/H foram coletados em setembro, dois meses após instalação do experimento. A temperatura 
média dentro da casa de vegetação era de 21°C e a umidade relativa em torno de 40%. Baseado 
nisso, o tratamento que apresentou melhor relação D/H foi T4 (7,78) enquanto que os tratamentos 
T3 e T2 apresentaram uma relação D/H de 8,47 e 11,84, respectivamente. Com a análise dos 
dados, verificou-se que há uma relação direta entre as frequências de irrigação e o 
desenvolvimento das mudas em diâmetro e altura, sendo a altura a que mais apresentou 
variações. A aplicação de quatro irrigações por dia (T4) foi a que apresentou melhor 
desenvolvimento em mudas Cedrella fissilis em casa de vegetação. 
 
Palavras-chave: cedro; crescimento; água. 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
CONDUTÂNCIA ESTOMÁTICA DE Guazuma ulmifolia Lam. (MALVACEAE) TRATADAS 
COM LODO DE ESGOTO 
Leandro Oliveira Miranda1; Michele Aparecida dos Santos Nobrega2; Etenaldo Felipe Santiago2. 
1Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, Centro Integrado de Analise e Monitoramento Ambiental (CInAM), 
Laboratório de Ecologia; leandro_uems@hotmail.com. 
2Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais – PGRN, Centro 
Integrado de Analise e Monitoramento Ambiental (CInAM), Laboratório de Ecologia. 
 
 
Dentre os problemas ambientais que tem despertado a atenção encontra-se a grande quantidade 
de resíduo gerado pelas estações de tratamento de esgoto. O tratamento e destinação adequados 
do lodo de ETE requer esforço em pesquisa para minimizar problemas como odor, contaminantes, 
patógenos bem como lançamento no ambiente. Neste âmbito o emprego do lodo de ETE na 
incorporação de substrato para a produção de mudas nativas pode contribuir neste sentido, 
sendo, portanto, necessários os estudos de tolerância das espécies a este tipo de resíduo. 
Guazuma ulmifolia Lam. (Malvaceae) é uma espécie nativa de importância ecológica no Bioma 
Cerrado, popularmente conhecida pelo seu uso pela fauna e potencial para o emprego em 
plantios de restauração ambiental. Este trabalho objetivou-se em avaliar a influência do lodo de 
ETE na condutância estomática de plantas jovens de G. ulmifolia, produzidas em tubetes com 
substrato agrícola, para tanto estas foram acondicionadas e mantidas suspensas em caixa 
plástica, cuja base dos tubetes manteve-se em contato com soluções de lodo de ETE nas 
concentrações 0, 25, 50, 75 e 100% de lodo, preparadas a partir da solução sobrenadante da 
mistura de 500 mg/L de lodo de ETE. Avaliou-se a condutância estomática (Gs) nos períodos 
matutino e vespertino. Não foram observadas diferenças entre as leituras de Gs entre os 
tratamentos, mas sim entre os períodos do dia, sendo observada uma redução na condutância 
estomática do período vespertino quando comparado com o matutino, ocorrendo uma diminuição 
de 85,72% no controle, seguidos de 86,25%, 83,34%, 45,95%, 76% para os demais tratamentos. 
A Gs é uma importante ferramenta na identificação do estresse uma vez que o fechamento 
estomático é uma resposta rápida e comum sob condições sub ótimas. Nas condições 
experimentais testadas G. ulmifolia mostrou ser tolerante ao lodo de ETE, o que sugere seu 
potencial emprego como espécie nativa em modelos de produção cujo substrato incorpore este 
resíduo. 
 
Palavras-chave: resíduo; espécies nativas; estômatos. 
 
 
 
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SIMPÓSIO DE BIOLOGIA VEGETAL 2014 
CRESCIMENTO INICIAL DE Tabebuia chrysotricha (Ipê-amarelo) SOB DIFERENTES 
CONDIÇÕES MICROCLIMÁTICAS 
Siléia Oliveira Guimarães¹, 2; Erilva Machado Costa1; Alcides Pereira Santos Neto1. 
1Universidade Federal do Espírito Santo; Departamento de Ciências Florestais e da Madeira 
2sileiag@hotmail.com.br 
 
 
As plantas têm papel fundamental na compreensão do que pode acontecer com a biodiversidade 
em nosso planeta. Entender como as plantas responderão às mudanças climáticas globais tem 
grande relevância quando se pensa em conservação, manejo e modelagem de biomas com 
elevada biodiversidade como a Mata Atlântica e outras florestas tropicais. Muitas espécies 
florestais tropicais e subtropicais apresentam crescimento descontínuo, em resposta às condições

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